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Gestão de preços e custos Autoria Lucas Mendes Pereira GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS ReitoR: Prof. Cláudio ferreira Bastos Pró-reitor administrativo financeiro: Prof. rafael raBelo Bastos Pró-reitor de relações institucionais: Prof. Cláudio raBelo Bastos diretor de oPerações: Prof. José Pereira de oliveira coordenação Pedagógica: Profa. Maria aliCe duarte G. soares coordenação nead: Profa. luCiana r. raMos Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, total ou par- cialmente, por quaisquer métodos ou processos, sejam eles eletrônicos, mecânicos, de cópia fotos- tática ou outros, sem a autorização escrita do possuidor da propriedade literária. Os pedidos para tal autorização, especificando a extensão do que se deseja reproduzir e o seu objetivo, deverão ser dirigidos à Reitoria. expediente Ficha técnica autoria: luCas Mendes Pereira suPervisão de Produção nead: franCisCo Cleuson do nasCiMento alves design instrucional: antonio Carlos vieira / Ana Lúcia do Nascimento Projeto gráfico e caPa: franCisCo erBínio alves rodriGues / MiGuel José de andrade Carvalho diagramação e tratamento de imagens: MiGuel José de andrade Carvalho revisão textual: antonio Carlos vieira Ficha catalogRáFica catalogação na publicação biblioteca centRo univeRsitáRio ateneu PEREIRA, Lucas Mendes. Gestão de preços e custos. / Lucas Mendes Pereira. – Fortaleza: Centro Universitário Ateneu, 2019. 120 p. ISBN: 1. Gestão de preços e custos. 2. Métodos de custeio. 3. Formação de preços. 4. Estrutu- ra de mercado. Centro Universitário Ateneu. II. Título. SEJA BEM-VINDO! Caro estudante, é com grande satisfação que apresento o material didático da disciplina Gestão de Preços e Custos. Ao ler e estudar por este material, você terá condições de responder as atividades preparadas para o seu curso. Este livro está dividido em quatro unidades de acordo com a ementa da disciplina. Iniciaremos com conceitos básicos sobre gastos, desembolsos, investimentos, desperdícios, perdas, despesas e custos, buscando promover o entendimento do processo de formação de preços a partir da análise da estrutura de custos de cada produto e serviço. Em seguida, demonstraremos os principais métodos de rateio através da apropriação dos custos diretos e indiretos, fazendo comparações entre um método e outro, para depois entendermos como realizar um diagnóstico de mercado (demanda e concorrentes) e os mecanismos de avaliação da produtividade, que podem ser usados por uma empresa, projetando lucro ou prejuízo, a partir de indicadores fundamentais como: a margem de contribuição unitária e os pontos de equilíbrio. Posteriormente, avaliaremos a formação de preços a partir da técnica de mark-up e o valor percebido pelo cliente. E, por fim, conheceremos os principais impostos que incidem no comércio das mercadorias, como o ICMS e o IPI, as características do preço de transferência, a estrutura de mercado, as estratégias de penetração de preço e desnatamento de mercado no lançamento de produtos e serviços, a importância do uso da planilha P&L; os elementos que determinam a lei geral da demanda; a mensuração de desempenho nas operações de uma empresa e as decisões de investimento de capital. Não é nosso objetivo esgotar todo o assunto neste material didático, ao contrário, você deverá procurar outras fontes além deste livro para aprofundar seu conhecimento e estar sempre atualizado sobre os temas estudados aqui. Bons estudos! SUMÁRIO CONECTE-SE ANOTAÇÕES REFERÊNCIAS Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem e significam: SUMÁRIO 1. Introdução à gestão de preços e custos.................. 8 2. Gastos e desembolsos ............................................ 9 3. Custos de fabricação e despesas ......................... 10 4. Perdas, desperdícios e investimentos ................... 11 5. Classificação dos custos ....................................... 13 6. Sistemas de acumulação de custos ...................... 16 7. Custos na indústria e no comércio ........................ 20 8. Custos nas empresas de serviços......................... 21 Referências ............................................................... 26 01 1. Método do custeio variável ou direto ..................... 28 2. Método de custeio por absorção ........................... 30 3. Método de custeio por absorção total ou pleno .... 33 4. Método de custeio activity based costing (abc) ..... 36 5. Método de custeio padrão ..................................... 44 Referências ............................................................... 52 02 MÉTODOS DE CUSTEIO GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS 1. Preço de transferência .......................................... 84 2. Estrutura de mercado ............................................ 92 3. Preço de penetração de mercado e desnatamento ......................................................... 97 4. Planilha P&L ........................................................ 101 5. Lei geral da demanda .......................................... 103 6. Mensuração de desempenho .............................. 108 7. Decisões de investimento de capital ................... 111 Referências ............................................................. 119 04 APERFEIÇOAMENTO NO APREÇAMENTO 1. Análise do custo-volume-lucro .......................... 54 2. Considerações sobre ICMS e IPI ...................... 76 Referências ............................................................ 81 03 FORMAÇÃO DE PREÇOS Apresentação Nesta unidade, vamos estudar o comportamento dos principais elementos de custos nos processos produtivos de bens e serviços, definindo critérios de rateio e fazendo apropriação dos custos diretos e indiretos. Iremos também definir os principais métodos de custeio, fazendo comparações entre um sistema e outro e explanando suas principais características com exemplos, fórmulas, tabelas, modo de utilização etc. E, por fim, conheceremos a importância de cada método na estrutura de definição de custos na operacionalização de atividades produtivas de uma empresa e as suas vantagens e desvantagens para auxiliar a tomada de decisão de um gestor. Unidade 02 métodos de custeIo 28 GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS| OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Entender a importância da utilização dos sistemas de custeio para otimização dos processos produtivos de uma empresa; • Definir critério de rateios; • Entender os mecanismos dos diferentes métodos de custeio; • Conceituar e diferenciar os principais métodos de custeio: variável, absorção, absorção total ou plena, ABC e padrão; • Conhecer as vantagens e desvantagens do cada método de custeio e sua aplicação na gestão de custos. 1. método do custeIo varIável ou dIreto O método de custeio variável é um artifício utilizado e formatado por um gestor de uma empresa para tomada de decisões internas. E só vai ser aplicado se tiver produção, pois ele está atrelado diretamente com a fabricação de um produto ou prestação de um serviço. É direto por ser perfeitamente possível identificar a matéria-pri- ma e a mão de obra aplicada na transformação do produto e variável, pois, quanto maior a produção, maiores os gastos com matéria-prima e mão de obra direta, uma vez que essa variação é proporcional à quantidade de produtos acabados. (YANASE, 2018, p. 32) Logo, segundo Medeiros (2016), as características principais do método de custeio variável são: É um método gerencial; • Associa aos produtos somente os custos variáveis e diretos, ou seja, os gastos identificados diretamente na fabricação do produto ou prestação de serviços; • Não usa da técnica de rateio, pois o foco deste método não é for- necer o custo total; • Não integram no cálculo os custos fixos da empresa, pois estes vão ser considerados despesas fixas e serão confrontados com as margens de contribuição. GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS 29| Como exemplo, podemos dizer que um pintor, umencanador, um eletricista ou qualquer outro prestador de serviço a domicílio tem como custos variáveis ou diretos o seu material de trabalho, o valor do transporte até o local do cliente e dependendo da duração do serviço as refeições consumidas na rua entre um serviço e outro. No caso de uma costureira, são considerados custos as matérias-primas, como: tecido, linha, cola, tinta, dentre outros. Vale lembrar que se o trabalho é feito com o apoio de outras pessoas (trabalhadores) o valor dessa mão de obra adicional para confecção dos tecidos ou prestação de serviço também devem ser consideradas como custo variável ou direto. Além dos impostos sobre os produtos e a comissão de vendedores em lojas. Portanto, o cálculo do método de custeio variável se dá pela soma dos custos com matéria-prima e mão de obra. Figura 01: Custos numa prestação de serviços elétricos envolvem matéria- -prima e mão de obra. Fonte: . Quadro 01: Demonstrativo do custeio variável ou direto. PRODUTO X PRODUTO Y PRODUTO Z Matéria-prima R$ 10,00 R$ 13,00 R$ 20,00 (+) Mão de obra direta R$ 2,50 R$ 3,00 R$ 4,50 30 GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS| (=) Custo direto ou variável R$ 12,50 R$ 16,00 R$ 24,50 Quantidade pro- duzida e vendida 7.000 6.000 4.000 Preço de Venda (PV) R$ 20,00 R$ 25,00 R$ 50,00 Margem de contribuição R$ 7,50 R$ 9,00 R$ 25,50 Fonte: YANASE, 2018 (adaptado). 2. método de custeIo por absorção Este método foi o primeiro a ser idealizado dentro da contabilidade de custos, além de ser o mais utilizado e fácil de ser colocado em prática. Ele possui uma função de grande importância dentro da gestão de custos das entidades pois é o único método aceito pela legislação fiscal brasileira e que atende aos princípios contábeis. O método de custeio por absorção caracteriza-se por apropriar como custo de fabricação todos os custos incorridos no processo de produção do período, sejam eles diretos ou indiretos. Para os casos de produção e serviços, além da mão de obra di- reta, diversos custos indiretos fazem parte desse cenário, como aplicação de materiais e depreciação de equipamentos de infor- mática, de transporte e da supervisão. (YANASE, 2018, p. 31) Para determinar o método de custeio por absorção, vale observar os seguintes passos: 1° passo – Identificar quais são os custos indiretos de fabricação (CIFs). Abaixo segue alguns deles: • Mão de obra indireta (custo indireto): são os custos com salá- rios, encargos sociais e provisões trabalhistas dos encarregados, supervisores e/ou diretores da fábrica; • Energia elétrica, água e esgoto (custo indireto): é o gasto ne- cessário para processamento e fabricação de um produto; • Manutenção das máquinas (custo indireto): compõe os valores gastos com a manutenção dos equipamentos utilizados para a produção; GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS 31| • Depreciação das máquinas (custo indireto): é o valor que repre- senta o desgaste deste bem na produção; • Seguros da fábrica (custo indireto): pode ser identificado como o seguro do almoxarifado, seguro das máquinas e equipamentos, seguro do pátio de produção, seguro dos funcionários da fábrica, entre outros. 2° passo – Fazer a apropriação dos custos indiretos. Eles são apropriados por meio de rateios. Rateio: é um artifício utilizado para distribuir os custos que não conseguimos identificar na fabricação dos produtos; Critério de rateio: é a base utilizada para a distribuição dos custos, ou seja, é o critério usado para dividir os custos indiretos de fabricação absorvidos na produção de um produto num determinado período. ¾ Exemplos: • Quantidade de unidades produzidas; • Custos das horas de mão de obra direta; • Custos das horas de uso direto das máquinas; • Valor (custo) da matéria-prima consumida; • Custo das horas diretas de serviços prestados; • QWH – Hora da energia elétrica. Quadro 02: Demonstrativo de rateio dos custos indiretos de fabricação. Item Critério de rateio Valor a ratear Produto X (40%) Produto Y (30%) Produto Z (30%) Aluguel Metros quadrados R$ 5.000,00 R$ 2.000,00 R$ 1.500,00 R$ 1.500,00 Energia elétrica Quant. de máquinas R$ 1.000,00 R$ 400,00 R$ 300,00 R$ 300,00 Água e esgoto N° de funcionários R$ 300,00 R$ 120,00 R$ 90,00 R$ 90,00 Telefone e internet N° de funcionários R$ 300,00 R$ 120,00 R$ 90,00 R$ 90,00 32 GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS| Supervisão de fábrica N° de funcionários R$ 4.000,00 R$ 1.600,00 R$ 1.200,00 R$ 1.200,00 Seguro patrimonial da fábrica Metros quadrados R$ 400,00 R$ 160,00 R$ 120,00 R$ 120,00 Manutenção predial Metros quadrados R$ 1.000,00 R$ 400,00 R$ 300,00 R$ 300,00 Manutenção de máquinas e equipa- mentos Quant. de máquinas R$ 2.000,00 R$ 800,00 R$ 600,00 R$ 600,00 Total do custo indireto de fabricação (CIF) R$ 14.000,00 R$ 5.600,00 R$ 4.200,00 R$ 4.200,00 Fonte: YANASE (2018) (adaptado). 3º passo – Uma vez identificado o total do custo indireto de fabricação (CIF) de cada produto, divide-se pela quantidade produzida e vendida de cada item para encontrar o CIF unitário, em seguida, soma-se com o custo direto ou variável unitário para assim obter o custo por absorção. CIF total/produto = CIF Unitário Quant. produzida e vendida CIF Unitário + Custo Direto ou Variável Unitário = Custeio por Absorção Quadro 03: Demonstrativo do cálculo do custo total unitário - custeio por absorção. PRODUTO X PRODUTO Y PRODUTO Z Quant. produzida e vendida 7.000 6.000 4.000 CIF total R$ 5.600,00 R$ 4.200,00 R$ 4.200,00 CIF unitário R$ 0,80 R$ 0,70 R$ 1,05 Custo direto ou variável R$ 12,50 R$ 16,00 R$ 24,50 Custo por absorção R$ 13,30 R$ 16,70 R$ 25,55 Fonte: YANASE, 2018 (adaptado). GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS 33| FIQUE ATENTO Conforme Yanase (2018), os critérios de rateio nunca agradam a todos os envolvidos no processo, uma vez que pode haver, por exemplo, produtos dife- rentes que ocupam áreas distintas no pátio de fábrica e com valores agregados diferentes, ou seja, bens com rotação divergente. Logo, com base nessa afirmação do autor, podemos concluir que os valo- res dos CIFs e, consequentemente, os custos totais, podem não só gerar diag- nósticos distorcidos como também minimizar o nível de credibilidade relacionado às informações de custos. No entanto, não há uma maneira perfeitamente corre- ta de ratear os custos indiretos. O ideal é descobrir a melhor opção e associar a ela o menor grau de arbitrariedade possível. 3. método de custeIo por absorção total ou pleno Uma vez adotado o rateio para os custos indiretos de fabricação, faz-se necessário incorporar ao sistema de custeio os custos fixos, conhecidos também como “despesas estruturais” da empresa (despesas administrativas, comerciais e gerais) para então definir o verdadeiro valor que as receitas devem cobrir para obter a tão desejada margem de lucro. Logo, para encontrarmos o custo por absorção total ou pleno, devemos observar os seguintes passos: 1º passo – Identificar quais são os custos fixos. Seguem alguns deles adiante: • Comissões sobre vendas: é o percentual monetário variável dos vendedores de acordo com o seu desempenho nas vendas; • Salários e encargos dos vendedores: são os salários, encargos sociais e provisões trabalhistas do departamento de vendas; • Salários e encargos do administrativo: são aos salários, encargos sociais e provisões trabalhistas do departamento administrativo; • Impostos sobre vendas: são os impostos sobre o faturamento bruto; 34 GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS| • Frete sobre vendas: são os gastos com o despacho dos produtos ou mercadorias vendidas no período; • Material de consumo: correspondem aos valores gastos com materiais de escritório, materiais de uso em geral, materiais de consumo, dentre outros; • Energia elétrica e água: representam os valores gastos com a empresa, excluindo, neste caso, o consumo diretamente ligado à produção do produto; • Depreciação: representa um desgaste de um bem material e va- lorescomo equipamentos de informática, ar-condicionado, ponto eletrônico etc. Neste caso, serão classificados como despesas de depreciação somente aqueles referentes aos departamentos, exceto ao de produção. 2° passo – Avaliar a receita total prevista do período através da multiplicação da quantidade produzida e vendida com o preço de venda (PV) e calcular o percentual equivalente a cada produto. Quant. Produzida e Vendida x PV = Receita Total Prevista = % Equivalente 3° passo – Somar as despesas administrativas, comerciais e gerais para achar o custo fixo total. Figura 02: Demonstrativo da média histórica dos custos fixos. Despesas Administrativas R$ 80.000,00 Despesas Comerciais R$ 20.000,00 Despesas Gerais R$ 10.000,00 Custo Fixo Total R$ 110.000,00 Fonte: YANASE, 2018 (adaptada). 4° passo – Calcular o percentual do custo fixo total (despesas comerciais, administrativas e gerais) para cada produto X, Y e Z. Em seguida, dividir pela quantidade produzida e vendida de cada produto para achar o custo fixo unitário rateado. GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS 35| Figura 03: Percentual de custo fixo total por produto. Fonte: YANASE, 2018 (adaptada). • Fórmula para encontrar o custo fixo unitário: Custo fixo total rateado/produto = Custo Fixo Unitário Quant. produzida e vendida /produto 5° passo – Somar todos os custos unitários (custos diretos, CIFs e custos fixos) para obter o custo por absorção total ou pleno. Figura 04: Demonstrativo da composição do custeio por absorção total. Fonte: YANASE, 2018 (adaptada). 36 GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS| Quadro 04: Demonstrativo do rateio e da composição de custos – custeio por absorção total ou pleno. PRODUTO X PRODUTO Y PRODUTO Z Quant. produzida e vendida 7.000 6.000 4.000 Preço de Venda (PV) R$ 20,00 R$ 25,00 R$ 50,00 Receita Total Prevista 140.000,00 R$ 150.000,00 R$ 200.000,00 % Equivalente - Receita Total Prevista 28,57% 30,61% 40,82% Custo fixo total R$ 110.000,00 Custo fixo total rateado R$ 31.427,00 R$ 33.671,00 R$ 44.902,00 Custo fixo unitário rateado R$ 4,49 R$ 5,61 R$ 11,23 (+) Custo direto ou variável R$ 12,50 R$ 16,00 R$ 24,50 (+) CIFs (Custos indiretos de fabri- cação unitária) R$ 0,80 R$ 0,70 R$ 1,05 (=) Custo por Absorção Total/ Produto R$ 17,79 R$ 22,31 R$ 36,78 Fonte: YANASE, 2018 (adaptada). 4. método de custeIo activity based costing (abc) Denominado também como contabilidade por atividades, o método de custeio ABC tem como objetivo fazer a avaliação com precisão das atividades realizadas em cada departamento de uma empresa e com isso diminuir as distorções geradas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos, demonstrados nos métodos de custeio tradicionais. Partindo do princípio de que não são os bens produzidos ou serviços que consomem recursos, e sim os recursos que são consumidos pelas atividades e estas, por sua vez, são consumidas pelos produtos ou serviços. GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS 37| Figura 05: Análise de custos é compreender quanto, quando e como os recursos estão sendo empregados. Fonte: . O método ABC é considerado um método exclusivamente gerencial, pois não é validado pela legislação para fim de tributação. O maior objetivo do método ABC é extrair mais detalhadamente informações de custos para decisão do gestor de uma empresa de buscar melhoria da competitividade no mercado. Sendo as atividades as causadoras dos custos nas empresas, é necessário identificar os trabalhos ou tarefas principais de cada atividade executada, pois quanto maior a necessidade do de- senvolvimento dessas atividades, maior a necessidade de con- sumo de recursos e, portanto, de custos. Dessa maneira, surgiu dentro do método ABC o conceito de direcionadores de custos ou de atividades. (PADOVEZE, 2015, p. 253) Ainda de acordo com Padoveze (2015), fica clara a diferença básica entre os métodos de custeamento tradicionais e o método de custeio ABC, uma vez que nos métodos tradicionais os custos indiretos são associados diretamente aos produtos através de algum critério de rateio, de forma arbitrária. E no método ABC adota-se uma relação de causa entre o consumo dos recursos e as atividades operacionais a partir da análise dos direcionadores de custos. Logo, com base na afirmação acima do autor, é fácil entender que a diferença fundamental entre os métodos está no tratamento dado aos custos indiretos. Pois, os métodos de custeio tradicionais alocam os custos 38 GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS| indiretos em centros de custos e a partir daí rateia esses custos aos produtos, normalmente baseado nos custos dos materiais diretos utilizados na produção e/ou comercialização dos bens e a mão de obra direta aplicada. O método ABC analisa quais atividades consomem os recursos da empresa, alocando- as em centros de acumulação de custos por atividades. Para depois atribuir para cada um desses centros de atividades os custos dos produtos. O sistema ABC, em resumo, busca aplicar a cada produto, além dos custos diretos incididos habitualmente, a quantia de custos indiretos consumidos por cada um deles no processo de fabricação ou comercialização. Figura 06: Alocação dos custos aos produtos – métodos tradicionais. Fonte: PADOVEZE, 2015, p. 256 (adaptada). Figura 07: Visão de atribuição de custos – Método ABC. Fonte: PADOVEZE, 2015, p. 256 (adaptada). GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS 39| As vantagens do método ABC são: • Informação gerencial relativamente mais autêntica por meio da redução do rateio; • Menor necessidade de rateios arbitrários; • Identifica onde os produtos em estudo estão consumindo mais recursos; • Analisa o custo de cada atividade em relação aos custos totais da entidade; • Fornece informação ao usuário e vincula o consumo de recursos com o resultado; • Inclusão da totalidade dos custos nos produtos, por meio das ati- vidades; • Pode ser empregado em diversos tipos de empresas; • Identifica os produtos e clientes mais lucrativos; • Melhora de forma significativa a base de informações para tomada de decisões; • Estima cada atividade em termos de objetivos da organização, exi- gindo mudanças no processo organizacional e foco nas atividades que agregam valor. Já as desvantagens do método ABC são: • Possui gastos altos para implantação; • Necessita de alto grau de controles internos para implantação e avaliação, pois possui necessidade de revisão constante; • Leva em consideração muitos dados de difícil extração; • Pode encontrar dificuldade de comprometimento dos trabalhadores; • Necessidade de reorganização dos processos da empresa antes de sua implantação; • Pode encontrar dificuldade na integração das informações entre os departamentos; • Falta de pessoal competente, qualificado e experiente para implan- 40 GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS| tação e acompanhamento; • Maior preocupação em gerar dados estratégicos do que em usá-los; • Não é aceito pelo fisco, gerando a necessidade de possuir dois sistemas de custeio. Seguem adiante as etapas da implantação do custeio por atividades: 1° passo – Identificação e definição das atividades e dos respectivos centros. Quadro 05: Identificação de atividades. Departamentos Atividades Compras Comprar materiais; Desenvolver fornecedores. Almoxarifado Receber material; Inspecionar material; Armazenar material; Controlar estoques. Administração da Produção Programar produção; Controlar produção; Processar produtos e máquinas; Controlar processos (engenharia). Inspeção Final Embalar produtos; Despachar produtos. Fonte: ROSSETI, 2018 (adaptado). 2° passo – Apropriação direta, sempre que possível, dos custos aos produtos e aos objetos de custo. Quadro 06: Apropriação dos custos aos produtos. Mesas Cadeiras Matéria-prima ($/unid.) 300,00 175,00 Horas de mão de obra direta (h/unid.) 6 2,5 GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS 41| Valor da hora da MOD (4/unid.) 22,00 22,00 Quantidade fabricada e vendida 1.500 6.000 Despesas variáveis ($/unid.) 1,50,75 Preço de venda unitário 800,00 300,00 Custo direto total (Custo unitário x quantidade) R$ 648.000,00 R$ 1.380.000,00 Fonte: ROSSETI, 2018 (adaptado). 3° passo – Apropriação dos custos aos centros de custo da atividade. Quadro 07: Centros de custos das atividades. Departamentos Atividades Custos Compras Comprar materiais 175,00 Desenvolver fornecedores 7.315,00 Almoxarifado Receber material 3.135,00 Inspecionar material 8.360,00 Armazenar material 8.360,00 Controlar estoques 8.360,00 Administração da produção Programar produção 20.900,00 Controlar produção 15.675,00 Processar produtos e máquinas 10.450,00 Controlar processos (engenharia) 11.495,00 Inspeção final Embalar produtos 2090,00 Despachar produtos 3.135,00 Fonte: ROSSETI, 2018 (adaptado). 42 GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS| 4° passo – Determinação dos direcionadores de atividades. Quadro 08: Direcionadores de atividades. Departamentos Atividade Custos Direcionadores Mesas Cadeiras Compras Comprar materiais 5.225,00 N° de pedidos 40% 60% Desenvolver fornecedores 7.315,00 N° de fornece- dores 40% 60% Almoxarifado Receber material 3.135,00 N° de recebi- mentos 40% 60% Inspecionar material 8.360,00 N° de lotes inspecionados e armazenados 25% 75% Armazenar material 8.360,00 Controlar estoques 8.360,00 Administração da produção Programar produção 20.900,00 N° de produtos 25% 75% Controlar produção 15.675,00 N° de lotes 25% 75% Processar produtos e máquinas 10.450,00 N° de horas máquinas por unidade 40% 60% Controlar processos (engenharia) 11.495,00 Tempo de dedicação dos engenheiros 40% 60% Inspeção final Embalar produtos 2090,00 N° de produtos embalados 25% 75% Despachar produtos 3.135,00 N° de produtos despachados 25% 75% Fonte: ROSSETI, 2018 (adaptado). 5° passo – Apropriação dos custos aos objetos de custo, utilizando os direcionadores de atividades. GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS 43| Quadro 09: Objetos de custos e direcionadores de atividades. Custos Direcionadores Mesas Cadeiras 5.225,00 N° de pedidos 2.090,00 3.135,00 7.315,00 N° de fornecedores 2.926,00 4.389,00 3.135,00 N° de recebimentos 1.254,00 1.881,00 8.360,00 N° de lotes inspe- cionados e armaze- nados 6.270,00 18.810,008.360,00 8.360,00 20.900,00 N° de produtos 5.225,00 15.675,00 15.675,00 N° de lotes 3.918,75 11.756,25 10.450,00 N° de horas máqui- nas por unidade 4.180,00 6.270,00 11.495,00 Tempo de dedicação dos engenheiros 4.598,00 6.897,00 2090,00 N° de produtos embalados 522,50 1.567,50 3.135,00 N° de produtos des- pachados 783,75 2.351,25 Fonte: ROSSETI, 2018 (adaptado). 44 GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS| 6° passo – Elaboração de relatórios gerenciais. Quadro 10: Relatório gerencial. DRE Mesas Cadeiras Total Empresa Receita líquida de vendas 1.200.000,00 1.800.000,00 3.000.000,00 (-) Custo dos pro- dutos vendidos 679.768,00 1.452.732,00 2.132.500,00 (=) Lucro bruto 520.232,00 347.268,00 867.500,00 Fonte: ROSSETI, 2018 (adaptado). 5. método de custeIo padrão Trata-se de um método de suporte gerencial de controle e acompanhamento da produção. Não há exigência legal ou da legislação estadual ou ainda determinação para critérios contábeis. Ele se caracteriza por ser uma técnica eficaz para controlar custos, podendo ser empregado tanto no método de custeio por absorção como no método de custeio variável. Custo padrão é uma das técnicas para avaliar e substituir a uti- lização do custo real. Independentemente de a empresa utilizar o método do custeio direto ou por absorção, ela pode fazer uso do conceito de custo padrão, que se diferencia do custo real no sentido de que é normativo, objetivo, proposto ou um custo que se deseja alcançar. (PADOVEZE, 2015, p. 268) Logo, conforme a citação do autor acima, podemos chegar à conclusão de que o custo padrão não é outra maneira de contabilizar custos, e sim uma técnica de suporte aos sistemas de custeios. O objetivo principal do método de custeio padrão é estabelecer medidas comparativas (chamadas de padrões) com o intuito de aperfeiçoar os recursos, embasado no histórico de informações de custos da empresa. Segundo Padoveze (2015), os objetivos mais importantes do custo padrão são: GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS 45| • Determinação do custo, que deve ser o custo correto; • Avaliação das variações ocorridas entre o real e o padronizado; • Definição de responsabilidades e obtenção do comportamento dos responsáveis por atividades padronizadas, servindo de elemento motivacional; • Avaliação de desempenho e eficácia operacional; • Base para o processo orçamentário. MEMORIZE O custo padrão é diferente do custo estimado pelo fato de possuir maior exatidão técnica e busca de eficiência no seu uso e só tem utilidade, de fato, à medida que a empresa possui um ótimo sistema para apurar o custo obtido. Este método é aplicado na fase pré-operacional de uma organização. As vantagens do custeio padrão são: • Possibilita reduzir custos, pois determina o custo correto; • Realiza avaliação de desempenho e eficácia operacional; • Define compromissos dos envolvidos, padronizando as atividades e servindo como condição motivacional; • Auxilia a tomada de ações corretivas; • Produz incentivo para aperfeiçoar os recursos; • Torna fácil e confiável a elaboração de processos orçamentários; • Avalia alterações ocorridas entre o real e o padronizado. Já as desvantagens do custeio padrão são: • A facilidade de acesso desses padrões não é satisfatória e nem segura para as necessidades de utilização deste método, uma vez que o uso eficiente da técnica demanda correções constantes nos padrões monetários; 46 GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS| • Em determinadas situações há possibilidade de existir problema na definição dos valores dos padrões, em especial os custos indiretos. 5.1. Tipos de custo padrão O custo padrão é um artifício de planejamento do custo para a produção de um produto ou serviço, dentro de uma previsão dos custos reais. Funciona como uma avaliação de eficiência da produção e sinaliza os quesitos em que podem ocorrer falta de eficiência ou extravio de recursos na cadeia produtiva. Logo, uma empresa que deseja utilizar o método do custeio direto ou custeio por absorção, pode de forma simultânea usar a técnica do custo padrão, uma vez que se diferencia do custo real no sentido que ele é prático, recomendado e/ou um custo que a empresa procura atingir. • Custo padrão ideal: é o custo adquirido dentro de condições ideais de qualidades de materiais e de eficiência de mão de obra. Ocor- rendo o menor desperdício possível de insumos e trabalhando com 100% da capacidade de utilização de máquinas e equipamentos da empresa, sem paradas, exceto as já programadas em função da manutenção preventiva. Este custo é determinado por meio de estu- dos teóricos e calculado de forma científica, tornando-se uma meta de longo prazo da empresa. Porém, é pouco provável acontecer, devido a imperfeições do ambiente, das empresas e do mercado. • Custo padrão corrente: este custo diz respeito ao valor que a em- presa fixa como meta para todos os setores. Embora seja uma meta que normalmente a empresa considera difícil de ser alcançada, pois é uma adaptação do custo padrão ideal, leva em consideração as deficiências sabiamente existentes em termos de qualidade de ma- teriais, equipamentos, mão de obra, fornecimento de energia, dentre outros. Este tipo de custo busca usar toda eficiência energética, de qualidade de produtividade e fabricação da empresa. • Custo padrão baseado em dados passados: é aquele custo previsto que se baseia no histórico de informações de custos da empresa, ou seja, aqueles já ocorridos. Logo, supondo que estas informações são relevantes, podendo servir como indicadores fu- turos. Uma vez utilizando esses dados passados e descobrindo o que aconteceu, os riscos de obter falhas no futuro com o uso deste custo padrão é bem menor. GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS 47| 5.2.Periodicidade da construção do custo padrão Padoveze (2015) lista quatro tipos de custos padrão no que se refere à periodicidade de sua construção, são eles: • Custo padrão mensal: mesmo havendo a possibilidade de realiza- ção, este período não condiz com a filosofia do custo padrão, que normalmente trabalha com metas com um período de tempo maior. E além de ser uma tarefa bastante trabalhosa, contraria a importância de sua constituição, como substituto do custo real; • Custo padrão em uma data base: é a forma de elaboração do custo padrão mais usada, pois é planejado em um determinado mês, e busca projetar metas para serem alcançadas num período maior de seis meses ou um ano; • Custo padrão em moeda estável: neste caso, elabora-se o custo padrão em uma moeda forte, nacional (Ufir etc.) ou estrangeira (dó- lar, euro, marco, iene etc.). Uma possibilidade de custo padrão em moeda estável é a construção de padrões criando-se indicadores internos de inflação; • Custo padrão em data base atualizado pela inflação interna da empresa: segundo o autor, é a alternativa mais viável para acom- panhar as alterações de valores do custo padrão e sua atualização por meio de indicadores de inflação interna da companhia. Agre- gando o desenvolvimento do custo padrão, com periodicidade anual ou semestral, em uma data base, com o intuito de definir metas a serem conquistadas no futuro. Sendo assim, torna-se possível a manutenção do controle das variações dos preços, que não deve ser alterado por suas flutuações, bem como o conceito de padrão como meta. 5.3. Ficha padrão Segundo Padoveze (2015), a ficha padrão, também conhecida como ficha técnica, é um relatório que reúne e resume informações padrão de cada bem ou serviço, por exemplo: quantidade e valores. 48 GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS| Quadro 11: Ficha padrão de quantidade e valores de bens e serviços. Ficha Padrão Quant. Unidade de Medida Custo Unitário - $ Total - $ Materiais diretos 22,1 Toneladas 20,00 442,00 Mão de obra direta – Setor Y 11,5 Horas 23,23 267,17 Custos indiretos – Setores diretos 11,5 Horas 10,97 126,17 Custos indiretos – Setores indiretos 11,5 Percentual 9,95 114,43 Subtotal 11,5 44,15 557,76 Depreciação direta – Máquina H 11,5 Horas 75,00 862,50 Total 1.812,21 Fonte: PADOVEZE (2015). Onde a equação fundamental do custo é: Custo do insumo = Preço do insumo x Quantidade de insumo utilizada ou C = P x Q Fonte: PADOVEZE (2015). FIQUE ATENTO Segundo Padoveze (2015), as novas tecnologias computadorizadas de produção, propagadas pelo conceito CIM (Computer Integrated Manufacturing), possibilitam um enorme avanço na qualidade dos padrões produtivos, promovendo um aumento da qualidade desses padrões em escala quantitativa e de maneira expressiva, já que as partes a serem fabricadas são objeto de um trabalho pormenorizado, ligando a estrutura do produto, do processo e dos equipamentos de produção. GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS 49| Em contrapartida, o crescimento da automação com um sistema rigoroso de controle de qualidade também reduz as possíveis perdas, quebras ou uso não padronizados de materiais. Tendendo a minimizar a importância dos custos de mão de obra direta e possibilitando, assim, o seu tratamento como um custo fixo, já que a necessidade de manipulação do produto por pessoas é reduzida. Por fim, em ambientes que adotam o conceito Just In Time (sistema de administração da produção no qual tudo deve ser produzido, transportado ou comprado na hora exata) objetivando-se a redução dos estoques a nível zero, há uma tendência natural de pessoas mais ociosas, tornando as variações de eficiência de mão de obra irrelevantes como ferramenta de controle e de gestão de custos. PRATIQUE 1. Qual a importância de entender os métodos de custeios num processo pro- dutivo? 2. Quais as principais características do método de custeio variável? 3. O que é rateio? 50 GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS| 4. Defina critério de rateio e cite três exemplos. 5. Qual a diferença entre o método de custeio por absorção e o método de custeio por absorção total ou pleno? 6. Qual a diferença fundamental entre os métodos de custeamento tradicionais e o método de custeio ABC? 7. Qual a função dos direcionadores de custos no método ABC? GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS 51| 8. Quais as vantagens e desvantagens do método de custeio ABC? 9. Cite duas vantagens e desvantagens do método de custeio padrão. 10. Defina os tipos de custo padrão. RELEMBRE Nesta unidade, você compreendeu o comportamento dos principais elementos de custos nos procedimentos de produção de bens e serviços. Estudou sobre os diferentes métodos de custeio e as vantagens e desvantagens do uso técnico de cada um deles para uma melhor gestão dos custos, tomada de decisão e competitividade de mercado de uma organização. 52 GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS| Você verificou também a importância de analisar e projetar os custos de fabricação de um bem na sua pré-produção para definir e buscar atingir metas de custos a curto, médio e longo prazo, interpretando e analisando relatórios financeiros para avaliar o desempenho de uma condição existente ou sugestão de melhoramento de um processo produtivo. REFERÊNCIAS CAVENAGHI, Vagner. Gestão de custos: custeio baseado em atividades e avaliação do desempenho. UNIVESP, 2018. Disponível em: . Acesso em: 22 fev. 2019. MEDEIROS, Renato. Contabilidade de custos (método do custo variável). (2016). Disponível em: . Acesso em: 06 jan. 2019. PADOVEZE, Luís Clóvis. Contabilidade de custos: teoria, prática, integração com sistemas de informações (ERP). São Paulo: Cengage Learning, 2015. ROSSETI, Nara. Videoaula Exemplo Custeio ABC. (2018). Disponível em: . Acesso em: 24 fev. 2019. YANASE, João. Custos e formação de preços: importante ferramenta para tomada de decisões. São Paulo: Trevisan Editora, 2018. Rua Coletor Antônio Gadelha, Nº 621 Messejana, Fortaleza – CE CEP: 60871-170, Brasil Telefone (85) 3033.5199 w w w .U ni AT EN EU .e du .b r w w w .U ni AT EN EU .e du .b r w w w .U ni AT EN EU .e du .b r w w w .U ni AT EN EU .e du .b r w w w .U ni AT EN EU .e du .b r w w w .U ni AT EN EU .e du .b r w w w .U ni AT EN EU .e du .b r w w w .U ni AT EN EU .e du .b r w w w .U ni AT EN EU .e du .b r w w w .U ni AT EN EU .e du .b r w w w .U ni AT EN EU .e du .b r w w w .U ni AT EN EU .e du .b r w w w .U ni AT EN EU .e du .b r w w w .U ni AT EN EU .e du .b r w w w .U ni AT EN EU .e du .b r w w w .U ni AT EN EU .e du .b r w w w .U ni AT EN EU .e du .b r w w w .U ni AT EN EU .e du .b r w w w .U ni AT EN EU .e du .b r w w w .U ni AT EN EU .e du .b r w w w .U ni AT EN EU .e du .b r w w w .U ni AT EN EU .e du .b r w w w .U ni AT EN EU .e du .b r w w w .U ni AT EN EU .e du .b r Rua Coletor Antônio Gadelha, Nº 621Rua Coletor Antônio Gadelha, Nº 621Rua Coletor Antônio Gadelha, Nº 621Rua Coletor Antônio Gadelha, Nº 621 Messejana, Fortaleza – CE Rua Coletor Antônio Gadelha, Nº 621 Messejana, Fortaleza – CE CEP: 60871-170, Brasil Telefone (85) 3033.5199 Rua Coletor Antônio Gadelha, Nº 621 Messejana, Fortaleza – CE CEP: 60871-170, Brasil Telefone (85) 3033.5199 Rua Coletor Antônio Gadelha, Nº 621 Messejana, Fortaleza – CE CEP: 60871-170, Brasil Telefone (85) 3033.5199 Rua Coletor Antônio Gadelha, Nº 621 Messejana, Fortaleza – CE CEP: 60871-170, Brasil Telefone (85) 3033.5199 Rua Coletor Antônio Gadelha, Nº 621 Messejana, Fortaleza – CE CEP: 60871-170, Brasil Telefone (85) 3033.5199 Rua Coletor Antônio Gadelha, Nº 621 Messejana, Fortaleza – CE CEP: 60871-170, Brasil Telefone (85) 3033.5199 Rua Coletor Antônio Gadelha, Nº 621 Messejana, Fortaleza – CE CEP: 60871-170, Brasil Telefone(85) 3033.5199 Rua Coletor Antônio Gadelha, Nº 621 Messejana, Fortaleza – CE CEP: 60871-170, Brasil Telefone (85) 3033.5199 Rua Coletor Antônio Gadelha, Nº 621 Messejana, Fortaleza – CE CEP: 60871-170, Brasil Telefone (85) 3033.5199 Rua Coletor Antônio Gadelha, Nº 621 Telefone (85) 3033.5199 Capa_GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS-compactado GESTÃO DE PREÇOS E CUSTOS Contra-capa_reduzido