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Intensivo Delegado de Polícia Civil Noturno 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Constitucional 
 Professor: Flavio Martins 
Aulas: 07 a 10 | Data: 13/05/2015 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
 
PODER CONSTITUINTE (Continuação) 
1. Espécies de Poder Constituinte (visto na aula passada) 
1.1 Originário (visto na aula passada) 
1.2 Derivado (visto na aula passada) 
 
1.3 Poder Constituinte Difuso 
 
1.4 Poder Constituinte Supranacional 
 
EFICÁCIA (OU APLICABILIDADE) DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS 
 
1. Classificação das normas Constitucionais quanto à eficácia 
1.1 Norma Constitucional de eficácia plena 
1.2 Norma Constitucional de eficácia contida 
1.3 Norma Constitucional de eficácia limitada 
1.4 Norma Constitucional de eficácia absoluta 
1.5 Norma Constitucional de eficácia exaurida 
 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
 
1. Fundamentos da República: Art. 1º 
2. Separação dos Poderes: Art. 2º 
3. Objetivos da República: Art. 3º 
4. Princípio que regem as relações Internacionais: Art. 4º 
 
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
 
1. Teoria Geral dos Direitos Fundamentais 
1.1 Classificação dos Direitos Fundamentais 
1.2 Titulares dos Direitos Fundamentais 
1.3 Características dos direitos fundamentais 
1.4 Eficácia dos Direitos Fundamentais 
1.4.1 Eficácia Vertical 
1.4.2 Eficácia horizontal 
 
 
 
 
 
 
Página 2 de 10 
 
 
PODER CONSTITUINTE 
É o poder de criar e a competência para reformar a Constituição. 
 
O padre francês Emanuel Joseph Sieyès (abade Sieyès) é o autor responsável pela teoria do poder constituinte, 
na obra “O Terceiro Estado” em 1789, que foi a base teórica da Revolução Francesa. Na época o Estado se dividia 
em clero, nobreza e povo – portanto ele se referia ao povo, o que foi, o que é e seus poderes. 
 
Assim, o titular do Poder Constituinte seria o povo, e não o rei ou Deus através do rei. O povo seria o titular 
indireto do poder através de seus representantes. 
 
1. Espécies de Poder Constituinte (visto na aula passada) 
São quatro: originário, derivado, difuso e supranacional. 
 
1.1 Originário (visto na aula passada) 
1.2 Derivado (visto na aula passada) 
Características do Poder Derivado Reformador (visto na aula passada) 
 
Características do Poder Derivado Decorrente 
 
Os Estados e DF têm o poder para fazer sua própria constituição (Estados) ou Leio Orgânica (DF). 
 
a) Secundário: tem sua origem na própria Constituição. 
 
b) Condicionado: possui formas estabelecidas de manifestação, são duas: 
a. Constituição Estadual: art. 25 da CF. 
b. Lei Orgânica do DF: art. 32 da CF. 
 
c) Limitado: tem seus limites na própria CF, através dos seguintes princípios (cai muito em concursos): 
a. Princípios sensíveis: nome doutrinário (Pontes de Miranda), estão previstos expressamente no 
art. 34 inciso VII da CF, se violados, autorizam a intervenção. Exemplo 1: forma republicana, 
sistema representativo, regime democrático. Exemplo 2: direitos da pessoa humana como 
dignidade, art. 34 inciso VII, alínea “b”, ou a aplicação do mínimo exigido na saúde e educação. 
b. Princípios estabelecidos: previstos na CF que se referem diretamente aos Estados e ao DF. 
Exemplo 1: competência dos Estados e DF, arts. 25 (Estados) e 32 (DF) da CF. 
c. Princípios extensíveis: são princípios direcionados à União, mas que se aplicam aos Estados e ao 
DF, pelo princípio da simetria. Exemplo 1: o processo legislativo, arts. 59 a 69 da CF. 
Pergunta: O Estado pode fazer medida provisória? SIM, se estiver previsto em sua Constituição. 
 
1.3 Poder Constituinte Difuso (ou mutação constitucional) 
 
É o poder de alterar o sentido, a interpretação da Constituição, sem alteração do seu texto. 
 
É uma mudança informal da Constituição, pois a mudança formal é a Emenda Constitucional ou a Revisão 
Constitucional. 
 
É mais conhecido como mutação constitucional. 
 
É um poder de fato, não de direito. Não é um poder regulamentado pelo direito, não há lei para definí-lo e 
regulamentá-lo. 
 
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Chama-se difuso porque pode ser feito por qualquer intérprete da constituição (o que dá uma ideia de espalhado, 
disperso, difuso). 
 
Exemplo: O art. 5º inciso XI da CF fala da palavra “casa”, dizendo que “a casa é asilo inviolável...” etc. A pergunta 
é: o que é casa? O que significa casa? Residência? A resposta, hoje em dia, pela jurisprudência do STF, é mais 
abrangente: além de residência também é o local de trabalho reservado, distante das área públicas do 
estabelecimento, como a parte de trás do balcão do bar e a sala do administrador; o quarto de hotel ou motel 
ocupado; o trailer. Carro de passeio, boleia de caminhão ou carro de trabalho como truck food não são 
reconhecidos como casa. 
 
1.4 Poder Constituinte Supranacional (constitucionalismo transnacional) 
 
É o poder de elaborar uma só Constituição para vários países. Alguns chamam de constitucionalismo 
transnacional. 
 
 
 
 
 
EFICÁCIA (OU APLICABILIDADE) DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS 
 
As normas constitucionais têm eficácia “variada”, diversa: algumas produzem muitos efeitos, outras poucos. 
 
A palavra “eficácia” jurídica de uma lei significa: a possibilidade3 de produção de efeitos concretos. 
 
1. Classificação das normas Constitucionais quanto à eficácia 
A classificação usada no Brasil é a Italiana criada por Vezio Crizafulli, trazida por José Afonso da Silva na década 
de 70, no livro: “Aplicabilidade das normas constitucionais”, muito usada pelo STF e cai muito nos concursos. São 
três, com mais duas adotadas por algumas doutrinas: 
 
1.1 Norma Constitucional de eficácia plena 
 
É a que produz todos os seus efeitos, sem precisar de complemento. Exemplo 1: art. 18, § 1º da CF: Brasília é a 
capital federal – sua função é definir a capital federal, o objetivo foi atingido, o papel do artigo foi plenamente 
cumprido, definiu a capital claramente. Exemplo 2: art. 57, “caput”, define o calendário do congresso nacional – 
de 2/2 a 17/7 e 1/8 a 22/12, o período de atuação do congresso nacional, fixou o calendário claramente, objetivo 
cumprido, plenamente eficaz. 
 
1.2 Norma Constitucional de eficácia contida (ou redutível ou restringível) 
 
É a que também produz todos os seus efeitos, mas lei infraconstitucional pode reduzir esses efeitos. 
 
Exemplo 1: art. 5º inciso LVIII da CF, diz que o civilmente identificado (pessoa que tem RG, CTPS, CNH, passaporte 
ou documento profissional) não será submetido a identificação criminal (identificação dactiloscópica mais a 
fotográfica, “tocar piano na delegacia”), salvo nas hipóteses previstas em lei; ou seja, é possível que uma lei 
infraconstitucional que restrinja esse direito e obrigue a identificação criminal, como a Lei 12.037/2009, caso a 
foto do documento seja tão antiga ou difícil de visualizar que não represente mais a pessoa. 
 
Exemplo 2: Art. 5º inciso XIII da CF, direito à liberdade de escolher e exercer o trabalho, “atendidas as 
qualificações profissionais que a lei estabelecer”; ou seja, lei infraconstitucional pode restringir, dificultar, o 
 
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acesso às profissões, como faz o Estatuto da OAB com a Advocacia: condiciona seu exercício à aprovação do 
bacharel em direito no Exame de Ordem, portanto tal exame é constitucional segundo o STF por unanimidade – 
ISSO CAI EM CONCURSOS. 
 
Limites à restrição: segundo o STF, a lei não pode restringir excessivamente os efeitos da norma constitucional, 
sob pena de ferir seu núcleo essencial. Cada norma constitucional tem um núcleo intangível que não pode ser 
atingido. Exemplo 1: quantos exames da OAB um bacharel pode fazer até ser aprovado? Quantos quiser. Mas e se 
o Estatuto da OAB for mudado para restringir a 3 exames? Essa lei seria inconstitucional, pois seria um limite tão 
excessivo que praticamente restringiria a lei. Exemplo 2: segundo o STF, é inconstitucional a exigênciado diploma 
de jornalismo para a prática de atividades jornalísticas. O STF entendeu que é uma restrição exagerada. 
 
1.3 Norma Constitucional de eficácia limitada 
 
É aquela norma que produz poucos efeitos. Não é desprovida de efeitos, CUIDADO. Tem duas modalidades: 
 
1. Norma Constitucional de eficácia limitada de princípio programático (ou norma programática): é a 
norma que fixa um programa de atuação para o Estado em relação à saúde, educação, salário mínimo, 
etc. MOTIVO: produz poucos efeitos porque precisa de reiteradas políticas públicas. Exemplo 1: Segundo 
o STF o Estado deve garantir imediatamente um mínimo existencial das normas programáticas. Exemplo 
2: Segundo o STF o Estado deve garantir gratuitamente a medicação e o tratamento dos portadores de 
enfermidades graves, ainda que não seja medicação distribuída pelo SUS. Exemplo 3: Quanto à educação 
a matrícula da criança no ensino fundamental e pré escolar (creche) deve ser imediata. 
 
Resposta do Estado: alega como defesa a essas ordens judiciais o “princípio da reserva do possível”, 
limites do que é possível fazer, como limite orçamentário – mas o Estado tem o ônus de provar a 
impossibilidade. 
 
2. Norma Constitucional de eficácia limitada de princípio institutivo: é a que produz poucos efeitos porque 
precisa de um complemento, regulamentação. Exemplo 1: art. 7º inciso XI, fala do direito dos 
trabalhadores à participação nos lucros da empresa, “nos termos definidos em lei”, que é a Lei do PLR 
criada no governo FHC. Exemplo 2: art. 37 inciso VII, o direito de greve do servidor público, “nos termos 
de lei específica”, que nunca foi criada – tal omissão do Estado é a “inconstitucionalidade por omissão”. 
 
Pergunta: no concurso de delegado – BA perguntaram: qual a consequência da não elaboração do 
complemento da norma de eficácia limitada? Ou seja, quais são as ações que “atacam” esse mal 
deiconstitucionalidade por omissão? São duas: a ADIn por omissão (CF 102 § 3º), e o mandado de 
injunção (art. 5º inciso LXXI, CF). 
 
1.4 Norma Constitucional de eficácia absoluta (cláusulas pétreas) 
 
Novidade da doutrina. 
 
É a norma de eficácia plena que não pode ser suprimida da Constituição (cláusulas pétreas). 
 
1.5 Norma Constitucional de eficácia exaurida 
 
Novidade da doutrina. 
 
É a norma que já produziu todos os efeitos que eram previstos. Comuns no ADCT. Exemplo 1: art. 2º do ADCT, 
convocou o povo em 1993 para decidir entre monarquia ou república, ou entre monarquia, presidencialismo ou 
parlamentarismo. 
 
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
 
Vai apenas do art. 1º ao art. 4º da CF. ESTUDAR A LETRA DA LEI EM DETALHES, LER MUITO, porque cai bastante 
em concursos: 
 
 Fundamentos da República: Art. 1º 
 Separação dos Poderes: Art. 2º 
 Objetivos da República: Art. 3º 
 Princípio que regem as relações Internacionais: Art. 4º 
 
 
1. Fundamentos da República: Art. 1º 
 
Nome oficial do País: República Federativa Do Brasil, ou seja: 
 Forma de governo: República 
 Forma de Estado: Federação 
 
O Brasil é formado da união indissolúvel de Estados, DF e Municípios. Insolúvel significa que não se admite 
secessão, separação de Estados do Brasil, sob pena de intervenção no Estado separatista. 
 
O Brasil é um Estado Democrático de Direito, art. 1º, Caput. Foi copiado da CF Portuguesa de 1976. Ou seja, é um 
Estado regido pelo princípio da legalidade (só pode fazer o que a Lei permite, cumprir a lei) e é democrático, todo 
poder emana do povo. 
 
Democracia vem de Demos, povo e Cratos, poder – poder do povo. 
 
Democracia direta: a primeira democracia é a direta: o povo toma suas decisões diretamente, sem 
intermediários. 
 
Democracia indireta ou representativa: é aquela em que o povo toma suas decisões por meio de representantes 
eleitos. 
 
Democracia participativa ou semidireta: a democracia brasileira é uma mistura das duas anteriores. É uma 
democracia indireta, com algumas hipóteses de democracia direta como o referendo , o plebiscito, a inciativa 
popular, etc., segundo o art. 1º parágrafo único da CF: “todo o poder emana do povo que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente nos termos da Constituição”. 
 
Os fundamentos da república: cai muito em concursos de delegado no RJ. São as bases principiológicas sobre as 
quais construiremos o país: 
 Soberania: independência no plano externo mais a supremacia no plano interno (Marcelo Caetano). 
 Cidadania: possibilidade de interferir nas decisões políticas do Estado, sendo exercida de várias formas. 
 Dignidade da pessoa humana: somatória de todos os direitos humanos. 
 Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa: aquele que cria os postos de trabalho também tem seu 
valor social. 
 
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 Pluralismo político: é o pluralismo de ideias, correntes, culturas, etc. não confundir com 
pluripartidarismo. 
 
 
2. Separação dos Poderes: Art. 2º 
 
São poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o judiciário. 
 
Ou seja, o Brasil adotou a teoria da “tripartição de poderes” idealizada pelo Barão de Montesquieu, no livro “O 
Espírito das Leis”. 
 
São dois os princípios que regem a tripartição de poderes: 
 Independência: um poder não está abaixo do outro. 
 Harmonia: os poderes convivem harmonicamente. 
 
 
3. Objetivos da República: Art. 3º 
 
Diferença entre fundamento e objetivo da república: 
 Fundamento: princípios sob os quais o brasil crescerá: pluralismo, soberania, cidadania, etc. 
 Objetivo: o que o Brasil espera do futuro: 
1. Construir uma sociedade livre, justa e solidária. 
2. Garantir o desenvolvimento nacional. 
3. Divide-se em dois: 
 Erradicar (acabar com) a pobreza e a marginalização. 
 Reduzir (diminuir) a desigualdade social e regional. 
4. Promover o bem de todos, acabando com todos os tipos de discriminação. 
 
4. Princípio que regem as relações Internacionais: Art. 4º 
 
São dez princípios: 
 I - independência nacional: o Brasil é independente de qualquer outro país; 
 II - prevalência dos direitos humanos: prevalecem sobre interesses, econômicos, financeiros, políticos, 
etc.; 
 III - autodeterminação dos povos: cada povo é dono de seu destino e o Brasil respeita suas decisões; 
 IV - não-intervenção: por isso o Brasil sempre é contra intervenções em outros países; 
 V - igualdade entre os Estados: por isso o Brasil defende que Cuba participe junto com outros Estados em 
eventos internacionais; 
 VI - defesa da paz: isso não significa que sempre seja contra a guerra, mas defende o máximo a paz; 
 VII - solução pacífica dos conflitos: havendo conflito entre Brasil e outro país procura solucionar na paz, 
como o caso em que a Bolívia tomou a refinaria da Petrobrás e o Brasil não fez nada; 
 VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo: o Brasil pune de forma mais rigorosa estes dois crimes, até 
equiparando o terrorismo a hediondo; e o racismo é considerado um crime muito grave, inafiançável, 
imprescritível junto com grupo armado contra o Estado Democrático; 
 IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade: é a solidariedade no plano 
internacional; 
 X - concessão de asilo político: os perseguidos políticos em outros países têm guarida no Brasil. 
 
 
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O parágrafo único traz uma norma programática: “A República Federativa do Brasil buscará a integração 
econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade 
latino-americana de nações.”. 
 
O Mercosul foi um passo nessa direção, criando uma aproximação entre países, facilitando comércio e viagens 
entre países. 
 
 
 
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
 
Vai do art. 5º ao 17 da CF. A LETRA DA LEI DEVE SER BEM ESTUDADA PARA CONCURSOS, EM ESPECIAL O ART. 5º. 
 
Pergunta de concursodelegado – PR: Qual a diferença entre direitos e garantias? 
 Direito: norma de conteúdo declaratório, diz que você tem um direito. Exemplo: Direito à vida, à 
propriedade, etc. 
 Garantia: norma de conteúdo assecuratório, visa preservar, assegurar um direito que você tem. Exemplo: 
habeas corpus visa proteger, assegurar o direito à liberdade de locomoção. 
 O ART. 5º FALA DOS DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS. 
 DO ART. 6º AO 11 FALA DOS DIREITOS SOCIAIS COMO DOS TRABALHADORES, SIDICALIZAÇÃO E GREVE. 
Não costuma cair em concurso de delegado. 
 O ART 12 E O 13 FALA DO DIREITO DE NACIONALIDADE. Está em todos os editais de delegado. 
 DO ART. 14 AO 17 FALA DOS DIREITOS POLÍTICOS MAIS OS PARTIDOS POLÍTICOS. Está em todos os editais 
de delegado. 
 
1. Teoria Geral dos Direitos Fundamentais 
 
1.1 Classificação dos Direitos Fundamentais 
 
Segundo Norberto Bobbio no livro “A Era dos Direitos”, é classificado em dimensões ou gerações. 
 
 
 
1.1.1 Direitos de primeira dimensão ou geração 
 
São os direitos individuais também chamados de liberdades públicas: vida, liberdade, propriedade, etc. 
 
O Estado tem o dever principal de não fazer, não agir, não interferir. O Estado tem o dever de não tirar sua vida, 
não tirar sua liberdade injustamente, não tirar sua propriedade indevidamente. 
 
1.1.2 Direitos de segunda dimensão ou geração 
 
São os direitos sociais, como saúde, educação, etc. 
 
A grande diferença entre a primeira a segunda, é que na segunda o Estado tem o dever principal de fazer, agir, 
tem que fornecer educação, tem que garantir saúde, etc. 
 
1.1.3 Direitos de terceira dimensão ou geração 
 
 
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São os direitos metaindividuais ou transindividuais ou pluriindividuais, também chamados de difusos ou coletivos, 
os direitos que pertencem a uma coletividade indeterminada de pessoas, como o art. 225 da CF: meio ambiente 
sadio. 
 
 
 
 
 
1.2 Titulares dos Direitos Fundamentais 
 
O Art. 5º, caput, diz: “...garantindo-se aos brasileiros (nato ou naturalizado) e estrangeiros residentes (também 
turistas e apátridas) no país...”, que são os titulares dos direitos fundamentais. 
 
Quanto ao estrangeiro turista, segundo a jurisprudência do STF: todos que estão no território brasileiro são 
titulares de direitos fundamentais. 
 
O mesmo se estende aos apátridas, portanto. 
 
Pessoa Jurídica: é titular de alguns direitos fundamentais. Alguns direitos são incompatíveis com sua natureza. 
Exemplo: 
 Pessoa jurídica pode praticar crime? Sim, crime contra o meio ambiente por exemplo, mas não cabe 
habeas corpus em favor de PJ segundo STF e STJ, pois a PJ não tem liberdade de locomoção. 
 Animais são titulares de direitos fundamentais? Segundo o STF, os animais, embora protegidos pelo 
direito (art. 225, VII, CF, protegidos contra crueldades), não são titulares dos direitos fundamentais – não 
cabe habeas corpus contra animais presos em zoológico ou circo, por exemplo. 
 
1.3 Características dos direitos fundamentais 
 
1.3.1 Historicidade 
 
Os direitos decorrem de uma evolução histórica. Com a Internet, discute-se mais o direito à intimidade e ao 
esquecimento. 
 
1.3.2 Universalidade 
 
Os direitos fundamentais pertencem a todas as pessoas no território nacional indistintamente. 
 
1.3.3 Irrenunciabilidade 
 
Não se pode renunciar aos direitos fundamentais (mas é possível não exercê-los). Exemplo: não posso assinar 
uma declaração em cartório renunciando à minha intimidade, mas posso simplesmente não exercê-la e, por 
exemplo, deixar todo mundo ver as mensagens de meu celular, minhas redes sociais, me inscrever num reality 
show transmitido ao vivo, etc. 
 
1.3.4 Relatividade 
 
Os direitos fundamentais não são absolutos, sempre haverão limitações e sempre haverão choques e conflitos 
entre direitos fundamentais. “O teu direito termina onde começa o do outro”. Exemplo 1: direito à vida tem 
limites, como a pena de morte em caso guerra declarada. Exemplo 2: liberdade de manifestação do pensamento 
(art. 5º inciso IV) não é absoluta, pode ser prática de crime contra a honra. Exemplo 3: liberdade de reunião, não 
 
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pode acontecer com armas e não pode ser em qualquer lugar, fechando vias sem avisar, etc. Exemplo 4: 
liberdade religiosa, não permite sacrifícios humanos, uso de drogas e outros atos ilícitos. 
 
Alguns constitucionalistas dizem que alguns direitos são absolutos, com o art. 5º inciso III: tortura. Nos EUA 
admite-se uma teoria da década de 60: teoria do cenário da bomba relógio. O filme “Ameaça Terrorista” mostra 
o cenário desta teoria: uma cidade está cheia de bombas relógio e o terrorista foi preso, mas se recusa a revelar 
os locais. O tempo é curto, e o direito à vida de um indivíduo está contraposto contra o direito à vida de milhares 
de cidadãos. Com base nesta teoria a tortura é admitida diariamente nos EUA para obter confissões. A Suprema 
Corte Americana admite tal teoria. 
 
Em Israel também se admite a tortura em casos especiais. 
 
1.4 Eficácia dos Direitos Fundamentais 
 
Art. 5º § 1º: As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. Ou seja, não 
necessitam de regulamentação. Exemplo: Mandado de Injunção, art. 5º, inciso LXXI, CF, até hoje o Congresso 
nacional não fez sua norma regulamentadora. Mas o STF aplica, por analogia, a Lei do Mandado de Segurança. 
 
Há duas espécies de eficácia: 
 
1.4.1 Eficácia Vertical 
 
É a relação entre o Estado e as pessoas: o Estado sendo o devedor dos direitos fundamentais e as pessoas sendo 
os credores dos direitos fundamentais. Exemplo: direito à vida, à propriedade, à saúde, o Estado deve respeitar e 
garantir. 
 
1.4.2 Eficácia horizontal 
 
É a aplicação dos direitos fundamentais nas relações privadas (entre as pessoas). Exemplo: marido-mulher, 
empregado-empregador, etc. 
 
Essa eficácia horizontal deve ser aplicada com cautela, para não ferir o princípio da autonomia da vontade. 
Exemplo: contratação por concurso público ou contratação por empresa privada. No concurso público não pode 
ser feita distinção por religião, sexo, raça, etc. Mas na empresa privada pode-se contratar quem quiser. 
 
Há dois tipos de eficácia horizontal: 
 
1. Eficácia horizontal mediata ou indireta: os direitos fundamentais são aplicados às relações privadas por 
meio de uma lei. Exemplos: CP (parte especial prevê vários crimes, quer proteger vários bens jurídicos 
como vida, patrimônio, honra, forçando que uma pessoa proteja os direitos da outra sob penas), CC e CLT 
2. Eficácia horizontal imediata ou direta: os direitos fundamentais são aplicados às relações privadas sem a 
necessidade de uma lei. Exemplo: segundo o STF, para se excluir um associado de uma associação, deve-
se respeitar o contraditório do art. 5ªLV, CF. Ou seja, antigamente o princípio do contraditório era 
vertical, o Estado exercia perante o indivíduo, mas depois dessa decisão passou a ser horizontal ao ser 
aplicado nas relações privadas. 
 
 
Questões 
 
Com relação aos limites ao exercício do Poder Constituinte, assinale a única afirmativa correta. 
 
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(A) Os limites ao Poder Reformador, como todas as exceções, interpretam-se restritivamente; daí decorre que é 
vedada a proposta de Emenda tendente a abolir a forma Federativa de Estado, sendo possível, por outro lado, 
que uma Emenda retire dos municípios o status de entes da federação. 
(B) Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir a forma federativa do Estado, o voto 
direto, secreto, universal e periódico, os monopólios do Estado e os direitos e garantias individuais. 
(C) Além dos limites expressos na Constituição ao Poder Constituinte Reformador, podem ser identificados limites 
implícitos, exemplificados pelo próprio dispositivo que prevê as matérias que não podem ser objeto de Emenda. 
(D) De acordo com a jurisprudênciado Supremo Tribunal Federal, não se pode invocar a existência de direito 
adquirido em face do Poder Constituinte, quer do originário, quer do reformador. 
(E) O Poder Constituinte Originário divide-se em Poder Constituinte Estruturante e Poder Constituinte Decorrente
 
Resposta: C 
Quanto ao Poder Constituinte, é correto afirmar que: 
A) o Poder Constituinte originário respeitará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. 
B) o seu titular será o representante do povo ou o grupo revolucionário que ascende ao poder. 
C) chama-se Poder Constituinte decorrente o poder, estabelecido pelo próprio texto constitucional, de reformar a 
Constituição. 
D) há limitações explícitas e implícitas ao poder de reformar a Constituição. 
E) a distinção entre poder constituinte e poder constituído é obra da teoria clássica grega sobre a Constituição 
política. 
Resposta: D

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