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Guia prático de farmácia magistral

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Procedimentos 
Operacionais 
Padrão 
526 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Introdução 
Neste capítulo, descrevemos alguns Procedimentos Opera-
cionais Padrão, utilizados em farmácias de manipulação; procurando 
alcançar maior proximidade com a realidade cotidiana dessas em-
presas, usamos as rotinas e os procedimentos de uma farmácia já 
instalada e em funcionamento. Alguns pontos tiveram que ser adap-
tados para melhor entendimento do leitor, outros deverão ser modi-
ficados ou alterados de acordo com a necessidade específica de sua 
utilização. 
Nosso objetivo aqui é traçar as diretrizes básicas dos Proce-
dimentos Operacionais Padrão, indicando um dos caminhos a ser 
adotado rumo ao aprimoramento do trabalho magistral. 
527 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Emissão de POPs 
Procedimento Operacional Padrão 01 
528 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Manual de Boas Práticas de Manipulação 
Procedimento Operacional Padrão 
POP N° 01 
Emissor: Emitido em: 
Revisor: 
Aprovação: 
Página 
Substitui 
POP: n° 
Revisado 
em: 
Aprovado 
em: 
TITULO: Emissão de POPs 
1. Objetivo 
Definir as normas a serem aplicadas para a emissão de Procedimen-
tos Operacionais Padrão (POPs) de todos os setores da farmácia de 
manipulação. 
2. Responsabilidades 
Diretor Técnico (Farmacêutico Responsável) 
Diretor Administrativo 
3. Departamentos Envolvidos 
Administrativo 
Técnico 
4. Documentos de Referência 
Resolução ANVISA/RDC 33 - 19/04/2000 - Atualizada em 08/01/2001 
Manual de Recomendações para aviamento de formulações magis-
trais -
ANFARMAG - Boas práticas de maniputação - 1 a edição - 1997 
5. Material Necessário 
Não se aplica. 
529 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
6. Procedimento 
6.1. Definição: 
Procedimento operacional padrão (POP) é a descrição por-
menorizada de técnicas e operações a serem utilizadas na farmácia, 
visando proteger e garantir a preservação da qualidade das prepara-
ções manipuladas e a segurança dos trabalhadores. 
6.2. Objetivo: 
Este item deve citar a finalidade do POP que está sendo ela-
borado. 
6.3. Responsabilidade: 
Este i tem designa os funcionários envolvidos na elaboração e 
execução do POP. 
6.4. Departamentos Envolvidos: 
Este i tem descreve os departamentos e os funcionários en-
volvidos com o POP. 
6.5. Documentos de Referência: 
Este i tem cita todos os documentos necessários para a 
elaboração do POP: 
Resolução ANVISA/RDC 33 - 19/04/2000 - Atualizada em 
08/01/2001 
Manual de Recomendações para aviamento de formulações 
magistrais - ANFARMAG - Boas práticas de manipulação - 1 a edição -
1997 
Farmacopéia e outras iiteraturas de interesse farmacotécni-
co 
POPs de interesse 
6.6. Material necessário: 
Este item relaciona os materiais envolvidos na execução do 
POP, tais como: 
Equipamentos 
Vidrarias e utensílios 
Planilhas e Fichas técnicas 
Literaturas 
6.7. Procedimento: 
Este i tem descreve o procedimento para a execução da 
530 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
tarefa determinada. 
6.8. Observação: 
Este ítem cita alguma particularidade referente ao respec-
tivo procedimento. 
6.9. Regras Gerais: 
Este documento não pode ser rasurado. 
Para a utilização do mesmo, os funcionários são treinados e 
este treinamento é registrado. 
Para efetuar qualquer alteração no POP original, deverá ser 
emitido um pedido mediante o "FORMULÁRIO PARA EMISSÂO E AL-
TERAÇÃO DE POPs" preenchendo os espaços referentes às alterações 
solicitadas. 
Este Formulário é anexado a uma cópia do POP original ca-
rimbado - CÓPIA PARA VERIFICAÇÃO DE ALTERAÇÃO e encaminhado 
ao Diretor Técnico ou Diretor Administrativo, conforme o Departa-
mento em questão, para avaliação da alteração. 
Se a alteração for aprovada, mediante a assinatura do Dire-
tor Técnico ou Administrativo, é emitido um novo POP, com nova 
data de emissão. 
0 POP alterado é encaminhado aos departamentos envolvi-
dos e o POP de emissão será recolhido e arquivado por um ano no 
Departamento Administrativo. 
Mesmo que não haja alteração no POP original, o mesmo 
tem a data de emissão atualizada anualmente. 
No cabeçalho do POP consta: 
nome da empresa 
tí tulo 
data de emissão 
emissão anterior (caso não haja: NOVO) 
revisor e data da revisão 
aprovação e data de aprovação 
número de páginas (exemplo: se forem 3 páginas; a 
página 01 será 01/03, a página 02 será 02/03 e a página 03, 03/03). 
531 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Formulário para emissão e alteração de POPs 
Departamento: 
Objetivo: ( ) novo ( ) aiteração 
Número do POP: 
Titulo do POP: 
Solicitado 
por: 
Data: 
Autorizado 
por: 
Data: 
Alteração: 
De: 
Emitido em: 
Para: 
Aprovado 
em: 
Assinatura do Responsável: 
532 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Construção, Adaptação e 
Manutenção 
das Instalações Físicas 
Procedimento Operacional Padrão 02 
533 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Manual de Boas Práticas de Manipulação 
Procedimento Operacional Padrão 
POP N° 02 
Emissor: Emitido em: 
Revisor: 
Aprovação: 
Página 
Substitui 
POP: n° 
Revisado em: 
Aprovado 
em: 
TITULO: Construção, adaptação e manutenção das instalações 
fisicas 
1. Objetivo 
Definir as normas a serem aplicadas na adaptação e manu-
tenção das instalações físicas da farmácia. 
2. Responsabilidades 
Diretor Administrativo 
Diretor Técnico 
3. Departamentos envolvidos 
Administrativo 
Técnico 
4. Documentos de Referência 
Resolução ANVISA/RDC 33 - 19/04/2000 Atualizada em 08/01/2001 
Portaria N° 1884/94 - Normas para projetos físicos de estabeleci-
mentos assistenciais de saúde - SVS/MS N° 674 De 31/12/97 (atuali-
zação) 
Memorial Técnico Descritivo da Farmácia 
Manual de Recomendações para Aviamentos de Formulações Magis-
trais - ANFARMAG - 1a edição, 1997. 
534 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
5. Material Necessário 
Não se aplica. 
6. Procedimento 
No projeto de adaptação do prédio para montagem da far-
mácia de manipulação são observados os seguintes aspectos: 
0 Prédio possui um tamanho mínimo adequado que permita 
acomodar todas as áreas exigidas pela legislação e, também, facil i-
ta a execução das atividades, permitindo trabalho com alto padrão 
de qualidade. 
6 . 1 . Áreas necessárias: 
Setor de atendimento a clientes (Departamento Comercial) 
Sanitários 
Vestiário 
Refeitório 
Sala de administração (Departamento Administrati-
vo/Compras) 
Área de Paramentação 
Laboratório de manipulação de sólidos 
Laboratório de manipulação de semi-sólidos e líquidos, com 
separação de manipulação de produtos de uso interno e externo 
Laboratório de Controle da Qualidade de matérias-primas, ma-
teriais de embalagens e produtos acabados 
Área de lavagem e sanitização de materiais (Departamento de 
Limpeza e Sanitização) 
Departamento de Suprimentos (Almoxarifado) 
0 projeto deve permitir a aplicação de um fluxograma ope-
racional técnico que ordena corretamente todas as atividades da 
farmácia. 
As paredes, pisos e forros devem ser de material liso e im-
permeável, para que permita a limpeza e sanitização fácil de sua 
superfície. 
Devem existir pontos de eletricidade de 110 e 220 V perfei-
tamente identificados e em quantidade suficiente, permitindo a 
instalação adequada dos diversos equipamentos. São usadas toma-
das para plug de três pinos. 
A iluminação e a ventilação deverão ser suficientes para 
permitir a operação adequada e o conforto dos manipuladores. 
A água de abastecimento da farmácia, deve ser tratada e 
535 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
submetida a sistemade purificação, consistindo de fi ltração mecâ-
nica, desmineralização e/ou destilação. 
Os sanitários devem possuir ralos de drenagem sifonados com 
tampa, de modo a permitir a limpeza e sanitização das instalações. 
As janelas e basculantes devem estar protegidos com tela t i -
po mosqueteiro para evitar a entrada de insetos e roedores. 
Todas as áreas internas da farmácia devem estar em bom es-
tado de conservação, não apresentando rachaduras, pinturas man-
chadas, pisos e revestimentos rachados ou soltos, goteiras, inf i l tra-
ções de água, fiação elétrica exposta, etc. Surgindo qualquer destes 
problemas, os mesmos são imediatamente reparados. 
7. Memorial Técnico Descritivo 
Memorial Técnico Descritivo para adequação de área fisica 
de uma Farmácia de Manipulação, (inserir razão social, número de 
Inscrição Estadual, número do CNPJ, endereço e nome de proprietá-
rios). 
7.1. Objetivo e Atividade do Estabelecimento 
A (razão social da farmácia) tem por objetivo e atividade o 
aviamento de receituário médico de medicamentos magistrais, of i -
cinais, cosméticos e dispensação de alopáticos, fitoterápicos e cor-
relatos. 
7.2. Relação dos Equipamentos, Vidrarias e outros materiais ne-
cessários nos laboratórios: 
7 .2 .1 . Laboratório de Sólidos: 
Balança Semi-analítica de Precisão: carga máxima 400 g 
Redibilidade: em torno de 0,001 g 
Estufa de secagem e esterilização com temômetro 
Termohigrômetro 
Placas encapsuladoras em PVC: tamanho variando da cápsula 4 a 
000 
Tamises de aço inox e base de inox 
Grals de vidro e porcelana 
Provetas de vidro graduadas 
Espátulas de aço inox e polipropileno para pesagem 
536 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Desumidificador de ar 
Capela para exaustão de pó para balança 
Capela para exaustão de pó para tamisação / tr ituração / encap-
sulação 
Exaustor central para pó 
Ar condicionado 
Papeleira para toalha descartável 
Lixeira com pedal 
Seladora para plástico 
7.2.2 - Laboratório de Semi-Sólidos e Liquidos: 
Balança eletrônica de precisão: carga máxima 4.000g 
Medidor de pH, temperatura e condutividade. 
Deionizador de água 
Destilador de água 
Barrilete para armazenamento de água destilada 
Filtro de água com carvão 
Termohigrômetro 
Agitador magnético com aquecimento 
Agitador mecânico 
Banho Maria 
Fogão com duas bocas 
Geladeira com termômetro de máxima e mínima 
Termômetro de mercúrio 
V i d r a r i a s d i v e r s a s (cálices, beckers, provetas, pipetas, bastões de vidro) 
Tela de arame e amianto 
Medidores em polipropileno (tipo proveta, becker) 
Funil em vidro e polipropileno 
Grals de porcelana, vidro e polipropileno 
Panelas em aço inox 
Exaustor centrat para pó 
Ar condicionado 
Papeleira para toalha descartável 
Lixeira com pedal 
7.2.3. Sala de Controle da Qualidade: 
Balança Analítica de precisão: 
Carga máxima 21 Og / Redibilidade: ± 0,0001 g 
Capeia para exaustão de gases voláteis 
Aparelho para determinação de ponto de fusão 
Tubo capilar 
537 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Bico de Bunsen 
Picnômetro 
Alcoômetro de Gay Lussac 
Copo de Ford 
Timer 
Vidrarias diversas (tubos de ensaio, pipetas, provetas, erlenme-
yer, béqueres, cálices, funil, vidro relógio) 
Pipetador especial (três vias) 
Lava olhos de emergência 
Papeleira para toalhas descartáveis 
Lixeira com pedal 
7.3. Sistemas de Ventilação adotados: 
A sala de manipulação de Semi-Sólidos e Líquidos e a sala de 
manipulação de Sólidos devem ter ar-condicionado e exaustor com 
filtro de ar com fluxo positivo. 
As demais dependências podem ter ventilação natural atra-
vés de janelas e basculantes. 
7.4. Características Físicas do Imóvel 
7.4.1. Localização: 
7.4.2. Adequação: 
A. Acesso ao interior do imóvel 
Citar aqui como é o acesso ao interior do imóvel 
B. Demolição e construção 
Descrever como foi feito o projeto de construção ou reforma. 
C. Revestimento interno 
As paredes e tetos podem ser revestidos com argamassa de 
cimento e areia, com pintura látex acrílico lavável e o teto com 
pintura látex PVA, exceto as paredes do estoque, hall, banheiro e 
vestiários que devem ser de azulejos até o teto. 
As paredes das salas de manipulação devem ser azulejadas e 
os tetos dos Laboratórios, banheiro, vestiário, copa podem ser de 
pintura esmalte sintético semibrüho. 
538 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
7.4.3. Instalações hidráulicas, elétricas, sanitárias e telefônicas: 
Devem ser executadas conforme normas das concessionárias 
locais. 
7.4.4. Esquadrias Externas: 
As janelas e basculantes podem ser de ferro e vidro. As salas 
de manipulação devem ter ar condicionado e as janelas devem ser 
vedadas com vidro temperado. Os basculantes do banheiro, admi-
nistração, almoxarifado, laboratórios e refeitório devem possuir tela 
tipo mosquiteiro. 
7.4.5. Pisos: 
As salas de manipulação, controle da qualidade, administra-
ção, hall devem possuir piso de uso intenso, em mantas com 3,5 mm 
de espessura, com solda termoplástica nas emendas, possibilitando 
a perfeita sanitização das áreas. 
7.4.6. Relação das áreas úteis: 
Descrever a área total das seguintes áreas: 
Loja 
Sala de manipulação de sólidos 
Sala de manipulação de líquidos 
Hall interno e paramentação 
Laboratório de Controle de qualidade 
Administração 
Vestiário 
Banheiro 
Estoque 
Refeitório 
Varanda e DML 
Circulação 
539 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Divisão das Áreas Internas 
Procedimento Operacional Padrão 03 
540 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Manual de Boas Práticas de Manipulação 
Procedimento Operacional Padrão 
POP N° 03 
Emissor: Emitido em: 
Revisor: 
Aprovação: 
Página 
Substitui 
POP: n° 
Revisado 
em: 
Aprovado 
em: 
■ 
TITULO: Divisão das Areas Internas 
1. Objetivo 
Definir as normas a serem aplicadas na divisão das áreas in-
ternas da farmácia. 
2. Responsabilidades 
Diretor Técnico 
Diretor Administrativo 
3. Departamentos envolvidos 
Administrativo 
Técnico 
4.Documentos de Referência 
Resolução ANVISA/RDC 33 - 19/04/2000 - Atualizada em 08/01/2001 
Portaria N° 1884/94 - Normas para projetos físicos de estabeleci-
mentos assistenciais de saúde - SVS/MS N° 674 De 31/12/97 (repu-
blicação) 
Memorial Técnico Descritivo da farmácia 
Manual de Recomendações para Aviamento de Formulações Magis-
trais - Boas Práticas de Manipulação - ANFARMAG - 1a edição - 1997 
541 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
5. Material Necessário 
Não se aplica. 
6. Procedimento 
A farmácia de manipulação pode apresentar as seguintes di-
visões internas: 
6.1. Setor de Atendimento aos Clientes: 
É recomendável que a área de atendimento seja ampla o 
suficiente para proporcionar conforto aos clientes. É recomendável 
que tenha uma área agregada para o aconselhamento farmacêutico. 
6.2. Sanitários: 
Devem ser separados, entre masculino e feminino em núme-
ro suficiente para atender a todos os funcionários. 
6.3. Vestiários: 
Local apropriado para que os funcionários troquem de rou-
pa e sapatos, evitando assim introduzir contaminações nas áreas de 
manipulação e para que também guardem os seus pertences em 
armário com chave. 
6.4. Refeitório: 
Local apropriado para realização de lanches pelos funcioná-
rios, uma vez que é proibido fazer qualquer tipo de refeição nos 
laboratórios. 
Este local deve ser provido de pia, mesa e bancos/cadeiras. 
6.5. Sala da Administração: 
Local reservado a guarda de documentos, livros de notifica-
ção, registro de funcionários, fax, computador e impressora. 
Aqui devem ser efetuadas as transações administrativas da 
farmácia, bem como, compra de matérias primas, equipamentos 
e/ou insumos; tratar assuntos referentesa contratação e demissão 
de funcionários; enfim todos os assuntos de caráter administrativo-
financeiro da farmácia. 
6.6. Departamento de Suprimentos: 
0 Departamento de Suprimentos deve permite a estoca-
gem separada dos diferentes tipos de matérias-primas: 
Alergênicas (AL), 
Corrosivas (C), 
542 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Forte odor (FO), 
Fotossensíveis (FS), etc. 
Higroscópicos (Hl), 
Inflamáveis (F) ou facilmente inflamável (F+), 
Irritante (Xi), 
Termolábeis (TL) 
Controladas pela Portaria 344 (P) (em armário fechado com cha-
ves)*, 
As embalagens devem ser guardadas separadamente e devida-
mente identificadas. 
* As chaves do armário de controlados devem ficar de posse do 
farmacêutico responsável. 
6.7. Área de quarentena: 
0 Departamento de Suprimentos deve apresentar uma área 
de quarentena (etiqueta amarela) para estocar matérias-primas e 
materiais de embalagens durante todo o tempo da análise. 
Deve existir também, uma área segregada para guarda de 
matérias primas, materiais de embalagem e fórmulas manipuladas 
não conforme (etiqueta amarela ou laranjaj ; reprovados (etiqueta 
vermelha) internamente ou devolvidos por clientes, aguardando 
destruição ou reprocessamento. 
6.8. Área de expedição dos produtos manipulados: 
Armário para armazenagem dos produtos manipulados, a-
guardando a retirada pelos clientes. Este armário deverá ficar loca-
lizado no Setor de Atendimento aos clientes. 
Os produtos manipulados cujos fármacos são controlados 
pela Portaria 344 podem ser guardados neste mesmo armário, po-
rém em compartimento especial com chave e sob responsabilidade 
do farmacêutico. 
6.9. Laboratório para manipulação de produtos de uso externo 
(Laboratório de Semi-sólidos e Líquidos): 
Deve estar adequadamente equipado para atender todo o 
tipo de manipulação de produtos de uso externo e fisicamente sepa-
rado e identif icado (em bancadas diferentes) do laboratório de ma-
nipulação dos produtos de uso interno. 
Equipamentos necessários: 
Balança de precisão semi-analítica 
Agitador elétrico com variador de velocidade 
Banho-maria 
543 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Fogão a gás ou chapa de aquecimento 
Termômetros 
pHmetro digital 
Vidrarias e porcelanas 
Termohigrômetro 
Placa com agitador magnético e aquecimento 
Sistema de purificação de água 
Filtro 
Destilador 
Deionizador ou Osmose Reversa 
6.10. Laboratório para manipulação de produtos de uso interno 
(Laboratório de Sólidos e Laboratório de Semi-Sólidos e Liquidos) 
Deve estar adequadamente equipado para atender todo o 
tipo de manipulação de produtos de uso interno. 
Deve possuir controle de temperatura e umidade ambiente. 
Os resultados deverão ser registrados em ficha apropriada. 
Equipamentos necessários: 
Balança de precisão semi-analítica 
Estufa de secagem 
Encapsulador manual 
Tamis 
Grals e pistilos de porcelana e vidro 
Vidrarias 
Desumidificador 
Termohigrômetro. 
6.11. Laboratório de Controle da Qualidade de matérias-primas, 
embalagens, controle em processo e produtos acabados: 
Equipamentos necessários: 
Balança analítica: precisão de 0,0001 g 
pHmetro digital 
Copo de Ford com diferentes tamanhos de orifícios (para medida 
da viscosidade) 
Aparelho para determinar o ponto de fusão 
Picnômetro 
Picnômetro metálico (para determinação da densidade de líqui-
dos viscosos. Ex.: xampus) 
Béqueres 
Erlenmyers 
Tubos de ensaio 
Tubos Capilares (sem heparina) para determinação do ponto de 
544 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
fusão 
Dessecador 
Provetas 
Termômetros 
Chuveiro lava-olhos 
Balões 
Buretas 
É recomendável que o laboratório possua farmacopéias e ou-
tras literaturas para consulta das monografias das matérias-primas. 
Farmacopéia Brasileira 
British Pharmacopoeia 
The Merck Index 
Farmacopeia Portuguesa 
Monografias Farmacêuticas - Colegio Oficial de Farmacêuticos De 
La Provincia de Alicante 
MARTINDALE - The Complete Drug Reference, 32th Edition. Lon-
don: Pharmaceutical Press, 1999 
USP-NF - United States Phamacopoea - National Formulary 
Mosby's GenRx - Eleventh edition - 2001-10-04 
Physicians' Desk Reference - 55 edition - 2001 
MORITA, Tokio, ASSUMPÇÃO, Rosely M. V. - Manual de Soluções, 
reagentes e solventes - 1972 - Editora Edgard Blücher Ltda - 1 1 a 
reimpressão - 2001 
6.11. Departamento de limpeza e sanitização de materiais utili-
zados nas diferentes áreas da farmácia: 
O local deve ser provido de tanque, prateleiras para arma-
zenamento de material de limpeza, vassouras, rodos, panos de chão 
e diversas soluções para limpeza e sanitização. 
As embalagens e complementos devem ser lavadas e desin-
fectadas nos laboratórios de uso e, guardadas em local separado, 
devidamente identificado. 
6.13. Chuveiro Lava-olhos: 
Para utilização em caso de contato com substâncias agressi-
vas. 
Pode ser instalado ou ficar guardado no Laboratório de Con-
trole da Qualidade. 
A solução utilizada poderá ser o soro fisiológico. 
545 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
6.14. Extintor de incêndio: 
Deve estar em local de fácil acesso. A carga é inspecionada 
a cada 12 meses. Os funcionários devem ser treinados para usar o 
extintor caso necessário. 
6.15. Quadro de avisos: 
Devem ser afixados em local visível ao público e à disposi-
ção das autoridades sanitárias, os seguintes documentos: 
Nome do estabelecimento, endereço, telefone e registro de CRF 
Licença de funcionamento junto à Vigilância Sanitária Estadual 
Autorização especial de aviamento de substâncias da Portaria 344 
Termo de Responsabilidade 
Certificado de vistoria do CRF 
Taxas da Prefeitura 
Alvará de funcionamento municipal 
Deve ser afixada, ao lado do caixa, uma placa orientativa para os 
clientes conforme exigência legal e um aviso dando prioridade de 
atendimento à idosos, gestantes e deficientes físicos. 
546 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Sistema de Controle 
de Pragas Urbanas 
Procedimento Operacional Padrão 04 
547 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Manual de Boas Práticas de Manipulação 
Procedimento Operacional Padrão 
POP N° 04 
Emissor: Emitido em: 
Revisor: 
Aprovação: 
Página 
Substitui 
POP: n° 
Revisado 
em: 
Aprovado 
em: 
TITULO: Sistema de Controle de Pragas Urbanas 
1. Objetivo 
Definir as normas a serem aplicadas para efetuar o controle 
de pragas urbanas que possam atingir a farmácia (aves, insetos, 
roedores e aracnídeos). 
É aconselhável a contratação dos serviços de firma especiali-
zada em controle de pragas urbanas. 
2. Responsabilidades 
Diretor Técnico 
Diretor Administrativo 
Todos os funcionários 
3. Departamentos envolvidos 
Laboratórios 
Departamento de Suprimentos 
Setor de atendimento ao cliente 
Sanitários/Vestiário 
Refeitório 
Sala de Administração 
Áreas de imediações da farmácia 
548 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
4. Documentos de Referência 
Resolução ANVISA/RDC 33 - 19/04/2000 - Atualizada em 08/01/2001 
Literatura técnica dos ativos sanitizantes da Firma Prestadora de 
Serviço de desratização e desinsetização. 
5. Material Necessário 
Tela metálica ou plástica 
Inseticidas aprovados pela autoridade sanitária 
Iscas raticidas aprovadas pela autoridade sanitária 
Literatura técnica dos ativos utilizados na desinsetização e desrati-
zação 
6. Procedimento 
Entende-se por CONTROLE INTEGRADO DE PRAGAS o sistema 
de controle de diferentes espécies de pragas onde se combinam, 
racional e harmonicamente, um conjunto de táticas e procedimen-
tos técnicos: inspeção, monitoramento, educação em saúde e ambi-
ental, boas práticas de saneamento, boas práticas de fabricação e 
serviços, boas práticas de armazenamento,manejo adequado de 
resíduos (lixo), manutenção das instalações físicas, prediais e equi-
pamentos, controles alternativos (físicos, mecânicos e biológicos), 
controle químico realizado de forma racional, planejado, seletivo e 
justificado objetivando diminuir a exposição de forma a evitar pre-
juízos econômicos, impactos ambientais indesejáveis e danos à saú-
de individual ou coletiva. 
6.1. Inspeção / Diagnóstico: 
O diagnóstico de situação se caracteriza pela inspeção minu-
ciosa do ambiente alvo com o objetivo de obter completo conheci-
mento do problema para que, a partir das informações levantadas, 
se estabeleça o planejamento e estratégia de controle. Elementos 
importantes: 
Identificação do ambiente atvo 
Identificação das espécies de pragas e sua distribuição no ambi-
ente 
Identificação da extensão do problema 
Identificação das áreas críticas, semi-críticas e não-críticas 
Identificação das dificuldades de operacionalização das interven-
ções de controle 
549 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
6.2. Controle não químico: 
Este componente objetiva a modificação de condições 
ambientais que contribuem para uma existência de uma 
determinada praga no ambiente através de uma estratégia que 
envolve os seguintes elementos básicos: 
Controle mecânico: através de "barreiras de exclusão", armadi-
Ihas, aspiração, etc 
Controle fisico: táticas que envolvem fatores como luz, 
temperatura, nível de gases, etc 
Boas práticas de saneamento 
Manejo adequado do lixo 
Manutenção de instalações físicas, prediais e equipamentos 
6.3. Controle químico 
A operacionalização do tratamento de ambientes, com de-
fensivos químicos, deve ser realizada de forma racional, planejada, 
seletiva e justificada objetivando diminuir a exposição, de forma a 
evitar prejuízos econômicos, impactos ambientais indesejáveis e 
danos à saúde. Elementos básicos: 
Seleção adequada do ingrediente ativo 
Seleção adequada da formulação 
Seleção adequada das tecnologias de aplicação 
0 controle químico é apenas, um dos componentes do progra-
ma de controle e realizado nos casos de comprovada necessidade 
técnica. 
Grupos químicos disponiveis para controle de pragas urbanas 
Tipos de Pra 
Insetos 
Aracnídeos 
Chilópodas 
Roedores 
Autorizados pelo Ministério da Saúde 
gas Grupo químico 
Organofosforados 
Carbamatos 
Piretróides sintéticos 
Amidinohidrazina 
Fenilpirazol 
Anti-coagulantes 
Warfarínicos derivados da hidroxicumarina 
6.4. Educação em saúde e ambiental (controle cultural): 
Implica na aplicação de conhecimentos sobre os temas abor-
dados pelo programa proporcionando aos clientes e pessoas envolvi-
550 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
das no processo novas idéias, informações e experiências. 
6.4.1. Monitoramento: 
É um processo contínuo e dinâmico de acompanhamento e 
avaliação do programa de controle que permite mensurar a exce-
lência dos meios utilizados na estratégia de controle e oferece os 
subsídios para o aperfeiçoamento e redimensionamento dos Proce-
dimentos Técnicos e Administrativos integrantes do Projeto. 
Todos os funcionários estão orientados para comunicar ao 
farmacêutico responsável ou ao Diretor Administrativo qualquer 
sinal que indique a presença de insetos e roedores nas instalações 
da farmácia. 
Normalmente estes sinais são fezes, materiais roídos, par-
tes de insetos, chegando até a constatação visual do próprio animal. 
Constatada a presença das pragas, contactar com a empresa 
conveniada especializada em desinsetização, descupinização e des-
ratização, para analisar o problema e propor as medidas cabíveis. 
A empresa contratada apresenta literatura técnica dos ati-
vos a utilizados nos trabalhos. Estes ativos estão aprovados pelas 
autoridades sanitárias. 
0 farmacêutico responsável de posse das informações forne-
cidas pela empresa prestadora de serviços, informa a todos os fun-
cionários, destacadamente ao pessoal do Departamento de Limpeza 
e Sanitização para não remover iscas ou outros materiais deposita-
dos nos locais tratados. 
Preferencialmente executar os serviços no final de semana, 
de modo a permitir maior ação dos produtos. 
Repetir periodicamente a aplicação conforme orientação da 
empresa especializada. 
Efetuar o controle de aves eliminando ninhos e fechando 
eventuais aberturas nos telhados e forros. 
Relatar as operações efetuadas. 
551 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Responsabilidades e 
Atribuições 
Procedimento Operacional Padrão 05 
552 
Capitulo 14- Procedimentos Operacionais Padrão 
Manual de Boas Práticas de Manipulação 
Procedimento Operacional Padrão 
POP N° 05 
Emissor: Emitido em: 
Revisor: 
Aprovação: 
Página 
Substitui 
POP: n° 
Revisado 
em: 
Aprovado 
em: 
Título: Responsabilidades e Atribuições 
1. Objetivo 
Definir o organograma, as responsabilidades e atribuições na 
farmácia. As atribuições e responsabilidades individuais devem estar 
formalmente descritas e perfeitamente compreendidas pelos envol-
vidos que devem possuir autoridade suficiente para desempenhá-
las. 
2. Responsabilidades 
Diretor Técnico 
Diretor Administrativo 
3. Departamentos envolvidos 
Todos os Departamentos da farmácia. 
4. Documentos de Referência 
Resolução ANVISA/RDC 33 - 19/04/2000 - Atualizada em 08/01/2001 
5. Material Necessário 
Não se aplica. 
553 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
6. Procedimento 
Todos os funcionários, independente de sua atividade têm 
suas responsabilidades e atribuições descritas e compreendidas. 
6.1. Diretor Técnico (Farmacêutico Responsável) 
Responsabilidades: 
Conhecer, interpretar, cumprir e estabelecer condições para 
cumprimento da legislação em vigor 
Especificar, selecionar, inspecionar, armazenar, criteriosamente, 
as matérias-primas e materiais de embalagem 
Estabelecer critérios e supervisionar o processo de aquisição 
Avaliar a prescrição quanto à concentração e compatibüidade fí-
sico-química dos componentes, dose e via de administração 
Assegurar condições adequadas de manipulação, conservação, 
transporte, dispensação e avaliação f inal , da preparação magistral 
e/ou oficinal 
Atender aos requisitos técnicos da manipulação das preparações 
magistrais e/ou oficinais 
Manter em arquivo, informatizado ou não, de toda a documenta-
ção correspondente à preparação 
Determinar o prazo de validade para cada produto manipulado, 
Assegurar que os rótulos apresentem, de maneira clara e precisa, 
todas as informações exigidas na legislação em vigor 
Participar de estudos para o desenvolvimento de novas prepara-
ções, 
Desenvolver estudos de farmacovigilância 
Informar à autoridade sanitária a ocorrência de reações adversas 
e/ou interações medicamentosas, não previstas 
Organizar e operacionalizar as áreas e atividades da farmácia 
Participaf, promover e registrar as atividades de treinamento o-
peracional e de educação continuada, garantindo a atualização dos 
seus colaboradores, bem como de todos os profissionais envolvidos 
na manipulação 
Manter atualizada a escrituração, podendo ser informatizada 
Desenvolver e atualizar regularmente as diretrizes e procedimen-
tos relativos aos aspectos operacionais da manipulação de produtos 
magistrais e oficinais 
Supervisionar e promover auto-inspeção 
Guardar as substâncias sujeitas a controte especial e medicamen-
tos que as contenham de acordo com a legislação em vigor 
554 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Prestar assistência farmacêutica necessária aos pacientes, obje-
tivando o uso racional e seguro dos medicamentos. 
6.2. Diretor Administrativo: 
Responsabilidades: 
Prever e prover os recursos financeiros, humanos e materiais ne-
cessários ao funcionamentodo estabelecimento 
Estar comprometido com as atividades das Boas Práticas de Ma-
nipulação, melhoria contínua e garantia da qualidade 
Assegurar condições para o cumprimento das atribuições gerais 
de todos os envolvidos, visando prioritariamente a qualidade, eficá-
cia e segurança do produto manipulado 
Favorecer e incentivar programas de educação continuada para 
todos os envolvidos nas atividades realizadas na farmácia 
Gerenciar aspectos técnico-administrativos das atividades de 
manipulação 
Zelar pelo cumprimento das diretrizes de qualidade definidas pe-
la farmácia 
Assegurar a atualização dos conhecimentos técnicos-científicos 
relacionados com a manipulação e sua aplicação 
Garantir a qualidade dos procedimentos de manipulação 
Qualificar fabricantes/fornecedores e assegurar que a entrega 
dos produtos seja acompanhada de certif icado de análise emitido 
pelo fabricante/fornecedor 
Compras de materiais produtivos e não produtivos: matérias-
primas, embalagens e complementos, insumos farmacêuticos, mate-
riais de escritório, materiais de limpeza e materiais de informática 
Cotação de preços e condições de pagamento e frete 
Pesquisa de novos fornecedores 
Transmitir informações quanto a qualquer contratempo com os 
materiais produtivos ou não produtivos 
Participação no processo de qualificação de novos fomecedores. 
0 farmacêutico pode opinar sobre compras e a contrata-
ção/demissão de funcionários. 
Na área técnica é de responsabilidade exclusiva da Diretoria 
Técnica a contratação/demissão de funcionários. 
555 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
6.3. Almoxarife: 
Responsabilidades: 
Receber as matérias-primas, embalagens e acessórios 
Conferir e estocar as matérias-primas e embalagens 
Entregar os materiais requisitados 
Controlar os estoques mínimos através de arquivo informatizado 
Solicitar os pedidos de compras ao setor de compras através de 
formulário próprio 
Aplicar os procedimentos da qualidade no almoxarifado 
6.4. Analista do Controle de Qualidade: 
Responsabilidades: 
Amostrar as matérias-primas, bases galênicas e excipientes 
Análisar e aprovar as matérias-primas, embalagens, bases galêni-
cas, excipientes e produtos acabados para revenda no balcão. 
Confeccionar laudos de análise 
Enviar amostras para análise físico-química ou microbiológica no 
laboratório de Controle da Qualidade conveniado. 
Enviar e acompanhar o controle microbiológico terceirizado 
(quando for o caso). 
6.5. Recepcionista: 
Responsabilidades: 
Atender o cliente no balcão. 
Atender o cliente pelo telefone. 
Executar o orçamento em sistema informatizado. 
Marcar o horário de entrega da fórmula baseado na Planilha de 
Marcação de Fórmulas 
Executar a confecção do rótulo, ordem de manipulação e requisi-
ção do cliente 
Entregar as requisições ao cl iente informando o horário de entre-
ga e preço da receita 
Encaminhar a receita ao farmacêutico com os devidos rótulos e 
ordem de manipulação, informando o horário de entrega da(s) 
fórmula(s) 
Conferir o produto antes da entrega ao cliente 
Quando necessário solicitar a presença do farmacêutico. 
556 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
6.6. Manipulador (Técnico): 
Responsabilidades: 
Conferir os dados da receita com a ordem de maniputação emit i -
da pela recepcionista 
Manipular as fórmulas 
Estocar e controlar os estoque de bases galênicas e excipientes 
nos Laboratórios 
Manter a higiene do laboratório e da qualidade dos produtos ma-
nipulados 
6.7. Funcionário para limpeza e sanitização das áreas internas e 
externas da farmácia: 
Responsabilidade: 
Higiene e sanitização de todas as áreas da farmácia (internas e 
externas) 
Recolhimento e disposição do lixo 
Controlar o estoque do material de limpeza e solicitando a com-
pra quando necessário. 
6.8. Visitador médico/Propagandista: 
Responsabilidade: 
Divulgar a farmácia junto aos profissionais médicos, odontologis-
tas e veterinários. 
Levar aos especialistas as literaturas informativas da farmácia, 
artigos técnicos; trazerem sugestões, reclamações ou dúvidas destes 
profissionais. 
557 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Treinamento de 
Funcionários 
Procedimento Operacional Padrão 06 
558 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Manual de Boas Práticas de Manipulação 
Procedimento Operacional Padrão 
POP N° 06 
Emissor: Emitido em: 
Revisor: 
Aprovação: 
Página 
Substitui 
POP: n° 
Revisado 
em: 
Aprovado 
em: 
TITULO: Treinamento de Funcionários 
1. Objetivo 
Definir normas a serem aplicadas no Treinamento de Funcio-
nários envolvidos em todas as atividades da farmácia. 
2. Responsabilidades 
Farmacêutico Responsável 
Todos os funcionários 
3. Departamentos envolvidos 
Técnico 
Administrativo 
4. Documentos de Referência 
Resolução ANVISA/RDC 33 - 19/04/2000 - Atualizada em 08/01/2001 
POPs referentes aos treinamentos 
5. Material Necessário 
Quadro branco, flip chart ou data show 
Local para treinamento com mesas e assentos 
Manual de Boas Práticas 
POPs referentes ao assunto do treinamento 
559 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
6. Procedimento 
Todos os funcionários, independente de sua função, antes de 
iniciarem suas atividades deve ser adequadamente treinados para 
garantir um alto nível de qualidade nos procedimentos da farmácia. 
0 treinamento deve ser aplicado por área de atividade do 
pessoal envolvido, a saber: 
6.1. Recepcionista: 
Seu treinamento abrange: 
Necessidade de cuidar da higiene pessoal e aparência: cabelos e 
unhas bem cuidados, uso de maquiagem adequada (sem exageros). 
Necessidade de utilização do uniforme da farmácia sempre limpo 
e passado e o crachá de identificação 
Necessidade de cuidar das instalações, mantendo a loja, prate-
leiras e produtos sempre limpos e organizados 
Formas e maneiras de lidar com o cliente em todas as situações 
possíveis 
Leitura correta da receita 
Execução do cálculo de preços para o orçamento e impressão de 
rótulos e etiquetas 
Execução da requisição do cliente informando preço e horário de 
entrega 
Gerenciar a quantidade de manipulações do dia de acordo com a 
planilha de marcação de fórmulas, para fornecer prazos de entrega 
corretos para o cliente 
Mecanismos de checagem para impedir erros no encaminhamento 
da receita 
Atendimento na entrega do medicamento ou cosmético, com ori-
entações sobre o uso correto dos mesmos, conservação adequada, 
prazo de validade, retorno ao médico, etc. 
Estímulo para relatar erros não intencionais cometidos em qual-
quer etapa da manipulação ou propor correções. 
6.2. Manipuladores: 
Seu treinamento abrange: 
Necessidade de cuidar da higiene pessoal e aparência: cabelos e 
unhas bem cuidados, não util izar maquiagem e acessórios 
Necessidade de utilização do uniforme da farmácia e todos os 
EPIs e EPPs (equipamentos de proteção individual/produtos) sempre 
560 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
limpo e crachá de identificação 
Necessidade de cuidar da higiene das instalações, para evitar 
contaminação cruzada e microbiana 
Forma correta de manipular os diferentes tipos de veículos, exci-
pientes e princípios ativos. 
Escolha dos equipamentos e utensílios adequados a cada t ipo de 
manipulação, levando em conta tanto os aspectos qualitativos, 
quanto os quantitativos 
Executar a checagem das informações vindas do setor de atendi-
mento ao cliente 
Visão administrativa mínima, para que não fa l te insumos (bases, 
ativos, embalagens, rótulos, etc) 
Estímulo para relatar erros não intencionais cometidos em qual-
quer etapa da manipulação ou propor correções 
6.3. Pessoal do Departamento de Limpeza e Sanitização: 
Seu treinamentoabrange: 
Necessidade de cuidar da higiene pessoal e aparência: cabelos e 
unhas cuidadas. 
Necessidade de utilização do uniforme da farmácia sempre limpo 
e passado e crachá de identificação 
Importância de executar bem suas funções para o conjunto do 
programa de qualidade da farmácia 
Para conhecer as diversas soluções e produtos utilizados na lim-
peza e sanitização das dependências da farmácia 
Estímulo para relatar erros não intencionais cometidos em qual-
quer etapa da manipulação ou propor correções. 
6.4. Visitador médico (Farmacêutico responsável): 
Seu treinamento abrange: 
Necessidade de cuidar da higiene pessoal, aparência e vestuário 
A política de relacionamento profissional, farmácia x médico 
A política de qualidade da farmácia para pacientes e médicos 
Conhecimento satisfatório dos ativos e veículos utilizados na 
farmácia 
Relatar problemas ocorridos entre o profissional, o visitador, o 
paciente e a farmácia 
Estímulo para relatar erros nâo intencionais cometidos em qual-
quer etapa da manipulação ou propor correções. 
561 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
6.5. Almoxarife: 
Seu treinamento abrange: 
Necessidade de cuidar da higiene pessoal e aparència: cabelos e 
unhas bem cuidadas não util izar maquiagem nem acessórios 
Necessidade de utilização do uniforme da farmácia e todos os 
EPIs e EPPs (equipamentos de proteção individual/produtos) sempre 
limpo e com crachás de identif icação. 
Manter todos os produtos devidamente identificados. 
0 fracionamento das matérias-primas deverá ser fe i to nos Labo-
ratórios. 
0 fracionamento de embalgens deverá ser feito no almoxarifado. 
Relatar qualquer anormalidade notada na hora da recepção dos 
insumos. 
Importância de praticar o FIFO ("First in, First ou t " - o primeiro 
que entra é o primeiro que sai) estabelecido nas normas de recebi-
mento de insumos. 
Observar nomes de produtos homônimos. 
Manter o almoxarifado sempre limpo e organizado. 
Utilizar as etiquetas de identificação: quarentena, aprovado, re-
provado, não conforme. 
Elaborar listas de compras de acordo com o estoque mínimo em 
arquivo informatizado e encaminhar para a cotação e compras. 
Observar as condições das embalagens, caso necessário trocar, a 
fim de preservar melhor o produto. 
Observar a classificação das matérias-primas e colocá-las nos de-
vidos lugares identificados. 
Estímulo para relatar erros não intencionais cometidos em qual-
quer etapa da manipulação ou propor correções. 
6.6. Farmacêutico: 
Seu treinamento abrange: 
Sobre mecanismos de auditar constantemente todas as atividades 
executadas por pessoas de outras áreas. 
Desenvolver espírito de liderança e espirito inovador para promo-
ver as mudanças necessárias para melhoria da qualidade na farmá-
cia. 
562 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
6.7. Proprietários: 
Seu treinamento abrange: 
Sobre a necessidade de desenvolver um espírito empreendedor 
para envolver todos os funcionários da farmácia no objetivo de al-
cançar a qualidade máxima dos serviços prestados aos clientes e aos 
profissionais. 
Todo o treinamento fornecido aos funcionários deve ser registra-
do e mantido em arquivo. 
0 treinamento é continuado, obedecendo a um cronograma de 
treinamentos auditando a necessidade de periodicidade dos mes-
mos. 
Cronograma Anual de Treinamento e Reciclagem 
Departamentos 
Técnico 
Comercial 
Suprimentos 
Limpeza e Sanitização 
Datas 
Reciclagem 
Técnico 
Comercial 
Suprimentos 
Limpeza e Sanitização 
Todo treinamento e reciclagem são elaborados e ministrados 
pelo farmacêutico responsável. Ele pode ser expositivo e também 
prático, quando for o caso. 
563 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Fluxograma Operacional 
Procedimento Operacional Padrão 07 
564 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Manual de Boas Práticas de Manipulação 
Procedimento Operacional Padrão 
POP N° 07 
Emissor: Emitido em: 
Revisor: 
Aprovação: 
Página 
Substitui 
POP: n° 
Revisado 
em: 
Aprovado 
em: 
TITULO: Fluxograma Operacional 
1. Objetivo 
Definir normas a serem aplicadas para o bom atendimento ao 
cliente no balcão da farmácia e pelo telefone; recebimento, cálculo 
e confecção da requisição e do(s) rótulo(s) até o encaminhamento 
para o farmacêutico. Define também normas para entrega do produ-
to ao cliente. 
2. Responsabilidades 
Atendente do balcão (Recepcionista) 
Diretor administrativo 
Farmacêutico Responsável 
3. Departamento envolvido 
Administrativo 
Comercial 
4. Documentos de Referência 
Resolução ANVISA/RDC 33 - 19/04/2000 - Atualizada em 08/01/2001 
Manual de Recomendações para aviamento de formulações magis-
trais - ANFARMAG - Boas práticas de manipulação - 1 a edição 1997 
Resolução 347/2001 - CFF 
565 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
5. Material Necessário 
Sistema de software para farmácia de manipulação com toda a es-
trutura de movimentação da farmácia, inclusive cálcuto 
Rótulos diversos e Tarjas 
Formulários contínuos 
Talão de requisição 
Ordem de Manipulação 
Formulário De Auto Medicação Responsável 
Sacolas plásticas 
6. Procedimento 
Exemplificaremos aqui a rotina de funcionamento de uma 
farmácia de manipulação, o que como exemplo direto pode ser a-
daptado a cada caso específico. 
Fluxograma Operacional 
Reoetta (uieme) " ^ V V W 
L a b o r a t ó r t o 
So l l dos 
PesaBem 
H c ^ o ^ ^ o n ^ o 
BIOPÉUI>ÇBB 
Encomenda 
(Aprovacao ck> Orçamento) 
Dtsttador 
(Dfffttaç&odo Rótuloe 
Ordem d * Mantpulacao) 
Farmacautlco 
(Conferêncta Prévtn da Recetta) 
Looorotórto 
Uqutdos e Seml-sólldos 
conferéncia - CQ R M p e l o 
CUmta 
A figura apresenta uma proposta de fluxograma operacional ade-
quado à farmácia magistral. 
566 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
6.1. Descrição do Fluxograma 
6.1.1. Recebimento da Receita 
0 cliente/paciente, virá até a empresa trazendo o receituá-
rio médico, onde constará a fórmula a ser manipulada, será atendi-
do por uma recepcionista e será orientado pela mesma para aguar-
dar na sala de recepção enquanto será efetuado o orçamento. A 
recepcionista deverá checar se a prescrição está sem rasuras na 
data, dosagem ou substâncias. 
6.1.2. Orçamento / Cálculo do preço 
Será efetuado o cálculo do preço da fórmula pelo digitador e 
repassado à recepcionista e desta ao cliente para a sua aprovação. 
6.1.3. Encomenda da fórmula 
Uma vez que o cliente/paciente concorde com o orçamento e 
autorize o aviamento da receita, a recepcionista deverá solicitar ao 
cliente um sinal pagamento antecipado, deverá então preencher a 
requisição em duas vias, onde consta: 
Nome do cliente 
Nome do médico 
Data da encomenda 
Nome da recepcionista atendente 
Data e horário para a retirada 
Número de fórmulas por receita 
Valor do sinal ou pagamento total a ser efetuado no caixa. 
Valor total das fórmulas. 
Feito isto a primeira via da requisição será entregue ao paci-
ente o qual deverá ser orientado para se dirigir ao caixa para efetu-
ar o pagamento do sinal ou do vator total da fórmula. A segunda via 
da requisição deverá ser afixada à receita a qual deverá ser enca-
minhada à digitação. 
As requisições cujos orçamentos não forem aprovados deverão 
ficar retidas na farmácia e enviadas à digitação para que sejam ex-
cluídas do arquivo de dados. 
6.1.4. Confecção de Rótulos e Registro das Manipulações 
Será providenciado pelo digitador o rótulo que constará as 
seguintes informações: 
Nome do cliente/paciente. 
Número da requisição. 
Composição (fórmula) discriminada do produto. 
567 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Modo de usar. 
Informação se o produto é de uso internoou uso externo. 
Nome do médico. 
Data de fabricação. 
Data de validade (conforme o Procedimento para Determinação 
do Prazo de Validade). 
Advertências e orientações especiais se necessário. 
=> A receita digitada deverá ficar gravada eletronicamente no 
software para a impressõo do livro de registro de receituário çeral, 
devidamente autorizado e liberado pela SVS (Serviço de Vigilância 
Sanitária) competente, devendo ficar gravado o nome do paciente, 
fórmula discriminada do produto, nome do médico. 
Feito isto, a receita deverá ser encaminhada para o visto do 
farmacêutico responsável. 
6.1.5.Conferência Prévia e Autorização para Manipulação (visto 
do farmacêutico) 
Neste momento o farmacêutico analisa a prescrição, obser-
vando se a mesma encontra-se dentro dos parâmetros normais (do-
sagem, interação farmacológica, interação farmacotécnica, confor-
midade com a legislação sanitária, e t c ) , caso haja alguma objeção 
para o aviamento da receita, o farmacêutico deverá entrar em con-
tato com o profissional prescritor relatando a situação e sugerindo 
as mudanças, sempre com humildade e embasamento científ ico. 
Para a liberação da receita para o aviamento o farmacêutico deverá 
carimbar visto na prescrição e rubricá-la. 
Em situações em que for solicitada mudança na prescrição 
com autorização do prescritor, o farmacêutico deverá carimbar na 
receita o texto para alteração da receita (carimbo especialmente 
confeccionado para uso nestas situações). 
Sugestão de texto para alteração da receita 
(cidade) / / 
Conforme contato com o (a) Dr(a) 
Foi solicitado a substituição do ítem 
da formulação contida nesta receita, 
por 
Sendo por este motivo a fórmula alterada legalmente, conforme a 
orientação do médico prescritor. 
Farmacêutico responsável: 
FARMÁCIA DE MANiPULAÇÃO LTDA. 
568 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
6.1.6. Manipulação de Fórmulas 
Após a conferência da receita pelo farmacêutico, confecção 
dos rótulos e registros, a receita segue para os laboratórios para a 
manipulação das fórmulas propriamente dita. Os laboratórios para 
os quais as fórmulas serão enviadas podem ser dois: 
Laboratório de sólidos (cápsulas, pós, comprimidos, envelopes 
e pastilhas sublinguais). 
Laboratório de líquidos e semi-sólidos (soluções, suspensões, 
emulsões, pastas, pomadas e florais) 
Laboratório de Estéreis colírios e pomadas oftálmicas (área 
limpa com fluxo laminar) 
Antes do envio ao laboratório as receitas devem ser separa-
das de acordo com as formas farmacêuticas que ela contêm, para 
que seja enviada ao laboratório correto. 
Em caso de receitas que contenham fórmulas de formas far-
macêuticas diferentes (por exemplo cápsula e creme) deverá ser 
efetuada uma cópia, para um laboratório vai a original e para o ou-
tro vai a cópia. 
6.1.7. Conferência das Formulações - Controle da Qualidade do 
Produto Final 
Após a manipulação todas as fórmulas deverão ser inspecio-
nadas segundo os seguintes critérios: 
Produtos líquidos e semi-sólidos: 
- peso ou volume final 
- aparência: cor, odor, textura, homogeneidade. 
- viscosidade 
- p H 
- estabilidade (soluções, suspensões e emulsões) 
- conferência da receita em relação à requisição 
- conferência do rótulo em relação à receita, observando o correto 
nome do paciente, fórmula, uso (externo ou interno), nome do 
prescritor, data, validade, modo de usar, assinatura do manipulador 
no rótulo de controle de processo. 
- conferência da limpeza e da adequação das embalagens. 
- observar se o produto é com ou sem essência ou flavorizante, con-
forme a solicitação do prescritor. 
- pesquisar impurezas no produto, presença de contaminantes, si-
nais de instabilidade ou de falta de homogeneidade na formulação, 
refutando o produto que encontrar nestas condições. 
- verificar a vedação do frasco, limpeza da borda do frasco ou pote. 
569 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
- verificar a necessidade de rótulos de advertência especiais ou de 
precauções de uso como "Agite antes de usar", "Conserve em gela-
deira", "Uso Veterinário", etc. 
- verificar rótulo de validade, assinatura do manipulador no rótulo 
de controle de processo. 
- conferir alguma anotação específica na receita (cor do creme, 
aroma, essência, etc) se está em conformidade com a solicitação da 
receita. 
- registrar em formulário apropriado as receitas conferidas (data, 
quantidade de fórmulas, número da requisição, nome do cl iente e 
horário). 
As fórmulas devidamente conferidas e registradas deverão 
ser enviadas às prateleiras à disposição do cl iente. 
Formulações que necessitam conservação sob refrigeração 
deverão ser mantidas em refrigerador (uso exclusivo para ta l f im), 
até que o cliente procure-as. 
Produtos sólidos: 
-conferir requisição em relação à receita. 
-conferir rótulo em relação à receita: nome do cl iente, fórmula, uso 
externo/ interno, etc. 
-conferir quantidade de cápsulas, envelopes, etc. 
-conferir aparência e integridade das cápsulas (impurezas, amole-
cimento, quebra, pintas e manchas). 
-conferir fechamento das cápsulas. 
-conferir número (tamanho) das cápsulas em relação à quantidade 
de medicamento. 
-conferir rótulos indicativos de fracionamento, o número de cápsu-
las (quando for o caso). 
-conferir rótulos de portarias especiais. 
-reter receita carbonada ou azul, enviando-as no final do dia para o 
setor de digitação. 
-avaliar por amostragem um número demonstrativo de fórmulas por 
dia de encapsuladores diferentes, escolhidas aleatoriamente, o peso 
médio das cápsulas (avaliação de homogeneidade de enchimento), 
enviar as fórmulas para o laboratório de controle de qualidade para 
a realização do teste, os resultados deverão ser arquivados em pas-
ta própria. 
-colar rótulos de portarias e advertências no pote. 
-conferir cor das cápsulas (branca, transparente, cores diferentes) 
observar solicitação especial de cápsulas brancas. 
570 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
-adicionar algodão, cápsulas ou sachês de sílica gel (potes maiores 
adicionar cápsulas de silica), fechar o pote, dar o visto na etiqueta 
e selar com plástico. 
-conferir assinaturas do manipulador e encapsulador e dar rubrica 
na etiqueta de processo. 
-registrar em caderno apropriado a receita aviada (número da requi-
sição, número de fórmulas, nome do cl iente, data e horário). 
-As fórmulas prontas e conferidas deverão ser encaminhadas para as 
prateleiras da loja para ficarem à disposição do cl iente pelo menos 
30 minutos antes do horário agendado para a entrega da mesma. 
6.1.8. Entrega da Fórmula ao cliente 
As fórmulas serão entregues pelas recepcionistas aos clien-
tes, devidamente embaladas, após prévia conferência, mediante a 
apresentação pelo mesmo da requisição, certificando-se do paga-
mento da mesma. 
A recepcionista deve verif icar com atenção a requisição e a 
receita que está sendo entregue. 
Antes da entrega devemos esclarecer o cl iente sobre: 
Modo de usar 
Motivo do fracionamento de cápsulas, caso venha a ocorrer. 
Observações importantes para a conservação e armazenamento 
do medicamento (exemplo: guardar em local fresco e seco, manu-
sear o medicamento sempre com as mãos limpas e "bem secas", 
fechar bem a embalagem após o uso, deixar longe do alcance de 
crianças, usar a pazinha para cremes, uso de aplicadores vaginal, 
não ingerir a cápsula ou sache contendo dessecante, etc). 
Após ter cumprido as etapas acima, embalar o medicamento de-
vidamente. 
6.2. Rotinas Alternativas 
6 . 2 . 1 . Procedimento para encomendas sem a prescrição médica 
Os produtos oficinais ou cosméticos podem ser vendidos dire-
tamente ao consumidor. Entretanto é necessário o supervisionamen-
to e a autorização direta do farmacêutico. A intervenção do farma-
cêutico e sua autorização ou não do pedido, éamparada por especi-
ficações legais definidas pelos órgãos fiscalizadores competentes, 
além de não ferir a conduta ética da profissão. 
0 cl iente é informado sobre todas as especialidades de seu 
caso e, aprovado o contrato (compra e venda), o pedido é anotado 
571 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
em Formulário específico: Formulário de Auto Medicação Responsá-
vel e é encaminhado seguindo as rotinas normais. 
Na Resolução 357, do Conselho Federal de Farmácia, na Se-
ção VI - Dos medicamentos não prescritos - Artigos 55, 56, 57 e 58 -
estão descritos todos os procedimentos legais cabíveis ao farmacêu-
tico responsável sobre a automedicação responsável. 
6.2.2. Procedimento para encomendas por telefone 
A recepcionista ou o atendente ao telefone pede ao cliente 
para se identificar, anotando no Formulário de Auto Medicação Res-
ponsável. 
Perguntar ao cliente se o mesmo possui receita. Em caso de 
repetição, indagar se tal fato foi solicitado pelo médico e, repetir 
somente a receita que contiver orientação de uso continuado. 
Se alguma das respostas às perguntas acima for negativa o 
prosseguimento do orçamento só pode ser realizado após autoriza-
ção do farmacêutico. Perguntar ao cliente da possibilidade do mes-
mo enviar a receita via fax para o orçamento e posterior encomen-
da. 
Não sendo possível o envio pelo fax, solicitar ao cliente tra-
zer a receita à farmácia no ato da entrega, para conferência. 
Depois de acertado o procedimento, calcular e informar ao 
cliente o valor. Se aprovado, emitir a requisição, encaminhar o 
Formulário de Auto Medicação Responsável para a confecção do 
rótulo e da ordem de manipulação. Havendo alguma dúvida em re-
lação à transcrição da receita, o farmacêutico deve contactar com o 
cliente via telefone para os esclarecimentos devidos. Caso não haja 
dúvida a receita deve seguir os mesmos passos das demais. 
6.3. Rotinas Corretivas 
6.3.1. Procedimento para Fórmula não retirada 
É sugerido o prazo máximo de 15 dias a contar da data de 
encomenda para retirar o medicamento, tal procedimento deverá 
ser comunicado ao mesmo, no ato da encomenda do medicamento. 
Uma semana após o prazo de retirada do medicamento, o ge-
rente administrativo (ou outro empregado designado) deverá entrar 
em contato com o cliente para estimular a retirada. 
Após ter cumprido os procedimentos acima sem êxito, a re-
quisição deverá ser cancelada e o medicamento entregue ao labora-
572 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
tório para análise e verificação de possível reaproveitamento. Caso 
não seja possível o reaproveitamento, o medicamento deverá ser 
descartado em lixo próprio para coleta seletiva. 
6.4. Rotinas Preventivas 
6 .4 .1 . Prevenção de Entregas Equivocadas de Fórmulas 
Esta situação ocorre quando o balconista inadvertidamente 
entrega o medicamento de uma determinada pessoa para uma outra 
e, esta distraidamente o leva para casa, util izando-o erroneamente. 
A entrega equivocada de uma fórmula ao cl iente é uma situ-
ação de alto risco para saúde do mesmo e prejudicial à imagem da 
empresa, devendo ser evitada a todo custo, adotando todas as me-
didas preventivas possíveis. 
6.4.2. Correção (medidas corretivas): 
Quando o problema for detectado o farmacêutico responsável 
e o gerente devem ser informados imediatamente. 
0 farmacêutico deve atender o cl iente tranqüilizando-o e 
tomar as ações corretivas para o problema, providenciando imedia-
tamente a troca do medicamento e verif icar se a fórmula correta 
também não foi entregue equivocadamente a outro cl iente. Deve 
ser feito o rastreamento através do número do pedido. 
0 farmacêutico deve solicitar ao gerente da loja a entrega a 
domicüio da formulação correta, juntamente com um pedido formal 
de desculpas. 
6.4.3. Identificação das causas do problema: 
Falta de atenção do balconista no ato de entrega do medica-
mento, não havendo a conferência devida da fórmula com o pedido 
solicitado pelo cl iente. Ou então, o balconista que inicialmente a-
tende o cl iente e recebe deste a requisição delega a outro colega a 
entrega do medicamento e este comete o erro. 
0 cl iente inadvertidamente pega no balcão a fórmula de ou-
tro que está sendo atendido simultaneamente e leva para casa a 
formulação do mesmo. 
0 medicamento após embalado é entregue equivocadamente 
ao cliente errado. 
573 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
6.4.5. Ações Preventivas: 
0 balconista que atender inicialmente o cliente e deste re-
ceber a 2a via do pedido da fórmula (em poder do cliente) e ele 
próprio efetuar a entrega do medicamento. 
0 balconista deverá atentamente conferir o medicamento 
com a receita e este com o pedido do cl iente, certificando-se da 
numeração párea entre o pedido efetuado pelo cliente e a cópia 
afixada no medicamento, deve-se conferir também o nome comple-
to do cliente estando atento aos homônimos (nomes iguais). 
No ato da entrega o balconista deve confirmar com o cliente 
se a fórmula é mesmo dele, lendo na frente do mesmo o nome des-
crito na receita , o nome do médico e apresentando visualmente a 
receita para o cl iente. 
Após a conferência embalar os medicamentos com a receita 
e entregá-los imediatamente nas mãos do cliente não deixando a 
embalagem exposta em cima do balcão. Caso o cl iente ainda per-
maneça na farmácia e inadvertidamente deixe o medicamento no 
balcão alertá-lo do perigo de troca do medicamento, solicitando ao 
mesmo que mantenha seu medicamento junto de si. 
Em caso de entrega em domicílio, o entregador deve solicitar 
ao cliente que confira a fórmula no ato da entrega à sua frente, 
certificando-se juntamente com o mesmo se a fórmula é a correta. 
0 entregador a domicílio deve estar ciente do correto endereço do 
cliente; em caso do cliente não se encontrar em casa solicitar a um 
responsável da família que confira a formulação e que confirme o 
nome do cliente constante na formulação. Jamais deixar o medica-
mento com vizinhos ou crianças. 
Lembrar sempre que o ato de entrega é de grande responsa-
bilidade e que a saúde e a satisfação do cliente também está nas 
mãos de quem entrega o medicamento 
574 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
7. Sugestões de Planilhas de Marcação de Fórmulas 
7.1. Laboratório de Sólidos 
PLANILHA DE MARCAÇAO DE FORMULAS 
LABORATÓRIO DE SÓLIDOS 
Data (De Segunda a Sexta-feira): 
Horário de entreeas das fórmulas 
9:00 11:00 12:00 13:00 15:00 17:00 18:00 
Em caso de Urgência consultar o Laboratório. 
Antibióticos e analgésicos: prazo para entrega máximo 2 horas 
PLANILHA DE MARCAÇAO DE FORMULAS 
LABORATÓRIO DE SÓLIDOS 
Data (Sábado): 
Horário de entregas das fórmuias 
9:00 10:00 11:00 12:00 
Em caso de Urgência consultar o Laboratório. 
Antibióticos e analgésicos: prazo para entrega máximo 2 horas 
575 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
7.2. Laboratório de Semi-sólidos e Líquidos 
PLANILHA DE MARCAÇAO DE FORMULAS 
LABORATÓRIO DE SEMI-SÓLIDOS E LÍQUIDOS 
Data (De Segunda a Sexta-feira): 
Horário de entregas das fórmulas 
9:00 11:00 12:00 13:00 15:00 17:00 18:00 
Em caso de Urgência consultar o Laboratório. 
Antibióticos e analgésicos: prazo para entrega máximo 2 horas 
PLANILHA DE MARCAÇAO DE FORMULAS 
LABORATÓRIO DE SEMI-SÓLIDOS E LÍQUIDOS 
Data (Sábado): 
Horário de entregas das fórmulas 
Horário de entregas das fórmulas 
9:00 10:00 11:00 12:00 
Em caso de Urgência consultar o Laboratório. 
Antibióticos e analgésicos: prazo para entrega máximo 2 horas 
576 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
7.3. Laboratório de Estéreis 
PLANILHA DE MARCAÇÃO DE FÒRMULAS 
LABORATÓRIO DE ESTÉREIS 
Data (De Segunda a Sexta-feira): 
Horário de entregas das fórmulas 
9:00 11:00 12:00 13:00 15:00 17:0018:00 
Em caso de Urgência consultar o Laboratório. 
Antibióticos e analgésicos: prazo para entrega máximo 2 horas 
PLANILHA DE MARCAÇAO DE FORMULAS 
LABORATÓRIO DE ESTÉREIS 
Data (Sábado): 
Horário de entregas das fórmulas 
Horário de entregas das fórmulas 
9:00 10:00 11:00 12:00 
Em caso de Urgência consultar o Laboratório. 
Antibióticos e analgésicos: prazo para entrega máximo 2 horas 
577 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
FORMULARIO DE 
AUTO MEDICAÇÃO RESPONSÁVEL 
Pedido Efetuado: 
Balcão Telefone 
Data da encomenda 
Data da entrega 
Fax 
Req. N°: 
Horário: 
Recepcionista 
Nome do cliente Telefone 
Endereço 
Nome do Médico 
Descrição - Fórmula 1 Descrição - Fórmula 2 
Valor 
Visto do Farmacêutico 
Valor 
578 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Conduta de manipuladores: 
Higiene pessoal, conduta, higienização 
das mãos, uso correto dos 
Equipamentos de Proteção Individual 
Procedimento Operacional Padrão 08 
579 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Manual de Boas Práticas de Manipulação 
Procedimento de Operação Padrão 
POP N° 08 
Emissor: Emitido em: 
Revisor: 
Aprovação: 
Página 
Substitui 
POP: n° 
Revisado 
em: 
Aprovado 
em: 
TITULO: Conduta de manipuladores: 
Higiene pessoal, conduta, higienização das mãos, uso corre-
to dos equipamentos de proteção individual 
1. Objetivo 
Definir normas a serem aplicadas na manutenção da higiene 
pessoal dos manipuladores, conduta, higienização das mãos e des-
crever os procedimentos de paramentação (troca de roupa e uso de 
equipamentos de proteção individual - EPIs e equipamentos de pro-
teção ao produto - EPPs). 
2. Responsabilidade 
Diretor Técnico (Farmacêutico Responsável) 
Todos os funcionários 
3. Departamentos envolvidos 
Departamento de Limpeza e Sanitização 
Departamento Técnico 
4. Documentos de Referência 
Resolução ANVISA/RDC 33 - 19/04/2000 - Atualizada em 08/01/2001 
Manual de Recomendaçòes para aviamento de formulações magis-
trais ANFARMAG - Boas práticas de manipulação - 1 a edição - 1997 
580 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
5. Material Necessário 
Jalecos descartáveis ou não 
Touca descartável 
Luva de látex descartável 
Máscara descartável 
Protetor descartável para calçados (Pró-pé) 
Calçados para uso interno nas dependências da farmácia 
Óculos de proteção 
Sabonete líquido bactericida 
Gel sanitizante alcoólico para mãos ou álcool etí l ico a 70 % 
6. Procedimento 
6 .1 . Higiene pessoal e saúde: 
A admissão dos funcionários é precedida de exames médicos, 
sendo obrigatória a realização de avaliações médicas periódicas dos 
funcionários, diretamente envolvidos na manipulação. 
Em caso de suspeita ou confirmação de enfermidade ou lesão 
exposta, o funcionário é afastado temporária ou definit ivamente de 
suas atividades, obedecendo à recomendação médica específica e a 
legislação em vigor (Resolução 33). 
Todos os funcionários são orientados quanto às práticas de 
higiene pessoal. 
Na área de manipulação não é permitido o uso de cosméti-
cos, jóias e acessórios. 
Os manipuladores do sexo masculino devem retirar a barba e 
o bigode. 
Todos os funcionários são instruídos e incentivados a reportar 
aos seus superiores quaisquer condições de risco relativas ao produ-
to, ambiente, equipamento ou pessoal. 
Todos os funcionários, independente de sua função devem 
estar adequadamente uniformizados para executar suas funções, 
assegurando a sua proteção individual e a do produto contra conta-
minação e os uniformes devem ser trocados sempre que necessário 
para garantir a higiene apropriada. 
Os procedimentos de higiene pessoal e a utüização de roupas 
protetoras devem ser exigidos a todas as pessoas para entrarem na 
área de manipulação, sejam elas funcionários, visitantes, adminis-
tradores ou autoridades. 
Qualquer acidente de trabalho deve ser comunicado imedia-
tamente ao farmacêutico responsável para que sejam tomadas as 
581 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
devidas providências. 
Dentro do estabelecimento deve ter uma caixa com materi-
ais de primeiros socorros, localizada na Área de Paramentação. 
Quando um funcionário apresentar alguma tesão ou doença 
que possa afetar a qualidade e segurança dos produtos manipulados, 
ele deve ser afastado de suas atividades e encaminhado para um 
profissional médico. 0 atestado médico deve ser arquivado na pasta 
do funcionário no Departamento Administrativo. 
6.2. Conduta 
Não é permitido manter conversações, fumar, comer, beber, 
mascar chicletes, pentear cabelos, manter plantas, alimentos, be-
bidas, fumos, medicamentos e objetos pessoais nos laboratórios. 
0 lanche é feito na copa em horário pré-determinado pela 
Administração. 
Os manipuladores devem manter uma atitude tranqüila e 
concentrada na tarefa, evitando movimentos bruscos e interrupções 
para atender ao telefone. Se necessitar usar o sanitário o funciona-
rio deve terminar antes a tarefa. 
Deve ser proibido manter brincadeiras e apelidos dentro da 
farmácia. 
Todos os funcionários devem manter sigilo sobre os produtos 
manipulados para os clientes. 
Tanto na manipulação quanto na dispensação os funcionários 
deve ser atenciosos e gentis com os clientes e colegas. 
6.3. Higienização das mãos 
Ao adentrar na Área de Paramentação e antes de executar 
qualquer tarefa, o manipulador deve enxaguar as mãos com água 
corrente (já previamente f i l trada), fechar a torneira e aplicar, em 
seguida, o sabonete líquido bactericida. Esfregar as duas mãos entre 
os dedos, palma, dorso e pulso, certificando-se de que estejam bem 
ensaboados. Abrir a torneira e enxaguar as mãos e pulso, retirando 
todo o excesso de sabonete. Enxaguar a torneira e fechá-la. Retirar 
o excesso de água das mãos e secá-las com papel toalha. Acionar a 
lixeira com o pé e descartar o papel. 
Finalizar a limpeza colocando nas mãos o gel de álcool etí l i-
co a 70 % ou solução de álcool etílico a 70 %. 
582 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
6.4. Uso correto dos equipamentos de proteção individual 
A colocação dos uniformes, bem como a higiene das mãos e 
antebraços, antes do início das manipulações deve ser realizada em 
locais específicos. 
Os manipuladores devem efetuar a troca de roupa no vestuá-
rio onde guardam os seus pertences em armário com chave. 
A colocação de jalecos, gorro, máscara e pró-pé deve ser fei-
ta na Área de Paramentação assim como a sanitização de mãos e 
antebraços. Nesta Área existe um armário específico para guarda 
dos EPIs. Após a paramentação não se deve tocar as partes do corpo 
para coçar, tossir, manipular nariz, ouvido, etc. 
As luvas devem ser colocadas somente no momento da mani-
pulação. 
Se o manipulador necessitar deixar o laboratório para ir para 
uma área interna da farmácia, deve retirar as luvas, máscara e pró-
pés, deixando-os no interior do mesmo. Colocar os EPIs novamente 
ao voltar ao laboratório, após lavar e sanitizar as mãos. 
Se houver necessidade do manipulador sair da farmácia ele 
deve retirar os sapatos e o jaleco e também efetuar a troca de 
roupa no vestiário. 
Os equipamentos de proteção individual obrigatórios para os 
funcionários que trabalham nos laboratórios são jaleco, gorro, 
máscara, pró-pé e luvas. A máscara e as luvas só são obrigatórias 
quando se for lidar diretamente com a matéria-prima ou produto. 
Ao trabalhar com solventes voláteis, reagentes tóxicos ou 
que liberam gases, utilizar a capela para exaustão de gases locali-
zada no Laboratório de Controle da Qualidade e util izar a máscara e 
óculos de proteção contra vapores. 
583 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Instalação e Operação de 
Equipamentos LaboratoriaisProcedimento Operacional Padrão 09 
584 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Manual de Boas Práticas de Manipulação 
Procedimento de Operação Padrão 
POP N° 09 
Emissor: Emitido em: 
Revisor: 
Aprovação: 
Página 
Substitui 
POP: n° 
Revisado 
em: 
Aprovado 
em: 
TITULO: 
Instalação e Operação de Equipamentos Laboratoriais 
LObjetivo 
Definir normas a serem aplicadas na instalação e operação 
de equipamentos laboratoriais na farmácia. 
2.Responsabilidades 
Farmacêutico Responsável 
Manipulador 
Analista 
3. Departamento envolvido 
Técnico - Laboratórios 
4. Documentos de Referência 
Resolução ANVISA/RDC 33 - 19/04/2000 - Atualizada em 08/01/2001 
Manual de Recomendações para aviamento de formulações magis-
trais - ANFARMAG - Boas práticas de manipulação - 1 a edição - 1997 
Manuais dos Equipamentos 
585 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
5. Material Necessário 
Equipamentos 
Manuais de instrução e operação 
6. Procedimento 
A instalação de equipamentos laboratoriais deve obedecer a 
critérios que tornam o uso funcional e objet ivo. 
0 primeiro critério diz respeito ao cumprimento das necessi-
dades de compra dos equipamentos para a farmácia, uma vez que é 
muito fáci l postergar a compra pelos mais variados motivos, sendo o 
mais comum o financeiro. 
0 segundo critério diz respeito à necessidade de espaço físi-
co adequado para instalação dos equipamentos. 
0 terceiro critério diz respeito à facil idade de uso, devem os 
mesmos ficar o mais próximo possíveis do local de util ização, evi-
tando deslocamentos desnecessários entre setores da farmácia. 
0 quarto critério diz respeito às utilidades necessárias para o 
funcionamento correto de cada equipamento: 
Rede hidráulica 
Pontos de Eletricidade 110 e 220 V 
Ventilação e desumidificação do ar na manipulação de pós 
lluminação e temperatura adequadas 
Devem existir instruções escritas orientando o uso de cada equi-
pamento laboratorial, preferencialmente, afixadas junto ao apare-
Iho, protegidas por papel auto-adesivo ou em pastas apropriadas. 
586 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Verificação, Limpeza e 
Calibração de Instrumentos 
Procedimento Operacional Padrão 10 
587 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Manual de Boas Práticas de Manipulação 
Procedimento de Operação Padrão 
POPN0 10 
Emissor: Emitido em: 
Revisor: 
Aprovação: 
Página 
Substitui 
POP: n° 
Revisado 
em: 
Aprovado 
em: 
TITULQ: Verificação, Limpeza e Calibração de Instrumentos 
1. Objetivo 
Definir normas a serem aplicadas para a verificação e a cali-
bração dos instrumentos utilizados nos laboratórios. 
2. Responsabilidades 
Farmacêutico responsável 
Analista 
Manipulador 
3. Departamento envolvido 
Técnico 
4. Documentos de Referência 
Resolução ANVISA/RDC 33 - 19/04/2000 - Atualizada em 08/01/2001 
Manual de Recomendações para aviamento de formulações magis-
trais - ANFARMAG - Boas práticas de manipulação - 1 a edição - 1997 
Manuais dos Equipamentos 
5. Material Necessário 
Solução tampão pH = 4,01 (conservada sob refrigeração) 
Solução tampão pH = 7,01 (conservada sob refrigeração) 
588 
Capítulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Termômetro de máxima e mínima 
Termômetro de 0 a 200° C 
Peso padrão compatível com a balança 
Vidraria com certificado de calibração 
6. Procedimertto 
A verificação e a calibração de cada equipamento deve ser 
realizada com periodicidade adequada e definida para cada equi-
pamento ou sempre que necessário pelo Farmacêutico Responsável, 
antes do início das atividades, utilizando-se padrões fornecidos pela 
Rede Brasileira de Calibração. 
A limpeza dos equipamentos deve ser feita com o mesmo 
desligado, removendo o prato, no caso da balança ou demais aces-
sórios e utilizando flanela ou perfex® embebida em álcool a 70%, ou 
solução sanitizante compatível. 
6.1. Calibração de Balanças Semi-analítica da Linha BG (Gehaka®) 
A calibração é feita trimestralmente de acordo com a plani-
Iha de Calibração de Equipamentos e Vidrarias elaborada pelo Con-
trole da Qualidade. 
Pode-se proceder da seguinte maneira: 
Remover qualquer objeto do prato 
Tarar a balança 
Colocar o peso padrão no prato da balança e observar se o peso 
indicado é o mesmo do padrão 
Se a leitura for correta, a balança está calibrada; se for diferen-
te, coloque uma chave de fenda no parafuso que se encontra no 
painel traseiro ou na lateral (depende do modelo) 
Girar a chave no sentido anti-horário se o peso lido for maior do 
que o peso padrão e no sentido horário se o peso medido for menor 
que o peso padrão 
Depois de cada ajuste, a balança é tarada. Para tal, retire o peso 
padrão do prato, acione a barra de tara da balança e coloque nova-
mente o peso. Se o peso indicado for correto, a balança está pronta 
para o uso. 
6.2. Calibração de Balanças Analíticas da Linha AG (Gehaka®) 
A calibração é feita trimestralmente de acordo com a plani-
Iha de Calibração de Equipamentos e Vidrarias elaborada pelo Con-
trole da Qualidade. 
Pode-se proceder da seguinte maneira: 
Remover qualquer objeto do prato 
589 
Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
Tarar a balança 
Colocar o peso padrão no prato da balança e observar se o peso 
indicado é o mesmo do padrão 
Se a leitura for correta, a balança está calibrada; se for diferen-
te, coloque uma chave de fenda no parafuso que se encontra no 
painel traseiro ou na lateral (depende do modelo) 
Girar a chave no sentido anti-horário se o peso lido for maior do 
que o peso padrão e no sentido horário se o peso medido for menor 
que o peso padrão 
Depois de cada ajuste, tarar a balança. Para tal, retire o peso 
padrão do prato, acione a barra de tara da balança e coloque nova-
mente o peso. Se o peso indicado for correto, a balança está pronta 
para o uso. 
Observações: 
Anualmente ou quando necessário, solicitar a assistência 
técnica dos órgãos competentes reconhecidos pela ABNT para lim-
peza, regulagem e calibração. 
Afixar o selo de manutenção e aferição periódica na balança. 
0 registro de calibração é feito na Ficha de Controle de Cali-
bração na qual o farmacêutico registra a data da callibração, o peso 
encontrado e a situação da calibração (aprovado, não-conforme, 
reprovado) datando e assinando. 
Todas as calibrações são registradas em formulário próprio. 
A. Limpeza e Controle de temperatura no Refrigerador 
0 degelo deve ser realizado uma vez por mês, dependendo da 
espessura do gelo em que se encontra o congelador. A limpeza é 
realizada pelo funcionário de serviços gerais, devidamente treinado 
pelo farmacêutico responsável. 
Ao se fazer o degelo, os produtos que estiverem na geladeira, são 
transferidos para um isopor até que termine todo o processo de de-
gelo e limpeza. 
A limpeza é feita com um pano úmido em solução de detergente 
neutro e depois passando novamente um pano úmido em água para 
retirar a solução anterior. 
0 controle de temperatura é feito através de termômetro de má-
xima e mínima localizado no interior da geladeira na posição verti-
cal. 
Um funcionário deve ser designado para verificar diariamente, 
pela manhã e à tarde a temperatura no refrigerador. A temperatura 
deve variar entre 2 °C a 8 °C. Esta variação é de acordo com as es-
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Capitulo 14 - Procedimentos Operacionais Padrão 
tações do ano. 
Afixado ao refrigerador esta a Ficha de Controle de Temperatura, 
(conforme modelo na página 594) na qual o farmacêutico registra as 
temperaturas lidas datando e assinando. 
Leitura: A leitura deverá ser funcionário devidamente treinado. 
1o) Temperatura do momento: indicada pela coluna de mercúrio 
(coluna prateada) em ambos os lados. 
2o) Temperatura mínima: a que

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