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Processo Civil II _____________________________________________________________ 2016 
“Sabes cantar? Não. Sabes assobiar? E então o menino assobiou. Era o que Dom Bosco 
queria: conquistar a confiança”. (São João Bosco, Memórias do Oratório) 
Professora Luiza Helena Lellis Andrade de Sá Sodero Toledo 
Processo Civil II 
AULA 1 – Atos processuais 
Primeira parte: exposição do conteúdo (em sala de aula) 
1. Conceito: 
- Atos e fatos processuais (o processo é uma sequência de atos, fatos e negócios 
processuais, entendidos os atos como as ações humanas que produzem efeitos jurídicos 
em relação ao processo e os fatos os acontecimentos naturais com influência sobre o 
processo. Ex: morte da parte, perecimento do objeto, etc.); 
- Conceito de ato processual (ato processual, portanto, é todo ato jurídico emanado das 
partes, dos órgãos da jurisdição, ou mesmo de terceiros ligados ao processo, suscetível 
de criar, modificar ou extinguir efeitos processuais); 
- Atos processuais e procedimentais (fala-se em atos processuais: aqueles que dizem 
respeito especificamente ao processo. Ex: petição inicial, citação, contestação, produção 
de provas e a sentença, e atos procedimentais: aqueles que somente refletem sobre o 
rito, sem interferir na relação processual propriamente dita. Ex: divisão, entre as partes, 
de prazo comum de vista dos autos, substituição de rito especial por rito ordinário, 
prorrogação da competência, etc.. Repare-se, ainda, que não há atos processuais 
praticados fora do processo e nem são atos processuais todos os atos praticados dentro 
do processo. Por exemplo, a transação e o pagamento, que são atos de natureza 
material); 
- Características e natureza dos atos processuais (as características dos atos processuais 
que os distinguem dos demais são a unidade de finalidade e a interdependência. Assim, 
sabe-se que todos os sujeitos do processo se voltam para um único fim, qual seja, a 
prestação jurisdicional. Ademais, todos eles integram uma só relação jurídica dinâmica, 
formando uma cadeia de atos, que não podem ser isolados dos outros. Ainda, sabe-se 
que os atos processuais são praticados por pessoas públicas e privadas. Aos atos dos 
entes públicos se aplicam, em regra, os preceitos de direito público, no caso o direito 
processual. Mas as pessoas privadas podem praticar atos que não se restringem ao 
campo processual, mas que correspondem a negócios jurídicos regidos exclusivamente 
pelo direito material, embora repercutam em termos processuais); 
- Classificação subjetiva dos atos processuais (a melhor classificação dos atos 
processuais seria a que leva em conta o critério subjetivo - quem pratica o ato, segundo a 
lição de Chiovenda. Nosso NCPC seguiu tal orientação, sendo, portanto, os atos 
processuais divididos em atos da parte - artigos 200 a 202, NCPC, atos do juiz - artigos 
203 a 205, NCPC e atos do escrivão ou chefe de secretaria - artigos 206 a 211, NCPC. 
Lembre-se que também há outras pessoas que praticam atos processuais: oficiais de 
justiça, depositários, peritos, testemunhas, leiloeiros, etc., sendo, então, incompleta a 
classificação do CPC. Ademais, vale lembrar a classificação objetiva dos atos 
processuais, adotada por José Frederico Marques, a saber: a) atos de iniciativa, 
destinados à instauração da relação processual; b) atos de desenvolvimento, que 
movimentam o processo, compreendendo os de instrução e os de ordenação e c) atos de 
conclusão, que são os atos decisórios do juiz ou dispositivos das partes, como a renúncia, 
a transação e a desistência); 
- Classificação dos atos processuais quanto à forma (quanto à forma, conjunto de 
solenidades que se devem observar para que o ato jurídico seja plenamente eficaz, 
podem os atos ser classificados em solenes - aqueles para os quais a lei prevê uma 
determinada forma como condição de validade, e não solenes ou de forma livre - os que 
podem ser praticados independentemente de qualquer solenidade. Nosso CPC faz 
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Processo Civil II _____________________________________________________________ 2016 
“Sabes cantar? Não. Sabes assobiar? E então o menino assobiou. Era o que Dom Bosco 
queria: conquistar a confiança”. (São João Bosco, Memórias do Oratório) 
Professora Luiza Helena Lellis Andrade de Sá Sodero Toledo 
prevalecer sobre a forma a substância e a finalidade do ato processual - princípio da 
instrumentalidade das formas – artigo 188, NCPC = não há nulidade sem prejuízo, exceto 
quando a lei expressamente determinar. Fala-se, pois, que o processo moderno está, 
cada vez mais, comprometido com a funcionalidade); 
- Publicidade dos atos processuais (via de regra, os atos processuais são públicos - 
artigos 11 e 189, NCPC e 93, IX, CF, mas existem aqueles cuja publicidade é restrita - 
correm em segredo de justiça – artigo 189, NCPC. Neste caso, as audiências serão 
realizadas a portas fechadas, com a presença apenas do juiz e seus auxiliares, das partes 
e seus procuradores - artigo 368, NCPC); 
- Meios de expressão (os atos processuais podem ser escritos – petições, ou orais - 
audiência de instrução e julgamento, por exemplo. Quando orais, serão reduzidos a termo 
pelo escrivão, para que restem documentados nos autos. A língua oficial para a 
realização dos atos processuais é o português – artigo 192, NCPC. Daí a necessidade de 
tradução de textos em língua estrangeira – artigo 192, parágrafo único, NCPC e a 
presença do intérprete, em alguns casos – artigo 162, I, II e III, NCPC); 
- Negócios jurídicos processuais (o NCPC adotou a teoria dos negócios jurídicos 
processuais, através da qual se conferiu certa flexibilização procedimental ao processo, 
com respeito aos princípios constitucionais, de maneira que se consiga dar maior 
efetividade ao direito material discutido. Então, podem as partes alterar o procedimento, 
conforme a dicção do artigo 190 e seu parágrafo único, NCPC. Parte da doutrina se 
posicionou contrária a essa tese, sob o argumento de que afrontaria a segurança jurídica 
e o devido processo legal, mas é preciso considerar que essa ideia se coaduna com o 
princípio da cooperação, que está presente no CPC atual e deve nortear a conduta das 
partes e do próprio magistrado com o objetivo de, mediante o esforço conjunto, solucionar 
o litígio, alcançando uma decisão justa. A alteração dos procedimentos deve respeitar os 
requisitos do artigo 190, NCPC e pode ocorrer antes ou durante a marcha processual. E é 
claro que a possibilidade de as partes convencionarem sobre ônus, deveres e faculdades 
deve se limitar aos seus poderes processuais, sobre os quais têm disponibilidade, jamais 
podendo atingir aqueles conferidos ao juiz. Assim, são possíveis as intervenções atípicas 
de terceiros – ampliação dos casos de assistência e permissão para a denunciação da 
lide sucessiva – que, apesar de não autorizadas pelo NCPC, podem ser negociadas entre 
as partes maiores e capazes, quando litiguem sobre direitos disponíveis. Não se olvide, 
claro, de manter o respeito à paridade de armas. É o magistrado, no exercício de suas 
funções, que deve, de ofício ou a requerimento, controlar a validade dessas convenções – 
artigo 190, parágrafo único, NCPC); 
- Calendário para a prática de atos processuais (o NCPC permite que as partes e o juiz, 
de comum acordo, estabeleçam calendário para a prática de atos processuais, quando for 
o caso – artigo 191, NCPC. Isso é útil quando o processo envolve questões de provas em 
foros distintos, perícias complexas ou prazos comuns, por exemplo. O calendário é 
importante para a implementação do princípio de duração razoável do processo e de 
emprego de meios que possam acelerar sua conclusão – artigo 5º, LXXVIII, CF. Se for 
fixado vincula todos os sujeitos processuais. A modificação dos prazos nele previstos 
apenas poderá ocorrer em casos excepcionais, mediante justificativa. Ainda, como 
medida de economia processual, a lei dispensa a intimaçãodas partes para os atos 
processuais e para a audiência nos casos em que as datas tiverem sido fixadas no 
calendário); 
- Uso do sistema de transmissão de dados (havia tempo que se tentava introduzir na 
Justiça a prática de atos processuais por meios magnéticos como o fac-símile e outros 
modernos sistemas de transmissão de dados e imagens. A dificuldade, porém, 
concentrava-se no controle da autenticidade das informações transmitidas e na duração 
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“Sabes cantar? Não. Sabes assobiar? E então o menino assobiou. Era o que Dom Bosco 
queria: conquistar a confiança”. (São João Bosco, Memórias do Oratório) 
Professora Luiza Helena Lellis Andrade de Sá Sodero Toledo 
dos textos. Sob a égide do CPC de 73 adveio a Lei nº 9.800/99, que deu disciplina 
razoável ao assunto, prevendo a possibilidade de as partes se valerem de sistema de 
transmissão de dados e imagens tipo fac-símile ou outro similar para a prática de atos 
processuais dependentes de petição – artigo 1º. Essa lei não foi revogada pelo NCPC. Ela 
prevê que o ato se considera tempestivamente cumprido sempre que a mensagem chegar 
ao órgão judicial dentro do prazo legal. Mas incumbe à parte apresentar os originais em 
juízo, necessariamente, até cinco dias da data de seu término – artigo 2º. Assim, torna-se 
complexo o ato processual, já que sua eficácia depende da chegada da mensagem fac- 
similar ao destinatário antes do termo final e, também, da posterior juntada da petição em 
original, nos cinco dias subsequentes. Com isso se ganha celeridade na postulação, mas 
também se preserva a autenticidade da peça. Esse prazo, conforme o NCPC, não mais 
se conta em dias contínuos, mas em dias úteis. Seu termo inicial segue a regra do artigo 
2º e parágrafo único da Lei nº 9.800/99. Os atos do juiz que decorrem de petição 
transmitida magneticamente não dependem da posterior juntada dos originais e poderão 
ser desde logo praticados – artigo 3º. A responsabilidade pela qualidade, pela fidelidade 
do material transmitido e por sua entrega oportuna ao Judiciário corre por conta de quem 
usa o sistema de transmissão – artigo 4º, parágrafo único. A Lei nº 11.280/06, por sua 
vez, acrescentou parágrafo ao artigo 154 do CPC de 73, prevendo a possibilidade das 
vias eletrônicas se ampliarem para todos os atos e termos do processo, não só das 
partes, mas também dos tribunais. Assim, ocorreu a informatização do processo judicial – 
artigo 154, § 6º, CPC de 73. Outra importante inovação nessa seara veio com a Lei nº 
11.341/06, que alterou o texto do parágrafo único do artigo 541 do CPC de 73, no sentido 
de que a parte poderia utilizar a reprodução de julgado disponível na Internet, com 
indicação da respectiva fonte, no caso de ter de comprovar o dissídio jurisprudencial em 
que se funda o recurso especial); 
- O problema da implantação do processo eletrônico no Brasil (foi a Lei nº 11.419/06 que 
traçou o ambicioso programa de implantação do processo judicial eletrônico a ser utilizado 
nas justiças civil, penal e trabalhista, além dos juizados especiais, em qualquer grau de 
jurisdição – artigo 1º, § 6º. Foram definidas regras para o processo totalmente eletrônico 
ou apenas para certos atos do processo não eletrônico. Dessa lei constam normas de 
tramitação do processo eletrônico – artigos 8º a 13 e outras normas que se referem à 
comunicação de atos e transmissão de peças processuais – artigos 4º a 7º. Ademais, 
caberia a regulamentação do processo eletrônico aos órgãos do Poder Judiciário, no 
âmbito das respectivas competências – artigo 18. Mas é claro que a adoção de todas 
essas técnicas não se impõe apenas por uma lei federal. Os problemas suscitados nessa 
completa transformação de hábitos forenses estão muito mais na ordem prática do que na 
ordem normativa. Por isso é que a própria a Lei 11.419/06 reconheceu a necessidade de 
sua disciplina ser complementada por regulamentação local de cada órgão de gestão do 
Poder Judiciário. Evidente que os tribunais não podem criar procedimentos novos ou 
alterar os já traçados pelo CPC ou por leis federais. A regulamentação do Tribunal, na 
espécie, é sobre o sistema e programas de computador a serem utilizados no processo 
eletrônico, bem como a forma de credenciamento ao acesso); 
- A prática eletrônica de atos processuais no NCPC (o NCPC inseriu uma seção para 
cuidar do processo eletrônico: artigos 193 a 199, prevendo que suas regras também se 
aplicam à prática de atos notariais e de registro, no que couber – artigo 193, parágrafo 
único. Continua a ser aplicada a Lei nº 11.419/06, com os acréscimos do NCPC. A 
intenção clara do legislador, e também do CNJ, é uniformizar o processo digital, 
estabelecendo um sistema nacional, criado por aquele órgão, para ser utilizado em todos 
os tribunais do país, diferentemente do que acontece hoje, ainda, em alguns Estados, 
onde não existe padronização alguma quanto ao assunto); 
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