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Segunda lei de Mendel Mendel estudou também a transmissão combinada de duas ou mais características. Para exemplificar vamos considerar a transmissão da cor e forma da semente. Como na Primeira Lei, em F1, 100% são heterozigotos, só que agora estamos analisando duas características! A geração F2, obtida pela autofecundação das plantas originadas das sementes de F1, é composta por quatro tipos de sementes A 2ª Lei de Mendel é um exemplo de aplicação direta da regra do E de probabilidade, permitindo chegar aos mesmos resultados sem a construção trabalhosa de quadro de cruzamentos. Com base nos experimentos de Mendel conclui-se que os genes para dois ou mais caracteres são transmitidos aos gametas de forma totalmente independente, um em relação ao outro, formando tantas combinações gaméticas quanto possíveis, com igual probabilidade. Agora podemos resolver problemas com n pares de alelos. Para facilitar basta separarmos os pares de alelos. Em seguida realizaremos cruzamentos como na Primeira Lei e depois utilizamos a probabilidade para achar o resultado que buscamos. Enunciado da segunda lei de Mendel A segunda lei de Mendel ou lei da segregação independente pode ser enunciada como a seguir: “Os fatores para duas ou mais características segregam-se no híbrido, distribuindo-se independentemente para os gametas, onde se combinam ao acaso”. Meiose e segunda lei de Mendel Existe uma correspondência entre as leias de Mendel e a meiose. Acompanhe na Figura 11 o processo de formação de gametas de uma célula de indivíduo diíbrido, relacionando-o à 2ª Lei de Mendel. Note que, durante a meiose, os homólogos se alinham em metáfase e sua separação ocorre ao acaso, em duas possibilidades igualmente viáveis. A segregação independente dos homólogos e, consequentemente, dos fatores (genes) que carregam, resulta nos genótipos AB, ab, Ab e aB 01.O núcleo celular: cromatina, cromossomos e genes (estrutura química e duplicação). O núcleo celular é a estrutura na qual se encontram os cromossomos e o nucléolo envoltos pela carioteca, também conhecida como membrana nuclear ou envelope celular. A membrana nuclear é uma membrana dupla que inclui todo o material genético nuclear e todos os outros componentes do núcleo. Existem alguns pequenos poros que estão na membrana nuclear que permitem que o ácido ribonucleico - RNA mensageiro (RNAm) e as proteínas se movam entre o núcleo e o citoplasma. A membrana nuclear regula o material deve estar no núcleo em contraste com o material que deve estar no citoplasma. No núcleo é onde está o material genético do indivíduo, que são os genes. O nucléolo é composto por proteínas e é a maior estrutura no núcleo das células eucarióticas. Nele acontece a biogênese ribossomos. Nucléolos são feitos de proteínas, ácido desoxirribonucleico (DNA) e ácido ribonucleico (RNA) e formam-se em torno de regiões cromossômicas específicas chamadas regiões organizadoras nucleolares. Nos cromossomos, que são compostos de DNA associado a proteínas, estão localizados os genes. Os genes são os responsáveis pelo controle de todos os processos biológicos que ocorrem nas células. O gene é a unidade física e funcional básica da heredidade e é uma parte do DNA. O DNA é representado na forma de dupla hélice com todos os seus constituintes: ácido fosfórico, desoxiribose, bases púricas e pirimídicas (adenina-timina e guanina- citosina). Os genes se localizam em locus nos cromossomos e são responsáveis pelo controle de todos processos biológicos que ocorrem nas células. O DNA é representado na forma de dupla hélice com todos os seus constituintes: ácido fosfórico, desoxiribose, bases púricas e pirimídicas (adenina-timina e guanina- citosina). No núcleo interfásico existe a cromatina que é um complexo formado pelo DNA, histonas e outras proteína e no núcleo mitótico existe a condensação da cromatina que forma então os cromossomos que são unidades individualizadas de cromatina presentes no núcleo em divisão. Um gene codifica uma mensagem que é traduzida em uma determinada proteína para possibilitar uma função e que por final regula um gene. Esse é o resumo da informação genética que dará como resultado um fenótipo, ou seja, uma característica. Este processo ocorre da seguinte maneira: o DNA é replicado, transcrito pelo RNA e traduzido em uma proteína que vai ter uma função (DNA- transcrição- RNA- tradução – Proteína). Este processo origina o código genético que é a relação entre a sequência de bases no DNA e a sequência correspondente de aminoácidos, na proteína. A mensagem codificada no material genético é traduzida em uma sequência de aminoácidos na cadeia polipeptídica. O código genético forma os modelos hereditários dos seres vivos. É nele que está toda a informação que rege a sequência dos aminoácidos codificada pelo encadeamento de nucleotídeos. 02.Reprodução celular e sua importância: ciclo celular mitótico (mitose) e meiótico (meiose). Gametogênese: espermatogênese e oogênese. O ciclo celular são os estágios pelos quais uma célula passa entre uma divisão e outra. Através deste processo é que as informações genéticas passam de uma célula mãe para as células filhas. A progressão do ciclo celular é regulada em pontos chaves de transição denominados pontos de verificação, nestes pontos é garantido que todos componentes celulares estejam presentes e íntegros para a divisão celular. São duas as principais fases da divisão celular: a interfase e a fase mitótica. Na interfase a célula cresce e se prepara para a divisão celular e na fase mitótica ela se divide. Na fase mitótica ou fase M ocorre a mitose. Na interfase o DNA, o RNA e proteínas estão sendo sintetizados. A célula pode entrar ou não em estágio ou etapa G0 (não divisão) e depois ir ao período G1, onde a célula cresce. No estágio denominado período S o corre a duplicação do DNA e no estágio G2 a célula está pronta para se dividir o que ocorrera no estágio M ou mitose. A mitose é composta pelas fases de Prófase, Prometáfase, Metáfase, Anáfase, Telófase e finalmente Citocinese. Na prófase ocorre a condensação dos cromossomos e o início da formação do fuso mitótico. Os centrossosomos - microtúbulos, vão para os polos da célula. Na prometáfase ocorre o rompimento da membrana nuclear, a dispersão dos cromossomos no interior da célula, fixação dos mesmos pelo cinetócoros aos microtúbulos do fuso mitótico e migração dos cromossomos para o polo equatorial celular – processo denominado congressão. Na metáfase, os cromossomos se encontram em condensação máxima com os cromossomos estando localizados na zona equatorial celular. Na anáfase, ocorre a separação dos cromossomos do centrômero e as cromátides irmãs tornam-se independentes e migram para os polos opostos da célula. Na telófase, os cromossomos começam a se descondensar e ocorre a formação de membrana nuclear. Finalmente, na citocinese, as duas células irmãs são formadas por partição (divisão). Neste processo de mitose ocorre a formação de células com o material genético igual a célula mãe, ou seja, uma célula diploide (2n) origina duas células também diploides (2n). Este processo corre com todas células do organismo a não ser para a formação dos gametas, processo denominado gametogênese. Na gametogênese, uma célula diploide (2n) irá originar 4 células haploides (n). Este fato é denominado nas fêmeas de oogênese e nos machos de espermatogênese. Para a formação dos gametas as células passam pelo processo denominado meiose. A meiose é dividida em meiose I e meiose II. A meiose I, também denominada de divisão reducional, possui as seguintes etapas: Profase I (Leptóteno, Zigóteno, Paquíteno, Diplóteno). No leptóteno, os cromossomos já se duplicaram (fase S). As duas cromátides irmãs estão bem alinhadas e não se consegue distinção. No zigóteno, os cromossomos homólogos se alinham (sinapse) pelo processo sinaptonêmico (proteína em forma de fita). No paquíteno, cada cromossomo homólogo é bivalente (tétrade)denominado de “ciclo celular”. Na interfase deste ciclo, ocorre a duplicação do DNA no estágio S. Num núcleo interfásico utiliza-se a expressão CROMATINA e durante as diferentes fases da mitose em células somáticas e da meiose em células germinativas, a cromatina organizou-se em CROMOSSOMOS. Exercício 1: A replicação ou duplicação do DNA ocorre em qual momento do ciclo celular? a) Na telófase b) Na metáfase c) Sempre na anáfase d) Só na prófase e) Na interfase no estágio S A) B) C) D) E) Há dois tipos de cromatina: eucromatina (ativa –são curtos segmentos de cromonema desespiralizados) e heterocromatina (desativada – corresponde a cromonema espiralizados). Na fase da metáfase, os cromossomos são bem visíveis, são denominados de cromossomos metafásicos. Cromátide: corresponde a cada metade longitudinal de um cromossomo metafásico. Após a fissão do centrômero as cromátides deixam de existir, portanto, na fase de metáfase há cromátides. Cromonema é o filamento de DNA desespiralado que forma a cromatina. Cromômero são pontos mais coráveis nos cromossomos e correspondem a áreas onde os cromonemas apresentam maior grau de espiralização. Centrômero é um local do cromossomo que não possui afinidades por corantes e não possui atividade genética. O centrômero é utilizado, por exemplo, para a determinação do tipo de cromossomo de uma célula (cromossomos: metacêntricos; sub-metacêntricos e acrocêntricos – vide cariótipo). Cromossomo autossomo é qualquer cromossomo, com exceção dos heterocromossomos e que, portanto, não seja responsável pela determinação do sexo. Na espécie humana há 44 cromossomos autossomos ou 22 pares nas células somáticas e 02 cromossomos heterocromossomos (um par – são os cromossomos sexuais). O homem é heterogamético, pois, produz espermatozóides com cromossomos sexuais diferentes, isto é, 22 autossomos + X ou 22 autossomos + Y. A mulher é homogamética, pois, produz 22 autossomos e apenas heterocromossomos do tipo X. Cromossomo sexual: é o que determina o sexo, denominado de X (tipo sub-metacêntrio) na mulher e de Y (tipo acrocêntrico) no homem. O cromossomo X em mamíferos, determina a formação de características sexuais femininas. Para a formação do sexo feminino é preciso o par XX. Já o cromossomo Y em mamíferos determina a formação de características sexuais masculinas. Para a formação do sexo masculino é preciso o par XY. Nota: Cromossomos Filadélfia é o cromossomo derivado da translocação de um pedaço do cromossomo 9 para o cromossomo 22. A seguir número de cromossomos de alguns organismos animais e vegetais: Drosófila (mosca das frutas) 2n=8; coelho 2n=44; cobaia 2n=16; caracol 2n=24; minhoca 2n =32; porco 2n=40; macaco 2n=48; rato 2n = 44; carneiro 2n = 54; cavalo 2n = 64; galo 2n = 78; carpa 2n = 104; borboleta 2n = 380. Em relação às plantas: centeio 2n = 14; trigo 2n = 42; samambaia 2n = 1200. Exercício 1: Quais são os tipos morfológicos de cromossomos que determinam o sexo? a) Autossomos na mulher e sexuais no homem b) Sexuais na mulher e autossomos no homem c) São os cromossomos sexuais sub-metacêntrico na mulher e acrocêntrico do homem d) São os cromossomos sexuais acrocêntrico na mulher e sub-metacêntrico no homem e) São os cromossomos XY e XX, respectivamente, na mulher e no homem A) B) C) D) E) Retrocruzamento: é o cruzamento de um organismo F1 com outro da geração P. Por exemplo: Aa x AA, onde Aa é o F1 e AA é o P. Cruzamento teste: é o cruzamento entre um fenótipo dominante (com genótipo desconhecido – por exemplo, AA ou Aa ) com um homozigoto recessivo. Se em F1, F2, F3 e F4 o fenótipo recessivo aparecer em aproximadamente 50% dos descendentes, o genótipo desconhecido é heterozigoto. Dominância e Recessividade: um gene alelo domina o efeito do outro gene alelo; gene alelo é dominado pelo efeito do outro gene alelo. Dominância incompleta: nenhum dos alelos se expressa completamente, logo, os fenótipos são misturados/combinados – “fenótipos intermediários”. Co-dominância: ambos alelos se expressam completamente. Pleiotropia: é quando um gene afeta vários fenótipos. Herança monogênica e poligênica: ação de gene simples e genes múltiplos. Epistasia: é quando um gene altera o efeito de outro gene. Determinação do sexo: há cromossomos diferentes com genes específicos. Genes ligados e não ligados: são genes que estão ligados num mesmo cromossomo e genes que estão em cromossomos diferentes e não estão ligados. Herança ligada ao sexo: há genes específicos ligados a certos tipos de cromossomos. No caso humano, o exemplo clássico é do daltonismo. Genes dos autossomos: são genes dos cromossomos que não são os sexuais. Características fenotípicas ligadas ao sexo: presença do mesmo genótipo, porém, com expressão fenotípica diferente no homem x mulher: calvície no homem. Características fenotípicas limitadas pelo sexo: presença do mesmo genótipo com expressão em um dos sexos e ausência no outro. Barba x mamas. Meiose: processo de produção das células gaméticas (n). Se ocorrer a não separação perfeita dos cromossomos (não-disjunção de cromossomos/de cromátides) acarretará alterações no genótipo e consequentemente no fenótipo. São exemplos: ANEUPLOIDIA: número incorreto de cromossomos para mais ou para menos, podendo afetar cromossomos autossomos e cromossomos sexuais; POLIPLOIDIA: quando ocorre a presença de mais de dois conjuntos cromossômicos, exemplo: 3n = triplóide. Fenótipo x ambiente: ação do sol sobre a pele – mudança na coloração da pele, é o fenótipo influenciado por fatores ambientais. Outro ex.: coloração do cabelo. Distúrbio genético: é necessário o conhecimento do maior número possível de gerações. Com isto é possível rastrear causas e origens das anomalias de origem genética. No ser humano é complexo, pois envolveproblemas biológicos e éticos. Muitos conhecimentos datam do passado, de histórias familiares e também de árvores genealógicas. Quando surge pela primeira vez um distúrbio genético utiliza-se a expressão “caso probante”, quando do sexo masculino o nome dado será propósito, e quando mulher, proposita. Exercício 1: Como pode ser representado o cruzamento denominado de retrocruzamento? a) F1 X F2 b) F2 X F2 c) F2 X P d) F1 X P e) P X P A) B) C) D) E) Mutação e Adaptação: Os seres vivos apresentam grande quantidade de mutações que os diferenciam uns dos outros. Exemplo clássico são as diferentes cores de olhos (da íris): azuis, verdes e castanhos; diferentes tipos de cabelos: liso, crespo e encarapinhado; variação da coloração da pele: branca, negra. Todas essas citadas são observadas no fenótipo. As mutações fisiológicas como as variações dos grupos sangüíneos A, B, AB, O, fator Rh constituem outros exemplos de mutações. As mutações continuam ocorrendo. A partícula vital é o DNA e é dotada da auto-reprodução (duplicação ou replicação peça ação de enzimas) e também pode sofrer alterações durante a replicação, produzindo cópias – DNAs diferentes da original, causando o aparecimento de características diferentes num organismo. Esse fato de replicação/duplicação/auto-reprodução incorreta é a MUTAÇÃO. A mutação foi muito importante no processo da Evolução Orgânica, por exemplo, o crossing-over / permutação na prófase I da meiose determina variabilidade – variação / diversidade. As mutações produziram variações que, em determinados ambientes, eram bem sucedidas e passavam a predominar e, em outros não, sendo então eliminadas. A adaptação a diferentes ambientes está pois diretamente ligada ao fenômeno da mutação. A fixação dos mais aptos e à eliminação dos menos aptos, é a SELEÇÃO NATURAL. As mutações podem ser classificadas em: A. gênicas; B. cromossômicas. A mutação gênica envolve apenas um lócus gênico, envolve um certo gene. Assim, uma alteração num único lócus do DNA quando do processo de sua duplicação/replicação, produzirá DNA diferente do original, logo, quando ocorrer o processo da TRANSCRIÇÃO, o RNAm trará um código diferente, com futura TRADUÇÃO de uma proteínaalterada, com alteração fenotípica morfológica ou fisiológica. Quando a mutação ocorrer em células germinativas a mutação poderá ser transmitida aos seus descendentes e quando ocorrer em células somáticas, o indivíduo manifestará a alteração, mas não transmitirá aos descendentes. Pode também ocorrer a mutação reversa. Um indivíduo normal pode sofrer uma série de mutações recessivas detrimentais, ou seja, que causam distúrbios, cada vez que os genes se encontram em dose dupla (aa). Essas mutações podem permanecer indetectável nos indivíduos heterozigotos (Aa). Porém, se um casal heterozigoto estiver nesta situação: Aa x Aa, terá uma probabilidade de 25% desta mutação. Aplica- se aqui a orientação para que não ocorram casamentos consangüíneos (entre parentes próximos). Pecuaristas e agricultores procuram cruzar os seus melhores exemplares com linhagens que sejam vigorosas, buscando com isso o melhoramento genético da espécie, com um mínimo de genes detrimentais. A mutação cromossômica pode relacionar-se com alterações no número ou no arranjo dos genes no cromossomo, são as mutações estruturais ou aberrações; ou com um aumento ou diminuição no número de cromossomos no genoma, são as mutações numéricas. Exercício 1: Como pode ser definido o processo de transcrição do DNA? a) Quando é produzido o RNAm, o portador do códon b) Quanto e produzido o RNAr, isto é, o ribossomo c) Quando é produzido o RNAt, o portador do anti-códon d) Quando é produzido outro DNA por duplicação conservativa e) Quando é produzido outro DNA por replicação semi-conservativa A) B) C) D) E) OS GENES: localizados nos cromossomos, contém todas AS INFORMAÇÕES das características e dos traços observados no FENÓTIPO de uma determinada espécie, os quais são transmitidos pelo ato reprodutivo. Os GENES se localizam em LÓCUS que são posições específicas no DNA. OS GENES são os responsáveis pelo controle de todos os processos biológicos que ocorrem nas células. Assim, uma seqüência (um pedaço) do DNA é um gene, representado na forma de dupla hélice com todos os seus constituintes: ácido fosfórico, desoxiribose, bases púricas e pirimídicas (adenina-timina e guanina-citosina). PLOIDIA: são os genes que estão no mesmo lócus de pares de cromossomos homólogos, atuando sobre o esmo caráter. Nas células somáticas há dois representantes para cada gene (2n – diplóide) enquanto nas células gaméticas (germinativas) apenas um único gene (n- haplóide). Nestas células só há um cromossomo de cada par de homólogo, já nas diplóides são dois cromossomos. ALELOS: são genes com diferentes expressões que podem ocupar o mesmo lócus, assim, nos cromossomos homólogos há dois representantes para cada gene. Estes genes podem se apresentar como dominante A x a e como recessivo a x a. São exemplos: indivíduo homozigoto ou puro = AA ou aa (os dois genes alelos são iguais), já num indivíduo heterozigoto ou híbrido será representado assim: A x a. NOTAS IMPORTANTES: a) quando há um gene alelo dominante a expressão fenotípica do gene recessivo não se manifesta: Ex. olho castanho (A) é dominante sobre olho azul (a) - indivíduo Aa terá olhos castanhos; b) o gene alelo recessivo só manifesta sua expressão se também há um outro gene alelo correspondente e recessivo: Ex. olho azul (a) é recessivo em relação ao olho castanho (A) – indivíduo aa terá olhos azuis. Portanto, o gene dominante mascara o recessivo. GENÓTIPO: é toda a constituição genética de um organismo, presente no seu cariótipo. Ex. Genótipos homozigóticos: suas células gaméticas (n) são idênticas para um determinado tipo de fenótipo. Se o genótipo deste organismo é do tipo AA, seus gametas (n) só terão um tipo (A); se for do tipo aa, no gameta só (a); se for do tipo AAbb, seus gametas serão (Ab). Genótipos heterozigóticos: suas células gaméticas (n) serão diferentes para um determinado tipo de fenótipo. Se o genótipo deste organismo é do tipo Aa, seus gametas (n) serão de dois tipos: A e a; já um organismo AaBb terão quatro tipos diferentes de gametas: AB – Ab – aB – ab ( aqui são características diferentes). Exercício 1: Indique qual é a representação genotípica correta para cor de olhos, respectivamente, castanho e azul? a) Aa e AA b) aa e aa c) Aa e aa d) Aa e Aa e) AA e AA A) B) C) D) E) 1ª.LEI: SEGREGAÇÃO DE FATORES E CRUZAMENTOS MONOÍBRIDOS (LINHAGENS PURAS E CARACTERÍSTICAS FENOTÍPICAS SIMPLES-única) 2ª.LEI: SEGREGAÇÃO INDEPENDENTE E CRUZAMENTOS DIÍBRIDOS (LINHAGENS PURAS E CARACTERÍSTICAS FENOTÍPICAS MÚLTIPLAS –várias) “TERÁ FENÓTIPOS DIFERENTES” OUTROS DADOS: P = geração parenteral F1 = 1ª. geração F2 = 2ª. geração Exercício básico sobre a 1ª. Lei de Mendel: P = pai homozigoto (puro) para olhos castanhos e mãe (pura) para olhos azuis.P: pai = AA e mãe= aa : (A) representa o fenótipo castanho e (a) o fenótipo azul.F1: todos descendentes serão híbridos de genótipo Aa e fenótipo castanho. Teoricamente explicando: ocorrendo o cruzamento dos F1 entre si, como será a segunda geração: F2 ? Resposta: F1 x F1 = Aa x Aa, portanto, F2 terá: F2 = 3/4 = 75% terão caráter dominante e 1/4 = 25% caráter recessivo. F2 = proporção fenotípica = 3:1 e proporção genotípica = 2:1:1. Exercício básico sobre a 2ª. Lei de Mendel (observação simultânea de características múltiplas). Assim, a geração P é formada por linhagem pura de fenótipos diferentes para duas características, produzindo descendentes em F1. Essa geração F1 é híbrida para ambas características e quando cruzada entre si (F1 x F1) produziu a geração F2* numa proporção: 9:3:3:1, isto é, 9/16 apresentaram características dominantes; 3/16 uma característica dominante e uma recessiva, 3/16 a característica dominante oposta e a recessiva oposta e finalmente, 1/16 ambas características recessiva. P= macho puro cinza de pêlo curto, e, fêmea pura marrom de pelo longo. São dados: a coloração cinza é dominante, portanto, marrom é recessivo e pelo curto é dominante sobre pelo longo que e recessivo, logo, as letras iniciais dos caracteres recessivos são (M e L) para dominantes e (m e l) para recessivos.Os gametas produzidos pela geração P serão: macho = MMLL e fêmea = mmll. Aplicando-se o quadrado na geração F1, todos descendentes serão: MmLl. Cruzando a geração F1 entre si, como serão os descendentes em F2 (*). Se machos e fêmeas possuem o genótipo MmLl, o cruzamento será: MmLl x MmLl - Pergunta-se: como serão os gametas ? Gametas do pai: ML – Ml – mL – ml x Gametas da mãe: ML – Ml – mL – ml Exercício 1: Após o cruzamento entre: MmLl x MmLl, foi obtido os seguintes genótipos: MMLL 1 – MMLl 2 – MmLL 3 – MmLl 4 MMLl 5 - MMll A- MmLl 6 - Mmll B MmLL 7 – MmLL 8 – mmLL* – mmLl* MmLl 9 - Mmll C – mmLl* - mmll+ Pergunta-se: qual é a proporção que representa corretamente a 2ª. Lei de Mendel: a) 9:3:3:1 b) 3:3:9:1 c) 1:3:3:9 d) 3:3:1:9 e) 9:1:3:3 A) B) C) D) E) 1.Relação de dominância entre genes; 2. Genes letais; 3. Fenocópias; 4. Expressividade; 5. Penetrância; 6. Genes modificadores; 7. Pleiotropismo; 8. Genes influenciados pelo sexo; 9. Genes limitantes pelo sexo; 10. Manifestação tardia; 11. Heterogeneidade genética; 12. Alelos múltiplos; 13. Interações de genes: 13.A. genes x ambiente e 13B. genes x genes.EXPLICAÇÕES DE 1 até 13: 1.Se deve a presença de genes no “lócus gênico”, um em cada cromossomo homólogo. Esses genes são responsáveis pela mesma característica fenotípica, ex.:Aa (olho castanho). A mutação altera genes (um ou mais) – (1 gene ou 2 genes no mesmo lócus gênico). Situações: A. RECESSIVO: quando o alelo mutante não interfere “visivelmente” no fenótipo: “a”a. B. DOMINÂNCIA INTERMEDIÁRIA: quando o fenótipo é intermediário entre os homozigotos. C. CO-DOMINÂNCIA: quando o genótipo heterozigoto expressar o fenótipo de ambos os genes. Exemplo: em cães: CRCR = vermelho; CWCW = branco; CRCW = vermelho e branco. 2.Quando de sua manifestação ocorre a morte do organismo pré ou pós natal (ou antes da puberdade). Esses genes, portanto,impedem a reprodução e a sua presença na população. São exemplos: A. GENES LETAIS RECESSIVOS: causam a ausência de pernas em bovinos (ocorrem natimortos). B. GENES LETAIS DOMINANTES: caso do gene C em galinhas: quando a galinha é heterozigota Cc – possui fenótipo rastejante. Quando for homozigoto CC, causa a morte. Situação em cães: HrHr- ausência de pêlos em cães, nascem mortos; quando apresentarem o genótipo Hrhr – só alguns pêlos na cabeça e nas patas e dentes reduzidos. 3.São fenótipos alterados por ação ambiental (coloração da pele –gêmeos em ambientes distintos). Esses fenótipos são idênticos aos causados por genes. NOTA: a injeção de ácido bórico em ovos galados irá produzir galinhas com pernas curtas, idênticas às rastejantes (Cc). Essa anomalia congênita possui etiologia química. 4.A expressividade variável é causada por gene (genes) cuja expressão apresenta variações, exemplo típico é a polidactilia. 5.A penetrância pode ser completa (quando gene(s) se expressa em todos os indivíduos) e incompleta (quando gene(s) só se expressa em um indivíduo, mas não no outro. A penetrância da polidactilia é de 60%. Outro exemplo é a Síndrome do X frágil (atinge ambos os sexos). 6.São genes que alteram a expressão de outros genes não alelos. O tipo de pelagem pintada (HPB) é determinada por um par de genes. A quantidade de pintas já é determinada por genes modificadores. 7.Um único gene produz diferentes características fenotípicas. Ex.: surdez congênita (perda leve, parcial ou ainda completa); pigmentação da esclera (esclerótica do globo ocular). 8.São genes que apresentam comportamento de expressividade diferente em relação ao sexo, podem ser dominantes no homem e recessivos na mulher e/ou vice-versa. Ex.: ligado ao X dominante a Síndrome de Rett e para recessiva: hemofilia. 9.São genes que só se expressam em um dos sexos (homem ou mulher / macho ou fêmea). O gene h no galo determina sua plumagem e não na galinha. Localiza-se em autossomos. 10.São genes, cuja expressividade, só ocorre, após ao nascimento. Exemplo é o gene que causa o embranquecimento na pelagem de tordilhos eqüinos, pigmentação dos pêlos. 11.Quando genes diferentes, localizados em lócus diferentes (não-alelos), causam – produzem a mesma característica fenotípica. 12.São variantes alternativas de um mesmo lócus. Exemplo em cães, respectivamente, vermelho marrom X vermelho amarelo X vermelho preto : C_bbAs X C_ayayx X C_B_As. 13.Interação gene x ambiente e interação gene x gene. No primeiro caso, o indivíduo/organismo/animal herda um genótipo, porém, o fenótipo é resultante de uma interação do genótipo com o meio ambiente em que vive. Exemplo: coloração na pele. Já no segundo caso é quando um gene impede a expressividade do outro gene não alelo. Epistasia (dominante ou recessiva) é quando um gene se sobrepõe sobre o outro gene e / ou: a interação gene x gene é quando dois ou mais lócus contribuem para o mesmo fenótipo. Exercício 1: A expressividade variável é causada por gene (genes) cuja expressão apresenta variações, exemplo típico é a polidactilia. Tal afirmação pode ser associada: a) Genes letais b) Pleiotropismo c) Interação de genes d) Alelos múltiplos e) Expressividade A) B) C) D) E) Características Humanas, *fenótipos e genótipos Grupos sangüíneos ABO, autossômica co-dominante /alelos múltiplos : *A, B, AB, O Tipo A = AA ou IAIA - AO ou IAi - Tipo B = BB ou IBIB - BO ou IBi - Tipo AB = AB ou IAIB - Tipo O = OO ou ii Grupo sangüíneo RH, autossômica dominante, * Fator RH em eritrócitos (glóbulos vermelhos ou hemácias) Tipos: R_ = Rh positivo e rr = Rh negativo Hemofilia, recessiva e ligada ao sexo *incapacidade de coagulação sangüínea – problema na hemostasia Tipos: XHXH ou XHXh = mulher normal XhXh = mulher hemofílica XHY = homem normal XhY = homem hemofílico Pigmentação da pele, poligênica, *pele escura e pele clara Tipos: aabbcc = mais clara e AABBCC = mais escura Sardas, autossômica dominante, *sardas e ausência de sardas Tipos: S_ = sardas e ss = ausência de sardas Calvície, influenciada pelo sexo * ausência total (alopecia) ou parcial de cabelos Tipos: CC = homem calvo, mulher com poucos cabelos Cc = homem calvo, mulher com cabelos normais cc = homem/mulher com cabelos normais Fenilcetonúria (PKU), autossômica recessiva, *falta da enzima para o metabolismo da fenilalanina (tipo de aminoácido) Tipos: P_ = normal pp = PKU Anemia falciforme, autossômica dominante incompleta, *produção de hemoglobina defeituosa, logo, de eritrócitos anômalos (RBC). Vide hemograma com: traços de anemia falciforme. Tipos: SS = com anemia falciforme Ss = apenas portador ss = normal Exercício 1: Presença na urina do ácido fenilpirúvico (ácido fenilcetônio), o qual é produto do metabolismo nitrogenado do aminoácido fenilalanina, que em condições normais, não ocorre na urina. Normalmente a fenilalanina é metabolizada pela fenilalanina-hidroxilase, produzindo a tirosina e depois, por ação da enzima torisinase e por outras enzimas origina a DOPA (diidroxifelnilalanina), posteriormente a DOPA-quinona e assim sucessivamente, até chegar na forma de melanina. Uma mutação genética altera essa síntese a qual resulta num produto intermediário, o ácido fenilpirúvico eliminado na urina. O acúmulo deste ácido prejudica o SNC causando psiquismo da criança de forma irreversível, daí a importância do “teste da fralda” ou de sangue colhido por punção no pé da criança nos primeiros dias de vida. Detectada a doença, a criança será submetida a regime alimentar da fenilalanina. O citado texto está relacionado com: a) Fenilcetonúria b) Produção normal de melanina c) Anemia falciforme d) Cromossomos sexuais XX e) Cromossomos sexuais XY A) B) C) D) E) 1.Segundo OTTO (2006), População Mendeliana é um conjunto de organismos que se reproduz sexualmente e ao acaso e também ocupa limites geográficos definidos. 2. Já, segundo BURNS e BOTTINO (1991), População Natural consiste de todos os indivíduos que, ao se reproduzirem, compartilham de um POOL de Genes, que é o total de informações genéticas, possuído pelos membros reprodutivos da população. 3. Para THOMPSON E THOMPSON (1991), População é o estudo dos genes nas populações e de como as freqüências dos genes e dos genótipos são mantidos ou alterados. Freqüência Genotípica é a proporção do genótipo em relação à população. Por exemplo, quantos e/ou qual é a % de aa na população. Já a Freqüência Gênica é a proporção do gene na população (quantos genes apresentam-se na população – quantos genes “a”. PRINCÍPIO DE HARDY WEIBERG (PHW). É um princípio utilizado para calcular a freqüência genotípica e gênica sob várias condições. “Se numa determinada população em equilíbrio, isto é, que não esteja sofrendo nenhuma influência de MUTAÇÕES (quando não há mutação nos alelos), MIGRAÇÕES (sem imigração e sem emigração), SELEÇÃO (capacidade para sobreviver e capacidade de reproduzir-se) e DERIVA GÊNICA (sem ocorrências de desastres ecológicos) , as suas freqüências genotípicas e gênicas são constantes em F1, F2.....Fn (OTTO-2006). Em outras palavras: se numa determinada população nenhum fator de evolução agir, a freqüência dos alelos não sofrerá alterações. Há certas condições para que os alelos não se alterem nas gerações F1, F2...., para que a população se mantenha em equilíbrio gênico. São eles: 1º. Quanto maior for uma população, melhor será o resultado do equilíbrio; 2º. A população em estudo deve ser panmítica, isto é, os “casais” – macho e fêmea devem misturar bem/ devem misturar todos genes ao acaso – “mistura de genótipos diferentes / genótipos distintos. São condições: A.CO-DOMINÂNCIA (tipos de sangue M e N); B. DOMINÂNCIA COMPLETA (presença de chifres); C. ALELOS MÚLTIPLOS (grupos sangüíneos ABO); D. LIGADOS AO SEXO, isto é aos cromossomos sexuais XX e XY, exemplo, daltonismo. Exemplificando para característica genotípica não ligada ao sexo. É bom aindalembrar que cada gameta transporta um só alelo de cada gene. Representações: freqüência do alelo dominante (A) pela letra (p): p=f(A); freqüência do alelo recessivo (a) pela letra (q): q=f(a); freqüência do indivíduo AA será igual: p ao quadrado (p2) = p2 = f (AA); freqüência do indivíduo aa será igual : q ao quadrado (q2) = q2 = f (aa); freqüência do indivíduo Aa ou aA será igual: 2pq ou 2qp. P2 + 2pq + q2 = 1 Exercício 1: A proporção do genótipo em relação à população é: a) Freqüência genotípica b) Freqüência gênica c) Uma mutação d) Um dado não utilizado no PRINCÍPIO DE HARDY WEIBERG e) Muito pequena A) B) C) D) E) Exercício 2: Em relação a presença do genótipo Aa: se a freqüência do gene (A) é de 80% numa determinada população, a do gene (a) será de 20%. Pode-se também representar essa f=freqüência assim: de fA = 0,8% e de fa = 0,2%. B. Pergunta-se: qual é a probabilidade de ocorrer o genótipo AA (deste evento acontecer) e qual é a probabilidade de ocorrer o genótipo aa ? a) 0,6 e 0,4 b) 0,4 e 0,6 c) 0,6 e 0,6 d) 0,4 e 0,4 e) 1,0 e 0,2 A) B) C) D) E) Este conteúdo contém exercícios para estudo. Exercício 1: Animais invertebrados e vertebrados podem apresentar fecundação externa e interna. Após ter ocorrido o citado processo, têm início mitoses caracterizando o processo de segmentação ou clivagem, com a formação de blástula e/ou de blastocisto. Qual dos representantes vertebrados citados abaixo possui o blastocisto: a) Peixe b) Anfíbio c) Répteis d) Aves e) Mamíferos A) B) C) D) E) FATORES QUE ALTERAM O EQUILÍBRIO – PHW 1.MECANISMO DE ISOLAMENTO: A. Restrição e habitats bem diferentes; B. Maturação gonadal (reprodução) em épocas diferentes; C. Morte do embrião. 2.MUTAÇÃO: A. Substituição ou mutação de ponto – A1: quando ocorre substituição de um par de bases por outro; A2: também pode ocorrer de “forma silenciosa” – mutação misense (polimorfismo), isto faz com que o aa, por exemplo, não mude – ocorre numa porcentagem de 20 a 25%; A3: mutação sem sentido é quando ocorre a finalização da proteína (formação de um polipeptídeo incompleto, logo, há perda de sua atividade biológica (isto ocorre quando há terminação em UAA e UAG; A-4: mutação com sentido contrário (sentido errado), logo, o RNAm codifica a seqüência de uma proteína de forma errada, produzindo fenótipo alterado. B. Deleção e Inserção ou Duplicação de bases: B1: múltiplos de 3 bases resultarão na deleção, inserção e/ou duplicação de genes que codificará a proteína; B2: Quando não são múltiplos de 3 bases, ocorre a perda da atividade biológica da proteína. C. DINÂMICA/ESTÁVEL - C1: Repetição da sequência de 3 bases (repetição ou extensão de trios); C2: Polimorfismo – quando dois ou mais formas normais de uma proteína resultam no mesmo fenótipo. Nota: ação da proteína P- 53 e do gene p-53. D. Outros agentes mutagênicos: radiações, gás-mostarda, formaldeído, ácido nitroso, raios UV....3.SELEÇÃO (pode e altera a freqüência gênica de uma população). 3A – Seleção Natural: organismos adaptados ao ambiente em que vivem, deixam maior número de F1, aumentando assim a quantidade destes genes; 3B – Seleção Artificial: organismos que vão se reproduzir são escolhidos pelo Homem, com base em características desejadas (que o Homem julga importante). Essa Seleção Genética contínua para determina característica, coloca em detrimento a do outro, logo, haverá diminuição, seguida de extinção destes outros (de raças e espécies). São tipos de seleção: I- Individual: é baseada na característica fenotípica/morfológica/fisiológica do indivíduo; II – Genealógica (Pedigree): o animal é escolhido pelas características fenotípicas (pelo valor do fenótipo), por seus ancestrais; III – Família: é a obtenção de dados/de informações referente aos parentes colaterais do indivíduo; IV –Progênie: é baseada no valor fenotípico médio dos descendentes (progênie). 4.ENDOGAMIA: união entre gametas (macho x fêmea) próximos/com alto grau de parentesco/relacionados geneticamente: (casamento entre irmãos / acasalamento de filhotes da mesma cria), portanto, é pela ascendência. Causa efeito genético de redução da heterozigose e o aumento da homozigose. Na endogamia o fenótipo irá expressar alta manifestção de genes recessivos, ocorrendo a perda do vigor e da variância. Exogamia é o oposto da endogamia. Aqui o acasalamento beneficia os descendentes, pois, a probabilidade de herdar duas cópias de genes defeituosos será baixa. A Endogamia pode ser avaliada através da medida do grau de consangüinidade (avalia-se o grau de parentesco). “Heterozigose: gametas diferentes originando zigotos diferentes, caso típico, gêmeos dizigóticos (bivitelínicos); Homozigose: caso dos mesmos gametas originando dois zigotos iguais, caso típico, gêmeos monozigóticos (univitelínicos). 5.REPRODUÇÃO PREFERENCIAL (não aleatória). Tipos: 5A Cruzamento preferencial genotípico: Tipo Positivo e Tipo Negativo (exogamia); 5B Cruzamento preferencial fenotípico: Tipo Positivo com genótipo A_X A_, aa X aa e Tipo Negativo com genótipo A_ x aa. Exercício 1: Quando ocorre a substituição de um par de bases nitrogenadas por outro em uma das cadeias do DNA ocorre alteração no equilibro de HARDY WEIBERG denominada de: a) Reprodução preferencial b) Endogamia c) Seleção d) Mutação e) Mecanismo de isolamento A) B) C) D) E) A fertilização (é tudo) x Fecundação ( são os finalmentes); adenominação de embrião – Período Embrionário, período que vai da fecundação até 8ª. semana, portanto, tempo igual a dois meses ou 60 dias. São fases do desenvolvimento embrionário: 1a. Fase = Fase de crescimento: desenvolvimento / divisão celular, elaboração dos produtos celulares; 2a. Fase = Fase de morfogênese: desenvolvimento da forma, movimentos e interações celulares e uma série ordenada de eventos; 3a. Fase = Fase de diferenciação: formação de tecidos, de órgãos e sistemas, maturação fisiológica e capacitação do órgão para executar sua função. A seguir descrição do período embrionário resumidamente: na primeira semana:fecundação/fertilização; segmentação/clivagem(ovo:oligolécito – divisão holoblástica total);presença de: blastômeros; mórula e blastocisto;nidação (implantação do blastocisto);início: citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto;7º. dia: início do surgimento do hipoblasto;Nota: presença das células tronco embrionárias(primeiras 200 células – 4º./5º. dia); na segunda semana: Presença do hipoblasto e do epiblasto;Presença da cavidade amniótica;Sacos vitelínicos: primitivo e secundário;Surgimento dos esboços placentários:Formação de: lacunas e redes lacunares;Presença de vilosidades primárias;Embrião: bilaminar ou diblástico (hipoblasto e epiblasto); na terceira semana: ocorre a gastrulação, embrião Trilaminar: ectoderma + mesoderma + endoderma; presença da linha Primitiva; Nó de Hansen e Fosseta Primitiva; Nó → Processo Notocordal → Fosseta e Canal Notocordal; Membranas: buco faríngea e cloacal (ectoderma + endoderma); 0 ECTODERMA → Placa Notocordal → NOTOCORDA; a NOTOCORDA → Placa Neural → Pregas Neurais → Tubo Neural, Âmnio e Saco Vitelínico, o epiblasto → ECTODERMA → MESODERMA → mesênquima; o hipoblasto (sob ação do epiblasto) → ENDODERMA. Nota: Mesoderma pode se originar por formações: enterocélica x esquizocélica . A evaginação do arquenteron (arquêntero – intestino primitivo), ocorre migração de células do endoderma; surge o CELOMA: espaço “área oca” que surge no interior do mesoderma; na quarta semana: no início o embrião possui 2,0 a 3,5 mm de comprimento; 4 a 12 somitos; presença dos neuróporos anterior (rostral) e posterior (caudal); com 24 dias, presença dos arcos branquiais (1º. e 2º. – arcos mandibular e hióideo); com 26 dias, 3 pares de arcos e o neuróporo rostral se fecha e no final da quarta semana há a presença dos brotos dos membros superiores; das fossetas óticas e lateralmente na cabeça, presença dos placóides do cristalino; surge o 4º. par de arcos branquiais; com28 dias se fecha o neuróporo caudal. Descrição da quarta até a oitava semana: 5ª. semana ocorre crescimento da cabeça (SNC); 2º. Arco cresce sobre o 3º.arco surgindo assim o seio cervical; brotos dos membros superiores com forma de remo e dos inferiores em forma de nadadeiras. (Estágio Carnegie 14 – 32 dias); 6ª.semana: presença dos raios digitais nas placas das mãos; presença de saliências auriculares ao redor do 1º. E único sulco branquial; olho é bem evidente. (Estágio Carnegie 17 – 42 dias); 7ª.semana: presença de chanfraduras entre os raios digitais da mão → futuros dedos; presença de cauda curta; (Estágio Carnegie 19 – 48 dias); 8ª.semana: chanfraduras agora nos pés; dedos das mãos separados; desaparece a cauda; ação do SNC sobre músculos voluntários; ossificações no fêmur; cabeça equivalente a 50% do comprimento do embrião; pescoço bem definido e pálpebras visíveis; genitália externa ainda não permite uma identificação precisa do sexo; embrião com características bem humanas. (Estágio Carnegie 23 – 56 dias). Descrição do período fetal (Feto – da 9º. Semana até o nascimento) –(3º. mês até o nascimento; 61 dias até 277 dias), caracterização do Período Fetal: rápido crescimento (4,5m x 5 cm/m),diferenciação / atuação dos órgãos, ganho de peso,viabilidade fetal, capacidade do feto sobreviver no meio extra-uterino (após parto prematuro),peso fetal menor que 500g ® inviáveis, peso fetal acima de 500g ® viáveis com cuidados adequados (fetos imaturos), peso fetal de 1.500 a 2.500 ® viáveis (fetos prematuros), os: a) IURG (“Intrauterine Growth Retardation”) e b) PIG (recém nascido Pequeno para Idade Gestacional) - (a / b estão associados a insuficiência placentária).* A data do nascimento é calculada como sendo 266 dias ou 38 semanas, após a data estimada da fertilização, ou 280 dias após o último período menstrual - desde a fertilização até o final do período embrionário (8 semanas de gestação), a idade é expressa em dias e também em semanas, pode-se também utilizar a idade gestacional em trimestre, por volta do 4/5 mês o crescimento fetal é muito rápido, alongamento fetal: é na ordem de 1,5mm por dia ou 5cm por mês. Por volta do 4,5m = 23 cm, apresenta 23 cm com 4,5 m e 28 cm c/ 5,5 m (comprimento em pé); mãe ainda não possui percepção de movimentos fetais, visíveis só no ultra-som; fetos femininos já apresentam os folículos 1ª.s com as ovogônias; na 14ª.semana: genítália permite reconhecimento do sexo do feto; aspecto humano é realçado pela posição anterior dos olhos e relocação das orelhas; no 5º.mês a mãe (gestante) possui percepções com maior frequência (pontapés) Faltam 147 dias/ ↑↓15 dias e o peso ainda não atinge 500 g., presença do vernix-caseosa, do lanugo e de alguns fios de cabelos; da gordura marron (tec. adiposo plurilocular, rico em mitocôndrias, local da produção de calor a partir da oxidação dos ácidos graxos. Essa gordura se localiza na base do pescoço e na área perirenal. Ocorre aumento nos ovários do feto feminino de folículos 1ª.s e nos fetos masculinos, os testiculos iniciam migração para o escroto. Ocorre grande ganho de peso fetal: tecido adiposo; sistema tegumentar: pele enrugada e translúcida; unhas: presentes com 24ª. Semanas; olhos apresentam movimentos; pulmão: pneumócitos II iniciam a produção do surfactante. Sobre prematuro: capacidade de sobreviver existe, porém, carece de cuidados intensivos; sistema respiratório é imaturo (*); sofre choque térmico no nascimento (em casa, trabalho, no transporte); pode morrer no início da infância (*), prematuros - sistema de classificação: peso x tamanho; prematuro pela data (tempo) x peso normal; prematuro por peso (pouco peso*); *Nem todas os neonatos com peso baixo são prematuros; fetos a termo com 2.500 g no nascimento e pequenos - causa: insuficiência placentária. Nos últimos três meses do desenvolvimento: Mãe x imunidades ao feto neste último trimestre; Com 26ª.semanas: olhos abertos, Desenvolvimento: laguno e de cabelos; Tecido adiposo aumenta, função do fígado: hematopoese até a 28ª.semana; caso do pigmento bilirrubina; medula óssea: hematopoese única desde a 29ª.semana; sistema tegumentar: pele rosada e lisa; tecido adiposo cada vez mais desenvolvido; feto de 34ª.semanas: maior capacidade imunológica; fetos masculinos prematuros: caso da criptorquidia; -(kryptos = escondido – 30% dos prematuros) - pode ser uni ou bilateral; caso de cirurgia; Nota: esterilidade e 20 a 44 % de desenvolvimento de câncer nos testículos, fetos com 35ª. Semanas seguram-se com firmeza e orientam-se espontaneamente à luz, desenvolvimento do tecido adiposo; diâmetros da cabeça e do abdome são iguais (36ª); com 37ª.semanas: tamanho do pé é maior x fêmur - (parâmetro de confirmação da idade fetal); o feto é portador de todos os reflexos. (caso de mães drogadas); caso do uso de cigarro (nicotina) e de psicotrópicos – feto é portador de certos reflexos (feto é dependente), fetos a termo apresentam em média: 360mm e 3.400g; (tamanho: comprimento sentado= 360mm = 36 cm ) -(tamanho: comprimento em pé = 500mm = 50 cm ), na 37ª. e 38ª. semana, ganho de 14g/dia; 3.000 até 3.500g no nascimento, fetos masculinos são maiores e mais pesados. Há exceções.Fatores que influenciam o crescimento fetal: atividade placentária, nutrição /trocas metabólicas, fluxo sangüíneo (uteroplacentário / fetoplacentário), doença materna: hipotensão, doença renal (reduz o crescimento fetal), atividade metabólica fetal, fatores maternos: má nutrição da mãe (falta de aminoácidos para o feto), tabagismo: problemas no crescimento fetal e ocorrência de prematuros, gestação múltipla, drogas, fatores genéticos e diabetes materna: fetos maiores e com peso acima da média. Exercício 1: Quando tem início o período fetal em mamíferos eutérios, como no Homo sapiens: a) A partir da segunda semana b) A partir da nona semana c) A partir do quarto mês d) A partir do 4,5 mês e) A partir da terceira semana A) B) C) D) E) ANEXOS EMBRIONÁRIOS: São estruturas derivadas do ovo ou zigoto e se encontram ligadas a um elemento principal (embrião / feto), como um acessório fundamental ao embrião / feto. Âmnio: Apresenta-se apenas nos répteis, aves e mamíferos, portanto, são organismos amniotas É uma bolsa cheio de um líquido (líquido aminiótico) que envolve o embrião e o feto. Sua função é proteger contra traumas e fatores físicos e biológicos provenientes do meio externo (meio ambiente). No momento do nascimento, rasga-se, dando passagem ao concepto, na época do nascimento ou da eclosão “do ovo”. Tem origem ectodérmica e mesodérmica (é o mesoderme extra-embrionário). Saco vitelino (ou vitelínico): Cavidade em forma de bolsa integralmente cheia de vitelo (ou deutoplasma), observada nos estágios iniciais de todos os Vertebrados. Apenas algumas espécies de peixes e de anfíbios não apresentam este anexo embrionário, pois o vitelo, no embrião desses animais, não fica delimitado por uma membrana saculiforme de origem endodérmica, mas sim, dentro de células endodérmicas volumosas. Nos animais que são vivíparos, atrofia-se progressivamente. Nos animais que não são vivíparos, este anexo é amplo e persistente por todo o período de embriogênese. É considerado o primeiro anexo embrionário que surgiu no processo da evolução das espécies. Este anexo também ocorre em certos animais invertebrados. A função é de nutrição para o embrião. Alantóide: É membranoso, saculiforme, presente nos embriões de répteis, aves e mamíferos, portanto, são organismos alantoidianos. Nos mamíferos é pouco desenvolvido, regride a medida do processo do desenvolvimento, até desaparecer por completo já na época do nascimento. Nos mamíferos orienta a formação dos vasos do cordão umbilical (na espécie humana isso ocorre por volta da quarta / quinta semana do desenvolvimento). Nos animais ovíparos, desenvolve-se bastante, procedendo como um saco onde acumula o ácido úrico, que é o principal produto de excreção nitrogenada dos répteis e das aves, portanto, tem função excretora, acumulando os catabólitos.Esse anexo também tem a função respiratória, pois, conduz o oxigênio desde a casca até o embrião. Através do alantóide, uma certa quantidade de cálcio é retirada da casca do ovo e transportada até o embrião, sendo utilizada na formação dos ossos (processos de osteogêneses endocondral e intramembranosa). Sua origem é a partir dos folhetos endodérmico e mesodérmico. Animais que não possuem o alantóide são conhecidos por analantoidianos (peixes e anfíbios – são também anamniotas). Córion: é uma membrana (uma pele) que se mostra por fora do âmnio e por dentro da decídua capsular, tão bem aplicado a essas duas camadas que parece formar com elas uma só membrana de proteção ao concepto. Presente nos mamíferos. Surge a partir das células trofoblásticas, diferenciando- se em córion liso (que corresponde a definição acima e assim permanece até o final da gestação); e córion frondoso (daqui surge a placenta, identificando-se nele, primeiramente, o sinciciotrofoblasto e o citotrofoblasto, e depois as vilosidades coriais que penetram no endométrio e proliferam, constituindo a estrutura placentária. Placenta: Possui duas partes, uma materna e outra fetal. Só ocorre nos mamíferos eutérios (portadores de placenta verdadeira – e não nos demais mamíferos: prototérios e metatérios). È um órgão no qual se dão as trocas respiratórias e metabólicas entre o sangue da mãe e o sangue do embrião / feto / filho. Tem implantação na parede do útero e se comunica com o feto atrvés do cordão umbilical. Sua origem é a partir das células trofoblásticas do blastocisto. As trocas pela placenta são de substâncias como o oxigênio, dióxido de carbono, glicose, aminoácidos, vitaminas, hormônios, anticorpos, uréia e muitas outras. ANTICONCEPÇÃO / CONTRACEPÇÃO : É qualquer artifício de origem diversa que interfere no mecanismo fisiológico da fecundação, envolve fatores biológicos, sociais e emocionais. Os métodos podem ser naturais e artificiais. Segundo médicose pesquisadores, todos métodos apresentam vantagens e desvantagens. Cabe ao médico ginecologista determinar qual método a cliente deve usar. A utilização da contracepção visa planejar a família, isto é, ter os filhos desejados no momento adequado, na idade certa para engravidar, quantos filhos ter, o intervalo entre o nascimentos deles, enfim, é um direito que a Ciência permite à humanidade, de escolher o melhor momento para o casal construir a base de uma família mais forte e saudável, isto é uma parte do planejamento da construção familiar. E as religiões ? A seguir a descrição de métodos naturais e artificiais na forma de uma visão panorâmica: Métodos naturais propriamente ditos: coitos interrompido, reservado e anteportas.Métodos naturais fisiológicos: do ritmo, da temperatura basal interna, do ritmo + TBI , do Billings , do ritmo + TBI + Billings. Métodos artificiais: Químicos Hormonais e Químicos Espermicidas( espermaticidas ): mecânicos, químicos + mecânicos e cirúrgicos.Químicos Hormonais: Pílulas orais: combinada monofásica, seqüencial , trifásica, minipílulas e pílula do dia seguinte (pós-coital), injetáveis e implantes.Químicos Espermicidas:Pastas, Cremes, Geléias, Comprimidos, Supositórios, Pessários profiláticos de Rendells, aerosol. Mecânicos:Esponjas, Almofadas, Tampões, Dispositivo intracervical, Capuz ( dedal), diafragmas (vaginal / cervical), Camisinha (condom, preservativo) masculino e feminino. Minicondom . Ducha vaginal (método natural). Químicos + Mecânicos: Dispositivos intra- uterinos (DAIU/ DIUs – há diferentes tipos como o T de cobre, o 7 de cobre, alças de Lippes, DIU com progesterona, Mirena T; Dispositivos intracervicais. Cirúrgicos: Laqueadura e Ligadura das Trompas com termocoagulação na mulher. Vasectomia e Ligadura dos Deferentes com termocoagulação no homem. Exercício 1: Exercício Há mamíferos prototérios, metatérios e eutérios. Essa classificação é baseada no anexo embrionário denominado de: a) Saco vitelínico b) Âmnio c) Alantóide d) Córion e) Placenta A) B) C) D) E) A Genética tem seu início com os experimentos de um monge austríaco, Johann Gregor Mendel (1822-1884). Através do cultivo de ervilhas de cheiro – percebeu que umas eram verdes, outras amarelas, algumas lisas e outras, rugosas. Intrigado, realizou cruzamentos entre as ervilhas. Primeiro cruzou as baixas com as altas. Deste cruzamento (1ª. geração) só nasceu plantas altas, o monge denominou essa característica de DOMINANTE. Depois cruzou os exemplares obtidos da primeira geração entre si, deste cruzamento surgiram plantas altas (dominantes) e plantas baixas (portadoras da característica recessiva). O monge conclui que cada característica (alta / baixa) é determinada por um par de fatores: para cada uma delas pode haver dois fatores dominantes, dois fatores recessivos ou um fator dominante e um fator recessivo. Assim, estavam criados os princípios da Genética. Mendel começou a publicar seus resultados em 1865. Em 1910 seus “FATORES” receberam o nome de genes e só na década de 1940 foram relacionados ao DNA. A GENÉTICA é a Ciência Biológica que estuda as leis da transmissão dos caracteres hereditários nos indivíduos e nas populações. Procura interpretar o modo de ação dos genes no determinismo desses caracteres. Em resumo: estudo das leis biológicas que regulam a hereditariedade. (do grego genetikos, “que procria – que gera”. Gene(s): unidade biológica de hereditariedade, responsável pela herança de um caráter /dos caracteres (segmento do DNA que contém instruções capazes de codificar proteínas – esse segmento de nucleotídeos condiciona um código específico “CÓDIGO GENÉTICO”, que é transcrito para uma molécula de RNAm (transcrição do DNA) e traduzido, no citoplasma, por ribossomos livres e/ou por ribossomos aderidos no retículo endoplasmático e com o RNAt, sob a forma de uma proteína correspondente, capaz de proporcionar a manifestação fenotípica de um caráter herdado. Qualquer alteração do código genético do DNA, isto é, do gene (s), pode provocar uma MUTAÇÃO. Genoma: é o conjunto de cromossomos de uma célula. Genoma de células germinativas – os gametas, espermatozóide humano e oócito “óvulo” humano, possuem 23 cromossomos, são células haplóides (n), portanto, o genoma é igual a 23 cromossomos diferentes. Nas células somáticas há 23 pares de cromossomos ou 46 cromossomos, essas células são diplóides (2n). GENÓTIPO é a constituição genética de um indivíduo com relação a um ou mais caracteres. FENÓTIPO é a aparência geral do indivíduo em face da sua constituição genética (genótipo) e das influências do meio. Cariótipo é o quadro cromossômico diplóide (2n) padronizado de uma espécie, no qual se levam em consideração o número, as formas e os tamanhos dos cromossomos. O gráfico do cariótipo é denominado de IDIOGRAMA. Exercício 1: Qual é o genoma, respectivamente, das células somáticas e germinativas? a) Ambas apresentam 46 cromossomos b) Ambas apresentam 23 cromossomos c) 46 e 23 cromossomos d) 23 e 46 cromossomos e) Somáticas são diplóides e gaméticas haplóides, logo, 92 e 46 cromossomos A) B) C) D) E) 01.O núcleo celular: cromatina, cromossomos e genes (estrutura química e duplicação). O núcleo celular é a estrutura na qual se encontram os cromossomos e o nucléolo envoltos pela carioteca, também conhecida como membrana nuclear ou envelope celular. A membrana nuclear é uma membrana dupla que inclui todo o material genético nuclear e todos os outros componentes do núcleo. Existem alguns pequenos poros que estão na membrana nuclear que permitem que o ácido ribonucleico - RNA mensageiro (RNAm) e as proteínas se movam entre o núcleo e o citoplasma. A membrana nuclear regula o material deve estar no núcleo em contraste com o material que deve estar no citoplasma. No núcleo é onde está o material genético do indivíduo, que são os genes. O nucléolo é composto por proteínas e é a maior estrutura no núcleo das células eucarióticas. Nele acontece a biogênese ribossomos. Nucléolos são feitosde proteínas, ácido desoxirribonucleico (DNA) e ácido ribonucleico (RNA) e formam-se em torno de regiões cromossômicas específicas chamadas regiões organizadoras nucleolares. Nos cromossomos, que são compostos de DNA associado a proteínas, estão localizados os genes. Os genes são os responsáveis pelo controle de todos os processos biológicos que ocorrem nas células. O gene é a unidade física e funcional básica da heredidade e é uma parte do DNA. O DNA é representado na forma de dupla hélice com todos os seus constituintes: ácido fosfórico, desoxiribose, bases púricas e pirimídicas (adenina-timina e guanina- citosina). Os genes se localizam em locus nos cromossomos e são responsáveis pelo controle de todos processos biológicos que ocorrem nas células. O DNA é representado na forma de dupla hélice com todos os seus constituintes: ácido fosfórico, desoxiribose, bases púricas e pirimídicas (adenina-timina e guanina- citosina). No núcleo interfásico existe a cromatina que é um complexo formado pelo DNA, histonas e outras proteína e no núcleo mitótico existe a condensação da cromatina que forma então os cromossomos que são unidades individualizadas de cromatina presentes no núcleo em divisão. Um gene codifica uma mensagem que é traduzida em uma determinada proteína para possibilitar uma função e que por final regula um gene. Esse é o resumo da informação genética que dará como resultado um fenótipo, ou seja, uma característica. Este processo ocorre da seguinte maneira: o DNA é replicado, transcrito pelo RNA e traduzido em uma proteína que vai ter uma função (DNA- transcrição- RNA- tradução – Proteína). Este processo origina o código genético que é a relação entre a sequência de bases no DNA e a sequência correspondente de aminoácidos, na proteína. A mensagem codificada no material genético é traduzida em uma sequência de aminoácidos na cadeia polipeptídica. O código genético forma os modelos hereditários dos seres vivos. É nele que está toda a informação que rege a sequência dos aminoácidos codificada pelo encadeamento de nucleotídeos. 02.Reprodução celular e sua importância: ciclo celular mitótico (mitose) e meiótico (meiose). Gametogênese: espermatogênese e oogênese. O ciclo celular são os estágios pelos quais uma célula passa entre uma divisão e outra. Através deste processo é que as informações genéticas passam de uma célula mãe para as células filhas. A progressão do ciclo celular é regulada em pontos chaves de transição denominados pontos de verificação, nestes pontos é garantido que todos componentes celulares estejam presentes e íntegros para a divisão celular. São duas as principais fases da divisão celular: a interfase e a fase mitótica. Na interfase a célula cresce e se prepara para a divisão celular e na fase mitótica ela se divide. Na fase mitótica ou fase M ocorre a mitose. Na interfase o DNA, o RNA e proteínas estão sendo sintetizados. A célula pode entrar ou não em estágio ou etapa G0 (não divisão) e depois ir ao período G1, onde a célula cresce. No estágio denominado período S o corre a duplicação do DNA e no estágio G2 a célula está pronta para se dividir o que ocorrera no estágio M ou mitose. A mitose é composta pelas fases de Prófase, Prometáfase, Metáfase, Anáfase, Telófase e finalmente Citocinese. Na prófase ocorre a condensação dos cromossomos e o início da formação do fuso mitótico. Os centrossosomos - microtúbulos, vão para os polos da célula. Na prometáfase ocorre o rompimento da membrana nuclear, a dispersão dos cromossomos no interior da célula, fixação dos mesmos pelo cinetócoros aos microtúbulos do fuso mitótico e migração dos cromossomos para o polo equatorial celular – processo denominado congressão. Na metáfase, os cromossomos se encontram em condensação máxima com os cromossomos estando localizados na zona equatorial celular. Na anáfase, ocorre a separação dos cromossomos do centrômero e as cromátides irmãs tornam-se independentes e migram para os polos opostos da célula. Na telófase, os cromossomos começam a se descondensar e ocorre a formação de membrana nuclear. Finalmente, na citocinese, as duas células irmãs são formadas por partição (divisão). Neste processo de mitose ocorre a formação de células com o material genético igual a célula mãe, ou seja, uma célula diploide (2n) origina duas células também diploides (2n). Este processo corre com todas células do organismo a não ser para a formação dos gametas, processo denominado gametogênese. Na gametogênese, uma célula diploide (2n) irá originar 4 células haploides (n). Este fato é denominado nas fêmeas de oogênese e nos machos de espermatogênese. Para a formação dos gametas as células passam pelo processo denominado meiose. A meiose é dividida em meiose I e meiose II. A meiose I, também denominada de divisão reducional, possui as seguintes etapas: Profase I (Leptóteno, Zigóteno, Paquíteno, Diplóteno). No leptóteno, os cromossomos já se duplicaram (fase S). As duas cromátides irmãs estão bem alinhadas e não se consegue distinção. No zigóteno, os cromossomos homólogos se alinham (sinapse) pelo processo sinaptonêmico (proteína em forma de fita). No paquíteno, cada cromossomo homólogo é bivalente (tétrade) e ocorre o crossing over (processo onde ocorre a troca de material genético entre cromossomos homólogos). E finalmente no diplóteno o complexo sináptico é desmontado e dois cromossomos homólogos mantém-se unidos somente por pontos chamados quiasmas. Prosseguindo tem-se a metáfase I – onde os cromossomos homólogos pareados se dispõem na região mediana da célula; cada cromossomo está preso a fibras de um só pólo, a anáfase I – o encurtamento das fibras do fuso separa os cromossomos homólogos, que são conduzidos para pólos opostos da célula, não há separação das cromátides- irmãs. Quando os cromossomos atingem os pólos, ocorre sua desespiralação, embora não obrigatória, mesmo porque a segunda etapa da meiose vem a seguir. Às vezes, nem mesmo a carioteca se reconstitui, a telófase I – no final desta fase, ocorre a citocinese, separando as duas células-filhas haploides. Segue-se um curto intervalo a intercinese, que procede a prófase II. Na meiose II existe a prófase II, onde cada uma das duas células-filhas tem apenas um lote de cromossomos duplicados. Nesta fase os centríolos duplicam novamente e as células em que houve formação da carioteca, esta começa a se desintegrar. Na metáfase II, como na mitose, os cromossomos prendem-se pelo centrômero às fibras do fuso, que partem de ambos os pólos. Na anáfase II, ocorre duplicação dos centrômeros, só agora as cromátides-irmãs separam-se (lembrando a mitose). Na telófase II e citocinese, com o término da telófase II reorganizam-se os núcleos. A citocinese separa as quatro células-filhas haploides, isto é, sem cromossomos homólogos e com a metade do número de cromossomos em relação à célula que iniciou a meiose. Neste processo de meiose nas fêmeas, as oogônias (2n) darão origem aos ovócitos (n) e nos machos as espermatogônias (2n) darão origem aos espermatozoides (n) no processo que é denominado gametogênese. Os ovócitos primários estacionam (param) na fase da prófase I diplóteno (A prófase da primeira divisão meiótica). Pouco antes do nascimento, todos os ovócitos no ovário fetal feminino estão nesta fase. A fase de repouso meiótica que começa então é chamada de dictióteno e dura até a puberdade, durante o qual cada mês (e em cada mês subsequente até a menopausa), um par de ovócitos primários completa a meiose e é ovulado. Desde o início da oogênese ocorre um processo de desgaste dos ovócitos; por ocasião do nascimento, permanecem apenas de 1 a 2 milhões de ovócitos primários, e no início da puberdade esse número cai para 400.000. Os ovócitos restantes, que participaram da onda folicular, mas não foram selecionados, tornam-se atrésicos. Após a transformação de oôgonias a ovócitos primários eles se estruturam de tal modo que ficam envoltos por uma camadade células epiteliais e agora são denominados de folículos primários. Um pouco de menos de dois dias antes da ovulação, a maturação do ovócito consiste na ingestão de substâncias que são fornecidos pelas células da granulosa circundantes. Esta troca de substâncias é mediada por processos citoplasmáticos das células da granulosa que são ancoradas através da zona pelúcida na superfície do ovócito. O núcleo do ovócito [2n,] é também amadureceu nos últimos dias antes do pico de LH. Conforme ocorre a ação hormonal ocorre em cada ciclo reprodutivo o crescimento do folículo com acúmulo de líquido em seu antro (antro folicular) e ele passa a ser chamado de folículo secundário e depois próximo à ovulação de folículo terciário. Após a ovulação ocorre o encontro do ovócito e do espermatozoide na tuba uterina. Logo após o momento da fertilzação do óvocito pelo espermatozoide, o fuso mitótico, preso na metáfase da meiose em segundo lugar, torna-se ativo novamente. É o sinal para a retomada e término da meiose. A espermatogênese é caracterizada por três fases funcionais específicas: proliferação, meiose, metamorfose (diferenciação). Na fase de proliferação, as espermatogônias sofrem várias divisões mitóticas de forma que espermatócitos primários e secundários. sofrem duas divisões da meiose para formar espermátides haplóides. As espermatogônias são dependentes de um microambiente específico (nicho) contribuído pelas células de Sertoli,mióides e Leydig para o desenvolvimento adequado. Durante a meiose, espermatócitos sofrem pareamento cromossômico, sinapses, e ao intercâmbio genético, bem como transformar em células haplóides após meiose. Muitos genes denvolvidos na renovação espermatogónias eo processo meiótico foram identificadas como essenciais para o evento. Os espermatócitos se desenvolvem em espermatozoides, como resultado de uma metamorfose complicada envolvendo grandes modifi cações estruturais na forma de seu núcleo, compactação da sua cromatina nuclear, a formação de um acrossoma, e a criação de um flagelo que permita motilidade final. A série de modificações que ocorrem para espermátides é conhecido como espermiogênese, uma subdivisão da espermatogênese. Espermatogênese constitui, assim, renovação de espermatogônias indiferenciadas e proliferação, diferenciação espermatogônias, meiose de espermatócitos e me tamorfose das espermátides. No momento da fertilização, quando o espermatozoide impregna o ovócito é formando o zigoto que passará por uma ´serie de clivagens (divisões) tornando- se um embrião de 2, 4, 8, 16 células e depois 32 e 64 células que é denominado mórula, Após a fase de mórula ocorre uma migração da massa celular embrionária para uma das regiões do embrião e então ele é denominado blastocisto. O blastocisto possui duas camadas: uma interna e outra externa. A camada interna é o embrioblasto, ou embrião propriamente dito. A camada externa é o trofoblasto que será responsável pela nutrição do embrião antes da implantação embrionária e da formação dos anexos fetais. Após a expansão ou eclosão do blastocisto ele irá se implantar no endométrio e assim se iniciará a formação dos anexos fetais e formação dos órgãos do embrião. Da fertilização até a implantação é o período denominado embriogênese, após a implantação ocorrerá a formação dos órgãos, período denominado de organogênese e após a formação dos órgãos até o momento do nascimento ocorre o período de crescimento do feto. Os envoltórios fetais são estruturas que, além de envolver o feto, possuem funções importantes para a manutenção do feto. Os envoltórios fetais são divididos em dois tipos: transitórios e permanentes. Os envoltórios transitórios são aqueles do início do desenvolvimento que são saco vitelínico e vesícula umbilical., os permanentes são os que permanecem durante toda vida fetal e são eliminados no momento do parto: âmnio, alantoide, córion e cordão umbilical. Saco vitelínico Precursor da vesícula umbilical, cuja função é reserva de nutrientes; função hemopoiética e angiopoiética e dá origem aos gonócitos. Âmnio O primeiro envoltório fetal a aparecer é o âmnio, que é composto de dois folhetos. É um saco de paredes duplas que envolve todo o embrião, menos o cordão umbilical (não é envolto pelo âmnio). Na vaca, ovelha e na égua no período de 13 a 16 dias já temos o âmnio formado, considerando o dia da fecundação como dia 1. Nas porcas e carnívoras domésticas é de 8 a 10 dias. Dentro do âmnio existe o líquido amniótico. Sua origem deriva de urina fetal, secreções do trato respiratório e cavidade bucal do feto e circulação materna. No líquido amniótico, cerca de 98% é composto de água e contém alguns sais minerais (K, Mg, Na, Cl, P), frutose, um pouco de creatinina, pequenas quantidades de uréia, proteínas, enzimas, hormônios. Juntos, mãe e filho, fabricam por dia de três a quatro litros Em geral é um líquido inodoro e claro (sem floculações), apresenta variações de cor e possui viscosidade. O líquido amniótico se renova a cada três horas (mulheres). No final da gestação podemos encontrar um pouco de mecônio, pelos e células. O líquido amniótico é excelente meio de cultura, portanto qualquer turvação ou mesmo odor fétido observado é indício de patologia. Em bovinos e equinos poderemos encontrar massas discoides, com consistência semelhante à borracha , lisas no líquido alantoideano, denominados respectivamente de boomanes e hipomanes. Acredita-se serem de origem de pelos fetais e mecônio. Quantidade e coloração do líquido amniótico nas diversas espécies encontram- se descritos no quadro 1 O líquido amniótico possui as seguintes funções: 1. Proteção mecânica do feto 2. Proteção térmica do feto 3. Proteção mecânica da mãe 4. Proteção contra desidratação, atrito e aderência 5. Movimentação fetal e artrogênese 6. Exercício da função renal 7. Dilatação da cérvix uterina e lubricação e lavagem do canal do parto Alantóide O alantóide é um saco fechado de dupla camada(2 folhetos). Em algumas espécies o alantóide envolve total mente o feto (equinos) em outras parcialmente. Os dois folhetos, o interno e o externo faze m ligação com o âmnio e o com o córion respectivamente. Este espaço formado é chamad o de saco alantóidiano, espaço alantoideano. A porção de contato entre o alantóide e o cór ion denomina-se alantocórion; a porção em contato com o âmnion chama- se alantoâmnion. O espaço alantoideano está repleto de líquidos, porém o alantóide receb e basicamente produtos de excreção fetal e secreções da mamebrbana alantoideana. É um líquido que com o decorrer da gestação é rico em ácido úrico, uréia e pequenas quanti dades de Na e Cl. Se houver sofrimento fetal no final da gestação, ele terá a presença de f ezes fetais. Estes dois sacos protegem o feto contra choques mecânicos. Nos carnívoros o líquido alantoideano tem coloração esverdeada. Quantidade e coloração do líquido alantoi deano nas diferentes espécies: Funções do alantóide: 1.Formação de placenta alantocoriônica 2.Acúmulo de excretas 3.Indução à formação dos vasois umbilicais 4.Origem do úraco e da bexiga urinária Córion e Placenta Está em contato com o folheto externo do alantóide e constitui-se de membrana extremamente irrigada. Através dele é que se faz as trocas entre mãe e feto. O que vem da mãe é absorvido e difundido pelo córion através do cordão umbilical Só ne ste momento falaremos então de placenta. A placenta é representada pelos pontos de ligação entre o córion e o endométrio materno. Em gestações mútiplas ( suínos) os sacos coriônicos situam- se muitas vezes em sustaposição podendo ococrrer fusão e anastomose de vasos alantoid eanos. Quando ocorre em bovinos gêmeos ocorre o free-martinismo. Placentação Processo de ligação entre o córion e o endométrio materno. Podemos classificar em: a. Placenta zonária Formam-se no córion vilosidades que se aderem ao endométrio, formandoum cinturão ao redor do feto. Histológicamente é denominada placenta endotéliocorial . Ex: carnívoros. b.Placenta discoidal Os pontos de inserção entre córion e endométrio apresentam- se como discos em certos locais do córion. É também denominada de hemocorial. Encontr ada nos primatas. c.Placenta difusa Os pontos de contato entre córion e endométrio materno estão presentes em toda superfíci e coriônica, menos na junção útero- tubárica e região cervical. Também chamado de epitéliocorial. Encontrada na égua, jument a e porca. d. Placenta cotiledonária No córion estão presentes estruturas denominadas cotilédones, q ue são providas de vilosidades. Estas vilosidades vão se unir à região uterina denominada de carúncula. Histológicamente é epitéliocorial. Presente na vaca, pequenos ruminantes. N as vacas as carúnculas são convexas e nas ovelhas côncavas. As placentas também podem ser classificadas quanto à perda de tecido materno no nasci mento em: a.Adecíduas ou não deciduadas: onde não ocorre perda de tecido materno, no caso de porcas, éguas e ruminantes. b.Decídua : onde ocorre perda extensa ou moderada de tecido materno, no caso de primatas e carnívoros domésticos. Placentoma É a junção cotilédone- carúncula. Com o passar da idade fetal esta estrutura aumenta de tamanho porque as nec essidades fetais também aumentam. Quando ocorre o nascimento e liberação normal dos envoltórios fetais vê- se o cotilédone como uma esponja escura colada ao córion. No início da prenhez em égua s e porcas a placenta consiste numa simles aposição de epitélio fetal e materno, porém ent re os dias 75 e 110 de gestação na égua o complexo origina a formação de microcotilédon es. As criptas endometriais são características únicas da placenta equina. Estas criptas sã o formadas pela invasão do endométrio por uma banda especializada de células trofoblásti cas que se descamam das memebranas fetais por volta do 38° dia de gestação. Nas ovelh as os placentomas somam entre 90 e 100 e são distribuídos entre cornos uterinos gravídic os e não gravídicos. No gado somam entre 70 e 120 . Função básica do córion É através desta ligação que ocorrem as trocas entre mãe e feto . O córion constitui uma barreira para substâncias estranhas., além de realizar nutrição e e xpulsão. Algumas drogas conseguem atravessar a barreira placentária. Antes de medicar uma gestante devemos lembrar de ver se a droga é capaz de se difundir. Nos carnívoros ocorre difusão passiva de imunoglobulinas. Outras espécies adquirem esta imunidade no colostro. O córion têm como funções básicas: 1.metabolismo e trocas através de difusão simples; transporte ativo; fagocitose e pinocitos e; 2.respiração: troca de gazes 3.proteção à substâncias estranhas sendo barreira microbiológica 4.imunoproteção 5.armazenar certas substâncias - glicogênio e ferro (por exemplo) 6. síntese de hormônios gonadotróficos, somatotróficos, estrogênicos e progestágenos 7.neutralização de toxinas Cordão Umbilical Assim como o córion ele difere de espécie para espécie na sua constituição. Ele é o ponto básico de contato entre o córion e o feto. Existem diferenças nas diferentes espécies. Nos bovinos possuem 2 artérias e 2 veias e nos equinos e suínos possuem 1 artéria e 1 veia. A artéria umbilical conduz sangue venoso ( sem 02) do feto para a placenta e a veia umbili cal conduz sangue arterial (com 02) da placenta para o feto. Os produtos conduzidos para o feto pela veia umbilical e a excreção saem pela artéria umbilical. Em geral o cordão umbi lical tem um ponto frágil, a própria seleção faz isto. Assim que o feto ultrapassa o cinturão pélvico ele se rompe, menos nos carnívoros onde não há evidência que exista este ponto frágil, por isso é muito comum cadelas parindo mastigando o cordão umbilical para favorec er este rompimento. Após o nascimento a vei umbilical transforma- se em ligamento redondo do fígado e as artérias umbilicais se transformam em ligamento r edondo da bexiga e ligamento lateral da bexiga. O cordão umbilical é o ponto básico de co ntato entre o córion e o feto. Comprimento do cordão umbilical nas diversas espécies: Co rdocentese Também conhecido como funiculocentese. É feito ,em medicina humana, por meio de uma agulha que atravessa o abdômen da mãe. É indicado a partir da 20a semana de gestação. Além do estudo genético , avalaia as condições de oxigenação do feto, a oc orrência de infecções e os riscos de má- formações. Sua técnica também é utilizada para realizar transfusões de sangue para o feto . 02.Reprodução celular e sua importância: ciclo celular mitótico (mitose) e meiótico (meiose). Gametogênese: espermatogênese e oogênese. O ciclo celular são os estágios pelos quais uma célula passa entre uma divisão e outra. Através deste processo é que as informações genéticas passam de uma célula mãe para as células filhas. A progressão do ciclo celular é regulada em pontos chaves de transição denominados pontos de verificação, nestes pontos é garantido que todos componentes celulares estejam presentes e íntegros para a divisão celular. São duas as principais fases da divisão celular: a interfase e a fase mitótica. Na interfase a célula cresce e se prepara para a divisão celular e na fase mitótica ela se divide. Na fase mitótica ou fase M ocorre a mitose. Na interfase o DNA, o RNA e proteínas estão sendo sintetizados. A célula pode entrar ou não em estágio ou etapa G0 (não divisão) e depois ir ao período G1, onde a célula cresce. No estágio denominado período S o corre a duplicação do DNA e no estágio G2 a célula está pronta para se dividir o que ocorrera no estágio M ou mitose. A mitose é composta pelas fases de Prófase, Prometáfase, Metáfase, Anáfase, Telófase e finalmente Citocinese. Na prófase ocorre a condensação dos cromossomos e o início da formação do fuso mitótico. Os centrossosomos - microtúbulos, vão para os polos da célula. Na prometáfase ocorre o rompimento da membrana nuclear, a dispersão dos cromossomos no interior da célula, fixação dos mesmos pelo cinetócoros aos microtúbulos do fuso mitótico e migração dos cromossomos para o polo equatorial celular – processo denominado congressão. Na metáfase, os cromossomos se encontram em condensação máxima com os cromossomos estando localizados na zona equatorial celular. Na anáfase, ocorre a separação dos cromossomos do centrômero e as cromátides irmãs tornam-se independentes e migram para os polos opostos da célula. Na telófase, os cromossomos começam a se descondensar e ocorre a formação de membrana nuclear. Finalmente, na citocinese, as duas células irmãs são formadas por partição (divisão). Neste processo de mitose ocorre a formação de células com o material genético igual a célula mãe, ou seja, uma célula diploide (2n) origina duas células também diploides (2n). Este processo corre com todas células do organismo a não ser para a formação dos gametas, processo denominado gametogênese. Na gametogênese, uma célula diploide (2n) irá originar 4 células haploides (n). Este fato é denominado nas fêmeas de oogênese e nos machos de espermatogênese. Para a formação dos gametas as células passam pelo processo denominado meiose. A meiose é dividida em meiose I e meiose II. A meiose I, também denominada de divisão reducional, possui as seguintes etapas: Profase I (Leptóteno, Zigóteno, Paquíteno, Diplóteno). No leptóteno, os cromossomos já se duplicaram (fase S). As duas cromátides irmãs estão bem alinhadas e não se consegue distinção. No zigóteno, os cromossomos homólogos se alinham (sinapse) pelo processo sinaptonêmico (proteína em forma de fita). No paquíteno, cada cromossomo homólogo é bivalente (tétrade) e ocorre o crossing over (processo onde ocorre a troca de material genético entre cromossomos homólogos). E finalmente no diplóteno o complexo sináptico é desmontado e dois cromossomos homólogos mantém-se unidos somente por pontoschamados quiasmas. Prosseguindo tem-se a metáfase I – onde os cromossomos homólogos pareados se dispõem na região mediana da célula; cada cromossomo está preso a fibras de um só pólo, a anáfase I – o encurtamento das fibras do fuso separa os cromossomos homólogos, que são conduzidos para pólos opostos da célula, não há separação das cromátides-irmãs. Quando os cromossomos atingem os pólos, ocorre sua desespiralação, embora não obrigatória, mesmo porque a segunda etapa da meiose vem a seguir. Às vezes, nem mesmo a carioteca se reconstitui, a telófase I – no final desta fase, ocorre a citocinese, separando as duas células-filhas haploides. Segue-se um curto intervalo a intercinese, que procede a prófase II. Na meiose II existe a prófase II, onde cada uma das duas células-filhas tem apenas um lote de cromossomos duplicados. Nesta fase os centríolos duplicam novamente e as células em que houve formação da carioteca, esta começa a se desintegrar. Na metáfase II, como na mitose, os cromossomos prendem-se pelo centrômero às fibras do fuso, que partem de ambos os pólos. Na anáfase II, ocorre duplicação dos centrômeros, só agora as cromátides-irmãs separam-se (lembrando a mitose). Na telófase II e citocinese, com o término da telófase II reorganizam-se os núcleos. A citocinese separa as quatro células-filhas haploides, isto é, sem cromossomos homólogos e com a metade do número de cromossomos em relação à célula que iniciou a meiose. Neste processo de meiose nas fêmeas, as oogônias (2n) darão origem aos ovócitos (n) e nos machos as espermatogônias (2n) darão origem aos espermatozoides (n) no processo que é denominado gametogênese. Os ovócitos primários estacionam (param) na fase da prófase I diplóteno (A prófase da primeira divisão meiótica). Pouco antes do nascimento, todos os ovócitos no ovário fetal feminino estão nesta fase. A fase de repouso meiótica que começa então é chamada de dictióteno e dura até a puberdade, durante o qual cada mês (e em cada mês subsequente até a menopausa), um par de ovócitos primários completa a meiose e é ovulado. Desde o início da oogênese ocorre um processo de desgaste dos ovócitos; por ocasião do nascimento, permanecem apenas de 1 a 2 milhões de ovócitos primários, e no início da puberdade esse número cai para 400.000. Os ovócitos restantes, que participaram da onda folicular, mas não foram selecionados, tornam-se atrésicos. Após a transformação de oôgonias a ovócitos primários eles se estruturam de tal modo que ficam envoltos por uma camada de células epiteliais e agora são denominados de folículos primários. Um pouco de menos de dois dias antes da ovulação, a maturação do ovócito consiste na ingestão de substâncias que são fornecidos pelas células da granulosa circundantes. Esta troca de substâncias é mediada por processos citoplasmáticos das células da granulosa que são ancoradas através da zona pelúcida na superfície do ovócito. O núcleo do ovócito [2n,] é também amadureceu nos últimos dias antes do pico de LH. Conforme ocorre a ação hormonal ocorre em cada ciclo reprodutivo o crescimento do folículo com acúmulo de líquido em seu antro (antro folicular) e ele passa a ser chamado de folículo secundário e depois próximo à ovulação de folículo terciário. Após a ovulação ocorre o encontro do ovócito e do espermatozoide na tuba uterina. Logo após o momento da fertilzação do óvocito pelo espermatozoide, fuso mitótico, preso na metáfase da meiose em segundo lugar, torna- se ativo novamente. É o sinal para a retomada e término da meiose do ovócito secundário. A espermatogênese é caracterizada por três fases funcionais específicas: proliferação, meiose, metamorfose (diferenciação). Na fase de proliferação, as espermatogônias sofrem várias divisões mitóticas de forma que espermatócitos primários e secundários. sofrem duas divisões da meiose para formar espermátides haplóides. As espermatogônias são dependentes de um microambiente específico (nicho) contribuído pelas células de Sertoli,mióides e Leydig para o desenvolvimento adequado. Durante a meiose, espermatócitos sofrem pareamento cromossômico, sinapses, e ao intercâmbio genético, bem como transformar em células haplóides após meiose. Muitos genes denvolvidos na renovação espermatogónias eo processo meiótico foram identificadas como essenciais para o evento. Os espermatócitos se desenvolvem em espermatozoides, como resultado de uma metamorfose complicada envolvendo grandes modificações estruturais na forma de seu núcleo, compactação da sua cromatina nuclear, a formação de um acrossoma, e a criação de um flagelo que permita motilidade final. A série de modificações que ocorrem para espermátides é conhecido como espermiogênese, uma subdivisão da espermatogênese. Espermatogênese constitui, assim, renovação de espermatogônias indiferenciadas e proliferação, diferenciação espermatogônias, meiose de espermatócitos e metamorfose das esper mátides. 03.Embriologia de mamíferos eutérios. Anexos embrionários. Tipos de placenta. No momento da fertilização, quando o espermatozoide impregna o ovócito é formando o zigoto que passará por uma ´serie de clivagens (divisões) tornando- se um embrião de 2, 4, 8, 16 células e depois 32 e 64 células que é denominado mórula, Após a fase de mórula ocorre uma migração da massa celular embrionária para uma das regiões do embrião e então ele é denominado blastocisto. O blastocisto possui duas camadas: uma interna e outra externa. A camada interna é o embrioblasto, ou embrião propriamente dito. A camada externa é o trofoblasto que será responsável pela nutrição do embrião antes da implantação embrionária e da formação dos anexos fetais. Após a expansão ou eclosão do blastocisto ele irá se implantar no endométrio e assim se iniciará a formação dos anexos fetais e formação dos órgãos do embrião. Da fertilização até a implantação é o período denominado embriogênese, após a implantação ocorrerá a formação dos órgãos, período denominado de organogênese e após a formação dos órgãos até o momento do nascimento ocorre o período de crescimento do feto. Os envoltórios fetais são estruturas que, além de envolver o feto, possuem funções importantes para a manutenção do feto. Os envoltórios fetais são divididos em dois tipos: transitórios e permanentes. Os envoltórios transitórios são aqueles do início do desenvolvimento que são saco vitelínico e vesícula umbilical., os permanentes são os que permanecem durante toda vida fetal e são eliminados no momento do parto: âmnio, alantoide, córion e cordão umbilical. Saco vitelínico Precursor da vesícula umbilical, cuja função é reserva de nutrientes; função he mopoiética e angiopoiética e dá origem aos gonócitos. Âmnio O primeiro envoltório fetal a aparecer é o âmnio, que é composto de dois folhetos. É um saco de paredes duplas que envolve todo o embrião, menos o cordão umbilical (não é envolto pelo âmnio). Na vaca, ovelha e na égua no período de 13 a 16 dias já temos o âmnio formado, considerando o dia da fecundação como dia 1. Nas porcas e carnívoras domésticas é de 8 a 10 dias. Dentro do âmnio existe o líquido amniótico. Sua origem deriva de urina fetal, secreções do trato respiratório e cavidade bucal do feto e circulação materna. No líquido amniótico, cerca de 98% é composto de água e contém alguns sais minerais (K, Mg, Na, Cl, P), frutose, um pouco de creatinina, pequenas quantidades de uréia, proteínas, enzimas, hormônios. Juntos, mãe e filho, fabricam por dia de três a quatro litros Em geral é um líquido inodoro e claro (sem floculações), apresenta variações de cor e possui viscosidade. O líquido amniótico se renova a cada três horas (mulheres). No final da gestação podemos encontrar um pouco de mecônio, pelos e células. O líquido amniótico é excelente meio de cultura, portanto qualquer turvação ou mesmo odor fétido observado é indício de patologia. Em bovinose ocorre o crossing over (processo onde ocorre a troca de material genético entre cromossomos homólogos). E finalmente no diplóteno o complexo sináptico é desmontado e dois cromossomos homólogos mantém-se unidos somente por pontos chamados quiasmas. Prosseguindo tem-se a metáfase I – onde os cromossomos homólogos pareados se dispõem na região mediana da célula; cada cromossomo está preso a fibras de um só pólo, a anáfase I – o encurtamento das fibras do fuso separa os cromossomos homólogos, que são conduzidos para pólos opostos da célula, não há separação das cromátides- irmãs. Quando os cromossomos atingem os pólos, ocorre sua desespiralação, embora não obrigatória, mesmo porque a segunda etapa da meiose vem a seguir. Às vezes, nem mesmo a carioteca se reconstitui, a telófase I – no final desta fase, ocorre a citocinese, separando as duas células-filhas haploides. Segue-se um curto intervalo a intercinese, que procede a prófase II. Na meiose II existe a prófase II, onde cada uma das duas células-filhas tem apenas um lote de cromossomos duplicados. Nesta fase os centríolos duplicam novamente e as células em que houve formação da carioteca, esta começa a se desintegrar. Na metáfase II, como na mitose, os cromossomos prendem-se pelo centrômero às fibras do fuso, que partem de ambos os pólos. Na anáfase II, ocorre duplicação dos centrômeros, só agora as cromátides-irmãs separam-se (lembrando a mitose). Na telófase II e citocinese, com o término da telófase II reorganizam-se os núcleos. A citocinese separa as quatro células-filhas haploides, isto é, sem cromossomos homólogos e com a metade do número de cromossomos em relação à célula que iniciou a meiose. Neste processo de meiose nas fêmeas, as oogônias (2n) darão origem aos ovócitos (n) e nos machos as espermatogônias (2n) darão origem aos espermatozoides (n) no processo que é denominado gametogênese. Os ovócitos primários estacionam (param) na fase da prófase I diplóteno (A prófase da primeira divisão meiótica). Pouco antes do nascimento, todos os ovócitos no ovário fetal feminino estão nesta fase. A fase de repouso meiótica que começa então é chamada de dictióteno e dura até a puberdade, durante o qual cada mês (e em cada mês subsequente até a menopausa), um par de ovócitos primários completa a meiose e é ovulado. Desde o início da oogênese ocorre um processo de desgaste dos ovócitos; por ocasião do nascimento, permanecem apenas de 1 a 2 milhões de ovócitos primários, e no início da puberdade esse número cai para 400.000. Os ovócitos restantes, que participaram da onda folicular, mas não foram selecionados, tornam-se atrésicos. Após a transformação de oôgonias a ovócitos primários eles se estruturam de tal modo que ficam envoltos por uma camada de células epiteliais e agora são denominados de folículos primários. Um pouco de menos de dois dias antes da ovulação, a maturação do ovócito consiste na ingestão de substâncias que são fornecidos pelas células da granulosa circundantes. Esta troca de substâncias é mediada por processos citoplasmáticos das células da granulosa que são ancoradas através da zona pelúcida na superfície do ovócito. O núcleo do ovócito [2n,] é também amadureceu nos últimos dias antes do pico de LH. Conforme ocorre a ação hormonal ocorre em cada ciclo reprodutivo o crescimento do folículo com acúmulo de líquido em seu antro (antro folicular) e ele passa a ser chamado de folículo secundário e depois próximo à ovulação de folículo terciário. Após a ovulação ocorre o encontro do ovócito e do espermatozoide na tuba uterina. Logo após o momento da fertilzação do óvocito pelo espermatozoide, o fuso mitótico, preso na metáfase da meiose em segundo lugar, torna-se ativo novamente. É o sinal para a retomada e término da meiose. A espermatogênese é caracterizada por três fases funcionais específicas: proliferação, meiose, metamorfose (diferenciação). Na fase de proliferação, as espermatogônias sofrem várias divisões mitóticas de forma que espermatócitos primários e secundários. sofrem duas divisões da meiose para formar espermátides haplóides. As espermatogônias são dependentes de um microambiente específico (nicho) contribuído pelas células de Sertoli,mióides e Leydig para o desenvolvimento adequado. Durante a meiose, espermatócitos sofrem pareamento cromossômico, sinapses, e ao intercâmbio genético, bem como transformar em células haplóides após meiose. Muitos genes denvolvidos na renovação espermatogónias eo processo meiótico foram identificadas como essenciais para o evento. Os espermatócitos se desenvolvem em espermatozoides, como resultado de uma metamorfose complicada envolvendo grandes modifi cações estruturais na forma de seu núcleo, compactação da sua cromatina nuclear, a formação de um acrossoma, e a criação de um flagelo que permita motilidade final. A série de modificações que ocorrem para espermátides é conhecido como espermiogênese, uma subdivisão da espermatogênese. Espermatogênese constitui, assim, renovação de espermatogônias indiferenciadas e proliferação, diferenciação espermatogônias, meiose de espermatócitos e me tamorfose das espermátides. No momento da fertilização, quando o espermatozoide impregna o ovócito é formando o zigoto que passará por uma ´serie de clivagens (divisões) tornando- se um embrião de 2, 4, 8, 16 células e depois 32 e 64 células que é denominado mórula, Após a fase de mórula ocorre uma migração da massa celular embrionária para uma das regiões do embrião e então ele é denominado blastocisto. O blastocisto possui duas camadas: uma interna e outra externa. A camada interna é o embrioblasto, ou embrião propriamente dito. A camada externa é o trofoblasto que será responsável pela nutrição do embrião antes da implantação embrionária e da formação dos anexos fetais. Após a expansão ou eclosão do blastocisto ele irá se implantar no endométrio e assim se iniciará a formação dos anexos fetais e formação dos órgãos do embrião. Da fertilização até a implantação é o período denominado embriogênese, após a implantação ocorrerá a formação dos órgãos, período denominado de organogênese e após a formação dos órgãos até o momento do nascimento ocorre o período de crescimento do feto. Os envoltórios fetais são estruturas que, além de envolver o feto, possuem funções importantes para a manutenção do feto. Os envoltórios fetais são divididos em dois tipos: transitórios e permanentes. Os envoltórios transitórios são aqueles do início do desenvolvimento que são saco vitelínico e vesícula umbilical., os permanentes são os que permanecem durante toda vida fetal e são eliminados no momento do parto: âmnio, alantoide, córion e cordão umbilical. Saco vitelínico Precursor da vesícula umbilical, cuja função é reserva de nutrientes; função hemopoiética e angiopoiética e dá origem aos gonócitos. Âmnio O primeiro envoltório fetal a aparecer é o âmnio, que é composto de dois folhetos. É um saco de paredes duplas que envolve todo o embrião, menos o cordão umbilical (não é envolto pelo âmnio). Na vaca, ovelha e na égua no período de 13 a 16 dias já temos o âmnio formado, considerando o dia da fecundação como dia 1. Nas porcas e carnívoras domésticas é de 8 a 10 dias. Dentro do âmnio existe o líquido amniótico. Sua origem deriva de urina fetal, secreções do trato respiratório e cavidade bucal do feto e circulação materna. No líquido amniótico, cerca de 98% é composto de água e contém alguns sais minerais (K, Mg, Na, Cl, P), frutose, um pouco de creatinina, pequenas quantidades de uréia, proteínas, enzimas, hormônios. Juntos, mãe e filho, fabricam por dia de três a quatro litros Em geral é um líquido inodoro e claro (sem floculações), apresenta variações de cor e possui viscosidade. O líquido amniótico se renova a cada três horas (mulheres). No final da gestação podemos encontrar um pouco de mecônio, pelos e células. O líquido amniótico é excelente meio de cultura, portanto qualquere equinos poderemos encontrar massas discoides, com consistência semelhante à borracha, lisas no líquido alantoideano, denominados respectivamente de boomanes e hipomanes. Acredita-se serem de origem de pelos fetais e mecônio. Quantidade e coloração do líquido amniótico nas diversas espécies encontram-se descritos no quadro 1 O líquido amniótico possui as seguintes funções: 1. Proteção mecânica do feto 2. Proteção térmica do feto 3. Proteção mecânica da mãe 4. Proteção contra desidratação, atrito e aderência 5. Movimentação fetal e artrogênese 6. Exercício da função renal 7. Dilatação da cérvix uterina e lubricação e lavagem do canal do parto Alantóide O alantóide é um saco fechado de dupla camada (2 folhetos). Em algumas espécies o alantóide envolve totalmente o feto (equinos) em outras parcialmente. Os dois folhetos, o interno e o externo fazem ligação com o âmnio e o com o córion respectivamente. Este espaço formado é chamado de saco alantoideano, espaço alantoideano. A porção de contato entre o alantóide e o córion denomina- se alantocórion; a porção em contato com o âmnio chama-se alantoâmnio. O espaço alantoideano está repleto de líquidos, porém o alantóide recebe basicamente produtos de excreção fetal e secreções da membrana alantoideana. É um líquido que com o decorrer da gestação é rico em ácido úrico, ureia e pequenas quantidades de Na e Cl. Se houver sofrimento fetal no final da gestação, ele terá a presença de fezes fetais. Estes dois sacos protegem o feto contra choques mecânicos. Nos carnívoros o líquido alantoideano tem coloração esverdeada. Funções do alantoide: 1.Formação de placenta alantocoriônica 2.Acúmulo de excretas 3.Indução à formação dos vasos umbilicais 4.Origem do úraco e da bexiga urinária Córion e Placenta Placentação Está em contato com o folheto externo do alantóide e constitui-se de membrana extremamente irrigada. Através dele é que se faz as trocas entre mãe e feto. O que vem da mãe é absorvido e difundido pelo córion através do cordão umbilical. Só neste momento falaremos então de placenta. A placenta é representada pelos pontos de ligação entre o córion e o endométrio materno. Em gestações múltiplas (suínos) os sacos coriônicos situam-se muitas vezes em justaposição podendo ocorrer fusão e anastomose de vasos alantoideanos. Quando ocorre em bovinos gêmeos ocorre o free-martinismo. Classificação morfológica da placentação refere-se ao processo de ligação entre o córion e o endométrio materno. a. Placenta zonária Formam-se no córion vilosidades que se aderem ao endométrio, formando um cinturão ao redor do feto. Histológicamente é denominada placenta endotéliocorial. Ex: carnívoros. b.Placenta discoidal Os pontos de inserção entre córion e endométrio apresentam-se como discos em certos locais do córion. É também denominada de hemocorial. Encontrada nos primatas. c.Placenta difusa Os pontos de contato entre córion e endométrio materno estão presentes em toda superfície coriônica, menos na junção útero-tubárica e região cervical. Também chamado de epitéliocorial. Encontrada na égua, jumenta e porca. d. Placenta cotiledonária No córion estão presentes estruturas denominadas cotilédones, que são providas de vilosidades. Estas vilosidades vão se unir à região uterina denominada de carúncula. Histologicamente é epiteliocorial. Presente na vaca, pequenos ruminantes. Nas vacas as carúnculas são convexas e nas ovelhas côncavas. O placentoma é a unidade funcional da placenta cotiledonária. O placentoma é a junção cotilédone- carúncula. Com o passar da idade fetal esta estrutura aumenta de tamanho porque as necessidades fetais também aumentam. Quando ocorre o nascimento e liberação normal dos envoltórios fetais vê-se o cotilédone como uma esponja escura colada ao córion. No início da prenhez em éguas e porcas a placenta consiste numa simples aposição de epitélio fetal e materno, porém entre os dias 75 e 110 de gestação na égua o complexo origina a formação de microcotilédones. As criptas endometriais são características únicas da placenta equina. Estas criptas são formadas pela invasão do endométrio por uma banda especializada de células trofoblásticas que se descamam das membranas fetais por volta do 38° dia de gestação. Nas ovelhas os placentomas somam entre 90 e 100 e são distribuídos entre cornos uterinos gravídicos e não gravídicos. No gado somam entre 70 e 120. As placentas também são classificadas quanto à perda de tecido materno no nascimento em: a.Adecíduas ou não deciduadas: onde não ocorre perda de tecido materno, no caso de porcas, éguas e ruminantes. b.Decídua : onde ocorre perda extensa ou moderada de tecido materno, no caso de primatas e carnívoros domésticos. E existe a classificação histológica da placenta que é: hemocorial (primatas e roedores), endoteliocorial (carnívoros) e epiteliocorial (ruinantes, suínos e equinos). Funções básica da placentação. É através desta ligação que ocorrem as trocas entre mãe e feto. O córion constitui uma barreira para substâncias estranhas., além de realizar nutrição e expulsão. Algumas drogas conseguem atravessar a barreira placentária. Antes de medicar uma gestante devemos lembrar de ver se a droga é capaz de se difundir. Nos carnívoros ocorre difusão passiva de imunoglobulinas. Outras espécies adquirem esta imunidade no colostro. O córion têm como funções básicas: 1.metabolismo e trocas através de difusão simples; transporte ativo; fagocitose e pinocitose; 2.respiração: troca de gazes 3.proteção à substâncias estranhas sendo barreira microbiológica 4.imunoproteção 5.armazenar certas substâncias - glicogênio e ferro (por exemplo) 6. síntese de hormônios gonadotróficos, somatotróficos, estrogênicos e progestágenos 7.neutralização de toxinas Cordão Umbilical Assim como o córion ele difere de espécie para espécie na sua constituição. Ele é o ponto básico de contato entre o córion e o feto. Existem diferenças nas diferentes espécies. Nos bovinos possuem 2 artérias e 2 veias e nos equinos e suínos possuem 1 artéria e 1 veia. A artéria umbilical conduz sangue venoso (sem 02) do feto para a placenta e a veia umbilical conduz sangue arterial (com 02) da placenta para o feto. Os produtos conduzidos para o feto pela veia umbilical e a excreção saem pela artéria umbilical. Em geral o cordão umbilical tem um ponto frágil, a própria seleção faz isto. Assim que o feto ultrapassa o cinturão pélvico ele se rompe, menos nos carnívoros onde não há evidência que exista este ponto frágil, por isso é muito comum cadelas parindo mastigando o cordão umbilical para favorecer este rompimento. Após o nascimento a veia umbilical transforma-se em ligamento redondo do fígado e as artérias umbilicais se transformam em ligamento redondo da bexiga e ligamento lateral da bexiga. O cordão umbilical é o ponto básico de contato entre o córion e o feto. Comprimento do cordão umbilical nas diversas espécies: Cordocentese Também conhecido como funiculocentese. É feito, em medicina humana, por meio de uma agulha que atravessa o abdômen da mãe. É indicado a partir da 20a semana de gestação. Além do estudo genético, avalaia as condições de oxigenação do feto, a ocorrência de infecções e os riscos de más-formações. Sua técnica também é utilizada para realizar transfusões de sangue para o feto. Período embrionário: Onde as três camadas germinativas darão início ao desenvolvimento das estruturas do organismo e o corpo começa a tomar forma. Período fetal: As estruturas e órgãos começam a crescer. A partir da blástula, inicia a fase de gastrulação, onde o embrião começa a aumentar de tamanho e surge o intestino primitivo ou arquêntero e ocorre a diferenciação dos folhetos germinativos ou embrionários. Ao final da gastrulação, o embrião é chamado de gástrula. No embrião forma-se o s três folhetos germinatos: endoderme, ectoderme de mesoderme e deles irão se originar órgãos e estruturas. Endoderme:Pâncreas, sistema respiratório (exceto cavidades nasais), pulmões, fígado e epitélio da bexiga urinária, entre outros. Mesoderme: pele, músculos, cartilagens e ossos (exceto da face), medula óssea, rim, útero, coração, sangue, entre outros. Ectoderme: epiderme, unhas, pelos, córnea, cartilagem e ossos da face, tecidos conjuntivos das glândulas salivares, lacrimais, timo, tireóidea e hipófise, sistema nervoso, encéfalo e neurônios, entre outros. O desenvolvimento e organogênese do embrião pode ser classificada em 23 estágios iniciais denominados de classificação de Carnegie. Essa classificação é um sistema padronizado de 23 estágios usados para fornecer uma cronologia unificada de desenvolvimento de vertebrados. Os estágios são delineados pelo desenvolvimento de estruturas e não pelo tamanho ou número de dias de desenvolvimento. 04 Anomalias congênitas. Origens: genética e ambiental (causas física, química e biológica). Alterações congênitas e genéticas do feto e do neonato. Existem duas causas principais para o nascimento de um neonato (filhote recém-nascido) com alterações genéticas ou para a reabsorção embrionária ou abortamento do feto. As causas principais são genéticas e não genéticas. Os termos congênitos e genético muitas vezes se confundem ou se fundem. Exemplo: congênito significa nascer com o que pode ter origem genética ou não. A origem não genética pode ser devido a ação de agentes químicos, físicos, infecciosos, medicamentosos, nutricionais e até mesmo fatores de saúde maternos durante a gestação. Nas alterações, sejam elas de origem congênita ou genética podem ocorrer morte embrionária precoce, abortamento, o nascimento do filhote morto, vivo e viável e vivo inviável (que morre logo em seguida ao nascimento ou que possui alteração incompatível com a vida. Alterações de origem genética. Em um trabalho realizado com 178 ninhadas de cães totalizando 803 filhotes verificou-se que as alterações congênitas estão presentes em 24,7% das ninhadas acometendo 6,7% dos filhotes levando a óbito 68,7% dos neonatos, sendo que 84,4% dos filhotes acometidos eram de raça definida. Este estudo mostra a importância da origem genética como causadora de alterações em neonatos. Nas alterações de origem genética existe um aumento repentino de alterações em determinada população ou linha de sangue que podem ser confirmados pelos históricos reprodutivos, determinação do tipo de herança e teste de DNA. Quase sempre são associados a cruzamentos com altas taxas de consanguinidade. Identificando uma alteração genética: frequência alta em grupo da população ao invés de ocorrer na população em geral, defeito envolve o mesmo local anatômico ou efeito no grupo de indivíduos envolvidos, a doença ou parâmetro possui incidência em certa idade e o mesmo histórico clínico, aumenta a frequência com o uso de inbreeding, a doença é associada com anomalia cromossômica específica. O diagnóstico é feito com a definição do fenótipo, do tipo de herdabilidade, a identificação dos animais e exames moleculares. Alterações congênitas não genéticas Teratógeno é toda substância ou fator que quando a mãe é exposta durante a gestação pode causar danos ao feto. Classificação de teratógenos conhecidos 1) Drogas – anticonvulsivantes, ácido retinóicos, warfarin, metimazole. 2) Metais pesados – chumbo, mercúrio 3) Radiação – terapia anticâncer 4) Condições sistêmicas maternas 5) Infecções intra uterinas – herpesvírus, brucelose, tocoplasmose. 6) Outros –estresse, calor Características de um teratógeno 1) Possui uma correlação entre aparecimento do defeito fetal e utilização do mesmo 2) Relação dose x efeito quanto ao aparecimento do defeito no feto 3) Período gestacional de maior sensibilidade 4) Estabelecimento do modo de ação 5) Nutricionais – Hipervitaminose A 6) A proposta de ação tem que ter senso biológico 7) Identificação de um grupo genético mais sensível Mecanismos de ação dos teratogênicos Os mecanismos de ação são diversos: os agentes teratogênicos podem interagir com um receptor, se ligarem ao DNA ou proteína, alterar as membranas celulares, inibir uma enzima ou modificar uma proteína. Caso estas mudanças ocorram ao nível molecular as mudanças podem ocorrer nas células e tecidos levando a alterações na função celular, bem como resultar em morte celular. Diferentes agentes podem agir através dos mesmos mecanismos, produzindo efeitos similares. Interações com receptores Os receptores são proteínas dentro ou na superfície das células que são alvos de ligação de hormônios ou outras moléculas de sinalização. Os receptores possuem a mesma função nas células, eles informam as células sobre o meio ambiente, e quando ativados, causam algum tipo de mudança na célula. Alguns teratógenos, ao se ligarem em receptores celulares, mimetizam os sinais da molécula que deveria se ligar e produzem efeitos adversos. Alguns receptores são suspeitos de serem alvos para teratógenos, como os receptores para andrógeno e hormônio tireoidiano. Ligação covalente com DNA ou proteína Alguns agentes são quimicamente reativos ou são metabolizados pelo organismo de maneira reativa. Estas formas reativas criam pontes covalentes para importantes biomoléculas mudanças as funções dessas moléculas. Por exemplo: ciclofosfamida, uma droga antineoplásica, é metabolizada em mostarda fosfaramida, um reagente intermediário que se liga ao DNA atrapalhando a função destas células e como consequência as funções celulares. Peroxidação Agentes químicos que podem gerar substâncias altamente reativas como peróxidos de hidrogênio podem ionizar moléculas. Particularmente os lipídeos que formam a membrana. A desorganização da membrana celular pode levar à morte. Inibição enzimática e interferência com grupos sulfidrílicos Enzimas são proteínas que catalizam reações químicas como as reações de quebra dos açúcares para produzir energia para a célula ou que sintetizam moléculas largas necessárias para a estrutura celular e função. Inibindo a função desta enzima podem acontecer conseqüências teratogênicas. Por exemplo, metotrexane, um agonista do ácido fólico, utilizado para tratamento do câncer, psoríase e artrite reumatóide e gestação ectópica, interfere com a síntese dos nucleotídeos necessários para a síntese do DNA, bem como outros processos químicos que requerem ácido fólico. Grupos sulfidrila, que contém enxofre e hidrogênio são encontrados no aminoácido cisteína e são importantes na criação da estrutura tridimensional das proteínas: dois átomos de enxofre que estão distantes um do outro se ligam e formam uma ponte disulfidica, criando uma alça na proteína. Os grupos sulfidrílicos são utilizados para segurar minerais essenciais como o zinco nas proteínas. Eles também são importantes Nas caspases e outras enzimas envolvidas no apoptose (morte celular programada) e no processo normal do desenvolvimento. O cádmio, mercúrio e outros metais pesados Interagem com os metais pesados, alterando a função das proteínas que os contém. Modificação da proteínas Algumas proteínas requerem para modificação em ordem de realizar sua função e estas modificações podem ser outro alvo de exposição aos teratógenos. Por exemplo: uma proteína de sinalização conhecida como sonic hedgehog (Shh) deve ser ligada em dois fragmentos, com o fragmento que irá fazer a sinalização tendo uma molécula de colesterol adicionada a outra para que funcione normalmente. Shh tem funções de delinear a porção ventral do sistema nervoso. Um número grande de agentes interfere com a ação do gene Shh incluindo ciclopamida e alguns (nem todos) inibidores da síntese do colesterol. Progressão da teratogenia Nos eventos mecânicos podem resultar mudanças ao nível celular e tecidual. Diferentes exposições podem resultar em eventos em cascata de desenvolvimento anormal. Por exemplo, a síndrome do edema resulta em embriões que são expostos a baixos níveis de oxigênio. Os batimentoscardíacos e pressão sanguínea abaixam as concentrações de sódio e potássio no plasma se modificam e o líquido que se extravasa dos vasos faz com que os órgãos se edemaciem. Apoptose é uma forma de morte celular programada que ocorre nos embriões durante o desenvolvimento normal de forma a esculpir membros e outras estruturas. Zinco FUNDAMENTAÇÃO BÁSICA: GENÉTICA E EMBRIOLOGIA DE MAMÍFEROS EUTÉRIOS A) CÃO - Canis familiaris As leis da hereditariedade são as mesmas para todos os organismos vivos. A experiência nos mostra que, para se conseguir progresso numa raça de animais, é essencial a seleção correta dos acasalamentos. O objetivo é produzir a uniformidade das qualidades que estão presentes nos melhores exemplares. Significa que temos o objetivo de criar animais não apenas perfeitos em si mesmos, mas com tendências hereditárias a reproduzir sua própria perfeição, de modo que, por meio de uma seleção criteriosa de acasalamentos, possamos alcançar esse objetivo. E isto é mais importante do que a perfeição individual, desta forma verifica-se que: - Um bom filhote ocasional numa ninhada não significa que o pai ou a mãe sejam reprodutores de valor. - Uma ninhada com cinco exemplares “muito bons” é bem mais valiosa do que aquela que apresenta apenas um “excelente” e os demais medíocres. - Vale lembrar também que o fenótipo (aparência externa) nem sempre corresponde ao genótipo (material genético) do animal. Um cão pode apresentar excelentes qualidades, mas devido à característica de serem heterozigotos podem também transmitir defeitos à sua prole. Outros fatores que não podem ser esquecidos são os ambientes, externos e internos: - Ambiente externo – alojamentos, higiene, área de exercícios, vacinação, nutrição, etc.; - Ambiente interno – efeitos maternos. Um filhote proveniente de excelentes exemplares pode vir a pertencer a alguém que não lhe proporcione condições de desenvolver o seu potencial hereditário, mas isto não alterará o seu patrimônio genético. Frise-se que a genética não está apenas a serviço dos puristas. Todos os criadores devem preocupar-se em conhecer, ao menos, os fundamentos da hereditariedade, para não introduzirem na criação, animais que possam transmitir características indesejáveis. O trabalho dos puristas não deve, no entanto, ser desprezado, uma vez que é graças a eles que existem as raças “puras” de cães que hoje conhecemos. A expressão “raça pura” é discutível, pois, muitas raças caninas conhecidas resultaram de diversos cruzamentos. Conclui-se serem “puras por cruza” e não “puras por origem”. Grande parte das raças de cães nasceu das necessidades do homem, tais como: segurança, pastoreio, caça, ou mesmo companhia. Nesta linha de pensamento, pode-se citar o esplêndido trabalho, iniciado em 1875, por Karl Friedrich Louis Dobermann, um simples cobrador de impostos, e por feliz coincidência, encarregado de recolher animais abandonados. Dobermann necessitava de um cão capaz de protegê-lo de assaltantes em suas viagens solitárias, como cobrador de impostos. Os primeiros cães que ele conseguiu criar eram singularmente feios, peludos e com cabeças grosseiras, sem qualquer traço da elegância dos atuais exemplares outrora idealizados. No entanto, sua coragem já era a toda prova, e pela região de Apolda, onde vivia Karl Dobermann, seus cães eram notados e reconhecidos como “os cães de Dobermann”; porém, o criador não viveu para ver os cães que idealizara, faleceu dezenove anos antes da raça alcançar sua plenitude. A coroação ocorreu em 1923, quando um cão da raça DOBERMANN sagrou-se Campeão em um torneio na Alemanha, pois sua criação sobreviveu ao criador, porque entusiastas desenvolveram a obra de Dobermann, até chegar aos cães por ele sonhados: elegantes, ágeis, corajosos e absolutamente leais. Vimos acima que em menos de cinquenta, anos após nascer à ideia, o objetivo foi alcançado. O trabalho de um mero cobrador de impostos, baseado apenas em fenótipo, e sem nenhum conhecimento das Leis de Mendel, obteve êxito. O que abre um campo ilimitado de possibilidades, usando a ciência cada vez mais evoluída, que nos permite até mesmo o mapeamento de genes. Temos agora a possibilidade de criar novas raças em menor espaço de tempo. Talvez até pode-se indagar sobre o que não pode ser criado, ou reproduzido visando alcançar cães saudáveis e eficientes para suas funções. HERANÇA Embora difundida, é errada a opinião de que defeitos opostos se equilibram no sentido hereditário. É completamente impensável que uma garupa curta e caída poderia ser equilibrada, ou melhorada, por uma longa e plana no outro par do casal; como também é completamente impossível que posteriores superangulados possam ser melhorados pela falta de angulação. A única solução para chegar ao equilíbrio é somente o correto. Para uma garupa faltosa, uma garupa correta; para a má angulação, somente uma angulação correta. No sentido deste trabalho, deve-se chamar a atenção de que os antepassados do animal devem melhorar as faltas de outro, devendo ser corretos em relação a esta falta. Para eliminar faltas devem-se usar, para criação, animais que não sejam portadores da respectiva falta, nem em seus antepassados; deve-se procurar pela seleção apropriada e criar animais com hereditariedade limpa. Sua herança genética irá representar o que esse filhote será no futuro, desta forma sua seleção e o único fator decisivo neste momento. DOMINÂNCIA Dominância é quando um alelo A se expressa fenotipicamente anulando o efeito do alelo a; neste caso, A é o dominante, e a é recessivo. Assim sendo, o fenótipo do alelo A é dominante, e indivíduos AA e Aa são fenotipicamente semelhantes. Na condição heterozigota (Aa), o alelo a está completamente mascarado, mas na condição homozigota do recessivo (aa) não encontramos a expressão fenotípica do alelo A. Muitos pares de genes são completamente dominantes ou recessivos uns aos outros. Assim temos que os homozigotos dominantes ou heterozigotos são indistinguíveis na aparência. Em certos casos, porém, os heterozigotos são fenotipicamente diferentes de cada homozigoto. Genes assim são os que caracterizam dominância incompleta. Um exemplo é o gene M para a cor merle na raça Collie. O homozigoto MM é quase todo branco, tem olhos azuis e é comumente surdo, enquanto o heterozigoto Mm tem marcas brancas na cabeça e ombros, e pigmentação diluída. Já o gene recessivo m tem a pigmentação completamente normal. Assim sendo, no acasalamento entre dois heterozigotos Mm teremos: Geração: P = pai Mm X mãe Mm Geração: F1 = 25% de MM - 50% de Mm - 25% de mm Com apenas 25% de chances de nascerem filhotes com pigmentação normal (mm). ANOMALIAS CONGÉNITAS O genoma (DNA) de um cão está contido em seus setenta e oito (78) cromossomos, trinta e nove (39) herdados de seu pai, e trinta e nove (39) herdados de sua mãe. Assim, cada indivíduo tem dois genes responsáveis pela mesma característica, um recebido de sua mãe, e o outro de seu pai. Se um dos genes de um determinado par for modificado por mutação, o indivíduo terá, naquele par, genes diferentes, um normal e o outro alterado. Em algumas doenças, este único gene alterado pode causar sintomas clínicos. PRINCIPAIS ANOMALIAS CONGÉNITAS Astenia cutânea ou dermatosparaxia – compreende um grupo de desordens hereditárias do tecido conjuntivo cutâneo, no qual o animal apresenta pele frouxa, hiperextensível e anormalmente frágil, em que o mais leve arranhão resulta em lacerações graves. Esta doença é determinada por um gene autossômico dominante; neste caso, 50% dos descendentes do indivíduo afetado correm o risco de serem também afetados. Surdez congênita - está frequentemente associada a alterações de pigmentação, tais como cor branca e olhos azuis. É determinadopor um gene autossômico dominante. Monorquidismo e criptorquidismo - ausência de um dos testículos ou de ambos. Anomalias que podem ser apenas temporárias, e corrigíveis através de tratamento hormonal, que em não surtindo efeito, comprova a anomalia congênita. Provém de fatores recessivos. Doença de Christmas - também conhecida como hemofilia tipo B. Causada por uma deficiência ligada ao sexo. A maioria dos animais sintomáticos são machos, e pode atingir cães e gatos. Síndrome de Von Willebrand - a doença é transmitida de modo autossômico. O fator Von Willebrand é necessário para aderência plaquetária. Assim, quando ele fica 25% abaixo do normal, pode ocorrer hemorragia espontânea, mas felizmente trata-se de uma ocorrência muito incomum. Displasia coxofemoral - é causada por um gene recessivo e intermitente, ou seja, pode ser suprimida em uma ou mais gerações. Nesta doença ocorre uma sub-luxação da articulação coxofemoral, devida à instabilidade dessa articulação, porque o acetábulo não tem profundidade suficiente para acomodar corretamente a cabeça do fêmur. A doença, bastante dolorosa, evolui para a degeneração da articulação. Atrofia progressiva da retina - o gene mutante responsável por este mal está localizado no cromossomo X. As fêmeas, que têm dois destes genes mutantes, são afetadas, mas, as que têm apenas um são clinicamente normais, porém, poderão transmiti-lo a 50% de seus filhos. Como os machos têm apenas um cromossomo X, se eles não apresentarem o gene anormal, a doença não se desenvolve. SELEÇÃO NA CRIAÇÃO Depois de citado as leis básicas da genética e os diferentes tipos de herança, e seus problemas apontados no tópico Anomalias Congênitas, vale a pena comentar os programas básicos de criação atualmente utilizados pelos criadores, que são: Inbreeding, Line-breeding e out-cross. Inbreeding - O acasalamento de animais com alto grau de parentesco (pais e filhos, irmãos ou meio-irmão) é sem dúvida o método mais rápido para se fixar uma característica, mas também pode resultar em uma perda de tempo. Quando acasalamos animais muito próximos entre si em duas ou três gerações seguidas, podemos sofrer os efeitos da impenetrância, ou seja, temos ótimos exemplares como produto final, mas sem potencial para transmitir seu patrimônio genético. Em muitos casos, é necessária a utilização de out-cross para recuperar o vigor genético do plantel, e o preço será a perda do trabalho desenvolvido anteriormente através do inbreeding, já que no out-cross a variabilidade genética obtida anulará a fixação das características que foi obtida no inbreeding. Line-breeding - Consiste no acasalamento de animais com baixo grau de parentesco, como tios e sobrinhos e avós e netos, sendo esse último considerado por muitos autores como inbreeding, o que é considerado discutível, uma vez que se acasalarmos uma cadela com seu avô materno, por exemplo, ainda teremos a variabilidade genética introduzida pelo pai da cadela, o que impedirá que o genótipo fique inteiramente restrito ao patrimônio genético da mãe da cadela. line-breeding é o meio-termo ideal entra o inbreeding e o out-cross podendo ser usado por diversas gerações sucessivas sem causar a perda do vigor genético, embora seja mais demorado para a fixação de características. Out-cross - Neste caso, o acasalamento se dará com animais de nenhum grau de parentesco nas primeiras cinco gerações. Esta é uma oportunidade de adquirir novas características e elevar o nível de criação, porém esta também pode reinserir problemas já solucionados no plantel. Desta forma devem-se analisar os pedigrees com cuidado e saber quais as características que serão trazidas para o plantel. B) GATOS - Felis silvestris catus Cromossomo contém os genes, estes se organizam em ordem fixa ao longo dos diferentes tipos de cromossomos, portanto, os cromossomos contém o “projeto arquitetônico, estrutural e funcional de um animal”. Gatos apresentam 38 cromossomos organizados em 19 pares de cromossomos, sendo 18 pares praticamente iguais e 01 dos pares que é o sexual (XX ou XY). É o macho quem determina o sexo. É bom lembrar: a) que cada geração F1, F2..... herdará genes do pai e da mãe em quantidades iguais, porém, organizados em uma ordem diferente quando de uma comparação com a geração P; b) que raios=X podem alterar as características genéticas promovendo mutações genéticas, pois, as espontâneas são raras, estas, resultam no surgimento de “novas raças”, com cores e tipos diferentes. Genes relacionados: são genes que tendem a se unir e se transmitir continuamente de uma geração para outra, quando localizados em apenas um único cromossomo do par são conhecidos por genes ligados ao sexo. EXEMPLO: tipo de pelagem em gato denominada de “ESCAMA DE TARTARUGA – tipo do fenótipo” é produzido pela combinação de genes ligados ao cromossomo sexual X, logo, um macho não poderá herdá-lo. Genes dominantes e recessivos (retraídos): é quando ocorre o dominante – genes dominantes causam o fenótipo de coloração malhada (AGOUTI) e quando ocorrem os genes “sólidos” ( NÃO AGOUTI) – genes recessivos não causam o fenótipo de coloração malhada. Efeitos Genéticos Indesejáveis – TIPOS DE GENES 1. Gatos brancos de olhos azuis – gene dominante para coloração branca induz (há uma tendência) a perda auditiva; (há exceções raras – gatos brancos de olhos azuis sem surdez); 2. Gene MANX causa ausência de cauda nos gatos (em humanos a espinha bífida), esse mesmo gene em homozigose em F1, mata os filhotes no útero; 3. Gene SIAMÊS: causa defeito no nervo óptico, logo animal com visão binocular reduzida (visão dupla), a qual o gato tenta corrigir por meio do estrabismo. NOTA: Cross-eyed apresenta estrabismo (apresenta falha hereditária na visão); 4. Gene VERMELHO: pode causar ausência de pelos, testículos inclusos (retidos), orelhas mal posicionadas, polidactilia e fendas nas patas dianteiras (pata cindida); 5. Gene MÍMICO: são genes diferentes que podem gerar efeitos corporais similares. Há dois tipos: GENE REX FAMOSOS CORNISH e o GENE REX FAMOSOS DEVON, assim os gatos Cornish rex e Devon rex apresentam genética diferente e fenótipos similares. 6. Gene MASCARADO: são genes “poderosos” que conseguem ocultar outros genes, mascarando o fenótipo, é o caso do gene não agouti, mascara os efeitos dos diversos genes malhados. Exemplo: gato preto com genes malhados não apresenta marcas malhadas, o gene NÃO-AGOUTI eliminou as manchas agouti dos pelos, produzindo aparência sólida preta. Há mascaramento parcial (presença em F1 nascidos de P de coloração sólida – filhotes de British creme apresentam marcas malhadas resultantes do gene mascarado). Tipos de Pelagem – Há 03 tipos de pêlos, os quais podem ser sombreados. Tipos: pelos de guarda, pelos cerdosos de barba e subpêlos macios e ondulados. O sombreado (tipping) na pelagem pode ser muito claro ou estender-se no pêlo até quase a raiz. São tipos de sombreados (de tipping): 1. Sem tipping 2. Shell (chinchila) 3. Shaded 4. Smoke 5. Tabby (tigrado) Gatos podem apresentar pêlos curtos e longos, nos gatos com pelos curtos há uma perda menor de pelos e maior nas espécies de pêlos longos. Há também espécies sem pêlos, são dotados de apenas uma “penugem”, não são carecas (Sphynx). A seguir, alguns dados importantes: 1. Gato doméstico/gato selvagem/tabby (tigrado), seus F1,F2.....produzirão ampla variedade de cores sólidas que vão do preto passando pelo lilás e azul, escama de tartaruga, o fumaça, camelo entre outras; 2.Cornish rex (poodle cat), apresenta pelos de barba e subpêlos encaracolados; 3. Devon rex apresenta pêlos de guarda, subpêlos e pêlos de barba curtos e encaracolados; 4. Pêlo duro americano: apresenta pêlos de barba, de guarda e subpêlos muitos encaracolados; 5.Pêlo longo: apresenta pelos de guarda longo (12,5 cm) e subpêlos espessos; 6. Maine coon: apresenta pêlos de guarda e subpêlos longos; 7. Angora: apresenta pêlosde guarda, subpêlos bem longos e finos; 8.Pelo curto inglês: apresenta pelos de guarda com 45 cm e de barba esparsos; 9.Sphynx não possui pêlos de guarda nem de barba, apenas uma pelugem nos flancos e na verilha. Cor de olhos: quantidade de melanina na íris x grau de “difusão” da luz A produção da melanina é determinada por fatores genéticos e é reproduzida (fenótipo) na íris, que apresenta células pigmentadas que são capazes de “conduzir” pigmentos pretos, marrons e amarelados. Nos gatos albinos não há pigmentos, a coloração avermelhada é devida aos vasos sanguíneos. Para produzir olhos azuis, a íris conta com uma leve pigmentação preta que “difunde” a luz refletida. Já para olhos verdes, são resultados da “difusão” dessa “luz azul”, que, passa se esverdear, passa por uma camada de pigmentação amarelada. Os felinos apresentam três formatos de olhos, que são determinados pela linha e disposição das bordas das pálpebras, podem ser; 1.ARREDONDADOS; 2.AMENDOADOS e 3. OBLÍQUOS. A seguir, diversos dados sobre gatos: a) é um animal bem resistente, inclusive em relação a certos traumas; b) gato persa possui “ tipo de focinho” que lhe proporciona falta de ar (stress x falta de ar), possui pelagem muito bonita e é amável ; 3. Gato viralata, sem raça definida (srd) geralmente é agressivo (há siamês srd);4. O gato angorá é muito desconfiado; 5. Os gatos mais danados são os viralatas preto/branco; 6. Gato não possui catarata nem epilepsia (cães possuem); 7.gatos machos possuem cálculo renal – é uma herança: geração P com cálculo, logo F1, F2..com cálculo; 8.Síndrome da imunodeficiência em felinos –“AIDSF” x presença de vírus; 9. Rações para gato são enriquecidas com o aminoácido tiamina. 10. Bigodes x “pêlos” especializados/sistema sensorial. C) CAVALOS - Equus coballus “O cavalo é um dos poucos animais cuja história evolutiva foi possível reconstruir com satisfatória exatidão”. Em época remota o tamanho era de um cão policial; do período pré- histórico ...até hoje: igual às dimensões atuais; diferenças climático-alimentares entre outras devem ser as responsáveis pelas variedades da espécie e também das características de aptidões. Evolução: Hyracotherion (Eohippus) – 60 milhões de anos atrás (45 cm); Miohippus – 30 milhões de anos atrás (1,20m); Equus – o cavalo moderno das épocas glaciária e moderna. O cavalo é um mamífero perissodátilo (ungulado – casco de dedos ímpares), solípede (dedos soldados), doméstico. Possui apenas um artelho (3º. artelho), calcanhar levantado, anda sobre o casco cornificado da extremidade do terceiro (3º.) artelho Sobre suas migrações: grandes migrações: a primeira p/ Leste dando origem às espécies chinesas e mongoloides; a segunda p/ Oeste, alcançando a Europa; a terceira, a mais importante dirigiu- se para a Ásia Menor, o Iran, Índia e Arábia, espalhando-se pelo norte da África e atingindo a Europa pela Grécia. A América e a Austrália nunca foram povoadas por hordas de verdadeiros cavalos selvagens. Os cimarrons e mustangues, da América do Norte, e os bumbies, da Austrália, são espécies involuídas do cavalo doméstico fugido do cativeiro. A classificação das raças é muito difícil, pois, apresentam variações de dimensões e de aparência externa dentro de uma mesma raça. A classificação quanto à sua aptidão: A. cavalos de velocidade ou sela Exemplos: árabe, puro-sangue inglês............ B. cavalos de força ou tiro Exemplos: glydesdale , percheron, belga, bretão............ Os cavalos pequenos (pôneis) foram desenvolvidos na Grã-Bretanha (grande produtor de pôneis). Em relação ao Brasil: Início dos rebanhos: 1534/1535 por Martim Afonso e Tomé de Souza (São-Vicente, Pernambuco e Bahia). O Rio Grande do Sul recebeu cavalos importados através do Prata. Destacam-se as seguintes raças: A. Mangalarga B. Campolino C. Crioulo. Outras raças que são criadas: árabe, puro-sangue inglês, bretão, percheron entre outras (tipo rústico, o sertanejo, o mimoseano e o pantaneiro). O Zoológico de Praga em 2011 reintroduziu quatro cavalos de przewalski – Equus przewalskii (espécie que chegou a ser extinta na natureza, Mongólia (lembra o burro)). A utilização dos cavalos pode ser assim citada: 1. Caça; 2. Guerra 3. Corrida; 4. Torneios Saltos – Equitação; 5. Polo e Gincanas; 6.Transporte; 7.Agricultura; 8.Comércio; 9.Circo 10. Policiamento 11. Propaganda e 12. Passeio. São dados gerais: I - Anatomia (partes de um cavalo – vide disciplina de ANATOMIA); II – Peso e altura: 300 / 400 kg - 1,50 / 1,60 m; III – Herbívoro – estômago pode conter até 16 litros; IV – Audição, “visão” ,olfato/narinas bem desenvolvidos; V – Vida média: 15 anos ; VI- Desenvolvimento depende: da raça e do tratamento que recebe. Cresce até cinco (05) anos de idade; VII – Potros = cavalos jovens x garanhões/éguas (adultos); VIII – Égua para reprodução: no 3º. / 4º. ano de vida; IX- Gestação: onze (11) meses. Notas: Gotland, Cavalo Sueco de Sangue Tépido, Freiberger, Lipizzaners, Palomino, Quarter Horsers, Missouri Fox Trottint Horse, Cleveland bays, Hachneys, Shires, Clydesdales, Suffolk Punches, Welsh, Connemara. Pintos (pintado), cavalos pampas: Overos (branco e preto) e Tobianos (branco e qualquer outra cor, menos preto), Passo Fino, Mexicano nativo. Crioulo do Rio Grande do Sul, Crioulo venezuelano, Crioulo argentino, Turkoman, Daraschouli ou Shirazi , Walers, Brumbies. São dados genéticos: pares de cromossomos = 32 pares e ou 64 cromossomos; cariótipo alterado, logo, fenótipo alterado: 63, X – Hipoplasia ovariana; 63, XX- Hipoplasia ovariana; 65, XXY- Intersexualidade 64, XX – Intersexualidade; 66, XXXY – Intersexualidade; 65 XXY / 64,XY / 64 XX / 63,X – Intersexualidade MUAR É O TERMO PARA DESIGNAR MULAS E BURROS Geração P: pais de “espécies” diferentes F1: descendentes são híbridos estéreis P: jumento x égua F1: burro e/ou mula ou F1: mula e/ou burro Mula apresenta 63 cromossomos; Burro apresenta 62 cromossomos “Cromossomos vindo fêmea não possuem o homólogo vindo do macho e vice – versa”. P: jumento x égua = F1 com mais casco e maior tamanho P: cavalo x jumenta = F1 com menos casco e menor tamanho D) BOVINOS – Bos taurus taurus e Bos taurus indicus Duração do Cio: de 10 até 30 horas; sem fecundação, o intervalo médio entre dois cios consecutivos será de 21 dias (três semanas); gestação: de 9 a 9,5 meses; número de pares de cromossomos: 30; número de cromossomos: 60 (bovino doméstico); o búfalo: 2n = 54 cromossomos sendo n = 27 pares; búfalo asiático: 2n = 48 cromossomos sendo n = 24 pares. RAÇAS: as diferenças devem-se: essas diferenças são atribuídas às diferenças da “seleção” às quais foram submetidas durante o processo evolutivo. Cada raça possui composição genética diferente, principalmente para características ao tipo racial: -cor de pelagem, presença ou ausência de chifres; -conformação do perfil da fronte; -tamanho de orelha........ -para atributos relacionados com habilidade de adaptação ao ambiente Diversidade genética - UTILIZADA DE TRÊS MANEIRAS 1. Criação ou Introdução da raça pura melhor adaptada ao Sistema de Produção; 2. Formação de Novas Raças; 3. Utilização de Sistemas de Cruzamentos Classificação/Sistemática Ordem: Artiodactyla Família: Bovidae Subfamília: Bovinae Gênero: Bos Espécie: Bos taurus Subespécies: Bos taurus taurus (gado taurino) “origem europeia” Angus, Caracu, Charolais , Decon, Frísia, Hereford, Jersey, Limousin, Nguri e Simental (Semental) Subespécie - Bos taurus indicus (gado zebuíno) “origem asiática” Brahman; Gir; Guzerá; Hariana; InduBrasil; Nelore; Zebu Produção animal: recursos, genéticos + ambientais + socioeconômicos + práticas de manejo + outras Interações. Há no mundo mais ou menos 1000 raças de bovinos. No Brasil há por volta de 60 raças. Raças brasileiras: origem: cruzamento entre as demais P: taurus x indicus F1: híbridos 1. Nelore x Zebu = Naobrasil 2. Simental x Zebu= Simbrasil 3. Holandês x Gir = Girolando 4. Holandês x Simental = Toledo 5. Devon x Brahman = Bravon 6. Charolais x Zebu = Canchim 7. Redpol x Zebu = Pitangueiras RAÇAS CRIOULAS BRASILEIRAS Caracu (SP), Crioulo lageano (SC), Curraleiro (PI), Mocho nacional (SP e GO), Pantaneiro (MT). E) SUÍNOS –Sus domesticus / Sus scrofa domesticus O cio dura de dois até três dias; o suíno doméstico possui 2n= 38 cromossomos e a gestação dura de 113 até 115 dias. Já o javali possui 2n = 36, 37 e 38 cromossomos e sua gestação dura em média 121 dias. O número de partos/ano dos suínos em geral e iguala dois. O número de crias por parto (F1...= 12 até 14). A mãe produz/dia= 2,5 até 7 litros de leite; o leitão mama até 42 dias, são sensíveis ao frio. Vida média é de 10 anos; adultos são sensíveis ao calor. São raças mais comuns no Brasil : DUROC: 1ª. raça introduzida no Brasil; HAMPSHIRE: pelagem preta com faixas brancas; LARQUE WHITE: apresenta alta prolificidade; LANDRACE: utilizada na produção de híbridos; MOURA: raça nativa; PIAU: raça nativa, possui alta rusticidade; PIETRAIN: possui excelente massa muscular; WESSEX: raça a ser substituída x raça moderna. Nota: doença reprodutiva mais comum na criação de suínos é a PARVOVIROSE (difere da canina), causa morte embrionária entre outras consequências. Porco doméstico – sistemática (classificação) Ordem: Artiodactyla Família: Suidae Gênero: Sus Espécie: Sus domesticus ou Sus scrofa domesticus SOBRE JAVALI, PORCO DO MATO (Cateto, Caititu, Patira) e QUEIXADAS O Javali é nativo da Europa, Ásia e Norte da África, há 04 subespécies. O porco do mato é nativo do Brasil – Tayassu tajacu. Queixadas são nativos do Brasil – Tayassu pecar.i Classificação do porco do mato e de queixadas Família: Tayassuidae Gênero: Tayassu Espécies: Tayassu tajacu e Tayassu pecari Nota: apresentam pelo áspero, cinza mesclado de preto com uma faixa de pelos brancos ao redor do pescoço (tipo de colar). Não apresentam dimorfismo sexual (no macho é visível o escroto a curtas distâncias). JAVALI – BANDAMENTO CROMOSSÔMICO GTG: Permitiu a identificação da translocação ROBERTSONIANA* entre os cromossomos 15 e 17 como responsáveis por esse tipo de POLIMORFISMO. É bom lembrar, no JAVALI: 2n= 36,37 e 38 cromossomos. *= Sobreposição de cromossomos: 15/17 1.Porco monteiro 2. Porco vermelho 3. Porco híbrido BARBIRUSAS do Malaio: “porco-veado” (Podem estar relacionados com hipopótamos Embriologia de AVES: são animais de sexos separados (dióicos), todos de fecundação interna e ovíparos. Os ovos são muito ricos em vitelo (ovo telolécito com diferenciação completa, denominado também de megalécito). O ovo apresenta casca calcárea, porosa e protetora. (vide descrição do ovo de galinha: fecundado e não fecundado). São organismos amniotas e alantódianos, não há estágios larvais (larvas). A Embriologia da ordem Galiformes, (galinhas, jacu, mutum e uru) é bem conhecida, em particular da galinha. DADOS DA EMBRIOLOGIA DA GALINHA: Na galinha, somente o ovário esquerdo é funcional, o direito é vestigial. Há possibilidades do ovário direito de se desenvolver. Como orientação geral, disseque uma franga ou uma galinha, e observe os órgãos constituintes do sistema reprodutor: examine o ovário e identifique: oogônias em fase de desenvolvimento e os folículos que se projetam na sua superfície, nestes (folículos) é possível observar cicatrizes, locais em que ocorre a ovulação (com a ruptura da parede do folículo, o óvulo (gema) é eliminado do ovário e entra no oviduto; reconheça as diferentes partes do oviduto: 1. funil; 2. magnum ou câmara (local de produção do albúmen); 3. istmo; 4. útero (câmara de calcificação); 5. vagina. O oviduto, possui aproximadamente 30 cm, tendo assim em uma de suas extremidades o ovário com os óvulos e na outra extremidade ele desemboca na cloaca. A câmara de albuminização é a região mais dilatada e precede o istmo. Ovário e intestino apresentam saídas distintas, porém, desembocam numa única abertura, a cloaca. Os ovos das aves são telolécitos (megalécitos ou ainda macrolécitos), pois, é possível se observar uma quase completa separação entre o citoplasma e o vitelo (deutoplasma), ovos esses também encontrados em: elasmobrânquios, teleósteos, répteis e monotremados. Quebre um ovo fresco de galinha e coloque todo o seu conteúdo em um recipiente de vidro com água.* O citoplasma contém o núcleo e corresponde a uma pequena área esbranquiçada denominada de blastodisco, localizado superficialmente na gema, no pólo animal. São tamanhos do blastodisco: diâmetro de 4mm enquanto da gema: 40 mm, portanto, uma relação de diâmetros de 1/10. O blastodisco contém o óvulo, o qual fica envolvido pela membrana vitelínica (membrana que envolve a gema); o pelo córion e por dois tipos de albúmen, o denso (este está formando dois cordões, um à direita e outro a esquerda, enrolados em espiral, a chalaza) e o fluído e por duas membranas da casca, a interna e a externa e ainda a casca. A grande diferença morfológica entre o óvulo e o ovo fecundado, é que o blastodisco deste é maior, porque a figura embrionária inicia o processo de segmentação ou clivagem. A câmara de ar é observada no pólo menos afunilado, no mais “bojudo”, abaixo da membrana interna. O maior volume do ovo é representado pela albumina. * Para observação microscópica: remova a casca aos pedacinhos e retire a clara com uma pipeta, até que a margem externa da blastoderme fique acima do nível da clara. Fixe o material em formol nítrico 3:1 a 10% e deixe por vinte minutos, seccione e coloque a blastoderme para um vidro de relógio com água. Remova os resíduos de gema e substituir a água pelo fixador Bouin (até seis horas). Deixe a seguir no álcool 70% por 24 horas desenvolvendo alguns dos métodos: Conklin ou Grenacher. Examine também dois ovos cozidos, um não fecundado e outro fecundado “galado – a fecundação ocorre no indundíbulum, a deposição dos espermatozóides ocorre na cloaca e estes se dirigem até aí)”. Retire a casca e faça um corte longitudinal com “ fio de cabelo”. Observe com atenção que na gema há duas colorações, uma central mais esbranquiçada, denominada de gema branca ou látebra e outra mais externamente amarelada e “empacotada”. É possível observar ainda a deposição alternada de caroteno que ocorre durante o dia e não à noite, essa deposição promoverá camadas de gema branca (sem caroteno) e gema amarelada (com caroteno). O núcleo também poderá sofrer descolamento da parte central para a periferia, deixando o citoplasma centralmente, formando a látebra. O núcleo se localiza no final do “pescoço da látebra – eixo contínuo da látebra até a extremidade do pólo animal. Ainda em relação à gema: é composta de lipídios, carboidratos, proteínas, água, sais minerais, glicogênio , vitaminas e enzimas. Na clara (albúmen), encontramos: água, proteína albumina, glicose e sais minerais. A membrana interna da casca é denominada de mamilária, possui sais de cálcio (é calcárea), enquanto a externa é esponjosa e contém a cutícula porosa. A casca pode ter colorações alteradas devido a diversos pigmentos existentes na camada esponjosa. Na formação do ovo, a gema (óvulo) que sai do ovário (ovulação) pela ruptura do folículo, gasta um tempo de 15 minutos aproximadamente. A gema (óvulo) cai no funil onde permanece por volta de 18 minutos e partir daí, graças aos movimentos peristálticos do oviduto se desloca em direção à cloaca. Porém, antes passa pela câmara de albuminização (magnum), onde permanece por volta de três horas, recebendo um albúmen bem denso. Já no istmo, a estrutura recebe as duas membranas, a interna e a externa, permanecendo aí por volta de uma hora. Descendo ainda, agora no útero, o ovo permanece cerca de vinte horas e recebe a casca calcárea, produzida por glândulas uterinas de calcificação. Todo o processo morfofisiológico descrito leva em média vinte e quatro horas, daí, a ovipostura da galinha ser de um único ovo diário. O ovo vive todo esteprocesso numa temperatura de 39 – 40º.C, onde são iniciadas as primeiras fases do desenvolvimento (segmentação, desde que fecundado). Quando ovos são incubados em chocadeiras, os mesmos ficam numa temperatura de 39º.C (102º.F), e a 98 % de umidade relativa. Consulte os trabalhos sobre Embriologia normal da galinha, publicados por Hamburger e Hamilton (1951/1952). Segue abaixo alguns dados: A. Antes da ovipostura (postura): ocorre a maturação e a fecundação (o óvulo se localiza no sistema reprodutor feminino, no oviduto, acima do istmo); ocorre a segmentação inicial até o estágio de formação dos 32 blastômeros (se localiza no istmo), aqui se formam as membranas terciárias; ocorre a segmentação propriamente dita com a formação do periblasto (são células blastodérmicas ainda não separadas definitivamente por membranas) e do folheto endoderma. Em outras palavras, a segmentação é restrita a uma pequena área citoplasmática (o blastodisco) localizada no pólo animal. Forma-se uma “calota” de células, “o blastoderma” e não uma mórula. A blastocele, assim formada (cavidade) fica entre esta calota e o vitelo Esta última ocorrência se dá no útero. B. Depois da ovipostura (postura). O processo da gastrulação, formação dos folhetos embrionários, é bem curta, formada por duas fases distintas: a) origem do endoderma por delaminação do blastoderma. Tem início antes da postura e pode variar se o ovo foi colocado no período da tarde ou ficou retido durante toda à noite e só será colocado na manhã seguinte. Este processo influência o desenvolvimento do folheto medoderma. O folheto endoderma se relaciona com a formação de todo o epitélio gastrointestinal, glândulas como o fígado, órgãos respiratórios, alantóide e cloaca. b) formação do mesoderma. Na cabeça do embrião, este folheto não se organiza em epitélio, origina células soltas denominadas de mesenquimais e responsáveis por originar tecidos conjuntivos. O mesoderma constitui com o ectoderma o somatopleura e com o endoderma o esplancnopleura. Forma os somitos, os quais se diferenciam em dermátomo, miótomo e esclerótomo, sistema circulatório (coração, veias e artérias, capilares); gônadas; nefrótomos; arcos aórticos, celoma, notocorda. Nota: A área pelúcida se constituiu por dois epitélios, o mais superficial, denominado de epiblasto e a camada inferior incompleta de hipoblasto (futuro endoderma, de localização mais interna). O epiblasto, no início se encontra na região médio-posterior do blastodisco, constituindo a linha primitiva, pelo seu desenvolvimento, se constitui um sulco ou fenda primitiva, e quando em sua extremidade anterior se constitui na fossa primitiva, dá-se o nome de nó de Hansen. O ectoderma se localiza anteriormente ao nó de Hansen é formará todos os componentes do sistema nervoso, hipófise, células como os melanócitos. DIVERSOS DADOS – EMBRIOLOGIA DE AVES: 1. Interpretação de lâminas de embriões de aves: devido ao processo de flexura (curvatura) cranial e cervical e ainda devido a torção da metade anterior do embrião, os cortes transversais são complexos de interpretação. Exemplo: uma secção transversal na região anterior do embrião pode apresentar o telencéfalo e o mielencéfalo; outros cortes poderão demonstrar parte da cabeça e parte do corpo como se fossem estruturas separadas. Em lâminas de embrião, nos estágios iniciais, o âmnio, representa a membrana mais interna e o córion ou serosa, a membrana mais externa. Essas membranas apresentam ecto mais meso ou endo mais mesoderme. Em secções que atingem o olho, identifique os cálices ópticos e vasos sangüíneos (veias cardinais anteriores, futuras jugularis. 2. Descrição básica do sistema circulatório: a circulação embrionária possui três circuitos. O coração, de origem mesodérmica, é o centro comum, onde o sangue é misturado. Os três circuitos são: a) circulação vitelínica: leva sangue para o saco vitelínico, logo, o vitelo é absorvido. O sangue retorna para o coração com vitelo e é distribuído assim, material nutritivo para as células em desenvolvimento; b) circulação alantóidica: é observada a partir do 3º./4º.dia de incubação, seu desenvolvimento é paralelo ao crescimento do alantóide. Transporta o sangue para o alantóide e deste para o coração; c) circulação intraembrionária: desenvolve também a partir do mesoderme grande quantidade de vasos sangüíneos distribuidores “artérias” e coletores “veias”. Apresentam função semelhante, porque trazem nutrientes e oxigênio e levam dióxido de carbono e material nitrogenado. Nota: Em répteis, aves e mamíferos, os principais vasos sangüíneos que ligam o coração com a aorta dorsal, são derivados do 4º. par de arco aórtico. No caso dos répteis, esta condição pareada persiste no adulto, mas nas aves, degenera-se o 4º. arco esquerdo, deixando correspondente o direito, ocorrendo o contrário nos mamíferos. 3. Descrição básica do sistema digestório: no início há uma bolsa totalmente fechada tanto anteriormente como psteriormente. Por volta do 3º. dia, surge comunicação com o meio exterior, pela ruptura da placa oral (ectoderme mais endoderme). Posteriormente, no adulto, região de transição da boca/bico à faringe. O intestino anterior se torna alargado e constitui a faringe. Desta parede de endoderma, surgem glândulas endócrinas como a tiróide e as paratiróides, papilas endodérmicas a partir do assoalho faríngeano, as quais formarão a língua. Desta parede faringeana também surgem os brotos traqueiais e devido ao seu crescimento por evaginação traqueal surgem os pulmões. Posterior à glotis, surge o esôfago e mais caudalmente o estômago. Há presença de intestino médio e posterior. No adulto costuma-se afirmar que esse sistema é completo e complexo. Há bico (diferentes formas e tamanhos); não há dentes; o esôfago apresenta uma dilatação, o papo, para armazenar e amolecer os alimentos; segue-se um estômago químico, um estômago mecânico (a moela), o intestino e a abertura denominada de cloaca. Fígado e pâncreas são glândulas digestivas e de origem endodérmica.turvação ou mesmo odor fétido observado é indício de patologia. Em bovinos e equinos poderemos encontrar massas discoides, com consistência semelhante à borracha , lisas no líquido alantoideano, denominados respectivamente de boomanes e hipomanes. Acredita-se serem de origem de pelos fetais e mecônio. Quantidade e coloração do líquido amniótico nas diversas espécies encontram- se descritos no quadro 1 O líquido amniótico possui as seguintes funções: 1. Proteção mecânica do feto 2. Proteção térmica do feto 3. Proteção mecânica da mãe 4. Proteção contra desidratação, atrito e aderência 5. Movimentação fetal e artrogênese 6. Exercício da função renal 7. Dilatação da cérvix uterina e lubricação e lavagem do canal do parto Alantóide O alantóide é um saco fechado de dupla camada(2 folhetos). Em algumas espécies o alantóide envolve total mente o feto (equinos) em outras parcialmente. Os dois folhetos, o interno e o externo faze m ligação com o âmnio e o com o córion respectivamente. Este espaço formado é chamad o de saco alantóidiano, espaço alantoideano. A porção de contato entre o alantóide e o cór ion denomina-se alantocórion; a porção em contato com o âmnion chama- se alantoâmnion. O espaço alantoideano está repleto de líquidos, porém o alantóide receb e basicamente produtos de excreção fetal e secreções da mamebrbana alantoideana. É um líquido que com o decorrer da gestação é rico em ácido úrico, uréia e pequenas quanti dades de Na e Cl. Se houver sofrimento fetal no final da gestação, ele terá a presença de f ezes fetais. Estes dois sacos protegem o feto contra choques mecânicos. Nos carnívoros o líquido alantoideano tem coloração esverdeada. Quantidade e coloração do líquido alantoi deano nas diferentes espécies: Funções do alantóide: 1.Formação de placenta alantocoriônica 2.Acúmulo de excretas 3.Indução à formação dos vasois umbilicais 4.Origem do úraco e da bexiga urinária Córion e Placenta Está em contato com o folheto externo do alantóide e constitui-se de membrana extremamente irrigada. Através dele é que se faz as trocas entre mãe e feto. O que vem da mãe é absorvido e difundido pelo córion através do cordão umbilical Só ne ste momento falaremos então de placenta. A placenta é representada pelos pontos de ligação entre o córion e o endométrio materno. Em gestações mútiplas ( suínos) os sacos coriônicos situam- se muitas vezes em sustaposição podendo ococrrer fusão e anastomose de vasos alantoid eanos. Quando ocorre em bovinos gêmeos ocorre o free-martinismo. Placentação Processo de ligação entre o córion e o endométrio materno. Podemos classificar em: a. Placenta zonária Formam-se no córion vilosidades que se aderem ao endométrio, formando um cinturão ao redor do feto. Histológicamente é denominada placenta endotéliocorial . Ex: carnívoros. b.Placenta discoidal Os pontos de inserção entre córion e endométrio apresentam- se como discos em certos locais do córion. É também denominada de hemocorial. Encontr ada nos primatas. c.Placenta difusa Os pontos de contato entre córion e endométrio materno estão presentes em toda superfíci e coriônica, menos na junção útero- tubárica e região cervical. Também chamado de epitéliocorial. Encontrada na égua, jument a e porca. d. Placenta cotiledonária No córion estão presentes estruturas denominadas cotilédones, q ue são providas de vilosidades. Estas vilosidades vão se unir à região uterina denominada de carúncula. Histológicamente é epitéliocorial. Presente na vaca, pequenos ruminantes. N as vacas as carúnculas são convexas e nas ovelhas côncavas. As placentas também podem ser classificadas quanto à perda de tecido materno no nasci mento em: a.Adecíduas ou não deciduadas: onde não ocorre perda de tecido materno, no caso de porcas, éguas e ruminantes. b.Decídua : onde ocorre perda extensa ou moderada de tecido materno, no caso de primatas e carnívoros domésticos. Placentoma É a junção cotilédone- carúncula. Com o passar da idade fetal esta estrutura aumenta de tamanho porque as nec essidades fetais também aumentam. Quando ocorre o nascimento e liberação normal dos envoltórios fetais vê- se o cotilédone como uma esponja escura colada ao córion. No início da prenhez em égua s e porcas a placenta consiste numa simles aposição de epitélio fetal e materno, porém ent re os dias 75 e 110 de gestação na égua o complexo origina a formação de microcotilédon es. As criptas endometriais são características únicas da placenta equina. Estas criptas sã o formadas pela invasão do endométrio por uma banda especializada de células trofoblásti cas que se descamam das memebranas fetais por volta do 38° dia de gestação. Nas ovelh as os placentomas somam entre 90 e 100 e são distribuídos entre cornos uterinos gravídic os e não gravídicos. No gado somam entre 70 e 120 . Função básica do córion É através desta ligação que ocorrem as trocas entre mãe e feto . O córion constitui uma barreira para substâncias estranhas., além de realizar nutrição e e xpulsão. Algumas drogas conseguem atravessar a barreira placentária. Antes de medicar uma gestante devemos lembrar de ver se a droga é capaz de se difundir. Nos carnívoros ocorre difusão passiva de imunoglobulinas. Outras espécies adquirem esta imunidade no colostro. O córion têm como funções básicas: 1.metabolismo e trocas através de difusão simples; transporte ativo; fagocitose e pinocitos e; 2.respiração: troca de gazes 3.proteção à substâncias estranhas sendo barreira microbiológica 4.imunoproteção 5.armazenar certas substâncias - glicogênio e ferro (por exemplo) 6. síntese de hormônios gonadotróficos, somatotróficos, estrogênicos e progestágenos 7.neutralização de toxinas Cordão Umbilical Assim como o córion ele difere de espécie para espécie na sua constituição. Ele é o ponto básico de contato entre o córion e o feto. Existem diferenças nas diferentes espécies. Nos bovinos possuem 2 artérias e 2 veias e nos equinos e suínos possuem 1 artéria e 1 veia. A artéria umbilical conduz sangue venoso ( sem 02) do feto para a placenta e a veia umbili cal conduz sangue arterial (com 02) da placenta para o feto. Os produtos conduzidos para o feto pela veia umbilical e a excreção saem pela artéria umbilical. Em geral o cordão umbi lical tem um ponto frágil, a própria seleção faz isto. Assim que o feto ultrapassa o cinturão pélvico ele se rompe, menos nos carnívoros onde não há evidência que exista este ponto frágil, por isso é muito comum cadelas parindo mastigando o cordão umbilical para favorec er este rompimento. Após o nascimento a vei umbilical transforma- se em ligamento redondo do fígado e as artérias umbilicais se transformam em ligamento r edondo da bexiga e ligamento lateral da bexiga. O cordão umbilical é o ponto básico de co ntato entre o córion e o feto. Comprimento do cordão umbilical nas diversas espécies: Co rdocentese Também conhecido como funiculocentese. É feito ,em medicina humana, por meio de uma agulha que atravessa o abdômen da mãe. É indicado a partir da 20a semana de gestação. Além do estudo genético , avalaia as condições de oxigenação do feto, a oc orrência de infecções e os riscos de má- formações. Sua técnica também é utilizada para realizar transfusões de sangue para o feto . Para acessar este conteúdo clique no link. Bom estudo! Exercício 1: O núcleo da célula é envolto por um envelope nuclear de membrana dupla que mantém isolando seu conteúdo do resto da célula. O núcleo mantém a segurança dos genes e controla as funções de toda a célula regulando a expressão genética. É por isso que o núcleo é às vezes referido como o centro de controle da célula. Leia as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta quanto ao núcleo celular. I. Os cromossomos são componentes do núcleo. II. A carioteca ou membrana nuclear contém poros. III. O DNA mitocondrial faz parte do núcleo. IV. O nucléolo é formado principalmentepor RNA. A) As afirmativas I, II, III e IV são falsas. B) As afirmativas I, II, III e IV são verdadeiras C) Apenas as afirmativas I, II e III são verdadeiras D) Apenas as alternativas I, III e IV são verdadeiras E) Apenas as alternativas II, III e IV são verdadeiras. https://adm.online.unip.br/img_ead_dp/82125.pdf https://adm.online.unip.br/img_ead_dp/82125.pdf Exercício 2: O código genético é a relação entre a sequência de bases no DNA e a sequência correspondente de aminoácidos, na proteína. Neste processo a informação contida no DNA é transformada em informação. Assinale a alternativa que completa a frase a seguir. O processo de ______ é aquele que envolve a cópia da sequência de DNA de um gene para produzir uma molécula de RNA. A) transcrição B) duplicação C) tradução D) alinhamento E) condensação Exercício 3: Existem características de produção nos animais que podem ser afetadas pelo meio ambiente. Então podemos dizer que a manifestação de um caráter de produção animal conhecida como (1) é influenciada pela interação entre o (2) e o meio ambiente. Assinale a alternativa correspondente as palavras que podem ser usadas corretamente para substituir, respectivamente, o número 1 e 2. A) fenótipo e genótipo B) genótipo e fenótipo C) genótipo e gene D) cariótipo e fenótipo E) gene e fenótipo Leis de Mendel Introdução. O núcleo celular apresenta estruturas no seu interior um mapa de todas as características do indivíduo. Esse mapa é formado por uma substância chamada de DNA. O DNA, se organiza no interior do núcleo celular em forma de estruturas chamadas de cromossomos. Cada espécie animal apresenta um número de cromossomos no interior o núcleo celular. Por exemplo, os seres humanos apresentam 23 pares de cromossomos, os bovinos 38 paras, os ovinos 31 pares e assim sucessivamente. A essa característica dá-se o nome de cariótipo. Além disso, dentro de cada cromossomo, que nada mais é do que um filamento de DNA, existem regiões específicas que produzdm proteínas que são responsáveis pela manifestação de certas características do indivíduo. A essas regiões se dá o nome de gene. O gene é um conjunto de bases nitrogenadas que irão ser traduzidas em proteínas e que darão origem a características dos seres (ex: presença de chifre, cor do pelo, altura....). Normalmente cada característica dessas é formada por, no mínimo, um par de genes, que ocupam a mesma posição (locus) em cromossomos homólogos (pares), e em indivíduos normais, estão sempre no mesmo par de cromossomo (ex: a presença de chifre está em todos os bovinos no 5 par de cromossomo). Mas como uma mesma característica, que é expressa no mesmo par de genes, para os diferentes animais pode diferir entre eles (ou seja, como alguns touros podem ter chifres e outros não)? Essas diferenças estão baseadas nas características dos genes, ou seja, esse local pode ser ocupado por genes alelos (genes que ocupam o mesmo locus em cromossomos homólogos) diferentes se esses são dominantes ou recessivos. No início, não se conheciam nem genes, nem cromossomos e muito menos o DNA. No entanto, sabia- se que os animais, seres humanos, plantas..... descendentes dos cruzamentos entre os machos e femeas tinham características SIMILARES aos pais que, portanto eram herdadas. Um abade austríaco, chamado, Gregor Mendel, foi o primeiro a estudar como isso poderia acontecer. Gregor J. Mendel nasceu em 1822 no ano de 1843 ingressou no mosteiro Altbriinn, que pertencia à Ordem dos Agostinianos, na antiga cidade de Bruiinn, Áustria, hoje Brno, República Tcheca. Com 25 anos, foi ordenado monge. No mosteiro, além das atividades religiosas, Mendel cultivava exemplares da espécie Pissum sativum, a conhecida ervilha-de-cheiro. Utilizando seus conhecimentos em botânica e horticultura, realizou cruzamentos experimentais entre espécies de ervilhas puras, obtendo ervilhas híbridas. Durante oito anos (1856 a 1864) Mendel realizou experimentos considerando características isoladas, isto é, trabalhando uma característica da planta de cada vez, como por exemplo: a cor verde ou amarela da semente, sua forma lisa ou rugosa, a forma da vagem lisa ou ondulada. Mendel contava o número de descendentes gerados em cada cruzamento de acordo com a característica analisada. Esses dados permitiram-lhe deduzir as leis que governam a hereditariedade. Mendel estudou outros vegetais e alguns animais, e a escolha pela ervilha não foi ao acaso, e sim por apresentar qualidades que facilitavam seu manuseio e suas pesquisas. Ele realizou polinização cruzada para ter certeza dos resultados de seus cruzamentos intencionais e para evitar a autofecundação. Mendel estudou as variações em ervilhas-de-jardim (ou ervilhas-de-cheiro), controlando os resultados dos cruzamentos. As flores das ervilhas mostraram-se adequadas, pois a disposição das pétalas de uma flor impede a entrada do pólen de outra, permitindo apenas a autofecundação. Mendel iniciou seus trabalhos obtendo linhagens puras, isto é, plantas que, por autofecundação, só originavam descendentes iguais a elas mesmas em relação à determinadas características Mendel autofecundou as ervilhas amarelas entre si até conseguir uma linhagem pura dessas ervilhas e fez o mesmo com as ervilhas verdes. Também chamada de geração parental. Mendel já tinha conhecimento de algumas características de hereditariedade. F1= Ao analisar os resultados obtidos constatou que as sementes verdes haviam desaparecido na Primeira Geração (F1) (descendentes híbridos), no entanto a característica cor da semente foi herdada, uma vez que tal característica na geração das ervilhas filhas estava presente em pelo menos uma ervilha da geração parental (pais). Mendel concluiu que a semente amarela deveria “dominar” sobre a semente verde e chamou o caráter de formação de semente amarela Dominante e da semente verde de Recessivo. F2= Em seguida realizou autofecundação com a geração F1 e para sua surpresa as sementes verdes “reapareciam” sempre na proporção 3:1 (amarelas : verdes). Constatou-se que na verdade, a cor verde das sementes não havia “desaparecida” nas sementes da geração F1. O que ocorreu é que ela não tinha se manifestado, uma vez que, sendo um caráter recessivo, era apenas “dominado” (nas palavras de Mendel) pela cor amarela. Mendel concluiu que a cor das sementes era determinada por dois fatores, cada um determinando o surgimento de uma cor, amarela ou verde. Como explicar que na F1 todas as sementes foram amarelas e o resultado do cruzamento destas (F2) apresenta sementes amarelas e verdes? Simples, Mendel concluiu que a cor das sementes era determinada por dois fatores, cada um determinando o surgimento de uma cor, amarela ou verde, que se separam na formação dos gametas e se unem na formação de um novo indivíduo. Essas sementes apresentam fatores para as duas cores, no entanto, os fatores da cor amarela dominam os fatores para a cor verde. Como na F2 ocorreu a presença de sementes de cor verde, esse fator deve ter sido herdado das gerações anteriores até se manifestar na F2. Ou seja, a herdabilidade deste ocorreu através dos fatores que só poderiam ter sido transmitidos para as gerações subsequentes por meio dos gametas! Enunciado da primeira lei de Mendel (Lei da pureza dos gametas ou Lei da segregação dos fatores) “Cada caráter é determinado por um par de fatores que se separam na formação dos gametas, indo um fator do par para cada gameta.” Os fatores ditos por Mendel, são na verdade os genes. Como Mendel estudou a cor das ervilhas, ele avaliou a mesma característica (cor) nos diferentes cruzamentos. Cada característica específica ocupa o mesmo locus de cromossomos homólogos e assim é segregada durante a meiose, para os gametas. Como Mendel observou somente duas cores, ele identificou que um par de fatores seriam responsáveis pela manifestação dessas cores. E mais importante esses fatores são passados da geração parental para a geração dos filhos (hereditariedade) 02.Reproduçãocelular e sua importância: ciclo celular mitótico (mitose) e meiótico (meiose). Gametogênese: espermatogênese e oogênese. O ciclo celular são os estágios pelos quais uma célula passa entre uma divisão e outra. Através deste processo é que as informações genéticas passam de uma célula mãe para as células filhas. A progressão do ciclo celular é regulada em pontos chaves de transição denominados pontos de verificação, nestes pontos é garantido que todos componentes celulares estejam presentes e íntegros para a divisão celular. São duas as principais fases da divisão celular: a interfase e a fase mitótica. Na interfase a célula cresce e se prepara para a divisão celular e na fase mitótica ela se divide. Na fase mitótica ou fase M ocorre a mitose. Na interfase o DNA, o RNA e proteínas estão sendo sintetizados. A célula pode entrar ou não em estágio ou etapa G0 (não divisão) e depois ir ao período G1, onde a célula cresce. No estágio denominado período S o corre a duplicação do DNA e no estágio G2 a célula está pronta para se dividir o que ocorrera no estágio M ou mitose. A mitose é composta pelas fases de Prófase, Prometáfase, Metáfase, Anáfase, Telófase e finalmente Citocinese. Na prófase ocorre a condensação dos cromossomos e o início da formação do fuso mitótico. Os centrossosomos - microtúbulos, vão para os polos da célula. Na prometáfase ocorre o rompimento da membrana nuclear, a dispersão dos cromossomos no interior da célula, fixação dos mesmos pelo cinetócoros aos microtúbulos do fuso mitótico e migração dos cromossomos para o polo equatorial celular – processo denominado congressão. Na metáfase, os cromossomos se encontram em condensação máxima com os cromossomos estando localizados na zona equatorial celular. Na anáfase, ocorre a separação dos cromossomos do centrômero e as cromátides irmãs tornam-se independentes e migram para os polos opostos da célula. Na telófase, os cromossomos começam a se descondensar e ocorre a formação de membrana nuclear. Finalmente, na citocinese, as duas células irmãs são formadas por partição (divisão). Neste processo de mitose ocorre a formação de células com o material genético igual a célula mãe, ou seja, uma célula diploide (2n) origina duas células também diploides (2n). Este processo corre com todas células do organismo a não ser para a formação dos gametas, processo denominado gametogênese. Na gametogênese, uma célula diploide (2n) irá originar 4 células haploides (n). Este fato é denominado nas fêmeas de oogênese e nos machos de espermatogênese. Para a formação dos gametas as células passam pelo processo denominado meiose. A meiose é dividida em meiose I e meiose II. A meiose I, também denominada de divisão reducional, possui as seguintes etapas: Profase I (Leptóteno, Zigóteno, Paquíteno, Diplóteno). No leptóteno, os cromossomos já se duplicaram (fase S). As duas cromátides irmãs estão bem alinhadas e não se consegue distinção. No zigóteno, os cromossomos homólogos se alinham (sinapse) pelo processo sinaptonêmico (proteína em forma de fita). No paquíteno, cada cromossomo homólogo é bivalente (tétrade) e ocorre o crossing over (processo onde ocorre a troca de material genético entre cromossomos homólogos). E finalmente no diplóteno o complexo sináptico é desmontado e dois cromossomos homólogos mantém-se unidos somente por pontos chamados quiasmas. Prosseguindo tem-se a metáfase I – onde os cromossomos homólogos pareados se dispõem na região mediana da célula; cada cromossomo está preso a fibras de um só pólo, a anáfase I – o encurtamento das fibras do fuso separa os cromossomos homólogos, que são conduzidos para pólos opostos da célula, não há separação das cromátides-irmãs. Quando os cromossomos atingem os pólos, ocorre sua desespiralação, embora não obrigatória, mesmo porque a segunda etapa da meiose vem a seguir. Às vezes, nem mesmo a carioteca se reconstitui, a telófase I – no final desta fase, ocorre a citocinese, separando as duas células-filhas haploides. Segue-se um curto intervalo a intercinese, que procede a prófase II. Na meiose II existe a prófase II, onde cada uma das duas células-filhas tem apenas um lote de cromossomos duplicados. Nesta fase os centríolos duplicam novamente e as células em que houve formação da carioteca, esta começa a se desintegrar. Na metáfase II, como na mitose, os cromossomos prendem-se pelo centrômero às fibras do fuso, que partem de ambos os pólos. Na anáfase II, ocorre duplicação dos centrômeros, só agora as cromátides-irmãs separam-se (lembrando a mitose). Na telófase II e citocinese, com o término da telófase II reorganizam-se os núcleos. A citocinese separa as quatro células-filhas haploides, isto é, sem cromossomos homólogos e com a metade do número de cromossomos em relação à célula que iniciou a meiose. Neste processo de meiose nas fêmeas, as oogônias (2n) darão origem aos ovócitos (n) e nos machos as espermatogônias (2n) darão origem aos espermatozoides (n) no processo que é denominado gametogênese. Os ovócitos primários estacionam (param) na fase da prófase I diplóteno (A prófase da primeira divisão meiótica). Pouco antes do nascimento, todos os ovócitos no ovário fetal feminino estão nesta fase. A fase de repouso meiótica que começa então é chamada de dictióteno e dura até a puberdade, durante o qual cada mês (e em cada mês subsequente até a menopausa), um par de ovócitos primários completa a meiose e é ovulado. Desde o início da oogênese ocorre um processo de desgaste dos ovócitos; por ocasião do nascimento, permanecem apenas de 1 a 2 milhões de ovócitos primários, e no início da puberdade esse número cai para 400.000. Os ovócitos restantes, que participaram da onda folicular, mas não foram selecionados, tornam-se atrésicos. Após a transformação de oôgonias a ovócitos primários eles se estruturam de tal modo que ficam envoltos por uma camada de células epiteliais e agora são denominados de folículos primários. Um pouco de menos de dois dias antes da ovulação, a maturação do ovócito consiste na ingestão de substâncias que são fornecidos pelas células da granulosa circundantes. Esta troca de substâncias é mediada por processos citoplasmáticos das células da granulosa que são ancoradas através da zona pelúcida na superfície do ovócito. O núcleo do ovócito [2n,] é também amadureceu nos últimos dias antes do pico de LH. Conforme ocorre a ação hormonal ocorre em cada ciclo reprodutivo o crescimento do folículo com acúmulo de líquido em seu antro (antro folicular) e ele passa a ser chamado de folículo secundário e depois próximo à ovulação de folículo terciário. Após a ovulação ocorre o encontro do ovócito e do espermatozoide na tuba uterina. Logo após o momento da fertilzação do óvocito pelo espermatozoide, fuso mitótico, preso na metáfase da meiose em segundo lugar, torna- se ativo novamente. É o sinal para a retomada e término da meiose do ovócito secundário. A espermatogênese é caracterizada por três fases funcionais específicas: proliferação, meiose, metamorfose (diferenciação). Na fase de proliferação, as espermatogônias sofrem várias divisões mitóticas de forma que espermatócitos primários e secundários. sofrem duas divisões da meiose para formar espermátides haplóides. As espermatogônias são dependentes de um microambiente específico (nicho) contribuído pelas células de Sertoli,mióides e Leydig para o desenvolvimento adequado. Durante a meiose, espermatócitos sofrem pareamento cromossômico, sinapses, e ao intercâmbio genético, bem como transformar em células haplóides após meiose. Muitos genes denvolvidos na renovação espermatogónias eo processo meiótico foram identificadas como essenciais para o evento. Os espermatócitos se desenvolvem em espermatozoides, como resultado de uma metamorfose complicada envolvendo grandes modificações estruturais na forma de seu núcleo, compactação dasua cromatina nuclear, a formação de um acrossoma, e a criação de um flagelo que permita motilidade final. A série de modificações que ocorrem para espermátides é conhecido como espermiogênese, uma subdivisão da espermatogênese. Espermatogênese constitui, assim, renovação de espermatogônias indiferenciadas e proliferação, diferenciação espermatogônias, meiose de espermatócitos e metamorfose das esper mátides. Para acessar este conteúdo clique no link. Bom estudo! Exercício 1: A mitose é um processo de divisão celular, contínuo, onde uma célula dá origem a duas outras células. A mitose acontece na maioria das células de nosso corpo. A partir de uma célula inicial, formam-se duas células idênticas e com o mesmo número de cromossomos. Leia as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta. I Na fase de metáfase da mitose é possível a visualização dos cromossomos na zona equatorial da célula, porque II A condensação da cromatina forma os cromossomos que são unidades individualizadas de cromatina presentes no núcleo em divisão. A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa D) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E) As asserções I e II são proposições falsas Exercício 2: A gametogênese é o processo pelo qual são formados os ovócitos nas fêmeas e os espermatozoides os machos. Assinale a alternativa correta quanto a este processo. https://adm.online.unip.br/img_ead_dp/82126.pdf https://adm.online.unip.br/img_ead_dp/82126.pdf A) Assim que o macho e a fêmea nascem todos os gametas já estão prontos para serem liberados quando ele estiver em idade reprodutiva. B) É um processo que se inicia na vida adulta e continua se renovando por toda vida do animal. C) A partir das células mesenquimais são formados os espermatozoides e os ovócitos. D) Os espermatozoides e ovócitos formados tem a metade da quantidade de cromossomos que as células que os originaram. E) O processo de divisão celular para formação dos gametas é a mitose. Exercício 3: A mitose é um processo de divisão celular onde serão formadas duas células filhas com o mesmo número de cromossomos que a célula mãe. A mitose inicia-se após a duplicação dos cromossomos. Assinale a alternativa que contenha a fases do ciclo celular que compõe a interfase. A) M, G0, G1 B) G0, M, G2 C) G1, S, G2 D) S, M, G1 E) G0,S,G2 03.Embriologia de mamíferos eutérios. Anexos embrionários. Tipos de placenta. No momento da fertilização, quando o espermatozoide impregna o ovócito é formando o zigoto que passará por uma ´serie de clivagens (divisões) tornando- se um embrião de 2, 4, 8, 16 células e depois 32 e 64 células que é denominado mórula, Após a fase de mórula ocorre uma migração da massa celular embrionária para uma das regiões do embrião e então ele é denominado blastocisto. O blastocisto possui duas camadas: uma interna e outra externa. A camada interna é o embrioblasto, ou embrião propriamente dito. A camada externa é o trofoblasto que será responsável pela nutrição do embrião antes da implantação embrionária e da formação dos anexos fetais. Após a expansão ou eclosão do blastocisto ele irá se implantar no endométrio e assim se iniciará a formação dos anexos fetais e formação dos órgãos do embrião. Da fertilização até a implantação é o período denominado embriogênese, após a implantação ocorrerá a formação dos órgãos, período denominado de organogênese e após a formação dos órgãos até o momento do nascimento ocorre o período de crescimento do feto. Os envoltórios fetais são estruturas que, além de envolver o feto, possuem funções importantes para a manutenção do feto. Os envoltórios fetais são divididos em dois tipos: transitórios e permanentes. Os envoltórios transitórios são aqueles do início do desenvolvimento que são saco vitelínico e vesícula umbilical., os permanentes são os que permanecem durante toda vida fetal e são eliminados no momento do parto: âmnio, alantoide, córion e cordão umbilical. Saco vitelínico Precursor da vesícula umbilical, cuja função é reserva de nutrientes; função he mopoiética e angiopoiética e dá origem aos gonócitos. Âmnio O primeiro envoltório fetal a aparecer é o âmnio, que é composto de dois folhetos. É um saco de paredes duplas que envolve todo o embrião, menos o cordão umbilical (não é envolto pelo âmnio). Na vaca, ovelha e na égua no período de 13 a 16 dias já temos o âmnio formado, considerando o dia da fecundação como dia 1. Nas porcas e carnívoras domésticas é de 8 a 10 dias. Dentro do âmnio existe o líquido amniótico. Sua origem deriva de urina fetal, secreções do trato respiratório e cavidade bucal do feto e circulação materna. No líquido amniótico, cerca de 98% é composto de água e contém alguns sais minerais (K, Mg, Na, Cl, P), frutose, um pouco de creatinina, pequenas quantidades de uréia, proteínas, enzimas, hormônios. Juntos, mãe e filho, fabricam por dia de três a quatro litros Em geral é um líquido inodoro e claro (sem floculações), apresenta variações de cor e possui viscosidade. O líquido amniótico se renova a cada três horas (mulheres). No final da gestação podemos encontrar um pouco de mecônio, pelos e células. O líquido amniótico é excelente meio de cultura, portanto qualquer turvação ou mesmo odor fétido observado é indício de patologia. Em bovinos e equinos poderemos encontrar massas discoides, com consistência semelhante à borracha, lisas no líquido alantoideano, denominados respectivamente de boomanes e hipomanes. Acredita-se serem de origem de pelos fetais e mecônio. Quantidade e coloração do líquido amniótico nas diversas espécies encontram-se descritos no quadro 1 O líquido amniótico possui as seguintes funções: 1. Proteção mecânica do feto 2. Proteção térmica do feto 3. Proteção mecânica da mãe 4. Proteção contra desidratação, atrito e aderência 5. Movimentação fetal e artrogênese 6. Exercício da função renal 7. Dilatação da cérvix uterina e lubricação e lavagem do canal do parto Alantóide O alantóide é um saco fechado de dupla camada (2 folhetos). Em algumas espécies o alantóide envolve totalmente o feto (equinos) em outras parcialmente. Os dois folhetos, o interno e o externo fazem ligação com o âmnio e o com o córion respectivamente. Este espaço formado é chamado de saco alantoideano, espaço alantoideano. A porção de contato entre o alantóide e o córion denomina- se alantocórion; a porção em contato com o âmnio chama-se alantoâmnio. O espaço alantoideano está repleto de líquidos, porém o alantóide recebe basicamente produtos de excreção fetal e secreções da membrana alantoideana. É um líquido que com o decorrer da gestação é rico em ácido úrico, ureia e pequenas quantidades de Na e Cl. Se houver sofrimento fetal no final da gestação, ele terá a presença de fezes fetais. Estes dois sacos protegem o feto contra choques mecânicos. Nos carnívoros o líquido alantoideano tem coloração esverdeada. Funções do alantoide: 1.Formação de placenta alantocoriônica 2.Acúmulo de excretas 3.Indução à formação dos vasos umbilicais 4.Origem do úraco e da bexiga urinária Córion e Placenta Placentação Está em contato com o folheto externo do alantóide e constitui-se de membrana extremamente irrigada. Através dele é que se faz as trocas entre mãe e feto. O que vem da mãe é absorvido e difundido pelo córion através do cordão umbilical. Só neste momento falaremos então de placenta. A placenta é representada pelos pontos de ligação entre o córion e o endométrio materno. Em gestações múltiplas (suínos) os sacos coriônicos situam-se muitas vezes em justaposição podendo ocorrer fusão e anastomose de vasos alantoideanos. Quando ocorre em bovinos gêmeos ocorre o free-martinismo. Classificação morfológicada placentação refere-se ao processo de ligação entre o córion e o endométrio materno. a. Placenta zonária Formam-se no córion vilosidades que se aderem ao endométrio, formando um cinturão ao redor do feto. Histológicamente é denominada placenta endotéliocorial. Ex: carnívoros. b.Placenta discoidal Os pontos de inserção entre córion e endométrio apresentam-se como discos em certos locais do córion. É também denominada de hemocorial. Encontrada nos primatas. c.Placenta difusa Os pontos de contato entre córion e endométrio materno estão presentes em toda superfície coriônica, menos na junção útero-tubárica e região cervical. Também chamado de epitéliocorial. Encontrada na égua, jumenta e porca. d. Placenta cotiledonária No córion estão presentes estruturas denominadas cotilédones, que são providas de vilosidades. Estas vilosidades vão se unir à região uterina denominada de carúncula. Histologicamente é epiteliocorial. Presente na vaca, pequenos ruminantes. Nas vacas as carúnculas são convexas e nas ovelhas côncavas. O placentoma é a unidade funcional da placenta cotiledonária. O placentoma é a junção cotilédone- carúncula. Com o passar da idade fetal esta estrutura aumenta de tamanho porque as necessidades fetais também aumentam. Quando ocorre o nascimento e liberação normal dos envoltórios fetais vê-se o cotilédone como uma esponja escura colada ao córion. No início da prenhez em éguas e porcas a placenta consiste numa simples aposição de epitélio fetal e materno, porém entre os dias 75 e 110 de gestação na égua o complexo origina a formação de microcotilédones. As criptas endometriais são características únicas da placenta equina. Estas criptas são formadas pela invasão do endométrio por uma banda especializada de células trofoblásticas que se descamam das membranas fetais por volta do 38° dia de gestação. Nas ovelhas os placentomas somam entre 90 e 100 e são distribuídos entre cornos uterinos gravídicos e não gravídicos. No gado somam entre 70 e 120. As placentas também são classificadas quanto à perda de tecido materno no nascimento em: a.Adecíduas ou não deciduadas: onde não ocorre perda de tecido materno, no caso de porcas, éguas e ruminantes. b.Decídua : onde ocorre perda extensa ou moderada de tecido materno, no caso de primatas e carnívoros domésticos. E existe a classificação histológica da placenta que é: hemocorial (primatas e roedores), endoteliocorial (carnívoros) e epiteliocorial (ruinantes, suínos e equinos). Funções básica da placentação. É através desta ligação que ocorrem as trocas entre mãe e feto. O córion constitui uma barreira para substâncias estranhas., além de realizar nutrição e expulsão. Algumas drogas conseguem atravessar a barreira placentária. Antes de medicar uma gestante devemos lembrar de ver se a droga é capaz de se difundir. Nos carnívoros ocorre difusão passiva de imunoglobulinas. Outras espécies adquirem esta imunidade no colostro. O córion têm como funções básicas: 1.metabolismo e trocas através de difusão simples; transporte ativo; fagocitose e pinocitose; 2.respiração: troca de gazes 3.proteção à substâncias estranhas sendo barreira microbiológica 4.imunoproteção 5.armazenar certas substâncias - glicogênio e ferro (por exemplo) 6. síntese de hormônios gonadotróficos, somatotróficos, estrogênicos e progestágenos 7.neutralização de toxinas Cordão Umbilical Assim como o córion ele difere de espécie para espécie na sua constituição. Ele é o ponto básico de contato entre o córion e o feto. Existem diferenças nas diferentes espécies. Nos bovinos possuem 2 artérias e 2 veias e nos equinos e suínos possuem 1 artéria e 1 veia. A artéria umbilical conduz sangue venoso (sem 02) do feto para a placenta e a veia umbilical conduz sangue arterial (com 02) da placenta para o feto. Os produtos conduzidos para o feto pela veia umbilical e a excreção saem pela artéria umbilical. Em geral o cordão umbilical tem um ponto frágil, a própria seleção faz isto. Assim que o feto ultrapassa o cinturão pélvico ele se rompe, menos nos carnívoros onde não há evidência que exista este ponto frágil, por isso é muito comum cadelas parindo mastigando o cordão umbilical para favorecer este rompimento. Após o nascimento a veia umbilical transforma-se em ligamento redondo do fígado e as artérias umbilicais se transformam em ligamento redondo da bexiga e ligamento lateral da bexiga. O cordão umbilical é o ponto básico de contato entre o córion e o feto. Comprimento do cordão umbilical nas diversas espécies: Cordocentese Também conhecido como funiculocentese. É feito, em medicina humana, por meio de uma agulha que atravessa o abdômen da mãe. É indicado a partir da 20a semana de gestação. Além do estudo genético, avalaia as condições de oxigenação do feto, a ocorrência de infecções e os riscos de más-formações. Sua técnica também é utilizada para realizar transfusões de sangue para o feto. Período embrionário: Onde as três camadas germinativas darão início ao desenvolvimento das estruturas do organismo e o corpo começa a tomar forma. Período fetal: As estruturas e órgãos começam a crescer. A partir da blástula, inicia a fase de gastrulação, onde o embrião começa a aumentar de tamanho e surge o intestino primitivo ou arquêntero e ocorre a diferenciação dos folhetos germinativos ou embrionários. Ao final da gastrulação, o embrião é chamado de gástrula. No embrião forma-se o s três folhetos germinatos: endoderme, ectoderme de mesoderme e deles irão se originar órgãos e estruturas. Endoderme: Pâncreas, sistema respiratório (exceto cavidades nasais), pulmões, fígado e epitélio da bexiga urinária, entre outros. Mesoderme: pele, músculos, cartilagens e ossos (exceto da face), medula óssea, rim, útero, coração, sangue, entre outros. Ectoderme: epiderme, unhas, pelos, córnea, cartilagem e ossos da face, tecidos conjuntivos das glândulas salivares, lacrimais, timo, tireóidea e hipófise, sistema nervoso, encéfalo e neurônios, entre outros. O desenvolvimento e organogênese do embrião pode ser classificada em 23 estágios iniciais denominados de classificação de Carnegie. Essa classificação é um sistema padronizado de 23 estágios usados para fornecer uma cronologia unificada de desenvolvimento de vertebrados. Os estágios são delineados pelo desenvolvimento de estruturas e não pelo tamanho ou número de dias de desenvolvimento. Para acessar este conteúdo clique no link. Bom estudo! Exercício 1: A placenta é um órgão temporário no qual a mãe realiza trocas entre ela e o feto, promovendo assim a proteção, respiração e nutrição fetal. Existem diferentes tipos morfológicos de placentação. Leia as afirmativas a seguir quanto aos tipos placentários e assinale a alternativa verdadeira. I) Os equinos tem placentação do tipo cotiledonária. II) Os suínos tem placentação do tipo hemocorial. III) Os ruminantes tem placentação do tipo cotiledonária. IV) Os carnívoros tem placentação do tipo zonária. A) As alternativas I, II e IV estão corretas B) As alternativas I, III e IV estão corretas C) As alternativas II e IV são corretas D) As alternativas III e IV são corretas E) Todas as alternativas estão corretas Exercício 2: https://adm.online.unip.br/img_ead_dp/82127.pdf https://adm.online.unip.br/img_ead_dp/82127.pdf O embrião é formado nas tubas uterinas após a união do espermatozoide com o ovócito. Após um período de clivagens ele vai ao útero onde ocorrerá a sua implantação para então se iniciar o processo de organogênese e implantação. Assinale a alternativa que contenha a fase propícia para o embrião se implantar no endométrio. A) mórula B) zigoto C) mórula compacta. D) blastocisto E) blastocisto expandido. Exercício 3: Saco vitelínico, alantoide, âmnio e córion são os anexos embrionários originados junto ao embrião em formação, que têm como função suprir necessidades e realizar tarefas de manutenção do organismo durante seu desenvolvimento. Associeas colunas com anexo e funções e assinale a alternativa correta. (1) Córion (A) Estrutura na qual o líquido recebe excreções fetais (2) Saco vitelínico (B) Placentação, onde ocorrem as trocas sanguíneas (3) Âmnio (C) Mais íntimo ao feto e permanece até o nascimento (4) Alantoide (D) Nutre o embrião no início da placentação A) 1-C, 2-D, 3-C, 4-B. B) 1-D, 2-C, 3-A, 4-B. C) 1-A, 2-D, 3-B, 4-C. D) 1-C, 2-B, 3-A, 4-D. E) 1-B, 2-D, 3-C, 4-D. 04 Anomalias congênitas. Origens: genética e ambiental (causas física, química e biológica). Alterações congênitas e genéticas do feto e do neonato. Existem duas causas principais para o nascimento de um neonato (filhote recém-nascido) com alterações genéticas ou para a reabsorção embrionária ou abortamento do feto. As causas principais são genéticas e não genéticas. Os termos congênitos e genético muitas vezes se confundem ou se fundem. Exemplo: congênito significa nascer com o que pode ter origem genética ou não. A origem não genética pode ser devido a ação de agentes químicos, físicos, infecciosos, medicamentosos, nutricionais e até mesmo fatores de saúde maternos durante a gestação. Nas alterações, sejam elas de origem congênita ou genética podem ocorrer morte embrionária precoce, abortamento, o nascimento do filhote morto, vivo e viável e vivo inviável (que morre logo em seguida ao nascimento ou que possui alteração incompatível com a vida. Alterações de origem genética. Em um trabalho realizado com 178 ninhadas de cães totalizando 803 filhotes verificou-se que as alterações congênitas estão presentes em 24,7% das ninhadas acometendo 6,7% dos filhotes levando a óbito 68,7% dos neonatos, sendo que 84,4% dos filhotes acometidos eram de raça definida. Este estudo mostra a importância da origem genética como causadora de alterações em neonatos. Nas alterações de origem genética existe um aumento repentino de alterações em determinada população ou linha de sangue que podem ser confirmados pelos históricos reprodutivos, determinação do tipo de herança e teste de DNA. Quase sempre são associados a cruzamentos com altas taxas de consanguinidade. Identificando uma alteração genética: frequência alta em grupo da população ao invés de ocorrer na população em geral, defeito envolve o mesmo local anatômico ou efeito no grupo de indivíduos envolvidos, a doença ou parâmetro possui incidência em certa idade e o mesmo histórico clínico, aumenta a frequência com o uso de inbreeding, a doença é associada com anomalia cromossômica específica. O diagnóstico é feito com a definição do fenótipo, do tipo de herdabilidade, a identificação dos animais e exames moleculares. Alterações congênitas não genéticas Teratógeno é toda substância ou fator que quando a mãe é exposta durante a gestação pode causar danos ao feto. Classificação de teratógenos conhecidos 1) Drogas – anticonvulsivantes, ácido retinóicos, warfarin, metimazole. 2) Metais pesados – chumbo, mercúrio 3) Radiação – terapia anticâncer 4) Condições sistêmicas maternas 5) Infecções intra uterinas – herpesvírus, brucelose, tocoplasmose. 6) Outros –estresse, calor Características de um teratógeno 1) Possui uma correlação entre aparecimento do defeito fetal e utilização do mesmo 2) Relação dose x efeito quanto ao aparecimento do defeito no feto 3) Período gestacional de maior sensibilidade 4) Estabelecimento do modo de ação 5) Nutricionais – Hipervitaminose A 6) A proposta de ação tem que ter senso biológico 7) Identificação de um grupo genético mais sensível Mecanismos de ação dos teratogênicos Os mecanismos de ação são diversos: os agentes teratogênicos podem interagir com um receptor, se ligarem ao DNA ou proteína, alterar as membranas celulares, inibir uma enzima ou modificar uma proteína. Caso estas mudanças ocorram ao nível molecular as mudanças podem ocorrer nas células e tecidos levando a alterações na função celular, bem como resultar em morte celular. Diferentes agentes podem agir através dos mesmos mecanismos, produzindo efeitos similares. Interações com receptores Os receptores são proteínas dentro ou na superfície das células que são alvos de ligação de hormônios ou outras moléculas de sinalização. Os receptores possuem a mesma função nas células, eles informam as células sobre o meio ambiente, e quando ativados, causam algum tipo de mudança na célula. Alguns teratógenos, ao se ligarem em receptores celulares, mimetizam os sinais da molécula que deveria se ligar e produzem efeitos adversos. Alguns receptores são suspeitos de serem alvos para teratógenos, como os receptores para andrógeno e hormônio tireoidiano. Ligação covalente com DNA ou proteína Alguns agentes são quimicamente reativos ou são metabolizados pelo organismo de maneira reativa. Estas formas reativas criam pontes covalentes para importantes biomoléculas mudanças as funções dessas moléculas. Por exemplo: ciclofosfamida, uma droga antineoplásica, é metabolizada em mostarda fosfaramida, um reagente intermediário que se liga ao DNA atrapalhando a função destas células e como consequência as funções celulares. Peroxidação Agentes químicos que podem gerar substâncias altamente reativas como peróxidos de hidrogênio podem ionizar moléculas. Particularmente os lipídeos que formam a membrana. A desorganização da membrana celular pode levar à morte. Inibição enzimática e interferência com grupos sulfidrílicos Enzimas são proteínas que catalizam reações químicas como as reações de quebra dos açúcares para produzir energia para a célula ou que sintetizam moléculas largas necessárias para a estrutura celular e função. Inibindo a função desta enzima podem acontecer conseqüências teratogênicas. Por exemplo, metotrexane, um agonista do ácido fólico, utilizado para tratamento do câncer, psoríase e artrite reumatóide e gestação ectópica, interfere com a síntese dos nucleotídeos necessários para a síntese do DNA, bem como outros processos químicos que requerem ácido fólico. Grupos sulfidrila, que contém enxofre e hidrogênio são encontrados no aminoácido cisteína e são importantes na criação da estrutura tridimensional das proteínas: dois átomos de enxofre que estão distantes um do outro se ligam e formam uma ponte disulfidica, criando uma alça na proteína. Os grupos sulfidrílicos são utilizados para segurar minerais essenciais como o zinco nas proteínas. Eles também são importantes Nas caspases e outras enzimas envolvidas no apoptose (morte celular programada) e no processo normal do desenvolvimento. O cádmio, mercúrio e outros metais pesados Interagem com os metais pesados, alterando a função das proteínas que os contém. Modificação da proteínas Algumas proteínas requerem para modificação em ordem de realizar sua função e estas modificações podem ser outro alvo de exposição aos teratógenos. Por exemplo: uma proteína de sinalização conhecida como sonic hedgehog (Shh) deve ser ligada em dois fragmentos, com o fragmento que irá fazer a sinalização tendo uma molécula de colesterol adicionada a outra para que funcione normalmente. Shh tem funções de delinear a porção ventral do sistema nervoso. Um número grande de agentes interfere com a ação do gene Shh incluindo ciclopamida e alguns (nem todos) inibidores da síntese do colesterol. Progressão da teratogenia Nos eventos mecânicos podem resultar mudanças ao nível celular e tecidual. Diferentes exposições podem resultar em eventos em cascata de desenvolvimento anormal. Por exemplo, a síndrome do edema resulta em embriões que são expostos a baixos níveis de oxigênio. Os batimentos cardíacos e pressão sanguínea abaixam as concentrações de sódio e potássio no plasma se modificam e o líquido que se extravasa dos vasos faz com que os órgãos se edemaciem. Apoptose é uma forma de morte celular programada que ocorre nos embriões durante o desenvolvimento normal de forma a esculpir membros eoutras estruturas. Zinco Para acessar este conteúdo clique no link. Bom estudo! Exercício 1: A gestação pode ser dividida em três fases distintas com características específicas de desenvolvimento e crescimento fetal. Assinale a alternativa que contenha a fase em que ocorre a menor chance de ocorrer uma alteração congênita dos órgãos do feto induzida por medicamentos. A) Crescimento, pois nesta fase o feto está praticamente formado. B) Implantação, pois nesta fase a imunossupressão materna e fetal contribuem para que o medicamento tenha um efeito exacerbado. C) Embriogênese, pois nesta fase ocorrerá a formação do feto. D) Organogênese, pois nesta fase de formação dos órgãos o feto é mais sensível devido ao metabolismo elevado para tal. E) Placentação, pois nesta fase é que ocorre a maioria das trocas sanguíneas entre mãe e feto. Exercício 2: Nos animais pode existir o nascimento de filhotes com alterações físicas denominadas congênitas. Leia as afirmativas a seguir, as classifique como verdadeiras ou falsas e assinale a alternativa correta. (1) Todas alterações congênitas tem etiologia genética. (2) Uma alteração congênita pode ou não ser genética. https://adm.online.unip.br/img_ead_dp/82128.pdf https://adm.online.unip.br/img_ead_dp/82128.pdf (3) Toda alteração genética é tida como congênita. (4) As alterações genéticas e congênitas somente aparecem ao nascimento. A) 1-F, 2-V, 3-V, 4-F. B) 1-F, 2-V, 3-V, 4-F C) 1-V, 2-F, 3-F, 4-V D) 1-V, 2-V. 3-V, 4-F E) 1-V, 2-F, 3-V, 4-V Exercício 3: Existem certas raças de cães com maior incidência de determinadas anomalias congênitas sendo que algumas delas mais características em algumas raças, como a presença de hemivértebras em cães braquicefálicos (pug, buldogue inglês, buldogue francês). Assinale a alternativa que explica este fato. A) Esta alteração corre com a mesma frequência em todas as raças de cães e até mesmo nos cães sem raça definida B) Cruzamentos consanguíneos aumentam a probabilidade do aparecimento desta alteração. C) É uma característica anatômica que pode ser considerada normal devido a sua alta incidência. D) A hemivértebra tem correlação com o tipo de nutrição e alimentação da fêmea gestante E) A alteração tem correlação direta com infecções adquiridas durante a gestação. Sobre as mutações estruturais – essas podem ser de quatro tipos: 1. Deleção ou Deficiência; 2. Duplicação; 3. Translocação e 4.Inversão. Já as numéricas podem ser: 5. Aneuploidia e 6. Euploidia. Segue abaixo explicações sobre tais mutações: 1.Deleção ou Deficiência: é a falta de um pedaço do cromossomo, podendo ser terminal ou intercalar, por exemplo, a que ocorre no cromossomo 5, causa a Síndrome do miado de gato. Há um sub-tipo de deleção denominado “cromossomo em anel, aqui, se perdem ambas as extremidades e as extremidades quebradas se unem formando um anel, foram descritos no cariótipo da síndrome de Turner e na trissomia do 18. 2.Duplicação: é a presença em duplicata de um pedaço do cromossomo, isto é, a mesma seqüência de genes repete-se duas vezes. Isto se deve quando surgem quebras em pontos diferentes de dois cromossomos homólogos, com ligação trocada dos pedaços, ou seja, translocação. Logo, haverá um cromossomo com duplicação e outro com deficiência. Microduplicações ocorrem na síndrome de Prader-Willi (PWS) e na de Angelman (AS). 3.Translocação: quando dois cromossomos sofrem fratura e os pedaços são trocados. Se ocorrer em cromossomos não-homólogos, ambos ficarão alterados. Se ocorrer em cromossomos homólogos e se as quebras se derem em pontos diferentes, um ficará deficiente, e outro duplicado. Se ainda ocorrer em dois cromossomos homólogos e as fraturas ocorrerem nos mesmos pontos, nada de anormal acontecerá. Pessoas com translocação entre os cromossomos 21 e 14, são fenotipicamente normais. São as translocações equilibradas. De 3% até 4% dos portadores da síndrome de Down tem trissomias de translocações. 4.Inversão: para isto ocorrer é necessário haver duas fraturas, que o pedaço solto se ligue, após um giro de 180º., aos locais fraturados do cromossomo. Neste caso não há perda nem ganho de material genético. 5.Aneuploidia: é a alteração numérica de um ou de alguns cromossomos no genoma. Por exemplo, na MONOSSOMIA, há a perda de um cromossomo, ficando o cariótipo 46 com 45 cromossomos, isto é, 2n-1, exemplo clássico é a Síndrome de Turner. Já na TRISSOMIA é o acréscimo de um cromossomo, 2n+1, são exemplos: Síndrome de Down ou trissomia do 21 – 45+XX ou 45+XY, Síndrome de Klinefelter 44+XXY. Nas aneuploidias, as perdas ou ganhos relacionam-se a anormalidades ocorridas durante o processo da gametogênese, isto é, não disjunções meióticas, ou seja, migração de cromátides homólogas ou irmãs para o mesmo pólo. As células gaméticas (germinativas) formadas terão um cromossomo a mais ou a menos. 6.Euploidia: é a perda de todo um conjunto do genoma, originando um indivíduo haplóide ou o acréscimo de um genoma, ou mais, produzindo um indivíduo triplóide ou poliplóide. Nota: Mosaicismo: é a pessoa com pelo menos duas linhas celulares com dois ou mais genótipos diferentes. Podem estar envolvidos cromossomos autossomos e ou os cromossomos sexuais. Exercício 1: Qual é a alternativa que indica corretamente uma aneuploidia em cromossomos autossomos? a) Síndrome de Down b) Sindrome de Turner c) Síndrome de Klinefelter d) 44A + X0 e) 44A + XXY A) B) C) D) E) O genótipo representa a composição dos genes que o indivíduo possui, logo, não é visto, podendo apenas ser deduzido pela ascendência e descendência do seu portador, já o fenótipo se constitui no resultado aparente, visível ou simplesmente de alguma forma detectável, da atividade do genótipo e de possibilidades das influências ambientais, por exemplo, cor da pele e dos cabelos. O conceito de fenótipo se estende não só aos caracteres herdados físicos, mas, também aos psicológicos, comportamentais (etológicos), fisiológicos, bioquímicos entre muitos outros. Indivíduos com genótipos iguais podem revelar fenótipos diferentes, ou, ao contrário, indivíduos com genótipos diferentes podem ter o mesmo fenótipo. Exemplo clássico é o genótipo VvRrPp de ervilhas, as quais possuem o seguinte fenótipo: cor amarela, aspecto liso e tamanho grande. Os genes vrp respondem pelos fenótipos: verde, rugoso e pequeno. Logo, VRP são genes dominantes sobre os genes vrp, que são os recessivos. Gene dominante é o gene que faz manifestar o seu caráter tanto em indivíduo heterozigoto como em homozigoto. É sempre representado por letra maiúscula e sempre mencionado antes do seu alelo recessivo. Gene recessivo: presente no genótipo do indivíduo heterozigoto, não se manifesta. Só se manifesta quando em homozigose (homozigoto). Heterozigoto: quando um determinado par de genes, para um determinado caráter, apresentar dois genes alelos com determinação para manifestações diferentes, exemplo clássico: Aa – onde os dois genes (A) e (a) são alelos e são diferentes. O gene (A) é dominante sobre o gene (a) que é recessivo. O gene (a) determina cor de olhos azul e o gene (A) cor de olhos castanhos. Homozigoto: quando um determinado par de genes, para um determinado caráter, apresentar dois genes alelos idênticos, exemplo clássico: aa – onde os dois genes (a) e (a) são iguais. Esse par de genes aa determina a cor de olhos azul. Genes alelos: quando se localizam em cromossomos distintos de uns mesmo pares chamados de cromossomos homólogos. Os genes alelos ocupam locais “loci” correspondentes nos cromossomos homólogos. Cromossomos são estruturas que surgem quando o núcleo de uma célula se divide, cada espécie de organismo possui um número constante de cromossomos. Nos cromossomos estão os genes, portanto, os cromossomos transmitem os caracteres hereditários de cada ser e constituem unidades definidas na formação do novo ser. A cromatina é formada por DNA + proteína histona. A cromatina constitui os cromossomos. As células apresentam um ciclo de vida