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POR:Hélio Rodrigues de Oliveira
Vídeos em: https://www.youtube.com/channel/UCjX0HFTgmWSh1U7uiUEy4Ug
O SISTEMA COMPLEMENTO
Este sistema é composto por várias proteínas plasmáticas que trabalham juntas na opsonização de micro-organismos,na promoção de recrutamento de fagócitos para o sítio de infecção e, em alguns casos na morte direta de patógenos.A ativação deste sistema é baseada em cascatas(um ativa o seguinte) proteolíticas ,em que uma enzima precursora inativa ,chamada zimógeno,é transformada em uma protease ativa que cliva ,e portanto induz a atividade proteolítica da próxima proteína em uma cascata.
A ativação pode se dar por 3 distintas vias:
Via clássica – É assim chamado por ter sido a 1º via a ser descoberta .Esta via necessita da ligação de anticorpos aos antígenos e da ativação de proteínas,sendo:C1,C2,C3,C4,C5,C6,C7,C8 E C9 .Onde a primeira proteína a ser ativada é a C1 que se liga aos anticorpos,a proteína C1 possui 3 subunidades ,sendo:C1Q,C1R e C1S (que são proteases),Destas a subunidade que se liga ao anticorpo é o C1Q ,esta ligação acaba por ativar a subunidade C1R que ativa a C1S.O próximo a chegar é a proteína C4,que é clivada e ativada por C1S,então a C4 gera 2 fragmentos ,sendo C4a e C4b, sendo que o C4b é quem permanece no local ligando-se covalentemente(ligações éster ou amida) a superfície da bactéria C4a é uma anafilotoxina que é liberada no tecido.Após isso quem chega é a pró enzima C2,que se liga a C4b,sendo C2 também clivada por C1S Neste Processo é liberado o fragmento C2b ,permanecendo ligado o C2a.Neste momento temos a formação de um complexo formando C4bC2a que é a C3 convertase , chega então ao local a C3,que é clivada por C3 convertase liberando seu fragmento C3a(anafilotoxina),o fragmento que permaneceu é o C3b.
Esta etapa é interessante pois quando temos o C3 convertase pode gerar várias clivagens de C3 ,onde vários fragmentos “b” se deposita na superfície bacteriana (lig covalente) Este processo pode induzir a fagocitose da bactéria.
Quando então um dos fragmentos de C3b se associa ao complexo C4bC2a, formando agora o complexo C4bC2aC3b que é a nossa C5 convertase,que com a chegada de C5,a cliva,liberado então C5a (potente anafilotoxina) e C5b,o C5b é que permanece.Os próximos componentes :C6,C7,C8 e C9 , não possuem atividade enzimática,estes mesmos componentes restantes junto com C5b formaram o complexo de ataque a membrana(MAC). O MAC ocorre quando o C5b se liga a C6 e C7, formando o complexo C5bC6C7 ,este complexo é hidrofóbico ,se inserindo na bicamada lipídica .Se transformando também em um receptor de alta afinidade com a molécula C8,este por sua vez se liga ao complexo anterior formado e também se insere na bicamada lipídica ,o complexo agora formado é o C5bC6C7C8,que é um composto estável ,com capacidade limitada para lise .
 Celular.Por este motivo o MAC ativo é acompanhado da ligação com o C9,que é o componente final do sitema complemento . Através então de várias moléculas do C9 são formados poros na superfície celular,que acabam por permitir a livre passagem de água e íons ,onde a entrada de água resulta no aumento do volume osmótico e na ruptura da célula.
VIA ALTERNATIVA – Este é logicamente o mecanismo mais antigo do complemento ,pois sua ativação não é dependente de anticorpos ,mas sim da proteína C3 que naturalmente é clivada no plasma sanguíneo.Esta clivagem ocorre por um processo chamado de hidrólise espontânea.Então quando C3 é clivada sua parte C3a é liberada e a C3b em pequena quantidade pode se ligar covalentemente a superfícies celulares.A C3b pós clivagem sofre alteração conformacional,esta alteração expõe um sítio de ligação para uma proteína plasmática denominada fator B ,que se liga a C3b,porém após esta ligação o fatur B é clivado por uma serinoprotease plasmática chamada fator D que acaba por liberar um pequeno fragmento denominado Ba ,o fragmento maior que é o Bb permanece ligado a C3b,temos então formado o complexo C3bBb,este complexo é a C3-convertase da via alternativa ,esta tem como função clivar várias moléculas de C3.Onde uma das moléculas clivadas de C3 ,seu fragmento C3b se liga a própria convertase gerando o complexo C3bBbC3b ,que funciona como C5-convertase da via alternativa .O processo a seguir é o mesmo da via clássica onde a C5-convertase com a chegada de C5,a cliva,liberado então C5a e C5b,o C5b é que permanece.Então quando o C5b se liga a C6 e C7, formando o complexo C5bC6C7 ,que é hidrofóbico ,se inserindo na bicamada lipídica .Atraindo por afinidade a molécula C8,este se liga ao complexo anterior formado e também se insere na bicamada lipídica ,o complexo agora formado é o C5bC6C7C8,que é um composto estável ,com capacidade limitada para lise celular,quando chegam as várias moléculas de C9 o Mac fica em sua forma ativa ,pois C9 formará os poros na superfície do micro-organismo ,este processo então permite a livre passagem de água e íons que causam desequilíbrio osmótica,e por fim a morte do invasor.
VIA DAS LECTINAS
Como na via alternativa ,a via das lectinas ocorre sem a presença de anticorpos ,esta é mediada pela ligação de polissacarídeos microbianos a lectinas circulantes ,como a Lectina ligadora de manose plasmática (MBL).Essas lectinas solúveis são proteínas similares ao colágeno e que lembram estruturalmente o C1q da via clássica .A MBL é associada a serinoproteases ,a MASP,sendo MASP-1 e MASP-2 que são estruturas homólogas a C1r e C1s da via clássica,incluindo sua função.Quando a MBL reconhece a manose na superfície celular se liga ativando de forma análoga(de forma parecida) MASP-1 e MASP-2 ,este último cliva a C4, em fragmento menor que é C4a e maior C4b,este se deposita sobre a membrana do micro-organismo.Os passos a seguir são semelhantes a via clássica.Isso porque MASP-2 assim como C1s além da clivagem de C4,também cliva a C2,seu fragmento menor C2b é liberado e C2a liga-se a C4b formando a C3-convertase,esta acaba por clivar a C3,em C3a e C3b,este passo assim como na via clássica pode clivar várias C3 ,onde C3b se deposita por várias partes da superfície bacteriana.E quando uma das moléculas de C3b se une ao complexo C4bC2a forma-se a C5-convertase(C4bC2aC3b), que consequentemente cliva C5 ,C5a é liberado e C5b deposita-se na membrana do micro-organismo.Sendo o processo final idêntico as vias alternativa e clássica.
REFERÊNCIAS : Abbas pg 39

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