Buscar

6. EST E HIST - O BARROCO

Prévia do material em texto

ESTÉTICA E HISTÓRIA DA 
ARTE E DA ARQUITETURA 
 
 
 
O BARROCO 
 
 
 
 
Profa. Regina Maura Lopes Couto Cortez 
FAU – ANHANGUERA /UNIDERP 
2011 / 2 1º Semestre 
 
BARROCO – CONTEXTO HISTÓRICO 
• No século XVI, durante a segunda fase do Renascimento, a Europa foi 
abalada por uma série de movimentos religiosos que contestavam 
abertamente os dogmas da igreja católica e a autoridade do papa 
 
• Estes movimentos, conhecidos genericamente como Reforma, foram sem 
dúvida de cunho religioso 
 
• No entanto, estavam ocorrendo ao mesmo tempo que as mudanças na 
economia européia, juntamente com a ascensão da burguesia 
 
• Por isso, algumas correntes do movimento reformista se adequavam às 
necessidades religiosas da burguesia, ao valorizar o homem empreendedor 
e ao justificar a busca do lucro, sempre condenado pela igreja católica
 
ANTECEDENTES 
• A Igreja havia se afastado muito de suas origens e de seus ensinamentos, 
como pobreza, simplicidade, sofrimento. No século XVI, o catolicismo era 
uma religião de pompa, luxo e ociosidade 
 
• Surgiram críticas em livros como o “Elogio da Loucura” (1509), de 
Erasmo de Rotterdam, que se transformaram na base para que Martinho 
Lutero efetivasse o rompimento com a igreja católica 
 
• Durante o papado de Leão X (1483 - 1520) surgiu o movimento reformista, 
que levaria à divisão do Cristianismo na Europa 
 
• Moralmente, a Igreja estava em decadência: preocupava-se mais com as 
questões políticas e econômicas do que com as questões religiosas. Para 
aumentar ainda mais suas riquezas, a Igreja recorria a qualquer 
subterfúgio, como, por exemplo, a venda de cargos eclesiásticos, venda de 
relíquias e, principalmente, a venda das famosas indulgências, que foram a 
causa imediata da crítica de Lutero. O papado garantia que cada cristão 
pecador poderia comprar o perdão da Igreja 
 
ANTECEDENTES 
 
• A formação das monarquias nacionais trouxe consigo um sentimento de 
nacionalidade às pessoas que habitavam uma mesma região, sentimento 
este desconhecido na Europa feudal. Esse fato motivou o declínio da 
autoridade papal, pois o rei e a nação passaram a ser mais importantes 
 
• Outro fator muito importante, ligado ao anterior, foi a ascensão da 
burguesia, que, além do papel decisivo que representou na formação das 
monarquias nacionais e no pensamento humanista, foi fundamental na 
Reforma religiosa 
 
• Na ideologia católica, a única forma de riqueza era a terra; o dinheiro, o 
comércio e as atividades bancárias eram práticas pecaminosas; trabalhar 
pela obtenção do lucro, que é a essência do capital, era pecado 
 
• Assim, grande parte da burguesia, ligada às atividades lucrativas, aderiu ao 
movimento reformista 
ANTECEDENTES 
• Reforma Religiosa: 
 Luterana – Martinho Lutero – Alemanha 
 Calvinismo – João Calvino – França e Suiça 
 Anglicanismo – Henrique VIII – Inglaterra 
 
• De forma geral, esse movimento, aumentou o poder da burguesia e da 
monarquia 
 
• “Rei é o chefe supremo da Igreja da Inglaterra (...) Nesta qualidade, 
o Rei tem todo o poder de reprimir, corrigir erros, heresias, abusos 
(...) que sejam ou possam ser formados legalmente por autoridade 
espiritual" (Ato de Supremacia, 1534) 
 
 
A REAÇÃO DA IGREJA CATÓLICA 
MOVIMENTO CONTRA-REFORMA OU REFORMA CATÓLICA 
 
• A situação da igreja católica, em meados do século XVI, era bastante difícil: 
ela perdera metade da Alemanha, toda a Inglaterra e os países 
escandinavos; estava em recuo na França, nos Países Baixos, na Áustria, 
na Boêmia e na Hungria 
 
• A reação católica – contra reforma – orientada por seis grandes papas: 
Paulo III, Júlio III, Paulo IV, Pio V, Gregório XIII e Sisto V 
 
• A Contra-Reforma, ou Reforma Católica, foi uma barreira colocada pela 
Igreja contra a crescente onda do protestantismo. Para enfrentar as novas 
doutrinas, a igreja católica: 
 Instaurou novamente a Inquisição - 1542 
 Instituiu o “Index Librorum Prohibitorum” – 1564 
 Realizou o Concilio de Trento – 1545/1563 
 
• Surgimento da Missa-espetáculo 
 
 
Barroco 
Aspectos Históricos 
Em meados do séc. 
XVI, crises abalam o 
Ocidente (crise 
religiosa contra a 
reforma de Lutero) 
protestantismo 
Os católicos reagem 
e convocam o 
Concílio de Tentro 
Inicia-se a “Contra-
Reforma” 
Restabelecimento do 
prestígio da Igreja e a 
disciplina religiosa 
Restauram os tribunais 
da Inquisicão 
Fruto da ideologia da 
“Contra-Reforma” 
surge o Barroco 
CONSEQUÊNCIAS 
• Consequências desses movimentos: 
 divisão da cristandade ocidental 
 extintas as obrigações financeiras devidas à igreja católica 
 individualismo econômico 
 espírito de poupança 
 liberação de operações econômicas 
 Favorecimento para o surgimento dos Estados Nacionais e dos governos 
absolutos, pois propunha que cada nação se libertasse da submissão ao 
Papa 
 Absolutismo – apoiado na burguesia – realeza domina a antiga nobreza 
feudal. Reis – direito divino. Absolutismo em crescimento, principalmente 
na França e na Inglaterra 
 Surgimento de várias ordens, entre as quais a Companhia de Jesus, ou 
Ordem dos Jesuitas – a que melhor caracterizou o espírito da reação 
católica – Inácio de Loyola 
 
O BARROCO 
• Desenvolveu-se nos séculos XVII e XVIII 
 
• O papel da arte na contra-reforma – a Igreja Católica retoma sua força e 
novas e grandes igrejas foram edificadas – desempenho do Papa Sisto V 
 
• Barroco (“pérola torta”) – termo pejorativo – representa qualquer ideia por 
demais complexa ou qualquer conceito intrincado 
 
• Grande transformação do pensamento e da cultura a partir de fins dos anos 
500 – eliminação do sistema clássico como estrutura imutável da verdade 
 
• O artista que determina a forma não aceita a autoridade do sistema – todo 
valor da arte reside em “fazer-se” arte 
 
O BARROCO 
• Demonstração de luxo e poder 
 
• Quebra das regras e composição 
renascentistas em busca de 
formas mais livres e dinâmicas 
 
• Predominância da linha curva 
 
• Constante sensação de 
movimento 
 
• Arte de determinação formal, em 
oposição à arte de representação 
formal (renascimento) 
 
• Tudo no barroco é muito teatral 
Interior do Paláçio de Versalhes, França 
A PINTURA BARROCA 
• A arte barroca origina-se na Itália, 
mas não tardou a irradiar-se por 
outros países da Europa e a 
chegar também ao continente 
americano, trazida pelos 
colonizadores portugueses e 
espanhóis 
 
• Rompe o equilíbrio entre 
sentimento e razão; entre arte e 
ciência 
 
• Predomina as emoções e não o 
racionalismo 
 
• Na pintura – composição em 
diagonal 
 
• Contraste claro/escuro intensifica 
a expressão do sentimento 
 
Caravaggio - Deposição no Túmulo - 1602-1604 
A ESCULTURA BARROCA 
• Escultura: 
 desaparece o equilíbrio 
 exaltação dos sentimentos 
 movimento; efeitos decorativos 
 uso do dourado 
 linhas curvas 
 
• Esculturas cheias de movimento e 
revestidas de roupagem de 
ondulantes e complicadas pregas 
Davi - de Bernini (barroco) Davi - de Michelangelo (renascimento) 
A ARQUITETURA BARROCA 
• Arquitetura – palácios e igrejas 
• Obras que impressionam pelo 
esplendor – triunfo da fé 
• Uso da forma oval 
• Plantas curvas e elípticas 
• Fachadas onduladas (curvas e 
contra curvas) 
• Colunas salomônicas (ou torsas) 
• Decoração interior e exterior 
exuberante 
 
• “No Barroco, todo muro se 
ondula e dobra para criar um 
novo espaço” (Bruno Zevi) 
 
Igreja San Carlo alle Quattro Fontane . Roma - Borromini 
BARROCO – Principais Artistas 
• Michelangelo Merisida 
Caravaggio (1571-1610) - foi um 
autodidata, não freqüentou 
academias, viveu de maneira 
pouco regrada, não teve alunos 
diretos, mas, depois de sua morte, 
acontece o fenômeno europeu 
“caravaggismo” 
 
• Viveu no período barroco, de 
reação da igreja católica 
 
• Foi um homem do seu tempo. Ele 
não apenas viveu o Barroco mas 
viveu uma vida barroca. Sua 
biografia é repleta de grandes 
cenas, dramas e momentos de 
grandes emoções 
 
CARAVAGGIO 
• A Conversão de São Paulo, a 
caminho de Damasco (também 
conhecida como Conversão de 
São Paulo) é uma das mais 
conhecidas obras do pintor 
italiano 
 
• Pintada entre 1600 e 1601 para a 
Igreja Santa Maria del Popolo 
 
• A pintura retrata uma das cenas 
mais narradas do Novo 
Testamento, quando Saulo 
(depois chamado Paulo) cai de 
seu cavalo na estrada para a 
cidade de Damasco e recebe a 
visita do próprio Jesus, se 
convertendo ao Cristianismo 
CARAVAGGIO 
A Morte da Virgem, 1606 
óleo sobre tela - 369x245 cm 
 
CARAVAGGIO 
A Crucificação de São Pedro, 1600 
óleo sobre tela 
CARAVAGGIO 
A Dúvida de São Tomé, 1601 
óleo sobre tela - 107 x 146 cm 
BARROCO – Principais Artistas 
• Andrea Pozzo (1642 - 1709) foi 
um religioso jesuíta italiano 
 
• Realizou grandes composições de 
perspectiva nas pinturas dos tetos 
das igrejas barrocas, causando a 
ilusão de que as paredes e 
colunas da igreja continuam no 
teto, que se abre para o céu, de 
onde santos e anjos convidam os 
homens para a santidade 
 
Auto-retrato de Andrea Pozzo 
ANDREA POZZO 
Teto da Igreja de Santo Inácio, 
Roma,1694 - Afresco 
 
• Formas em expansão 
rompendo todos os limites 
 
• Infinitismo na perspectiva 
aplicada na pintura das 
cúpulas 
 
ANDREA POZZO 
BARROCO – Principais Artistas 
• Gian Lorenzo Bernini ou 
simplesmente Bernini (1598 - 
1680) foi um eminente artista do 
barroco italiano, trabalhando 
principalmente na cidade de 
Roma Distinguiu-se como escultor 
e arquiteto, ainda que tivesse sido 
pintor, desenhista, cenógrafo e 
criador de espetáculos de 
pirotecnia 
 
• Esculpiu numerosas obras de arte 
presentes até os dias atuais em 
Roma e no Vaticano 
Auto-retrato de Bernini 
 
BERNINI 
• Influenciado por Michelangelo 
 
• Utiliza o mármore como os clássicos, ou seja, faz polimento de toda a 
superfície da escultura 
 
• Demonstra desejo de movimento violento, explícito e instável em 
composições e expressões 
 
• Esquemas compositivos livres, soltos, com geometrias complexas (espirais, 
diagonais, angulações) 
 
• Roupagens agitadas e desordenadas 
 
• Gestos dramáticos, enfáticos, teatrais 
 
• A escultura se projeta até o espaço que a rodeia; situada dentro de um 
contexto arquitetônico (altares, timbas, nichos, jardins, praças, edifícios) 
BERNINI 
• O Êxtase de Santa Tereza, 1647 
 
• Talhada em mármore branco e 
colocada na parte central do altar da 
capela da família Cornaro na Igreja de 
Santa Maria da Victoria, em Roma 
• Santa Tereza em pleno arrebato 
místico: um anjo transpasa seu 
coração com uma flecha de amor 
divino 
• Santa Tereza, suspensa no ar, se 
abandona a seu êxtase e parece 
transformarse em um corpo sem peso 
• O corpo, coberto com agitadas pregas 
do hábito, transmite uma sensação de 
intenso movimento, com exceção de 
mãos e pés que caem como se 
estivessem suspensos 
BERNINI 
• O Êxtase de Santa Tereza, 1647 
 
• O rostro, com os olhos fechados e 
a boca entreaberta, reflete o 
estado interior por que atravessa 
a santa ( síntese de dor e gozo) 
 
• O anjo está representado com 
um sorriso de vida e alegria 
 
• Composição: dinamismo através 
da composição em diagonal, das 
roupagens e pela aparente 
suspensão dos corpos 
 
• A luz natural também contribui 
para essa aparência de 
suspensão no ar 
BERNINI 
O Rapto de Perséfones, (1621-22) 
BERNINI 
• Apolo e Dafne, (1598-1680) 
 
 
 
• Grupo escultórico talhado en 
mármore 
• Dinamismo, movimento explícito 
• Composição aberta 
• Linhas diagonais, quebradas, 
retas e curvas 
• Expressão exagerada, gestos e 
movimientos teatrais 
BERNINI 
• Davi, 1623 – 24 
 
• Escultua em tamanho natural 
talhada em mármore 
 
• Representa David no momento de 
lançar a pedra em Golias 
 
• Dinamismo, expressão, 
teatralidade, corpo em tensão, 
torção 
ARQUITETURA BARROCA 
 
• A arquitetura passou a ser 
encarada como uma grande 
escultura, o que importava era o 
efeito do conjunto, o movimento e 
a riqueza dos detalhes 
 
• Arcos elípticos, ovais e mistos 
 
• Cúpulas ovais 
 
• No interior, espaço orientado ao 
infinito: decoração de abóbadas 
como espaços abertos 
 
• Decoração exuberante 
 
• Auge do urbanismo 
Palácio de Versalhes, França 
AFRESCOS BARROCOS 
• O afresco era empregado nos 
tetos das igrejas, dando a 
impressão de uma visão 
paradisíaca do céu 
 
• A idéia era fazer com que o 
espectador esquecesse que havia 
um teto de madeira sobre sua 
cabeça e imaginasse que o céu 
celestial havia rasgado o telhado 
 
• Igreja católica faz uso da imagem 
também como uma resposta às 
reformas 
 
O BARROCO NA ITÁLIA 
• O Barroco nasceu na Itália, que desde o Renascimento se tornara o maior 
polo de atração de artistas em toda a Europa 
 
• Politicamente, a Itália havia perdido muito prestígio e força, mas 
culturalmente continuava a ser a maior potência européia, com Roma 
liderando a transição do Maneirismo para o Barroco 
 
• Seu surgimento está intimamente ligado à Contra-Reforma, onde a arte 
desempenhou um importante papel propagandístico 
 
• Outro elemento de importância para a formação da estética barroca foi a 
consolidação das monarquias absolutistas, que através da arte procuraram 
consagrar os valores que defendiam 
 
• Os palácios reais passaram a ser construídos em escala monumental, a fim 
de exibir visivelmente o poder e a grandeza dos Estados centralizados, e o 
maior exemplo dessa tendência é o Palácio de Versalhes, erguido a mando 
de Luís XIV da França 
O PAPEL DO PAPA SISTO V 
• Sisto V foi talvez o mais autêntico 
papa da Contra-Reforma, ou da 
Reforma católica como preferem 
alguns 
 
• Em meio ao cenário das guerras 
de religião, o projeto do novo 
papa para sua capital pretendia 
ser um primeiro passo para o 
restabelecimento da grandeza da 
Igreja, e de Roma, como centro 
de um universo unificado, 
espiritual e politicamente 
 
• Para um objetivo tão grandioso, 
nenhum recurso poderia ser 
poupado, e todas as artes 
deveriam cumprir seu papel – 
pintura, escultura, música sacra, e 
principalmente a arquitetura e 
urbanismo 
O PAPEL DO PAPA SISTO V 
• Sisto V deixou a Roma Medieval intacta e concentrou suas energias, desde 
o primeiro momento, em direção à região mais despovoada da cidade. 
Durante seu breve reinado, entre os anos de 1585 a 1590, construiu uma 
rede de avenidas majestosas que, vencendo os obstáculos naturais, tornou 
acessíveis à cidade as colinas da antiga Roma e trouxe vida urbana a 
essas zonas praticamente desabitadas 
 
• O primeiro impulso que determinou essa transformação foi eclesiástico, 
como parte da reconstrução da Igreja Universal depois do Concilio de 
Trento 
 
• A rede de ruas na verdade se produz como uma organização do percurso 
das procissões entre as sete basílicas mais importantes da cidade 
 
• O cruzamento das ruas largas e retilíneas marcado por monumentos – 
principalmente colunas e obeliscos – se constituem como pontos focais na 
paisagem urbana e referência para aorientação dos peregrinos 
A ROMA DE SISTO V - 1585-90 
• O ambicioso programa de Sisto V com seu arquiteto Domênico Fontana 
tinha os seguintes objetivos: 
 
 Fazer de Roma uma capital digna da cristandade 
 Integrar em um único “sistema viário”as ruas abertas por papas 
renascentistas com as novas ruas projetadas por Fontana, tendo como 
base a integração das sete principais basílicas romanas – percurso das 
procissões: São João de Latrão, Santa Maria Maior, São Paulo Extramuros, 
São Pedro no Vaticano, São Lourenço Extramuros, Santa Cruz de 
Jerusalém e São Sebastião das Catacumbas 
 Repovoar as colinas de Roma e dotá-las de infraestrutura. Sisto V era 
consciente do papel estratégicos das novas ruas projetadas por Fontana no 
repovoamento das colinas desabitadas, mas climaticamente mais 
saudáveis 
 Sisto V, enfermo e idoso, vendo que sua morte se aproximava, mandou 
erguer obeliscos em pontos chaves da nova estrutura urbana que havia 
idealizado: Praça do Povo, Santa Maria Maior, São João de Latrão, Santa 
Cruz de Jerusalem, São Paulo e São Pedro 
BARROCO – Principais Arquitetos 
• Domenico Fontana (1543 - 1607) 
 
• Um dos mais famosos de um 
grupo de arquitetos romanos no 
fim do século XVI que fizeram 
fama com inovações técnicas no 
planejamento e na direção de 
grandes construções 
 
• É considerado o principal 
expoente do estilo barroco inicial, 
influenciado pela obra de 
Michelangelo 
 
• Sua fase criativa mais importante 
coincidiu com o papado de Sisto 
V 
DOMENICO FONTANA 
• Estabeleceu-se em Roma onde estudou a arte dos mestres da antiguidade 
e travou conhecimento com Michelangelo pouco antes de ele morrer 
• Foi protegido do Cardeal Montalto, mais tarde Papa Sisto V, que o 
encarregou da realização da Capela do Presépio na igreja de Santa Maria 
Maior (1584) 
• Com a ascensão do Papa Sisto V, é nomeado arquiteto da catedral de São 
Pedro e recebe importantes encomendas como a reconstrução do Palácio 
Latrão (1587) sobre as ruínas do edifício medieval, a biblioteca do Vaticano 
(1587-90), e a instalação do Obelisco egípcio, trazido pelos romanos no 
século I, em frente da Catedral de S. Pedro 
• Como urbanista, foi responsável pelo projeto das seis grandes vias que 
partem em estrela de Santa Maria e passam pela Praça de São Pedro 
• Depois da morte do Papa Sisto V, Fontana caiu em desgraça e foi obrigado 
a exilar-se em Nápoles, onde edificou o Palácio Caraffa e o Palácio Real 
(1600-1602) 
 
ROMA: ESQUEMA VIARIO DE SIXTO V 
• Sistema viário de ruas 
principais da cidade 
• Relaciona as sete basílicas 
maiores, os monumentos e o 
casco medieval 
• Obeliscos em futuros lugares 
estratégicos: 
 1 – Coliseu 
 2 – Teatro Marcelus 
 3 – Praça Navona 
 4 – Termas Dioclesiano 
 a - Praça do Povo 
 b – Praça Capidólio 
 c – Basílica Sta. Maria Maior 
 
 
 
 
 
ROMA: ESQUEMA VIARIO DE SIXTO V 
 
• A obra de Sisto V e seu 
arquiteto Domênico 
Fontana, deve ser 
valorizada por haver 
conseguido passar de 
intervenções de 
reorganização à 
intervenções de 
desenvolvimento da 
estrutura urbana, 
recuperando as zonas 
existentes, as novas vias 
e os traçados reguladores 
em um único desenho, 
que resolve e expressa a 
cidade em seu conjunto 
BARROCO – Principais Arquitetos 
• Colunata – Bernini (delineada 
em 1657) – “Braços 
maternais da Igreja” 
• Elementos inovadores : 
 a planta – a forma trapezoidal 
do adro não tem o aspecto 
regular e a unidade 
geométrica do Renascimento 
 A forma oval da praça – 
elemento do barroco 
 Nesta organização de 
elementos sugere-se um 
movimento: “ é como se o 
visitante fosse atraído por 
dois braços enormes e 
levado ao lugar eleito da 
Igreja Romana”. 
 
Gian Lorenzo Bernini 
Colunata de São Pedro 
• Consta de 184 colunas e 88 pilastras de mármore travertino, 
formando un corredor coberto por um telhado ornamentado por 
cornija, em cuja largura se dispõem 140 estátuas de santos 
realizadas por discípulos de Bernini 
• Espaço dedicado à cerimônias religiosas públicas, que representa 
o abraço da Igreja ao povo 
Colunata de São Pedro 
Colunata de 
São Pedro 
Baldaquino de São Pedro 
• Cobre o altar situado sobre a 
tumba do apóstolo Pedro. É um 
pequeno templo de 4 colunas 
salomônicas que convergem em 
entablamentos, unidas por una 
cornija côncava – tem cerca de 30 
metros de altura 
 
• Dos vértices saem quatro volutas 
convergentes, coroadas por um 
pequeno entablamento mixtilíneo 
 
• Dinamismo na composição 
 
• Os elementos decorativos são 
abundantes: volutas de enorme 
tamanho, frontões mixtilíneos que 
se partem 
 
• Tudo isso para conseguir un 
aspecto caprichoso e irracional 
Baldaquino 
de São Pedro 
Palácio Carignano, Itália - Bernini 
BARROCO – Principais Arquitetos 
• Francesco Borromini (1599 - 
1667) 
• Foi um arquiteto barroco, que 
disputava, em seu tempo, as 
glórias de Grande Mestre com 
Gian Lorenzo Bernini 
• Borromini era melancóico e 
intransigente; desentendeu-se 
com muitos de seus clientes e 
amigos e também renunciou por 
eles a muitos cargos 
• Antes de sua morte, destruiu os 
projetos de edifícios não 
realizados para que ninguém 
pudesse copiar suas ideias 
• Suicidou-se em 1667 
BORROMINI 
• Igreja de São Carlos, Roma – 
1634 / 1642 
• Fachada: 
 movimento ondulado 
 jogo entre o côncavo e o convexo 
 no topo - elementos em forma 
flamejante acentuando os jogos 
de luz e sombra 
 colunas que acentuam a 
impressão de movimento 
ascendente 
 
BORROMINI 
• Igreja de São Carlos, Roma 
• Planta: 
 assimétrica, oval alongada 
 parte de uma elipse e estabelece 
uma planta à base de segmentos 
ovais, uns côncavos e outros 
convexos que lhe conferem um 
contorno sinuoso 
 complexidade e movimento 
 
São Carlos - 
exterior 
Fachada de São Carlos 
São Carlos - Interior 
• Ausência de decoração, exceto pelos capitéis, volutas invertidas, nichos 
com querubins, guirlandas de folhas e cruzes 
 
 
São Carlos - Cúpula 
São Carlos - Cúpula 
BORROMINI 
• Igreja São Ivo da Sabedoria 
(San Ivo de la Sapienzia), Roma 
 
• Foi a capela da Universidade de 
Roma e São Ivo era o patrono dos 
jesuítas 
 
• Dinamismo e complexidade 
 
• Muros côncavos e convexos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO IVO DA SABEDORIA 
• A planta está formada por dos 
triângulos equiláteros que se 
cortam formando uma estrela, 
deixando um espaço central 
hexagonal 
 
• Os ângulos dos triângulos se 
transformam em curvas convexas 
 
Planta da Igreja e pátios da Universidade 
SÃO IVO DA SABEDORIA 
• Planta – esquema de geração da forma 
 
 
 
 
 
• Planta da Igreja 
SÃO IVO DA SABEDORIA 
• Cúpula – detalhe interior 
SÃO IVO DA SABEDORIA 
• Cúpula – detalhe exterior 
São Ivo - Cúpula 
BARROCO – Considerações Finais 
 
• Sujeita às preocupações da Contra Reforma a arte e a arquitetura barrocas 
tem como objetivo essencial provocar o fervor das multidões, criar a 
surpresa, o encantamento, o deslumbramento 
• A arte tende para o espetáculo 
• Jogos de luz e sombra 
• Linhas dinâmicas, ondulantes da composição 
• Encenação teatral : dramatização 
• Exacerbação do espírito místico, religioso: “atingir a fé mais pela emoção 
dos sentidos do que pelo pensamento” 
• Figuras dinâmicas 
• Gestos que conduzem o olhar para o espaço 
• Sensação de leveza

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes