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Profa. Mayara Rodrigues Pederiva 2016/1 Ementa: Introdução à fitoterapia. Fitoterapia no SUS. Legislações de fitoterápicos. Identificação de produtos fitoterápicos e métodos de extração. Desenvolvimento tecnológico e produção de fitoterápicos. Fitoterápicos e os sistemas orgânicos. Segurança e eficácia de fitoterápicos. Assistência farmacêutica na fitoterapia. Etnofarmacologia. Bibliografia: Avaliações: Parcial I 09/03 Oficial I 06/04 Parcial II 04/05 Oficial II 08/06 Horário: Horários Segunda Terça Quarta Quinta Sexta 7:00 – 7:50 7:50 – 8:40 8:40 – 9:30 Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo 09:45 – 10:35 Fitoterapia 10:35 – 11:25 11:25 – 12:15 Método de tratamento alopata caracterizado pela utilização de plantas medicinais em suas diferentes preparações, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal, sob orientação de um profissional habilitado. Breve histórico: O homem sempre buscou no reino vegetal recurso para a sua sobrevivência, seja para a sua alimentação e também para a cura de suas doenças, através de plantas medicinais. 2600 a.C. – Mesopotâmia – primeiro relato sobre o uso de plantas medicinais. Óleo de cedro Cedrus sp. - para tratar resfriados. Papoula (Papaver somniferum) – para tratar inflamação. Breve histórico: Medicina Ayurvédica (Medicina Tradicional Indiana) e Medicina Tradicional Chinesa são as mais antigas das tradições médicas a fazerem uso das plantas medicinais. O uso terapêutico de plantas pelos povos antigos ainda hoje constitui importante fonte de informação para descoberta de novos fármacos. Breve histórico: Na Grécia antiga, há relato do uso das sementes de Ammi majus para o tratamento do vitiligo. Mais recentemente, um princípio ativo β- metoxipsoraleno, foi extraído dessa espécie para terapia da psoríase e outras doenças de pele. (Gurib-Fakim, 2006). Breve histórico: Século XIX: químicos orgânicos impulsionaram a busca pelos princípios ativos das plantas medicinais. Século XX: indústria farmacêutica avança na área de síntese química. Assim, substâncias sintéticas ocuparam, ao longo do século XX, o mercado internacional de medicamentos. Breve histórico: O sucesso dos medicamentos sintéticos veio acompanhado do uso abusivo, deflagrando sérias consequências: surgimento de doenças iatrogênicas, aumento da resistência aos antibióticos. Breve histórico: Medicamentos cada vez mais caros e não tão seguros despertaram o movimento da busca por um modelo alternativo ou complementar de tratamento: . Breve histórico: Final século XX: desenvolvimento de novos métodos analíticos aumentou o interesse pela pesquisa do potencial terapêutico das plantas. Surgimento dos fitoterápicos. Conceitos: : “o medicamento obtido empregando-se . É caracterizado pelo e dos , assim como pela . Sua eficácia e segurança são validadas através de levantamentos etnofarmacológicos de utilização, documentações tecnocientíficas em publicações e ensaios clínicos de fase 3. Não se considera medicamento fitoterápico aquele que, na sua composição, inclua substâncias ativas isoladas, de qualquer origem, nem as associações destas com extratos vegetais”. (Brasil, 2004) Conceitos: Fitoterápico Droga Vegetal Planta medicinal, ou suas partes, após processo de coleta, estabilização e secagem. Podendo ser na forma íntegra, rasurada, pulverizada ou triturada. : espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com finalidade terapêutica. Derivado da droga vegetal Produto da extração da planta medicinal in natura ou da droga vegetal, podendo ocorrer na forma de extrato, tintura, alcoolatura, óleo fixo e volátil, entre outros. RDC 10, 9 de março de 2010. Regulamentou o uso popular das plantas medicinais. Regulação para a produção, distribuição e uso de plantas medicinais sob a forma de drogas vegetais. O fabricante deve fazer a notificação das drogas vegetais junto à ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Droga Vegetal RDC 10, 9 de março de 2010. Droga Vegetal RDC 10, 9 de março de 2010. Isentas de prescrição. Indicadas para doenças de baixa gravidade; auto- limitantes; de evolução benigna; que podem ser tratadas sem acompanhamento médico. Dispepsia, cólicas intestinais, falta de apetite, contusões, etc. Droga Vegetal RDC 10, 9 de março de 2010. De uso oral ou tópico, episódico. Apresentadas exclusivamente na forma de droga vegetal, destinadas ao preparo de infusão, decocção ou maceração. Não podem ser notificadas na forma de cápsula, extrato, xarope, comprimido, etc. Droga Vegetal RDC 10, 9 de março de 2010. De uso oral ou tópico, episódico. Apresentadas exclusivamente na forma de droga vegetal, destinadas ao preparo de infusão, decocção ou maceração. Não podem ser notificadas na forma de cápsula, extrato, xarope, comprimido, etc. Droga Vegetal Conceitos: : “o medicamento obtido empregando-se . É caracterizado pelo e dos , assim como pela . Sua eficácia e segurança são validadas através de levantamentos etnofarmacológicos de utilização, documentações tecnocientíficas em publicações e ensaios clínicos de fase 3. Não se considera medicamento fitoterápico aquele que, na sua composição, inclua substâncias ativas isoladas, de qualquer origem, nem as associações destas com extratos vegetais”. (Brasil, 2004) Droga vegetal e Derivados da droga vegetal Todo fitoterápico deve ser registrado pela ANVISA: Verifique na embalagem o número de inscrição do medicamento no Ministério da Saúde. Deve haver a sigla MS, seguida de um número contendo de 9 a 13 dígitos, iniciado sempre por 1. Há a possibilidade de consultar o registro do produto no site da Anvisa. Ao encontrar um produto sendo vendido como fitoterápico que não tenha registro na Anvisa, você deve comunicar a Vigilância Sanitária de seu Estado ou Município, ou denunciar à Anvisa, mediante mensagem para o e-mail: gmefh@anvisa.gov.br. Exemplo fitoterápico: Acheflan® - indicado no tratamento da tendinite crônica e dores musculares. Planta medicinal: Cordia verbenacea ou erva baleeira Derivado da droga vegetal: Extrato oleoso das folhas da Cordia verbenacea Fitoterápico: Extrato oleoso das folhas da Cordia verbenacea incorporado em creme Exemplo fitoterápico: Acheflan® - indicado no tratamento da tendinite crônica e dores musculares. No desenvolvimento de medicamentos fitoterápicos, a exigência de estudos pré-clínicos e clínicos assemelha-se ao de uma droga isolada ou sintetizada. No entanto, o fato de uma planta já ser utilizada por várias gerações para o tratamento de determinada patologia direciona a pesquisa de forma mais eficiente. Acheflan – 5 anos de trabalho para ser comercializado. Exemplo fitoterápico: Acheflan® - indicado no tratamento da tendinite crônica e dores musculares. O extrato oleoso da Cordia verbenacea utilizado para confecção do creme anti- inflamatório contém inúmeros terpenos, flavonóides e ácidos graxos. Destaca-se o alfa-humuleno como marcador do extrato. Exemplo fitoterápico: Acheflan® - indicado no tratamento datendinite crônica e dores musculares. O extrato oleoso da Cordia verbenacea utilizado para confecção do creme anti- inflamatório contém inúmeros terpenos, flavonóides e ácidos graxos. Destaca-se o alfa-humuleno como marcador do extrato. Exemplo fitofármaco: Acheflan® - indicado no tratamento da tendinite crônica e dores musculares. Se o alfa-humuleno fosse isolado e produzido sinteticamente, não teríamos mais um fitoterápico, mas um . Fitofármaco: substância purificada e isolada a partir de matéria-prima vegetal com estrutura química e atividade farmacológica definida. É utilizada como ativo em medicamentos com finalidade profilática, paliativa e curativa. Não são considerados fitofármacos compostos que sofram qualquer modificação em sua estrutura química. (Brasil, 2011) Exemplo fitofármaco: Taxol® - paclitaxel – quimioterápico no tratamento do câncer. 1971 – paclitaxel descoberto como componente citotóxico de extratos da casca da árvore Taxus brevifolia. Taxus brevifolia demora de 100 a 200 anos para atingir maturidade. Para conseguir 1kg de paclitaxel são necessárias 3000 árvores. 1992 - Taxol® foi aprovado como agente quimioterápico.
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