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O PEDAGOGO E AS PRÁTICAS ESCOLARES

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CURSO DE PEDAGOGIA
DIRCEOMARA PEREIRA DA SILVA AMAOKA
O PEDAGOGO E AS PRÁTICAS INCLUSIVAS
ASSAÍ-PR
2015
DIRCEOMARA PEREIRA DA SILVA AMAOKA
O PEDAGOGO E AS PRÁTICAS INCLUSIVAS
Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA; EDUCAÇÃO INCLUSIVA E LIBRAS; PEDAGOGIA EM ESPAÇO ESCOLAR E NÃO ESCOLAR; EDUCAÇÃO, CIDADANIA E DIVERSIDADE: RELAÇÕES ÉTNICOS-RACIAIS; SEMINÁRIO III
Prof. CYNTIA SIMIONI FRANÇA; MARLIZETI B. STEINLE; SANDRA M. VEDOATO; VILSE VIDOTTE COSTA; FABIO LUIZ DA SILVA; SANDRA REGINA DOS REIS; TAÍSE NISHIKAWA
 ASSAÍ PR – 2015
 O PEDAGOGO E AS PRÁTICAS INCLUSIVAS
A sociedade contemporânea encontra-se permeada pelos avanços tecnológicos, que atingem igualmente o processo educacional. Ao contrário do que se poderia supor, os diferentes meios de difusão de informação e conhecimento não dispensam a mediação do professor. Este se faz mais necessário em função do excesso de dados aos quais estamos todos nós submetidos. Primeiramente, o próprio professor tem de se haver com a aprendizagem dos meios, mas também necessita saber como se tornar um mediador eficaz para o gerenciamento de tanta informação. 
Quando se toma, por exemplo, a internet, sua própria estruturação leva a uma dispersão, ou a uma falta de foco na busca da informação adequada, assim como no uso dos dados acessados. Quanto maior a abundância dos dados, mais difícil se torna a seleção de fontes confiáveis, assim como a transformação dessas fontes em um todo articulado de conhecimentos. Na nova realidade escolar, o professor deverá adquirir as condições para se tornar o condutor dos aprendizes pelos caminhos das realidades virtuais, fazendo as devidas ligações com as realidades vividas e construídas. 
A introdução da tecnologia na escola não é um bem por si só, visto que ela é instrumento e como tal será utilizada conforme as concepções pedagógicas de que a gerencia. Espera-se que os novos meios possam servir para a libertação do ser humano desrespeitado em seus direitos. A facilidade de acesso não é por si só democracia, quando não se sabe como lidar com o turbilhão de dados acessados. É como lançar o aluno em uma ampla biblioteca sem lhe dar qualquer direcionamento para uma pesquisa. Por isso a mediação do professor, mais familiarizado com o conhecimento bem fundamentado, será capaz de nortear produtivamente o uso da internet pelos educandos. Na perspectiva do que vimos colocando,
	
 O uso do computador, por exemplo, tem se revelado de grande valia no ensino. Porém, se o uso do computador ocorre apenas na perspectiva de instrução, seu valor ficará dramaticamente reduzido. A educação continuará a ter como base a reprodução do conhecimento e o computador servirá apenas para colocar à disposição do aluno, descritivamente, uma gama maior de informação acumulada no decorrer dos séculos (BACCEGA, 2005,
		
 Por isso, os aparelhos tecnológicos em geral têm sua presença na realidade atual em que vivem os alunos e professores. O uso desses meios só tem sentido quando está adequado ao planejamento e aos objetivos colocados, os quais terão em vista a abordagem crítica do conhecimento. Parece-nos que o papel da escola deverá estar mais do que nunca centrado na criticidade, visto que muito nos chega de informações e, por isso mesmo, se faz necessária a aproximação crítica e seletiva dos materiais. Em certo sentido, a tecnologia acaba por obrigar a escola a ser crítica, visto que o aluno não pode receber sem reflexão tudo o que lhe chega de informação. Não se espera que o educado seja um recipiente passivo de conhecimentos terminados, mas um sujeito ativo na construção da história, usando a tecnologia e mediado por um professor que assuma essa filosofia educacional (BACCEGA, 2005).
Em vista do exposto, evidencia-se a demanda pela formação do professor em tecnologia voltada para a educação. Mas, segundo Borges (2004), não se pode conceber a formação em informática como uma discussão somente técnica, ou seja, de um treinamento para a aquisição dos instrumentos. Isso integra o processo, mas a dimensão pedagógica é inseparável, pois ela é que dá o direcionamento da prática, que não se resume ao tecnicismo. Isso porque, por exemplo, um professor que tenha uma visão de ensino como transmissão ou transferência de conhecimento continuará a ensinar sob esse viés mesmo que use meios tecnológicos de ponta. Dessa forma, a apropriação dos instrumentos não tem sentido se a ela não se juntarem as implicações pedagógicas. 
Na atualidade, torna-se imprescindível que o professor pedagogo atue diretamente no consumo da informação pelos educandos. A saturação e grande abundância dos dados acabam por anestesiar a capacidade de análise e a reflexão, fazendo com que o usuário não identifique o que é pertinente. Por isso, também o professor precisa estar capacitado para aproveitar o que é essencial.
Na sociedade atual, o computador e todos os outros meio tecnológicos, não são mais apenas objetos de especialistas, mas bens necessários dentro de casa e no trabalho. Para Pinto (2004), saber operar esses meios passou a ser condição para o emprego e para o domínio dos bens culturais. A linguagem digital é concebida como um novo código, um novo elemento no processo de comunicação. O conhecimento desse código está entrelaçado com todos os demais campos do saber humano.
Quando se reflete sobre o processo inclusivo em uma sociedade tão desigual como a brasileira, do ponto de vista do conhecimento informático, leva-se em conta que a escola pública constitui-se no único lugar onde a criança e o jovem da classe trabalhadora podem ter acesso aos recursos tecnológicos e às informações. Nesse contexto, o docente será o responsável por fazer a crítica das informações, não podendo atuar mais como transmissor do conhecimento, mas como um mediador participativo, atento às novas lógicas da produção do conhecimento que se dá na complexidade das relações surgida nos novos caminhos do ensino e da aprendizagem.
		 Ainda no que diz respeito aos processos inclusivos, nossa reflexão perpassou a questão da inclusão dos alunos com necessidades especiais na escola, tomando como exemplo o educando surdo. Conforme pesquisadores como Osava (2005), o fato de trazer a criança surda para a sala de aula comum não caracteriza inclusão por si só. Quando o professor não tem a preparação requerida, o aluno se torna uma carga, acontecendo de, muitas vezes, sentar-se ao fundo da sala de aula sem aprender nem contribuir com nada. Outras vezes, como relatado nas leituras, nem é percebido pelo professor. 
 Em vista disso, tem-se colocado demandas para a criação de salas de apoio com professores especializados na escola comum, a fim de que se possa atender o aluno surdo e o professor da classe regular, mediando o domínio do conhecimento por esse aluno. De fato, trata-se de mais do que apenas um “apoio”, pois o professor especializado costuma trabalhar com os idiomas português e LIBRAS. 
 Nesse aspecto, costuma-se levar em conta que a LIBRAS se constitui em uma língua sinalizada, com uma gramática e uma cultura diferentes, algo que necessita de compreensão por parte dos atores escolares, a fim de que se promova a inclusão de fato. Idealmente, mesmo o professor da classe comum deveria demonstrar a abertura para o domínio de rudimentos da LIBRAS, em um movimento de aproximação do aluno surdo (OSAVA, 2005).
 Vale a menção de que a maior parte das crianças com deficiências auditivas provêm de famílias de pais ouvintes que não dominam a Língua de Sinais, de modo que seus filhos chegam à escola sem domínio nem do português nem da LIBRAS. Por isso, não dá para colocar a alfabetizaçãocomo objetivo, pois em matéria de linguagem essa crianças não tem seis ou sete anos como as demais, mas apenas um ano em termos linguísticos. Em acréscimo, especialistas afirmam que a criança surda precisa ter contato com outras crianças na mesma condição para que possam adquirir a linguagem por meio de interação social real. Se a escola agora acolhe o surdo, a dificuldade atual está em dar condições para que esse aluno aprenda.
	 A inclusão de formação inicial em Libras em cursos de licenciatura já se torna uma realidade no Brasil. A iniciativa contribui para despertar interesse pela inclusão dos surdos, por meio do instrumento essencial para sua integração social, a língua de sinais. Parece ser o caminho adequado para a transformação social desejada, uma vez que procura respeitar as necessidades dos sujeitos envolvidos. A escola e os educadores são fatores primordiais para o movimento em direção à inclusão de fato dos alunos surdos. A instituição escolar está colocada no centro do processo de “construção de uma sociedade mais cidadã, portanto, mais justa e, menos segregativa, que acolhe seus filhos, independentemente das diferenças que eles revelam ou dos limites que parecem possuir” (SANTIAGO; SOUZA, s.d.). 
 A proposta inclusiva encontra-se bem idealizada “no papel”, mas a escola brasileira ainda tem muito que caminhar. Enquanto o sujeito surdo for inserido na sala de aula sem professores preparados para atendê-lo, não se pode espantar que saia do Ensino Médio sem escrever um simples bilhete. Nesse caso, pode-se falar em fracasso da inclusão em uma escola de ouvintes. Quando se volta o olhar para a trajetória educacional do sujeito surdo, percebe-se que sempre foram as pessoas ouvintes que decidiram como seria a educação desse contingente da população, sentido em que o surdo sempre foi assujeitado às decisões dos ouvintes. No rumo da transformação desse contexto, a escola comum idealmente deveria perceber e fazer perceber o aluno surdo, procurando meios para que ele participe ativamente, dominando e produzindo conhecimentos. Para isso, é necessário o início e prosseguimento do oferecimento de estrutura de apoio material e humano, essencial para que a inclusão seja bem sucedida. Só assim, pela percepção do sujeito surdo como diferença linguística e cultural é que ele poderá sair da segregação de que tem sido vítima na escola.
	 Em suma, os temas vistos nas disciplinas deste semestre, dos quais focalizamos mais especificamente o da Educação e Tecnologias e o da escola inclusiva para os surdos foram fundamentais para a formação que se espera para o pedagogo contemporâneo. Ficou claro que apropriação pelo professor dos instrumentos tecnológicos bem como das demandas pedagógicas de seu uso na escola estão na base de um trabalho que integre a inclusão nos mais variados aspectos. O professor pedagogo, imbuído da perspectiva inclusiva, usará dos meios informáticos para promover a educação e a cidadania em tempos de acolhimento às diversidades, desde os alunos com necessidades especiais ao multiculturalismo, os quais a escola tem o privilégio de receber e que constituem uma riqueza para o processo educativo.
	
REFERÊNCIAS:
BACCEGA, Maria Aparecida. comunicação, educação e tecnologia: interação.
Comunicação & Educação, ano 10, n. 1, jan./abr., 2005. Disponível em:
<http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/comeduc/article/viewFile/4913/
4726>. Acesso em: 30 abr. 2015.
BORGES, Martha Kaschny. Educação e tecnologias digitais: uma proposta
de inclusão digital destinada a professores em formação. 2004. Disponível em:
<http://www.abed.org.br/congresso2004/por/pdf/133-TC-D2.pdf>. Acesso em:
27 abr. 2015.
OSAVA, Mário. A inclusão de crianças surdas ao sistema educacional.
Disponível em: <http://www.editora-arara-azul.com.br/pdf/artigo13.pdf>. Acesso em: 25 abr. 2015
PINTO, Aparecida Marcianinha. As novas tecnologias e a educação. 2004.
Disponível em:
<http://www.portalanpedsul.com.br/admin/uploads/2004/Poster/Poster/04_53_4
8_AS_NOVAS_TECNOLOGIAS_E_A_EDUCACAO.pdf>. Acesso em: 05 abr.
2015.
SANTIAGO, Sandra Alves da Silva; SOUSA, Ana Lúcia de. A leitura de um mundo surdo: uma proposta de inclusão social do surdo. Disponível em:
<http://www.ies.ufpb.br/ojs2/index.php/extensaocidada/article/viewFile/1381/1054>.
Acesso em: 27 mar. 2015.

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