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4. contrato estimatório

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c) CONTRATO ESTIMATÓRIO (ou venda por consignação)
I – CONCEITO: É o negócio jurídico em que alguém (consignatário) recebe de outrem (consignante) bens móveis, ficando autorizado a vendê-los a terceiros, obrigando a pagar um preço estimado previamente, se não restituir as coisas consignadas dentro do prazo ajustado (CC, art. 534).
II - NUTUREZA JURÍDICA
O contrato estimatório é: Bilateral (gera obrigações para as partes), típico (previsto em Lei), Oneroso (mas pode ser gratuito), Misto (depósito e compra e venda), aleatório (depende de fato futuro), de execução futura (celebrado em um momento para execução futura), negociável (pois admite concessões recíprocas), impessoal (em regra não é intuito persone, mas pode o ser, principalmente no gratuito).
III - PONTO DIFERENCIAL COM A COMPRA E VENDA
 
Se diferencia da compra e venda, pois a tradição dos bens não transfere a propriedade, pois o consignante continua sendo o titular do domínio da coisa consignada.
IV – REQUISITOS
SUBJETIVOS: partes capazes e que o consignante seja o dono da coisa ou agir por mandato.
OBJETIVOS: Tem por objeto apenas coisas móveis, podendo ser fungível ou infungível, sendo essencialmente fungível se assim for pactuado.
FORMAIS: Basta a convenção para que se considere celebrado.
V – PRAZO
Em sua essência é temporário, se fosse perpétuo seria venda, pode ser por prazo determinado ou indeterminado. Se indeterminado admite denuncia vazia ou rescisão unilateral. Se determinado deve ser respeitado, salvo se o consignante provar judicialmente necessidade urgente e imprevista de reaver a coisa, nesse caso terá que pagar multa penal contratada, se houver.
VI - OBRIGAÇÕES DAS PARTES
Em relação ao consignado: 
- conservar a coisa com se fosse sua.
- Indenizar o consignante na hipótese de se tornar impossível a restituição da coisa (responsabilidade objetiva) (art. 535)
- não tem direito à reembolso de despesas com a conservação da coisa, valendo a regra de benfeitorias na hipótese de gastos extraordinários. Ou seja, pelas benfeitorias úteis e necessárias tem direito de retenção e reembolso, pelas voluptuárias só terá direito de reembolso e se tiverem sido autorizadas, se não houver autorização poderá apenas levantá-la, se for possível, sem danificar a coisa.
- pagar o preço da coisa no prazo ajustado ou não o havendo quando for solicitado. Poderá optar pela restituição da coisa no mesmo estado que recebeu e esta faculdade é do consignatário. É objetiva.
- o bem consignado não pode ser penhorado antes do consignatário ter pago ,integralmente o preço da coisa ao consignante (art. 536).
Em relação ao consignante:
- entregar a coisa ao consignado e esperar prazo contratado ou suficiente para a venda. Não podendo exigir o preço antes do prazo ou da venda.
- Não pode dispor da coisa antes de restituída pelo consignado.

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