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O PETRÓLEO
 
J. C. PAZ, M. de ALCINO
Universidade Federal do Pampa, Faculdade de Engenharia Química
e-mail: {j.cpaz, marceloalcino1}@hotmail.com
RESUMO – Este artigo tem por objetivo aprofundar os conhecimentos básicos sobre o 
petróleo. Apresentando, tanto os aspectos históricos, quanto os de extração e refino 
relacionados a tal produto. Contendo uma definição geral do que é considerado 
petróleo, bem como os aspectos básicos das demais operações realizadas, desde sua 
descoberta, até a obtenção da matéria prima, para os produtos finais. 
ABSTRACT - This article aims to deepen the basic knowledge about oil. Featuring both 
it’s historical aspects , like about it’s extraction and refining. Containing a general 
definition of what is considered oil as well as the basics of the other transactions since 
it’s discovery until the obtaining of the raw materials to final products. 
PALAVRAS-CHAVE: petróleo; hidrocarboneto; Petrobras. 
1. O PETRÓLEO
 O petróleo, é por definição: combustível 
fóssil. Líquido, oleoso, rico em 
hidrocarbonetos, principalmente alcanos. 
Encontrado no subsolo, não como uma espécie 
de rio subterrâneo ou camada líquida entre as 
rochas sólidas, mas sim impregnado nas rochas 
sedimentares, em profundidades que variam de 
poucos metros da superfície, chegando até 
mesmo a mais de 3 km abaixo da superfície, 
tanto em terra firme, quanto em terras 
submersas.(THOMAS, 2001). 
 Existem várias teorias para a origem do 
petróleo, atualmente a mais aceita é de que 
tenha sido formado através do acúmulo de 
resíduos orgânicos, oriundos da decomposição 
de rochas sedimentares 
 A American Society Techinals Materials 
(ASTM) o define como petróleo como: "Uma 
mistura de ocorrência natural, consistindo 
predominantemente de hidrocarbonetos a 
derivados orgânicos sulfurados, nitrogenados 
e/ou oxigenados, a qual é ou pode ser 
removida da terra no estado líquido”. 
2 HISTÓRIA DO PETRÓLEO 
 O petróleo, na antiguidade era retirado de 
exsudações naturais encontradas em todos os 
continentes. 
 Na antiga babilônia tijolos eram assentados 
com asfalto; fenícios faziam uso de betume na 
calafetação de embarcações; índios pré-
colombianos utilizaram o petróleo para 
impermeabilizar potes cerâmicos e para a 
pavimentação de ruas, enquanto os egípcios 
utilizavam o petróleo para embalsamar os 
mortos (THOMAS,2010). 
2.1 O petróleo no mundo
A indústria petrolífera moderna, tem origem 
por volta de 1850, quando o escocês James 
Young, descobriu que o petróleo podia 
também ser extraído do carvão e xisto 
betuminoso, e então elaborou processos para 
sua criação (PORTALBRASIL,2010). 
Em 1859 começa a exploração comercial nos 
EUA, em um poço que possuia 21 m de 
profundidade e produzia 21 m3/dia na cidade 
de Tittusville, Pensilvânia, descoberto por Cel. 
Drake (Figura 1). O sistema de perfuração 
utilizado foi a perfuração por percussão 
movido a vapor.
 
Figura 1 - Primeiro poço de petróleo. Tittusville, 
Pensilvânia – EUA (OLEODEROCHA, 2010).
No final do século XIX a perfuração de 
petróleo começou a ser um negócio lucrativo, 
devido aos então novos adventos, os motores a 
gasolina e a diesel. O processo rotativo de 
perfuração foi inventado por Anthony Lucas, 
no Texas, que encontrou petróleo num poço de 
354 m de profundidade, tal método 
possibilitou a retirada de petróleo de poços 
com mais de 10 000 m de profundidade. 
Quase todo o petróleo consumido no mundo, 
era produzido nos Estados Unidos ou na 
Venezuela, respectivamente, maior e segundo 
maior produtores do óleo. No entanto, com o 
novo mapa geopolítico mundial, pós segunda 
guerra, a indústria petrolífera também sofreu 
grandes alterações 
Nos anos 50, os EUA mantém a liderança 
mundial na produção de petróleo, no entanto, o 
oriente já começa a surgir como um novo 
grande produtor. Esta década, é caracterizada 
pelas incursões no mar e sua grande atividade 
exploratória. 
Na década seguinte, houve um aumento 
expressivo no consumo, resultado dos baixos 
preços que chegavam ao consumidor, também 
o oriente médio e a União Soviética comeram 
a obter grande sucesso na exploração do 
petróleo. 
Já nos anos 80, houve um significativo 
aumento nos preços praticados para o petróleo, 
o que o tornou ainda mais lucrativo, e 
incentivou a perfuração de alguns novos poços 
no Mar do Norte e no México, devido a 
relação custo benefício, que se tornou muito 
maior. Ainda nessa década, ouveram avanços 
significativos na área da geoquímica orgânica, 
o que resultou em um conhecimento mais 
amplo das áreas de exploração e migração do 
petróleo. Enquanto os EUA começam a notar 
que suas reservas estão se esgotando, outros 
países no que se classificaria como 3º mundo, 
fazem grandes descobertas de reservas. 
Nas duas décadas posteriores, os custos para a 
produção do petróleo sofrem grandes 
reduções, devido a significativos avanços 
tecnológicos, que possibilitaram ainda a 
descoberta de muitas outras novas reservas, 
que em 1996, já superavam em 60% o número 
de reservas provadas em 1980. 
Ao entrar o século XXI o mundo é dependente 
do petróleo mais do que nunca. As notícias 
sobre as reservas aproximarem-se do fim e a 
questão do meio ambiente faz com qua a 
população mundial reflita sobre a utilização de 
energias renováveis. 
Atualmente, a produção mundial, até 2008, 
atingiu a média anual de 80 milhões de barris 
diários (INFOESCOLA, 2010). 
2.2 O petróleo no Brasil
A história do petróleo no Brasil pode ser 
dividida em quatro fases distintas 
(CEPETRO,2010): 
1.º - Até 1938, livre iniciativa, as explorações 
de petróleo neste período, eram regidas por 
este regime. Que possibilitava a qualquer um 
explorar petróleo em território nacional. A 
primeira sondagem profunda durante a livre 
iniciativa, foi realizada entre 1892 e 1896, no 
Município de Bofete, Estado de São Paulo, por 
Eugênio Ferreira Camargo, que comprou uma 
sonda e contratou uma equipe estadunidense 
de perfuração. o que resultou na primeira 
perfuração petrolífera em território brasileiro, 
que resultou apenas na descoberta de água 
sulfurosa. 
2.º - Nacionalização das riquezas do nosso 
subsolo, pelo Governo e a criação do Conselho 
Nacional do Petróleo (CNP), em 1938. Que 
por lei determinaram que toda a atividade 
petrolífera em território nacional deveria ser 
realizada obrigatoriamente por brasileiros. O 
Conselho Nacional do Petróleo (CNP), tinha a 
incumbência de explorar petróleo e de 
participar na criação de um parque refinador 
no País. 
3.º - Estabelecimento do monopólio estatal, 
durante o Governo do Presidente Getúlio 
Vargas que, em 3 de outubro de 1953, foi 
promulgada a Lei 2004, criando a Petrobras. 
Foi uma fase marcante na história do nosso 
petróleo, pelo fato da Petrobras ter nascido do 
debate democrático, atendendo aos anseios do 
povo brasileiro e defendida por diversos 
partidos políticos.
De acordo com o monopólio, ficava vetado à 
Petrobras (empresa 100% nacional, estatal e de 
capital fechado), o exercício de qualquer 
atividade exploratória do petróleo encontrado 
no subsolo brasileiro. 
4.º - Fim do monopólio estatal do petróleo, 
durante o primeiro governo do Presidente 
Fernando Henrique Cardoso 
(CEPETRO,2010). O fim deste monopólio, 
marcou a abertura da Petrobras ao capital 
estrangeiro e o fim da exclusividade que esta 
tinha na exploração do petróleobrasileiro. 
Com o fim do monopólio, o Estado, que era 
então o produtor e provedor, tornou-se o 
regulador e fiscalizador. Este ato do presidente 
Fernando Henrique Cardoso, promulgado em 
06 de agosto de 1997, até os dias atuais causa 
tanto críticas como elogios e é motivo de 
muitas discussões, pois por um lado permitiu 
a abertura da Petrobras a novas tecnologias e 
pesquisas, que possibilitaram que ela fosse 
hoje a 4ª maior empresa de energia do planeta 
(PFC Energy,2010) além de sua saída também 
para o mercado internacional, mas por outro 
lado permitiu uma grande transferência de 
bens públicos para o setor privado, pois o 
governo atualmente detém apenas cerca de 
40% das ações da Petrobras. (ESTADÃO, 
2010) .
A história do petróleo no Brasil começou na 
Bahia, onde, no ano de 1858, o decreto n.º 
2266 assinado pelo Marquês de Olinda, 
concedeu a José Barros Pimentel o direito de 
extrair mineral betuminoso para fabricação de 
querosene de iluminação, na Província da 
Bahia. No ano seguinte, em 1859, o inglês 
Samuel Allport, durante a construção da 
Estrada de Ferro Leste Brasileiro, observou o 
gotejamento de óleo em Lobato, no subúrbio 
de Salvador.
Em 29 de julho de 1938, já sob a jurisdição do 
recém-criado Conselho Nacional de Petróleo - 
CNP, foi iniciada a perfuração do poço 
DNPM-163, em Lobato (Figura 2), que viria a 
ser o descobridor de petróleo no Brasil, 
quando no dia 21 de janeiro de 1939, o 
petróleo apresentou-se ocupando parte da 
coluna de perfuração. 
Figura 2: O primeiro poço de petróleo no Brasil 
(EDUCATERRA, 2010).
O poço DNPM-163, apesar de ter sido 
considerado antieconômico, foi de importância 
fundamental para o desenvolvimento da 
atividade petrolífera no Estado da Bahia. A 
partir do resultado desse poço, houve uma 
grande concentração de esforços na Bacia do 
Recôncavo, resultando na descoberta da 
primeira acumulação comercial de petróleo do 
país, o Campo de Candeias, em 1941.
Em 1941 jorrou petróleo comercial pela 
primeira vez, resultante de trabalhos do CNP, 
sendo que em 1939 ocorrera a descoberta de 
petróleo na Bahia, em função dos trabalhos 
desenvolvidos por Oscar Cordeiro e pelo CNP.
O País já tinha em 1953 um consumo de 
150.000 barris por dia de derivados e contava 
com uma refinaria particular do Grupo 
Ipiranga, de 6.000 barris por dia; e uma 
refinaria na Bahia operada pelo CNP com 
capacidade de 3.700 barris por dia; quase no 
final do debate que caminhava para a 
instituição do Monopólio da União, três 
grupos empresariais receberam concessões 
para construir três refinarias. Foram então 
construídas as refinarias de Manaus, de 5.000 
barris por dia e inaugurada em 1957, a 
Refinaria de Manguinhos, de 10.000 barris por 
dia e inaugurada em 1954, e a refinaria de 
Capuava, inaugurada em 1954, com 20.000 
barris por dia.
A produção de petróleo no País, após o esforço 
do CNP, atingiu a 25.000 barris por dia, valor 
muito baixo quando comparado à demanda.
Assim, o País se via em 1953, como era a 
regra no mundo, exceto para alguns poucos 
países, sem produção de petróleo e sem refino 
em escala suficiente para atender ao mercado 
nacional.
É bom lembrar que o lucro da atividade no 
País estava na distribuição de derivados, 
praticamente nas mãos das multinacionais e, 
portanto, não havia a geração interna de 
recursos para se investir no petróleo. Por outro 
lado, o lucro na atividade de petróleo no 
mundo estava na transformação, em refinarias 
dos países ricos, do óleo barato do Oriente 
Médio e seu manuseio até as distribuidoras dos 
países importadores de derivados, que 
pagavam preços considerados elevados por 
esses produtos.
Somente a instalação de um parque de refino 
no país, com escala, poderia reverter a situação 
de carência de recursos e nele desenvolver e 
indústria petrolífera, já que todos os esforços 
que se faziam para descobrir petróleo não 
apresentavam resultados compensadores. 
Além disso, o refino nacional teria que contar 
com o mercado nacional, sob pena de as 
multinacionais continuarem importando 
derivados de suas matrizes, inviabilizando-o 
por "dumping", comum na época, ou por 
recusa de compra de um outro derivado de 
petróleo, o que seria fatal para o refinador. O 
petróleo contém todos os produtos e ao refiná-
lo todos os derivados são produzidos; perda de 
mercado para um derivado determina 
fechamento de refinaria.
Neste período desenvolveu-se a experiência do 
Grupo Ipiranga, primeira tentativa nacional 
significativa para romper o fechado círculo das 
multinacionais. Pelas notícias que se têm não 
foi fácil para a Ipiranga conseguir mercado 
para seus produtos, já que tinha que conseguir 
o petróleo do exterior e depender do mercado 
interno dominado pelas multinacionais.
Com a instalação da Petrobras, em 10 de maio 
de 1954, portanto, sete meses após sua criação, 
o Brasil trilhou um caminho diferente tendo 
nas suas próprias mãos o destino da indústria 
que alimenta o mundo de energia. O sucesso 
de tal empreitada se mostra nos resultados 
obtidos pelo povo brasileiro através da estatal 
do petróleo. 
Desde que a Petrobras foi implantada 
descobriu petróleo em diversos estados: 
Amazonas, Pará, Maranhão, Ceará, Rio 
Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Bahia, 
Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná, São 
PAulo e Santa Catarina.
Cada década representa algo de importante à 
história do petróleo brasileiro:
Na década de 50 foram as descobertas dos 
campos de petróleo de Tabuleiro dos Martins, 
em Alagoas, e Taquipe, na Bahia.
Na década de 60 foram os campos de 
Carmóplois, em Sergipe, e Miranga na Bahia. 
Ainda em Sergipe: A primeira descoberta no 
mar, o campo de Guaricema.
Nos anos 70 a província petrolífera da bacia de 
Campos é descoberta, RJ, através do campo 
da Garoupa.
Três fatos de importante relevância marcaram 
a década de 80: Petróleo em Mossoró, que 
viria a se tornar a segunda maior área 
produtora de petróleo do país; os campos 
gigantes de Marlim e Albacora em águas 
profundas da bacia de campos, RJ; descoberta 
do rio Urucu, no Amazonas.
Os campos gigandes de Roncador e Barracuda 
na Bacia de Campos, RJ, contabilizam grandes 
descobertas para a década de 90.
Até pouco tempo, o país não tinha produção 
suficiente de petróleo para o abastecimento 
interno, desse modo, era dependente do 
recurso importado, especialmente dos países 
do Oriente Médio, mas a partir de 2007 o país 
alcançou a auto-suficiência. Atualmente, a 
produção é de aproximadamente 2,3 milhões 
de barris ao dia, que supera o consumo, que é 
de 2,2 barris diários ( EDUARDO DE 
FREITAS, BRASIL ESCOLA, 2010). 
3. DADOS E ESTATÍSTICAS DO 
PETRÓLEO
Na Figura 3, nota-se a evolução da 
profundidade nas perfurações em águas 
profundas, sendo indicado o Record mundial 
até 2009. 
3.1 Dados sobre a Petrobras 
A Petrobras é a 4° maior empresa de energia 
do mundo, 8° maior empresa global por valor 
de mercado e a maior do Brasil seu valor está 
em US$ 164,8 bilhões e sua marca vale US$ 
1,2 bilhões (PFC Energy, 2010). Na Tabela 1 
existem alguns dados da petrobras. 
Figura 3: Evolução dos recordes mundias de produção na plataforma continental, atestando a constante evolução de técnicas e materiais na busca de reservas gigantes de 
petróleo em águas profundas. (PETROBRAS,2010).
Na Figura 4, nota-se a produção de petróleo 
entre o ano 2000 e2004, nota-se que foi 
retirado pouco petróleo quando comparado 
com a reserva existente. 
 
Figura 4 - Gráfico reservas totais x produção de barris 
de petróleo, entre 2000 e 2004 
Tabela 1: dados da Petrobras.
RECEITAS LÍQUIDAS R$ 170.578 
LUCRO LÍQUIDO R$ 21.512
INVESTIMENTOS R$ 45 300.000
ACIONISTAS 272.952
PLATAFORMAS DE 
PRODUÇÃO
109 (77 fixas; 32 
flutuantes)
PRODUÇÃO DIÁRIA 1.918 mil bpd/ 382 mil 
barris de gás natural 
REFINARIAS 15
O petróleo é destinado a vários produtos. 
Conforme demonstra a Figura 5 o diesel ainda 
é o mais requerido pelo setor.
Figura 5: Produção nacional de derivados.
Segundo o Instituto de Geologia e 
Paleontologia da Universidade de Clausthal, 
até 2030, a produção de petróleo cairá em até 
50 %. Além do Brasil, a região do Mar Cáspio 
e a África são os locais que ainda terão 
produção petrolífera contínua com 
perspectivas para até 2015. Os EUA, 
atualmente, são mais importadores do que 
exportadores, devido ao crescimento da 
demanda interna. (infoescola,2010).
4.TRANSPORTE DO PETRÓLEO 
O petróleo é elevado do poço até a superfície 
com o auxílio de bombas de sucção, após isso, 
se a extração for em alto mar, é levado por 
navios até os portos de costas próximas às 
refinarias, de onde é transportado por meio de 
oleodutos até essas indústrias (Figura 6). Se 
for extraído em terra, é elevado por meio de 
uma bomba, chamada cavalo de pau, é levado 
por meio de oleodutos ou de caminhões até os 
portos, de onde é transportado por navios até 
as costas próximas às refinarias, de onde é 
levado até elas novamente por meio de 
oleodutos. 
 
Figura 6: Oleoduto. (CLC, 2010). 
5. CONSTITUINTES E 
DESTILAÇÃO DO PETRÓLEO 
 A palavra petróleo, tem origem do latim 
petra, que siginifica pedra e oleum, que 
significa óleo. Sua composição, tem como 
base os hidrocarbonetos. 
A variedade de compostos presentes no 
petróleo, chega a centenas, o que torna sua 
total separação em componentes individuais, 
praticamente impossível, além de inviável 
economicamente. No entanto, a predominância 
de moléculas relativamente grandes ou 
pequenas, vai determinar se o estado físico da 
mistura será líquido ou gasoso, 
respectivamente. 
 Quando o petróleo é destilado, seus 
diferentes componentes são separados em 
porções, de acordo com seu ponto de ebulição, 
tal como apresentado na tabela 2. No entanto, 
é interessante observar: óleos provindos de 
diferentes fontes, terão diferentes 
composições, além de outras características, 
como viscosidade, densidade e cor. Uma 
análize, levando em conta apenas os elementos 
químicos presentes no petróleo, é apresentada 
na tabela 3.
Tabela 2: Diferentes componentes do petróleo 
e respectivos pontos de ebulição 
Produto(s) Ponto de ebulição (ºC) 
Gás natural - GLP Até 40 
Gasolina 40 - 175 
Querosene 175 - 235 
Gasóleo leve 235 - 305 
Gasóleo pesado 305 - 400 
Lubrificantes 400 - 510 
Resíduo Acima de 510 
Tabela 3: Composição em peso dos elementos 
químicos mais frequntes na composição do 
petróleo de diferentes fontes. 
Elemento (Símbolo) Fração (%) 
Hidrogênio (H) 11 - 14 
Carbono (C) 83 - 87 
Enxofre (S) 0,06 - 8 
Nitrogênio (N) 0,11 - 1,7 
Oxigênio (O) 0,1 - 2 
Metais 0 - 0,3 
A separação dos hidrocarbonetos em 
diferentes faixas de ebulição, ocorre devido a 
existencia de bandejas no interior da torre de 
destilação, que posicionadas estratégicamente 
em diferentes alturas, irão recolher frações 
mais leves ao passo que a altura aumentar. O 
número de bandejas em uma torre de 
destilação pode chegar a cerca de 50. 
5.1 Hidrocarbonetos 
 De acordo com THOMAS (2010) como 
principais constituintes do petróleo, os 
hidrocarbonetos costumam compor cerca de 
95% do peso total do óleo, ou gás. Além de 
serem os principais produtos desejados na 
composição do extraído. Estes, conforme o 
nome, são formados exclusivamente por 
átomos de carbono e hidrogênio. 
 A principal classificação dos 
hidrocarbonetos diz respeito a presença ou não 
de ligações duplas ou triplas (insaturações) em 
suas cadeias. Quanto a esse as pecto, podem 
ser classificados como saturados, insaturados 
ou aromáticos. Sendo os hidrocarbonetos 
insaturados (também chamados de parafinas) 
aqueles que apresentam apenas ligações 
carbono-carbono simples, o que implica em 
um número máximo de hidrogênios nas 
moléculas desta classe de hidrocarbonetos. Por 
sua vez, os insaturados (também chamados de 
olefinas), apresentam uma ou mais ligação 
dupla ou tripla entre os átomos de carbono, 
enquanto os hidrocarbonetos aromáticos, 
apresentam um ou mais aneis de benzeno na 
molécula. 
5.2 Não-hidrocarbonetos 
 O petróleo possui quantidades apreciáveis 
de constituintes que apresentam elementos 
considerados como impurezas que surgem em 
todas as faixas de ebulição, mas tendem a se 
concentrar nas frações mais pesadas, são eles: 
enxofre (S), nitrogênio (N), Oxigênio (O) e 
metais. 
 Os demais componentes do petróleo são 
encontrados como compostos orgânicos, que 
carregam os outros elementos. Sendo os 
principais deles, os ítens citados na tabela 2, 
exclindo-se carbono e hidrogênio. 
5.2.1 Compostos Sulforados : O enxofre é o 
terceiro elemento mais abundante encontrado 
no petróleo, concetração mássica média de 
0,65%, aparece no petróleo na forma de 
sulfetos, dissulfetos, com nitrogênio e ou 
oxigênio, encontrá-lo como enxofre elementar 
é muito raro. Em geral, quanto maior a 
densidade do petróleo, maior será seu teor de 
enxofre. 
Os compostos sulfurados são indesejáveis pois 
além de aumentar a polaridade do óleo são os 
responsáveis pela corrosividade e 
contaminação dos catalisadores, são tóxicos e 
produzem SO2 e SO3, gases altamente 
poluentes que em contato com umidade 
formam o H2SO4. 
5.2.2 Compostos Nitrogenados: O petróleo 
contém 0,17% de nitrogênio com maior 
concentração nas frações pesadas. Os 
compostos apresentam-se na forma orgânica e 
são termicamente estáveis. Surgem no petróleo 
como piridinas, quinolinas, pirróis, indóis, 
porfirinas e compostos policíclicos com 
enxofre, oxigênio e metais. 
Os compostos nitrogenadosaumentam a 
capacidade do óleo de reter água. Durante o 
refino tornam instáveis 
5.2.3 Compostos Oxigenados : Surgem no 
petróleo de forma complexa como ácidos 
carboxílicos, fenóis, cresóis, ésteres, amidas e 
cetonas. se concentram nas frações mais 
pesadas. Os compostos oxigenados são 
responsáveis pela acidez e coloração (ácidos 
naftênicos), odor (fenóis), formação de gomas 
e corrosividade das frações de petróleo. 
5.2.4 Resinas e Asfaltenos : Moléculas 
grandes com alta relação carbono/hidrogênio. 
Constituído de 3 a 10 ou mais anéis, 
geralmente aromáticos. A presença de enxofre, 
oxigênio e nitrogênio são frequentes. As 
estruturas básicas são semelhantes, porém 
asfaltenos não estão dissolvidos e sim 
dispersos no petróleo. As resinas, ao contrário, 
são facilmente solúveis. 
5.2.5 Compostos Metálicos : Apresentam-se 
de duas formas: como sais orgânicos 
dissolvidos na água, emulsionada ao petróleo, 
facilmente removidos através da dessalgação 
da água e compostos organometálicos 
complexos que tendem a se concentrar ns 
frações mais pesadas. 
6. CONCLUSÃO 
Analisando os recentes avanços tecnológicos 
da humanidade e o constante desenvolvimento 
econômico e financeiro das nações,bem como 
o histórico da exploração do petróleo mundial, 
tem se por conclusão: o petróleo é um fluido, 
mesmo que tendo suas reservas, cada vez mais 
comprometidas, tem-se tornado cada dia mais 
importante em nosso dia-a-dia. O que torna 
praticamente impossível, na sociedade 
moderna o abandono do uso de seus derivados, 
o que causaria um colapso total no mundo. 
Mesmo com o advento modernos e constantes 
inovações em energias alternativas, o padrão 
de vida da humanidade, está quase que 
inseparavelmente atrelado ao petróleo. 
7.BIBLIOGRAFIA 
LIVRO:
Thomas, J. E., Fundamentos de Engenharia do 
Petróleo. Editora interciência, rio de janeiro, 
2001.
SITES:
Portal Brasil disponível em: 
<www.portalbrasil.net/historiageral_revolucao
industrial.htm> acessado em: 04/07/2010.
Óleo de Rocha disponível em: < 
http://oleoderocha.blogspot.com/> acesado em 
01/07/2010.
Petrobras, disponível em: 
<www.petrobras.com.br/>, acessado em 
03/07/2010.
Cepetro, disponível em:< 
http://www.cepetro.unicamp.br/petroleo/index
_petroleo.html
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Infoescola, disponível em 
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