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Esquistossomose
GENERALIDADES
 Esquistossomíae, esquistossome ou bilharziose.
 Doença crônica causada por platelmintos parasitas do gênero Schistosoma
 É a mais grave forma de parasitose por organismo multicelular.
DISTRIBUIÇÃO MUNDIAL
 Esquistossomose mansônica: 80 milhões de casos
 África (vários países), América do Sul (Brasil, Suriname e Venezuela), Caribe e Oriente Médio – 54 países.
SCHISTOSOMA MANSONI
CARACTERÍSTICAS
 Pertencem ao Filo Platyhelminthes
 Simetria bilateral
 Corpo achatado dorsoventralmente
 Dimorfismo sexual
 Ciclo heteroxênico
 Hospedeiro definitivo: homem
 Hospedeiro intermediário: caramujos do gênero Biomphalaria.
FORMA DE VIDA
 Verme adultos macho e fêmea
 Ovo
 Miracídio
 Esporocisto
 Cercaria
 Esquistossômulo.
CICLO DE VIDA
HOSPEDEIROS INTERMEDIÁRIOS
Característica
 Molusco pulmonado
 Concha espiral plana
 Vive em água doce
 Família Planorbidae
 Gênero Biomphalaria
 Espécies mais importantes
 Biomphalaria glabrata
 Biomphalaria tenagophila
 Biomphalaria straminea
COLEÇÕES HÍDRICAS
Criadouros
 Valas alagadas ou represamentos (lagoas de coceira)
OS VERMES ADULTOS
Características
 2 ventosas (oral e ventral)
 Estrutura de fixação
Macho
 1cm 
 Extremidade anterior cilíndrica
 Espinhos
 Corpo enrola-se ventralmente
 Canal ginecóforo
Fêmea
 1,6cm
 Delgada e cilíndrica
 Tegumento liso
 E aloja no canal ginecóforo
Tegumento 
 Revestido por dupla membrana
 Renova-se continuamente
 Incorporam proteínas do hospedeiro
 Glicocálix
 Camuflagem – sistema imune
Tubo digestivo
 Inicia-se com a boca (ventosa oral)
 Curto segmento que se bifurca
 Une-se para formar o ceco
Nutrição
 Sangue
 Pinocitose (tegumento)
Sistema reprodutor
O OVO
Características
 Oval
 Espícula lateral
 Casca rígida e porosa
 Entrada de nutrientes
 Liberação de substâncias
 Responsável pela resposta inflamatória
 Liberação nas fezes
 Viáveis por 2 a 5 dias
 Não suportam dessecação
 Eclosão
 Contato com a água doce
 Liberação do miracídio
O MIRACÍDIO
Características
 Epitélio ciliado
 Nadam à procura do hospedeiro intermediário
 Glândulas de penetração
 Solenócitos
 Células excretoras
 Papilas sensoriais
 Esboço de sistema nervoso
 Nadam próximo à superfície (fototropismo)
 Nadam em círculos cada vez menores
 Vida curta
 Devem penetrar no molusco em 1 dia
 Após a penetração, perdem o epitélio
 Se transformam em esporocisto.
OS ESPOROCISTOS
Características
 Estrutura sacular alongada
 Contém numerosas células germinativas
 Meracídio – esporocisto I
 Esporocisto II – cercárias
 Esporocistos III – carcárias
 Esporocisto IV – cercarias
 Darão origem a milhares de cercarias, durante toda a vida do molusco.
AS CERCÁRIAS
Características
 Corpo 
 2 ventosas
 Glândulas de penetração e solenócitos
 Cauda bifurcada
 Movimento helicoidal 
 Nadam em direção à luz
 Penetração na pele
 A cauda é deixada para trás
 Seu corpo transforma-se em esquistossômulo
 Eliminadas nas horas mais iluminadas
 Vida curta (1-2 dias)
 Atraídas por ácidos graxos e peptídeos liberados pela pele humana.
OS ESQUISTOSSÔMULOS
 Após a penetração do corpo da cercaria na pele
 Tornam-se alongadas (esquistossômulos)
 Mudanças no tegumento (resistência)
 Penetração nos vasos sanguíneos
 Levados pela corrente circulatória
 Coração e pulmões
 Sistema porta hepático
 Vermes adultos
 Acasalamento
 Oviposição após 35 dias
A INFECÇÃO: FASE AGUDA
SINAIS E SINTOMAS
Dermatite cercariana
 Penetração das cercarias
 Manifestações alérgica locais
Pulmões e fígado
 Migração do esquistossômulos
 Muitos parasitas morrem
 Inflamação necrose e cicatrização
 Dependem do número de parasitos e da sensibilidade do hospedeiro
 3 a 4 semanas após a contaminação
 Linfadenopatia, mal-estar, febre, hiporexia, tosse seca, sudorese, dores musculares, dor na região do fígado ou do intestino, diarreia, cefaleia e prostração, entre outros – forma toxêmica ou febre de Katayama
 Eosinofilia elevada
 Remissão espontânea dos sintomas 
 Pode ser assintomática
Macho e fêmea
 Chegam ao sistema porta-hepático
 A fêmea se instala no canal ginecóforo
 Ambos migram contra a corrente sanguínea
 Musculatura e espinhos
Localização preferencial
 Vênulas terminais do plexo mesentérico
Ocorre o acasalamento
 Os ovos são liberados nos capilares
 Em torno de 300 ovos por dia
 Causam obstrução dos capilares
 Ficam livres no tecido conjuntivo
 Expulsos para a luz intestinal
 Liberados com as fezes
 Ou são arrastados pela corrente sanguínea
 Espaço porta-hepático
 Pulmões
 Outros locais
Caso os ovos permaneçam retidos na mucosa
 Estimulação antigênica crônica – atração de eosinófilos – reação de hipersensibilidade – granuloma
A INFECÇÃO: FASE CRÔNICA
 Ovos são arrastados para o espaço porta hepático
 Acúmulo de granulomas = fibrose periportal
 O quadro clínico evolui lentamente
 Redução do fluxo sanguíneo no fígado
 Hipertensão da veia porta
 Ascite
 Distensão e aumento de permeabilidade dos vasos
 Extravasamento de líquidos na cavidade abdominal
 Barriga d’água
 Consequência das lesões hepáticas:
 Hipoproteinemia, anemia, leucopenia, plaqueotopenia e deficiência da coagulação.
COMPLICAÇÕES DA ESQUISTOSSOMOSE
Ovos/vermes levados para os pulmões
 Causam fibrose pulmonar
 Leva ao aumento da resistência ao fluxo de sangue
 Aumento de tamanho e pressão sanguínea
 Isuficiência cardíaca (corpulmonale )
Ovos/vermes levados à medula espinhal
 Processos inflamatórios e fibróticos
 Mielorradiculopatia esquistossomótica
 Paralisia
DIAGNÓSTICO
Suspeita
 Contato prévio com área endêmica
Métodos diretos
 Exames parasitológico de fezes (busca de ovos)
 Eclosão de miracídios 
 Biópsia (retal ou hepática ou de outros sítios)
 Métodos sorológicos (ELISA)
 Molecular (PCR de amostra fecal)
Diagnóstico por imagem
 Ultrassonografia de abdômen (casos de fibrose hepática)
 Radiografia de tórax (casos de hipertensão pulmonar)
 Endoscopia (casos de varizes esofágicas)
 Ressonância magnética (casos de mielopatia)
 Eco-doppler-cardiografia (casos de hipertensão pulmonar)
PREVENÇÃO E CONTROLE
Controle do caramujo
 Tratamento dos criadouros com substâncias moluscicidas
Tratamento dos casos humanos
 Em massa (tratamento de toda a área endêmica)
 Dirigida (apenas indivíduos diagnosticados)
Saneamento
 Construção de latrinas
 Fontes de abastecimento de água
 Tratamento do esgoto
Educação em saúde
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