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Constitucional II

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1- Direitos Políticos – artigos 14 a 16 da CF
	características gerais
Dentro de um estado de direito, todos têm assegurados pelo ordenamento jurídico, uma certa gama de interesses relativos à propriedade, liberdade, igualdade. Esses interesses são chamados negativos, uma vez que se opõe ao estado e objetivam inibir sua atuação.
	Ao lado desses direitos, existem ainda aqueles que visam assegurar a participação do indivíduo na vida política e na própria estruturação do estado.
	Esses direitos chamados políticos ou “direitos civitatis”, visam justamente permitir ao cidadão atuar na condução do destino de sua coletividade, de forma direta ou indireta, elegendo ou sendo eleito.
direito de votar, 
ser votado, prover cargo público eletivo, 
apresentar projeto de iniciativa popular, 
ingressar com ação popular.
Art. 1º, parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta constituição.
Elementos do estado: 
povo 
território
governo
Nacional x cidadão:	ao analisarmos os direitos políticos faz-se necessária a clara distinção entre o nacional e o cidadão. O nacional é aquele que, por qualquer motivo, como p. Ex. Em razão da idade, ainda não está no gozo dos direitos políticos, atributo essencial à condição de cidadão. daí afirmar-se que todo cidadão é um nacional, mas nem todo nacional é cidadão.
Democracia representativa
	A democracia concebida em seus atributos originários, torna-se impraticável com o crescimento e desenvolvimento cada vez maiores da sociedade moderna.
	Adota-se então um sistema, que embora democrático, se faz pela forma indireta ou semi-direta, onde os cidadãos de um estado, elegem um número limitado de representantes para defender os seus interesses.
Soberania popular - art 14, CF - exercida através do:
sufrágio universal – (seleção de eleitores – direito de votar)
voto (exercício do sUFrágio) – direto, secreto, de igual valor* (vide
 sistema proporcional para eleição de deputados federais – artigo 45, § 1º,
 CF)
Artigo 14 – formas de diminuir a distância entre o eleitor e as decisões do estado (democracia direta – ou semi-direta) *vide lei 9.709/98 - regulamentar
Plebiscito – posicionamento decisório do eleitor perante uma questão de relevância, autorizando a produção legislativa posterior. **ex:- 1993 – forma e sistema de governo;
Referendo – aprovação ou rejeição de ato governamental pronto;
Iniciativa popular – projeto de lei de uma parcela da população a ser submetido a apreciação do poder legislativo (municípios – 5% eleitorado – união – 1 % eleitores de 5 UF no mínimo, e 3/10% do eleitorado de cada um).
Direitos políticos ativos e passivos 
	
I – ativos 
Referem-se à capacidade de ser eleitor, ou seja, de votar, participar de plebiscito e referendo, subscrever projeto de lei de iniciativa popular e propor ação popular (5º, IXXVIII, CF – lei 4.717/65 – regulamenta a ap) não são direitos automáticos, sendo necessário o alistamento eleitoral (artigo 14, § 1º, CF), que será:-
a-) obrigatório – 14, § 1º, I - maiores de 18 anos;
	b-) facultativo –14, § 1º, II menor 18 maior 16; maior de 70; analfabetos.
c-) proibido – 14, § 2º - estrangeiros E S.M.O. (militar conscrito)
II – passivos - possibilidade de ser votado ou elegibilidade. Está ligado diretamente ao direito de se candidatar ao provimento de cargos públicos. Todos os que estão no gozo de seus direitos políticos e alistados, podem se candidatar, exceto os analfabetos.
condições de elegibilidade – artigo 14, § 3º, CF
requisitos subjetivos e idade mínima
inelegibilidade – algumas pessoas, em virtude de certos atributos de ordem subjetiva, tornam-se inelegíveis – não terão direitos políticos ativos.
a-) pelo cargo - artigo 14, § 5º - 
Presidente, governadores e prefeitos – até 1997 (emenda 16/98) não podiam se candidatar para o mesmo cargo no período imediatamente subseqüente;
Hoje:-
 1-) mesmo cargo – não se afastam;
 2-) outro cargo – § 6º - renunciar até 6 meses antes;
b-) por parentesco - § 7º com o titular ou substituto (6 meses antes da eleição) do cargo do executivo (presidente, governador, prefeito), no território de sua jurisdição. 
Graduação parental - até 2º grau - exceção – se já é titular de cargo e candidato à reeleição
c-) militares - § 8º menos 10 anos – afastamento - mais de 10 anos – agregado e, se eleito, inatividade
(**) ( funcionário público – mesma jurisdição?
§ 9º - demais casos de inelegibilidade – lei complementar – justiça eleitoral 
§ 4º - inalistáveis e analfabetos são inelegíveis.
Desincompatibilização – a inelegibilidade é afastada quando a pessoa deixa de ter o atributo subjetivo que a impedia de se candidatar
Conclusão
Portanto o processo de aquisição é gradativo, e nos termos do artigo 14 da CF, § 3º, VI, se inicia aos 16 anos e atinge sua plenitude aos 35.
Perda e suspensão dos direitos políticos
	Artigo 15 – a constituição proibiu a cassação de direitos políticos, para salvaguardar o cidadão de eventuais perseguições por opinião político-ideológica.
	Estabeleceu, porém, casos em que esses direitos podem ser perdidos de forma definitiva ou temporária.
	a-) perda – inciso I, - cancelamento naturalização – casos (crime antes ou tráfico internacional);
					
	b-) suspensão
II – incapacidade civil
III – condenação criminal
IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou obrigação alternativa; *importante - a doutrina tem se dividido sobre esse caso, entendendo, parte dela, tratar-se de caso de perda. 
V – improbidade administrativa – ex Collor;			
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Divisão espacial do poder - organização político -administrativa. União – estados federados – distrito federal – município e territórios
As formas de estado - a estrutura organizacional do estado moderno, impõe necessariamente a sua institucionalização política em três pontos distintos:-
a-) forma de estado – divisão a partir do critério territorial, em vista da descentralização político administrativa, podendo se dar de duas maneiras:-
		I-) unitário – centralização total do poder político – criação normativa
		II-) federal – descentralização do poder político – unidades autônomas (estados) sem soberania
b-) forma de governo – critério de distribuição e organização do poder aos governantes e a forma de participação popular no governo;
		I -) república – mandatos periódicos;
					- eletividade
					- responsabilidade
		II -) monarquia – vitaliciedade 
					- hereditariedade
					- indicação dirigentes
c-) sistema de governo (ou regime de poder) – indicam forma e conteúdo da divisão orgânica do poder:-
		I -) presidencialismo
		II-) parlamentarismo
Estado federal ( forma federativa de estado tem suas raízes na constituição norte-americana de 1787.
Confederação - como o modelo confederativo adotado inicialmente à época da independência da inglaterra, não trazia o melhor para as 13 colônias, em termos unificação nacional, e, uma defesa mais eficaz, tratou-se de implementar um novo modelo de organização político-administrativa que pudesse trazer a união de todos as colônias norte-americanas, sem porém ferir-lhes a independência e a individualidade.
	Dessa maneira, basicamente o estado federal é formado pela união de entes dotados de autonomia política e legislativa, que no entanto abdicam de sua soberania individual a favor da federação.
Pacto federativo – para a manutenção dessa união estabelece-se a necessidade da imposição de normas que vão determinar o alcance e a manutenção dessa autonomia com as seguintes características comuns:-
I) repartição constitucional de competências e rendas (estabelecidas pela constituição)
II) possibilidade de auto-organização por uma constituição própria (constituição estadual)
	III) rigidez constitucional (total quanto ao pacto)
IV) indissolubilidade do vínculo (sem secessão)
	V) participaçãodas ordens parciais na elaboração da norma geral
 (bicameralidade – câmara e senado)
	VI) intervenção federal nos estados (exceção – sempre que haja ameaça 
 desagrega federação)
	VII) tribunal constitucional (guardião – poder judiciário)
Organização político-administrativa - art. 18. (divisão espacial ou territorial do poder) “a organização político-administrativa da república federativa do Brasil compreende a união, os estados, o distrito federal e os municípios, todos autônomos, nos termos desta constituição”.
Observações
- hierarquia entre os entes – não há
- autonomia – todos têm e implica em:-
	1-) auto-organização – por c.e. Ou l.o.
	2-) auto-governo – p executivo próprio e não subordinado
	3-) auto-administração – criação e gerenciamento dos seus próprios órgãos
 administrativos
	4-) capacidade legislativa – casa de leis própria e não subordinada
Capital federal - § 1º - Brasília 
Territórios federais - § 2º - integram a união (e não a federação, por isso não são entes dotados de autonomia!), e sua criação, transformação em estado ou reintegração ao estado de origem serão reguladas em lei complementar.
Estados membros - § 3º - os estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos estados ou territórios federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do congresso nacional, por lei complementar.
Municípios - § 4º a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios envolvidos, após divulgação dos estudos de viabilidade municipal, apresentados e publicados na forma da lei."
Proibições - art. 19. É vedado à união, aos estados, ao distrito federal e aos municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
Repartição constitucional de competêcias e rendas
Brasil = união + estados-membros + municípios + D.F.
Antes de se analisar a repartição efetivada pela nossa constituição, deve-se verificar, primeiramente, os modelos federativos existentes:-
clássico – concentração em favor dos estados 
integral – concentração em favor da união
dual – equilíbrio
A constituição de 1988, adotou modelo federativo considerado como sendo integral, uma vez que a atribuição de competências e rendas se deu de maneira a estreitar ainda mais o modelo adotado anteriormente, colocando de forma mais centralizada, a concentração na esfera da união federal.
 
Assim temos as competências:- 
a-) legislativa (produção leis) 
b-) material (ou administrativa – atinentes às funções do ente federal) 
São atribuídas aos entes federativos da seguinte forma:-
a-) privativa: (exclusiva – somente o ente federal específico exerce)
	união – artigos 21 (material) e 22 (legislativa - podendo haver delegação para 
 estados – par. Único)
	estados – artigo 25, § 1º (legislativa remanescente) / § 2º e 3º (materiais)
	municípios – artigo 30 (legislativa e material)
b-) comum: (simultânea)
	união – estados / DF – municípios – artigo 23
c-) concorrente:-
	união (geral) – estados / DF (específica) – artigo 24
Entes que integram a república federativa do brasil
I-) União Federal – (UF)
Definição – pessoa jurídica de direito público, com capacidade político-administrativa.
Difere dos demais pela dupla manifestação:-
	1-) de forma unitária e externa (soberana) – agindo como representante da totalidade do estado brasileiro no âmbito internacional – guerra, paz, organizações etc. Obs – age em nome da república federativa
	2-) de forma descentralizada e interna (autônoma) – agindo como uma das p.jurídicas de d.público interno que compõem a federação, ao lado dos estados-membros, distrido federal e municípios
Competências
	a) materiais ou administrativas – artigo 21 – exercidos diretamente pela união, tanto pelo executivo como pelo legislativo para cumprimento das suas obrigações como poder – declaração de guerra, celebração paz, relacionamento internacional, estado de sítio, emissão de moeda, etc.
	b) legislativas – artigo 22 – privativamente exercida pela união federal. (também comum – art. 23 e concorrente – art. 24)
(**) - O Parágrafo Único permite a exceção à regra, podendo delegar ao estado algum ponto específico das matérias, dependendo de lei complementar
Bens da união – artigo 20
Classificação dos bens públicos no c.civil (artigo 99)
a-) uso comum – estradas, ruas, praças, etc
b-) uso especial – imóvel de estabelecimento federal, estadual ou municipal
c-) bens dominicais – patrimônio da união, estados, DF e municípios
Artigo 20, inciso i - caráter exemplificativo da lista
I - bens atuais e futuramente atribuídos 
II - terras devolutas estratégicas – fins militares, comunicação federal e meio 
 ambiente terras de domínio público, pertencentes originariamente à união;
III - lagos, rios e correntes de água
Em seus terrenos
Banhem mais de um estado
Sirvam de limites com outros países
Se estenda ou provenha de território estrangeiro 
IV - ilhas fluviais (rios) e lacustres (lagos) em zonas limítrofes; ilhas oceânicas e costeiras; praias marítimas excluídas as do estado
V- mar territorial – zona oceânica contígua à costa marítima onde se exerce soberania solo, subsolo e espaço aéreo – lei 8.617/93 – 12 milhas marítimas
(**) - 1 milha marítima = 1.852 metros (tratado marítimo internacinoal de 1929)
VI - plataforma continental – leito e subsolo das águas submarinas – 200 milhas além do mar territorial - soberania para exploração e aproveitamento recursos naturais
 (**) - zona econômica exclusiva – faixa de 200 milhas contadas a partir da costa brasileira - incluindo o mar territorial (12 milhas) - ou seja 188 milhas a partir do mar territorial
Estados Federados: capacidade de auto-organização – de auto-governo – de auto-administração e legislativa
Conceito:- conceitua-se o estado-federado ou estado-membro, como a pessoa jurídica de direito público interno, integrante portanto da federação brasileira e dotado de autonomia
A autonomia, que não se confunde com soberania, esta última relagada somente à federação como um todo, inclui as seguintes possibilidades:-
a-) auto-organização – através de uma constituição própria (poder constituinte decorrente), delimitada pela constituição federal – artigo 11, ato disposições constitucionais transitórias
b-) autogoverno – eleição do seu p. Executivo (governador e vice), sem subordinação do poder central – artigo 28, “caput” da CF
c-) auto-administração – gerenciamento dos seus próprios órgãos e serviços públicos, independentemente do poder central 
Ex:- regime servidores públicos da união não se estende aos do estado, que terá seu próprio regimento
d-) capacidade legislativa – o estado-membro tem sua competência estabelecida no artigo 25, § 1º, da CF, sendo restrita ao que remanesce da união (artigo 22).
Tem ainda :- competência comum – artigo 23
		 competência concorrente – artigo 24
Obs - pode ainda exercer a competência legislativa supletiva plena quando a união for omissa nos casos do artigo 22 e 24
(**) - competência material – alguns autores entendem os casos previstos no artigo: 25, 
§§ 2º e 3º como sendo exemplos de competência material dos estados
§ 2º exploração de gás canalizado
§ 3º organizações de regiões urbanas – metropolitanas
Patrimônio dos estados – bens – rol artigo 26 – verifica-se a união em primeiro lugar, e, na sua ausência, o estado em segundo plano.Haverá ainda, na esfera estadual, a verificação dos três poderes:-
a-) executivo – governo estadual – secretários de estado – regras de acesso ao cargo, idade, inelegibilidade de acordo com a CF
b-) legislativo – unicameral (câmera dos deputados) cuja composição se dá nos moldes do artigo 27, da CF.
c-) poder judiciário – tendo como órgão de cúpula o tribunal de justiça do estado e df (segundo grau de jurisdição) e juízes de direito (primeiro grau) – justiça comum
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Municípios (artigos 29/31, CF)
Natureza jurídica ( pessoa jurídica de direito público interno, criada constitucionalmente e dotada de autonomia político-administrativa.
(**) - integra a federação?
Parte da doutrina entende que não, pois não faz parte da divisão federal clássica.
Pela constituição de 1988: integra – artigos 1º, 29, 30 e 31
Auto-organização
A constituição de 88, acabou com a divergência existente à época das anteriores (67/69), onde não ficava clara a possibilidade de auto-organização individual dos municípíos, normalmente gerando dúvidas.
Lei orgânica – artigo 29, CF - os municípios se auto-organizam por lei orgânica municipal, produto de elaboração da câmara dos vereadores – 
(**) - não há poder constituinte decorrente como nos estados.
Essa lei, fica subordinada aos tetos da CF e ce, além de, obrigatoriamente, ter de incluir os pontos estabelecidos pela CF tais como:-
a-) regras para eleição do poder executivo (prefeito e vice) e parâmetros para os 
 subsídios
b-) número de vereadores proporcional à população do município, observados os
 seguintes limites: 
Mínimo de 9 e máximo de 55 vereadores (vide resolução tse 21/03/04)
STF – na faixa de 9 a 21 – STF – aumentar 1 vereador a cada 47.619 hab
c-) subsídios dos vereadores e limitações de gasto do legislativo –
 proporcionalmente (inciso VI) – e.c. 25 – a 29
 
Competências – artigo 30
(**) além da competência comum (artigo 23)
Inciso I – interesse local – define-se como aquilo que se verifica de maior interesse para o município do que para os demais entes da federação
Inciso II – competência suplementar – à legislação federal e estadual, sem violentá-las
Demais incisos – competência enumerada pela CF
Fiscalização financeira – artigo 31
	3 formas:- a-) controle interno – poder executivo
			 b-) controle externo – legislativo e TC
			 c-) controle popular – contribuinte
Distrito federal e territórios
Artigo 32 - o distrito federal, componente da federação, tem um tratamento jurídico próprio pela CF, que o coloca como uma espécie intermediária entre o município e o estado-membro, com função de sediar.
	características
sem Constituição Estadual – lei orgânica 
poder legislativo – câmara legislativa distrital (= assembléia legislativa estadual – artigo 27)
poder executivo – governo distrital
sem divisão municípios (existem cidades satélites)
Artigo 33 – território – não compõe a federação, portanto não é dotado de autonomia
integra a união, que nomeará o seu governador
pode se dividir em municípios, que terão as mesmas regras dos municípios dos estados-membros
03 – sistemas de intervenção
Derivada do próprio pacto federativo, no que se refere à indissolubilidade de vínculo, a intervenção poderá se dar de duas formas:-
Federal:- união (em nome da federação) nos estados
Estadual:- estado nos municípios a eles agregados
	modalidade de exceção – a intervenção, tanto estadual quanto federal poderá ser exercida somente nos casos em que a constituição federal, expressamente estabeleceu nos artigos 34 e 35 e na forma do artigo 36. 
Portanto a regra é a não-intervenção, o que se depreende do próprio sistema federativo (autonomia dos entes)
	1-) intervenção federal
	A intervenção federal, será exercida pela união em nome da federação e se dará somente nos estados-federados, nos casos do artigo 34.
 
(Obs – pode ainda se dar nos municípios situados dentro de territórios, uma vez que estes não são autônomos e estão subordinados à união).
Espécies de intervenção federal (artigo 34):-
a-) espontânea: (ou seja, ato ex officio do presidente)
Art. 34, I, CF - manter a integridade nacional;
Art. 34, II, CF - repelir invasão estrangeira ou de uma UF em outra;
Art. 34, III CF - por termo a grave comprometimento ordem pública;
Art. 34, V, a, b, CF - reorganizar finanças de UF 
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos municípios receitas tributárias fixadas nesta constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; (artigo 158, CF)
B-) provocada: (depende de provocação)
	b1-) vinculada (por requisição) – obrigatória
Art. 34, VI, CF - recusa à execução de lei federal
Havendo provimento pelo STF de representação feita pelo procurador geral (art. 36, III – redação pela ec 45/04) – representação = ADIn interventiva
Art. 34, VI, CF - desobediência de ordem ou decião judiciária 
*condição - depende de requisição do STF, sTJ ou tse (art. 36, II)
Art. 34, VII, CF - ofensa aos princípios “sensíveis” da CF 
Princípios sensíveis 
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta;
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde (artigos 212 e 198, CF).
(*) condição - havendo provimento pelo STF de representação feita pelo
 procurador geral (art. 36, III) 
(*) importante:- o instrumento formal de representação será a ADIn
 interventiva
Art. 34, IV, CF - coação ao poder judiciário
condição - requisição do STF (art. 36, II)
B2) discricionária (por solicitação) – facultativa
Art. 34, IV, CF - coação ao poder legislativo
Art. 34, IV, CF - coação ao poder executivo
 (*) condição – solicitação do poder coacto – art. 36, I, CF
	2-) intervenção estadual
	Da mesma forma que a intervenção federal, a intervenção dos estados nos municípios é sempre exceção à regra da não intervenção.
Obs importante:- a união federal também pode, hipoteticamente, intervir em municípios, desde que estes estejam dentro dos limites de jurisdição de um território federal (que integra aquela e não a federação);
Espécies de intervenção estadual (artigo 35)
	a-) Intervenção Estadual Espontânea:-
Art. 35, I, CF - falta de pagamento de dívida fundada, por mais de dois anos consecutivos, salvo força maior;
Art. 35, II, CF - falta de prestação de contas devidas;
B) - Intervenção Estadual - provocada vinculada (obrigatória)
Art. 35, III, CF - falta de aplicação de receita municipal no desenvolvimento e prestação de educação e saúde; por analogia ao artigo 34, VII e 36, III
Recursos mínimos – educação – vide artigo 212, CF (MIN 25%)
Recursos mínimo – saúde – vide artigo 198, § 2º, CF (e.c. 29/2000) e resolução CNS nº 322/2003 (estados 12% / municípios 15%)
Art. 35, IV, CF - afronta aos princípios da constituição estadual, ou para prover a execução de lei, ordem ou decisão judicial 
**havendo provimento pelo TJ do estado à representação (não há legitimado, entende-se o MP e qualquer interessado)
Aspectos formais do sistema de intervenção - artigo 36, da CF
	decreto presidencial – amplitude, prazo, condições de execução, e, se o caso, o 
 interventor
	controle do congresso / assembléia legislativa – 36, § 1º, CF - o decreto deverá 
 ser submetido ao legislativo em 24 horas.
Obs – fica dispensado o controle legislativo nos casos de 
a - intervenção federal decretada com base no artigo 34, incisos VI (descumpr. 
 Decisao judicial)ou VII (princípios sensíveis);
b- intervenção estadual decretada com base no artigo 35, iv (princípios da CE
 / descumpr de lei, ordem, ou decisão judicial
	** na intervenção federal espontânea (artigo 34, i, ii, iii e v) haverá obrigatória 
 oitiva dos conselhos da república e de defesa nacional (art. 90, I, e 91, § 1º, 
 II, CF) cessada a intervenção as autoridades eventualmente afastadas
 retornam aos seus cargos, salvo impedimento legal.
FÓRMULA PARA CALCULAR O NÚMERO DE DEPUTADOS DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DOS ESTADOS
36 é o número mínimo de Deputados Federais, previsto pela CF, por Estado
DF = número de deputados federais existentes por estado (número conhecido)
DE = número de deputados estaduais que serão permitidos
 DE = DF * 3
 Se DE > ou = 36 
 DE = 36
N = número de deputados proporcionais existentes à acrescer 
 N = DF – 36
 SE [N] for menor ou igual à 36 (N=36 ou N<36) ( 
 N = 0
 SE [N] for maior que 36 (N > 36)
 N = DF – 36
Aplique-se os valores na fórmula
 
 DE = (DF * 3) + N
Exemplo: 
Um estado cuja representação federal seja de 60 deputados federais e outro com 10, quantos deputados estaduais deverá ter:
36 é o número mínimo previsto em uma Assembléia Legislativa Estadual
DF = deputados Federais = 60 DF = 10
DE (deputados estaduais) = DF * 3 DE = DF * 3 
 DE = 195 DE = 30
 Como DE > 36 ( DE será = a 36 Como DE < 36
 DE = 36 DE = 30 
Vamos ao “N” proporcional “N” proporcional
 N = DF – 36 (que é o número mínimo previsto pela CF) N = DF – 36 = 30 - 36
 N = 60 – 36 N será negativo ( menor que 0
 N = 24 N será 0
Aplicando os valores na fórmula Aplicando na fórmula 
 DE = DE + N DE = DE + N
 DE = 36 + 24 DE = 30 + 0
 DE = 59 DE = 30 
 Este estado terá 65 deputados estaduais Este terá 30 deputados estaduais
Obs: note que no segundo exemplo quando o DE inicial for menor ou igual a 36, o “N” proporcional será sempre “0”, e o DE será igual a (DE * 3).

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