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Caderno de Questões Processo Penal 
Letícia Neves e Mauro Stürmer 
 
1 
 
 
Caderno 
de Questões 
Processo Penal 
1ª FASE 
Letícia Neves e Mauro Stürmer 
Caderno de Questões Processo Penal 
Letícia Neves e Mauro Stürmer 
 
2 
Exame XXXIII 
 
1) FGV - 2021 - OAB - XXXIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q64 
 
Vanessa foi presa em flagrante, logo após cometer um crime de furto em residência. A proprietária do imóvel, 
Jurema, 61 anos, informou aos policiais que viu, pelas câmeras de segurança, Vanessa escalando o alto muro da 
residência e ingressando na casa, acreditando a vítima que a mesma rompeu o cadeado da porta, já que este 
encontrava-se arrombado. Por determinação da autoridade policial, um perito oficial compareceu à residência de 
Jurema e realizou laudo pericial para confirmar que o muro que Vanessa pulou era de grande altura e demandava 
esforço no ato. Deixou, porém, de realizar a perícia no cadeado e na porta por onde Vanessa teria entrado na casa. 
Vanessa foi denunciada pelo crime de furto qualificado, sendo imputado pelo Ministério Público a qualificadora da 
escalada e do rompimento de obstáculo. No curso da instrução, assistida a ré pela Defensoria Pública, as partes 
tiveram acesso ao laudo pericial e, em seu interrogatório, Vanessa confessou os fatos, inclusive o rompimento do 
cadeado para ingresso na residência, bem como informou que sabia que a lesada era uma senhora de idade. A 
vítima Jurema não compareceu, alegando que não poderia deixar sua residência exposta, já que o cadeado da casa 
ainda estava arrombado, argumentando ser idosa, acostando sua carteira de habilitação, e destacando que as 
imagens da câmera de segurança, já juntadas ao processo, confirmavam a autoria delitiva. 
Você, como advogado(a), foi constituído(a) por Vanessa para a apresentação de alegações finais. Considerando as 
informações expostas, você deverá alegar que 
a) a perícia realizada no muro não poderá ser considerada prova, mas tão só elemento informativo a ser 
confirmado por provas produzidas sob o crivo do contraditório, tendo em vista que as partes não participaram 
da elaboração do laudo. 
b) deve ser afastada a qualificadora com fundamento no rompimento de obstáculo, já que não foi produzida 
prova pericial, não sendo suficiente a confissão da acusada. 
c) a perícia realizada para demonstrar a escalada foi inválida, pois não foi realizada por dois peritos oficiais, 
nos termos da determinação do Código de Processo Penal. 
d) a idade da vítima não foi comprovada por documento idôneo, não podendo ser reconhecida agravante por 
tal fundamento. 
 
2) FGV - 2021 - OAB - XXXIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q65 
 
Durante uma festa em uma casa noturna, Michele se desentende com sua amiga Flávia e lhe desfere um tapa no 
rosto, causando-lhe lesão corporal de natureza leve. Flávia, então, se dirige à autoridade policial e registra o fato, 
manifestando expressamente seu interesse em representar contra Michele, tendo em vista a natureza de ação penal 
pública condicionada à representação. Findo o procedimento policial, os autos foram encaminhados ao Juizado 
Especial competente e o Ministério Público apresentou proposta de transação penal à Michele, que não a aceitou. 
 
Após o oferecimento de denúncia pelo Parquet, Flávia se diz arrependida e manifesta ao seu advogado interesse 
em se retratar da representação oferecida, destacando que ainda não foi recebida a inicial acusatória. Considerando 
os fatos acima narrados, você, como advogado(a) de Flávia, deverá esclarecer que 
 
a) a representação será irretratável na hipótese, por já ter sido oferecida a denúncia. 
b) a retratação da representação poderá ser realizada até o momento da sentença, não dependendo de 
formalidades legais. 
c) a retratação da representação será cabível até o recebimento da denúncia, em audiência perante o juiz, 
especialmente designada para tal finalidade. 
d) a representação será irretratável, independentemente do momento processual, por se tratar de ação penal 
de natureza pública, de modo que o Ministério Público continua sendo o titular da ação. 
 
 
 
Caderno de Questões Processo Penal 
Letícia Neves e Mauro Stürmer 
 
3 
3) FGV - 2021 - OAB - XXXIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q66 
 
Fernando foi preso em flagrante e indiciado pela suposta prática do crime previsto no Art. 306 da Lei 9.503/97 
(Código de Trânsito Brasileiro), pois conduzia veículo automotor em via pública sob a influência de álcool. 
O magistrado competente, ao analisar o auto de prisão em flagrante, concedeu a liberdade provisória, aplicando a 
cautelar de suspensão da habilitação para dirigir veículo automotor. Fernando, entendendo que a cautelar 
prejudicaria seu sustento, já que era motorista de caminhão, solicita que você, como advogado(a), adote as medidas 
cabíveis para questionar a decisão do magistrado de aplicar a cautelar alternativa de suspensão da habilitação. 
Considerando apenas as informações expostas, de acordo com a Lei nº 9.503/97, o(a) advogado(a) de Fernando 
a) não poderá apresentar recurso, tendo em vista que a decisão que aplica cautelar alternativa é irrecorrível. 
b) poderá apresentar recurso de apelação. 
c) poderá apresentar recurso em sentido estrito. 
d) poderá apresentar recurso de agravo. 
 
4) FGV - 2021 - OAB - XXXIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q67 
 
Bartolomeu foi denunciado e pronunciado pela suposta prática de um crime de homicídio qualificado. No dia da 
sessão plenária do Tribunal do Júri, no momento dos debates orais, o Promotor de Justiça iniciou sua fala lendo o 
teor da denúncia para que os jurados tivessem conhecimento sobre os fatos imputados. Após, afirmou que estaria 
presente a prova da materialidade e de autoria, passando a ler a decisão de pronúncia e destacar que esta 
demonstraria a veracidade do que assegurava sobre a prova da prática do crime por Bartolomeu. Por fim, o Parquet 
leu reportagem jornalística que apontava Bartolomeu como possível autor do homicídio, sendo certo que tal 
documentação foi acostada ao procedimento sete dias antes da sessão plenária, tendo a defesa acesso à mesma 
quatro dias úteis antes do julgamento. Em sua fala, a defesa técnica de Bartolomeu pugnou pela absolvição, 
negando a autoria, e consignou em ata seu inconformismo com a leitura da denúncia, a menção à pronúncia e a 
leitura da reportagem jornalística. O réu foi condenado. 
Considerando as informações narradas, com base nas previsões legais e sob o ponto de vista técnico, no momento 
de apresentar recurso de apelação, o(a) advogado(a) de Bartolomeu poderá alegar a existência de nulidade, em 
razão 
a) da leitura da denúncia, da menção à pronúncia e leitura da reportagem jornalística. 
b) da menção à pronúncia e leitura da reportagem jornalística, apenas. 
c) da leitura da reportagem jornalística, apenas. 
d) da menção à pronúncia, apenas. 
 
5) FGV - 2021 - OAB - XXXIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q68 
 
Paulo, advogado, foi intimado de duas decisões proferidas pelo juízo da execução penal do Rio de Janeiro, em 
relação a dois de seus clientes. Na primeira, foi determinada a perda de 1/5 (um quinto) dos dias remidos por Lúcio, 
considerando que foi reconhecida, por meio de procedimento regular, observadas as exigências legais, a prática de 
falta grave pelo mesmo. Na segunda decisão, o pedido de progressão de regime formulado por Paulo em relação 
ao apenado Flávio foi deferido, tendo o magistrado fixado, como condição a ser observada no regime aberto, o 
cumprimento de prestação de serviços à comunidade. Diante das intimações, Paulo poderá apresentar 
a) recurso em sentido estrito para questionar as duas decisões do magistrado, que seriam ilegais. 
b) agravo para questionar as duas decisões do magistrado, que seriam ilegais. 
c) agravo para questionar apenas a decisão que determinou a perda dos dias remidos, que seria ilegal, mas 
não aque fixou condições especiais para a progressão de regime. 
d) agravo para questionar a decisão que fixou a prestação de serviço à comunidade como condição para a 
progressão para o regime aberto, não havendo ilegalidade, porém, na determinação da perda de 1/5 (um 
quinto) dos dias remidos por Lúcio. 
Caderno de Questões Processo Penal 
Letícia Neves e Mauro Stürmer 
 
4 
6) FGV - 2021 - OAB - XXXIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q69 
 
Carlos, em relatório final conclusivo de inquérito policial, foi indiciado pela prática do crime de receptação qualificada 
(Art. 180, §1º, CP – pena: 3 a 8 anos de reclusão e multa). Recebido o procedimento investigatório, o Promotor de 
Justiça verificou, na Folha de Antecedentes Criminais, que Carlos possuía uma única anotação e era tecnicamente 
primário, mas que teria sido beneficiado, oito anos antes da suposta nova prática delitiva, por proposta de suspensão 
condicional do processo em relação a crime de estelionato. Considerando as informações expostas, você, como 
advogado(a) de Carlos, deverá esclarecer que, de acordo com o Código de Processo Penal, 
a) poderá ser proposto acordo de não persecução penal, independentemente da confissão do indiciado, 
podendo, contudo, ser imposto ressarcimento do dano e prestação de serviço à comunidade por tempo 
limitado em caso de aceitação. 
b) não poderá ser proposto o acordo de não persecução penal, tendo em vista que o suposto autor já foi 
beneficiado com suspensão condicional do processo anteriormente. 
c) poderá ser proposto acordo de não persecução penal, considerando a pena e natureza do crime, mas Carlos 
necessariamente deverá confessar a prática delitiva. 
d) não poderá ser proposto o acordo de não persecução penal, em razão da pena máxima prevista para o 
delito ultrapassar quatro anos de reclusão. 
 
Exame XXXII 
 
1) FGV - 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q64 
 
Rafael, preso provisório, agride dolosamente o seu companheiro de cela, causando-lhe lesão corporal de natureza 
grave e gerando grande confusão que iniciou uma subversão da ordem interna. Após procedimento disciplinar, 
assegurado direito de defesa, o diretor do estabelecimento prisional aplica a Rafael sanção disciplinar consistente 
na sua inclusão no regime disciplinar diferenciado, pelo período de 45 dias. Considerando os fatos narrados, o 
advogado de Rafael poderá buscar o reconhecimento da ilegalidade da sanção aplicada, porque 
a) o fato praticado pelo preso não constitui falta grave. 
b) a inclusão do preso em regime disciplinar diferenciado depende de decisão do juízo competente. 
c) o preso provisório não está sujeito ao regime disciplinar diferenciado. 
d) a inclusão no regime disciplinar diferenciado não pode ultrapassar o período inicial de 30 dias, apesar da 
possível prorrogação por igual período. 
 
2) FGV - 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q65 
 
Após concluído inquérito policial para apurar a prática do crime de homicídio em desfavor de Jonas, o Ministério 
Público requereu o seu arquivamento por falta de justa causa, pois não conseguiu identificar o(s) autor(es) do delito, 
o que restou devidamente homologado pelo juiz competente. Um mês após o arquivamento do inquérito policial, 
uma testemunha, que não havia sido anteriormente identificada, compareceu à delegacia de polícia alegando 
possuir informações quanto ao autor do homicídio de Jonas. A família de Jonas, ao tomar conhecimento dos fatos, 
procura você, como advogado(a) da família, para esclarecimentos. Diante da notícia de existência de novas provas 
aptas a identificar o autor do crime, você deverá esclarecer aos familiares da vítima que o órgão ministerial 
a) poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois a decisão de arquivamento não faz coisa julgada 
material independentemente de seu fundamento. 
b) não poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois a decisão de arquivamento é imutável na 
presente hipótese. 
c) não poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois se trata de mera notícia, inexistindo efetivamente 
qualquer prova nova quanto à autoria do delito. 
Caderno de Questões Processo Penal 
Letícia Neves e Mauro Stürmer 
 
5 
d) poderá promover o desarquivamento do inquérito, pois a decisão de arquivamento fez apenas coisa julgada 
formal no caso concreto. 
 
3) FGV - 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q66 
 
Rita foi denunciada pela suposta prática de crime de furto qualificado, pois teria, mediante fraude, subtraído uma 
bicicleta de sua amiga Regina. Ao ser citada, de imediato Rita procurou seu advogado, informando que, na verdade, 
a bicicleta seria de sua propriedade e que, inclusive, já era autora de ação cível na qual buscava o reconhecimento 
da propriedade do objeto, mas que a questão não seria de simples solução. Com base apenas nas informações 
expostas, o advogado de Rita poderá buscar 
a) a suspensão da ação penal diante da existência de questão prejudicial obrigatória, ficando, nessa hipótese, 
suspenso também o curso do prazo prescricional. 
b) a suspensão da ação penal diante da existência de questão prejudicial facultativa, e, caso o juiz indefira o 
pedido, caberá recurso em sentido estrito. 
c) a suspensão da ação penal diante da existência de questão prejudicial facultativa, podendo o magistrado 
também decretar a suspensão de ofício. 
d) a intervenção do Ministério Público na ação de natureza cível, mas não a suspensão da ação penal, diante 
da independência entre as instâncias. 
 
4) FGV - 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q67 
 
Vitor foi denunciado pela suposta prática dos crimes de furto e ameaça, já que teria ingressado em estabelecimento 
comercial e, enquanto subtraía produtos, teria, para garantir o sucesso da empreitada delitiva, ameaçado o 
funcionário que realizava sua abordagem. Considerando que o funcionário não compareceu em juízo para 
esclarecimento dos fatos, Vitor veio a ser absolvido por insuficiência de provas, transitando em julgado a sentença. 
Outro promotor de justiça, ao tomar conhecimento dos fatos e localizar o funcionário para ser ouvido em juízo, veio 
a denunciar Vitor pelo mesmo evento, mas, dessa vez, pelo crime de roubo impróprio. Após citação, caberá ao(à) 
advogado(a) de Vitor, sob o ponto de vista técnico, 
a) buscar a desclassificação para o crime de furto simples em concurso com o de ameaça no momento das 
alegações finais, mas não a extinção do processo, considerando que a absolvição anterior foi fundamentada 
em insuficiência probatória. 
b) requerer, em resposta à acusação, a absolvição sumária de Vitor, pois está provado que o fato não ocorreu. 
c) apresentar exceção de litispendência, requerendo a extinção do processo. 
d) apresentar exceção de coisa julgada, buscando extinção do processo. 
 
5) FGV - 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q68 
 
Caio praticou um crime de furto (Art. 155 – pena: reclusão, de 1 a 4 anos, e multa) no interior da sede da Caixa 
Econômica Federal, empresa pública, em Vitória (ES), ocasião em que subtraiu dinheiro e diversos bens públicos. 
Ao sair do estabelecimento, para assegurar a fuga, subtraiu, mediante grave ameaça, o carro da vítima, Cláudia 
(Art. 157 – pena: reclusão, de 4 a 10 anos, e multa). Houve perseguição policial, somente vindo Caio a ser preso na 
cidade de Cariacica, onde foi encontrado em seu poder um celular produto de crime anterior (Art. 180 – pena: 
reclusão, de 1 a 4 anos, e multa). Considerando a conexão existente entre os crimes de furto simples, roubo simples 
e receptação, bem como a jurisprudência dos Tribunais Superiores, assinale a opção que indica a Vara Criminal 
competente para o julgamento de Caio. 
a) A Justiça Estadual, em relação aos três crimes, sendo competente, territorialmente, a comarca de Vitória. 
b) A Justiça Estadual, em relação aostrês crimes, sendo competente, territorialmente, a comarca de Cariacica. 
Caderno de Questões Processo Penal 
Letícia Neves e Mauro Stürmer 
 
6 
c) A Justiça Federal, em relação ao crime de furto, e a Vara Criminal de Vitória, da Justiça Estadual, no que 
tange aos crimes de roubo e receptação. 
d) A Justiça Federal, em relação a todos os delitos. 
 
6) FGV - 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q69 
 
Em 14/01/2021, Valentim, reincidente, foi denunciado como incurso nas sanções penais do Art. 14 da Lei n º 
10.826/03, cuja pena prevista é de reclusão, de 2 a 4 anos, narrando a denúncia que, em 10/01/2017, o denunciado 
portava, em via pública, arma de fogo de uso permitido. Após recebimento da denúncia e apresentação de resposta 
à acusação, o magistrado, verificando que a única outra anotação que constava da Folha de Antecedentes Criminais 
era referente a delito da mesma natureza, decretou, apesar da ausência de requerimento, a prisão preventiva do 
denunciado, destacando o risco de reiteração delitiva. Ao tomar conhecimento dos fatos, sob o ponto de vista 
técnico, a defesa de Valentim deverá argumentar que a prisão é inadequada porque 
a) não poderia ter sido decretada de ofício e pela ausência de contemporaneidade, apesar de a pena máxima, 
por si só, não impedir o decreto prisional na situação diante da reincidência. 
b) não poderia ter sido decretada de ofício, não havia contemporaneidade e porque, considerando a pena 
máxima, os pressupostos legais não estariam preenchidos. 
c) não haveria contemporaneidade, apesar da possibilidade de decretação de ofício pelo momento processual 
e com base na reincidência. 
d) não haveria contemporaneidade e considerando a pena máxima prevista para o delito, apesar de, pelo 
momento processual, ser possível a decretação de ofício. 
 
Exame XXXI 
 
1) FGV - 2020 - OAB - XXXI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q64 
 
Ricardo foi pronunciado pela suposta prática do crime de homicídio qualificado. No dia anterior à sessão plenária 
do Tribunal do Júri, o defensor público que assistia Ricardo até aquele momento acostou ao processo a folha de 
antecedentes criminais da vítima, matérias jornalísticas e fotografias que poderiam ser favoráveis à defesa do 
acusado. O Ministério Público, em sessão plenária, foi surpreendido por aquele material do qual não tinha tido 
ciência, mas o juiz presidente manteve o julgamento para a data agendada e, após o defensor público mencionar a 
documentação acostada, Ricardo foi absolvido pelos jurados, em 23/10/2018 (terça-feira). No dia 29/10/2018, o 
Ministério Público apresentou recurso de apelação, acompanhado das razões recursais, requerendo a realização 
de novo júri, pois a decisão dos jurados havia sido manifestamente contrária à prova dos autos. O Tribunal de Justiça 
conheceu do recurso interposto e anulou o julgamento realizado, determinando nova sessão plenária, sob o 
fundamento de que a defesa se utilizou em plenário de documentos acostados fora do prazo permitido pela lei. A 
família de Ricardo procura você, como advogado(a), para patrocinar os interesses do réu. Considerando as 
informações narradas, você, como advogado(a) de Ricardo, deverá questionar a decisão do Tribunal, sob o 
fundamento de que 
a) respeitando-se o princípio da amplitude de defesa, não existe vedação legal na juntada e utilização em 
plenário de documentação pela defesa no prazo mencionado. 
b) diante da nulidade reconhecida, caberia ao Tribunal de Justiça realizar, diretamente, novo julgamento, e 
não submeter o réu a novo julgamento pelo Tribunal do Júri. 
c) não poderia o Tribunal anular o julgamento com base em nulidade não arguida, mas tão só reconhecer, se 
fosse o caso, que a decisão dos jurados era manifestamente contrária à prova dos autos. 
d) o recurso foi apresentado de maneira intempestiva, de modo que sequer deveria ter sido conhecido. 
Caderno de Questões Processo Penal 
Letícia Neves e Mauro Stürmer 
 
7 
2) FGV - 2020 - OAB - XXXI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q65 
 
Mariana foi vítima de um crime de apropriação indébita consumado, que teria sido praticado por Paloma. Ao tomar 
conhecimento de que Paloma teria sido denunciada pelo crime mencionado, inclusive sendo apresentado pelo 
Ministério Público o valor do prejuízo sofrido pela vítima e o requerimento de reparação do dano, Mariana passou a 
acompanhar o andamento processual, sem, porém, habilitar-se como assistente de acusação. No momento em que 
constatou que os autos estariam conclusos para sentença, Mariana procurou seu advogado para adoção das 
medidas cabíveis, esclarecendo o temor de ver a ré absolvida e não ter seu prejuízo reparado. O advogado de 
Mariana deverá informar à sua cliente que 
a) não poderá ser fixado pelo juiz valor mínimo a título de indenização, mas, em caso de sentença 
condenatória, poderá esta ser executada, por meio de ação civil ex delicto, por Mariana ou seu representante 
legal. 
b) poderá ser apresentado recurso de apelação, diante de eventual sentença absolutória e omissão do 
Ministério Público, por parte de Mariana, por meio de seu patrono, ainda que não esteja, no momento da 
sentença, habilitada como assistente de acusação. 
c) poderá ser fixado pelo juiz valor a título de indenização em caso de sentença condenatória, não podendo a 
ofendida, porém, nesta hipótese, buscar a apuração do dano efetivamente sofrido perante o juízo cível. 
d) não poderá ser buscada reparação cível diante de eventual sentença absolutória, com trânsito em julgado, 
que reconheça não existir prova suficiente para condenação. 
 
3) FGV - 2020 - OAB - XXXI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q66 
 
Durante escuta telefônica devidamente deferida para investigar organização criminosa destinada ao contrabando 
de armas, policiais obtiveram a informação de que Marcelo receberia, naquele dia, grande quantidade de 
armamento, que seria depois repassada a Daniel, chefe de sua facção. Diante dessa informação, os policiais se 
dirigiram até o local combinado. Após informarem o fato à autoridade policial, que o comunicou ao juízo competente, 
eles acompanharam o recebimento do armamento por Marcelo, optando por não o prender naquele momento, pois 
aguardariam que ele se encontrasse com o chefe da sua organização para, então, prendê-los. De posse do 
armamento, Marcelo se dirigiu ao encontro de Daniel e lhe repassou as armas contrabandeadas, quando, então, 
ambos foram surpreendidos e presos em flagrante pelos policiais que monitoravam a operação. Encaminhados para 
a Delegacia, os presos entraram em contato com um advogado para esclarecimentos sobre a validade das prisões 
ocorridas. Com base nos fatos acima narrados, o advogado deverá esclarecer aos seus clientes que a prisão em 
flagrante efetuada pelos policiais foi 
a) ilegal, por se tratar de flagrante esperado. 
b) legal, restando configurado o flagrante preparado. 
c) legal, tratando-se de flagrante retardado. 
d) ilegal, pois a conduta dos policiais dependeria de prévia autorização judicial. 
 
4) FGV - 2020 - OAB - XXXI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q67 
 
O Ministério Público ofereceu denúncia em face de Tiago e Talles, imputando-lhes a prática do crime de sequestro 
qualificado, arrolando como testemunhas de acusação a vítima, pessoas que presenciaram o fato, os policiais 
responsáveis pela prisão em flagrante, além da esposa do acusado Tiago, que teria conhecimento sobre o ocorrido. 
Na audiência de instrução e julgamento, por ter sido arrolada como testemunha de acusação, Rosa, esposa de 
Tiago, compareceu, mas demonstrou que não tinha interesse em prestar declarações. O Ministério Público insistiu 
na sua oitiva, mesmo com outras testemunhas tendo conhecimento sobre os fatos. Temendo pelas consequências, 
já que foi prestado o compromisso de dizer a verdade perante o magistrado, Rosa disse o que tinha conhecimento, 
mesmo contrasua vontade, o que veio a prejudicar seu marido. Por ocasião dos interrogatórios, Tiago, que seria 
Caderno de Questões Processo Penal 
Letícia Neves e Mauro Stürmer 
 
8 
interrogado por último, foi retirado da sala de audiência enquanto o corréu prestava suas declarações, apesar de 
seu advogado ter participado do ato. Com base nas previsões do Código de Processo Penal, considerando apenas 
as informações narradas, Tiago 
a) não teria direito de anular a instrução probatória com fundamento na sua ausência durante o interrogatório 
de Talles e nem na oitiva de Rosa na condição de testemunha, já que devidamente arrolada pelo Ministério 
Público. 
b) teria direito de anular a instrução probatória com fundamento na ausência de Tiago no interrogatório de 
Talles e na oitiva de Rosa na condição de testemunha. 
c) não teria direito de anular a instrução probatória com base na sua ausência no interrogatório de Talles, mas 
deveria questionar a oitiva de Rosa como testemunha, já que ela poderia se recusar a prestar declarações. 
d) não teria direito de anular a instrução probatória com base na sua ausência no interrogatório de Talles, mas 
deveria questionar a oitiva de Rosa como testemunha, pois, em que pese seja obrigada a prestar 
declarações, deveria ser ouvida na condição de informante, sem compromisso legal de dizer a verdade. 
 
5) FGV - 2020 - OAB - XXXI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q68 
 
Durante longa investigação, o Ministério Público identificou que determinado senador seria autor de um crime de 
concussão no exercício do mandato, que teria sido praticado após sua diplomação. Com o indiciamento, o senador 
foi intimado a, se fosse de sua vontade, prestar esclarecimentos sobre os fatos no procedimento investigatório. 
Preocupado com as consequências, o senador procurou seu advogado para esclarecimentos. Considerando apenas 
as informações narradas e com base nas previsões constitucionais, o advogado deverá esclarecer que 
a) o Ministério Público não poderá oferecer denúncia em face do senador sem autorização da Casa Legislativa, 
pois a Constituição prevê imunidade de natureza formal aos parlamentares. 
b) a denúncia poderá ser oferecida e recebida, assim como a ação penal ter regular prosseguimento, 
independentemente de autorização da Casa Legislativa, que não poderá determinar a suspensão do 
processo, considerando que o crime imputado é comum, e não de responsabilidade. 
c) a denúncia não poderá ser recebida pelo Poder Judiciário sem autorização da Casa Legislativa, em razão 
da imunidade material prevista na Constituição, apesar de poder ser oferecida pelo Ministério Público 
independentemente de tal autorização. 
d) a denúncia poderá ser oferecida e recebida independentemente de autorização parlamentar, mas deverá 
ser dada ciência à Casa Legislativa respectiva, que poderá, seguidas as exigências, até a decisão final, 
sustar o andamento da ação. 
 
6) FGV - 2020 - OAB - XXXI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q69 
 
Caio foi denunciado pela suposta prática do crime de estupro de vulnerável. Ocorre que, apesar da capitulação 
delitiva, a denúncia apresentava-se confusa na narrativa dos fatos, inclusive não sendo indicada qual seria a idade 
da vítima. Logo após a citação, Caio procurou seu advogado para esclarecimentos, destacando a dificuldade na 
compreensão dos fatos imputados. O advogado de Caio, constatando que a denúncia estava inepta, deve esclarecer 
ao cliente que, sob o ponto de vista técnico, com esse fundamento poderia buscar 
a) a rejeição da denúncia, podendo o Ministério Público apresentar recurso em sentido estrito em caso de 
acolhimento do pedido pelo magistrado, ou oferecer, posteriormente, nova denúncia. 
b) sua absolvição sumária, podendo o Ministério Público apresentar recurso de apelação em caso de 
acolhimento do pedido pelo magistrado, ou oferecer, posteriormente, nova denúncia. 
c) sua absolvição sumária, podendo o Ministério Público apresentar recurso em sentido estrito em caso de 
acolhimento do pedido pelo magistrado, mas, transitada em julgado a decisão, não poderá ser oferecida 
nova denúncia com base nos mesmos fatos. 
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d) a rejeição da denúncia, podendo o Ministério Público apresentar recurso de apelação em caso de 
acolhimento do pedido pelo magistrado, mas, uma vez transitada em julgado a decisão, não caberá 
oferecimento de nova denúncia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITOS DAS PROVAS: 
XXXIII Exame 
1- B 2- A 3- C 4- D 5- D 6- C 
XXXII Exame 
1-B 2-D 3-C 4-D 5-D 6-A 
XXXI Exame 
1-C 2-B 3-C 4-C 5-D 6-A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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