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Direito Societário
Aula de 06/08/2013:
	GENERALIDADES
Porque explorar uma atividade de forma coletiva?
Essa pergunta se torna necessária porque cada pessoa que deseje atuar, poderá desenvolver essa atividade sozinha, não necessitando de mais ninguém. 
Um advogado que queira advogar sozinho pode, um médico, um administrador, e etc, as pessoas têm liberdade para atuar sozinhas em suas profissões. Mas em dados momentos, algumas pessoas se vêm obrigadas a trabalhar com outras pessoas, primeiramente por NECESSIDADE.
NECESSIDADE: Remetendo à antiguidade, essa ideia de NECESSIDADE se reflete na ideia de que uma pessoa sozinha não consegue exercer uma atividade “alone”, necessita, assim, de outras pessoas ao seu lado.
Quantas pessoas no 9º semestre já pensam em advogar e já estão planejado se juntar com um colega para montar um escritório.
EFICIÊNCIA: Uma atividade ao ser desenvolvida por uma única pessoa não pode trazer a mesma eficiência de uma atividade desempenhada por mais de uma pessoa.
Exemplo: Um sujeito sozinho em uma fabrica de alfinete, ao final do dia, produz 20 alfinetes.
Em um outro ângulo, nessa mesma fabrica de alfinete, com 10 pessoas a mais trabalhando nessa fabrica cada pessoa fica responsável por uma determinada atividade singular que anteriormente era exercida por aquele sujeito que fazia tudo sozinho, e ao final do dia tinham 4.800 alfinetes fabricados.
COOPERAÇÃO: Competências complementares. 
Ex: Diretoria pedagógica e financeira de uma escola.
Esse aspecto trata de forma satisfatória as diferentes habilidades das pessoas, que se juntam para que possam dividir as suas especialidades técnicas e em um cenário de cooperação atuar conjuntamente e focar no sucesso empresarial.
FORMAS DE ATUAÇÃO CONJUNTA:
Um sujeito é mecânico de carros, e na medida da procura dos seus clientes, ele percebe que as pessoas tem procurado eletricista mecânico, mas ele não é eletricista mecânico, o que fazer?
Contratar um eletricista de carros, e pagar todas as cargas tributárias que recaem sobre as relações trabalhistas nesse país. Não tendo condições de custear essa opção ele pode:
Indicar um colega conhecido, mas nesse caso ele não ganha nada, apenas a satisfação do seu cliente e mais nada. E para visar, ao menos algum saldo monetário, algum benefício, ele pode, então: 
Fazer uma parceria eventual e informal com um colega conhecido eletricista de automóveis, e combinar com ele que sempre que alguém procurar um atendimento de um eletricista ele indicará o seu colega e o contrario também acontecerá, desde que seja dado um para o outro um percentual. Mas nesse caso, ainda há um problema, pode ser que ele indique os clientes para o amigo e o amigo não indique de volta. Logo, poderá se pensar em:
Fazer uma parceria formal: Como, por exemplo, aconteceu entre o NR e o PP Advogados Associados. 
PERSONALIZAÇÃO DAS FORMAS COMPLEXAS DE COOPERAÇÃO ENTRE PESSOAS
Introdução:
Teorias que se referem à atribuição de personalidade a uma coletividade são divididas em:
Aula do dia 08/08/2013:
TEORIAS DA PERSONALIDADE JURÍDICA:
 NEGATIVISTAS:
São aquelas que não reconhecem a atribuição de personalidade jurídica as coletividades. Os negativistas defendem que somente as pessoas tem personalidades, ou seja, as associações e sociedades não devem ser dotadas de personalidade jurídica. Essa teoria encontra situações históricas que a negam. Qual a logica dos negativistas? De que existe uma relação indissociável de ser pessoa humana e a sociedade. Somente será pessoa quem tiver personalidade, logo, a coletividade não tem personalidade, logo não é uma pessoa.
No período da escravatura tínhamos pessoas que eram escravos, mas que juridicamente eram tratados como coisa, não era reconhecida a sua personalidade, em que pese todos reconheçam que são pessoas. Aqui podemos vislumbrar a fragilidade da teoria negativista.
Dr. Heron Santana impetrou um HC em favor de uma macaca. Uma macaca não é um ser humano, mas foi entendido que aquela macaca tinha direitos inerentes à personalidade, para que se pudesse impetrar um HC.
Logo, podemos visualizar que até mesmo quem não são pessoas podem ter a personalidade entendida como valida.
A partir dai, em oposição a teoria negativista temos as chamadas teorias afirmativistas.
AFIRMATIVISTAS:
São aquelas que reconhecem, afirmar a existência de tal personalidade.
Primeiramente, dentro das teorias afirmativistas temos um primeiro grupo chamado de TEORIA DA FICÇÃO.
TEORIA DA FICÇÃO:
A peronsalidade jurídica não é uma coisa em si existente, mas sim uma ficção em si existente, um conto de fadas. E dentre os defensores da teoria da ficção, temos a ficção LEGAL e a teoria da ficção DOUTRINÁRIA.
2.1.1 TEORIA DA FICÇÃO LEGAL: Os defensores dessa teoria entendem que a personalização é uma ficção criada pela Lei.
2.1.2 TEORIA DA FICÇÃO DOUTRINARIA: Personalização seria uma ficção criada pela doutrina.
CRITICA À TEORIA DA FICÇÃO: Se eu admito que a personalização das pessoas jurídicas é uma ficção, eu não posso ignorar que uma, ou algumas pessoas jurídicas são, se não, a representação de um Estado.
O Município de Salvador é uma pessoa jurídica, o Estado da Bahia é uma pessoa jurídica.
Mas o problema disso é que o Estado é quem dita as normas jurídicas. Logo, sendo as pessoas jurídicas um “conto de fadas”, seria o Estado um conto de fadas e todos os seus atos tornados como um “conte de fadas” uma ficção tudo.
Essa é uma interpretação filosófica que deve ser entendida para NEGAR a Teoria da Ficção, pois aceita-la seria negar o próprio Direito.
TEORIA DA REALIDADE OBJETIVA OU ORGÂNICA: 
Admite que a personalidade jurídica surge das forças sociais, ou seja, a sociedade como um organismo vivo gera a personificação dos entes coletivos. Remete à Teoria Social estudada em IED, que diz que são as forças sociais que são capazes de criar a personalidade jurídica.
Veremos em breve que em muitas vezes um mesmo movimento social pode ou não ter personalidade jurídica a depender da sua formalização.
TEORIA OBJETIVA OU ORGÂNICA: 
Não preciso da ação do estado, as pessoas sozinhas seriam capaz, como sociedade, de gerar uma sociedade.
 
TEORIA DA REALIDADE JURIDICA OU INSTITUCIONALISTA:
Para esses teóricos, o que traz a personalidade jurídica à coletividade não é a força social, mas sim o trabalho que se desempenha. Na medida em que há uma atividade, um serviço, um trabalho, ter-se-á uma personalização jurídica.
Estudamos em IED Privado que as fundações não consistem em coletividade de pessoas mas sim em universalidade patrimonial dotada de personalidade jurídica, criada pelo ato do seu instituidor, o ato de vontade do seu instituidor. Essa teoria não é capaz de explicar em que termo o ato de vontade do instituidor é capaz de gerar a personalidade jurídica da fundação.
TEORIA DA REALIDADE TÉCNICA: 
Se reconhece a importância de um fator social relevante, ou seja, a partir de um fator socialmente relevante, o direito atua e gera-se a personalidade jurídica. Não é mero fato social, e não é mera obra legal ou doutrinaria, é a junção do fato social e jurídico que consegue gerar a personalidade jurídica, essa é a teoria MAJORITARIAMENTE aceita em nosso sistema.
Essa teoria é a que parece melhor ser capaz de explicar a logica da personalidade jurídica.
RAZÃO DE SER DA PERSONALIZAÇÃO 
Entes personificados X Despersonalizados
Ex: Administrador de uma LTDA X Inventariante
- ESPOLIO;
- MASSA FALIDA;
- CONDOMINIO;
O espólio está diretamente vinculado ao que ele deve fazer, ou seja, ele apenas pode fazer aquilo que a Lei expressamente autoriza, ou seja, está submetido a um regime de legalidade estrita. Em contra partida, as pessoas jurídicas, uma LTDA, por exemplo, pode fazer tudo aquilo que a Lei não proíba. Para que uma sociedade empresaria venda um imóvel, ela só precisa ir lá e vender, mas se um inventariante quiser vender um imóvel deverá pedir autorização, sua atividade é muito restrita, porque a sua função é restrita.
CONSEQUENCIAS DA PERSONIFICAÇÃO
NOME:Identificação própria pela qual a parte se relaciona e se vincula no mundo jurídico. O nome que se atribui é a forma pela qual a parte será apresentada ao mundo jurídico.
NACIONALIDADE: Nesse ponto é importante esclarecer que não deve haver confusão com a nacionalidade da pessoa jurídica com as dos seus sócios.
Será considerada como nacional uma empresa que tenha sede em território brasileiro e organizada sob as formas das Leis Brasileiras. (art. 1.126 do CC).
Art. 1.126. É nacional a sociedade organizada de conformidade com a lei brasileira e que tenha no País a sede de sua administração.
Parágrafo único. Quando a lei exigir que todos ou alguns sócios sejam brasileiros, as ações da sociedade anônima revestirão, no silêncio da lei, a forma nominativa. Qualquer que seja o tipo da sociedade, na sua sede ficará arquivada cópia autêntica do documento comprobatório da nacionalidade dos sócios.
Exemplo: Site google: Nascido nos EUA. Contudo, foi criada uma sociedade no Brasil chamada, Google do Brasil Ltda, registrada na JUSESP e com sede no Estado de SP.
Foi estruturada pelas normas do Direito brasileiro, e tem sede no Brasil, sendo, portanto, uma sociedade nacional.
Poderá ter uma empresa estrangeira atuando no Brasil? Sim, é incomum, mas pode ter.
Se a empresa estrangeira que deseja vir ao Brasil for regulado por agencia, será essa agencia quem dará a autorização para que funcione aqui. Caso a atividade da empresa não seja regulada por nenhuma agencia, será o DNRC (Departamento Nacional de Registro de Comercio), quem dará essa autorização.
 DOMICÍLIO: Ponto importantíssimo para a conferência de tributação. No direito processual civil, sabemos que a regra geral para estabelecimento de competência territorial é a o do domicilio do RÉU.
CAPACIDADE CONTRATUAL: Poderá celebrar negócios jurídicos válidos, neste ponto remeto-lhes ao artigo 104 do CC, que disciplina os requisitos de validade do negocio jurídico. (I. Agente capaz), e por conseguinte, apto a celebrar negócios jurídicos validos.
CAPACIDADE PROCESSUAL: Poderá, a pessoa jurídica, ser parte em um processo, tanto como autora como ré.
EXISTENCIA DISTINTA E INDEPENDENTE: Devemos lembrar bem que a existência da sociedade nada tem a ver com as do seus sócios. Ex: Abílio Diniz morrendo, o grupo pão de açúcar continua viva.
(PRINCÍPIO DA) AUTONOMIA PATRIMONIAL: Hoje em dia tudo é chamado de principio, não há apresso à boa técnica da teoria dos princípios.
E para Ruy Andrade a autonomia patrimonial não deveria ser considerado um principio.
Em concursos públicos e manuais em geral, certamente verei a autonomia como um principio de fato.
Autonomia patrimonial: Existem dois sócios: A e B.
‘A’ tem o seu patrimônio pessoal
‘B’ tem o seu patrimônio pessoal.
Em algum momento ‘A e B’ se juntam com o intuito de fundar uma sociedade.
“A” vai pegar uma porção do seu patrimônio e “B” vai pegar uma porção do seu patrimônio, e eles vão conjuntamente formar uma sociedade que eu chamarei de PJ, no momento em que eles aportaram os seus bens para formar a PJ as fatias correspondentes a cada patrimônio individuo tornaram-se patrimônio da PJ.
Em alguma medida, isso irá se refletir na blindagem dos patrimônios.
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
Se não for assegurado ao investidor a garantia de limitação do seu prejuízo, ele simplesmente não estaria disposto a investir em nenhuma atividade de risco como, por exemplo, o investimento em empresa de petróleo. 
Haverão duas possibilidades que autorizarão a desconsideração da personalidade jurídica:
1ª) A fraude: Coisa mais comum de se ver nessa vida. No contrato social da empresa, o pai, com 99,99% do capital da empresa, e Jr com 0,01% um “agente cítrico”, que nada mais é uma fraude, pois Jr, não sabe nem qual a atividade da empresa, não sabe nem onde ela fica, e etc. Nada mais é do que uma fraude para que PAREÇA uma sociedade, quando na verdade não existe sociedade alguma.
2ª) O abuso de direito: Dilapidação do patrimônio da sociedade. Caso em que a empresa quebra, todos os sócios estão ricos, e todos os credores estão pobres.
Ex: Prestadora de serviços para o poder público.
O juiz pode decretar a suspensão episódica da eficácia do ato constitutivo da pessoa jurídica se verificar que ela foi utilizada como instrumento para realização de fraude ou abuso de direito. Fábio Ulho Coelho. 
Se o credor conseguir comprovar que há fraude ou abuso de direito por parte dos sócios, poderá requerer a Desconsideração da Personalidade Jurídica e o ingresso no patrimônio dos sócios. 
Se outro credor tomar conhecimento que o primeiro credor conseguiu a desconsideração da personalidade jurídica, no entanto, ele não poderá também, de pronto, ingressar no patrimônio dos sócios, porque a desconsideração é especifica para um caso, para quem requereu a desconsideração da personalidade jurídica da PJ.
Aula do dia 13/08/2013:
ASPECTOS IMPORTANTES DA PERSONALIDADE JURÍDICA:
a)Desconsideração da personalidade jurídica somente deverá ocorrer em situações excepcionais.
Na aula passada vimos a logica, o motivo que justifica a autonomia patrimonial, a blindagem patrimonial dos sócios, havendo um interesse coletivo, social de manter o sócio blindado.
A decisão que afasta essa autonomia patrimonial não deve ser, via de regra, corriqueira, há não ser nas hipóteses que já estudamos: Abuso de direito ou fraude.
b)Não há desconstituição, mas sim mera desconsideração episódica da personalidade jurídica. Como efeito teremos que a desconsideração apenas terá efeito naquele caso especifico. Haverá de haver nova decretação de desconsideração.
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
Se não houvesse nenhum artigo que regulamentasse a desconsideração da personalidade poderia a desconsideração ser avocada mesmo assim?
Resposta: Sim, em caso de má fé, por exemplo, poderia haverá desconsideração da personalidade jurídica, em virtude de, por conta dessa atitude de má fé, um terceiro sairá prejudicado.
Quantos julgados já vimos que afastam regras e Leis em virtude de princípios, por exemplo?
TEORIAS DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA: 
DESCONSIDERAÇÃO = DESCUMPRIMENTO DE UMA OBRIGAÇÃO + DESVIRTUAMENTO.
Ao contrario do que aconteceu com as teorias das personalidades jurídicas, todas as teorias acerca da desconsideração da personalidade jurídica são importantes.
TEORIA MAIOR:
De acordo com a teoria maior, para que haja a desconsideração da personalidade jurídica, eu preciso cumprir, cumulativamente, dois requisitos: O descumprimento de uma obrigação pela pessoa jurídica E o desvirtuamento da pessoa jurídica.
Visualizar essa teoria como um instituto que tem como prisma proteger a personalidade jurídica.
Porque a ideia não é preservar o instituto a qualquer custo, a qualquer tempo, a qualquer preço, mas sim pra que ele atenda à sua finalidade social.
- SUBJETIVA: Entende-se que a desconsideração é essa mesma EQUAÇÃO, entretanto, para essa primeira corrente, o desvirtuamento consiste em fraude ou abuso de direito.
- OBJETIVA: Entende-se que a desconsideração é essa mesma EQUAÇÃO, entretanto, para essa corrente, para que se tenha a desconsideração da personalidade jurídica, é preciso que se tenha o desvirtuamento por meio de uma fraude ou abuso de direito somados à confusão patrimonial.
Confusão Patrimonial: Misturar o patrimônio social com o sócio.
TEORIA MENOR: 
Teoria que permite mais situações de desconsideração. Preciso somente do simples descumprimento de uma obrigação, ou seja, para essa teoria o desvirtuamento não é critério. Em suma, se a sociedade não pagar, o sócio sempre responderá.
A justiça do Trabalho adota a teoria menor da desconsideraçãoda personalidade jurídica. 
Indenização decorrente de dano ambiental.
Relação de consumo também se aplica a teoria menor.
Para as causas de natureza comercial, cível estrita, eu vou pela aplicação da TEORIA MAIOR, sendo a SUBJETIVA, via de regra, a mais utilizada e que tem maior prevalência na Jurisprudência Pátria.
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA EM OUTRAS SEARAS:
Artigo 28 do CDC;
Artigo 16 e 17 da Lei 8.884/94 – Lei antitruste;
Artigos 4º da Lei 9.605/98 – Lei de crimes ambientais;
Artigo 50 do CC/2002;
Desconsideração no Direito do Trabalho – busca o artigo 28 do CDC;
Artigo 134 e 135 no CTN;
QUEM SOFRE OS EFEITOS DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURIDICA:
Quem participou do ato que levou à desconsideração da personalidade jurídica? Essa pessoa estará mais suscetível a responder pela desconsideração.
A Assembleia de sócios tem o dever de ano a ano julgar as contas dos sócios. Surgindo a confusão patrimonial, é obrigação dos demais sócios rejeitar as contas. Se forem informados e deixarem de agir, a omissão deles pode trazer consequências, nesse caso, a desconsideração da personalidade jurídica.
Não teremos uma resposta simples. Temos elementos que devem ser ponderados na hora de atribuir responsabilização.
- Participação: Comissiva ou Omissiva.
- Beneficio: Quem auferiu vantagens com a fraude ou com o abuso de direito?
- Poder na sociedade: Quanto maior o poder na sociedade, maior a responsabilidade dele decorrente. Naturalmente um sócio que tem 1,5% na participação social, ele sequer poderia recusar as contas de outro sócio.
Parece que há, de fato, um beneficio de ordem:
SOCIOS GESTORES
SOCIOS MAJORITÁROS
SOCIOS MINORITÁRIOS 
Não é necessário ajuizar um processo especifico para desconsideração, ela pode ser decidida incidentalmente no curso do processo. E a rigor a rigor, disciplina a doutrina que há necessidade de conceder contraditório e a ampla defesa.
DESCONSIDERAÇÃO INVERSA:
Quando o individuo tentar “esconder” o seu patrimônio injetando tudo na PJ da qual é sócio, os Juízes tem entendido possível a realização da desconsideração inversa.
Aula do dia 15/08/2013: 
SOCIEDADES:
Conceito:
 Art 981, CC - celebram contrato de sociedade pessoas que decidem se reunir para atingir uma finalidade (assunção de obrigações recíprocas). Prof Amador Paes de Almeida – a sociedade seja empresária ou simples se constitui por um contrato firmado por duas ou mais pessoas físicas ou jurídicas que conjugam bens ou serviços para o exercício da atividade econômica com finalidade lucrativa. 
Distinção em relação a outros:
Sociedade x empresa -conceito de empresa = art 966, CC – empresário é aquele que exerce profissionalmente atividade econ organizada para produção ou circulação de bens ou serviços. Amador Paes de Almeida = empresa é organização econômica destinada a produção ou circulação de bens ou serviços. A atividade é o seu elemento funcional a que se acrescentam outros elementos: o subjetivo (o empresário), o objetivo (o estabelecimento) e o corporativo. Empresa nao tem capcidade contratual, nem processual. Empresa não processo e não é processada. Sociedade empresária é contratada e processada. E a EIRELI (empresa individual de responsailidade limitada) pode exercer atividade empresarial mas não é uma empresa. 
Sociedade x firma – firma é assinatura. Firma é o nome do empresário ou da sociedade empresária quando leva o nome dos sócios. 
Sociedade x associação – associação está ligada beneficência, não gera lucro. Ex: Colégio Antônio Vieira.
Sociedade x fundação – fundação é um conjunto de patrimônio que recebe excepcionalmente personalidade jurídica. Direicionada a educação, cultira, etc, não está vinculada à atividade econômica. O fato de receber remuneração não implica perseguição do lucro.
Sociedade x companhia – toda companhai é uma sociedade mas nem toda sociedade é uma companhia. Companhia é sociedade anômina, ou seja, uma espécie de sociedade.
Elementos da Sociedade
Art 981, CC. Celebram contrato de sociedade... Se é contrato naturalemnte va atender a regras de validade própria dos contratos. Ver no CC, art 104. Agente capaz, objeto determinado ou determinável e forma prescrita em lei. 
- Consenso – desdobramento da capacidade, para que eu manifeste minha concordância preciso ser capaz.
- Objeto lícito – não se pode constituir sociedade com fins ilícitos.
- Forma – art 967 e 987, CC. É obrgatória a inscrição do empresário no registro público de empresas mercantis, antes do início de sua atividade. Os sócios, nas relações entre sócios ou com terceiros, somente por escrito podem provar existência da sociedade, mas terceios podem prová-la por qualquer modo. Nem toda sociedade é personificada. Por isso mairo parte da doutirna, disciplina que a constituição da sociedade pode ser feita sem exigência de formalidade especifica, mas atendimento a formalidade é necessário para que se goze de alguns beneficios, dentre eles a personalidade jurídica.
Elementos específicos
Contribuição para o capital social – capital serve para iniciar a atividade empresarial, como tb serve para ser lastro mínimo para garantir pagamento das dívidas pelos credores. São três as finalidades (i) atribuir valor para ativ inicial, (ii) constituir o capital social e (iii) estabelecer a participação de cada sócio no capital social. No momento da fixar capital inicial deve haver co-relação com o objeto a ser explorado pela sociedade. Capital é diferente de patrimônio social. Se A entra com 10 mil e B com 5 mil. Sociedade é inaugurada. Capital social é 15 mil e patrimônio tb é 15 mil. Mas se paga conta de 1mil, capital social fica como 15 mil e o patrimônio fica como 14 mil e assim por diante. Participação no capital spcial pode ser feita em dineito ou em patrimonio (ex casa, títulos da dívida pública, carro, etc). Além dsso é posisvel, em algumas circunstãncias a chamada contribuição com serviços ( não funciona em socieade empresária, já a limitada e a s/a vedam).
Participação nos lucros e nas perdas – decorrência lógica da condição de sócio – é inerente Á condição de sócio participar nos lucros e perdas da sociedade. Se houver clausula que vede isso é nula. Qualquer clausula ontratual que impeça sócios de ter participaão com lucros e perdas é nula.
Affectio societatis – Silvio Rodriguez – é proposito comum aos contratantes de se unirem para alcançar resultado almejado. EM suma, é o que faz as pessoas terem vontade de trabalhar conjuntamente. Podem haver diversos elementos causais.
Pluralidade de parte – para que haja sociedade preciso ter ao menos dois sócios. Há exceções. (i) subsidiária integral, prevista no art 251 da Lei das S/A= A,B, C, D e E fundam uma S/A que pode ter outra sociedade, ou seja, a S/a sozinha funda outra sociedade, por isso se chama sibsidiária.(ii) unipessoalidade temporária = pai e filho são únicos sócios e o pai morre, se for único descendente vai tudo para ele. Lei permite prazo de 180 dias para que se recomponha pluralidade de partes.
EIRELE- discussção doutrinpario sobre sua natureza jurídica. Prof entende que é sociedade. Mas maior doutrina entende que EIRELI não é sociedade e não seria exceção á regra da pluralidade.
TIPOS DE SOCIEDADE
-Sociedade em Comandita Simples – temos duas categorias de s´pcios, um responde de forma limitada e o outro de forma ilimitada pelas obrigações sociais. Art 1045, CC.
- Sociedade em nome coletivo – sociedade normalmente ocmpostas por pessoas fisicas e todos respondem de forma ilimitada pelas dívidas da sociedad. Art 1039, CC.
-Sociedade Limitada – art 1052 e seguintes – todos respondem de forma limitada
-Sociedade em Comandita Por Ações – em desuso.
-Sociedade anônima – estrutrada para grande sgrupos empresarias, tem lei propria, mas referenciada no art 1088, CC.
-Sociedade em Comum – sociedade irregular ou sociedade de fato. Art 986, CC.
-Sociedade Simples – explora atividade nao empresairal como escritorio de adv, arquitetura. Art 997 e seguintes, CC.
-Sociedade em conta de Participação – art 991,CC. Um sócio aparece a pratica todos os atos em nome prórpiso e tenho outro sócio oculto.
-Sociedade Cooperativa – surgiu inicialmente na iniciativa agrícola, mas hoje tem ampla utilização. Tem entrada e saida smples de sócis e possibilidade de capital variavel. Art 1094, CC>
Aula do dia 20/08/13: Não houve aula! Fórum de Teses.
Aula do dia 22/08/13: Não teve aula. Professor não foi.
Aula do dia 27/08/13: Aula e reposição
CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES:
Personificadas x Despersonificadas:
1.Não há ato constitutivo escrito. A sociedade existe, mas o contrato social nunca foi escrito, logo, por essa razão estaremos diante de uma sociedade despersonificada.
2.Contrato social ter sido elaborado, mas não ter sido levado a registro.
Ex: Não existe contrato societário de gaveta = não ter contrato societário. Neste caso, também, a sociedade será igualmente despersonificada.
3.Mesmo quando a sociedade está regulamente constituida, o tipo societário não comporta a regulação, a natureza dessa sociedade é de ser despersonificada.
OBSERAÇÃO: CONTRATO SOCIAL PARA AS LIMITADAS; ESTATUTO SOCIAL PARA AS S/A.
Em uma sociedade despersonificada quando teremos hipótese de desconsideração da personalidade juridica?
NUNCA! Não há como despersonalizar algo que nunca existiu.
Responsabilidade pessoal dos sócios pelas obrigações da sociedade:
A PJ fez uma divida perante terceiro. Quando esse terceiro vier em busca do pagamento do seu crédito, ele ficará adstrito ao patrimonio da PJ ou poderá invadir o patrimônio dos sócios?
DEPENDE DO TIPO DE SOCIEDADE, se ela é LIMITADA ou ILIMITADA.
Para saber se os socios respondem pelas dividas da sociedade teremos que saber do tipo de sociedade que estamos falando.
A sociedade limitada: Não há a responsabilização dos sócios pelas dívidas da soceidade. O socio se limita a perder aquilo que já investiu na PJ.
A sociedade ilimitada: Há a responsabilidade dos sócios pelas dívidas da sociedade. O sócio pode perder aquilo que investiu na PJ e também o seu patrimônio pessoal.
Artigo 1024 do CC:
Responsalidade limitada não significa responsabilidade solidára. Esses são conceitos distintos.
Mesmo quando houver responsablidade ilimitada dos socios, ela será subsidiária em relação à sociedade. Ou seja, para que se ingresse no patrimonio do SOCIO (pessoa fisica) deverá estar exaurido o patrimonio da SOCIEDADE (pessoa juridica).
Logo, só poderemos ingressar no patrimônio do SÓCIO quando a SOCIEDADE não tiver mais NADA!
Logo, podemos dizer que HÁ UM BENEFÍCIO DE ORDEM (art. 1024 CC).
A responsabilidade dos sócios será ILIMITADA, entretanto, serão aplicadas as mesmas regras de EMPENHORABILIDADE aos bens do sócio como se a dívida fosse ORIGINARIAMENTE sua. (ex: bem de família, salário e etc).
1.OBSERVAÇÃO:
LTDA:
Não confundir a classificação com o tipo societário em si.
Não confundir o GENERO com a ESPÉCIE.
LIMITADA é gênero do qual LTDA e S/A são espécies.
2.OBSERVAÇÃO: 
SOCIEDADE DE RESPONSABILIDADE HÍBRIDAS OU MISTAS: Alguns tipos societários dipõe de sócios de caráter distintos, ou seja, tenho sócios de classes diferentes dentro de uma mesma sociedade.
Na sociedade de comandita simples e na sociedade de comandita por ações, por exemplo, haverá um ou mais sócios de responsabilidade ilimitada, e haverá um ou mais sócios de sociedade limitada.
Ou seja, no momento de ser cobrado, um dos sócios poderão ser cobrados e outros não, é exatamente isso.
CAPITAL FIXO: São de capital fixo aquelas sociedades que precisem fazer uma alteração no contrato social para ter o seu capital alterado. Ex: Todas as demais, exceto cooperativa.
CAPITAL VARIÁVEL: Não há a necessidade de alteração do contrato social. Ex: Cooperativa.
SOCIEDADES DE PESSOAS X SOCIEDADES DE CAPITAL: 
Sociedade de pessoas a características pessoais interessam à sociedade, o que não acontece com as sociedades de capital, porque aqui o que importa é o dinheiro aplicado.
- Administração – somente um socio – sociedade de pessoas; dissociada da propriedade – sociedade de capital;
- Responsabilidade dos sócios – ao menos uma classe é ilimitada e solidária – sociedade de pessoas; todos têm resposnabiliade ilimitada – sociedade de capital;
- Entrada de sócios – dissolução total ou parcial da sociedade – sociedade de pessoas; livre ingresso – sociedade de capital;
- Morte/Incapacidade dos sócios – dissolução total ou parcial da sociedade – sociedade de pessoa; não influi na vida da sociedade – sociedade de capital;
- Participação de incapazes – não permitida – sociedade de pessoas; permitida – sociedade de capital;
- Nome empresarial da sociedade – razão social – sociedade de pessoas; denominação – sociedade de capital;
- Perda da affectio societatis – pode levar à exclusão de sócio – sociedade de pessoas; não admite exclusão de sócio – sociedade de capital;
SOCIEDADES DE VÍNCULO ESTÁVEL: As sociedades que dependem de circunstâncias especificas para se desvincularem. 
SOCIEDADE DE VÍNCULO INSTÁVEL: As sociedades nas quais o socio poderá se desvincular por mero ato de vontade, ou seja, através de uma simples notificação dizendo que não quer mais ser sócio.
As sociedades podem ser classificadas como de vínculo estável ou de vínculo instável. São de vinculo instável aquelas sociedades nas quais os sócios poderá se desvincular por mero ato de vontade ou seja, sou sócio e notifico a sociedade dizendo que não quero mais ser sócio.
São de vinculo estável aquelas sociedades que dependem de circunstancias especificas ou justa causa para se desvincularem. 
Sociedade limitada pode ser tanto de vinculo estável como instável. Uma sociedade limitada por prazo determinado (prazo definido para terminar) é uma sociedade de vínculo estável. Já sociedade limitada por prazo indeterminado é de vinculo instável, ou seja, mero ato de vontade pode levar o sócio a desvincular-se da sociedade.
SOCIEDADES CIVIL: 
Eram todas aquelas sociedades que não fossem comerciais, por exclusão.
SOCIEDADES COMERCIAIS: Eram atividades comerciais aquelas destinadas a atividades de intermediação.
“ERAM”: Não se aplica mais essa distinção! Após o CC de 2002 a teoria dos atos de comercio foi substituida pela teoria da empresa, então, naturalmente, não se fala mais em sociedade comercial, mas sim em sociedade empresaria; Não se fala mais em sociedade civil, mas sim em sociedade simples.
SOCIEDADE EMPRESÁRIA toda aquela sociedade que exercer atividade empresária. 
Artigo 966 do CC: Considera-se empresária toda aquela atividade que:
Exercer atividade econômica, que nada mais é do que a circulação de bens ou serviços para gerar riqueza.
Exemplo: Faculdade Baiana de Direito Mantenedora: Escola Baiana de Direito e Gestão: Tem o intuito lucrativo. Isso não tem nada a ver com o fato de ser pública ou particular.
Exemplo 2: Fundação Getulio Vargas, por exemplo, o curso de Direito custava R$ 3.000,00, mas não tinha intenção nenhuma de gerar lucros para ninguém, justamente por ser uma FUNDAÇÃO.
OBS: O fato do serviço ser pago ou não pago, não tem nada a ver com o seu intuito lucrativo.
Organização dos fatores de produção: Há uma organização de bens, de atividades, de fatores de produção que denotam a atividade empresaria.
Caráter profissional que se revela em habitualidade e estabilidade: O indivíduo que tem um apartamento na Barra e resolve, em um dado ano, aluga-lo para o carnaval não está exercendo atividade empresária, afinal não há habitualidade nesse ato.
O dono de um hotel, de outro lado, exerce atividade empresária, já que ele tem habitualidade em alugar os seus quartos, seja no carnaval ou não.
Assunção dos Riscos: O empresário assume os riscos da sua atividade empresária.
Direcionamento ao mercado: Há quem entenda que essa característica não é essencial da atividade empresárial. Ruy discorda, pra ele o empresário que se preze direciona a sua atividade ao mercado.
Exemplo: O indio que planta mandioca para colher fazer o beiju e comer, não está exercendo atividade empresária, porque não tem o interesse de colocar essa mandiocano mercado, vendê-la e adquirir o lucro, ele só tem interesse na sua própria subsitência.
OBSERVAÇÕES:
- ARTIGO 966, § ÚNICO: As atividades de cunho artisiticos ou intelectual, não constitui atividade empresarial, salvo se constituir o elemento de empresa.
Exemplo: O professor, a rigor não seria atividade empresária. A relação de ensino-aprendizagem que ora temos conhecimento, está dentro de uma atividade empresarial, porque está dento de uma Faculdade que é paga pelos alunos. Ruy e os demais professores estão inseridos em um contexto de empresa, que é a FBD.
- ARTIGO 971 do CC: Os ruralistas tem a OPÇÃO de se inscreverem no registro comercial. Existe uma dicussão sobre a natureza jurídica do ruralista.
- ATIVIDADES ADVOCATÍCIA: Não constitui atividade empresarial. Porque o EOAB veda!
Artigo 16 do EOAB (Lei 8.906/94): Não são adimitidas a registros nem pode funcionar as sociedades de advogados (...).
STJ: Súmula XX: Advogados quando prestam serviços estão submetidos ao CDC.
A Sefaz de SP decidiu taxar os advogados como se empresários fossem.
Aula do dia 29/08/2013: Não fui! Material de Carol!
NATUREZA JURÍDICA DO ATO CONSTITUTIVO:
Se desenvolveu varias teorias sendo que a primeira delas disciplinava que a sociedade tinha natureza de contrato, o ato que constituía a sociedade tinha natureza simples de contrato. 
No contrato temos um vendedor e comprador, sendo que um transfere o valor e o outro entrega o bem, porem essa estrutura não explica o que seria uma sociedade. 
Na sociedade temos dois indivíduos que com o dinheiro tem o intuito de lucrar, o que não aconteceria na estrutura de um contrato simples. Como isso não funcionava essa teoria clássica o que surgiu outras teorias em oposição:
a) Teorias Anticontratualistas: 
a.1.Ato coletivo: os sócios manifestam sua vontade e em algum momento surge a vontade da sociedade, ou seja, a partir da vontade dos sócios surge uma vontade maior, a sociedade. No entanto dentro dessa vontade da sociedade percebe-se a vontade de cada sócio.
a.2.Ato complexo: Existe a manifestação de vontade dos sócios e em algum momento surge a manifestação de vontade da sociedade, porem aqui não consegue mais identificar o que é a vontade do sócio como individuo e o que a vontade da coletividade. 
Essas teorias não explicam o que é a sociedade, a natureza jurídica da sociedade. As vontades alinhadas, em paralelo não são a realidade. A vontade não é divergente mas plenamente alinhadas.As teorias não explicam bem como é a formação da sociedade. Alguns críticos surgiram em contraposição a essas teorias.
Teoria do ato coorporativo:
Exxiste a manifestação de vontade dos sócios que em um momento se convergem e surge a vontade da sociedade e ela é criada por um ato de vontade dela mesma. 
A manifestação dos sócios é uma antecipação da manifestação de vontade da sociedade se criar. Essa teoria não foi aceita mepla maioria doutrinária.Como algo que não existe tem vontade para se criar.
Teorias Contratualistas:
 
	c.1 Teoria do contrato bilateral:
	c.2 Teoria do contrato plurilateral: Prf. Tulio Ascarelli, é algo diferente de tudo que existe, mas em alguma medida se aproxima do contrato, um contrato com características próprias. A idéia é que todos os sócios estão organizados em um circulo e entre ele há um complexo de deveres e obrigações surgindo inúmeras obrigações e direitos jurídicos, há uma complexidade de direitos deveres e obrigações. A partir de então esse complexo se manifesta exteriormente como uma manifestação de vontade uma, não mais uma manifestação de vontade de cada um em si, mas a criação da sociedade. Para maioria da doutrina é a melhor teoria que explica a sociedade. 
O prof. pontua características próprias que os diferencia de outros institutos:
1.Possibilidade de participação de mais de duas partes, nos contratos normais ainda que tenha mais pessoas envolvidas terá duas partes. No contrato plurilateral, tem uma multiplicidade não apenas de pessoas, mas de partes.
2.Finalidade comum. Todos estão alinhados a uma finalidade apenas, que será o lucro. 
3.Todos tem direitos e obrigações não existe contrato plurilateral gratuito. 
4.Função instrumental. O contrato não é um fim em sii mesmo, éum meio para que se alcance a atividade com finalidade lucrativa.
5.Subsistência quanto a vícios. Em um contrato de compra e venda se uma das partes é incapaz o contrato torna-se nulo. No contrato plurilateral se um dos sócios é incapaz o contrato apenas se modifica, a manifestação da vontade dos demais persiste. O contrato em si subsiste.
6.Contrato aberto a novas adesões no seu curso, pode começar a sociedade com 2 pessoas e posteriormente podem adentrar quantas pessoas quiser.
7.Inaplicabilidade da exceção do contrato não cumprido. No contrato de compra e venda se um indíviduo não cumpre sua obrigação o outro não pode deixar de cumprir a sua. Na sociedade por sua vez se um dos sócios deixa de fazer o aporte de capital não ocorre o mesmo, não existe uma contraposição entre os direitos e deveres de cada sócio, não pode em face do descumprimento de um deixar de cumprir com o que compete, não existe uma obrigação em relação ao individuo, mas em relação ao todo. 
Art. 981, CC. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para ....
O artigo remete sem falhas ao modelo do contrato plurilateral proposto pelo prof. Tulio Ascareli. O elemento principal de um contrato é a manifestação de vontade, mas não é em todo tipo societário que a vontade revela ser importante, a exemplo das grande ssociedades institucionais, a vontade ganha papel menor, o mais importante não é o sócio mas a finalidade que se pretende alcançar, a Petrobras por exemplo, tem a exploração do petróleo como mais importante, como objeto social, em prevalência da vontade do sócio. Para explicar esses institutos surge a teoria do ato institucional. 
d) Teoria do Ato institucional
O que é instituição: Douglas North. A instituição é constituída por:
A idéia de uma obra/trabalho a realizar no grupo social
Estrutura de Poder organizada para fazer alcançar aquela Obra
Uma manifestação de vontade
A confluência desses três elementos permitiria a criação de uma instituição. Essa teoria esta compatível com o art.116 Lei 6404/76.
Logo de acordo com essas teorias temos as Sociedades contratuais e sociedades institucionais, serão institucionais as comanditas por ação e as anônimas e serão contratuais todas as demais.
Corrente minoritária entende que a teoria do ato institucional Tb não se aplica ingerindo-se no direito brasileiro somente a teoria do contrato plurilateral.
A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO NO REGIME CONTRATUALISTA
A evolução do contratualismo clássico para o contratualismo moderno. 
Para o pensamento do ontratualismo clássico o objetivo da sociedade era dar o Maximo de luccro para seus sócios, extrair ao Maximo das atividades para lucrar, sociedades empresarias não mediam a importância de extrativização de matéria prima, por exemplo.Essa porem não poderia ser a lógica que impera, no contexto da fiunção social dos contratos há de se falar da função social dassociedades, a partir daí passou a ser o pensamento em maximação do valor da cota ou da ação, não mais em ter lucro, o pensamento é como fazer para que daqui a 20 essa sociedade valha mais. Não tem mais um pensamento imediato de lucro, como o extravio de bens naturais, precisa que esse insumo exista por mais tempo para que a sociedade assim também sobreviva. Friedman por sua vez defende que não é papel de sociedade empresaria ter função social, sendo esse o papel do governo. 
Atualmente a função social admite para atos de responsabilidade social. Os atos de responsabilidade devem ser capitalizados. Ou seja, não seria uma ação socialista, mas um tipo de investimento para capitalização, a Natura, por exemplo, recebe valorização dentro das empresas “empresas verdes”. Valorização da imagem institucional. Alguns fundos de investimento, porexemplo, só investem em empresas verdes. 
A evolução do institucionalismo clássico para o institucionalismo moderno. 
No institucionalismo saímos do institucionalismo publicista para o integracionista ou organizativo. As sociedades institucionais historicamente estavam muito vinculadas ao seu envolvimento com a sociedade não tendo preocupação grande em dar lucro, os sócios tinham pouca forma de poder e controle. A balança de poder estava mais na mão do administrador do que nas mãos dos sócios, o administrador ganha um poder maior no institucionalismo publicista, não estava preocupado em ser responsável, muitos atos de poder dos administradores gerarem crises. A partir dai houve um fortalecimento dos direitos dos sócios inclusive os sócios minoritários outros interesses passaram a ser preservados, fazer o bem a partir da preservação da empresa. 
SÓCIO: 
CONCEITO E NATUREZA DO SEU VÍNCULO COM A SOCIEDADE
Clóvis Bevilaqua conceitua sócios são as pessoas que nesse caráter entram para formação da sociedade no momento em que ela se constitui, as pessoas que são admitidas por alguma clausula do pacto social ou por contrato posterior de tdos os sócios ou por fim por todos os modos compatíveis com o direito e com a índole da sociedade. 
Sócio de sociedade empresaria não é empresário. As sociedades existem de forma autônoma independente do sócios quem exerce a atividade econômica é a sociedade e não o sócio, por isso o sócio não é empresário. Ele pode ser empresário, desde que ele em nome próprio exerça atividade empresarial nos termos do srt 966, CC.
Sociedade de responsabilidade ilimitada, uma coisa é responder pelas dividas outra coisa é exercer a atividade empresarial. 
Se a sociedade empresaria tiver um sócio administrador ele não será empresário, esta apenas materializando a vontade da sociedade. A sociedade ainda exerce autonomamente a atividade empresaria. 
A relação jurídica entre o sócio e a sociedade é contratual (d. obrigações), não real (d. reais). A sociedade tem personalidade, isso a torna pessoa, logo é sujeito e não objeto de direito, não pode o sócio ser proprietário de uma pessoa. 
Relação entre o sócio e a relação entre credor e devedor. A NATUREZA É ALEATORIA, o que define se a sociedade vai lucrar ao sócio é se esta, existe uma mera expectativa de receber Dara certo. No caso do empréstimo entrega o dinheiro. 
DEVERES DOS SÓCIOS:
COOPERAÇÃO RECÍPROCA: Dever de conjugar esforços para o sucesso do empreendimento. Se materializa de forma plena na “assesio societatis”;
CONTRIBUIR PARA A FORMAÇÃO DO CAPITAL SOCIAL: Neste ponto, atenção!!!!!!
Contribuir para o capital social é uma obrigação do socio que tem a máxima importância. Enxergue a contribuição para o capital social tanto como uma coisa impressindível para o negocio, porque será com ele que a sociedade começará a “rodar”, como algo relevante do ponto de vista social, da comunidade. Porque ja vimos que o capital social é o lastro patrimonial que assegura o pagamento dos credores. A não contribuição para a formação do capital social autoriza, inclusive, a exclusão do socio extrajudicialmente.
A exclusão de sócio, via de regra, se dará por via judicial, mas a contribuição para o capital social é algo tão importante, que aquele sócio que não o fez poderá ser “chutado da sociedade” de modo extrajudicial, unicamente pela força do inadimplemento dessa obrigação.
RESPONDER PELAS OBRIGAÇÕES DA SOCIEDADE, PERANTE TERCEIROS, DE FORMA LTDA OU ILIMITADA: O que define a responsabilidade do sócio é o tipo soceitário.
NÃO APLICAR OS FUNDOS SOCIAIS EM BENEFÍCIO DO PATRIMÔNIO PESSOAL: O sócio não poderá aplicar fundos da sociedade visando o beneficio de seus patrimônios particulares.
Já falamos que há uma distinção entre o patrimônio social e o patrimônio pessoal, naturalmente o sócio tem como dever, manter essa separação. E isso se relfel inclusive, na impossibilidade de utilizar bens da sociedade para o seu enriquecimento pessoal. Obviamente que a distribuição de lucros não é uma violação a esse dever, mas sim fazer a distribuição de lucro de forma regular, como decorrência do resultado da sociedade.
FISCALIZAR E PARTICIPAR DA ADMINISTRAÇÃO DA SOCIEDADE NOS TERMOS DA LEI E DO CONTRATO SOCIAL: nos termos da lei e do contrato social.
DEMAIS DEVERES PREVISTOS NO CONTRATO SOCIAL: Deveras abrangente esse dever, que abarca uma grande quantidade de outros deveres.
Se tratando de contrato plurilateral, ele pode gerar deveres para si, alem daqueles deveres previamente estabelecido na Lei, o contrato social pode trazer novos deveres.
DIREITOS DOS SOCIOS:
Dividem-se e dois grupos:
- DIREITO DE CUNHO PESSOAL:
A) Participar da administração da sociedade, nos termos e limite do contrato social; Sendo portanto um DEVER e um DIREITO, sendo, então, um poder-dever do sócio. O sócio não tem só o dever como tem o direito de participar da gestão da sociedade.
O sócio tem o direito de verificar as contas da sociedade, “contas” aqui estamos falando dos livros fiscais.
Aqui entra a parte dos votos da assembleia, e etc. 
- DIREITO DE CUNHO PATRIMONIAL: 
A) Perceber o quinhão que lhe compete nos lucros da sociedade. Será nula qualquer cláusula do contrato social que impeça o sócio de perceber o quinhão que lhe compete nos lucros da sociedade.
B) Participar da massa residual da sociedade após a sua liquidação.
Inicialmente o lucro não pertence ao sócio, pertence a sociedade.
Se o sócio antecipa o lucro ele precisa ter a atenção de resguardar patrimônio suficiente para quitar todas as dívidas, porque o lucro é exatamente o resultado operacional, e é isso que empreendedor de primeira viagem não entende. 
Para os sócios de responsabilidade limitada só podem distribuir os lucros após a reserda do suficiente para pagar todos os credores. A lógica aqui é não transferir o dinheiro para trás de uma barreira patrimonial.
Observação:. Artigo 1059 do CC: Estabelece a obrigação de restituir “pseudo lucro”indevidamente distribuído.
SÓCIO INCAPAZ
Rui não vai adentrar nesse tema!
Partindo do pressuposto que sabemos do que se trata a incapacidade absoluta e relativa.
Absolutamente incapaz = representado;
Relativamente incapaz – assistido;
Técnica do “RIA” = Relativamente Incapaz é assistido// Absolutamente Incapaz Representado;
O artigo 974 do CC levava a crer que a participação de incapazes se daria apenas em circunstâncias bem peculiares.
Naturalmente o que se admitia era que o individuo que era SÃO ficou DOIDO, poderia continuar sim na sociedade.
Ou, o socio morreu e deixou um unico filho incapaz, este filho poderia adentrar na sociedade.
Em 2011 houve uma alteração legislativa, Lei 8.399/11, essa Lei alterou o CC, incluindo no artigo 974 o §3º, que trata mais especificamente das questões das sociedades empresariais.
O primeiro requisito é que o INCAPAZ não possa ser administrador da sociedade;
Que o capital esteja totalmente integralizado;
Exemplo: Capital social de 100 mil e os socios resolvem integralizar somente, no primeiro momento o valor de R$ 25.000,00 pra cada, ou seja, R$ 50.000,00.
Passou-se 1 ano, e no final desse primeiro ano o socio “A” integralizou o restante. Não faltando mais nada para integralizar.
“B” não integralizou mais nada, faltando assim, R$ 25.000,00.
Se um terceiro tem uma divida de R$ 200.000,00, ele só achou R$ 75.000,00 já integralizado, entretanto, ainda tem os R$ 25.000,00 não integralizado por “B”, ele poderá cobrar esses R$ 25.000,00 de qualquer um dos dois sócios.
A responsabilidade dos socios nas sociedades limitadas é limitada ao valor que ele destinou ao negocio, contudo, se o capital nao estiver totalmente integralizado, os socios respondem de forma solidaria e ilimitada até o limite da integralização do capital social.
O emancipado poderá sim ser sócio de uma sociedade ilimitada, haja vista que cessou a incapacidade dele no momento da emancipação.
- Representação do menor é feita pelos pais, na ausência deste pelo TUTOR que pode ser padrinho, avó, avô, alguém de confiançado juízo e etc.
- Representação do incapaz quando é maior de idade é representado pelo CURADOR.
SÓCIO DE SERVIÇO:
Sujeito que contribui para o capital social não com pecunia, mas sim com sua força laboral.
EXCLUSIVIDADE: Salvo se houver autorização expressa em sentido contrário, o sócio de serviço deverá se dedicar exclusivamente à sociedade. Já que o sujeito não está dando dinheiro, ao menos exerça seu trabalho com toda afinco e dedicação somente para a sociedade. Podendo, caso seja comprovado o contrário, ser expulso da sociedade.
No caso de não haver exclusividade o contrato social deverá reger.
Artigo 1007 do CC – Infelicidade redacional sem precedente.
Atenção no momento de redigir o contrato que fale em sócio de serviço.
“Salvo estipulação em contrário o sócio participa dos lucros e das perdas na proporção das respectivas quotas, mas aquele que participa da sociedade somente em caráter de serviço, participa somente dos lucros no que tange à media do valor da quota.”
SOCIEDADE EM ESPÉCIE
SOCIEDADES DESPERSONIFICADAS
SOCIEDADE EM COMUM:
INTRODUÇÃO: 
Três são as circunstâncias que podem transformar uma SOCIEDADE EM COMUM:
i. Não ter ato constitutivo escrito;
ii. Há o ato constitutivo, mas nunca foi levado a registro;
iii. Sociedade em estágio de organização, mas que ainda não foi feito o registro, nesse lapso temporal entre a “organização” e o “registro”, a sociedade será “em comum”; salvo se ela for uma sociedade ANONIMA, a Lei das S/A permite que uma sociedade anônima passe pela fase de ORGANIZAÇÃO sem que seja considerada “EM COMUM”; (particularidade da S/A).
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: No momento em que o sujeito vai contratar com uma sociedade, a primeira providência que tem que ser tomada é saber quem tem poderes para assinar por aquela sociedade.
Quem tem poder para representar a sociedade é o administrador da sociedade, o sócio, somente sócio, não pode representar a sociedade.
Uma sociedade não registrada trás um ônus à coletividade, há maior segurança juridica quando celebro um negocio juridico com uma sociedade devidamente registrada.
Não tendo acesso ao ato constitutivo posso ir a JUCEB e ter acesso a sociedade que estiver devidamente registrada.
Os sujeitos que não regularizam o registro na JUNTA COMERCIAL não recebem a benesse das sociedades.
A sociedade em comum é não personificada.
Aula do dia 05.09.13
TERMINOLOGIA
A sociedade em comum já foi no passado chamada de sociedade irregular e foi também chamada de sociedade de fato. Na época a doutrina discutia muito sobre qual era a diferença entre uma sociedade irregular e uma sociedade de fato. Como uma das principais correntes:
Rubens Requiao e pontes de Miranda defendem que sociedade de fato é aquela que não tinha ato constitutivo escrito, para eles, a sociedade irregular era aquela que teve ato constitutivo escrito mas não levaram a registro.
Fran Martins defende que a sociedade de fato é aquela que não arquivou os atos, não importando se foi escrito ou não, se não foi arquivado é sociedade de fato. E a sociedade irregular seria aquela com alguma irregularidade no seu funcionamento, por ex, dissolver uma sociedade a pós dissolução continuar exercendo atividade
A mais moderna, defendida por Ulhoa coelho e tomazzetti, diz que sociedade de fato e sociedade irregular são sinônimos e significam sociedade em comum.
PATRIMONIO “DA SOCIEDADE”
Sociedade em comum não dispõe de patrimônio próprio, nem personalidade, como vimos, por consequência não é titular de direitos patrimoniais, contudo a ordem jurídica reconhece que quando A e B começam a exercer uma atividade, em que pese não haja ali uma PJ há um patrimônio utilizado para aquela atividade. Se cada sócio pega uma mobília sua para começar a exercer a atividade, são elementos próprios e constituem um patrimônio especial que não há que se falar em patrimônio da sociedade, a titularidade deste patrimônio pertencem aos sócios, por conseguinte não há que se falar em autonomia patrimonial.
RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS
Já venho dizendo que não há autonomia patrimonial entre a sociedade e os sócios, contudo, em que pese a sociedade não tenha patrimônio próprio, a lei assegurou o direito de ver o patrimônio social expropriado com preferência (antes do seu patrimônio pessoal), é o chamado beneficio de ordem, ou seja, meu patrimônio pessoal so poderá ser expropriado após o exaurimento deste patrimônio em condomínio (Art. 1024 C/C 990). A exceção a este caso é o individuo que contratou em nome da sociedade não tem direito ao beneficio de ordem. Se A e B constituíram uma sociedade ltda, onde B seria o administrador, antes do contrato ser levado a registro eles contraíram obrigações com C, C ajuizou ação colocando no polo passivo a sociedade despersonificada e colocou A e B e quis expropriar diretamente o patrimônio pessoal não afeito a negocio. Os dois vão alegar benefício de ordem, mas B não tem direito ao beneficio de ordem porque ele é quem pratica o ato, ele é quem é administrador. A lógica legislativa é garantir ao terceiro um mínimo de segurança – art. 990.
ADMINISTRAÇÃO
Salvo previsão em contrario, todos os sócios poderão praticar os atos de administração da sociedade. Caso tenha uma liminar dizendo que o administrador não tem poderes para assinar contratos superiores a 40mil reais, posso opor a terceiros? Sim se for terceiro de má fe, ou seja, que tinha conhecimento da limitação e ainda assim assinou o contrato, aí a sociedade poderá se eximir do contrato.
Falou do Art. 12, VII do CPC – serão representados em juiz ativa e passivamente: VII – as sociedades sem personalidade jurídica pela pessoa a quem couber administração dos bens. A quem cabe administração dos bens? A quem os sócios disciplinarem. Se não houver disciplina pelos sócios? A qualquer um dos sócios. 
PROVA DA EXISTÊNCIA DA SOCIEDADE
Como posso fazer prova de que uma sociedade em comum existe? Pra que fazer prova de que uma sociedade em comum existe? É interessante ao credor ao devedor? Ao credor seria interessante fazer prova da sociedade? Imagine que A e B são sócios, B é administrador e decidiu celebrar contrato com F (que passa a ser credor com um credito inadimplido). Por que interessaria a F fazer prova de que a sociedade existe? Para que F consiga implicar o patrimônio de A ele vai ter que fazer prova da existência da sociedade. Por isso é interessante para o credor fazer prova da sociedade. Mas A e B também poderia tem interesse na prova da sociedade para fazer jus ao beneficio de ordem, mas só mesmo para A porque B (que é o administrador e assinou o contrato) não fará jus ao beneficio de ordem. Se ambos são administradores e assinaram o contrato, não tem porque querer provar a existência da sociedade.
O credor que decidir fazer prova que a sociedade existe, ele pode fazer por qualquer meio admitido em direito: e-mail, gravação, testemunha. Se for uma gravação ilegal caímos na teoria do fruto envenenado. Já os sócios so poderão fazer prova da sociedade por meio escrito, não necessariamente contrato social, por meio escrito qualquer que seja, e-mail, carta, não pode ter prova testemunhal, gravação etc. Essa opção legislativa é uma espécie de sanção, já que o individuo deveria estar exercendo uma atividade regular (art. 987).
FALÊNCIA 
A sociedade em comum poderá falir ou não? O art. 1º da lei 11. 101/2005 (lei de falências). Esta lei disciplina a recuperação judicial, extrajudicial, do empresário e da sociedade empresaria. Neste ponto, a doutrina vem entendendo maciçamente que é possível sim a falência da sociedade em comum. 
Aula do dia 10/09/2013:
SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO
Alguns autores a chamam de SOCIEDADE ACIDENTAL, ou SOCIEDADE MOMENTÂNEA, ou como SOCIEDADE ANÔNIMA.
O que, de fato, demonstra uma falta de cuidado desses autores. Essas três referências são infelizes e equivocadas.
Sociedade acidental e sociedade momentânea dão a ideia de uma coisa passageira, temporária, e não necessáriamente é essa a realidade da sociedade em conta de participação.
Desta forma,é um equívoco chama-las por essas nomenclaturas.
Por fim, também não dever ser chamada de SOCIEDADE ANÔNIMA, porque a SA é a designação de um tipo societário especifico, regulado pela Lei 6404/76, logo, se aquela é anônima você não vai dar a mesma nomenclatura para duas coisas distintas.
Alerta: Alguns doutrinadores chamaram a sociedade em conta de participação por um desses nomes ERRADOS, mas nós não devemos fazer isso, sob pena de incorrer em um erro grave.
Falaremos sobre os SÓCIOS:
Temos a SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO dois tipos de sócios;
- SÓCIO OCULTO;
- SÓCIO OSTENSIVO;
Incomum a ambos podemos dizer que esses dois podem ser pessoa física ou jurídica, então, podemos ter uma PJ ou uma PF. Lembrando que a sociedade em conta de participação em si não é pessoa. Lembremos da crítica doutrinária que aponta que a SCP mais tem natureza de investimento do que de tipo de sociedade propriemente dita.
SÓCIO OSTENSIVO: Como ja fora visto, este sócio é aquele sujeito que pratica TODOS OS ATOS em nome próprio, não pratica atos em nome da sociedade em conta de participação, não pratica atos em nome do sócio oculto, ele pratica atos em nome próprio.
Se ele assume compromisso sozinho, em nome próprio, ele responde sozinho perante terceiro.
Poderá ser empresária ou uma EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada).
O sócio ostensivo age como empresário, não como administrador.
Essa observação muda, por exemplo, o fato de um administrador da LTDA que tem obrigação legal de prestar contas aos demais sócios, ao fim de cada exercício, e age em nome da empresa, e não em nome dele, manifesta a vontade da sociedade, e não a dele.
Já o sócio ostensivo ele manifesta a vontade própria e não a da sociedade. Ele age em nome próprio e não em nome da sociedade.
O sócio ostensivo, se ele for uma sociedade, ele deverá ter sócios que o constituiram, além disso, esse sócio ostensivo terá, possivelmente, um administrador por trás dele, ou seja, devemos ter noção da interrelação dos institutos que já estudamos até aqui, para poder entender a complexibilidade da matéria.
SÓCIO OCULTO OU PARTICIPANTE:
É aquele que não aparece perante terceiros.
Não responde por qualquer dívida da sociedade.
A responsabilidade do sócio oculto é exclusivamente em face do sócio ostensivo, salvo se o sócio oculto intervier na negociação.
A Lei não estabeleceu de forma clara qual o meio de intervenção a que se trata essa exceção.
O ingresso de outro sócio participante depende do consentimento dos demais.
CARACTERISTICAS DA SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO:
Liberdade forma: Livre a forma de constituição, podendo inclusive ser VERBAL;
Não existe uma modalidade de formação pré-definida;
Mesmo que o contrato venha a ser publicizado, isso não altera a natureza juridica, nem do contrato e nem da sociedade que ele constitui; Mas sendo o contrato em conta de participação feito, naturalmente, por escrito, e o levo à junta comercial, a JUNTA irá publicizar...E mesmo que assim aconteça, essa publicização não irá desnaturar o contrato nem a sociedade;
Se esse contrato for levado ao cartório de Registro de Títulos e Documentos, a mesma coisa, nada acontecerá com o contrato e nem com a sociedade;
Nenhuma forma de tornar o contrato publico, nada fara com que esse contrato e nem essa sociedade seja desnatureza;
A publicização faz APARECER o sócio oculto, e o fato de ter publicizado gere um desconforto ao sócio oculto, estará imediatamente constituido o ato indenizado: Responsabilidade Cívil;
A rigor a não publicização é a regra da sociedade em conta de participação, devendo, portanto, ser devidamente registrado no contrato uma cláusula que preveja um possível dando ao sócio oculto, em sendo o caso;
Ao ser publicizada a sociedade em conta de participação, o sócio ostensivo deu ao sócio oculto espaço para que ele queira ver essa sociedade extinta;
Mas no caso de o sócio oculto não quiser ver essa sociedade extinta, se para ele a publicização não gerou nenhum tipo de problema, não tem como tornar isso um empecilho para a continuação da sociedade;
Quando vimos a sociedade em comum vimos que só poderá ser provada a sua existência por meio escrito, o legislador quis PROPOSITADAMENTE limitar os meios de prova, como se fosse uma penalidade porque a soceidade em comum é uma sociedade IRREGULAR. Já a sociedade em conta de participação não é uma sociedade irregular, logo, por conseguinte não se aplica a essa sociedade a limitação de só poder prová-la por meio escrito, como acontece com a sociedade em comum.
A sociedade em conta de participação não terá um nome social;
No mundo juridico, no mundo societário, o nome é o meio pelo qual identificamos uma sociedade para que ela se vincule. A sociedade em conta de participação não se relaciona com terceiros, com a sociedade, e por isso, naturalmente não terá nome empresarial;
OBSERVAÇÃO: Cuidado para aqueles que forem estudar por Amador Paes de Almeida, pois ele defende a ideia de que a sociedade em conta de participação girará em nome do sócio ostensivo.
Para Ruy, há um equívoco nessa ideia, já que o sócio ostensivo não age em nome da sociedade, ele age em nome próprio.
Portanto, a sociedade em conta de participação NÃO terá nome. (artigo 1162 do CC).
Não possui representante ou administradores, já que não se relaciona com terceiros, com a sociedade;
Não poderá falir; (Direito societário: Se a sociedade não assume obrigações, ela NUNCA se tornará insolvente);
Aula do dia 12/09/2013:
PATRIMÔNIO SOCIAL:
A sociedade em conta de participação não dispõe de patrimônio próprio, todo patrimônio afeito pela atividade empresarial estará sobre a titularidade do SÓCIO OSTENSIVO.
O dinheiro investifo pelo sócio oculto, irá constituir um patrimônio especial, agora o detalhe é o seguinte: Na sociedade em comum poderia exigir o beneficio de ordem, na sociedade em conta de participação NÃO, já que esse patrimônio especial apenas opera efeitos entre os sócios.
Ou seja se um terceiro ajuzia uma ação contra o sócio ostensivo, o sócio ostensivo não poderá invocar o beneficio de ordem, já que o patrimônio da sociedade em conta de participação não opera efeitos sobre terceiros.
O destacamento patrimonial é uma forma de proteção do devedor, que tem o direito de “jogar no fogo” determinado bem em detrimento de outro.
No caso da sociedade em contas de participação para quem está de fora, para o terceiro esse destacamento não opera nenhum efeito, para ele não existe individualização patrimonial alguma.
Sociedade em conta de participação NÃO TEM patrimônio próprio.
A parcela que sai do socio oculto e vem para o socio ostensivo e é aportada para a formação do patrimônio, constitui um destacamento patrimônial, contudo, esse patrimônio é do sócio ostensivo, porque a sociedade em conta de participação não titulariza patrimônio algum.
NA SOCIEDADE EM COMUM: O destacamento patrimonial opera efeitos em face de toda coletividade, o destacamento patrimonial é oponível a todos.
NA SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO: O destacamento patrimonial somente opera efeito interno, entre as partes, entre os socios (oculto e ostensivo).
FALÊNCIA DOS SÓCIOS E EXTINÇÃO DA SOCIEDADE:
A sociedade em conta de participação, NUNCA, em hipótese alguma falirá.
Ela não falirá, nada impede, todavia, que o sócio ostensivo tenha a sua falência decretada ou eventualmente que o sócio oculto tenha a sua falência decretada.
Quando há a falência do sócio oculto ou do sócio ostensivo, quais as consequências disso para a sociedade em conta de participação?
Se o SOCIO OSTENSIVO tem a sua falência decretada? 
Resposta: A sociedade acabada, porque é o sócio ostensivo quem realiza todas as atividades inerentes ao objeto da sociedade, então, por essa razão, já podemos concluir que, a falência do sócio ostensivo, implicará na dissolução da sociedade em conta de participação.
Se o SÓCIO OCULTO tem a sua falência decretada?
A norma que vai se aplicar é aquela que se aplica a todo os demais contratos. Quando temos falência,o contrato passa pelo crivo do administrador judicial. A depender da situação, poderá manter ou não os contratos. Vai avaliar se vai haver bom retorno para a massa falida ou não (art. 994, § 3 c/c art. 117 da Lei de Falências).
A sociedade em conta de participação se encerra de forma simples, bastando um simples prestação de contas. (art. 996 do CC).
 DEMAIS DISPOSIÇÕES:
O que não estiver regulado nos artigos próprios que falam sobre a sociedade em conta de participação, será regido pelas normas de sociedade simples.
SOCIEDADES PERSONIFICADAS:
SOCIEDADE SIMPLES
Define se uma sociedade é simples ou não pelo seu objeto.
Contudo, a sociedade simples poderá se reger por qualquer uma das disposições contratuais previstas no CC, poderei ter uma sociedade simples organizada em forma de LTDA, em forma de comandita simples, e etc. Não pode confundir, não é porque é limitada que será simples.
A SOCIEDADE SIMPLES se dá pelo registro no ente competente, no cartório de registro.
O artigo 998 do CC diz que o registro da sociedade deve se dar no prazo de 30 dias, a contar da assinatura do contrato.
Qual a consequencia juridica para o não cumprimento desse prazo?
O ato registrado no prazo de 30 dias terá efeito EX TUNC, ou seja, retroagirão à data de assinatura do contrato, o ato registrado fora do prazo terão efeitos somente EX NUNC, ou seja, não retoragirão. A repercussão prática é que os atos celebrados entre a assinatura e a data do registro FORA DO PRAZO não terão efeitos. E nesse lapso temporal a sociedade será considerada uma SOCIEDADE IRREGULAR/SOCIEDADE EM COMUM, sendo, portanto, a responsabilidade dos sócios ILIMITADA, não tendo, o sócio que assinou o contrato, o benefício de ordem. (artigo 1024 c/c 990 do CC).
O cartório de registro civil de pessoa juridica é nada mais nada menos do que um registro publico, logo, não podemos esquecer que o ato de registro nada mais é do que um ato de publicizar determinado ato juridico. Qual a consequencia juridica que publicizar um ato juridico?
Efeito erga omnes, ou seja, oponível a terceiros (artigo 997 parágrafo único).
Além do artigo 945 do CC, o nascimento da personalidade juridica.
Esse prazo de 30 dias não se aplica apenas a construção da sociedade, não se aplica somente ao contrato social em si, devendo ser aplicado também a todas as alterações feitas no contrato social.
O contrato social e todas as alterações feitas no contrato social devem ser registrados no cartório de registro civil de pessoa juridica localizado na sede da pessoa jurídica.
Havendo uma filial, deverá ser registrada na sede de onde estará a filial e após averbação da filial, ela deverá ser averbada também onde a sede está registrada.
REQUISITOS DO ATO CONSTITUTIVO:
Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará:
IDENTIFICAÇÃO DOS SÓCIOS:
I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas naturais; e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas;
QUALIFICAÇÃO DA SOCIEDADE:
II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;
No caso da sociedade simples, não há que se falar em nome empresarial, contudo, conforme a força do artigo 1155 do CC, a proteção que se dá ao nome empresarial se da ao nome da sociedade simples.
Ex: Não posso ter um escritorio de advocacia com o mesmo nome de outro escritório que já existe.
- OBJETO SOCIAL: É a especificação das atividades que serão desenvolvidas pela sociedade.
OBS: No momento de uma assessoria para constituição de uma sociedade, no momento da constituição do objeto é interessante não deixa-lo deveras limitado, devendo pensar, inclusive, com o passar dos anos, nos quais poderão ocorrer mudanças no tamanho da sociedade e com isso ampliação do objeto.
-SEDE DA SOCIEDADE: Indicação do endereço onde a sociedade irá funcionar;
- PRAZO: Especificar se a sociedade será por prazo determinado ou indeterminado, devendo, para tanto, estipular o termo final no caso de prazo determinado;
III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente NACIONAL, podendo compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária;
IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la;
- QUOTA DE CADA SÓCIO: Não basta somente dizer o capital social, mas sim a quota de cada sócio no capital social.
V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços;
- SÓCIO DE SERVIÇO: Caso haja sócio de serviço é interessante determinar quais as quotas de cada um desses sócios;
VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições;
- ADMINISTRADOR: Nessa ocasião o que se faz é dizer quem será o administrador da sociedade e atribuir limitações aos seus poderes;
VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas;
VIII - se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais.
 
Existe dúplice interpretação e tem relevância pratica essa dúplice interpretação. 1) Alguns doutrinadores entendem que vai se discutir no contrato se a responsabilidade do sócios será solidaria ou subsidiária (art. 1084); 2) vai se discutir no contrato de a sociedade é limitada ou ilimitada. Se eu adoto a segunda e digo que é matéria regulável no contrato estou admitindo que terei sociedade simples com regime de responsabilidade limitada ou ilimitada. Então, sócio de sociedade simples pode ter responsabilidade limitada ou não? Depende da corrente interpretativa que se adota. Alguns doutrinadores adotam que quando o art. 997 diz que cabe aos sócios escolher o regime eles poderiam escolher responsabilidade limitada ou ilimitada.
Então, quem adota a primeira corrente o regime das sociedades simples é sempre da sociedade ilimitada
A segunda corrente diz que poderia dispor se seria limitada ou ilimitada.
A relevância pratica disso é que, quando vocês forem sócio de sociedade simples você pode responder ou não com seu patrimônio imediatamente.
A doutrina vem reconhecendo que é possível que as sociedade simples tenham regime de sociedade limitada.
Ler aula do semestre passado esse inciso, não anotei direito.
Sócios 
DIREITOS E OBRIGAÇÕES DOS SÓCIOS
A e B depositaram patrimônio e constituíram uma sociedade, A e B não são proprietários. 
No contrato de sociedade a devolução daquilo que se depositou é de maneira aleatória, tem o risco, vai depender do sucesso do empreendimento. No contrato de mutuo, em que se empresta quantia, não depende do sucesso. Então posso dizer que a relação sócio/sociedade é relação de natureza sui generes que envolve direitos e obrigações, não é um contrato de mutuo. 
A sociedade simples haverá de ter, sempre, pelo menos 2 sócios. Caso a sociedade se torne unipessoal, além do tempo de tolerância estabelecido na lei, isso será hipótese do seu desfazimento.
Existe discussão doutrinaria sobre participação do sócio incapaz nas sociedades simples. Ricardo Negrao diz que é possível; em sentido contrario Tomazetti defende que a pessoalidade inerente a sociedade simples torna impossível a participação na sociedade simples. Na pratica, não existe consenso doutrinário ainda.
Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória.
Os bens jurídicos protegidos são diferentes. 1) no caso de comunhão universal, se B tem qualquer bem esse bem também é do seu cônjuge A porque tem acervo patrimonal conjunto, se B adquire cotas essas cotas são de B e de A, ou seja, são condôminos das mesmas cotas. Entao a razão para qual se proíbe é garantir a pluralidade de sócios. Se esse é o fundamento subjacente, a sociedade formada por A, B e C, em que A e B sejam casados em regime de comunhão universal, essa sociedade viola o art. 977? Sim, porque fala contratar entre si ou com terceiros. Mas a doutrina vem ignorando isso e alegando a inconstitucionalidadeem ambas as hipóteses, para eles o fato de te rum acervo patrimonial uno não viola a pluralidade de sócios. 
Separação obrigatória, por exemplo, a lei proíbe casar em comunhão universal quem tem mais de 70 anos). O legislador impediu os sócios em separação obrigatória constituir sociedade para prevenir fraude no sistema.
Aula do dia 19.09.13
Falei da pluralidade de partes e o prazo que tem o sócio para recompor a prularidade de partes.
 RESOLUÇÃO DA SOCIEDADE EM RELAÇÃO A UM SÓCIO
INTRODUÇAO
Resolução é uma espécie de desfazimento do contrato. Genero é desfazimento e se divides em três espécies: resilição, rescisão (quando houver evento, como morte, incapacidade) e resolução (quando houver descumprimento). Se não lembrar a espécie aplicável, use gênero “é uma espécie de desfazimento do contrato”.
MORTE DE UM SOCIO
Art. 1028 do CC: a morte do sócio gera a resolução da sociedade . 
Essa é a regra geral, mas comporta 
exceções taxativas indicadas nos incisos do próprio art. 1028. 
Art. 1.028. No caso de morte de sócio, liquidar-se-á sua quota, salvo:
Liquidar a cota quer dizer que a cota deixa de existir. A cota é a parte imaterial cabível aquele sócio, mas o valor correspondente vai ser reavido. O que vai entrar no inventário para os herdeiros é o valor da cota, não é a cota em si.
I - se o contrato dispuser diferentemente;
Como resolver esse problema do caput? Colocando no contrato social, conforme esse inciso I. Em caso de morte não haverá resolução do contrato, os herdeiros sucederão. 
II - se os sócios remanescentes optarem pela dissolução da sociedade;
III - se, por acordo com os herdeiros, regular-se a substituição do sócio falecido.
Se os herdeiros entrarem em acordo, ou substituir por um ou por terceiros. Se A e B são sócios. Morreu A (que tem herdeiros H e I). Se no contrato versar que os herdeiros substituirão, H e I assumem. Se não tem no contrato, H e I conversam com B, se B concordar aí eles entram. Mas B tem que concordar, e H e I também. Se H e I querem vender pra J, se B concordar também pode.
RECESSO (RESILIÇÃO)
É o direito de retirada de um sócio da sociedade. Não confundam direito de retirar com direito às retiradas. O direito de retirada permite que o sócio deixe a sociedade por simples manifestação de vontade. Em que possibilidade vai poder o direito de recesso? Depende. Se sociedade por tempo determinado, o vinculo é estável; se prazo indeterminado o vinculo é instável. 
Na sociedade por prazo indeterminado, para exercer direito de recesso basta a simples notificação, ou seja, simples manifestação de vontade. O vinculo é instável porque basta uma manifestação de vontade.
Art. 1.029. Além dos casos previstos na lei ou no contrato, qualquer sócio pode retirar-se da sociedade; se de prazo indeterminado, mediante notificação aos demais sócios, com antecedência mínima de sessenta dias; se de prazo determinado, provando judicialmente justa causa.
Justa causa o que seria? A lei não diz, mas a doutrina diz que a justca causa é a conduta capaz de macular a affectios societates, ou seja, que dê razão objetiva para que o outro perca a vontade de trabalhar em conjunta. Precisa de decisão judicial para exclusão. Muita gente fala que o conceito de judicial deve ser interpretado ai não só judicialmente, mas caberia contemplar a arbitragem. O prof. é partidário dessa ideia. O individuo desfalcou e é hipótese de justa causa. A roubou, na sociedade com A e B, então quem vai ter direito de pedir o quê¿ B pode solicitar sua saída e decidir que nesses termos ele não quer. Se fosse uma sociedade indeterminada B não teria que entrar com ação para comprovar a justa causa. Estamos falando do direito de retirada do sócio. Ele, o individuo, quer sair da sociedade.
EXCLUSÃO DE SÓCIO 
Estamos falando agora da hipótese de sócio chutado da sociedade.
EXCLUSÃO DE PLENO DIREITO:
 Temos duas hipóteses: 
- POR FALÊNCIA DO SÓCIO:
O sócio da sociedade empresaria será também empresário quando? Uma Sociedade AB, a sociedade é que exerce a sociedade empresaria, a sociedade é que exerce a atividade. O sócio A ou B será também empresário se eles, por exemplo, sócio da sociedade tiver também uma editora. Isso terá repercussão quando ele se torna falido enquanto empresário, porque o falido não pode permanecer na sociedade. Falido é um estado, ainda que em outra atividade, o estado dele é falido. 
Falou da jornada 481 de direito civil.
Isso remete ao art. 1030, parágrafo único. 
Parágrafo único. Será de pleno direito excluído da sociedade o sócio declarado falido, ou aquele cuja quota tenha sido liquidada nos termos do parágrafo único do art. 1.026.
Art. 1026, Parágrafo único. Se a sociedade não estiver dissolvida, pode o credor requerer a liquidação da quota do devedor, cujo valor, apurado na forma do art. 1.031, será depositado em dinheiro, no juízo da execução, até noventa dias após aquela liquidação.
- POR INICIATIVA DOS CREDORES DO SÓCIO:
Atencao, iniciativa dos credores PESSOAIS do sócio e não dos credores da sociedade.
Art. 1.026. O credor particular de sócio pode, na insuficiência de outros bens do devedor, fazer recair a execução sobre o que a este couber nos lucros da sociedade, ou na parte que lhe tocar em liquidação.
Disciplina a possibilidade de um terceiro cobrar a divida do sócio, por exemplo um sócio A. Como ele pode cobrar essa divida? Pode cobrar de três formas: 1) penhora dos lucros dos sócios (por exemplo, lucros vão ser distribuídos para A, o credor pede ao juiz para penhorar os lucros que estão para a distribuição daquela parte que compete a A); 2) se a sociedade já estiver em processo de liquidação, voce juiz não precisa penhorar o lucro, mas uma fatia da sociedade, naturalmente uma fatia que caberia a socio A, ou seja, penhora do quinhao que etsa sendo liquidade; 3) a sociedade não está se liquidando, vai muito bem, o juiz pode mandar liquidar, ou seja, converter essa participação em dinheiro e transferir o dinheiro para o terceiro credor, se isso acontece e liquida toda a parte que cabe a A, a cota vira pó.
Parágrafo único. Se a sociedade não estiver dissolvida, pode o credor requerer a liquidação da quota do devedor, cujo valor, apurado na forma do art. 1.031, será depositado em dinheiro, no juízo da execução, até noventa dias após aquela liquidação.
Parou aqui (PROVA CAI ATÉ AQUI).
II UNIDADE
Aula do dia 24/09/2013:
Pegar com alguém!
EXCLUSÃO DE SÓCIO PELA SOCIEDADE.
Aula do dia 26/09/2013: PROVA!
Aula do dia 01/10/13:
MANIFESTAÇÃO DE VONTADE:
É necessário criar mecanismos e estruturas para que a vontade de cada pessoa individualmente seja capaz de representar o “todo” societário.
CLASSIFICAÇÃO DAS DECISÕES SOCIAIS:
DECISÕES ESTRUTURANTES (base):
Como o próprio nome já sugere, é aquela que gera, que monta o verdadeiro esqueleto da estrutura societária, são as decisões que traçam os pilares da sociedade. Exemplo: Nome social, objeto social, sócios, capital social, e etc. Decisões que darão alicerce para tudo que a sociedade fizer, compõe a verdadeira estrutura societária.
Artigo 997 do CC, diz os requisitos minimos necessários para que uma sociedade seja constituida.
Sendo, portanto, as mais fundamentais, devem ser tomadas à unanimidade. Essa informação poderá ser extraida da interpretação conjunta do artigo 999 c.c o artigo 997 do CC.
DECISÕES ESTRATÉGICAS (definições de médio prazo):
Logo abaixo das decisões estruturantes estão essas estratégias. São aquelas que determiando sócio deseja tomar.
São assembleares, devem ser tomadas pela maioria, mas pode ser delimitado um coro especifico, como veremos adiante.
Exemplo: Condomínio. Decisões em que não precisaria colocar sobre o crivo dos demais “sócios, mas o sócio cuidadoso faz uma Assembleia para tratar.
Essas decisões devem ser tomadas em maioria, e não mais em unanimidade como propõe o artigo 999 do CC. Diminui a complexibilidade da decisão e diminui também o coro diminui.
EMPATE: Havendo empate, no caso de dois sócios preferirem uma decisão, ambos com 25%, somando 50% de um lado,

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