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Processo do Trabalho I

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Direito Processual do Trabalho I
1ª Avaliação: 30/09/2013
2ª Avaliação: 11/11/2013
Alguns pressupostos de direito material é necessário o conhecimento prévio para entender a disciplina processual.
Bibliografia:
1. Carlos Henrique Bezerra Leite – Curso de Direito Processual do Trabalho (livro que mais atende).
2. Valton Pessoa – Manual do Direito do Trabalho
e-mail: Juliane@fiedra.com.br ou julianefaco@yahoo.com.br
Princípios, Peculiaridades e Técnicas de Procedimento:
Conceito: 
Conjunto de regras e princípios que disciplinam a solução dos conflitos submetidos à apreciação da justiça do trabalho (CF art. 114). Nesse artigo a CF diz quais os conflitos são colocados sob a apreciação da JT.
O processo do trabalho tema sua competência regulada na CF, mas o diploma que regula as suas normas é a CLT. Diferente do que acontece com o Direito Civil, não temos um código que discipline as regras de direito material e outro que regule as regras de direito processual, a CLT regula tudo, tudo está na CLT.
A CLT não é completa, não vai apresentar todas as regras de Direito Processual que precisamos para trabalhar com o Direito do Trabalho, varias serão as vezes que precisaremos nos remeter ao CPC. Quando a CLT for omissa em determinado tema, aplicaremos o CPC. E em vários momentos, também, perceberemos que o CPC não será aplicado por conta da sua especificidade.
Vertentes: 
- Conhecimento: Chamado de momento de certificação, pois é nesse momento que o Juiz verificará se a parte tem ou não legitimidade, tem ou não capacidade, e tem ou não o direito pleiteado.
- Execução: Nessa fase se executa o que foi deferido na sentença na fase de conhecimento. As sentenças no Direito do Trabalho são, em sua maioria, ilíquida, ou seja, não são quantificados os direitos, e é nessa fase que o direito será quantificado, valorado, e serão calculados os valores devidos e executado de fato.
Em regra, porque o juiz pode querer quantificar, sem que, necessariamente, se precise levar a sentença para liquidação.
No procedimento sumaríssimo a sentença, OBRIGATORIAMENTE, será liquida, porque a Lei assim obriga o Magistrado.
- Cautelar (caráter instrumental – relação com outro processo – utilidade prática do julgamento da lide principal): Tem caráter instrumental, não é um fim em si mesmo, ela existe para que se atinja alguma finalidade no processo principal. Visa preservar a utilidade prática do processo principal.
Pode ser utilizada em caráter INCIDENTAL quando se deseja dar efeito SUSPENSIVO ao recurso, pois os recursos no Direito do Trabalho não tem efeito suspensivo.
Relação com o Direito Material do trabalho: Caráter instrumental: O direito Processual do Trabalho é o instrumento de realização do Direito Material. O processo é um instrumento de realização e efetivação do Direito Material.
Ordenamento Jurídico trabalhista – CLT, Dec. 779/69 L; 5584/70 e 7701/88.
A CLT traz tanto as regras de direito material como as regras de direito processual.
Em processo do trabalho teremos os princípios gerais que formam o tronco comum do processo, se aplicando para todos os processos, civil, penal, trabalho e etc.
Princípios que estão no CPC, implícita ou explicitamente.
Teremos os princípios peculiares do direito do trabalho.
Técnicas estão relacionadas ao procedimento e revestem caráter funcional – adequar o processo em movimento aos princípios.
Princípios Constitucionais:
Devido processo legal (art. 5º LIV)
Ampla defesa e contraditório (art. 5º, LV)
Juiz e promotor natural (art. 5º, XXXVIII e LIII)
Controle judicial ou acesso à justiça (art. 5º, XXXV)
Isonomia (art. 5º, caput)
Publicidade (art. 93º, IX)
Motivação das decisões judiciais (art. 93, IX)
Duplo grau de jurisdição
Proibição de prova ilícita: O TST vem mitigando esse princípio. Por exemplo, o TST vem aceitando a gravação ou filmagem, mesmo quando a outra parte não sabe que está sendo filmado ou gravado, em casos de assedio sexual, porque o TST entende que é uma prova muito difícil de ser feita. Já que não há como a parte fazer a prova dessa situação.
 
Celeridade e duração razoável do processo (art. 5º, LXXVIII);
Princípios Gerais do Processo
Instrumentalidade
Imediatidade do Juiz
Identidade física do Juiz – cancelamento da Sumula 136 do TST
Imparcialidade do juiz
Igualdade de tratamento das partes
Economia Processual
Boa-Fé ou Lealdade processual.
Preclusão
Peculiaridades do processo do trabalho:
Conciliabilidade obrigatória:
Momentos obrigatórios para proposta judicial de conciliação: abertura da audiência/após as razões finais.
Art. 846: Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação.
O juiz DEVE perguntar incialmente às partes se há proposta de acordo, ele é obrigado a perguntar.
Art. 850: Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de Conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão.
Por fim, o juiz deve renovar a proposta de conciliação, OBRIGATORIAMENTE. 
Se o juiz não propuser a conciliação a consequência disso é a NULIDADE ABSOLUTA do processo. 
Mesmo que o juiz tenha proferido a Sentença, o processo será NULO e consequentemente a Sentença.
Só que a doutrina e a jurisprudência entende que a nulidade só acontece se o Juiz não fizer nenhuma das duas propostas de conciliação, se o Juiz esquecer a primeira, mas fizer a ultima, está sanada a nulidade, mas se ele fizer a primeira e esquecer a ultima será NULO o processo. Logo, a última proposta de conciliação é a mais importante, sanando, inclusive, a nulidade.
Poder normativo (novo panorama com EC 45/04):
Poder de criar normas jurídicas através da Sentença normativa para as categorias de Empregados e Empregadores que participarem do dissídio coletivo.
Dissídio coletivo: É quando o sindicato dos empregados com o sindicato dos empregadores não consegue chegar a um acordo.
Convenção coletiva de trabalho entre sindicatos.
Se os sindicatos não conseguirem acordar, quem decidirá é o judiciário, e a sentença normativa, vulgo “acordão coletivo”, será em forma de cláusula, como se fossem condições de trabalho que vão reger aquela categoria de empregados e empregadores. Logo, o Direito do Trabalho tem o poder normativo de gerar Lei entre as partes. Deverá ser feito pelo Tribunal, está previsto na CF essa competência restrita do Tribunal para julgar (artigo 114, § 2º da CF). Esse artigo mudou, antes dizia “criar condições de normas jurídicas” e passou a ter a seguinte redação: “decidir conflitos entre as partes”.
Juliane Facó entende que esse poder normativo não é uma peculiaridade da Justiça do Trabalho, já que qualquer Juiz tem o poder para “criar Leis entre as partes”.
Alguns entendem que o art. 114 foi extinto por conta da mudança na sua redação, outros dizem que ele ainda existe, porém mais restrito.
O dissidio coletivo tem prazo máximo limitado a 4 (quatro) anos, art. 868, parágrafo único da CLT.
No período em que o dissidio coletivo estiver vigendo não há que se falar em ACT.
Limites do poder normativo: CF, Lei, Contrato, CCT/ACT.
O poder normativo somente poderá operar em caso de “vazio legislativo”.
Jus Postulandi: Capacidade postulatória das partes: Empregado e empregador.
“Art. 791 da CLT: Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.”
OBS: Independe do valor da causa e da sua complexidade.
O artigo 791 da CLT foi contestado, haja vista o artigo 133 da CF que diz que o advogado é indispensável.
O Tribunal julgou uma ADIN, dizendo que o artigo 791 da CLT é totalmente legal, e não há mais que se falar na sua legalidade.
Atualmente, após a EC 45/2004, que ampliou a competência da Justiça do Trabalho no artigo 114, o Juiz do Trabalho julga TUDO. Dessa forma o objeto da JT ampliou muito.
Atualmente, o jus postulandi está em desuso, não tem como a parte se utilizardo jus postulandi, já que atualmente a JT abrange conceitos da justiça cível, graças a EC 45/04.
LIMITE SUBJETIVO: Os trabalhadores autônomos e trabalhadores eventuais NÃO PODEM SE UTILIZAR DO JUS POSTULANTI, e devem, OBRIGATORIAMENTE, está acompanhado de advogados.
Há um limite subjetivo que encontra-se em Lei.
Pode se admitir para trabalhadores avulsos, já que se equiparou os direitos.
LIMITE OBJETIVO: Estabelecido pelo TST na Sumula 425 do TST, que se acha legislador: Justiça do trabalho – alcance – limitação. O Jus postulandi das partes estabelecidas no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisórias, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.
Execução de ofício (CLT 878) e instauração ex officio de instância em dissídio coletivo (CLT 856): 
O próprio juiz pode, após a decisão transitada em julgado, e após certificado a existência do direito, tomar 3 atitudes:
1ª) Enviar para um calculista, e abre prazo para as partes se manifestarem sobre os cálculos;
2ª) Não abrir prazo;
3ª) Intimar o autor para apresentar os seus cálculos/intimar o réu para apresentar os seus cálculos. 
Supletividade:
A CLT não tem todas as regras que irão disciplinar o Direito do Trabalho, logo, nesse caso vamos nos socorrer do CPC, e da lei 6830/80 – Lei de Execução Fiscal.
Art. 769 da CLT: Nos casos OMISSOS, o direito processual comum sera fonte subsidiaria do direito processual do trabalho, exceto naquilo (...)
TÉCNICAS DE PROCEDIMENTO
ORALIDADE: Única exigência de postulação por escrito – inquérito judicial para apuração de falta grande cometida por dirigente sindical (CLT 853).
CONCENTRAÇÃO DOS ATOS:
Audiência U.na: Ocorre em uma única audiência a conciliação, a instrução, o julgamento, para dar celeridade ao processo.
Suspensão do Feito:
Irrecorribilidade:
Aula do dia 12/08/2013:
A Justiça do trabalho passou a integrar o poder judiciário a partir da CF 1945. Formada pelo sistema paritário, que deveria ser composto por: um juiz togado, um juiz representante da classe dos empregadores e um juiz representante da classe dos trabalhadores). Por isso chamado de "PARITÁRIO", por ser um sistema igualitário. A justiça do trabalho era vinculada ao poder executivo.
Em 1946 a Justiça do Trabalho passa a ser considerada como integrante do Poder Judiciário.
A CF de 88 em seus artigos 111 a 116 e na CLT artigos 643 a 735 passou-se, então, a regular a Justiça do Trabalho.
A EC 24/99 extinguiu a representação classista: A Justiça do Trabalho deixa de ser colegiada, passando a ser o que se tem pela Justiça do Trabalho de hoje; e as Juntas de Conciliação passaram a ser efetivamente Varas do Trabalho.
A EC 45/2004 a competência da JT se ampliou do ponto de vista subjetivo, dos sujeitos envolvidos na competência da justiça do trabalho, e do ponto de vista objetivo, ou seja, das matérias envolvidas ou oriundas da justiça do trabalho.
O que ampliou a justiça do trabalho foi a complexidade das causas da justiça do trabalho.
ORGÃOS INTEGRANTES APÓS A EC 24/99:
PRIMEIRO GRAU – VARAS DO TRABALHO:
- Juízes do trabalho – 1ª instância – Varas do Trabalho
- Tribunais Regionais do trabalho – 2º grau – TRT’s
- Tribunal Superior do Trabalho – 3ª instância – TST
As Varas do Trabalho compõem-se de um Juiz Titular e um Juiz substituto.
Jurisdição local;
SEGUNDO GRAU – TRT:
Tocantins, Roraima, Acre e Pará: NÃO TEM TRT.
São Paulo tem dois TRT’s: Um em SP capital e outro em Campinas.
Sede do TRT 5 é na capital do Estado da Bahia: Salvador, em Nazaré.
A competência do TRT é pra julgar:
 - Recurso Ordinário, que é como se fosse a Apelação do Direito Civil.
- Agravo de Instrumento;
- Ações Originárias (funcionando como 1ª instância): Dissidio coletivo, Mandado de Segurança, Ação Rescisória e Ação Cautelar. Nesses casos a competência é do TRT que é competente originariamente para julgar essas causas.
O TRT é composto de 7 juízes, que na realidade são Desembargadores, logo teremos 35 Desembargadores, porque são 5 Turmas.
Art. 115, CF: Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da Republica com mais de 30 e menos de 65 anos, sendo:
Um quinto dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94.
Os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento alternadamente.
ÓRGÃOS DO TRT DA 5ª REGIÃO:
- Tribunal Pleno;
- Órgão especial;
- Seção Especializada em dissídio coletivo – SDC;
- Seção Especializada em Dissídios individuais – SEDI (SEDI – I E SEDI – II);
TERCEIRO GRAU – TST:
- Função: Uniformizar a interpretação da Lei Trabalhista;
- Jurisdição Nacional; 
- Composição 27 Ministros: Art. 111 – A, CF;
- O TST compor-se-á de 27 Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo:
I- 1/5 dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;
II – Os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior;
Órgãos do TST:
- Tribunal Pleno – TP;
- Seção Administrativa – SC;
- Seção Especializada em dissídios coletivos – SDC;
- Seção Especializada em dissídios individuais – SDI;
- Turmas;
 OBSERVAÇÃO: O STJ não tem competência nenhuma para julgar causa NENHUMA da Justiça do Trabalho.
Entretanto, o STF se compõem sim como um órgão competente da Justiça do Trabalho em uma matéria de competência trabalhista.
MINISTÉRIO PUBLICO DO TRABALHO:
Não faz parte do poder judiciário, nem legislativo e nem executivo.
Atua na justiça do trabalho, tem competência especifica, e consegue tratar de questões especificas na seara trabalhista.
O MPT é uma instituição permanente, autônoma, independente e essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe precipuamente a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais homogêneos.
Art. 128 da CF:
O Ministério Publico da União:
Ministério Publico Federal
Ministério Publico do Trabalho
Ministério Publico Militar
Ministério Publico do DF e Territórios
Os Ministérios Públicos dos Estados:
Junto ao MP temos o Conselho Nacional do MP (art. 130 – A, CF) – forma de controle externo, composto de 14 membros nomeados pelo Presidente da República, depois da aprovação do Senado.
O MPT é ramo do Ministério Publico da União.
Art. 85, LC 75/93. São órgãos do MP do Trabalho:
I – o Procurador – Geral do Trabalho;
II – o Colegiado de Procuradores do Trabalho;
III – o Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho;
IV – a Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho;
V – a Corregedoria do Ministério Público do Trabalho;
VI – os Subprocuradores – Gerais do Trabalho;
VII – os Procuradores Regionais do Trabalho;
VIII – os Procuradores do Trabalho;
O Ministério Público do Trabalho pode atuar como parte ou custus legis.
Aula do dia 19/08/13: Fórum de Teses: Não teve aula!
Aula do dia 26/08/13:
ATOS, TERMOS E PRAZOS PROCESSUAIS
Disciplina legal: Atos, termos e prazos processuais: arts. 170 a 172 CLT e aplicação supletiva do CPC em alguns dispositivos.
Atos processuais, como por exemplo, audiencia, intimação, notificação e etc, pode ocorrer na forma oral, ja que vimos que no processo do trabalho vigora a Oralidade (defesa, razões finais podem ser orais, a propria inicial pode ser oral), ou na forma escrita.
Ou seja, quanto a forma os ATOS PROCESSUAIS podem ser tanto na forma oral e na forma escrita.
Entretanto, temos algumasexceções, como por exemplo, a petição inicial de dissidio coletivo ou inquerito judicial para apuração de falta grave, essas petições iniciais só podem ser na forma escrita.
OS ATOS PROCESSUAIS são publicos, vigora o Principio da Publicidade, conforme art. 5, LX e 93, IX da CF, salvo se houver um interesse publico que justifique o fato do processo correr em segredo de justiça, ou poque visa resgaurdar a intimidade da própria pessoa.
O ato processual será realizado em dias uteis das 8 as 18h (artigo 813 da CLT).
Penhora:
No entanto, esses atos processuais, a exemplo da penhora, que trata-se de um ato processual onde o Oficial de Justiça vai até o local e penhora determinado bem, pode ocorrer em Domingos e Feriados, se o Juiz assim permitir (artigo 770 da CLT).
Audiência:
Como ato processual é publica, e é feita na forma oral, basicamente tudo é feito oralmente Só que a audiencia tem uma peculiaridade no que diz respeito ao limite temporal dos atos processuais. Nenhuma audiencia poderá ser realizada as 6h da manhã ou 20h.
A audiencia não pode durar mais de 5h, salvo se for materia urgente que não possa ser fracionada, se vier a prejudicar o andamento do processo. Como por exemplo, a oitiva de um testemunha, que não poderá ser fracioanda.
Se ultrapassar esse periodo de 5h e não se tratar de matéria urgente, a outra parte pode laegar a nulidade do ato.
A audiência também será realizada nos dias uteis, pré-fixados, das 8h as 18h.
O Juiz poderá designar outro local para a realização de audiência, por exemplo, se o Fórum estiver fechado, em reforma, e etc.
Artigo 172 do CPC: Os atos processuais realizar-se-ão em duas úteis, das 6h as 20h.
§1º Serão, todavia, concluidos depois das 20h os atos iniciados, antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano.
Devendo, portanto, ser expressamente determinado pelo Juiz a citação, por exemplo, aos domingos.
NOTIFICAÇÃO: INTIMAÇÃO X CITAÇÃO
Como uma parte fica ciente que um ato processual foi praticado e que ela precisa fazer ou deixar de fazer alguma coisa?
Citação: Artigo 213 do CPC: Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a dim de se defender.
Ato inaugural do processo, depois da petição inicial é o primeiro ato a ser feito, para que o réu tome ciência do processo movido contra você e para que possa se defender, apresentar a sua contestação.
Intimação: Artigo 234 do CPC: Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer algum coisa.
 Tudo que vier depois da citação é INTIMAÇÃO, haja vista que a citação é um ato inaugural, todos os outros que vem depois da citação será intimação.
Citação no processo do trabalho – notificação inicial do réu – via postal – não se aplica o princípio da pessoalidade da citação, salvo MPT, União, Estados, Municípios e DF.
No Processo do Trabalho não vigora o principio da pessoalidade da citação. Basta que alguém assine o AR que volta para o processo com qualquer assinatura, que o Juíz entende que você foi citado e não comparecendo em audiência é revelia e conficção ficta.
A presunção que vigora é que a empresa, o sujeito, foi citado, cabe então ao sujeito que DE FATO NÃO FOI CITADO provar que o sujeito que assinou o AR não é seu empregado, ou que por exemplo, recebeu, assinou mas, não entregou.
Artigo 841 da CLT: Recebida e protocolada a reclamação o escrivão ou chefe de secretaria, dentro de 48h, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência, depois de 5 (cinco) dias.
§1º A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital, incerto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede do Juízo.
Não havendo intersticio de 5 dias, pelo menos, entre o recebimento da citação e a marcação da audiência inaugural, poderá ser requerido a nulidade do ato.
Irregularidade da citação e comparecimento espontâneo do réu – CPC 214, §§1º e 2º: Se a citação é irregular porque não houve, por exemplo, interstício, ou porque foi uma pessoa estranha à relação quem assinou o AR, uma vez que o sujeito se apresenta em audiência, está sanado o vício.
Citação por edital ou oficial de justiça: Quando for constatado que a empresa está criando embaraço para ser citada.
INTIMAÇÃO:
Ato posterior a citação;
Também pode ser feita via postal, quando a parte não tem advogado constituido nos autos, ou através de publicação no Diário Oficial, quando a parte tem advogado constituido nos autos.
Sumula 16 do TST: Presume-se recebida a Notificação 48h depois de sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus da prova do destinatário.
No momento em que postou no correio, para a Justiça, 48h depois o sujeito recebeu o AR.
Via Postal – regra – Presunção de recebimento – Súmula 16 do TST: Notificação Trabalhista – Recebimento – Ônus de Prova. Presume-se recebida a notificação 48h depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário.
Publicação no Diário Oficial – Advogado – Devendo constar a identificação do processo e o nome das partes, sob pena de nulidade.
ATO PROCESSUAL POR FAC. SÍMILE
Regulado pela Lei 9.800/99.
Originais protocoladas em 5 dias do prazo para a prática do respectivo ato – Juntar os originais no prazo de 5 dias.
Súmula 387 do TST.
Recurso – Fac. Símile. I – A Lei nº 9.800/99 é aplicável somente a recursos interpostos após início de sua vigência.
A contagem do quinquídio para apresentação dos originais de recurso interposto por intermédio de fac-símile começa a fluir do dia subsequente ao término do prazo recursal, nos termos do art. 2º da Lei 9.800/99 e não do dia seguinte à interposição do recurso, se esta se deu antes do termo final do prazo.
Não se tratando a juntada dos originais de ato que dependa de notificação, pois a parte, ao interpor o recurso, já tem ciência de seu ônus processual, não se aplica a regra do art. 184 do CPC quanto ao “dies a quo” podendo coincidir com o sabado, domingo ou feriado.
TERMOS PROCESSUAIS
São atos de documentação do processo, o instrumento pelo qual o ato será retratado e juntado aos autos.
Art. 771: Os atos e termos processuais poderão ser escritos a tinta, datilografados ou a carimbo.
Art. 772: Os atos e termos processuais, que devam ser assinados pelas partes interessadas, quandoestas, por motivo justificado, não possam fazê-lo, serão firmados a rogo, na presença de 2 (duas) testemunhas, sempre que não houver procurador legalmente constituído.
Art. 773: Os termos relativos ao movimento dos processos contarão de simples, notas datadas e rubricadas pelos chefes de secretaria ou escrivães.
PRAZOS PROCESSUAIS
Lapso de tempo para prática ou abstinência do ato processual. Tempo que a parte tem para fazer ou deixar de fazer alguma coisa.
Classificação:
Origem:
i)Legais: Fixados em Lei.
ii)Judiciais: Fixado pelo Juiz;
 Convencionais: Fixado pelas partes;
Natureza:
i)Dilatórios: São aqueles que permitem ser prorrogados (ex: convencionais e a depender os judiciais). Por exemplo, o juiz dá um prazo de 10 dias para a juntada de documentos, pode-se peticionar e pedir a dilação do prazo por serem muitos documentos, e por estarem, os documentos, em outro estado, no caso da matriz da empresa ser em outro estado.
ii)Peremptórios: São aqueles que não podem ser prorrogados. Não foi cumprido, morreu, já era. São os prazos legais. Exemplo: 8 dias para o Recurso Ordinário não recorreu perdeu o prazo, precluiu. Salo, evidentemente, motivo de força maior, justo motivo. Ex: Sistema fora do ar no último dia do prazo.
Destinatários:
i)Próprios: Quando os próprios destinatários dos prazos sofrem com a preclusão. Ex: As partes. Quando o advogado perde o prazo do recurso o seu próprio cliente é que sai perdendo com isso. Essesprazos têm efeito preclusivo.
ii)Impróprios: Prazo do Juiz. Aquele prazo que pode ser cumprido quando o Juiz quiser, porque ele não tem nenhuma sanção na apresentação de um prazo qualquer. A não ser que haja denuncia na Ouvidoria. Não há preclusão nos prazos impróprios.
O perito tem que apresentar um laudo, geralmente o prazo é impróprio, mas o Juiz, normalmente, fixa um prazo, de, por exemplo, 10 dias sob pena de destituição do cargo.
Início do prazo e da contagem do prazo.
- Ínicio do prazo: Momento da ciência do ato processual;
- Ínicio da contatem do prazo: Dia útil seguinte.
Art. 184 do CPC: Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos, excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento.
§1º Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil se o vencimento cair em feriado ou em dia em que: 
For determinado o fechamento do Fórum;
O expediente forense for encerrado antes da hora normal;
§2º Os prazos somente começam a correr do primeiro dia útil após a intimação artigo 240 e § único).
OBSERVAÇÃO: Sabado, Domingo e Feriado só é contado se já estiver NO CURSO DA CONTAGEM do prazo.
Se o prazo terminar em um sabado, domingo ou feriado, será prorrogado para o dia util subsequente.
Se o prazo se iniciar em um sabado, domingo ou feriado, será prorrogado para o dia útil subsequente.
OBSERVAÇÃO: Se o Fórum for fechado no dia do final do prazo, este será prorrogado para o dia subsequente.
Se o Fórum funcionar em expediente diferenciado, encerrado antes do horário normal, o prazo será prorrogado para o dia subsequente e tão somente, porque se no outro dia também funcionar em horário diferenciado, não importa mais, já que o sujeito precisava somente algumas horas e teve todo o outro dia subsequente. Logo, se o advogado foi protocolar um recurso achando que o Fórum estaria aberto até as 18h, e chegando lá estava fechado, terá o dia subsequente TODO (mesmo que funcionando também em horario diferenciado) para protocolar.
Intimada ou notificada a parte no sábado: O início da sua ciência se dará no primeiro dia útil seguinte, ou seja, segunda e a contagem do prazo se inicia na terça-feira.
Súmula 262, TST: Intimação ou Notificação Trabalhista – Prazo – Contagem
Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no priemirod dia útil imediato e a contagem, no subsequente.
O recesso forense e as ferias coletivas dos Ministros do TST suspendem os prazos recursais;
Todo mundo sabe que existe o recesso de final de ano que vai de 20 de dezembro a 7 de janeiro.
Pela Súmula 262 do TST o prazo SUSPENDERIA.
Mas pela Lei 5.010/1966: Artigo 62: Recesso Forense = Feriado, ou seja, recesso forense se equivale a feriado, e logo, o prazo corre e deverá o recurso ser protocolado no PRIMEIRO dia útil subsequente ao término do recesso forense.
Lei 11.419/2006: Artigo 4º: Os tribunais poderão criar Diário de Justiça eletrônico, disponibilizado em sítio da rede mundial de computadores, para publicação de atos judiciais e administrativos próprios e dos órgãos a eles subordinados, bem como comunicações em geral.
§2º A publicação eletrônica na forma deste artigo substitui qualquer outro meio e publicação oficial, para quaisquer efeitos legais, à exceção dos casos que, pela Lei, exigem intimação ou vista pessoal.
§3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.
§4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.
Um advogado cauteloso deve serguir a Lei, mas vale, sim, lembrar que há essa discussão doutrinária em relação aos prazos processuais.
Artigo 178 do CPC: O prazo, estabelecido pela lei ou pelo juiz, é contínuo, não se interrompendo nos feriados.
EXCEÇÃO: Advogado protocola via fac simile um prazo ou uma petição, em uma sexta-feira, automaticamente o seu prazo começa a correr, contando imediatamente no SÁBADO.
Aula do dia 02/09/2013:
FORMAS DE COMUNICAÇÃO DO ATO JUDICIAL
Postal, pessoal ou por edital
Art. 774 da CLT
SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO PRAZO
Casos em que a contagem do prazo suspende ou interrompe.
O artigo 775 da CLT diz que o prazo estabelecido nesse titulo contam-se com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e são contínuos e releváveis, podendo, entretanto, ser prorrogado pelo tempo estritamente necessário pelo juíz ou tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente comprovada.
Parágrafo Único – Os prazos que se vencerem em sábado, domingo ou dia de feriado, terminarão no primeiro dia útil seguinte.
OBSERVAÇÃO: Em casos de força maior, como por exemplo o apagão de quarta-feira, os prazos têm obrigatoriamente de serem suspensos, já que trata-se de motivo alheio à vontade das partes.
SUSPENSÃO: Suspende e volta a contar de onde havia parado.
INTERRUPÇÃO: Interrompe a contagem do prazo, zerando-a, e começando a contar tudo de novo. Exemplo: Oposição de Embargos de Declaração, o prazo é INTERROMPIDO, e após julgamento dos embargos a parte terá o seu prazo cheio todo de novo.
O expediente forense for encerrado antes da hora normal.
§ 2º Os prazos somente começam a correr do primeiro dia útil após a intimação (art. 240 e § único).
Súmula 262 do TST.
Privilégios de prazo (Decreto Lei 779/69, MP e litisconsortes.
Prazo do litisconsortes com procuradores distintos não se aplica o prazo em dobro na justiça do trabalho.
Litisconsórcio: Inaplicabilidade do CPC 191 (prazo em dobro para litisconsortes com procuradores distintos).
OJ 310 da SDI-I do TST.
No caso de contrarrazões ao recursos, o Juiz dá ciência à parte dando prazos sucessivel a uma determinada reclamada, quando há mais de uma reclamada, sendo, portanto, uma FACULDADE do Juíz, não estando obrigado a agir assim por Lei, mas sim pela sua própria casuística, por mera liberalidade do Juíz. Isso somente quando estamos falando de contrarrazões.
AÇÃO, PROCESSO E PROCEDIMENTO
Noções básicas
Ação – meio conferido ao indivíduo para obter a prestação jurisdicional
Processo – complexo de atos
Procedimento – modo e forma como os atos se desenvolvem
Caráter instrumental dos institutos 
Classificação das Ações/Processo
Conhecimento – visa declarar a existência de um direito ou de uma relação jurídica.
-Condenatória: O reclamante busca condenar o seu empregador a pagar-lhe o que ele acredita ser devido.
-Constitutiva: O reclamante visa constituir um Direito. 
-Meramente declaratória: O sujeito entra na justiça somente para que seja declarado um direito. Não recai a prescrição sobre ess tipo de ação, porque o seu efeito é meramente declaratório.
 Executória – objetiva exigir o cumprimento forçado da obrigação prevista no título executivo judicial ou extrajudicial.
Após a fase de conhecimento vem a fase executória, que objetiva o cumprimento forçado da condenação prevista no titulo executivo judicial ou extrajudicial.
 Cautelar – visa assegurar a efetividade de um provimento final. Para que o Direito final não pereça, o sujeito ingressa com ação cautelar, inclusive para dar efeito suspensivo aos recursos. Porque na justiça do trabalho os recursos não têm efeito suspensivo, de modo que a sentença já pode ser exigida de imediato pelo reclamante.
TIPOS DE PROCEDIMENTOS:
PROCEDIMENTO COMUM: ordinário, sumário e sumaríssimo.
- ORDINÁRIO: É a regra, é aquele que geralmente ocorre. É o procedimento que é composto de mais burocracia, mais formalidades, demora mais. Esse procedimento está regulado no artigo 837 a 852 da CLT.
O primeiro requisito é que não é necessário a indicação do valor da causa, e os pedidos não precisam ser liquidos. 
Na petição inicial o autor se resume a dar a causa um determinado valor ex: “dar-se a causa o valor superior a 40 salários mínimos.” Apenas por uma questão de definição de rito.
Escolhe-se esse rito para as causa acima de 40 salários mínimos.
O próprio juiz na audiência irá fixar o valor da causa. 
A impugnação do valor da causa não fica prejudicada, porqueisso será feito na fase de execução, na qual o réu terá a oportunidade de impugnar os valores apresentador pelo reclamante não havendo, portanto, o prejuízo desse requisito.
A caracteristica mais marcante desse procedimento, é a audiência UNA, concentração dos atos processuais num único procedimento (art. 843 da CLT).
Há uma mitigação a essa característica:
- audiência inaugural
- audiência de instrução
- audiência de julgamento
Número máximo de testemunhas: 3.
O procediemento comum ordinário é aquele que será estudado ao longo do curso.
O que é necessário ser apontado são as diferenças entre o procedimento comum ordinário e os demais procedimentos.
- SUMÁRIO: Regido pela Lei 5.584/70. São chamados causas de alçada ou de dissidio e alçada. Neste caso o processo será regido pelo rito sumário, se a sua causa for até 2 salários mínimos.
Já se discutiu acerca da indexação sobre o salário minimo que seria inconstitucional, mas o TST já se manifestou dizendo que é constitucional essa disposição. Súmula 356 do TST.
Pouco comum, porque entrar na justiça do trabalho requerendo algo que é menos do que dois salários minimos é incomum demais.
Esse procedimento é extremamente celere.
O juiz fará uma conclusão de tudo que for sobre matéria fática.
A sentença pode ser dada em audiência, por ser algo muito pequeno para ser resolvido.
Só pode haver recurso dessa sentença quando ferir materia constitucional, e através de RECURSO EXTRAORDINÁRIO, diretamente ao STF. (Súmula 640 do STF).
- SUMARISSÍMO: Lei 9.957/2000 – artigos 852 – A a 852 – I da CLT.
Causas até 40 sálarios mínimos – Dissídios individuais. (2 salários minimos até 40 salários)
Só cabe este rito para os dissídios individuais.
Uma parte da doutrina, quando surgiu esse procedimento, falou que o sumário não iria mais existir, ja que entendem que o sumarissimo abrange o que o sumario abrangeria.
Mas a doutrina majoritaria entende que se for visto pelas regras de revogação de Lei, tem-se a revogação EXPRESSA, quando a nova Lei diz expressamente que a Lei anterior está revogada, só que a Lei 9.957/2000 não falou NADA sobre a revoagação da Lei 5.584/1970 (Procedimento Sumário), não sendo expressa, passando pois a recair sobre a revogação TÁCITA que é quando a Lei posterior trás determinada matéria que torna insuportável a convivência das duas Leis concomitantemente, o que também não aconteceu.
Logo a doutrina majoritária entende que a Lei 9.957/2000 NÃO REVOGOU a Lei 5.584/70.
Pessoas jurídicas de direito público: Administração direta, autárquica e fundacional – exclusão do procedimento.
PARTICULARIDADES DO PROCEDIMENTO SUMARISSÍMO:
Alçada do valor da causa ( de 2 a 40 salários mínimos);
Pedidos liquidos, com indicação precisa do valor da causa; indicação do nome, endereço do réu (não cabe citação por edital).
-pedido certo e determinado - indicação do valor;
-indicação do nome e endereço do réu (não cabe citação por edital). 
Consequência da não observância;
duração máxima do processo no primeiro grau – 15 dias se a audiência for una e prorrogação peremptória de 30 dias se houver interrupção;
Se por acaso houver necessidade de prorrogação, a próxima audiência deve ocorrer no prazo MÁXIMO de 30 dias. Procedimento muito mais célere, visa o término de forma muito mais ágil do processo. 
d) maior liberdade do juiz na direção processual;
e) única tentativa obrigatória de conciliação: No rito comum ordinário há duas tentativas de conciliação, que o Juiz é OBRIGADO a fazer, nesse caso não há a obrigatoriedade de fazer duas tentativas de conciliação, bastanto somente uma única.
 
f) sumária documentação dos atos processuais em audiência; a audiência no rito sumarissímo é una, em qualquer hipótese, não há nenhuma possibilidade. Salvo se houver comprovação de não comparecimento de testemunha através da carta convite, provando que houve o convite de comparecer mas a testemunha não foi. E ainda, no caso da necessidade da prova pericial, que será extremamente necessário a compartimentação da audiência.
g) apreciação liminar dos incidentes que possam interferir no andamento da causa;
h) concentração e oralidade exacerbadas – ex: manifestação sobre documentos em mesa (CLT 852-H); 
i) redução do número de testemunhas – 2 para cada parte; Diferente do que acontece no rito comum ordinário, que são 3 testemunhas para cada lado (para cada polo, no caso de litisconsorcio).
j) restrição da prova técnica ou pericial e o prazo comum é de 5 dias: Quando a pericia é indispensável, o Juiz defere. No rito comum ordinário o Juiz fixa o prazo para manifestação do perito é fixado pelo Juiz de acordo com a sua liberalidade.
 
l) sentença – intimação em audiência, dispensa do relatório e líquida (não obrigatoriedade); 
As partes ficam cientes em audiência do dia em que a sentença será proferida.
m) recorribilidade – CLT 895 § 1º, I e II (distribuição em 10 dias, não tem revisor, parecer oral do MP, cabimento restrito e CLT 896 § 6º (hipóteses de cabimento: contrariedade à Súmula do TST e a CF); 
Cabe recurso ordinário da sentença proferida, entretanto o prazo para ser distribuido é de 10 dias, o que não acontece no procedimento comum ordinário que não tem prazo para oo recurso ordinário ser DISTRIBUIDO (diferente de interposto que continua sendo de 8 dias).
Cabe recurso de revista entretanto o cabimento é restrito. Só caberá RR no rito sumaríssimo quando contrariendade a Súmula do TST ou violação a CF.
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Adaptações no primeiro grau
 
Espécies mais comuns e cabimento:
  a) consignação em pagamento; 
 b) prestação de contas (CPC 914); 
 c) reintegração de posse (CPC 931); 
 d) habilitação incidente; 
 e) restauração de autos (CPC 1063 a 1069); ação monitória;
 f) ação de depósito; 
 g) embargos de terceiro; 
 h) mandado de segurança; 
 i) ação rescisória
 
 
DEFEITOS DOS ATOS PROCESSUAIS:
Classificação dos vícios dos atos processuais
IRREGULARIDADE: mera irregularidade que pode acarretar ou não em uma sanção para aquele que a pratica.
INEXISTÊNCIA: 
NULIDADE RELATIVA (vício sanável)
NULIDADE ABSOLUTA (vício insanável)
 
TIPOLOGIA DA NULIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS
PRINCÍPIOS QUE INFORMAM O REGIME DAS NULIDADES PROCESSUAIS
Instrumentalidade das Formas:
É aquele que diz que um ato só vai ser nulo se não for possivel suprir a falta ou repetir o ato.
Só será nulo quando a Lei prescreve determianda forma e a parte não observa. Se a Lei não prescreve nenhuma forma o ato não será considerado nulo.
(CLT 796 a e CPC 154, 244, 515 § 4º e 560 § único) – todas essas regras têm forte inspiração no princípio da celeridade e da economia – aproveitamento dos atos processuais defeituosos.
 
Art. 796 da CLT: A nulidade não será pronunciada:
a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir- se o ato;
Visa o aproveitamento do ato defeituoso. 
Art. 154 do CPC - Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.
Esse artigo 154 da CPC concretiiza o principio da instrumentalidade das formas.
 
Art. 244 do CPC - Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o 
Juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.
A Lei diz que deve ser por instrumento particular registrado em cartório, mas eu fiz por outro 
meio, fiz por escritura publica.
O sujeito fez de uma forma, inclusive, muito melhor do que o disciplinado em Lei.
Quando a Lei não diz uma forma especifica de se fazer determinado ato, pode ser que o ato alcance o seu objetivo final.
Ex: DARF e GRU. (ambos vão para a Receita Federal, embora não tenha sido feito conforme o
determinado alcançou a sua finalidade).
Aproveitamento dos atos defeituosos, principio da instrumentalidade das formas.
Art. 515, § 4º do CPC - Constatando a ocorrência de nulidadesanável, o tribunal poderá determinar a realização ou renovação do ato processual, intimadas as partes; cumprida a diligência, sempre que possível prosseguirá o julgamento da apelação
Art. 560, parágrafo único do CPC - Versando a preliminar sobre nulidade suprível, o tribunal 
havendo necessidade, converterá o julgamento em diligência, ordenando a remessa dos autos 
ao juiz, a fim de ser sanado o vício.
Transcendência: 
(CLT 794 e CPC 249 § 2º) – prejuízo.
 Art. 794 da CLT: Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade 
quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.
A nulidade só será declarada quando houver prejuizo à parte.
 Art. 249, § 2º do CPC - Quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a 
declaração da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato, ou suprir-lhe a 
falta.
Se não há prejuízo não há porque ser declarada a nulidade do ato.
Quando o Juiz poder entrar no merito, e julgar a favor da parte que arguiu a nulidade, não há 
porque essa nulidade ser apontada. Não há interesse de agir.
Causalidade ou concatenação 
(CLT 797/798 – CPC 248/249, caput). – nulidades originárias e derivadas – extensão dos efeitos da declaração de nulidade – ex: CPC 113.
Art. 797. O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende.
Art. 798. A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou sejam 
conseqüência.
 Art. 248 - Anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os subseqüentes, que dele 
dependam; todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras, que dela sejam 
independentes.
Toda vez que o Juiz pronuncia uma nulidade ele deve dizer a partir de quando essa nulidade 
ocorreu, porque as vezes essa nulidade não macula todo o processo, mas a partir do momento 
que aquela nulidade ocorreu.
É exatamente o que esse principio versa, a continuidade da “contaminação”, da extensão dos 
efeitos que essa nulidade alcança.
Se há uma prova pericial nos autos não tem porque esta ser maculada pela audiência que foi 
anulada, por exemplo.
A nulidade só poderá macular os atos POSTERIORES e não os ANTERIORES, precisando os 
POSTERIORES que do ato nulo dependam.
Preclusão ou Convalidação
Artigo 795 da CLT: As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.
O termo “protesto” é extraida da Lei.
Apesar de nela não constar.
A nulidade pode surgir em qualquer ato, inclusive em um despacho do Juiz.
Logo, o protesto faz parte da atividade advocatícia.
O advogado pode, no prazo de 5 dias, arguir a nulidade por cerceamento do direito de defesa, por exemplo, quando o Juiz indefere uma prova pericial, por exemplo.
O advogado devera “protestar” no primeiro momento em que presenciar um ato nulo, sob pena desse direito precluir.
§ 1º Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios.
OBSERVAÇÃO: Não existe Agravo Retido na justiça do trabalho. Porque o processo do trabalho não admite recurso de Decisão Interlocutória.
A nulidade deve ser arguida no primeiro momento em que surgir nos autos, sob pena de precluir o seu direito de “protesto”.
E em outro momento, deverá a nulidade, em sede de recurso, ser apontada como PRELIMINAR do recurso, para que ela seja analisada pelo Tribunal. Reiterar a nulidade.
Devendo o advogado arguir a nulidade DUAS VEZES, em DOIS MOMENTOS DIFERENTES (no primeiro momento e em sede de recurso).
Porque se, por exemplo, o advogado não arguir a nulidade por meio de “protesto” no primeiro momento em que esta entrou nos autos, não poderá fazer no segundo momento em sede de recurso. Por obvio!
O advogado não pode arguir em preliminar de recurso se não tiver arguido no primeiro momento em que foi verificada.
E se arguiu em primeiro momento e ela não foi sanada, poderá -deverá arguir em sede de recurso.
Lembrando que deve, para tanto, haver prejuizo.
OBSERVAÇÃO: Nas razões finais (REITERATIVAS0 o advogado deve NOVAMENTE arguir a nulidade do ato. Logo, o advogado acaba arguindo a nulidade duas vezes em um mesmo momento, na audiência, e depois em sede de recurso.
 Interesse (torpeza) – CLT 796
Art. 796 da CLT: A nulidade não será pronunciada:
b) quando argüida por quem lhe tiver dado causa.
Se o sujeito tiver dado causa a nulidade o próprio sujeito não poderá arguir a nulidade desse ato. 
Princípio meio obvio.
TRATAMENTO LEGAL DAS NULIDADES
Nulidade relativa 
(CLT 795, caput): 
 
 – regime jurídico – preclusão – nulidade não cominada (mesmo as cominadas podem ser sanadas) - excludente de preclusão – legitimo impedimento = justa causa – conceito (CPC 183 § 1º).
A nulidade só pode ser arguida pelas partes e no primeiro momento em que surgir nos autos.
 Art. 795. As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais 
deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.
 
Art. 183 - Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração judicial, o 
direito de praticar o ato, ficando salvo, porém, à parte provar que o não realizou por justa 
causa.
§ 1º - Reputa-se justa causa o evento imprevisto, alheio à vontade da parte, e que a impediu 
de praticar o ato por si ou por mandatário.
Nulidade absoluta 
(CLT 795 § 1º e CPC 245 § único)
Pode ser arguida de officio por qualquer das partes, não preclui por ser materia de ordem 
pública.
Art. 795, § 1º - Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em 
incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios.
Art. 245 - A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à 
parte falar nos autos, sob pena de preclusão.
Parágrafo único - Não se aplica esta disposição às nulidades que o juiz deva decretar de 
ofício, nem prevalece a preclusão, provando a parte legítimo impedimento.
Forma e oportunidade de arguição da nulidade (protesto nos autos – expediente sem forma nem figura de juízo – faz às vezes do agravo retido oral do processo civil e preliminar de nulidade do processo e nulidade da sentença). 
Consequência da declaração da nulidade
Se o Tribunal reconhecer a nulidade os autos serão devolvidos ao juízo a quo para que seja sanado o ato que foi maculado com a nulidade arguida.
Geralmente isso acontece com o retorno dos autos ao juizo de origem para, reabrir a instrução, deferir a prova pericial, documental, testemunhal e etc, ou seja, refazer o(s) ato(s) que foram considerados nulos.
Aula do dia 09/09/2013: Pegar com alguém!
Aula do dia 16/09/2013: Pegar com alguém!
Aula do dia 23/09/2013:
FORO DE ELEIÇÃO
Instituido no CPC, é instituido pelas partes para dirimir as controvérsias oriundas do negocio jurídico, nos termos do artigo 111, do CPC.
Esse foro de eleição, quando se trata de relações de emprego, passa a ser inaplicável, porque nesta relação as partes não podem renunciar os seus direitos, e será portanto aquele elencado na CLT artigo 651.
A justiça do trabalho não se limita a julgar as causas relativas da relação de emprego, porque com a EC 45 passou também a dirimir conflitos oriundos da relação de trabalho. (trabalhador autonomo, eventual e etc). Apartir daí, passou-se a admitir, para as relações de trabalho, o acordo quanto ao FORO DE ELEIÇÃO.
Entretanto, o artigo 112 do CPC diz que, quando tratar-se de contrato de adesão, a cláusula que estabelece o FORO DE ELEIÇÃO será NULA, porque se entende que essa cláusula foi estabelecida somente por uma das partes.
Para aqueles que entendem que não se aplica cláusula que estabelece o FORO DE ELEIÇÃO nas relações de trabalho podem invocar também o artigo 112 do CPC.
Na relação de TRABALHO em que as partespodem estabelecer o FORO DE ELEIÇÃO, onde as partes podem escolher, sendo este um contrato de ADESÃO essa cláusula será nula.
CONFLITO POSITIVO DE COMPETÊNCIA OU CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA:
Nesse caso haverá um INCIDENTE PROCESSUAL que será dito qual o juízo comeptente para julgar o caso.
Podem existir vários conflitos de competência, inclusive entre diversos órgãos da justiça.
Artigo 805: Os conflitos de jurisdição podem ser suscitados:
Pelos Juízes e Tribunais do Trabalho;
Pelo Procurador-Geral e pelos Procuradores Regionais ja Justiça do Trabalho;
Pela parte interessada ou o seu representante;
Art. 806 – É vedado à parte interessada suscitar conflitos de jurisdição quando já houver oposto na causa exceção de incompetência – Preclusão Lógica.
PROCESSAMENTO:
Artigo 807: No ato de suscitar o conflito deverá ser a parte interessada produzir prova de existência dele.
Artigo 808: Os conflitos de jurisdição de que trata o artigo 803 serão resolvidos:
Pelos Tribunais Regionais, os suscitados entre Varas do Trabalho e entre Juízes de Direito investidos na Jurisdição trabalhista ou entre uma e outras, nas respectivas regiões;
Pelo TST, os suscitados entre Tribunais Regionais, ou entre Varas e Juízos de Direito sujeitos à jurisdição de Tribunais Regionais diferentes;
Revogado;
Pelo STF, os suscitados entra as autoridades da Justiça do Trabalho e as da Justiça Ordinária;
Artigo 102, I “o”, CF;
(PROVA CAI ATÉ AQUI!)
II UNIDADE: 
PARTES, CAPACIDADE E PROCURADORES
PARTES: Os sujeitos processuais, aqueles que estão envolvidos com o processo, podem se decompor em: IMPARCIAIS e PARCIAIS;
PARTE PROCESSUAL: Parte que está no processo como autor, como réu ou como terceiro.
PARTE ILEGITIMA: É parte até que sua ilegitimidade seja declarada. Essa parte é aquela que não tem legitimidade para atuar, porque não é titular do direito material, não tem nada a ver com a relação juridica que está se travando, mas ela só será afastada do processo quando sua ilegitimidade for declarada.
- Ação Ordinária: RECLAMANTE e RECLAMADA;
- Dissídio individual ou coletivo: SUSCITANTE e SUSCITADO.
- Recurso Ordinário: RECORRENTE e RECORRIDO.
- Agravo: AGRAVANTE e AGRAVADO;
- MS: IMPETRANTE e IMPETRADO;
- EXCEÇÃO: EXECUTADO e EXEQUENTE;
LITISCONSÓRCIO: Cumulação de lides que se ligam no plano subjetivo (ativo; passivo ou misto).
A) Quanto ao momento:
- INICIAL:
- ULTERIOR:
B) Quanto às partes:
- FACULTATIVO:
- NECESSÁRIO:
C) Quanto ao xxxxxxxxxxxxxx:
- UNITÁRIO:
- SIMPLES:
OBSERVAÇÃO: OJ 310 daSDI – I: Não cabe a contagem do prazo em dobro na justiça do trabalho em virtude da existência de mais de um procurador.
CAPACAPACIDADE: A capacidade de ser parte é diferente de CAPACIDADE PROCESSUAL. A capacidade processual é a capacidade de responder, de estar em juízo, é a aptidão para praticar atos processuais, e essa é obtida de forma integral aos 18 anos. Antes disso podemos ter a representação (capacidade abosluta) ou assistência (capacidade relativa).
Na CLT o regramento é parecido com o estabelecido no CC.
- Capacidade civil plena: 18 anos;	
- Incapacidade relativa: 16 a 17 anos;
- Incapacidade absoluta: 14 a 16 anos – aprendiz: CLT 402;
Artigo 793: A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representante legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público Estadual ou curador nomeado em juízo.
Ordem Sucessiva
Alcança todos os menores de 18 anos
Impropriedade técnica sem implicação prática negativa;
Entre 16 a 17 anos podem acionar a justiça do trabalho, devidamente representados, se não forem emancipados, para ajuizar reclamação trabalhista para requerer os seus direitos que foram desrespeitados por determianda empresa.
Entre 14 a 16 anos, o menor de idade pode ingressar em juízo, devidamente representado, para requerer os seus direitos trabalhistas enquanto menor aprendiz.
Observe que a ordem estabelecida no artigo 793, “representante legal e na falta do representante legal....” representa uma ordem suscessiva e alcança todos os menores de 18 anos.
- Limite de Idade: Artigo 7º XXXIII: Salvo na condição de aprendiz é proibido o trabalho de menos de 18 anos.
- Menor emancipado: Não precisará de representação; (Economia própria e relação de emprego).
- Incapacidade processual pode ser sanada (art. 13 do CPC), sob pena de extinção do processo (autor, se único) ou revelia (réu) e exclusão (terceiro).
REPRESENTAÇÃO E ASSISTÊNCIA:
REPRESENTAÇÃO: Ocorre quando alguém figura no polo da demanda em nome e na defesa de outro, o representante não é parte, mas sim está ali para representar uma das partes que por ter uma INCAPACIDADE ABSOLUTA precisa ser representada;
Essa representação pode ser:
- LEGAL: Aboslutamente incapazes e pessoas jurídicas de direito público;
- CONVENCIONAL: Pessoas jurídicas de direito privado, que o que vai dizer é o ESTATUTO SOCIAL, CONTRATO SOCIAL.
Quando falamos em REPRESENTAÇÃO não devemos pensar somente na representação de INCAPAZES, mas sim da PJ, por exemplo. A PJ não é uma PESSOA FISICA, e precisa ser representada em juízo, pelo seu procurador.
ASSISTÊNCIA: Ocorre quando alguém figura no polo da demanda em nome e da defesa de outro, o assistente não é parte, mas sim está ali para representar uma das partes que por ter INCAPACIDADE RELATIVA precisa ser assistida;
Essa assistência é:
- JUDICIAL: Relativamente incapazes;
OBSERVAÇÃO: Não confudir ASSISTÊNCIA JUDICIAL com ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA:
A ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA: Quando a parte está assistida por sindicato da sua categoria. Quer dizer que a parte não tem advogado, e é o sindicato que vai dar assistência técnica à parte, como se fosse uma Defensoria Pública. No caso da justiça do trabalho é exercida pelos sindicatos.
IMPROPRIEDADES TÉCNICAS DO LEGISLADOR: ARTIGO 843, §2º, CLT: “REPRESENTAÇÃO” DO EMPREGADO QUE NÃO PODE COMPARECER A AUDIÊNCIA – EVITAR O ARQUIVAMENTO DOS AUTOS.
Na primeira audiência pode ser solicitado pelo empregado que uma outra pessoa vá em seu lugar à audiência inaugural, por motivo JUSTO.
É uma ATECNIA, porque ao falar em “representação” eu estaria dizendo que essa pessoa que vai no lugar comparecer em juízo, para somente evitar o arquivamento dos autos, poderia TRANSIGIR, PRESTAR INFORMAÇÕES, PRESTAR ESCLARECIMENTOS, ou seja, AGIR EM JUIZO, PRATICAR TODOS E QUAISQUER ATOS AO FIEL CUMPRIMENTO DO MANDADO. O que não acontece! Porque nesse caso não há que se falar em REPRESENTAÇÃO, não há que se falar na prática de atos que envolva DIREITO MATERIAL.
CAPACIDADE POSTULATÓRIA: Aptidão técnica para praticar atos processuais necessários para o andamento do processo.
No entendo na Justiça do Trabalho, vigora o JUS POSTULANDI, que é a possibilidade da própria parte, sem advogado, e sem a necessidade de constitui advogado nos autos, ingressar em juízo ou se defender.
Devendo ser lembrado que só há JUS POSTULANDI nas relaçõs de EMPREGO.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS X JUS POSTULANDI:
Sumula 219, TST: Justiça do trabalho – Condenação em honorários advocatícios;
Sumula 329 do TST: Justiça do Trabalho – Condenação em Honorários Advocatícios;
Honorários Sucumbencial só cabe quando o RECLAMANTE estiver assistido pelo Sindicato da Categoria.
SUMULA 425 o jus postulandi das partes, estabelecido no artigo 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o MS, e os recursos de competência do TST.
O JUS POSTULANDI e as relações de trabalho:
Artigo 3º, § 3º da IN 27/2005.
§3º: Salvo nas lides decorrentes da relação de emprego, é aplicável o principio da sucumbência reciproca relativamente às custas.
Art. 5º Exceto nas lides decorrentes da relação de emprego, os honorários advocatícios são devidos pela mera sucumbência.
Quando estamos diante de RELAÇÃO DE TRABALHO (genero), não cabe JUS POSTULANDI, logo, devendo a parte contratar advogado, logo, caberá HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS.CABE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NA JUSTIÇA DO TRABALHO?
DEPENDE DA RELAÇÃO, SE FOR DE EMPREGO OU DE TRABALHO, DEVENDO SER OBSERVADO O JUS POSTULANDI, SE A RELAÇÃO FOR DE EMPREGO NÃO CABE HONORÁRIOS, SE A RELAÇÃO FOR DE TRABALHO, CABERÁ OS HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS.
Prof. Juliane Facó

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