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Pneumofuncional - Fisiologia Respiratória e Anamnese

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Pneumofuncional
Fisiologia respiratória e anamnese
Tainah Carvalho
Fisiologia 
Sistema respiratório
• Zona de condução (passagem de ar, grosso calibre, células secretoras de muco e 
células ciliadas, musculo liso)
– Traqueia
– Bronquio
– bronquíolo
• Zona respiratória (difusão, pequeno calibre, células epteliais, pneumócitos I e II, 
sintetizam o surfactante, rodeados de densas redes de capilares pulmonares)
– Bronquiolo respiratório
– Ductos alveolares
– Sacos alveolares
Fluxo sanguíneo
• fluxo sanguíneo pulmonar = débito cardíaco do lado direito do <3
• não é distribuidos igualmente para todo o pulmão devido a gravidade, sendo a 
base região com maior aporte sanguíneo
• a regulação do fluxo depende diretamente da quantidade de O2 presente no 
sangue
• circulação bronquica: suprimento sanguíneo para vias condutoras que não 
participa da troca gasosa
Hematose 
Esta troca ocorre nas membranas respiratórias (todas as superfícies pulmonares) 
por meio de difusão, ou seja, tanto 𝑂2 quanto o 𝐶𝑂2 passam do meio mais 
concentrado para um meio menos concentrado
Após sua difusão dos alvéolos para o sangue pulmonar, o 𝑂2 é transportado 
principalmente pela hemoglobina dentro das hemáceas até capilares teciduais onde 
é liberado para ser utilizado pelas células. Pa𝑂2 = pressão parcial de 𝑂2 no sangue 
80 a 100 mmHg
Na circulação parte de todo 𝐶𝑂2 é transportado na forma de bicarbonato (𝐻𝐶𝑂3
−) 
dentro da hemácia (70%), ligado a hemoglobina Hb-𝐶𝑂2 e também na forma 
liquida no sangue. Pa𝐶𝑂2 = pressão parcial de 𝐶𝑂2 no sangue 35 a 45 mmHg
Ventilação
Ventilação pulmonar = entrada e saída de ar. Depende da necessidade 
Transporte:
Pulmão → O2 + hemoglobina → célula
Célula → CO2 → pulmão
Regulação da ventilação – parte autômata parte voluntária
Ventilação 
• Entrada e saída de ar 
• Ventilação Normal: 4,2 L/min.
• Hiperventilação é o aumento da quantidade de ar que ventila os pulmões, devido 
a causas muito variadas, como p.ex. exercício físico, febre, hipóxia etc., podendo 
traduzir-se em hipocapnia e alcalose.aumenta a excreção de 𝐶𝑂2
• Hipoventilação ocorre quando a ventilação é inadequada para realizar a troca de 
gases nos pulmões. aumenta a captação de 𝐶𝑂2
Ventilação do pulmão
As diferenças na ventilação dependem:
• Pressão intrapleural
• Diafragma
• Peso do pulmão
• Tamanho dos alvéolos
• Fluxo sanguíneo
• PaO2 e PaCO2
• Necessidade metabólica ( repouso, sono, febre, exx)
• Complacência
• Resistência tóraco-abdominal
Volumes pulmonares
• VC = volume corrente (5 a 8ml/Kg)
Calcula pelo peso ideal para a altura:
VC= 50kg x 5 = 250ml VC= 50kg x 8 = 
400ml
• VRI = volume de reserva ins
• VRE = volume de reserva exp
• VR = volume residual
Capacidades pulmonares
• CI = capacidade ins 
• CV = capacidade vital( 65 a 75ml/Kg)
– Cálculo semelhante ao do VC
• CRF = capacidade residual funcional
• CPT = capacidade pulmonar
A capacidade vital (CV) foi descrita pela American 
Thoracic Society/European Respiratory Society como 
sendo o volume de ar mobilizado entre uma inspiração e 
expiração máximas. Essa pode ser determinada através de 
uma manobra forçada (CVF) ou através de uma manobra 
lenta (CVL). Em indivíduos saudáveis, a diferença entre a 
CVL e a CVF é praticamente nula; contudo, na presença 
de obstrução das vias aéreas, essas diferenças podem 
tornar-se evidentes
Volume minuto e EM
• Vmin = volume minuto 
– Quantidade de ar mobilizada nas VA em 1min
– VC x FR
• EM anatômico e EM alveolar
• Ventilação alveolar = VM - EM
Mecênica da respiração 
• Músculos inspiração: diafragma, intercostais externos, musculatura cervical 
inserida na caixa torácica
• Músculos expiração: abdominais, intercostais internos
• Diafragma tem uma maior resistência a fadiga por possuir uma proporção maior 
de fibras tipo 1 
Pressões
• Pressão do ar ambiente = 760mmHg = 0 cm𝐻2 𝑂
• Pressão pleural (Ppl) = negativa
– É garantida pelo equilíbrio da complacênica
• Pressão Alveolar (Palv)
– Varia de acordo com o Fluxo
– Ausencia de fluxo → Palv = 0
• Pressão transpulmonar (Pp)
– Manutenção do volume pulmonar
– Pp = Palv - Ppl
Complacência 
• complacência pulmonar: depende das propriedades elásticas, quanto mais 
elástico for o tecido, maior tendência a retração.
• Enfisema = aumento da complacência pulmonar = torax barril. Fibrose = 
diminuição da complacência = diminuição da capacidade respiratória
• complacência da caixa torácica: a musculatura e a biomecânica da caixa torácica 
geram uma tendência de expansão
complacência
• complacência da parede da caixa torácica: geralmente o espaço intrapleural tem 
pressão negativa formada pela complacência do pulmão e pela complacência da 
caixa torácica (forças opostas) agindo como ponto de equilíbrio. Quando ocorre o 
pneumotórax esse equilíbrio é alterado, podendo gerar um colapso pulmonar
• tensão superficial dos alvéolos: quanto menor o alvéolo, menor sua complacência, 
maior sua tendência ao colapso
• surfactante: reduz a tensão superficial do alvéolo diminuindo a sua tendência ao 
colapso
Perfusão 
• Volume de sangue que passa através do pulmão
• Pulmão e brônquios necessitam de sangue oxigenado = circulação brônquica 
– A resistência desses vasos (RVP) se altera de acordo com o volume pulmonar
– Quanto mais cheio de ar o pulmão estiver, maior será a resistência 
Razão ventilação perfusão 
𝑉
𝑄
• Razão entre a qtd de ventilação e a qtd de sangue que chega ao pulmão, e é 
essencial para troca gasosa
V/Q normal ⇒ alvéolo ventilado/ perfusão adequada 
V/Q alto ⇒ ventilação alta/ perfusão baixa (hipoxemia e hipercapnia)
V/Q baixo ⇒ ventilação baixa/ perfusão alta
shunt ⇒ não ventila / há perfusão 
V/Q nula ⇒ há ventilação / não perfunde (espaço morto)
Diferenças regionais – Zonas de West
Zona 1 – ápice – PA> Palv> Pv
V/Q alta
Zona 2 – interm. – Pap > Palv > Pv
V/Q “ideal”
Zona 3 – base - Pap > Pv > Palv
V/Q baixa
1
2
3
Depende das pressões alveolar (Palv) arterial (PA) e venosa (Pv)
Controle da respiração
• a respiração é controlada pelo centro respiratório bulbar, que recebe informações 
sensoriais dos quimiorreceptores periféricos nos corpos aórticos e carotídeos e de 
mecanos receptores , nos pulmões e nas articulações. os quimiorreceptores são 
especialmente sensíveis a mudanças no PH e do O2 causando 
hipo/hiperventilação
• durante a atv. fisica a frequência da ventilação e o DC aumentam devido a 
demanda de O2 das periferias, de modo que a PaO2 e a PaCO2 não se alterem e 
se mantenham em equilíbrio
• a hipoxemia (redução a PaO2) é causada pela altitude elevada, problemas na 
difuão, alterações na V/Q. a hipóxia (redução de distribuição de O2 nos tecidos) é 
causada pela redução do DC ou de redução de O2 no sangue
• na altitude elevada a hipoxemia resulta da redução da pressão de O2 inspirado, 
gerando respostas adaptativas: hiperventilação, alcalose respiratória, 
vasoconstricção pulmonar etc
Anamnese
Tipo de tórax
Padrão respiratório
Tosse 
• Aguda/ Crônica 
• Eficaz/ ineficaz
• Produtiva/improdutiva
Expectoração 
• Serosa
• Mucoide
• Mucopurulenta
• Purulenta
• Espumosa
• Hemoptise
• Cinzenta
Frêmito
• Sensações vibratórias que se percebem na respiração/fala 
1. Bronquico – secreção
2. Toracovocal – falar
3. Pleural
Ausculta
Sons 
Fisiológicos Patológicos 
Murmurio vesicular Ruído adventício
Ruido adventício
• Ronco – secreção nas VA de grosso calibre
• Estertos 
– Crepitante – líquido ou secreção em VA de pequeno calibre
– Bolhoso – líquido ou secreção em VA de médio calibre
• Sibilos– Ins – líquido ou secreção em VA de pequeno calibre
– Exp - broncoespasmo
Recapitulando...
• Complacência: quanto mais elástico for o tecido, 
maior tendência a retração
• Ronco VA de grosso calibre
• Estertos Crepitantes VA de pequeno calibre
• Estertos Bolhosos VA de médio calibre
• Sibilos Ins VA de pequeno calibre
• Sibilos Exp – broncoespasmo
tainahmbcarvalho@gmail.com

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