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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS PROFESSORA: Raquel Guttierres Gomes MANUAL DA QUALIDADE DE UMA INDÚSTRIA DE LEITE FERMENTADO Acadêmicos: Gabriela Espindola Amorim Ojeda – RA: Luciana Andretta do Nascimento – RA: Tatiane Giolo Ramos – RA: Ueslei Felipe dos Santos – RA: Maringá, Fevereiro de 2016 1. INTRODUÇÃO Atualmente, os consumidores estão mais atentos e conscientes aos benefícios que suas escolhas alimentares podem trazer para a saúde. A popularização entre a relação de bons hábitos alimentares e promoção de saúde e bem-estar fez com que houvesse uma revolução no consumo de alimentos da população mundial. Seguindo essa tendência, a oferta de produtos saudáveis e prontos para consumo entrou em sintonia com este novo hábito global de alimentação. Esta realidade já é notável no Brasil, devido ao número cada vez maior de lojas especializadas em produtos naturais, orgânicos, diets e lights. O crescimento na busca de um estilo de vida mais saudável engloba não só a prática de atividades e exercícios físicos, mas também uma alimentação mais natural e nutritiva. Dentro desta perspectiva, entram os alimentos funcionais, que são aqueles que contém algum princípio ativo que irá desencadear processos metabólicos ou fisiológicos no organismo, produzindo efeitos benéficos à saúde de quem os consome, atuando na redução do risco de doenças, por exemplo. Segundo Anjo (2004), “os alimentos funcionais fazem parte de uma nova concepção de alimento lançada pelo Japão na década de 80 através de um programa de governo que tinha como objetivo desenvolver alimentos saudáveis para uma população que envelhecia e apresentava uma grande expectativa de vida”. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em parceria com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE), no âmbito do projeto Brasil Food Trends (BFT) 2020, realizou uma pesquisa sobre o perfil de consumo de alimentos no Brasil. Este estudo mostrou que 21% das pessoas tem tendência a consumir produtos que se encaixam na definição de “saudabilidade e bem-estar”, que, de acordo com a pesquisa, são alimentos que podem trazer algum benefício à saúde. Além disso, 51% das pessoas entrevistadas acredita parcialmente que alimentos funcionais podem trazer benefícios à saúde, e 44% delas acredita parcialmente que no futuro estes alimentos possam substituir medicamentos. Nesta mesma pesquisa, pessoas acima do peso foram entrevistadas para saber quais seriam suas atitudes para atingir o peso ideal. A grande maioria das pessoas (59%) responderam que pretendiam mudar sua dieta através de uma reeducação alimentar, e apenas 7% responderam que pretendiam fazer uso de medicamentos para emagrecer. Estes resultados confirmam que os consumidores de hoje em dia estão mais conscientes em relação à adoção de uma alimentação mais saudável, que irá ajudar não só na manutenção do peso, mas que também irá auxiliar no ganho de saúde. De acordo com Filho (2010, p. 89), “a mudança de hábitos alimentares do consumidor brasileiro, procurando produtos mais saudáveis, inovadores, seguros e de prática utilização, aliada à consolidação do produto no mercado, contribuíram para o crescimento da indústria de bebidas lácteas, fazendo com que estas ganhassem popularidade”. Em meio aos vários tipos de produtos alimentícios, os produtos lácteos têm sido utilizados como meio mais popular para a incorporação de microrganismos probióticos. O desenvolvimento destes produtos tem grande relevância dentro das indústrias de alimentos, devido principalmente à necessidade de maiores estudos em relação à produção de alimentos que contém cepas probióticas e que contenham quantidades de células viáveis durante toda sua vida de prateleira (BURITI; SAAD, 2007). Para Sanchez et al (2009), citado por Costa et al (2013), “os produtos lácteos representam o mais importante segmento dos alimentos funcionais, sendo os primeiros nesta categoria de alimentos. Os leites fermentados são os produtos de escolha pela indústria alimentícia como veículo de culturas probióticas e adição de ingredientes prebióticos, sendo considerados comercialmente os principais alimentos que contém estes compostos”. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA), através da Resolução nº 5, de 13 de Novembro de 2000, entende-se por leite fermentado “o produto resultante da fermentação do leite pasteurizado ou esterilizado, que se realiza com um ou vários dos seguintes cultivos: Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus casei. Bifidobacterium sp. Streptococus salivarius subsp thermophilus e/ou outras bactérias acidolácticas que por sua atividade contribuem para a determinação das características do produto final”. O leite fermentado é um produto obtido através da fermentação láctica do leite pasteurizado. Durante sua produção, ocorre diminuição do pH do leite utilizado e também sua coagulação. Por conter probióticos, é considerado um alimento funcional. Os probióticos são microrganismos vivos capazes de inibir bactérias indesejáveis e nocivas à saúde intestinal. Devido à isso, a ingestão frequente de alimentos contendo probióticos ajuda no equilíbrio da flora intestinal, facilita a digestão e também a absorção de nutrientes. Outra vantagem do leite fermentado em relação à outros produtos lácteos é que seu consumo pode ser realizado por pessoas intolerantes à lactose, pois no processo de fermentação do leite, as bactérias lácticas decompõem este açúcar em glucose e galactose para obter energia. 2. DESCRIÇÃO DO PROCESSO 2.1 RECEPÇÃO DA MATÉRIA PRIMA O leite é transportado até a indústria em caminhões com tanques isotérmicos, onde deve ser mantido refrigerado até temperatura não superior a 4ºC. O tempo transcorrido entre a ordenha do leite na propriedade rural e seu recebimento na indústria não deve ultrapassar 48h (quarenta e oito horas). Ao chegar na indústria, o leite é coletado através de um sistema fechado, com auxílio de mangueira coletora constituída de material atóxico e internamente lisa. O recebimento deve ser supervisionado pelo funcionário encarregado da coleta, que deve ser treinado em práticas de higiene, análises preliminares do produto e coleta de amostras, sendo que a ele cabe rejeitar o leite que não atender às exigências mínimas. O funcionário deve anotar a temperatura do leite recebido e realizar a prova de alizarol na concentração mínima de 72% v/v (BRASIL, 2002). Além disso, uma amostra do leite deve ser retirada para ser submetida à análise laboratorial. 2.2 CLARIFICAÇÃO A clarificação é um processo de eliminação de impurezas, como células epiteliais, células somáticas, bactérias mortas ou qualquer outra partícula que esteja em suspensão, visando obter um leite com maior qualidade e melhor aspecto. Esse processo é realizado por uma centrífuga clarificadora, mostrada na Figura 1. O leite entra pela parte inferior do equipamento e sai clarificado pela parte superior. Esta centrífuga é dotada de discos onde são depositadas as impurezas. Figura 1 - Clarificadora centrífuga 2.3 PADRONIZAÇÃO DA GORDURA E DOS SÓLIDOS TOTAIS O leite recebido pela indústria possui conteúdo de gordura variável entre 3 a 4%. Para que as especificações fixadas pela legislação sejam atendidas, é necessário regular o teor de gordura e sólidostotais. Este processo é realizado através de desnatadeiras centrífugas, onde a gordura do leite é separada por meio da centrifugação. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA), através da Instrução Normativa nº 46, de 23 de Outubro de 2007 o leite fermentado é considerado desnatado quando sua base láctea tem no máximo 0,5g/100g de matéria gorda. 2.4 HOMOGENEIZAÇÃO A homogeneização tem como função reduzir o tamanho dos glóbulos de gordura em frações menores, para evitar que ocorra a subdivisão do leite em fases durante a fermentação ou armazenamento. Esse processo ocorre no homogeneizador, onde, por meio da aplicação de uma pressão elevada, a passagem do leite é forçada por um pequeno orifício chamado válvula de homogeneização. Para que o processo seja efetivo, o leite deve ser pré aquecido em temperaturas entre 50 e 60ºC, para garantir que toda a gordura no interior dos glóbulos esteja na forma líquida e seja mais facilmente reduzida. 2.5 TRATAMENTO TÉRMICO O tratamento térmico utilizado na produção do leite fermentado é a pasteurização. Este processo visa a eliminação da população de bactérias patogênicas e deteriorantes do leite, garantindo condições higiênico-sanitárias adequadas e também evitando a competição entre microrganismos durante a fermentação. Além disso, segundo Filho (2010, p. 104), a pasteurização “é também essencial para o desenvolvimento da estrutura característica dos produtos lácteos fermentados”. O leite é aquecido a 90-95ºc por 15 min. em um trocador de calor de placas. 2.6 INOCULAÇÃO E FERMENTAÇÃO Após sofrer tratamento térmico, é necessário resfriar o leite até 42-43ºC, para que ele possa receber a cultura láctica. Antes da adição do inoculo, é feita a adição de açúcar, que além de proporcionar sabor ao produto, irá conferir a cor caramelizada característica do leite fermentado e também irá ajudar no processo fermentativo. Em seguida, ocorre adição da cultura láctica de Lactobacillus acidophilus. Então, é necessário que seja realizado uma homogeneização para distribuir o microrganismo no leite. A fermentação irá ocorrer a uma temperatura que pode variar entre 42 a 43ºC, durante 3 a 6 horas. Ao final do processo fermentativo, é necessária a realização da quebra do coágulo formado para obtenção do produto líquido. Esse tratamento físico ocorre no próprio tanque de fermentação. 2.7 ENVASE O produto finalizado sai dos tanques de fermentação e através de tubulações, é enviado para o setor de envase. As embalagens do produto são adquiridas na forma de pastilhas, e devem passar por uma sopradora para serem modeladas. Esse processo ocorre através do pré- aquecimento da pastilha em temperatura onde o plástico se mantenha elástico e amorfo, seguido de estiramento e sopro de ar, dentro de um molde que tem a forma da embalagem do produto. Em seguida, o produto é envasado e recebe tampas de alumínio para sua vedação. A Figura 2 mostra como o processo corre dentro da sopradora. Figura 2 - Processo de formação da embalagem do produto 2.8 ARMAZENAMENTO Após o envase do produto nas embalagens, estas devem ser armazenadas em temperatura de refrigeração de 5ºC a 10ºC, para evitar a ocorrência de reações bioquímicas provenientes das atividades metabólicas das culturas lácticas e microrganismos contaminantes que possam ter resistido ao tratamento térmico. O produto deve ser mantido refrigerado desde sua fabricação até o momento de sua venda. Para isso, devem ser utilizados veículos refrigerados para seu transporte e uso de gôndolas refrigeradas nos locais de distribuição. 2. DIAGRAMA DE FLUXO QUALITATIVO A identificação dos Pontos Críticos e Pontos Críticos de Controle do processo foi estabelecida de acordo com o seguinte diagrama: Fonte: Embrapa, 2004. De acordo com Ribeiro-Furtini e de Abreu (2006), Ponto Crítico de Controle (PCC) é “qualquer ponto, etapa ou procedimento no qual se aplicam medidas preventivas para manter um perigo identificado sob controle, com objetivo de eliminar, prevenir ou reduzir os riscos à saúde do consumidor”. O PCC deve ser estabelecido em um processo quando há risco significativo da ocorrência de um perigo que afete diretamente a saúde pública. Ainda segundo esses autores, Ponto de Controle (PC) é “qualquer ponto, etapa ou procedimento no qual fatores biológicos, químicos ou físicos podem ser controlados, prioritariamente por programas e procedimentos de pré-requisitos”, como as Boas Práticas de Fabricação (BPF) e Procedimentos Padrões de Higiene Operacional (PPHO). Ou seja, é qualquer ponto onde a ausência de controle não irá causar um perigo que coloque a saúde do consumidor em risco. Após identificação destes pontos, eles foram classificados em perigos físicos, químicos ou biológicos. Os perigos físicos compreendem quaisquer materiais estranhos que podem causar injúrias, como pedaços de vidro, madeira, osso, fio de cabelo; os químicos incluem pesticidas, sanitizantes, detergentes, metais pesados, antibióticos e resíduos de produtos químicos; já os biológicos têm como exemplo bactérias patogênicas e deteriorantes que não fazem parte da microbiota do alimento, vírus, parasitas e toxinas produzidas por estes microrganismos. A Tabela a seguir mostra detalhadamente os tipos de perigo identificados em todo o processo, bem como as medidas de controle que devem ser adotadas para evitar que eles ocorram: Etapa do Processo Identificação Tipo de perigo Justificativa Medida de controle Recebimento do leite PC 1 F: presença de diversos tipos de corpos estranhos (vidro, metal, plástico, papel etc.) Descuido na colheita e transporte do leite Verificação e controle da higiene das instalações produtoras de leite, do meio de transporte e dos equipamentos utilizados Q: resíduos de antibióticos Má higiene dos equipamentos B: presença de microrganismos Tratamento térmico PCC 1 B: sobrevivência de microrganismos Tempo e temperatura inadequados Verificação e controle da temperatura constantemente Inoculação e fermentação PCC 2 B: multiplicação do número de microrganimos de forma anormal Tempo, higiene ou temperatura inadequados Verificação da temperatura Envase PCC 3 Q: recipiente contaminado por produtos químicos Má higiene e má esterilização do equipamento e/ou contaminação das pastilhas de embalagem Contatar fornecedor dos recipientes B: recipiente contaminado por microgranismos Presença de agentes infecciosos nas pastilhas de embalagem Esterilização e higienização do recipiente Estocagem PC 2 B: proliferação de microganismos Não há controle de temperatura e tempo de armazenamento do produto final Manutenção de temperatura adequada e controle da rede do frio 4. ORGANOGRAMA Diretoria Gerência Administrativa Jurídico Financeiro Marketing Gestão de Pessoas Gerência de Produção Controle de Qualidade Laboratório de Análises Produção Matéria Prima 5. LAYOUT DA EMPRESAREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANJO, D. L. C. Alimentos funcionais em angiologia e cirurgia vascular. Jornal Vascular Brasileiro. v. 3, n. 2, p. 145- 154, 2004. BURITI, F. C. A.; SAAD, S. M I.. Bactérias do grupo Lactobacillus casei: caracterização, viabilidade como probióticos em alimentos e sua importância para a saúde humana. Archivos Latinoamericanos de Nutricion, v. 57, n. 4, p.373-380, out. 2007. BRASIL. Ministério da Agricultura. Instrução Normativa n° 51 de 18 de set. de 2002. Regulamento Técnico da Coleta de Leite Cru Refrigerado e Seu Transporte a Granel. Diário Oficial da União, 20 de setembro de 2002, Seção 1, p. 13. COSTA, M. P; BALTHAZAR, C. F.; MOREIRA, R. V. B. P.; DA CRUZ, A. G.; JÚNIOR, C. A. C. Leite Fermentado: Potencial Alimento Funcional. Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v. 9, n. 16, p.1387, jul. 2013 EMBRAPA. Manual de Boas Práticas Agrícolas e Sistema APPCC. Brasília: EMBRAPA/SEDE, 101 p., 2004. FILHO, W. G. Bebidas Não Alcoólicas. 1. ed. São Paulo: Blucher, 2010. RIBEIRO-FURTINI, L.; DE ABREU, L. R. Utilização de APPCC na indústria de alimentos. Ciênc. agrotec, Lavras, v. 30, n. 2, p. 358-363, mar./abr., 2006. MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.1 de9 Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.2 de9 Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) SUMÁRIO 1. BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO ................................................................................. 3 2. POLÍTICA DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO .......................................................... 4 3. A EMPRESA ....................................................................................................................... 5 3.1 Histórico ........................................................................................................................... 5 3.2 O Produto ......................................................................................................................... 5 3.3 Fornecedores ................................................................................................................... 6 4. PROCEDIMENTOS ............................................................................................................ 8 MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.3 de9 Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) 1. BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Desde o recebimento da matéria prima até a distribuição final para o consumidor, as indústrias devem seguir boas práticas de fabricação que irão garantir que seu produto está livre de qualquer tipo de contaminante que possa ser nocivo à saúde pública. Como não existe recall na indústria de alimentos, é necessária a realização de um trabalho que irá prevenir possíveis contaminações. Com base nisso, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) criou uma legislação sanitária federal que regulamenta um conjunto de medidas que devem ser adotadas pelas indústrias de alimentos para garantir a qualidade sanitária e a conformidade de seus produtos com os regulamentos técnicos. Essas medidas são chamadas de Boas Práticas de Fabricação (BPF) e podem ser encontradas na Resolução RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004 e na Portaria SVS/MS nº 326, de 30 de julho de 1997. Ainda de acordo com a ANVISA, Manual de Boas Práticas é um documento que descreve as operações realizadas pelo estabelecimento, e deve incluir os requisitos higiênico- sanitários das edificações, manutenção e higienização das instalações, equipamentos e utensílios, controle da água de abastecimento, controle integrado de vetores e pragas urbanas, capacitação profissional, controle da higiene e saúde dos manipuladores, manejo de resíduos e controle e garantia de qualidade do alimento preparado. MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.4 de9 Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) 2. POLÍTICA DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO De acordo com a regulamentação da ANVISA, a Leites Primavera LTDA. desenvolveu um Manual de Boas Práticas que visa definir os procedimentos de qualidade e segurança alimentar, a fim de produzir um alimento que esteja de acordo com as exigências higiênico- sanitárias. A política de Boas Práticas de Fabricação da Leites Primavera LTDA. envolve a participação e comprometimento de todos os funcionários e colaboradores da empresa, e deve ser seguida também pelos visitantes e funcionários de empresas terceirizadas que prestam serviços à empresa. Antes de qualquer pessoa ter acesso às instalações da fábrica, ela deve tomar conhecimento dos procedimentos básicos listados neste Manual e é de extrema importância de que eles sejam seguidos, para que não haja a possibilidade da ocorrência de algum tipo de perigo que coloque o processo produtivo em risco. As boas práticas e procedimentos citados neste Manual devem ser aplicados desde o recebimento do leite, passando pelo processo produtivo, envase, armazenamento e transporte do produto até os locais de distribuição. A elaboração e acompanhamento das boas práticas e procedimentos citados neste Manual são de responsabilidade da equipe de Qualidade. Este Manual deve ser revisado periodicamente pela equipe de Qualidade, e, sempre que necessário, podem ser realizadas alterações, que devem ser registradas e documentadas. MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.5 de9 Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) 3. A EMPRESA Razão Social: Leites Primavera LTDA. CNPJ: 98.241.911/0002-07 Atividade: Fabricação de leite fermentado desnatado adoçado Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial - Ponta Grossa - PR Telefone: (42) 3228 - 2419 3.1 Histórico A LEITES PRIMAVERA LTDA. iniciou suas atividades em 2016, na cidade de Ponta Grossa (PR), e é formada por quatro amigos, que se conheceram ainda na faculdade. A indústria trabalha com a produção de leite fermentado e busca garantir ao consumidor um produto seguro e com alta qualidade, que pode ser consumido por todas as faixas etárias e sem restrição. 3.2 O Produto A LEITES PRIMAVERA LTDA. produz leite fermentado pronto para consumo, comercializado em um pack de embalagem com 6 unidades contendo 75g cada. O leite fermentado Naturalisé um alimento à base de leite desnatado e fermentado por Lactobacillus acidophilus.MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.6 de9 Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) 3.3 Fornecedores FORNECEDORES DE LEITE Castrolanda Cooperativa Agroindustrial Endereço: Praça dos Imigrantes, 03, Colônia Castrolandia. Castro - PR. Telefone: (42) 3234-8000 Frísia Cooperativa Agroindustrial Endereço: Av. dos Pioneiros, 2324, Carambeí – PR. Telefone: (42) 3231-9000 Capal Cooperativa Agroindustrial Endereço: Rua Saladino de Castro, 1375. Arapoti - PR. Telefone: (43) 3512-1000 FORNECEDORES DE MICROORGANISMOS LIOFILIZADOS Chr-Hansen Endereço: Rod. Visconde de Porto Seguro, 2860, Joapiranga. Valinhos - SP. Telefone: (19) 3881-8300 Fermentec Endereço: Av. Antônia Pazzinato Sturion, 1155, Jardim Petrópolis. Piracicaba - SP. Telefone: (19) 2105-6100 bio Boa Vista Endereço: Rua Hum, 437, Jd. Novo Espírito Santo. Valinhos - SP. Telefone: (19) 3849-7499 MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.7 de9 Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) FORNECEDORES DE MATERIAIS DE HIGIENE E LIMPEZA Forward Química - Comércio de Materiais de Limpeza e Higiene. Endereço: Av. José Carlos Gomes, Quadra 29-A, Dist. Industrial. Ponta Grossa –PR. Telefone: (42) 3228-1919 Kalyoeste - Comércio de Produtos de Higiene e Limpeza. Endereço: Rua Visconde de Porto Alegre, 730, Nova Rússia. Ponta Grossa – PR. Telefone: (42) 3236-0667 Forward.com - Comércio de Materiais de Limpeza e Higiene. Endereço: Av. José Carlos Gomes, 1200. Ponta Grossa – PR Telefone: (42) 3225-6027. FORNECEDORES DE E.P.I. Florestal EPI's - Loja de Equipamento de Proteção Individual. Endereço: Av. General Carlos Cavalcanti, 1853, Uvaranas. Ponta Grossa - PR. Telefone: (42) 3226-7732 Burgardt – Comércio de Equipamentos de Proteção Individual e de Segurança. Endereço: Av. Visconde de Mauá, 608 - Boa Vista. Ponta Grossa – PR. Telefone: (42) 3027-8400 G-Seg – Equipamentos de Segurança e Proteção Individual. Endereço:R. Balduíno Taques, 1363 - Contorno. Ponta Grossa – PR Telefone: (42) 3025-4011. MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.8 de9 Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) EMPRESA CONTRATADA DE MEDICINA DO TRABALHO MedVitae – Medicina do Trabalho Endereço: R. Coronel Dulcídio, 1085, Centro. Ponta Grossa - PR. Telefone: (42) 3028-1377 EMPRESA CONTRATADA DE CONTROLE DE PRAGAS E VETORES Defensive Controle de Pragas e Vetores. Endereço: Av. General Carlos Cavalcanti, 1334, Uvaranas. Ponta Grossa - PR. Telefone: (42) 3027-1134 4. PROCEDIMENTOS A Portaria 1428 do Ministério da Saúde (MS), Brasil (1993), delimita Boas Práticas de Fabricação como normas e procedimentos que visam atender a um determinado padrão de identidade e qualidade de um produto ou serviço e que consiste na apresentação de informações referentes aos seguintes aspectos básicos: a) Padrão de Identidade e Qualidade PIQ; b) Condições Ambientais; c) Instalações e Saneamento; d) Equipamentos e Utensílios; e) Recursos Humanos; f) Tecnologia Empregada; g) Controle de qualidade; h) Garantia de Qualidade; i) Armazenagem; j) Transporte; k) Informações ao Consumidor; l) Exposição / Comercialização; m) Desinfecção / Desinfestação (RIBEIRO-FURTINI,1996). A implantação das Boas Práticas de Fabricação (BPF) representa o primeiro passo a ser dado por uma indústria de alimentos para executar uma produção segura e de qualidade. MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.9 de9 Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) Os procedimentos listados abaixo fazem parte do programa de Boas Práticas de Fabricação: BPF 01 - Projeto de Edificações e Instalações BPF 02 - Programa de Qualidade de Água BPF 03 - Recebimento de Matéria Prima e Estocagem BPF 04 - Qualidade Microbiológica BPF 05 - Higiene e Saúde dos Colaboradores BPF 06 - Controle Integrado de Pragas BPF 07 - Procedimentos de Limpeza BPF 08 - Produtos Químicos BPF 09 - Capacitação e Conscientização BPF 10 - Registros e Documentos PPHO 01 - Potabilidade da água PPHO 02 - Higiene das superfícies de contato com o produto PPHO 03 - Prevenção da contaminação cruzada PPHO 04 - Higiene pessoal dos colaboradores PPHO 05- Proteção contra contaminação do produto PPHO 06 - Agentes Tóxicos PPHO 07 - Saúde dos Colaboradores PPHO 08 - Controle integrado de pragas BPF - BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Page 1 of 12 Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) SUMÁRIO BPF 01 - Edificações e Instalações ............................................................................................ 2 BPF 02 - Programa de Qualidade de Água ................................................................................ 4 BPF 03 - Recebimento de Matéria Prima e Estocagem ............................................................. 5 BPF 04 - Qualidade Microbiológica ............................................................................................ 6 BPF 05 - Higiene e Saúde do Colaboradores ............................................................................ 7 BPF 06 - Controle Integrado de Pragas ..................................................................................... 8 BPF 07 - Procedimentos de Limpeza ......................................................................................... 9 BPF 08 - Produtos Químicos .....................................................................................................10 BPF 09 - Capacitação e Conscientização .................................................................................11 BPF 10 - Registros e Documentos ............................................................................................12 BPF - BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Page 2 of 12 Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) BPF 01 - Edificações e Instalações A área externa deve apresentar piso resistente e sem rachaduras, e deve possuir sistema de drenagem de água adequada, a fim de evitar a formação de poças d’água. Os equipamentos em desuso devem estar em local adequado e coberto, e devem ser mantidos limpos e organizados. O depósito de lixo deve ser identificado, coberto, com ausência de vazamento e não deve ser localizado próximo à área de recebimento de matéria prima, a fim de se evitar contaminação física, química ou biológica.A área da fábrica deve ser limitada por uma cerca ou muro que impeça a entrada de animais domésticos e de grande porte. O acesso à área interna da fábrica deve ser pavimentado, limpo, adequado e dividido por segmentos, não coincidindo com a área de recebimento de matéria prima. Caso existam janelas, estas devem ser protegidas com telas, para evitar o acesso de animais. O teto deve ser de cor clara, liso, impermeável, de fácil limpeza e sempre mantido em bom estado de conservação, sem presença de mofos e umidade. As paredes devem ser de material liso, resistente, lavável, de cor branca e não podem apresentar rachaduras. Os ralos devem ser sifonados, mantidos sempre limpos e funcionais, e devem ser providos de sistema de fechamento manual para impedir entrada de pequenos insetos. A iluminação deve ser adequada ao local e deve haver proteção para o caso de quebra. BPF - BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Page 3 of 12 Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) As instalações sanitárias devem ser providas de pia, vaso sanitário e vestiários em quantidade compatível com o número de funcionários da empresa e em estado de conservação adequado. As portas e lixeiras devem ser dotadas de fechamento automático, a fim de se evitar o contato dos manipuladores com sua superfície. Nos lavatórios, devem haver produtos destinados à higiene pessoal (papel higiênico, água corrente, sabonete líquido, anti-séptico, papel toalha), bem como avisos com procedimentos para lavagem correta das mãos. Todos os ambientes de trabalho devem possuir temperatura adequada e confortável para os manipuladores, sendo que o sistema de circulação de ar deve ser limpo periodicamente e estar em boas condições. Todos os ambientes devem possuir controle integrado de pragas e vetores, dotado de um sistema de medidas adequado e registros. Caso seja necessário, pode haver contratação de empresa terceirizada para realização deste controle. A higienização das instalações deve ser feita por funcionários capacitados, com procedimentos e frequência de higienização documentados. Os produtos e utensílios utilizados devem ser regularizados pelo Ministério da Saúde e devem ser guardados em local adequado. A câmera fria deve apresentar estantes afastadas das paredes e não deve haver excesso de mercadoria, a fim de facilitar a circulação de ar frio. O controle de temperatura deve ser feito três vezes ao dia, sendo registrado em planilhas. As paredes e o teto devem ter ausência de mofo. Devem haver EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) em quantidade suficiente ao número de funcionários. BPF - BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Page 4 of 12 Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) BPF 02 - Programa de Qualidade de Água A empresa deve realizar análises periódicas a fim de se averiguar a qualidade e a potabilidade da água de abastecimento utilizada na indústria, para garantir segurança e adequação dos alimentos produzidos. O fornecimento da água pode ser proveniente da rede pública ou da rede de abastecimento próprio da indústria, oriundo de manancial subterrâneo ou de superfície. A empresa deve dispor de instalações apropriadas para o tratamento, armazenamento e distribuição da água, quando necessário. BPF - BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Page 5 of 12 Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) BPF 03 - Recebimento de Matéria Prima e Estocagem A empresa deve avaliar a matéria prima quanto aos critérios qualitativos pré determinados para o determinado produto recebido. O leite recebido deve apresentar uma aparência de cor branca leitosa, um odor característico e consistência de um líquido homogêneo. A temperatura do leite recebido não pode ser maior que 4ºC. Caso o produto não atenda as exigências pré determinadas, os mesmos devem ser devolvidos imediatamente ou separados dos demais, identificados como produtos de devolução e armazenados separadamente para posteriormente serem devolvidos ou substituídos. As condições de limpeza dos veículos e higiene dos entregadores devem ser satisfatórias. O armazenamento do leite deve ocorrer imediatamente após sua chegada limitando ao máximo seu tempo de permanência a altas temperaturas para evitar possíveis contaminações cruzadas. O leite deve ser armazenado em locais adequados com temperatura de refrigeração (4ºC) até o momento de sua utilização. BPF - BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Page 6 of 12 Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) BPF 04 - Qualidade Microbiológica O controle microbiológico deve ser efetuado desde a obtenção da matéria prima até a distribuição final do produto. Testes bacteriológicos, como a contagem de bactérias mesófilas, devem ser empregados no controle microbiológico. A qualidade na indústria de alimentos está diretamente ligada ao sistema de Análise e Perigos e Pontos Críticos de Controle – APPCC. Doenças como intoxicação e infecção são as doenças veiculadas por alimentos. BPF - BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Page 7 of 12 Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) BPF 05 - Higiene e Saúde do Colaboradores Os colaboradores que apresentarem feridas, cortes, machucados, problemas de saúde ou portadores de enfermidades contagiosas são instruídos a avisarem ao supervisor para serem afastados do contato direto com os alimentos e assim evitar possíveis contaminações e consequentemente transmitir bactérias aos consumidores. Durante a manipulação dos alimentos, é devidamente proibido o uso de adornos como, anéis, alianças, colares, pulseiras, brincos e outros objetos pessoais, bem como manter as unhas cortadas, cabelos presos, apresentando assim uma higiene adequada no trabalho. Todos os colaboradores devem tomar banho todos os dias da semana, usar uniformes de cor clara sendo eles lavados e trocados diariamente, além de usar sapatos fechados em bom estado de conservação, meias e touca protetora. É proibido carregar dinheiro, canetas e celulares no uniforme. Os procedimentos corretos da lavagem das mãos devem ser rigorosamente seguidos no início do trabalho, imediatamente após o uso do sanitário, após o contato com o material contaminado e todas as vezes que for necessário. Os procedimentos devem ficar fixados nas paredes próximas do lavatório. Algumas práticas devem ser evitadas pelos colaboradores como tossir, espirrar, comer dentro da área de processamento, mascar chicletes, fumar, entre outras práticas que possamcontaminar o ambiente e os alimentos. Os manipuladores devem ser orientados quanto ao uso correto e a importância dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI). BPF - BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Page 8 of 12 Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) BPF 06 - Controle Integrado de Pragas A empresa especializada, juntamente com os responsáveis, devem analisar todo o ambiente físico onde se desenvolve a produção do alimento para verificar se existem falhas estruturais que podem facilitar a atração, o abrigo, o acesso e a proliferação de vetores e pragas urbanas que possam comprometer a qualidade sanitária dos alimentos. Medidas preventivas devem ser tomadas pela empresa para impedir maiores problemas na contaminação dos alimentos, utensílios e equipamentos. BPF - BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Page 9 of 12 Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) BPF 07 - Procedimentos de Limpeza A limpeza tanto dos equipamentos quanto do ambiente é condição fundamental para garantir a qualidade do produto final, uma vez que leite fermentado é um produto rico em nutrientes para o desenvolvimento de microrganismos. As duas etapas para a higienização do ambiente e dos equipamentos consistem na limpeza e na santificação. As etapas de limpeza são subdivididas em pré-lavagem, lavagem, enxágue e santificação. Os utensílios devem ser bem lavados com água corrente e sabão, enxaguados com água quente e sanitizados diariamente e após seu uso. Os procedimentos de limpeza e sanitização da empresa, dos equipamentos e utensílios utilizados devem ser feitos com agentes de limpeza em suas devidas concentrações e diluições. A empresa deve estabelecer um cronograma, os métodos e a frequência de limpeza, por exemplo: por turno ou a cada processo. Essa operação deve ser monitorada e controlada por responsável técnico. Os detergentes e sanitizantes devem ser armazenados em local específico e identificados fora da área de processamento. BPF - BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Page 10 of 12 Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) BPF 08 - Produtos Químicos Os produtos químicos utilizados na indústria devem ser identificados e mantidos em local separado, longe da área de armazenamento de matéria prima e produto final, para evitar ocorrência de contaminação cruzada. Para cada tipo de produto químico, devem ser mantidas Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ), contendo dados da empresa fornecedora, classificação do perigo do produto e sua composição. Além disso, na área de armazenamento destes produtos, devem conter pictogramas que alertem aos funcionários o grau de periculosidade com o qual estão expostos e medidas de prevenção em caso de contato acidental. BPF - BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Page 11 of 12 Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) BPF 09 - Capacitação e Conscientização Os profissionais que trabalham no preparo de alimentos (manipulação e processamento) devem ser treinados, instruídos e capacitados periodicamente por meio de mecanismos que possibilitem a transmissão dos conceitos importantes sobre as técnicas operacionais e de informações sobre o controle higiênico-sanitário, para a devida conscientização profissional e sua mudança comportamental. Os colaboradores são um dos grandes responsáveis pela contaminação dos alimentos, com isso, eles devem ser conscientizados sobre os riscos que eles mesmos podem transmitir aos consumidores. BPF - BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Page 12 of 12 Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) BPF 10 - Registros e Documentos A documentação técnica deve ser composta por vários documentos relacionados a todo processo para obtenção do produto. Toda atividade executada na fabricação de um produto deve conter visto e data, com isso, a responsabilidade sobre os processos realizados é garantido pela empresa, bem como a rastreabilidade da fabricação do produto. A documentação é considerada parte essencial do Sistema de Garantia da Qualidade e deve estar relacionada com todos os aspectos da BPF. A empresa deve fornecer registros e documentos para definir as especificações dos materiais e os métodos de fabricação e controle, a fim de assegurar que os colaboradores envolvidos na fabricação saibam decidir o que fazer e quando fazê-lo. Além disso, tem a finalidade de garantir que o colaborador autorizado tenha todas as informações necessárias para decidir a liberação ou não de determinado lote, além de possibilitar a rastreabilidade e a investigação de qualquer lote sob suspeita de desvio de qualidade. Todos os documentos devem estar reunidos, acessíveis, constituindo o registro do lote de fabricação. PROCEDIMENTOS PADRÕES DE HIGIENE OPERACIONAIS Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.1 de 53 ‘ Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) SUMÁRIO (PPHO 01) - Potabilidade da água ............................................................................................. 2 (PPHO 02) - Higiene das superfícies de contato com o produto ................................................ 7 (PPHO 03) – Prevenção da contaminação cruzada ..................................................................17 (PPHO 04) – Higiene pessoal dos colaboradores .....................................................................22 (PPHO 05) - Proteção contra contaminação do produto ...........................................................29 (PPHO 06) - Agentes Tóxicos ...................................................................................................35 (PPHO 07) - Saúde dos Colaboradores ....................................................................................40 (PPHO 08) - Controle Integrado de Pragas ...............................................................................46 PROCEDIMENTOS PADRÕES DE HIGIENE OPERACIONAIS Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.2 de 53 ‘ Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) (PPHO 01) - Potabilidade da água 1. Objetivo Estabelecer procedimentosa serem adotados a fim de se garantir a qualidade e potabilidade da água que entra em contato direto com o alimento, mantendo-se as condições higiênico-sanitárias do reservatório de água. 2. Documentos de Referência ● Portaria n.º 518, de 25 de março de 2004 - Ministério da Saúde ● RDC n° 216, de 15 de setembro de 2004 - Agência Nacional de Vigilância Sanitária ● RDC nº 275, de 21 de outubro de 2002 - Agência Nacional de Vigilância Sanitária 3. Campo de Aplicação Este documento se aplica ao reservatório de água e também a todos os setores que apresentam saída de água. 4. Definições Higienização: operação que compreende duas etapas, a limpeza e a desinfecção Desinfecção: operação de redução, por método físico e ou agente químico, do número de microrganismos em nível que não comprometa a qualidade higiênico-sanitária do alimento. Limpeza: operação de remoção de substâncias minerais e ou orgânicas indesejáveis, tais como terra, poeira, gordura e outras sujidades PROCEDIMENTOS PADRÕES DE HIGIENE OPERACIONAIS Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.3 de 53 ‘ Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) 5. Responsabilidades O responsável pelo departamento de qualidade deve acompanhar e assegurar o cumprimento da higienização do reservatório, garantindo condições higiênico-sanitárias do mesmo e potabilidade da água. 6. Descrição A LEITES PRIMAVERA LTDA. utiliza somente água potável, com uma concentração de 2 miligramas de cloro por litro, e que tenha passado por tratamentos físicos para retirada de sujeiras. 6.1. Higienização das caixas d’água e reservatórios Programar a limpeza com antecedência, preferencialmente em dias que a fábrica não estiver funcionando. Fechar o sistema de alimentação de água. Esvaziar o reservatório. Feche a saída. Remover as sujidade do fundo do reservatório. Lavar as paredes e o fundo do reservatório com água e auxilio de utensílios como vassoura, rodos, escovas, de uso exclusivo para este fim. Abra a saída e retire toda a sujidade com água corrente. Preparar a solução desinfetante, diluindo 1 litro de água sanitária em 5 litros de água, para cada 1000 litros de capacidade do reservatório. Espalhe a solução no fundo e nas paredes do reservatório, com auxilio de broxas e panos quando necessário. PROCEDIMENTOS PADRÕES DE HIGIENE OPERACIONAIS Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.4 de 53 ‘ Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) Deixar a solução agir por 30 minutos. Após o tempo, enxágue o reservatório com água corrente para retirada de todo os resíduos de desinfetante. Esgotar toda a água acumulada. Fechar o reservatório e vedar corretamente para evitar entrada de agentes contaminantes. Chamar um membro do departamento da qualidade para inspecionar a atividade. Anotar nos documentos de registros a efetuação da limpeza. 6.2. Controle de qualidade da Água Mensalmente, coletar amostras das principais saídas do sistema e submeter a análises microbiológicas de Contagem Padrão, Coliformes totais e Salmonella, e para critérios físico-químicos, análise de pH e teor de cloro. As análises são realizadas por laboratórios terceirizados. 7. Monitorização O monitoramento da qualidade de água é responsabilidade do departamento da qualidade, por meio da verificação dos registros de limpeza dos reservatórios de água e da análise dos laudos laboratoriais. Para padronização do monitoramento, utiliza-se o Check-list para avaliação das condições de higiene da caixa d’água disposto no Anexo 1 deste PPHO. PROCEDIMENTOS PADRÕES DE HIGIENE OPERACIONAIS Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.5 de 53 ‘ Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) 8. Ações Corretivas Caso algum parâmetro de análise estiver fora do estabelecidos suspender o fornecimento de água até o problema ser solucionado. 9. Verificação O quê? Como? Quando? Quem? Limpeza do reservatório Inspeção visual Semestral Membro do departamento da qualidade Eficiência da limpeza Coleta de água na saída do reservatório Mensal Responsável pelo laboratório de análises Potabilidade da água Coleta de água em pontos aleatórios do processo industrial Mensal Responsável pelo laboratório de análises Especificações técnicas dos produtos de higienização Observação visual Na utilização dos produtos Membro do departamento da qualidade Controle de qualidade da água Análise de dados Mensal Membro do departamento da qualidade PROCEDIMENTOS PADRÕES DE HIGIENE OPERACIONAIS Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.6 de 53 ‘ Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) 10. Registros Identificação Indexação Arquivamento Armazenamento Tempo de retenção Disposição Especificações técnicas dos produtos de higienização Data Pasta de especificações técnicas de produtos químicos Departamento de qualidade 05 anos Lixo reciclável Resultados das análises laboratoriais Data e assinatura Pastas PPHO 01 Departamento de qualidade 05 anos Lixo Reciclável Check-list PPHO 01 Data e assinatura Pastas PPHO 01 Departamento de qualidade 05 anos Lixo Reciclável PROCEDIMENTOS PADRÕES DE HIGIENE OPERACIONAIS Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.7 de 53 ‘ Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) ANEXOS Anexo 1 - Check-list PPHO 01 para avaliação das condições de higiene da caixa d’água e potabilidade da água. HIGIENE DA CAIXA DE ÁGUA N° ITENS OBSERVADOS DURANTE A VISTORIA Sim Não 1 A caixa de água encontra-se limpa? 2 Os produtos utilizados estão de acordo com as especificações técnicas? 3 A higienização foi feita conforme descrito no Manual (PPHO 01)? 4 Os colaboradores receberam treinamento para utilização dos produtos químicos? 5 Os registros de entrada e saída de água estão funcionando perfeitamente? 6 A caixa d’água encontra-se com tampa? 7 A caixa d’água encontra-se em perfeita condições de uso? 8 Os testes laboratoriais de qualidade da água estão satisfatórios? Ações Corretivas Não conformidade Ação Corretiva Assinatura do responsável Obs.: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ Responsável pela verificação: _____________________________ Data: ___/___/___ PROCEDIMENTOS PADRÕES DE HIGIENE OPERACIONAIS Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.8 de 53 ‘ Endereço:Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) (PPHO 02) - Higiene das superfícies de contato com o produto 1. Objetivo Estabelecer procedimentos e parâmetros de higienização das instalações, a fim de garantir a segurança do produto final. 2. Documentos de Referência Portaria nº 1428, de 26 de novembro de 1993 - Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária Portaria nº 321, de 08 de agosto de 1997 - Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária RDC nº 275, de 21 de outubro de 20002 - Agência Nacional de Vigilância Sanitária 3. Campo de Aplicação Este procedimento se aplica aos setores de processamentos, manutenção, compras e engenharia da indústria. 4. Definições Lavagem: Operação que envolve a utilização de água e sabão ou detergentes para melhor remoção das sujidades. Antissepsia: Procedimento empregado para diminuir a quantidade de microrganismos na pele, por meio de agentes químicos, após lavagem, enxágue e secagem das mãos. Saneantes: Substâncias ou preparações destinadas à higienização, desinfecção domiciliar, em ambientes coletivos e/ou públicos, em lugares de uso comum e no tratamento de água. PROCEDIMENTOS PADRÕES DE HIGIENE OPERACIONAIS Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.9 de 53 ‘ Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) Biofilme: Camada de sujidades composta por resíduos de alimentos, microrganismos e seus produtos extracelulares (toxinas), com aderência de material orgânico. Detergentes e seus congêneres: Produtos químicos de ação tensoatrativa usados para remoção das sujidades, poeira, gordura, e resto de alimentos. Alvejante: Solução química, oxidante ou redutora, de ação branqueadora. Esterilizantes: Produtos que possuem em sua composição substâncias microbicidas que apresentam efeito letal para microrganismos esporulados e não esporulados. Desinfetantes: Substâncias microbicidas que apresentam efeito letal para microrganismos esporulados e não esporulados. Assepsia: Processo que evita o retorno da contaminação, seja ela biológica, química ou física. Significa uma conduta de controle aplicada após esterilização, desinfecção ou antissepsia para proteger a superfícies ou os produtos para os quais já foram removidos ou reduzidos os perigos. Desodorizante: Produtos que apresentam na sua formulação substâncias microbioestáticas, capazes de controlar odores desagradáveis oriundos de microrganismos. Não apresenta efeito letal sobre esses, mas inibem seu crescimento e multiplicação. Água sanitária: Soluções aquosa à base de hipoclorito de sódio (ou lítio), com teor de cloro ativo entre 2,0 e 2,5 p/p. 5. Responsabilidades O responsável pelo departamento de qualidade deve acompanhar e assegurar o cumprimento da higienização de acordo com as normas estabelecidas nesse manual. PROCEDIMENTOS PADRÕES DE HIGIENE OPERACIONAIS Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.10 de 53 ‘ Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) 6. Descrição 6.1. Disponibilização dos materiais de higienização Produtos Aplicação Diluição Composição Sanitizante CIP Concentrado Ácido peracético Detergente desengordurante CIP 3L/10L de água Hidróxido de sódio (95%), Gluconato de sódio (5%) Bactericida para as mãos (sabonete líquido) Higienização das mãos Concentrado Etoxilado sulfatado, emoliente Detergente Alcalino Pisos, janelas, áreas de serviço e circulação, banheiros. 200mL/10L de água Hidróxido de sódio, óleo de pinho, cloreto de benzalcônio. Desinfetante domissanitário Pisos de banheiros e salão 1L/20L de água Cloreto de alquil dimetril benzil amônio e água a 50% - 1,7%. Água sanitária Desinfecção de pisos e superfícies que não entrem em contato com o alimento. 100mL/1L de água Cloro ativo de 2,0% a 2,5%. Hipoclorito de sódio, cloreto de sódio e água PROCEDIMENTOS PADRÕES DE HIGIENE OPERACIONAIS Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.11 de 53 ‘ Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) Álcool à 70% Esterilização de utensílios de preparo e de distribuição Concentrado Álcool. 6.2 Aquisição e estocagem dos produtos para higienização Os produtos para sanitização utilizados pela Leites Primavera Ltda. são adquiridos de uma empresa especializada em materiais de higiene e limpeza. O controle/verificação de compra e armazenamento dos produtos é de responsabilidade dos integrantes do departamento da qualidade. Os produtos de higienização são armazenados e identificados no depósito específico para o fim, que situa-se na parte externa da fábrica. Operação é realizada sobre a supervisão de integrantes do departamento da qualidade. 6.3 Limpeza e santificação das instalações e equipamentos A produção do leite fermentado ocorre em linhas de produção de circuitos fechados. Todas as etapas ocorrem em circuitos fechados, no qual o leite é conduzido por tubulações. Por isso, o processo mais adequado para sua higienização é o CIP com alta pressão. A higienização dos equipamentos é realizada pelo sistema Cleaning in Place (CIP), o qual consiste na circulação de soluções de limpeza, detergentes e santificantes, por meio de bombas e uso de “sprays”, através de todas as tubulações e equipamentos. PROCEDIMENTOS PADRÕES DE HIGIENE OPERACIONAIS Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.12 de 53 ‘ Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) O sistema CIP da LEITES PRIMAVERA LTDA. ocorre segundo as etapas descritas abaixo: O solvente (água), adicionado de agentes de limpeza (detergente desengordurante), é bombeado para bicos injetores estrategicamente localizados nos equipamentos, que aplicam jatos pressurizados. Com temperatura, pressão e vazão definidas e controladas no painel de operação pelos operadores. A sequência do processo de higienização CIP é: Etapa Finalidade Enxágue inicial Remoção da sujidade geral Limpeza com detergente Remoção da sujidade residual Enxágue Remoção do detergente Sanificação Eliminar microrganismos residuais Enxágue final Remover soluções residuais 7. Monitorização 7.1 Disponibilização e manutenção das instalações e produtos para higienização. Controle de entrada e saída dos produtos de limpeza, higienização e sanitização do estoque. PROCEDIMENTOS PADRÕES DE HIGIENE OPERACIONAIS Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.13 de 53 ‘ Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) 7.2 Eficiência da higienização e sanitização Por meio de análises microbiológicas efetuado pelo controle da qualidade. Os testes seguem os parâmetros estabelecidos pela Instrução Normativa nº 46, de 23 de outubro de 2007 (MAPA). MicrorganismoCritério de aceitação Situação Norma Coliformes/g (30ºC) n = 5 c = 2 m = 10 M = 100 4 FIL73A:1985 Coliformes/g (45ºC) n = 5 c = 2 m < 3 M = 10 4 APHA 1992c.24(1) Bolores e leveduras/g n = 5 c = 2 m = 50 M = 200 2 FIL94B:1990 7.3 Para padronização do monitoramento, utiliza-se o Check-list para avaliação das condições de higiene das superfícies de contato com o produto disposto no Anexo 1 deste PPHO. 8. Ações Corretivas 8.1 Em caso de higienização inadequada, realizar novamente o procedimento de limpeza. PROCEDIMENTOS PADRÕES DE HIGIENE OPERACIONAIS Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.14 de 53 ‘ Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) 9. Verificação O quê? Como? Quando? Quem? Higienização da mangueira coletora de leite Teste de coliformes a 30ºC, coliformes a 45ºC, e bolores e leveduras Diário Membro do controle de qualidade Higienização da centrífuga clarificadora Teste de coliformes a 30ºC, coliformes a 45ºC, e bolores e leveduras Diário Membro do controle de qualidade Higienização da desnatadeira centrífuga Teste de coliformes a 30ºC, coliformes a 45ºC, e bolores e leveduras Diário Membro do controle de qualidade Higienização do homogeneizador Teste de coliformes a 30ºC, coliformes a 45ºC, e bolores e leveduras Diário Membro do controle de qualidade Higienização do pasteurizador Teste de coliformes a 30ºC, coliformes a 45ºC, e bolores e leveduras Diário Membro do controle de qualidade Higienização do tanque de inoculação e fermentação Teste de coliformes a 30ºC, coliformes a 45ºC, e bolores e leveduras Diário Membro do controle de qualidade Higienização da sopradeira Teste de coliformes a 30ºC, coliformes a 45ºC, e bolores e leveduras Diário Membro do controle de qualidade PROCEDIMENTOS PADRÕES DE HIGIENE OPERACIONAIS Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.15 de 53 ‘ Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) 10. Registros Identificação Indexação Arquivamento Armazenamento Tempo de retenção Disposição Especificações técnicas dos produtos de higienização Data Pasta de especificações técnicas de produtos químicos Departamento de qualidade 05 anos Lixo reciclável Registros de Higienização e Sanitização Data e assinatura Pastas PPHO 02 Departamento de qualidade 05 anos Lixo Reciclável Check-list PPHO 02 Data e assinatura Pastas PPHO 02 Departamento de qualidade 05 anos Lixo Reciclável PROCEDIMENTOS PADRÕES DE HIGIENE OPERACIONAIS Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.16 de 53 ‘ Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) ANEXOS Anexo 01 - Check-list PPHO 02 para avaliação das condições de higiene das superfícies de contato com o produto. N° ITENS OBSERVADOS DURANTE A VISTORIA Sim Não 1 Os produtos utilizados estão de acordo com as especificações técnicas? 2 A higienização foi feita conforme descrito no Manual (PPHO 02)? 3 Colaboradores foram treinados para utilização dos produtos químicos? 4 A Higienização da mangueira coletora de leite está adequada? 5 A Higienização da centrífuga clarificadora está adequada? 6 A Higienização da desnatadeira centrífuga está adequada? 7 A Higienização do homogeneizador está adequada? 8 A Higienização do pasteurizador está adequada? 9 A Higienização do tanque de inoculação e fermentação está adequada? 10 A Higienização da sopradeira está adequada? 11 Os testes laboratoriais de controle estão satisfatórios? Ações Corretivas Não conformidade Ação Corretiva Assinatura do responsável Obs.: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ Responsável pela verificação: _____________________________ Data: ___/___/___ PROCEDIMENTOS PADRÕES DE HIGIENE OPERACIONAIS Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.17 de 53 ‘ Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) (PPHO 03) – Prevenção da contaminação cruzada 1. Objetivo Estabelecer procedimentos a serem adotados para prevenir contaminação cruzada, através de objetos, materiais, superfícies ou contato direto da matéria prima, produto intermediário ou produto acabado com outra matéria prima ou produto durante o processo de manipulação. 2. Documentos de Referência RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004. - Agência Nacional de Vigilância Sanitária RDC nº 49, de 31 de outubro de 2013. - Agência Nacional de Vigilância Sanitária PORTARIA SVS/MS nº 326, DE 30 DE JUNHO DE 1997. - Agência Nacional de Vigilância Sanitária 3. Campo de Aplicação Este procedimento se aplica aos setores de processamentos, manutenção compra e engenharia da indústria, bem como aos manipuladores durante o processo. 4. Definições Contaminação cruzada: é a transferência de micróbios patogênicos de um alimento contaminado (normalmente cru) para outro alimento, diretamente ou indiretamente. Esta é a maior causa de intoxicação alimentar, porém tem fácil prevenção. Micróbios Patogênicos: microorganismos que causam doenças. Intoxicação Alimentar: resultado de uma reação à comida ou à água contaminadas durante o preparo, manipulação ou armazenamento dos alimentos. PROCEDIMENTOS PADRÕES DE HIGIENE OPERACIONAIS Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.18 de 53 ‘ Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) 5. Responsabilidade Todos os funcionário são responsáveis por aplicar os requisitos de higiene determinados neste manual. O responsável pelo departamento de qualidade deve implementar acompanhar e assegurar o cumprimento dos procedimentos descritos, estabelecendo quem será responsável pelo manejo adequado. 6. Descrição 6.1 Procedimento Realização de treinamento em Boas Práticas de Manipulação para todo o pessoal que se relacionam com a manipulação, controle de qualidade, incluindo o pessoal técnico de manutenção, limpeza e todos os outros funcionários cuja atividade poderá afetar a qualidade do produto. Equipamentos e áreas destinadas a determinada parte do processamento devem ser exclusivas, sem inversões ou aproveitamento para manuseio de qualquer outro material ou etapa da produção. A área destinada ao armazenamento dos insumos alimentícios deve ter uma localização adequada para facilitar a manutenção, operação, limpeza e sanitização. Como também deve haver espaço suficiente para um fluxo racional de pessoal e de materiais, visando reduzir os riscos de contaminação cruzada. A área destinada ao fracionamento dos insumosalimentícios deve possuir as superfícies interiores (paredes, piso e teto) revestidos de material liso, impermeável, lavável e resistente, livres de juntas e rachaduras, de fácil limpeza e não deve liberar partículas. PROCEDIMENTOS PADRÕES DE HIGIENE OPERACIONAIS Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.19 de 53 ‘ Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) Obedecer aos procedimentos descritos nos PPHO 01, 02 e 04 - Potabilidade da água, Higiene das superfícies de contato com o produto e Higiene pessoal dos colaboradores – é de total importância para a prevenção de qualquer tipo de contaminação cruzada. 7. Monitorização Um avaliador treinado do setor de qualidade deve rever todos os resultados obtidos pelos PPHO 01, 02 e 04. E o monitoramento do fluxo do processo de fabricação e dos equipamentos e utensílios utilizados deve ser realizado por um avaliador treinado em cada setor. Para padronização do monitoramento, utiliza-se o Check-list para avaliação da prevenção de contaminação cruzada disposto no Anexo 1 deste PPHO. 8. Ações corretivas O que? Como? Quando? Quem? Problema quanto à análise dos dados de PPHO 01 Notificação do Responsável pelo PPHO 01. Quando da necessidade Avaliador treinado do setor de Qualidade Problema quanto à análise dos dados de PPHO 02 Notificação do Responsável pelo PPHO 02. Quando da necessidade Avaliador treinado do setor de Qualidade PROCEDIMENTOS PADRÕES DE HIGIENE OPERACIONAIS Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.20 de 53 ‘ Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) Problema quanto à análise dos dados de PPHO 04 Notificação do Responsável pelo PPHO 04. Quando da necessidade Avaliador treinado do setor de Qualidade Falha no fluxo de produção. Ajustar procedimento de produção, reorientando os colaboradores envolvidos e notificar o setor de limpeza e sanitização para procedimento de adequação. Quando da necessidade Avaliador do setor Erro quanto aos equipamentos e utensílios utilizados. Corrigir o erro, reorientando os colaboradores e notificar o setor de limpeza e sanitização para procedimento de adequação. Quando da necessidade Avaliador do setor 9. Verificação O quê? Como? Quando? Quem? PPHO 01 Análise de dados Houver novos resultados Avaliador treinado do setor de qualidade PPHO 02 Análise de dados Houver novos resultados Avaliador treinado do setor de qualidade PROCEDIMENTOS PADRÕES DE HIGIENE OPERACIONAIS Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.21 de 53 ‘ Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) PPHO 04 Análise de dados Houver novos resultados Avaliador treinado do setor de qualidade Fluxo de produção Inspeção Visual Periodicamente Avaliador treinado em cada setor Utilização dos equipamentos e utensílios Inspeção Visual Periodicamente Avaliador treinado em cada setor 10. Registros Identificação Indexação Arquivamento Armazenamento Tempo de retenção Disposição Revisão de dados de PPHO 01 Data Pasta PPHO 03 Departamento de qualidade 05 anos Lixo reciclável Revisão de dados de PPHO 02 Data Pasta PPHO 03 Departamento de qualidade 05 anos Lixo reciclável Revisão de dados de PPHO 04 Data Pasta PPHO 03 Departamento de qualidade 05 anos Lixo reciclável Check-list PPHO 03 Data e assinatura Pastas PPHO 03 Departamento de qualidade 05 anos Lixo Reciclável PROCEDIMENTOS PADRÕES DE HIGIENE OPERACIONAIS Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.22 de 53 ‘ Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) ANEXOS Anexo 01 - Check-list PPHO 03 para avaliação da prevenção de contaminação cruzada. N° ITENS OBSERVADOS DURANTE A VISTORIA Sim Não 1 Os colaboradores receberam treinamento de boas práticas de manipulação? 2 A área destinada ao fracionamento dos insumos alimentícios está adequada? 3 A área destinada ao armazenamento dos insumos alimentícios está adequada? 4 Os procedimentos descritos nos PPHO 01 foram obedecidos? 5 Os procedimentos descritos nos PPHO 02 foram obedecidos? 6 Os procedimentos descritos nos PPHO 04 foram obedecidos? 7 O fluxo do processo de fabricação está sendo seguido rigorosamente? 8 Equipamentos e Utensílios estão sendo utilizados para finalidades pré- estabelecidas 9 Os testes laboratoriais de controle estão satisfatórios? Ações Corretivas Não conformidade Ação Corretiva Assinatura do responsável Obs.: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ Responsável pela verificação: _____________________________ Data: ___/___/___ PROCEDIMENTOS PADRÕES DE HIGIENE OPERACIONAIS Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.23 de 53 ‘ Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) (PPHO 04) – Higiene pessoal dos colaboradores 1. Objetivo Elaborar procedimentos e requisitos de higiene pessoal devendo ser adotados por todos os colaboradores e visitantes com o intuito de evitar possíveis contaminações. 2. Documentos de Referência PORTARIA SVS/MS nº 326, DE 30 DE JUNHO DE 1997 - Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA RDC nº 216, DE 15 DE SETEMBRO DE 2004 – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA PORTARIA nº 368, de 04 de Setembro de 1997. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA 3. Campo de Aplicação Este documento se aplica a todos os colaboradores, sendo eles internos ou externos, e aos visitantes. 4. Definições Manipulador de alimentos: Qualquer pessoa que manipula diretamente alimentos, equipamentos e utensílios para alimentos, e que deve, portanto, cumprir as exigências de higiene. PROCEDIMENTOS PADRÕES DE HIGIENE OPERACIONAIS Data de Criação: 12/01/2016 Data de Revisão: Versão: 01 / Revisão 00 Elaborado por: Revisado por: Pág.24 de 53 ‘ Endereço: Av. Adroaldo José Bombardelli, 36, Distrito Industrial CEP 84043-741 PONTA GROSSA (PR) Visitantes: Os colaboradores do setor administrativo, serviços auxiliares, prestadora de serviços e de outras áreas ou setores que não seja de manipulação de alimentos são considerados visitantes. Contaminação: Presença de substâncias ou agentes estranhos de origem biológica, química ou física que sejam considerados nocivos ou não para saúde dos consumidores. Anti-sepsia: operação que visa a redução de microrganismos presentes na pele em níveis seguros, durante
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