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ENDOCRINOLOGIAENDOCRINOLOGIA @emmanuelpacheco_20 E X C L U S I V E 1 ||| Endocrinologia - Diabetes Mellitus INTRODUÇÃO: A DM é capaz de aumentar em 30-50% o risco do paciente desenvolver outras doenças, o que explica o fato de ser a 6ª maior causa de internações hospitalares e a principal causa de cegueira adquirida e de amputações do MMII, além de ser responsável por 26% das diálises. A DM2 é extremamente silenciosa, quando o paciente vem procurar ajuda é porque observou aquela ferida que não está fechando corretamente, ou quando o homem começa a ter hipotensão sexual e a mulher quando tem as vulvovaginites de repetição A diabetes é, portanto, uma doença crônica que leva ao aumento da glicemia por ausência da produção ou falha da ação da insulina, ou do hormônio responsável pela entrada da glicose nas células do organismo. O controle da obesidade e intervenções em hipertensão arterial, dislipidemia e sedentarismo previnem o surgimento de diabetes tipo 2 e evitam doenças cardiovasculares. O controle adequado das glicemias, da pressão arterial e dos níveis de lípides circulantes pode reduzir os riscos de complicações crônicas do DM. AÇÕES DA INSULINA: • Diminuição da gliconeogênese; • Aumento da síntese de glicogênio; • Aumento da lipogênese • Aumento da captação de glicose; • Aumento da síntese de glicogênio • Aumento de síntese proteica • Aumentar da lipogênese • Diminuição da lipólise POTENCIALIZADORES DE RISCO DE CV EM PACIENTES DIABÉTICOS: • Idade (quanto mais velho mais fácil); • Sexo; • Sobrepeso/obesidade; • Hipertensão; • Dislipidemia; • Fumo; • História familiar de DAC prematura; • Doença renal crônica; • Presença de albuminúria; • Doenças como pré-eclâmpsia, doenças inflamatórias como artrite reumatóide; • Etnicidade; É grande e significante a quantidade de pacientes que chegam ao hospital infartando e ao tirar a glicemia (estando acima de 500) descobre que é diabético. Visto que é uma doença silenciosa. FISIOLOGIA: • A insulina é produzida pelas células beta; • Após a refeição a taxa do hormônio cresce muito, formando um pico = estado pós prandial; • Glicose entra nas células beta através da proteína GLUT-2 = estimula secreção da insulina; • Após as refeições também se sabe que o corpo produz INCRETINAS (peptídeos gastrointestinais) = GLP-1 e GIP = aumenta a resposta pancreática à glicose e, por isso, libera mais insulina. • Essa insulina vai se ligar com seu receptor e induzir translocação com proteínas GLUT-4 para membrana plasmática. • GLUT-4 serve de canal para a glicose aderir a célula. A glicose precisa entrar na célula porque isso que permite a GLICÓLISE, esse processo é a principal fonte de energia para atividades celulares. Por causa disso, os hepatócitos conseguem pegar o excesso de glicose e armazená-lo sob forma de glicogênio (gliconeogênese). A insulina estimula parte desse excedente de glicose para o processo conhecido como LIPOGÊNESE. falha na produção/ação de insulina aumento de açúcar no sangue aumento da glicemia diabetes Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 2 ||| O processo de lipogênese consiste em transformar o ácido graxo para que se direcione aos adipócitos onde vai ser transformado em TRIGLICERÍDES. CONTRAINSULÍNICOS: atuam sobre os lipídios estimulando a lipólise (quebra o trigliceríde para liberar ácido graxo que irão ser utilizados como fonte de energia da beta-oxidação). GLUCAGON: produção célula alfa ADRENALINA: produção medula suprarrenal CORTISOL: produção córtex suprarrenal GH: produção na adenohipófise A insulina é estimulada pela hiperglicemia retirando glicose do sangue; o glucagon é estimulado na hipoglicemia (jejum) a aumentar os níveis de glicose no sangue (por isso é um hormônio hiperglicemiante. É importante lembrar que a função tanto do glucagon e da insulina é manter constante o nível da glicose. Tanto uma hiperglicemia quanto uma hipo afetam o funcionamento dos neurônios e, por isso, a gente deve buscar sempre manter um nível glicêmico constante. Dessa forma, precisamos entender que o diabético vai sempre se comportar como se estivesse no estado de jejum. TIPOS DE DIABETES: DIABETES MELLITUS TIPO 1: Temos a destruição autoimune das células beta e que pode ocorrer num estágio que vai evoluindo em 6 estágios. A única forma de tratamento é a reposição da insulina. O corpo produz pouca ou nenhuma insulina, comum aparecer em menores de 20 anos. São indivíduos magros e sem condições concomitantes. Paciente terá presença de anticorpos contra o pâncreas e sem resistência à ação da insulina. DIABETES MELLITUS TIPO 2: A obesidade é um fator importante no exame físico, porque vai levar a resistência da ação da insulina por um processo inflamatório subclínico que ocorre. Eleva as citocinas inflamatórias e isso faz com que o paciente fique resistente à insulina. É comum que seja um paciente acima dos 40 anos. O corpo produz insulina, mas não funciona de forma adequada. Normalmente, tem doenças concomitantes (HAS, dislipidemia e aterosclerose). Tem ausência de anticorpos contra o pâncreas. Temos o tipo: 1A: deficiência de insulina por destruição autoimune das células beta comprovada por exames laboratoriais; 1B: perda progressiva da secreção insulínica combinada com resistência à insulina (idiopática). Perda progressiva da secreção insulínica combinada com resistência à insulina. Hiperglicemia de graus variados diagnosticada durante o período gestacional, na ausência de critérios de DM prévio. A placenta é um órgão capaz de produzir uma série de hormônios com efeito hiperglicemiante, então temos que a gravidez, por si só, é um grande potencial diabetogênico. a glicose não entra na célula a célula entende que não tem substrato para produzir energia o corpo entende que a pessoa está sempre em jejum aumenta a atividade de hormônios contrainsulínicos estimula então a glicogenólise, gliconeogênese e lipólise CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA DO DM TIPO I CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA DO DM TIPO II CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA DO DM GESTACIONAL Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 3 ||| • Monogênicoas (MODY); • Diabetes neonatal; • Secundário a endocrinopatias (acromegalia, hipercotisolemia); • Secundário a doenças do pâncreas exócrino (pancreatite); • Secundário a infecções; • Secundário a medicamentos (corticoesteroides); ESTÁGIOS DO DM 1 E CARACTERÍSTICAS A autoimunidade, presença de anticorpos positivos, vai estar presente em todos os estágios da DM1. A autoimunidade conta as células beta vai estar presente sempre. TOTG: é o teste oral de tolerância à glicose. Quando temos pacientes sintomáticos, devemos preferir diagnósticos pela dosagem direta da glicemia do que a determinação da HbA1c (hemoglobina glicada). DIABETES MONOGÊNICO – MODY: Acomete entre 1 a 5% dos casos de diabetes em jovens. Existe, pelo menos, 10 subtipos reconhecidos. As formas mais comuns, como esperado, são mais facilmente controladas com dieta e medicamentos orais. Diferentemente do DM1, o MODY diagnosticado na infância não necessita de insulina quando diagnosticado e os autoanticorpos estão ausentes. SOLICITAR: teste genético-molecular (painel multigênico). É uma doença genética de herança autossômica dominante, mas não é autoimune. DIABETES LATENTE AUTOIMUNE DO ADULTO (LADA): Atinge 2% da população e ocorre normalmente em adultos. Aparenta ser uma diabetes tipo 2, mas evolui rapidamente para o uso de insulina. Comum aparecer em adultos jovens, entre 25-40 anos, quecontínua e monitorização 24H. CONDUTA PARA QUANDO PACIENTE NÃO ESTÁ RESPONDENDO:: 1. Colher previamente sangue para análise; 2. Administrar glicose EV (25 a 50G/ 50 a 100ml de glicose a 50%); 3. Se há possibilidade de etilismo/desnutrição associar tiamina, sendo prevenção de encefalopatia de Wernicke (5 a 10 amp complexo B) No caso clínico que a médica falou, onde a mãe encontra o filho desacordado, não sabe se ingeriu álcool, não sabe se não comeu, ou sua história com diabetes, o que fazer? GLICEMIA CAPILAR (HGT) Não tem glicemia capilar e você sabe do histórico que os avós tem diabetes. Numa situação como essa na dúvida administra glicose. DAMOS SEMPRE UMA ATENÇÃO A HIPOGLICEMIA DO QUE CETOACIDOSE, PORQUE A HIPO CAUSA DANOS NEUROLÓGICOS MAIS SEVEROS! CETOACIDOSE DIABÉTICA: É uma emergência clínica causada por uma deficiência absoluta ou relativa de insulina que evolui para uma: • Hiperglicemia; • Desidratação; • Cetose; • Acidose metabólica; A prevalência é de 65% nos pacientes de 0-19 anos (ou seja, DM1). Hoje em dia tem uma mortalidade bem baixa em torno de 5%. Nosso corpo vive em um constante equilíbrio quando está normal. A insulina vai tomar todas as medidas para que ocorra o consumo da glicose, para que caia no sangue e diminuindo a glicemia. A insulina diminui a glicemia por meio da glicólise, glicogênese e lipogênese. Já o glucagon vai estimular ações que aumente a glicose, como a gliconeogênese, glicogenólise e lipólise. Isso vai gerar o aumento da glicemia. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 2 O paciente quando começa a ter déficit de insulina e produção da mesma. Se não temos insulina, quem vai abrir os portões para utilização periférica da glicose? O aumento da produção, a diminuição da utilização periférica e da excreção renal com uma urina hiperosmolar (por isso a desidratação). HIPERGLICEMIA: • Aumento da produção hepática de glicose; • Diminuição da sua utilização pelos tecidos; • Hemoconcentração (diurese osmótica e baixa da excreção de glicose na urina secundária e deterioração renal); CETONEMIA: • Presença de corpos cetônicos pela lipólise excessiva (principalmente o ácido B- hidroxibutírico e ác.acetoacético); • Os ácidos graxos livres na circulação vão gerar hipertrigliceridemia grave; ACIDEMIA: • Consequente ao excesso de cetoácidos No quadro clínico vamos ter uma halitose com cheiro de “maçã”. Além disso, vai ter os sintomas das POLIS: poliúria, polidipsia e polifagia. Vai apresentar desidratação, dor abdominal. A dor abdominal é confundida com Abdome Agudo, pelo atrito das lâminas desidratadas do peritônio na cavidade. Todos os pacientes jovens com quadro clínico de Abdome Agudo, é essencial que levantem a suspeita de CAD. Quando damos o diagnóstico de cetoacidose, precisamos descobrir o que desencadeou, chamado de “regra do I”, exatamente na etapa de outros: • Infecção (pneumonia, ITU), inflamação; • Insuficiente dose de insulina; • Inicio do DM1 (10-20%); • IAM; • AVC; • Ingestão agudo do álcool; • Idiopático (23%) TRATAMENTO DO PACIENTE EM CETOACIDOSE: Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 3 Vamos pelo esquema de 5L/15H, após a glicose chegar emsintomas como rouquidão e HAS secundária? É o acúmulo de glicosaminoglicanos no interstício! No caso da rouquidão, esse acúmulo ocorre nas cordas vocais. Enquanto na HAS diminui o diâmetro dos vasos. Nessa mesma linha de raciocínio entra o mixedema generalizado, que ocorre justamente pelo depósito de mucopolissacarídeo na pele, formando edema sem cacifo! DIAGNÓSTICO PELA ALTERAÇÃO DO REFLEXO DE AQUILES TRH atua sobre a hipófise induzindo produção de hormônio influencia na formação do TSH que cai na circulação sanguínea segue até folículos tireoidanos estimulando produção e secreção de T3 e T4 Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 2 Já o bócio, por sua vez, é o crescimento da glândula tireoide como mecanismo compensatório para tentar produzir mais hormônios. Ou seja, como temos a baixa de T3/T4 o TSH vai estimular a glândula e estar aumentado = hipertrofia das células. A HipoT provoca uma lentificação (metabólica) do fluxo linfático o que pode levar ao derrame pleural ou pericárdico, ascito, edema facial de mãos e pés. Também pode ocorrer o comprometimento do sistema nervoso: pseudodemência e um humor deprimido. Com relação à pseudodemência, ela é mais comum em pacientes idosos e por isso, quando estamos suspeitado de Alzheimer nesses pacientes, é importantes lembrar- mos do HipoT pois talvez seja ele o causador de tudo. Já no que tange ao humor deprimido, como é de se imaginar, a ideia é a gente lembrar do HipoT como diagnóstico diferencial quando estivermos suspeitando de uma depressão para o paciente. Em síntese, a hipoatividade generalizada pode gerar: ganho de peso, fraqueza, fadiga, letardia, humor deprimido e constipação. Já o acumulo de glicosaminoglicanos pode causar o mixedema generalizado, HAS secundária e rouquidão. Enquanto a hiperestimulação causa o bócio. A fácie mixedematosa tem a presença de uma pele espessa, grosseira, seca e um pouco amarelada. Os pelos não possuem brilho e caem. Além de edema em torno dos olhos. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 3 QUADRO CLÍNICO O Hipotireoidismo costuma ser classificado em 3 tipos de acordo com a origem do problema: • Primário = problema na tireóide; • Secundário = problema na hipófise – TSH ; • Terciário = problema no hipotálamo – TRH; Sendo que essas duas últimas classes costumam ser somadas e referidas como sendo um “Hipotireoidismo Central”. E temos como mais comum e frequente o hipoT primário. Existem várias causas possíveis como: iatrogenia, radioablação da tireoide, tireoidectomia, uso de drogas como amiodarona, lítio e tionamidas e também a dieta pobre em iodo. TIREOIDITE DE HASHIMOTO Primeiramente temos que lembrar que é uma doença AUTOIMUNE (mutações do gene CTLA-4). O sistema imunológico vai atacar através da produção de anticorpos: • Antitireoperoxidase (anti-TPO); • Antitireoglobulina (anti-TG); • Antirreceptor de TSH; • Antitransportador de Iodo ANTI-TPO: Sua presença indica um processo autoimune, quase sempre, como vimos, a tireoidite de Hashimoto. Na Tireoidite de Hashimoto, a glândula do paciente vai ser destruída aos poucos pelo Sistema Imunológico. No quadro clínico desses pacientes: no início da doença, pacientes com Tireoidite de Hashimoto vão desenvolver um quadro de hipertireoidismo! Quando o folículo rompe, o coloide extravasa e faz com que toda a produção hormonal seja liberada sem qualquer regulação, o que aumenta os seus níveis plasmáticos levando ao Hipertireoidismo. O paciente vai ter usado TANTO os folículos que não restaram tantos disponíveis levando então, o paciente para um quadro de hipoT No hipoT central a causa mais prevalente em adultos é o tumor hipofisário. A necrose hipofisária pode surgir em hemorragias pós parto graves (síndrome de Sheehan). Em crianças, o tumor hipofisário é responsável por calcificações heterogêneas na região da sela turca. HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO: A pesquisa é realizada pelo teste do pezinho entre os dias 3-7 após o parto, visto que nas primeiras 48 horas o bebê tem um aumento transitório de TSH. Depois disso, o quadro se instala bem rápido e temos sinais como a persistência da icterícia fisiológica, o choro rouco, constipação, sonolência e hérnia umbilical. Caso não seja tratado dentro os 3 primeiros meses de vida, teremos um atraso da maturidade óssea e retardo mental, sendo essa síndrome chamada de CRETINISMO. DIAGNÓSTICO O paciente pode ter uma série de alterações laboratoriais: • Anemia; • Dislipidemia; • Elevação de enzimas musculares; • Aumento da prolactina e gonadotrofinas O que de fato vai diagnosticar são dois exames: • TSH; • T4L PRIMÁRIO: eixo hipotalâmico-hipofisário atuando em maior atividade estimulando a tireoide, no entanto a glândula não responde de forma adequada e o T4L continua reduzindo. Ou seja, o problema é na própria glândula que não está funcionando de forma adequada. SUBCLÍNICO: indicando para a gente que o eixo hipotalâmico-hipofisário está em grande atividade para compensar o quadro, só que aqui ele consegue e aí o que a gente vê é que o paciente mantém níveis de T4L adequados, só que à custa de um TSH muito elevado. Ainda não descompensou, mas pode evoluir para isso. SECUNDÁRIO: ter pouco hormônios tireoidianos circulando vai hiper ativar o eixo hipotalâmico- hipofisário e não é isso que observamos aqui. Mesmo com baixo T4L, o TSH também está baixo. Ele não está reagindo e isso nos faz pensar que o problema todo seja central (hipotálamo ou hipófise). Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 4 ANTES PODEMOS USAR EXAMES DE TSH E T4L PARA IDENTIFICAR A SÍNDROME. PARA CONFIRMAR, PRECISAMOS SER MAIS ESPECÍFICOS = ANTI-TPO E ANTI-TG. RASTREAMENTO Feito em pacientes que apresentem: Exame deve ser feito a cada 5 anos em pessoas com mais de 35 anos de idade, ou basta investigar pacientes acima de 19 anos com fatores de risco. TRATAMENTO Apesar se haver várias causas possíveis para um quadro de HipoT, não existe um tratamento específico para cada uma delas. Dessa forma, a droga de escolha aqui é chamada de “Levotiroxina”. E esse fármaco consiste, basicamente, no hormônio T4. No entanto, se quem tem ação no metabolismo é o T3, por que não administramos logo esse hormônio? Por 2 motivos: A administração da Levotiroxina é realizada, geralmente, pela manhã, ainda em jejum (cerca de 30 minutos antes de comer), sendo que a dose indicada varia de acordo com a idade, como podemos ver no quadro abaixo: Doses mais altas costumam ser administradas em gestantes, em casos de cirrose ou deficiência de selênio, doença inflamatória intestinal e cirurgia bariátrica, quem faz uso de estrogênio, rifampicina, sertralina e estatina ou uso de drogas como carbonato de cálcio, sulfato ferroso e hidróxido de alumínio pois reduzem a absorção da levotiroxina. Já as doses mais baixas devemos administrar em terapia androgênica em mulheres, em casos de envelhecimento (maiores de 65 anos), cardiopatas e hipoT grave ou de longa duração. A reavaliação do paciente deve ser realizada em 45 dias e, depois que ele estiver estabilizado, só é preciso revê- lo a cada 6 ou 12 meses. A gente só trata o subclínico quando temos a piora do paciente com o surgimento dos sintomas: SÍNDROME DE SHEEHAN Faz parte de alterações fisiológicas da mulher grávida e uma hipertrofia e aumento da vascularização da hipófise. No período do periparto pode ocorrer de surgir complicações como choque circulatório, uma hemorragia volumosa. Dessa maneira, o tecido hipofisárioestará mais propenso a sofrer infarto isquêmico. Trata-se de hipopituitarismo pós-parto secundário à necrose hipofisária decorrente de hipotensão ou choque por causa de hemorragia maciça durante ou após o parto. COMA MIXEDEMATOSO É a expressão mais grave do hipotireoidismo, com prejuízo do SNC somado à descompensação Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 5 cardiovascular e respiratória. Tem um início insidioso e uma baixa incidência. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E ACHADOS LABORATORIAIS: É mais comum em mulheres idosas nos meses de inverno. Os principais fatores são as infecções respiratórias como pneumonias, do trato urinário, administração de sedativos, AVE e agravamento de uma condição clínica existente. Os principais achados clínicos e laboratoriais são: • Diminuição do nível de consciência; • Hipoventilação; • Hipotermia; • Bradicardia; • Hiponatremia; • Hipoglicemia; • Infecção associada; • Lactato elevado Além da hiponatremia e hipoglicemia, encontramos níveis reduzidos de T3 T4, além de TSH bastante elevado. Os achados laboratoriais falam a favor do aumento do CPK e presença de derrame pericárdico. PODE SER BASTANTE CONFUNDIDO COM A SÍNDROME DO EUTIREOIDIANO DOENTE. TRATAMENTO DO COMA MIXEDEMATOSO 1. Levotiroxina em doses altas, administrada em bolus de 500-800ug, continuada em uma dose de 100ug/dia/IV. 2. Uso de liotironina T3 na dose de 25ug, 12/12, em combinação com levotiroxina; 3. Hidrocortisona venosa para evitar o surgimento de uma crise adrenal em pacientes com insuficiência suprarrenal subclínica. Além disso, precisa de outros cuidados como suporte respiratório através de ventilação mecânica, rastreamento microbiológico e tratamento da infecção precipitante, correção da hiponatremia; correção da hipoglicemia e o aquecimento do paciente. SÍNDROME DO EUTIREÓIDEO DOENTE – SED A síndrome do doente eutireoideo é uma doença na qual os níveis séricos dos hormônios tireoidianos estão baixos em pacientes clinicamente eutireoideos com doenças sistêmicas não tireoidianas. O diagnóstico se faz pela exclusão do hipotireoidismo. O tratamento é diretamente o da doença subjacente; não há indicação de reposição de hormônio tireoidiano. Essas doenças incluem particularmente jejum, desnutrição, DPE, trauma significativo, infarto do miocárdio, insuficiência renal crônica, cetoacidose diabética, anorexia nervosa, cirrose, lesões térmicas, AIDS e sepse. Não se deve solicitar provas da função tireoidiana para os pacientes gravemente enfermos, a menos que exista uma forte suspeita de disfunção da tireoide. SÍNDROME DO T3 BAIXO: • Diminuição do T3 total e livre • Níveis normais de T4 • O rT3 aumenta – T3 sérico reverso • É a mais comum SÍNDROME DO T4 BAIXO: • Temos o T4 baixo • T3 mais baixo ainda O dilema diagnóstico é se o paciente apresenta hipotireoidismo ou síndrome do paciente eutireoidiano. O melhor exame é a medida de TSH, que, na síndrome do paciente eutireoidiano, é baixa, normal ou discretamente elevada, mas não tão elevada quanto no hipotireoidismo. A concentração sérica de rT3 é elevada, embora raramente o exame seja realizado. A concentração sérica de cortisol está, muitas vezes, elevada na síndrome do paciente eutireoidiano e baixa ou normal-baixa no hipotireoidismo, em decorrência da disfunção hipotalâmico-hipofisária. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7a-coronariana/vis%C3%A3o-geral-das-s%C3%ADndromes-coronarianas-agudas-sca https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7a-coronariana/vis%C3%A3o-geral-das-s%C3%ADndromes-coronarianas-agudas-sca https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/doen%C3%A7a-renal-cr%C3%B4nica/doen%C3%A7a-renal-cr%C3%B4nica https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/dist%C3%BArbios-hep%C3%A1ticos-e-biliares/fibrose-e-cirrose/cirrose 6 QUANDO NÃO INTERPRETAR VALORES E CAIR NA ARMADILHA DE VALORES ELEVADOS DE TSH? VALORES DE REFERÊNCIAS PARA EXAMES LABORATORIAIS Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 7 QUANDO TRATAR OU NÃO TRATAR UM HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO PERSISTENTE? TRATAMETNO DO PACIENTE SUBCLÍNICO O hipotireoidismo subclínico deve ser sempre tratado na gestante para manter o TSH dentro dos valores de referência para cada trimestre. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 1 Endocrinologia – Tireoidites INTRODUÇÃO: As tireoidites representam uma gama de patologias correlatas, caracterizadas por um processo inflamatório da tireoide, que podem levar à disfunção tireoidiana transitória ou permanente. Algumas das tireoidites estão entre as doenças tireoidianas mais comuns na prática clínica. De acordo com sua evolução clínica, são classificadas em agudas, subagudas e crônicas. As tireoidites promovem lesão inflamatória do parênquima tireoidiano, de forma que o conteúdo coloide dos folículos é extravasado, liberando tireoglobulina, T3 e T4 para a circulação. Por essa razão, a fase inicial costuma cursar com tireotoxicose manifesta ou subclínica. A tireotoxicose é a síndrome clínica decorrente do excesso de hormônios tireoidianos circulantes, secundário ao hipertireoidismo ou não. Diferentemente da tireotoxicose, o hiperti- reoidismo écaracterizado pelo aumento da síntese e liberação dos hormônios tireoidianos pela própria glândula tireoide. Após as primeiras semanas, o hormônio previamente estocado já foi liberado, enquanto a lesão das células foliculares reduz a síntese de hormônios tireoidianos. Nesse momento, instala-se o hipotireoidismo, na maioria das vezes subclínico. No caso das tireoidites subagudas, essa fase é autolimitada, pois o tecido tireóideo regenera-se mais tarde. Na tireoidite crônica autoimune (Hashimoto), essa fase progride insidiosamente para o hipotireoidismo clinicamente manifesto. TIREOIDE É responsável pela produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que atuam em todos os sistemas do nosso organismo. TIREOIDITE AGUDA Chamada de T. Supurativa aguda ou T. piogênica ou T. bacteriana é uma moléstia infecciosa rara, usualmente causada por bactérias, mas que também pode advir de infecções oportunistas fúngicas, por micobactérias ou parasitas, principalmente em idosos, em debilitados ou em imunocomprometidos. Mais frequente em: portadores de doença tireoidiana prévia (câncer, T. Hashimoto e bócio multinodular) ou naqueles com anomalia congênita, tais como: persistência do cisto tireoglosso ou presença de fístula do seio piriforme; imunodeprimidos (uso de agentes imunossupressores, infecção por HIV etc.), debilitados ou idosos. Além disso, é mais prevalente em crianças do que em adultos. A persistência do ducto tireoglosso, que juntamente com a fístula do seio piriforme, representam a principal etiologia da grande parcela dos casos. • Persistência do ducto tireoglosso = não degeneração e desaparecimento do ducto após a descida da tireoide. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 2 • Fístula do seio piriforme = persistência de remanescentes do corpo ultimo branquial na sua via de migração. Em crianças e adultos jovens, a causa mais comum é a presença de um seio piriforme, o qual representa um resíduo da quarta bolsa branquial que conecta a orofaringe com a tireoide. Baixafrequência resulta na resistência da tireóide a infecções devido: sua encapsulação, alto teor de iodo, rico suprimento sanguíneo e extensa drenagem linfática. Como em qualquer órgão, os microrganismos podem alcançar a tireoide pela disseminação de focos distantes através da corrente sanguínea e do sistema linfático, ou pela inoculação direta por meio de um foco contíguo. QUADRO CLÍNICO: • Dor, calor e eritema cervical anterior subitamente • Disfagia • Febre • Abscesso e flutuação O paciente se apresenta com dor na tireoide, que se irradia com frequência para a garganta ou as orelhas, e um pequeno bócio hipersensível que pode ser assimétrico. A flexão do pescoço reduz a gravidade da dor. A dor piora com a hiperextensão do pescoço. Febre, disfagia e eritema sobre a tireoide EXAMES LABORATORIAIS/COMPLEMENTARES: A velocidade de hemossedimentação (VHS) e a contagem de leucócitos em geral se mostram elevadas, porém a função tireoidiana é normal (T3, T4, T4L, TSH). • Cintilografia (consiste na obtenção de imagens da glândula tireoide após a administração de uma pequena quantidade de iodo radioativo (131I). • O iodo é absorvido pela glândula tireoide ou células da tireoide presentes em qualquer parte do corpo): normal ou diminuição da captação no local. A biópsia por PAAF mostra infiltração de leucócitos polimorfonucleares, e a cultura da amostra pode identificar o microrganismo. O material retirado deve ser submetido à bacterioscopia e à cultura para tentar identificar o agente causador. A ultrassonografia da tireoide geralmente permite a localização de um possível abscesso e/ou de um pro- cesso supurativo. Fazer o exame com contraste de bário. TRATAMENTO: • Antibiótico parenteral: o Cefotriaxona (Rocefin) 1 gr EV 12/12 hrs 10 dias Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 3 o Oxacilina (Staficilin) 1 gr EV 6/6hrs o Até resultado cultura • Drenagem cirúrgica do abscesso, o qual pode ser localizado por TC ou ultrassonografia/Lobectomia o 50 mm/h) • Il-6 • Leucograma: normal ou leucocitose (linf. atípicos) • Anticorpos antitireoidianos: negativos ou elevados transitoriamente • Ultrassonografia revela aumento de volume da tireoide, hipoecogênica • Cintilografia: Captação 24h diminuida (pode associar-se à depressão pós-parto. TIREOIDITE DE HASHIMOTO – CRÔNICA A tireoidite de Hashimoto é uma doença de etiologia autoimune em que ocorre destruição crônica e inflama- ção linfocítica de tecido tireoidiano. • Forma mais comum da tireoidite • Frequência maior nas mulheres entre a 3ª e 5ª décadas de vida • Representa a causa mais comum de hipotireoidismo no Brasil • Cursa com destruição do tecido tireoidiano mediada por células via citocinas e/ou anticorpos por ativação do complemento ou por lise celular direta • Antígenos tireoidianos são: tireoglobulina, peroxidase (microssomal), receptor do TSH e o transportador de iodo. PATOGÊNESE: Destruição do tecido tireoidiano mediado por infiltrado linfocitário e por anticorpos: o Antiperoxidase (anti-TPO): 90% a 100% de positividade o Antitireoglobulina: 80% a 90% de positividade o Anticorpos anti-receptores do TSH: 10% a 20% de positividade O anticorpo antirreceptor de TSH bloqueador age inibindo este receptor e, portanto, inibindo a ação do TSH na glândula, com consequente quadro de hipotireoidismo. FATORES DE RISCO: • Sexo feminino: estrógenos (?) • Predisposição genética (HLA) • Síndrome de Turner e de Down • Elevada ingestão de iodo • Infecções • Estresse QUADRO CLÍNICO: A maioria dos pacientes se apresenta assintomática no início da doença, sendo o diagnóstico suspeitado a partir da investigação de anormalidades nos exames de função tireoidiana realizados ao acaso ou pela presença de um bócio ao exame físico. T. Hashimoto pode vir associada com: o Doenças auto-imunes: Doença de Addison o Neoplasias tireoidianas: a maioria dos casos de linfoma primário da tireoide são vistos em pacientes com T. Hashimoto Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 5 o Miscelânea: miocardite, urticária crônica, SOPES, síndrome de Down, síndrome de Turner Apresenta sinais e sintomas, como: • Bócio com consistência firme, superfície irregular ou lobulada, simétrico, indolor, com volume de 2 a 4 vezes maior que o normal; • Nos casos em que há crescimento rápido, pode haver disfagia, dispneia e rouquidão por compressão de estruturas cervicais; • A pele é seca, e observam-se redução da transpiração, adelgaçamento da epiderme e hiperceratose do estrato córneo; • Espessamento da pele sem cacifo (mixedema); • Devido ao maior conteúdo de gli- cosaminoglicanos dérmicos é responsável pela retenção de água; • Face inchada com pálpebras edemaciadas e edema pré-tibial não depressível; • Existe palidez, na maioria das vezes com um matiz amarelado da pele devido ao acúmulo de caroteno; • O crescimento ungueal é retardado, e os cabelos ficam secos, quebradiços, difíceis de pentear e caem facilmente. DIAGNÓSTICO: Os principais achados para o diagnóstico de tireoidite de Hashimoto são: • T4 livre e TSH compatíveis com hipotireoidismo em alguns casos • Anti-TPO elevado • Antitireoglobulina elevada • USG com Tireoide aumentada e textura normal; • Aspecto característico de hipoecogenicidade; • Presença de múltiplos nódulos mal definidos. • Captação de iodo radioativo variável (pouca utilidade) • Avaliação citológica pela PAAF confirma o diagnóstico, mas não é fundamental. TIREODITIE FIBROSANTE INVASIVA DE RIEDEL A tireoidite de Riedel é caracterizada por substituição fibrótica progressiva da tireoide com aderência e infiltração das estruturas adjacentes, causando sintomas compressivos locais. Essa tireoidite é a mais rara, com prevalência de apenas 0,05% dos pacientes submetidos à tireoidectomia. • Ela afeta geralmente indivíduos entre 30 e 50 anos, sendo sua incidência 2 a 4 vezes mais comum em mulheres. QUADRO CLÍNICO • Massa tireoidiana: bócio volumoso, “pétreo”. • Sintomas compressivos: disfagia, dispnéia; • Aumento do volume cervical indolor com ou sem sintomas; • Astenia e adinamia; • A massa com consistência endurecida, indolor, dimensões variáveis, difusa EXAMES LABORATORIAIS: • T3, T4, T4L: Normais (na maioria dos casos) • TSH: Normal • Anticorpos antitireoidianos: Positivo em 45% • Cintilografia: Diminuição da captação nas áreas afetadas • VHS pouco elevado ou normal; • USG com lesões hipoecoicas • Captação de iodo radioativo normal; • PAAF geralmente não elucidativa, tecido rígido TRATAMENTO: • Cirurgia paliativa (sintomas obstrutivos) • Glicocorticóides (sucesso variável) • Conduta expectante (estabilização/regressão/progressão lenta) TIREOIDITE INDUZIDA POR FÁRMACOS A Amiodarona, remédio que possui muito iodo, pode gerar alguns tipos de problemas na Tireoide: • Hipotireoidismo devido a falha de captação desse excesso de iodo = Efeito Wolff Chaikoff. • Tireotoxicose devido à sintetização excessiva desse excesso de iodo = Jod Basdedow • Tireotoxicose tipo 2, que é a destrutiva, ocorre quando a Amiodarona lesa o tecido da tireoide e assim, expõe T3 e T4 armazenado. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 1 Endocrinologia – Insuficiencia Adrenal INTRODUÇÃO A insuficiência adrenal é uma síndrome clínica decorrente da deficiência de produção de cortisol. PRIMÁRIA: deficiência de glicocorticoides, mineralocorticoides e andrógenos, sendo oriunda de patologias que destroem o córtex adrenal, que alteram o seu desenvolvimento ou que interferem na síntese de esteroides adrenais. SECUNDÁRIA: a deficiência é apenas de glicocorticoides e ocorre devido uma produção reduzida do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), resultante de uma patologia hipofisária ou hipotalâmica. FISIOLOGIA O córtex da glândula suprarrenal produz três classes de hormônios corticosteroides: • os glicocorticoides (cortisol, por exemplo), • os mineralocorticoides (aldosterona, por exemplo) • os precursores androgênicos suprarrenais (desidroepiandrosterona - DHEA). A síntese de glicocorticoides é controlada de maneira inibitória por meio de retroalimentação do hipotálamo e da hipófise. A liberação hipotalâmica do hormônio de liberação da corticotrofina (CRH) ocorre em resposta ao estresse endógeno ou exógeno. O que resulta na produção do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). O ACTH é, então, liberado pelas células corticotróficas da adeno-hipófise e atua como regulador central da síntese de cortisol, com efeitos adicionais de curto prazo sobre a síntese de mineralocorticoides e de androgênios suprarrenais. A liberação de CRH e, subsequentemente, de ACTH, ocorre de modo pulsátil, seguindo o ritmo circadiano. Refletindo o padrão de secreção do ACTH, a secreção suprarrenal de cortisol exibe um ritmo circadiano distinto, com níveis máximos pela manhã e baixos no final da tarde. FISIOPATOLOGIA É marcada por destruição de mais de 90% do córtex da adrenal, cursando com queda de glicocorticoides, mineralocorticoides e andrógenos. Pela falta do feedback destes hormônios com seus reguladores, ocorre consequente aumento do ACTH e da renina na tentativa de estimular a produção adrenal decortisol e aldosterona, respectivamente. O déficit de aldosterona ainda reflete sobre a retenção de potássio e excreção de sódio. Efeitos patológicos de podem ocasionar hipercalemia grave e depleção de fluidos. Na insuficiência adrenal secundária há a redução da produção de ACTH e/ou de hormônio liberador de corticotrofina (CRH) devido a patologias do eixo Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 2 hipotálamo-hipofisário, que são frequentemente associadas ao uso crônico de glicocorticoides. O déficit crônico de ACTH gera atrofia das camadas fasciculada (produtoras de cortisol) e reticulada (produtora de andrógenos), mas a camada glomerulosa (produtora de aldosterona), por estar sob o comando principal do SRAA e não do ACTH, se mantém intacta. Observam-se, geralmente, baixos níveis de cortisol e DHEA, com renina e aldosterona normais nos casos de insuficiência adrenal secundária. EPIDEMIOLOGIA PRIMÁRIA: • Predominante no sexo feminino 2,6:1 • Diagnosticada entre 30-40 anos; • Corresponde a 40% dos casos SECUNDÁRIA: • Corresponde a 60% dos casos; • Comum o diagnóstico aos 60 anos; ETIOLOGIA PRIMÁRIA: A insuficiência adrenal primária é mais comumente causada por adrenalite autoimune (Doença de Addison); • Doenças autoimunes isolada: Isoladas, Síndrome Poliglandular Autoimune 1 e 2. • D. Infecciosas: TB, SIDA, Blastomicose. • Sarcoidose/ Amiloidose • Adrenalectomia Bilateral • Genéticas: Hiperplasia adrenal congênita, Hipoplasia adrenal, adrenoleucodistrofia • Uso de: rifampicina, cetoconazol, mitotano, anticonvulsivantes, etc. SECUNDÁRIA: Considerando a insuficiência adrenal secundária, a suspensão abrupta do uso crônico de glicocorticoides exógenos é a principal etiologia. Isso geralmente ocorre em indivíduos que ingeriram doses elevadas de glicocorticoide, como por exemplo 30 mg de prednisona ou equivalente por mais de três semanas. Outras causas de insuficiência secundária incluem tumores de hipófise e hipotálamo, cirurgia e irradiação de hipófise, apoplexia hipofisária, doenças granulomatosas, como tuberculose e sarcoidose, hipofisite linfocítica e síndrome de Sheehan. QUADRO CLÍNICO INSUFICIÊNCIA ADRENAL PRIMÁRIA • Instalação da doença de forma crônica; • Sintomas inespecíficos Inicialmente, ocorre uma resposta anormal às situações de estresse, como na presença de trauma e infecções. Em seguida há uma progressão da destruição do córtex e as manifestações surgem mesmo na ausência de situações de estresse. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 3 Possui sintomas como: • Fadiga; • Fraqueza; • Anorexia; • Perda de peso; • Tontura; • Náuseas e vômitos; • Nas mulheres, amenorreia pode estar presente Dentre as manifestações mais específicas de falência adrenal primária está a hiperpigmentação cutânea. É observada em áreas expostas ao sol, nos pontos de pressão, dobras cutâneas e mucosa oral. A deficiência de mineralocorticoide resulta em hipovolemia, desidratação, hipotensão postural e avidez por sal. Em mulheres, a deficiência de andrógenos provoca diminuição de pelos axilares e pubianos, além de perda de libido. ACHADOS LABORATORIAIS DA INSUFICIÊNCIA ADRENAL PRIMÁRIA: • Hiponatremia • Hipercalemia • Hipoglicemia • Acidose metabólica • Uréia elevada • Hipercalcemia • TSH elevado • Anemia normocítica • Linfocitose • Eosinofilia CRISE ADDISONIANA/INSUFICIÊNCIA ADRENAL AGUDA: É bem mais comum na insuficiência adrenal primária do que na secundária e é considerada uma emergência médica. Pode ser resultado de situações de estresse em pacientes com insuficiência adrenal crônica, na presença ou não de tratamento. Caracteriza-se pelo agravamento dos sintomas específicos, como náuseas, vômitos, anorexia, fraqueza, febre e dor abdominal, podendo até simular um quadro de abdome agudo e frequentemente é acompanhada por hipotensão, hipercalemia, convulsões e colapso circulatório. • É uma complicação aguda grave evoluindo rapidamente para o choque circulatório. • Também pode ocorrer em indivíduos com hipotireoidismo autoimune com insuficiência adrenal primária, caso a reposição dos hormônios tireoidianos seja feita sem a administração concomitante do glicocorticoide. INSUFICIÊNCIA ADRENAL SECUNDÁRIA Manifestações não apresentam hiperpigmentação cutaneomucosa, e como não há deficiência de mineralocorticoide, não se observam depleção de volume, desidratação, avidez por sal e hipercalemia. • As características proeminentes são fraqueza, letargia, anorexia e emagrecimento, isto é, características clínicas inespecíficas. Podem ser observados sintomas relacionados à deficiência de outros hormônios hipofisários, como LH, FSH, TSH e GH. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 4 DIAGNÓSTICO A sintomatologia inespecífica da insuficiência adrenal crônica muitas vezes retarda seu diagnóstico. A dosagem de cortisol sérico é função da concentração da globulina ligadora de corticosteróides (CBG), a qual pode aumentar na presença de estrogenoterapia. DOSAGEM DE CORTISOL PLASMÁTICO: Cortisol Sérico Basal: normal entre 5 a 25mg/dL, quando o resultado está entre esses valores é recomendado o teste de estímulo com ACTH sintético (teste da Cortrosina). 18mg/dL = excluem esse diagnóstico de Insuficiência Adrenal. DOSAGEM DO ACTH PLASMÁTICO: ACTH plasmático na insuficiência adrenal primária = estão elevados e usualmente ultrapassam 100 pg/ ml (valor normal de 10 a 60 pg/mL), podendo inclusive estar acima de 4.000 pg/mL. ACTH na insuficiência adrenal secundária = encontram- se baixos ou no limite inferior da normalidade: ou = 18mg/dL indica função adrenal normal; • Valorou hemorragia) o Calcificações adrenais (tuberculose, outras doenças invasivas, hemorragia) o Aumento de volume da sela túrcica e da hipófise Insuficiência adrenal secundária: o Lesões primárias ou metástases na hipófise, hipotálamo ou eminências médias (RNM e dosagem dos outros hormônios hipofisários. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 5 TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA ADRENAL CRÔNICA REPOSIÇÃO DE GLICOCORTICÓIDES Para melhor mimetizar a produção fisiológica, deve-se repor a primeira dose de corticoide sempre ao acordar. Os pacientes costumam ter melhora clínica mais significativa quando a dose é mais fracionada. A alimentação retarda a absorção do corticoide. Por isso, é importante orientar o paciente a toma-lo antes das refeições. Deve-se atentar para sinais e sintomas de hipercortisolismo (aumento do peso, estrias, fácies cushingoide, diabetes melito, HAS, equimoses, osteoporose). • Procurar manter ACTHLinfócitos B sintetizam anticorpos “contra” receptores de TSH localizados na superfície da membrana da célula folicular da tireoide. Estes anticorpos são capazes de produzir um aumento no volume e função da glândula, justitficando assim o hipertireoidismo encontrado. Denominamos essa imunoglobulina de anticorpo antireceptor de TSH estimulante (TRab). Esse anticorpo é chamado de TRAb, é específico para doença de Graves. Com a ligação do TRAb ao receptor de TSH, há a estimulação para produção de T3 e T4, e com o feedback, o valor de TSH cai. TRAb positivo é confirmatório de doença de Graves. TRab: estimula ou antagoniza a função do TSH. A TSI (imunoglobulina da tireoide) é o principal representante, sendo responsável pela estimulação exagerada da glândula e, consequentemente pelo bócio e hiperT. ANTI-TPO: funciona como um marcador universal de doença tireoidiana autoimune, estando presente em até 80% na doença de Graves. ANTI-TG: pode estar presente na doença de Graves, revelando a presença de um componente autoimune, mas é mais comum no hipoT. OFTALMOPATIA DE GRAVES: Processo inflamatório com infiltração linfocitária da musculatura extra- ocular,gordura e tecido conjuntivo retro-orbital, geralmente associado a doença de Graves. Pode anteceder, coincidir ou suceder o hipertireoidismo. Temos a presença de edema e Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 3 inflamação dos mm. extra oculares e aumento do volume do tecido conjuntivo retro-orbitário. Olhar fixo, projeção do globo ocular para fora (proptose ou exoftalmia). Os receptores de TSH localizados na parte posterior do globo ocular são estimulados, levando a formação de glicosaminoglicanos que por ação mecânica vão levar a proptose. Pois os glicosaminoglicanos vão se acumulando na parte posterior do olho, o que projeta o globo ocular para fora em consequência do aumento do diâmetro ântero- posterior. Sinal de Lig-Leg: pede para o paciente acompanhar o movimento do seu dedo, o globo ocular acompanha, havendo um retardo no movimento das pálpebras. O olho protruso não é característica do hipertireoidismo, e sim da Doença de Graves. BÓCIO DIFUSO: é simétrico e difuso em sua maioria. A presença de um sopro audível sobre a glândula pode sugerir que o paciente é tiretóxico. É QUALQUER aumento da tireoide, pode-se aumentar difusamente (bócio difuso), ou aumento localizado (bócio nodular). Ou seja, qualquer nódulo na tireoide eu já posso considerar um bócio, mesmo que o aumento não seja visível. O tipo de bócio na Doença de Graves é difuso, pois os anticorpos agem difusamente na glândula. Existe o bócio difuso tóxico e atóxico. Existe o bócio nodular tóxico e atóxico. O da doença de Graves é o tóxico, porque há produção de hormônios tireoideanos. DERMOPATIA INFILTRATIVA: manifesta-se no dorso das pernas ou pés, ocorrendo em paciente que teve um passado de graves ou que tenha no presente. A metade ocorre no estágio de tireotoxicose e a outra somente após o tratamento. Pode ser tratado com glicocorticoide de alta potência. Edema duro “em casca de laranja”, pouco depressível. Não tem a ver com acometimento linfático, e sim produção de susbtâncias localizadas. Esse edema é bem concentrado, só na face anterior da tíbia Esta consiste em um espessamento da pele, principalmente sobre a região pré-tibial, devido ao acúmulo de glicosaminoglicanos. CINTILOGRAFIA E CAPTAÇÃO DE IODO RADIOATIVO: QUAIS SÃO OS EXAMES FUNDAMENTAIS? Para fechar diagnóstico de hipertireoidismo: o T3 e T4 (aumentados) o TSH (suprimido) Para diagnóstico de doença de graves: o Anticorpos (TRAb-específico): pouco disponível Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 4 o Cintilografia: captação de iodo radioativo, diferenciando se a captação é difusa (doença de Graves) ou nodular. A captação elevada e difusa que ocorre em indivíduos com Graves praticamente sela o diagnóstico em casos duvidosos!! o Captação de iodo radioativo: O princípio do exame consiste em identificar uma captação excessiva destas substâncias por um tecido tireoidiano hiperfuncionante. o TC e RNM (avaliar oftalmopatia): não são uteis para tireoide, só é utilizado para avaliar oftalmopatia. Avaliar a progressão da doença; TRATAMENTO FARMACOLÓGICO: 1.1 Drogas antitiroideanas (Antiroideanos de sintese TIONAMIDAS): PROPILTIOURACIL 100mg VO 8/8h Dose de ataque (4-8 semanas) – 300 a 600mg/dia, em 3 tomadas. Já a dose de manutenção (50-100mg/dia, em 2 tomadas). METIMAZOL 20-30 mg /dia dose única Dose de ataque de 4-8 semanas- 40mg/dia, em 1 a 2 tomadas. Já a dose de manutenção – 2,5 a 10mg/dia em 1 tomada. CARBIMAZOL 20-30mg/dia dose única Inibem a síntese hormonal, não atuam na liberação Resposta terapêutica em torno de 2 a 4 semanas Reações adversas: urticária, agranulocitose,icterícia, vasculite. Esse tratamento só é feito por até 1 ano a 1,5. Se o paciente não entra em remissão nesse intervalo, pode fazer o uso de Radio iodo (15 a 20 mCi) ou tireoidectomia. O Radio iodo é contraindicado na gravidez por ser susbtância radioativa, e tem risco de entrar em hipotireoidismo. Tempestade tireoideana – a tireoide encontra-se com os folículos tireoideanos cheios de hormônio tireoideano, e quando faz-se a radiação com o radio iodo, esse hormônio é liberado abruptamente dos folículos. Então as vezes no momento inicial, há uma piora do hipertireoidismo (tempestade ou crise tireotóxica), para depois ter uma resposta satisfatória. Quando os pacientes tiverem oftalmopatia severa, o radio iodo pode irritar o globo ocular, e pode gerar uma crise inflamatória aguda, então nesses casos, faz-se 30 dias antes e 30 dias depois o uso de corticoides (Prednisona 30-40mg). Faz-se 30 dias depois porque o radio iodo vai agir em até 6 meses no paciente. Indicar a paciente não engravidar nesses próximos 6 meses pelas características da radiação poder causar alterações no feto. O tratamento para a tempestade tireoideana, é sintomático. Suporte, controle das arritmias, fornecer oxigênio, hidratação, solução de Lugol (compete com o iodo na formação do hormônio tireoideano) e nessa competição forma menos hormônio. Pode-se usar corticoide, pois inibe a conversão do hormônio T4 em T3 que é mais rápido e mais potente, pode usar a colestiramina, que é uma resina de troca, que diminui a absorção do iodo da dieta e vai tentar diminuir a formação, iniciando também a Tionamida (mas é mais lento). Pacientes do SUS geralmente não tem aceso ao Radio iodo e tem que se submeter a tireoidectomia subtotal (tira o istmo e um lobo). Pode levar ao hipotireoidismo, hipoparatireoidismo, paralisia do nervo laríngeo recorrente (distúrbios graves da fala). Lembrando que na cirurgia o paciente deve ser compensado previamente, porque o paciente com hipertireoidismo tem um hiperfluxo da tireoide, ou seja, sangra muito, por isso faz-se tionamidas previamente. 1.2 Drogas que aliviam os sintomas : PROPRANOLOL 40 a 120 mg /dia DILTIAZEM 240 a 360 mg/dia Se não houver melhora após 1 ano de tratamento farmacológico: 2.RADIOIODO Diminui a sensibilidade da tireoide ao TSH, atravpes do efeito da autorregulação do iodo. Além de inibir a síntese desses hormônios, inibe também a liberação dos mesmos pela glândula hiperfuncionante. O efeito do iodeto é mais rápido. LUGOL: 6mg/dia: 5 gotas 8/8h IODETO DE POTÁSSIO: 38mg/gota – 2 a 3 gotas 12/12 horas 15 a 20 mci- após 1 ano de tratamento farmacológico sem melhora Licensed to RafaelaFernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 5 Contra-indicação: gravidez 3.CIRURGIA Tiroidectomia subtotal Complicações:hipoparatiroidismo e paralisia do n. recorrente Paciente descompensado controlar previamente ADENOMA TÓXICO – DOENÇA DE PLUMMER Trata-se de uma forma de hipertireoidismo que leva à produção excessiva de hormônios tireoidianos, causada pela presença de um adenoma tóxico, caracterizado por um bócio nodular tóxico. Único ou múltiplo. Diferente da doença da Graves, atinge faixas etárias mais avançadas. Predomínio de sintomas cardiovasculares Ausência de oftalmopatia e dermopatia TSH suprimido; T3 e T4 normais ou aumentados Ou seja, não há diferença laboratorial para o quadro de Graves, mas na cintilografia, o nódulo vai ser hipercaptante, com supressão de tecido perinodular. Cintilografia: nódulo hipercaptante (quente) c/ supressão do tecido paranodular e contralateral ou aspecto heterogêneo com hipercaptação em alguns pontos e com hipocaptação no restante da glândula. O nódulo pode ser: quente, morno ou frio. Quanto mais frio o nódulo, maior o risco de câncer. Ou seja, quando é hipercaptante (quente), provavelmente é benigno, por isso não se faz punção. TRATAMENTO: O nódulo não vai entrar em remissão nunca. Por isso não se faz tionamida, pois só pode fazer até 1,5 ano. 1.Radioiodo • Dose em torno de 30 mci 2.Cirurgia • Raramente utilizada. Opção para nódulos muito grandes ou contra indicações para radioiodo. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 1 Endocrinologia – Nodulos Tireoideanos INTRODUÇÃO: Os nódulos tireoidianos são extremamente comuns, sendo encontrados em até 6,5% das mulheres e 1,5% dos homens adultos. • São percebidos na palpação em cerca de 4-7% dos indivíduos. • Na investigação por US, os nódulos são encontrados em até cerca de 20% dos casos. • Quando a investigação é feita na necrópsia, é evidenciado que 30-50% dos indivíduos têm nódulos de tireoide. • Em cerca de 85-95% das vezes representam lesões benignas, porém, eventualmente são neoplasias malignas (carcinomas, linfomas). • Câncer ocorre em 5-6,5%e tem como fatores de risco para malignidade: Apesar de a prevalência ser maior no sexo feminino, quando presente em homens, em geral, estão mais relacionados à malignidade. o Mortalidade baixa o Idade: 70 anos de idade o Doenças associadas: doença de Graves/síndrome de Gardner o História irradiação cervical o Velocidade de crescimento/tamanho o Sintomas locais: fixação, sintomas compressivos, adenomegalia cervical e/ou paralisia cordas vocais EXAME FÍSICO: • São descritos elementos como: tamanho da tireoide, consistência, regularidade, mobilidade e se há presença de dor a palpação. • Consistência: quanto mais enrijecido maior risco de malignidade • Adenopatia DIAGNÓSTICO AVAL IAÇÃO L ABOR ATORIAL • Testes de função tireoidiana; A presença de hipertireoidismo, indica uma cintilografia tireoidiana, para avaliar a presença de um adenoma hiperfuncionante. Uma lesão hipercaptante (nódulo “quente”), quando comparada ao restante da glândula, fala a favor de benignidade. Por outro lado, os nódulos “frios” (não captantes) são malignos em 10% dos casos. Enquanto isso, com TSH normal prosseguem a investigação pelos achados da ultrassonografia. No ultrassom deve-se avaliar ecogenicidade: descreve o quanto que o nódulo deixa passar ou reflete as ondas sonoras do ultrassom, contornos, tamanho e calcificações. • As lesões malignas tendem a ser hipoecoicas, com contornos imprecisos, podendo apresentar microcalcificações. Juntamente com a US podemos realizar o Doppler para avaliar a vascularização dos nódulos. Uma vascularização intranodular sugere nódulo maligno. • Além disso, aumento do diâmetro ântero- posterior em relação ao transverso e adenomegalia regional sugerem malignidade. • Os anticorpos tireoidianos também são solicitados para avaliar a presença de doenças autoimunes como tireoidite de Hashimoto, tireoidite subaguda e doença de Graves (hipertireoidismo). • Calcitonina: alta sensibilidade e baixa especificidade Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 2 QUEM DEVE SER SUBMETIDO À PAAF? • Nódulos sólidos com mais de 1cm; • Nódulos mistos (sólido e cístico) com 1,5-2cm; • Nódulos com 0,5 cm com características suspeitas de malignidade na US; • Nódulos císticos (funcionantes - quentes) não precisam ser puncionados, pois pode desencadear crise tireotóxica e não tem chance de malignidade. • Resultado insuficiente normalmente ocorre em nódulos com baixa celularidade. FOL L OW UP Nódulos sem indicação de PAAF, ou que foram submetidos à PAAF e tiveram resultado benigno, devem ser acompanhados com US a cada 6-18 meses. Se houver crescimento acelerado > 50% do volume ou > 20% em pelo menos duas dimensões, uma nova PAAF deve ser realizada imediatamente. NEOPLASIA TIREOIDEANA Ordem de frequência (do mais frequente ao menos frequente) e do menos grave ao mais grave: o Carcinoma papilífero: mais frequente e menos grave o Carcinoma Folicular o Carcinoma Medular o Carcinoma Anaplásico CAR CINOMA P APIL ÍFER O É o tumor maligno mais comum da tireoide, especialmente em crianças (onde constitui até 75% dos casos); • Predomina no sexo feminino; • Possui crescimento lento, infiltra e cresce para linfonodos regionais do pescoço; • Metástase em 3% dos casos – Principalmente para pulmões PATOLOGIA: • Papilas, Cel. De Orphan Annie, corpos de psamoma, que são grupamentos de células calcificadas. • Microcarcinoma: Menores ou iguais a 1,5 cm de diâmetro, não invadem cápsula. DIAGNÓSTICO: • PAAF • TC/RNM – Investigar acometimento de linfonodos e doença subesternal (estadiamento) TRATAMENTO: Para os microcarcinomas (tumoresna histopatologia: (1) minimamente invasivo – invasão microscópica da cápsula; (2) altamente invasivo ou angioinvasivo – atravessa a cápsula e penetra nos vasos sanguíneos. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 3 DIAGNÓSTICO: NÃO PODE ter o diagnóstico confirmado através da PAAF! As alterações citológicas do carcinoma folicular (maligno) são virtualmente idênticas às do adenoma folicular (benigno). • Apenas uma análise cuidadosa da peça cirúrgica (histopatologia) é capaz de definir se existem ou não indícios de malignidade. TRATAMENTO: • Para lesões unilobares ≤ 2 cm, indicamos, a princípio, a tireoidectomia parcial (lobectomia + istmectomia), pois a chance de benignidade é maior neste contexto. Mas, se por ventura, o histopatológico demonstrar malignidade, a conduta consistirá numa nova cirurgia para totalização da tireoidectomia, seguida de radioablação com iodo e supressão do TSH com levotiroxina. • Nas lesões > 2 cm – a tireoidectomia inicial deve ser a total, e nos casos confirmados de câncer se indica radioablação + supressão do TSH com levotiroxina!!! CARCINOMA DE CÉLULAS DE HURTLE É considerado uma variedade menos diferenciada e mais agressiva do carcinoma de células foliculares. • Este tumor não capta I131. • O tratamento é cirúrgico (tireoidectomia total). CAR CINOMA MEDUL AR DE TIR EOIDE O CMT tem origem a partir de células parafoliculares ou células C, produtoras de calcitonina. É mais comum entre a 5º e 6º década de vida, se apresentando em 20% dos casos em sua forma familiar, sendo encontrado nas síndromes de neoplasias endócrinas múltiplas IIA e IIB. PATOLOGIA: • O tumor tem origem nas células C ou parafoliculares da tireoide e produz CEA, histaminase e calcitonina. • Ocorre invasão local, linfática e hematogênica, esta última em fases tardias, com pulmão, fígado e ossos acometidos. DIAGNÓSTICO: • História clínica detalhada: nódulo tiroideano + rouquidão, disfagia, diarréia • Calcitonina* e CEA • PAAF • Diagnóstico de feocromocitoma TRATAMENTO: • Cirúrgico: tiroidectomia total com ressecção de linfonodos • Não responde a radioiodoterapia CAR CINOMA INDIFER E NCIADO OU ANAPL ÁSICO É o tumor de maior agressividade, com poucos pacientes sobrevivendo além de seis meses. Apresenta incidência aumentada em áreas deficientes em iodo. • Acomete homens e mulheres na mesma proporção. PATOLOGIA: • O crescimento tumoral é extremamente rápido, com invasão de linfonodos e estruturas contíguas. • A disseminação ocorre por via linfática e hematogênica, acometendo linfonodos cervicais, cérebro, pulmões e ossos. • Compressão local. DIAGNÓSTICO: • PAAF • Muitas vezes o emprego de imuno-histoquímica se torna necessária para o reconhecimento de tumores muito indiferenciados, e, sobretudo, para distingui-los do CMT e do linfoma. • Os antígenos pesquisados são a tireoglobulina (carcinoma anaplásico), antígeno linfocitário (linfoma) e calcitonina (carcinoma medular de tireoide). TRATAMENTO: • Péssimo prognóstico • Cirurgia não recomendada • Tratamento paliativo: traqueostomia (prevenir asfixia por invasão traqueal) + Radioquimioterapia Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 4 L INFOMAS • Os linfomas da tireoide são tumores raros, sendo na maioria não Hodgkin. • É importante memorizarmos a associação com tireoidite de Hashimoto (aumenta a incidência em 40 vezes). Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 1 Endocrinologia – Dislipidemias INTRODUÇÃO: Importante fator de risco cardiovascular, sendo que a lipoproteína de baixa densidade colesterol (LDL-c) é o mais relevante fator de risco modificável para doença arterial coronariana. As dislipidemias são distúrbios de produção e metabolização do colesterol ou dos triglicerídeos que geram risco de morbidade e mortalidade ao ser humano. A presença dos fatores de risco clássicos (hipertensão, dislipidemia, obesidade, sedentarismo, tabagismo, diabetes e histórico familiar) aumenta a probabilidade pré-teste de doença cardiovasculares - com ênfase para a doença arterial coronariana (DAC) - e norteia a prevenção primária e secundária. METABOLISMO LIPÍDICO Inclui todo o processo que compreende desde a gênese dos lipídeos (anabolismo), até o seu consumo (catabolismo) pelas células do nosso organismo. Várias funções dos lipídeos no organismo: constituição de membrana plasmática, formação de hormônios (esteroides) e vitamina D, geração de energia e de calor. • Via exógena- 20 a 30% fonte alimentar • Via endógena • As lipoproteínas são responsáveis por solubilização e o transporte de lípides. Cinco tipos principais de lipoproteínas são classificados por sua densidade e tamanho, determinados pela composição em lípides e apolipoproteínas. • Os quilomícrons (QM) são as maiores partículas, caracterizados pelo mais elevado conteúdo de TG advindo da dieta, muito pouco densas. • As VLDL (very low density lipoprotein), ou LP de muito baixa densidade, são partículas também grandes, porém um pouco menores do que os QM, rica em triglicerídeos. • Há, ainda, as LP de densidade intermediária ou IDL (intermediate density lipoprotein) • LP de baixa densidade ou LDL (low density lipoprotein), se adere nas intimas dos vasos e forma placas de ateroma • As LP de alta densidade ou HDL (high density lipoprotein), são mais ricas em proteínas com menor conteúdo de colesterol e TG, o que determina seu menor tamanho e maior densidade. • Lipoproteína (a) [Lp(a)]: apresenta estrutura similar à da LDL, porém com uma apolipoproteína adicional denominada Apo A. Basicamente, os quilomícrons e as VLDL são as chamadas lipoproteínas ricas em triglicérides. A LDL e a HDL, além da Lp(a), são as lipoproteínas ricas em colesterol. TG são a maioria dos lipídeos ingeridos > são hidrolisados em ácidos graxos absorvidos pelo intestino que formam os quilomícrons que migram pelo sistema linfático – ducto torácico para atingir a circulação sistêmica. Na circulação sistêmica será metabolizado pela lipase lipoproteica no endotélio dos capilares do tecido adiposo e músculo (energia). Os remanescentes quilomícrons são capturados por fígado e metabolizados em VLDL lipoproteínas ricas em TG. Sofre ação da LPL (lipase lipoproteica) reduzem TG do VLDL até IDL e LDL. LDL é capturado por células periféricas e hepáticas pelo receptor de LDL. Expressão do LDLR nos hepatócitos é o principal modulador para nível de LDL sérico. LDLR também está relacionado ao nível de colesterol intracelular hepático (níveis hepáticos baixos aumenta produção de receptor). Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.comnão apresentam sobrepeso e nem HAS, Para confirmar o diagnostico tipo LADA é necessário fazer um exame chamado: SOLICITAR: anticorpos anti-células Beta, anti-GAD. FATORES DE RISCO: A acantose nigricans é uma lesão de pele hiperpigmentada decorrente de hipersulinemia que costuma aparecer em regiões de dobras (axilas, pescoço, virilha e afins). Em relação a resistência insulínica, temos: • Acantose nigricans e pré diabetes OUTRAS DIABETES Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 4 ||| Em outras doenças, temos: • HAS; • Ovários policísticos; • Doença cardiovascular; • HDL 250 Em fatores de risco modificáveis, temos: • IMC > ou igual a 25; • Obesidade central; • Sedentarismo Em fatores de risco NÃO modificáveis, temos: • Não caucasiano, asiático; • Idade maior ou igual a 45; • Parente (1º grau) com DM Quando temos um diagnóstico de DM2 o corpo já começa a apresentar defeitos fisiopatológicos anos antes e isso tem relação direta com a obesidade. Nem todo obeso terá resistência à insulina. O aspecto de resistência da ação da insulina está relacionado com o desenvolvimento de complicações macrovasculares e microvasculares (AVC, infarto e aterosclerose). FISIOPATOLOGIA DO DM2: • Hiperglicemia e resistência a ação da insulina; • Diminuição da produção hepática de glicose; • Lipotoxicidade; • Lipólise Temos que a resistência a insulina é resultante mais de fatores ambientais, enquanto a alteração da secreção de insulina é mais resultante da genética + epigenética. Esse paciente terá uma mudança do TGI, devido ao processo inflamatório que ocorre devido as citocinas. O paciente não chega a apresentar febre, porque isso vai ocorrer de forma intracelular. Essa mudança do TGI ocorre pelo aumento de lipossacarídeos, aumento de DNA/RNA (produtos de bactérias) e diminuição dos ácidos graxos curtos. ALTERAÇÕES DA MICROBIOTA: o paciente mais magro tem maior diversidade bacteriana e barreira intestinal integra enquanto o obeso é o contrário, ele tem uma maior permeabilidade da barreira gerando inflamação. Essa evolução vai se dar da seguinte forma: Quais fatores ambientais podem alterar na DM2? • Alimentos calóricos + densos; • Alimentos ultraprocessados; • Menor frequência de atividade física; • Alteração do sono; • Uso de ATB na infância; • Antipsicóticos atípicos; • Interrupção do fumo; • Disruptores; • Pré natal, parto e amamentação Quais alterações endócrinas teremos? No paciente magro ele tem o “macrófago do bem” o M2. Ele é um macrófago regenerativo. Quando se tem a alteração da microbiota, com aumento da permeabilidade e do LPS vai fazer com que o tecido adiposo transforme o M2 (que vai estar diminuído), através de uma substância Treg, macrófago inflamatório (M1). Então, vai liberando citocinas como a TNFa e a IL6, contribuindo com o processo inflamatório subclínico que acarretará DM2, e causará hipertrofia e hiperplasia das células adipócitas. REDUÇÃO DA MASSA DE CÉLULA B NO DM2: Vai ter uma hiperlipidemia, pois vai ter mais produção de ác. Graxos, pois deixou-se de utilizar glicose com fronte de energia e passa a utilizar lipólise. Não tem como a insulina transformar aquela glicose em fonte de energia, então essa lipotoxidade, glicotoxidade a produção de inflamação e citocinas e citocinas inflamatórias vai levar à APOPTOSE DE CÉLULAS BETA. DESDIFERENCIAÇÃO DA CÉLULA BETA: Um defeito fisiopatológico que foi descoberto nesses últimos 10 anos. A célula, passando por uma hiperglicemia de moderada a grave, vai sofrer uma dieta hiperlipídica modulação da microbiota aumento da permeabilidade do TGI e LPS (lipopolissacarideo) resistência à insulina inflamação DESENVOLVIMENTO E PROGRESSÃO DO DM2 E COMPLICAÇÕES Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 5 ||| desdiferenciação e não vai produzir mais insulina e passa a produzir glucagon. REDIFERENCIAÇÃO: Quando a célula normal sofre um stress metabólico pela presença de citocina, lipotoxicidade, glicotoxidade, vai ter um aumento da massa das ilhotas, e uma parte vai ser perdida por causa da desdiferenciação. Se fazer um tratamento precoce de boa qualidade, essas células Betas voltem a produzir novamente a insulina. RIM DIABÉTICO: A nível de rins, vai ter um aumento da reabsorção da glicose e sódio, pelo aumento da SGLT-2, um cotrasnportador de glicose e sódio. Apesar do paciente diabético, quando atinge níveis de glicemia acima de 180, apresentar glicosúria, ele também tem uma ativação desse cotrasnportador. Vai aumentar a reabsorção de glicose e de sódio na vã tentativa de fazer com que essa glicose seja utilizada como fonte de energia. As novas medicações têm inibidores de SGLT2, que vão inibir essa reabsorção de sódio e glicose a nível de túbulo renal. QUADRO CLÍNICO DO DM1: • Pacientes jovens (crianças e adolescentes); • Magros; • Quadro agudo e clássico; • 4Ps da diabetes; A poliúria é a causa da polidipsia, já que o paciente urina muito, por ser uma substância osmoticamente ativa, então o paciente precisa beber muita água na mesma proporção. A gente também entende que o paciente diabético parece estar num eterno estado de jejum, as células não estão recebendo glicose para produção de energia, então vai aumentar a sensação da fome. É valido lembrar que é um caso agudo, então o paciente pode ter um quadro de destruição grande e rápida de células beta. Isso vai gerar o que? CETOACIDOSE DIABÉTICA. CETOACIDOSE DIABÉTICA Quando temos a liberação de ácidos graxos de forma exagerada, isso vai comprometer o fígado, realizando uma cetogênese. Isso vai ocasionar manifestações como: • Hipocalemia; • Hálito de acetona; • Manifestação respiratória de Kussmaul (na tentativa do pulmão de eliminar o H+ da respiração); • Manifestações gastrointestinais como dor abdominal pelo atrito dos folhetos, já que o paciente vai estar em desidratação, náuseas e vômitos. PACIENTE PADRÃO OURO: • Glicemia > 200mg/dl; • Presença de anticorpos (ICA, AA, anti-GAD...); • Não respondem a antidiabéticos orais; • Peptídeo C 0,1 • Respondem bem aos antidiabéticos orais nível de insulina muito baixo gera estado de jejum intenso ácidos graxos aumenta produção no fígado início da cetogênese aumento de íons H+ no sangue Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 6 ||| O que seria o estado hiperglicêmico hiperosmolar não cetótico (EHH)? A glicose em sua alta concentração acaba fazendo com que a água que fica retida nas células, vá para o plasma, levando a desidratação. Por isso pacientes que chegam nesse estado, apresentam; • Rebaixamento do nível de consciência; • Espoliação hidroeletrolítica devido ao aumento do volume urinário; • Não vamos encontrar sintomas gastrointestinais, nem respiratórios e nem hálito cetônico. QUAIS SINTOMAS O PACIENTE APRESENTA NA DM2? • Aumento da sede; • Micção frequente • Fome extrema; • Perda de peso inexplicável; • Presença de cetonas na urina; • Fadiga; • Irritabilidade; • Visão embaçada; • Feridas de cicatrização lenta; • Infecções frequentes (gengiva, pele, genital) QUADRO CLÍNICO DM – MODY: É meio que uma mistura entre o tipo 1 e- 052.643.824-09 - HP15416441962501 2 • HMG-CoA redutase atua na síntese do colesterol intracelular hepático. • PCSK9 – inibe a reciclagem do LDLR, reduzindo o nível dele na superfície dos hepatócitos. • HDL formado no fígado, intestino e circulação, sendo responsável pelo transporte reverso – tecidos periféricos para fígado. Aterosclerose possui origem multifatorial (dislipidemias, HAS, tabagismo, etc). Magnitude do processo proporcional ao nível de LDL. • Exames: jejum interfere apenas os níveis de TG. Se possível evitar o jejum. Dosagem de CT, HDL e TG. • LDL: formula (LDL (mg/dL) = (Colesterol Total – HDL-c) – (Triglicérides / 5), exceto se o paciente tiver TG > 400 mg/dl • Dosar a cada 5 anos após 20 anos ou a partir dos 35 anos homem e 45 anos mulher CLASSIFICAÇÃO DISL IPIDEMIAS PRIMÁR IAS É uma alteração familiar e o diagnóstico tem que ser feito precocemente, para prevenir as complicações (infarto e AVC) nos pacientes. Em se tratando de uma alteração familiar, o diagnóstico precoce auxilia na prevenção do infarto em um jovem de 25 anos, por exemplo, que carrega essa condição dos seus pais. normalmente, a dislipidemia primária está mais relacionada a pacientes magros, sendo raro pacientes com obesidade e dislipidemia primária. Ocorrem por mutações cuja codificação anômala altera a formação das apoproteínas e/ou dos receptores das lipoproteínas, gerando elevação destas e de seus respectivos conteúdos. As dislipidemias poligênicas, grande maioria dos casos, são causadas pelo efeito cumulativo de variantes genéticas denominadas polimorfismos de um único nucleotídeo. Já a monogênica corresponde a um gene específico com transmissão clássica. Hipercolesterolemia familiar, doença autossômica dominante – alteração mais comum no gene do LDLR. • Normalmente ao solicitar os triglicerídeos, precisa-se jejum de 12 horas. APRESENTAÇÃO CLÍNICA: Pouco expressivo. Formas Primárias: Relacionadas as suas principais alterações. Hipertrigliceridemia: são possíveis lesões cutâneas em faces extensoras de MMSS de coloração amarelas, denominados xantomas eruptivos. Propensos a desenvolver pancreatites, sobretudo TG > que 1000mg/dl. Pacientes com colesterol elevados são mais suscetíveis a eventos aterogênicos na 1° década de vida e podem apresentar xantomas tendinosos (região extensora de MMSS e MMII), Xantelasmas ou arco corneano. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 3 A ausência da pontuação da análise do DNA não exclui diagnóstico. DIAGNÓSTICO: Quando suspeitar? • CT > 230 e LDL > 160 mg/dl (2-20 anos) • CT > 260 e LDL > 190 mg/dl (> 20 anos) Suspeita de hipercolesterolemia familiar: o que fazer? 1) Rastreamento em cascata: pesquisar familiares 2) Teste genético 3) Estratificação TODOS os pacientes com hipercolesterolemia familiar serão considerados de alto risco cardiovascular! DISL IPIDEMIAS SECUNDÁR IAS • Dieta (alimentação adequada associada a atividade física) • Doenças Metabólicas (Obesidade, síndrome metabolica, resistência a insulina, diabetes) • Doenças sistêmicas (Hipotireoidismo, Doença de Cushing, síndrome nefrótica) • Drogas (Portadores de HIV que usam coquetel, Corticoesteroides) DISLIPIDEMIA SECUNDÁRIA A DIABETES Pode ser caracterizada por hipertrigliceridemia e elevação de VLDL, associando-se a redução na HDL e elevação na LDL (que apresenta partícula pequena e densa). A resistência à insulina está associada a lipólise e aumento da secreção hepática de glicose. Quando há lipólise, ocorre liberação de ácidos graxos livres para o fígado, utilizados na síntese de TG, liberando mais VLDL. A probabilidade desse paciente infartar é a mesma de um paciente não diabético que já infartou. CLASSIFICAÇÃO LABORATORIAL Tanto as hiper quanto as hipolipidemias podem ter causas primárias ou secundárias. Causas primárias são aquelas nas quais o distúrbio lipídico é de origem genética. Nas causas secundárias, a dislipidemia é decorrente de estilo de vida inadequado, de certas condições mórbidas, ou de medicamentos. PREVENÇÃO PRIMÁRIA (até 400) – LDL PREVENÇÃO SECUNDÁRIA (maior ou igual a 400) – não HDL Pacientes têm resistência, essa insulina sendo ineficaz diminuirá a ação da lipase pancreática. Portanto, nós teremos uma dislipidemia característica de um paciente diabético. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 4 Como é essa dislipidemia? Triglicerídeos aumentados, HDL baixo e LDL pequeno e denso. Se um paciente não diabético tem um LDL 130 e um paciente diabético tem o mesmo nível de LDL, entretanto, a molécula de LDL do paciente diabético tem uma conformação diferenciada que vai se aderir nos vasos e favorecer a formação da placa de ateroma. IMPORTANTE: A tríade clássica extremamente aterogênica da dislipidemia do diabetes é: a hipertrigliceridemia, aumento da produção hepática de VLDL, diminuição da atividade da lipase lipoprotéica, HDL baixo e LDL pequeno e denso após hidrólise causada pela lipase hepática. Na classificação laboratorial, as dislipidemias podem ser divididas de acordo com a fração lipídica alterada em: o Hipercolesterolemia isolada: aumento isolado do LDL-c (LDL-c ≥ 160 mg/dL). o Hipertrigliceridemia isolada: aumento isolado dos triglicérides (TG ≥ 150 mg/dL ou ≥ 175 mg/dL, se a amostra for obtida sem jejum). o Hiperlipidemia mista: aumento do LDL-c (LDL-c ≥ 160 mg/dL) e dos TG (TG ≥ 150 mg/dL ou ≥ 175 mg/ dL, se a amostra for obtida sem jejum). Se TG ≥ 400 mg/dL, o cálculo do LDL-c pela fórmula de Friedewald é inadequado, devendo-se considerar a hiperlipidemia mista quando o não HDL-c ≥ 190 mg/dL. o HDL-c baixo: redução do HDL-c (homensprematura de doença arterial coronariana; o Síndrome metabólica (critério IDF); o Hipertensão; o Tabagismo ativo até 1 ano atrás; o TFG 30 mg/g de creatinina; o Retinopatia diabética; o Neuropatia autonômica cardíaca. • DASC: o Escore de cálcio coronariano (CAC) > 10 o Placa carotídea com espessura médio- intimal maior que 1,5 mm o Presnça de placas ateroscleróticas na angio-CT de coronárias DOENÇA ATEROSCLERÓTICA CLÍNICA classificada pela presença de: o Síndrome coronariana aguda o Infarto agudo do miocárdio o Angina estável ou antecendente de infarto agudo do miocárdio o Acidente vascular cerebral aterotrombótico ou ataque isquêmico transitório o Revascularização coronariana, carotídea ou periférica o Insuficiência vascular periferica ou amputação de membros o Doença aterosclerótica grave (estenose > 50%) em qualquer território vascular QUE TIPO DE TESTE PODE/DEVE SER USADO PARA AVALIAR DCV EM PESSOAS COM DIABETES? Investigações que devem ser realizadas: o Avaliação rotineira da microalbuminúria para identificar pessoas com risco de desenvolver disfunção renal/alto risco de DCV futura o ECG em repouso em pessoas diagnosticadas com hipertensão/suspeita de DCV o O índice tornozelo-braço pode ser considerado um modificador de risco na avaliação de risco CV Investigação oportunista: o O escore de cálcio com TC pode ser considerado em pacientes assintomáticos de risco moderado RASTREAMENTO CARDIOVASCULAR NO PACIENTE ASSINTOMÁTICO: Pesquisa de isquemia silenciosa em pacientes com diabetes Recomendações: em pacientes com diabetes assintomáticos com os fatores de risco adequadamente controlados a triagem para DAC não apresenta melhora nos resultados clínicos. A angiotomografia de coronárias não reduz evento quando utilizada no manejo clínico de pacientes diabéticos, portanto não deve ser realizada rotineiramente em diabéticos assintomáticos. METAS TERAPÊUTICAS TRATAMENTO A terapia conforme o risco cardiovascular é realizada da seguinte forma: • Risco cardiovascular muito alto: é preferível a associação de ezetimiba e sinvastatina do que esta última isolada. • Risco cardiovascular alto: sempre que possível e tolerado, preferir estatina de alta intensidade • Risco cardiovascular intermediário: sempre que possível e tolerado, uso de estatina de intensidade pelo menos moderada para atingir a meta. • Risco cardiovascular baixo: o tratamento medicamentoso deve ser considerado naqueles com LDL persistente acima de 160 mg∕dL. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 6 NUNCA USOU ESTATINA As metas ao adicionar estatinas são: - MUITO ALTO RISCO: primeiros 3 meses, diminuir 50% do valor inicial; - ALTO: primeiros 3 meses, diminuir 50% do valor inicial; -INTERMEDIÁRIO: primeiros 3 meses, diminuir 30-50% do valor inicial; - BAIXO: primeiros 3 meses, diminuir 30-50% do valor inicial; PACIENTE USOU ESTATINA: - MUITO ALTO RISCO: LDL menor que 50/ não HDL menor que 80; - ALTO RISCO: LDL 70/ não HDL 100 - INTERMEDIÁRIO E BAIXO RISCO: LDL 100/ não HDL 120 TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO A conduta não medicamentosa deve ser recomendada a todos os pacientes com dislipidemia, incluindo, terapia nutricional, exercícios físicos e cessação do tabagismo. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO A decisão para o início da terapia medicamentosa das dislipidemias depende do: Risco cardiovascular do paciente: o Em pacientes de muito alto ou alto risco cardiovascular, o tratamento da dislipidemia deve incluir medicamentos já em associação com as modificações do estilo de vida a serem propostas. o Para os pacientes de risco moderado ou baixo, o tratamento será iniciado apenas com as medidas do estilo de vida, com a associação, em uma segunda etapa, de medicamentos, se necessário, para obtenção das metas definidas do LDL-c. O tempo de reavaliação após a implantação das medidas de modificações do estilo de vida pode ser de 3 a 6 meses. Tipo de dislipidemia presente: define a escolha da classe terapêutica ESTATINAS Inibidores da HMG-CoA redutase, uma das enzimas- chaves na síntese intracelular do colesterol. Reduz o conteúdo do colesterol, aumentando o n° de receptores de LDL nos hepatócitos que removem mais VLDL,IDL e LDL da circulação. • São os melhores agentes para a redução do colesterol plasmático. • Reduzem o LDL-c de 15 a 55%, TG de 7 a 28% e ↑ HDL de 2 a 10%. • Reduzem a mortalidade CV, AVC, incidência de IAM e necessidade de revascularização. Os pacientes devem ser monitorados com medidas das transaminases hepáticas (TGO e TGP) no início do tratamento e a cada mudança de dose da estatina. Se paciente apresentar sintomas musculares deve ser feito o monitoramento plasmático da creatinoquinase (CK). A síntese hepática de colesterol é máxima entre meia noite e 2 h da manhã, por isso estatinas devem ser usadas a noite, exceto atorvastatina e rosuvastatina que possuem meia vida maior. O risco de miopatia também aumenta com a administração concomitante de fibratos (sobretudo genfibrozila), deve ser substituído por fenofibrato. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 7 EZETIMIBA Inibidor da absorção do colesterol que atua na borda em escova das células intestinais, inibindo a ação da proteína transportadora do colesterol denominado de NCPL1. Usada isoladamente reduz cerca de 20% o LDL-c, porém a administração associada à estatina potencializa em 15-20% a redução do colesterol. Dose única 10mg via oral Uso isolado em casos de intolerância à estatina e em associação com estatina em casos de elevação persistente do LDL-c R ESINAS • Colestiramina (questran) MECANISMO DE AÇÃO: • As resinas atuam reduzindo a absorção enteral de ácidos biliares. Como resultado, ocorre aumento da conversão do colesterol celular hepático em ácidos biliares, com redução do colesterol, estimulando a síntese de LDLR e assim, aumentando a captação de LDL plasmático. • A adição de colestiramina ao tratamento com estatinas pode ser recomendada quando a meta de LDL-c não é obtida apesar do uso de estatinas potentes em doses efetivas. • A redução do LDL-c é dose-dependente e pode variar de 5% a 30% nas doses de 4 a 24 g ao dia. Fármaco de escolha para reduzir LDL em crianças e grávidas Os principais efeitos colaterais relacionam-se ao aparelho digestivo, por interferir na motilidade intestinal: obstipação (particularmente em idosos), plenitude gástrica, náuseas e meteorismo, além de exacerbação de hemorroidas preexistentes. Contraindicação em pacientes com hipertrigliceridemia (principalmente nos indivíduos com hipertrigliceridemia acentuada >400 mg/dL), pois é possível o aumento dos níveis de TG secundário ao estímulo à síntese hepática de VLDL. I NIBIDOR ES DE PCSK9 • Evolocumabe e alirocumabe PCSK9 é uma proteína que se liga ao receptor de LDL estimulando sua degradação, assim, os inibidores de PCSK9 aumentam o número de receptores de LDL, diminuindo o LDL e triglicerídeos plasmáticos. • Reduz o LDL em 59%, 12,6% nos TG e aumenta 7% do HDL Quanto à indicação dos inibidores da PCSK9 tratamento das dislipidemias, recomenda-se a utilização: - Somente em pacientes com risco cardiovascular elevado, em tratamento otimizado com estatinas na maior dose tolerada, associado ou não à ezetimiba, e que não tenham alcançado as metas de LDL-c ou não HDL-c recomendadas. - Além disso, adultos com hipercolesterolemia primária (familiar heterozigótica e não familiar) ou dislipidemia mista, como coadjuvante à dieta. HIPERTRIGLICERIDEMIA Pode ser definida com valor acima de150mg/dl. Secundária quando associada a doenças que aumentam a sua concentração, como DM2, obesidade, abuso de bebidas alcoólicas, Hipotireoidismo, gravidez, doença hepática gordurosa. IR, uso de drogas ou anticoncepcional, podendo haver uma contribuição genética associada. No tratamento da hipertrigliceridemia isolada são prioritariamente indicados os fibratos e, em segundo lugar, o ácido nicotínico ou a associação de ambos. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 8 No paciente com diabetes e hipertrigliceridemia leve à moderada (TG de 150 a 400 mg/dL), a combinação de estatina e fibrato geralmente não é recomendada para redução do risco cardiovascular. No entanto, em pacientes com triglicérides acima de 204 mg/dL associdados ao HDLdecorrente do aumento de corpos cetônicos em pacientes com níveis elevados de glicose no sangue. EHH – ESTADO HIPEROSMOLAR HIPERGLICÊMICO: Nesse estado, muita glicose vai ser perdida pela urina, e consequentemente, muita água vai ser transportada por osmose dos túbulos renais e será perdida ao ser EXCRETADA JUNTO COM A GLICOSE. Aqui temos um nível glicêmico igual ou maior a 600mg/dL. Dessa forma: • Hiperglicemia; • Diurese osmótica; • Depleção volume intravascular • Mais associada com a DM2 • Perda de líquido e desidratação Precisa ser encaminhado para o hospital, o paciente precisa fazer uso de insulina ev até que se recupere desse estado. Chegando lá, precisa fazer reposição de SF 0,9%. COMPLICAÇÕES CRÔNICAS DA DM PÉ DIABÉTICO: corresponde a uma neuropatia pela perda da sensibilidade nos pés e formação de úlceras. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 3 || | Essas úlceras, ao não cicatrizarem, levam ao acumulo de bactérias. Dessa forma, faz-se necessário o uso de antibioticoterapia. • Superficiais: cefalosporinas de 1ª, penicilinas, clindamicina, trimetoprima; • Moderadas: ampicilina/sulbactam, cefalosporina de 3ª ou 4ª + clindamicina, piperacilina/tazobactam; FÁRMACOS QUE PODEM CAUSAR HIPERGLICEMIA: • Glicocorticoides; • Antipsicóticos; • Inibidores de protease; • Agonistas B-adrenérgicos; • Diuréticos; • Hidantoínas; • Opioides; • Diazóxido; • Ácido nicotínico; • Pentamidina; • Epinefrina; • Interferonas; • Anfotericina B; • Asparaginase; • Acamprosato; • Basiliximabe; • Hormônios tireoidanos FÁRMACOS QUE PODEM CAUSAR HIPOGLICEMIA: • Antagonistas B-adrenérgicos; • Álcool; • Salicilatos; • AINES • Pentamidina; • Inibidores da ECA; • Cloreto de lítio; • Teofilina; • Bromocriptina; • Mebendazol CLASSES • Diabetes tipo 1; • Diabetes tipo 2; • Diabetes gestacional; • Outros tipos; DIABETES TIPO 1 Destruição de células B pancreáticas Acomete qualquer idade, tipicamente adolescentes Deficiência quase total ou total de insulina Sem tratamento evolui para morte – cetoacidose Tratamento com insulina DIABETES TIPO 2 Comprometimento na secreção e ação da insulina Tipicamente após os 40 anos de idade Deficiência relativa de insulina ou redução da sensibilidade de receptores a ação da insulina Muitos pacientes são assintomáticos, mas costumam apresentar em 80% dos casos obesidade e sobrepeso Tratamento com hipoglicemiantes orais e/ou insulina PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES DO DM 2: MANIFESTAÇÕES INICIAIS Normalmente silenciosa Fadiga ou mal estar Poliúria e noctúria Prurido generalizado DOENÇA MAIS AVANÇADA Poliúria, polidipsia Perda de peso não intencional Disfunção erétil Infecção urinária DOENÇA ANTIGA SEM DIAGNÓSTICO Cicatrização lenta de ferida e pé diabético Retinopatia Nefropatia Neuropatia Cetoacidose PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES DO DM 1: MANIFESTAÇÕES Evolução rápida; Câimbras; Polifagia (alimentação excessiva); Perda de peso; Poliúria e polidpsia Desidratação progressiva Fraqueza e tonteiras; Noctúria FARMACOTERAPIA DO DM II: HIPOGLICEMIANTES NÃO INSULINA ORAIS São fármacos que, quando ingeridos, tem a finalidade de baixar a glicemia e mantê-la normal (jejumtambém efeito diurético, contribuem para o tratamento da HIPERTENSÃO --> REDUZEM PA. EFEITOS: • Redução da reabsorção de glicose; • Redução da glicose plasmática; • Aumento da eliminação de glicose (50-100g por dia); • Baixo risco de desencadear hipoglicemia; • Promove perda de peso; • Também tem ação diurética e reduz PAS; • Redução das taxas de morte por doença cardiovascular (38%); • Redução das hospitalizações por IC (35%); • Redução das taxas de morte por qualquer causa (32%) EFEITOS DA EMPAGLIFLOZINA Pois já se verificou que esses pacientes com comprometimento renal favorece o acúmulo dessa droga no corpo. SECRETAGOGOS DE INSULINA Essas drogas atuam diretamente estimulando a secreção de insulina. Em conta partida, são drogas que podem desencadear mais a hipoglicemia. Pode ser dividido em: • Sulfonilureias; • Meglitinidas (atuam nos canais de cálcio); • Inibidores da Dipeptidil Peptidase IV • Agonistas do GLP-1 (atuam nas incretinas) As sulfonilureias atuam inibindo os canais de cálcio e ATPs, aumentando os níveis de K+ CLASSIFICAÇÃO DA 1ª GERAÇÃO A Clorpropamida não deve ser usada ou prescrita, NÃO é segura. Possui uma meia-vida muito elevada, aumento o risco de hipoglicemia, incluindo coma. Dose inicial de 250 por uma cp por dia. Tem muita interação medicamentosa. CLASSIFICAÇÃO DA 2ª GERAÇÃO FÁRMACOS CARACTERÍSTICAS Glibenclamida 1 vez ao dia, com nome comercial aglucil, daonil, diabexil Evitar em pacientes com insuficiência renal e pacientes idosos Glicazida Administrado 1 vez ao dia, com nome comercial diamicron MR, azucon MR, glicaron, uni-glic Glimepirida Administrado 1 vez ao dia, com nome comercial de amarul, glimepil, betes, bioglic. Mais segura em pacientes idosos! Glipizida Administrado 1 vez ao dia, com nome comercial de minidiab e glipgen Tem inicio de ação mais rápido, são mais potentes que de 1ª geração, melhor cobertura da elevação pós prandial da glicose. Reduz o nível de glicose tanto em jejum quanto pós prandial. Iniciada em pequenas doses e aumentadas a intervalos de 1-2 semanas, Elevam rapidamente os níveis de insulina, sendo usada imediatamente antes das refeições. O uso da terapia crônica faz com que ocorra liberação de insulina de forma mais uniforme. INIBIDORES DE SGLT2 SULFONILUREIAS Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 7 || | 50-80% dos pacientes respondem bem ao tratamento, mas sendo mais efetivos nos pacientes com diabetes tipo 2 mais recente (por meio da Desmopressina (DDAVP). Atua de forma seletiva sobre os receptores V2, aumentando a concentração urinária e reduz o fluxo de urina de maneira dependente de dose. É mais resistente a degradação que o ADH, e tem duração de ação maior de 3 a 4x. Promove aumento da osmolalidade. Se o paciente não tolera a desmopressina, ele pode usar Clorpropamida e carbamezepina, mas lembrando que a desmopressina é que é a droga de 1ª escolha. Os sintomas variam de: • Poliúria; • Enurese; Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 11 || | • Nictúria; • Polidipsia; Ou seja, paciente com DM urinam doce, já pacientes com insipidus possuem uma urina sem gosto. Temos os fármacos: • Tiazídicos; • Indometacina = reduz taxa de filtração glomerular, aumenta reabsorção do fluido no túbulo proximal. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 1 Endocrinologia – Acromegalia INTRODUÇÃO Doença sistêmica crônica, insidiosa e rara, decorre da secreção exagerada do hormônio de crescimento, o GH. Embora destaque seja dado ao hormônio de cres- cimento, o principal agente das modificações percebidas na acromegalia é o insulin-like growth fator I (IGF-1). Este que é secretado pelo fígado, em resposta ao estímulo do GH. Os tumores podem ser classificados como macroadenomas, quando exibem tamanho >1cm, sendo estes os mais comumente encontrados no momento do diagnóstico (em mais de 70% dos casos); ou, como microadenomas. EPIDEMIOLOGIA • Faixa etária entre 30-50 anos; • Frequência igual entre homens e mulheres; • Pacientes jovens apresentam quadros mais graves; • Os adenomas secretores de GH costumam ser MACROADENOMAS (> 10 mm); FISIOLOGIA O GHRH liga- -se a receptores acoplados à proteína G, ativando AMP-cíclico, elevando a adenilato ciclase, o que aumenta o influxo de cálcio intracelular, que além de manter os somatotrofos funcionais, incita a transcrição do gene do GH, bem como proporciona sua liberação. Outro secretagogo do GH é a grelina, embora tenha menor importância quando comparado com o GHRH. A grelina é um hormônio de origem gástrica, produzido durante o jejum que atua no hipotálamo, no receptor grelina tipo Ia (GHS-Ria), promovendo maior liberação de GHRH e assim, aumentando os níveis de GH. A secreção do GH se dá em pulsos. Estes ocorrem principalmente à noite, durante os estágios III e IV do sono. Em 24 horas, há cerca de 6-10 picos de GH. Esse picos podem variar de amplitude e concentração conforme idade, aumentando na adolescência, e diminuindo na vida adulta. Destaca-se aqui, a produção do IGF1, produzido principalmente pelo fígado (80%), mas também pelos ossos, músculo, rins e pela própria hipófise. Os IGFs circulam no plasma ligados a proteínas transportadoras, denominadas insulin-like growth factor binding proteins ou IGFBPs; estas modulam a atividade do fator de crescimento semelhante à insulina, podendo tanto intensificá-los quanto inibi-los. Os efeitos do GH podem ser obtidos, assim, tanto por ação própria, quanto pela atuação do IGF-1. Sobre a atuação do IGF-1, verifica-se o surgimento de resistência à insulina, como consequência, emerge do quadro hiperinsulinismo secundário, intolerância à glicose e diabetes melito (DM). • Pacientes com desnutrição, doença hepática, hipoT ou DM mal controlado vai ter o nível de IGF reduzido; • Enquanto pacientes grávidas ou em adolescência podem ter elevações fisiológicas de IGF; Este hormônio que atua de forma endócrina, tem papel na regulação do eixo somatotrófico, através de feed- back negativo (retroalimentação) sobre hipotálamo e hipófise ETIOLOGIA 98% dos casos de acromegalia se desenvolvem devido a presença de somatotropinomas (adenomas hipofisários secretores de GH). SOMATOTROPINOMAS: apresentam uma mutação ativadora na subunidade alfa da proteína G estimulatória do receptor do GHRH. Esta alteração induz a uma ativação constitutiva do AMPc, culminando com a acromegalia. QUADRO CLÍNICO As manifestações da acromegalia podem ser classificadas em 3 grupos. 1º GRUPO: efeito de massa do tumor, comprimindo as estruturas próximas, gerando sinais e sintomas como cefaleia; distúrbios visuais como hemianopsia bitemporal, por compressão do quiasma óptico; ou hipopituitarismo, quando há comprometimento de Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 2 outras áreas da glândula hipófise, comprometendo a produção hormonal. 2º GRUPO: encontram-se as alterações decorrentes da hipersecreção de GH como o aumento das extremidades, alterações cutâneas, faciais e musculoesqueléticas. 3º GRUPO: complicações resultantes do excesso do hormônio, envolvendo alterações cardiovasculares, endócrinas, metabólicas, esqueléticas e neoplásicas. QUEIXAS DE ALTERAÇÕES MENSTRUAIS NAS MULHERES E HIPOGONADISMO NOS HOMENS, são as principais queixas que levam os pacientes a procurar um médico. Doença começa de forma muito lenta e insidiosa. Embora as alterações fisionômicas chamem atenção no quadro típico da doença, como alargamento do nariz, aumento dos lábios, crescimento exagerado da mandíbula com prognatismo, proeminência frontal, separação dos dentes, má oclusão dentária, macroglossia e aumento dos arcos zigomáticos, dificilmente representam o motivo que conduz o paciente ao consultório. Muitos tecidos e órgãos apresentam receptor para IGF- 1. Por isto, pode- -se verificar o crescimento da língua, tireoide, coração, glândulas salivares, fígado, baço e rins, ocorrendo também, em alguns casos, hipertrofia prostática. Um aspecto fundamental da síndrome acromegálica é o que diz respeito às complicações cardiovasculares e neoplásicas. Nota-se aumento de extremidades em quase todos os casos; o crescimento de mãos e pés tornam comum a perca de calçados, luvas e anéis. Hiperidrose e pele oleosa com cheiro desagradável também são comumente relatados pelos pacientes. • Podem exibir fenômeno de Raynauld; • Podem apresentar pólipos adenomatosos colônicos; Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 3 As complicações decorrente da doença que faz com que o paciente vá ao médico: • Irregularidades menstruais; • Insuficiência cardíaca; • Diabetes Melito; • HPB; • Apneia do sono; • Síndrome do túnel do carpo; DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO LABORATORIAL É imprescindível a dosagem do IGF-1 e do GH, estes que geralmente encontram-se elevados em acromegálicos. A dosagem ao acaso do GH, no entanto, é utilizada para descartar a acromegalia. Se o valor obtido fora secreção total do GH, sem flutuações diárias, nem liberação pulsátil. OUTROS EXAMES: • Glicemia em jejum; • Cortisol; • TSH • T4 Livre; • Prolactina; • LH; • FSH; • Testosterona total em homens; EXAMES DE IMAGEM Como a maioria dos pacientes com acromegalia apresentam tumores hipofisários secretores de GH, fazmos: • Ressonância Magnética de Sela Túrcica Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 4 Para os pacientes que tenham contraindicação para a realização deste exame, opta-se pela realização da tomografia computadorizada (TC) de sela túrcica. OUTROS EXAMES: • Ecocardiografia; • Avaliação de distúrbios do sono; • Colonoscopia; • Exame físico da tireóide • Ecografia (se tumor for palpável); • Exames oftalmológicos com campimetria TRATAMENTO Temos como objetivos: • Controlar os efeitos de massas locais; • Normalizar a disfunção hormonal; • Preservar a função normal da hipófise; Um tratamento vai ser considerado efetivo quando normalizar os níveis de IGF e GH, que deve ser 2cm de diâmetro, níveis da GH >50 mg/ml e com invasão às estruturas próximas parecem se associar a menor sucesso cirúrgico, • 4 semanas após, dosar IGF-1 e o GH pós TOTG Na ocorrência de GH 15ng/ml MULHERES e 10> ng/ml em homens; • É uma anormalidade laboratorial Trata-se da alteração endócrina mais comum do eixo hipotalâmico-hipofisário, predominando no sexo feminino. A prolactina é um hormônio sintetizado e secretado pelos lactotrofos hipofisários que respondem a cerca de 15% a 20% da população da adeno-hipófise. A liberação de prolactina encontra-se sob inibição tônica predominantemente da dopamina. Assim, a dopamina inibe a secreção de prolactina por inibir a adenilciclase, ativar os canais de potássio e inibir os canais de cálcio. Vários neuropeptídios são fatores de liberação da prolactina, como o TRH, a ocitocina, o peptídio intestinal vasoativo (VIP) e a neurotensina. EPIDEMIOLOGIA Mais comum em indivíduos com sintomas possivelmente relacionados à hiperprolactinemia. • 9% em mulheres com amenorreia; • 25% naquelas com galactorreia; • 16 a 30% entre mulheres inférteis; • 70% naquelas com amenorreia e galactorreia • Hiperprolactinemia tem também sido relatada em 3 a 10% dos pacientes com disfunção erétil e/ou ejaculação precoce. Em mulheres com idade entre 25 e 34 anos, relatou-se que a incidência anual de hiperprolactinemia é de 23,9 por 100.000 pessoas-ano. ETIOLOGIA A principal etiologia são os adenomas hipofisários secretores de PRL (prolactinomas), cuja prevalência estimada situa-se entre 6 e 10 por 100.000 a aproximadamente 50 por 100.000. Podemos dividir a etiologia em 3 causas: • Fisiológica; • Farmacológica; • Patológica; Causas Fisiológicas: As mais importantes causas fisiológicas de hiperprolactinemia é a gravidez (na qual a PRL se eleva em cerca de 10 vezes) e a amamentação. Além disso temos durante estresse, exercício, coito, manipulação da mama e sono. • Costumam cursar com níveis de prolactina inferiores a 50 ng/ml. Causas Farmacológicas: Os antipsicóticosconvencionais e os antidepressivos são os medicamentos que mais frequentemente provocam hiperprolactinemia (medicamentos que inibem a dopamina). A maior afinidade por esses receptores ocorre com a risperidona, um antipsicótico atípico (APA). Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 2 Causas Patológicas: A principal causa de hiperprolactinemia patológica são os prolactinomas, que representam o adenoma hipofisário funcionante mais comum (cerca de 40% dos casos). • Níveis de prolactina > 150-200ng/ml sugerem prolactinomas; Doenças Sistêmicas: Hiperprolactinemia é encontrada em até 40% dos pacientes com hipotireoidismo primário franco e em até 22% daqueles com hipotireoidismo subclínico. • Encontrado também na doença de Addison pelos corticoides; • Achado comum em pacientes com cirrose hepática ou insuficiência renal. • Hiperprolactinemia já foi relatada em pacientes com linfoma, carcinomas de mama e cólon, lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide e mieloma múltiplo avançado. • Prolactinoma ou tumor co-secretor de GH/PRL Aproximadamente 30% dos pacientes com insuficiência renal crônica, e até 80% dos pacientes em hemodiálise, têm níveis elevados de PRL. HIPERPROLACTINEMIA NEUROGÊNICA: Pode ocorrer elevação reflexa da PRL mediada pela ativação das vias aferentes que seguem pelo cordão medular, em decorrência de lesões irritativas da parede torácica e por patologias do cordão medular (tabes dorsalis). CRISE CONVULSIVA: Achado em pacientes que sofreram convulsão do lobo frontal e do lobo temporal (mais comum temporal). HIPERPROLACTINEMIA IDIOPÁTICA: A denominação hiperprolactinemia idiopática (HI) tem sido reservada para os pacientes sem uma causa óbvia para o distúrbio hormonal. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Galactorreia; • Hipogonadismo • Infertilidade Nas mulheres, distúrbios menstruais ficam claros: oligo ou amenorreia. Já em mulheres que fazem uso de anticoncepcional isso pode ficar mascarado. Além disso, redução de libido e dispareunia estão frequentemente associados. Nas crianças e adolescentes, pode haver retardo ou interrupção da puberdade. Nos homens, temos: redução da libido, disfunção erétil, rarefação da pilificação corporal, redução da massa muscular, infertilidade. Galactorreia em homens costuma ser mais raro. • A redução da densidade mineral óssea (DMO) pode ocorrer em ambos os sexos em decorrência do hipogonadismo prolongado. Pode causar cefaleia periorbitária e bitemporal, distúrbios visuais pela compressão do quiasma, além de hipopituitarismo. DIAGNÓSTICO • É fundamental descartar gestação, idealmente, por meio de teste de gravidez. Na anamnese, investigar o uso de substâncias que podem estar aumentando a prolactina. Avaliar caso de: • HipoT • SOP; • Insuficiência renal; • Cirrose Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 3 • Estimulo mamário frequente Questionar presença de distúrbios menstruais e sexuais. Verificar sinais de alerta para tumores intracranianos, como cefaleia, alterações visuais e distúrbios neurológicos. Ao exame físico, verificar a presença de galactorreia, bócio, hirsutismo/hiperandrogenismo nas mulheres, redução do campo visual por confrontação e existência de lesões irritativas ou traumáticas na parede torácica (queimaduras, herpes-zóster). ACHADOS LABORATORIAIS: Recomenda-se uma segunda dosagem. Idealmente, a medida deve ser feita pela manhã, após repouso de 20 minutos. Nas pacientes com doenças sistêmicas, como hipotireoidismo, SOP, cirrose ou em uso de medicamentos que elevam a prolactinemia, os níveis geralmente sãona menopausa. • Em macroprolactinomas a manutenção do tratamento deve ser feita. TRATAMENTO CIRÚRGICO: A cirurgia, preferencialmente transesfenoidal, é reservada para os casos de intolerância ou resistência aos ADs e persistência de tumor compressivo, apesar das doses máximas de AD, bem como sinais graves de compressão ou apoplexia do macroadenoma. RADIOTERAPIA A radioterapia é indicada para os casos de macroprolactinomas não responsivos aos ADs e cirurgia ou nos casos em que estes estão contraindicados. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 1 Endocrinologia – Sindrome de Cushing INTRODUÇÃO: A SC é uma doença neuroendocrinológica causada pela interrupção do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal levando à exposição crônica a glicocorticoides, cuja fonte tanto pode ser endógena quanto exógena, resultando em aspectos clínicos de distribuição anormal de gordura (obesidade centrípeta), disfunção gonadal, hipertensão, entre outras. • Também denominada hipercortisolismo, é um complexo de sinais e sintomas que resulta da excessiva exposição dos tecidos ao cortisol. Mais comum no sexo feminino, início dentre 15 e 50 anos, de progressão lenta. FISIOPATOLOGIA O córtex possui três camadas distintas: glomerulosa, fasciculada e reticular. A primeira é responsável pela produção de aldosterona (mineralocorticoide), e as duas últimas produzem cortisol (glicocorticoide) e androgênios, respectivamente. A medula produz catecolaminas. A estimulação de neurônios hipotalâmicos induz a liberação de hormônio coticotrófico (CRH) na hipófise que libera na corrente sanguínea o hormônio ACTH. Estes agindo em receptores acoplados à proteína G estimula a síntese e liberação de cortisol. O cortisol atuando sobre o hipotálamo e hipófise anterior inibe a liberação de ACTH. O controle de síntese e liberação de cortisol é realizado pelo sistema nervoso central – quer por uma via neural direta, quer por uma via hormonal, ativando o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. A ativação neural está ligada ao processo do despertar, enquanto a via hormonal está ligada ao controle do estresse. Em circunstâncias fisiológicas, ou seja, quando o indivíduo não está exposto a situações de estresse, a secreção do cortisol é regulada pelo ciclo circadiano. Ao longo do dia, o cortisol apresenta concentrações elevadas pela manhã, com pico trinta minutos após acordar, seguindo com queda progressiva no restante do dia e concentrações mais baixas no começo da noite. SÍNDROME DE CUSHING EXÓGENA Na síndrome de Cushing exógena, a desordem é provocada pelo uso excessivo ou prolongado de corticosteroides, como a prednisona, dexametasosa, hidrocortisona. O excesso de cortisol suprime o ACTH, diminuindo a produção de cortisol pelo córtex da adrenal. SÍNDROME DE CUSHING ENDÓGENA A SC endógena pode ser classificada em relação à etiologia em dois grandes grupos, de acordo com as concentrações plasmáticas de ACTH em: SC ACTH- Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 2 dependente (relacionam a doenças do eixo hipotálamo- hipofisário) e ACTH-independente (ocorrem em consequência de doenças primárias da suprarrenal). Independente de ACTH: • Adenoma adrenal • Carcinoma adrenal • Hiperplasia nodular adrenal • Cortisol alto fará feedback negativo no ACTH, que se encontra baixo. ACTH dependente: • Doença de Cushing: refere-se ao hipercortisolismo causado pela secreção excessiva de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) por lesão hipofisária. • Síndrome ACTH ectópico: secundária a doenças malignas, como carcinoma pulmonar de pequenas células. • ACTH de origem desconhecida DOENÇA DE CUSHING Quanto à Doença de Cushing (DC) refere-se ao hipercortisolismo causado pela secreção excessiva de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) por lesão hipofisária, sendo essa a causa mais frequente de SC endógena. Alguns pacientes apresentam alguns dos sinais e sintomas característicos, como mal-estar generalizado, obesidade e fraqueza muscular, porém o diagnóstico pode ser lento pois parte da sua manifestação ainda permanece ampla e não específica. Outros sintomas, incluindo suor excessivo, pelos no corpo, ansiedade, depressão, facilidade de obter hematomas e irritabilidade, são difíceis de diagnosticar, e não são inicialmente alarmantes aos pacientes ou se apresentam de forma gradativa o suficiente para serem notados apenas em retrospecto. A doença está associada ao aumento da mortalidade e a complicações variadas devido à adiposidade visceral, resistência à insulina, hipertensão e hipercoagulabilidade, levando a riscos como doença cardíaca isquêmica, doença cerebrovascular, diabetes mellitus osteoporose e infecções (devido ao estado de imunossupressão). A DC apresenta-se principalmente pelo ganho de peso em obesidade central, fadiga com miopatia proximal, afinamento da pele com estrias arroxeadas e hematomas difusos. No caso de pseudocushing, definida pela condição na qual os pacientes apresentam o quadro clínico e níveis de cortisol anormais, porém não é causado por disfunções eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, a manifestação se dá de maneira parcial apresentando obesidade, estresse, diabetes mellitus descontrolado e síndrome do ovário policístico (SOP). A doença de Cushing é a síndrome de Cushing que resulta de excesso de produção do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), geralmente secundária a adenoma hipofisário. Nos doentes com doença maligna, particularmente no carcinoma de pequenas células do pulmão, os sintomas de hipercortisolismo clássicos – obesidade central, estrias, hipertensão, fácies em “lua-cheia” – não são os mais prevalentes, devido ao estado consumptivo muitas vezes induzido pela rápido turnover tumoral. Ao invés, estão presentes sintomas de “wasting”, como perda ponderal e de massa muscular, hiperpigmentação, miopatia, hipocalemia, osteoporose. Como as formas ectópicas de fontes não hipofisárias, podendo ocorrer de duas maneiras já descritas na literatura: Síndrome de Cushing Ectópica (SCE) associada a neoplasias agressivas e SCE com tumores indolentes e ocultos. A SCE é considerada uma síndrome paraneoplásica. As síndromes paraneoplásicas referem-se a distúrbios clínicos que não podem ser diretamente atribuídos aos efeitos físicos do tumor primário ou metastático. Podem ser causados por: 1. produção de substâncias pelas células tumorais responsáveis por efeitos sistémicos; 2. diminuição de substâncias habitualmente presentes no organismo, que leva ao aparecimento de sintomas; e 3. resposta imunitária do hospedeiro ao tumor. Cerca de 50% dos tumores ectópicos causadores da Síndrome de Cushing são pulmonares; se mostrando, em alguns casos, indistinguíveis das características da Doença de Cushing, sendo, portanto, muitas vezes impossível estabelecer diferenciações. QUADRO CLÍNICO Gerais: • Ganho de peso, fraqueza, hipertensão, edema, giba de búfalo (coxim de gordura dorsal- cervical), calvício feminina, pletora facial, estrias cutâneas largas e avermelhadas Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 3 As manifestações clínicas da síndrome de Cushing podem ser categorizadas em reprodutivas, dermatológicas, metabólicas, cardiovasculares, musculoesqueléticas, neuropsiquiátricas e infecciosas. Além da considerável morbidade causada pelo hipercortisolismo, também há um aumento nas taxas de mortalidade. Cutâneos: • Adelgaçamento dapele, hirsutismo, pletora, estrias (ocorrem quando a pele frágil se estende devido ao aumento do tronco, seios e abdômen), contusões fáceis, acne. • As estrias aparecem como estrias largas, roxo- -avermelhadas, porque a pele cada vez mais fina não esconde a cor do sangue venoso na derme subjacente. • Infecções fúngicas, especialmente tinea versicolor, são frequentemente encontradas no tronco. Musculoesqueléticos: • Osteopenia ou fratura. Neuropsiquiátrico: • Depressão, labilidade emocional. Disfunção gonadal: • Alterações menstruais (amenorreia), diminuição da libido. Metabólicos: • Intolerância a glicose (é principalmente devido à estimulação da gliconeogênese pelo cortisol e resistência periférica à insulina causada pela obesidade) Na imagem temos paciente com Síndrome de Cushing apresentando faces em lua cheia e pletora facial, além de depósito aumentado de gordura em pescoço e face. Obesidade visceral e ginecomastia. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 4 Reprodutivo: Irregularidades menstruais devido a correlação com o aumento do cortisol sérico e a diminuição das concentrações séricas de estradiol, mas não com as concentrações séricas de androgênio. Sinais de excesso de andrógeno adrenal: O excesso de andrógeno nas mulheres afetadas pode causar os seguintes sintomas: hirsutismo, pele facial oleosa e acne no rosto, pescoço ou ombros e virilização. Cardiovascular: • IAM, AVC e tromboembolismo; • Hipertensão e dislipidemia DIAGNÓSTICO 1. Confirmar o hipercortisolismo: Teste de supressão com dexametasona: • O esperado é que haja uma supressão do cortisol. • Pode ser administrado 1g overnight de dexametasona às 23h, e o cortisol plasmático é dosado às 8h do dia seguinte. Na maioria dos pacientes normais, esse fármaco diminui o cortisol sérico matinal para 1,8 µ/dl após dose de dexametasona. Dosagem de cortisol a meia noite: • Sérico ou salivar • O cortisol normalmente tem limites entre 5 e 25 μg/dL no início da manhã e diminui gradualmente para 120 μg/24h e > 331 nmol/24 h]) em quase todos os pacientes com síndrome de Cushing. • Entretanto, vários pacientes com elevações de cortisol urinário livre entre 100 e 150 μg/24 h (276 e 414 nmol/24 h) apresentam obesidade, depressão ou síndrome de ovários policísticos, mas não síndrome de Cushing; • Um paciente com suspeita de síndrome de Cushing, com concentração muito elevada de cortisol urinário livre (> 4 vezes o limite superior da normalidade), quase certamente apresenta síndrome de Cushing). Uma vez confirmado o hipercortisolismo endógeno, o segundo passo na investigação é determinar se a síndrome de Cushing é dependente ou independente de ACTH, que se faz pela medida de duas amostras do ACTH plasmático. 2. Determinar a causa do hipercortisolismo: Se o paciente tiver síndrome de Cushing independente de corticotropina (ACTH), a tomografia computadorizada (TC) das glândulas suprarrenais é geralmente o próximo procedimento, procurando uma massa adrenal. Dosagem do ACTH (às 23h): • Se > 20 pg/ml: ACTH dependente • Se 2 e/ou após o estímulo > 3 é compatível com doença hipofisária (doença de Cushing). Teste de supressão com altas doses de dexametasona (Liddle 2): • É um teste de supressão do ACTH realizado com doses bem mais altas de dexametasona. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 5 • Síndrome do ACTH ectópico (SAE) – supressão 50% A supressão do cortisol durante a administração de dexametasona, associada a aumentos no ACTH plasmático e no cortisol sérico após a administração de CRH, é consistente com o diagnóstico de adenoma hipofisário (doença de Cushing). Exames de imagem: • Hipófise • Adrenal • SAE TRATAMENTO DOENÇA DE CUSHING: • Adenomectomia transesfenoidal (tumores menores) e bilateral • Hemihipofisectomia • Radiação Pituitária Devido essas notáveis taxas de recidiva grande parte dos pacientes precisa ser submetida a uma segunda modalidade de tratamento que inclui irradiar tumores hipofisários, através de: • radioterapia convencional (CRT): técnica que fornece radiação ionizante para atingir pequenos tumores; • radioterapia estereotáxica (SRT): técnica que fornece grande radiação ionizante aos tumores-alvo por métodos estereotáxicos, enquanto poupa o tecido circundante. A adrenalectomia total bilateral com terapia diária de reposição de glicocorticóides e mineralocorticoides por toda a vida é a cura definitiva final e pode ser preferida por alguns pacientes em vez da radioterapia. PRODUÇÃO ECTÓPICA DE ACTH: • Drogas inibidoras da síntese de esteroides: o Cetoconazol – 200 a 1200 mg/dia o Metirapona o Aminoglutetimida – 750-6000 mg/dia Para os pacientes com tumores não ressecáveis, o hipercortisolismo pode ser controlado com inibidores da enzima adrenal, como cetoconazol, metirrapona e etomidato. Alguns pacientes têm tumores indolentes e uma expectativa de vida longa, mas não podem ser curados cirurgicamente. Esses pacientes podem ser tratados com mitotano para obter uma adrenalectomia médica. TUMOR DE SUPRARRENAL: • Remoção cirúrgica • Metástases: mitotano (6 a 12g/VO/dia) Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 1 Endocrinologia – Sindrome Metabolica INTRODUÇÃO: A Síndrome Metabólica (SM) é definida por um transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco cardiovascular usualmente relacionados à deposição central de gordura e à resistência à insulina. Entre outros fatores que são incluídos na SM, temos: • Dislipidemia aterogênica; • Hipertensão; • Doença hepática gordurosa não alcóolica • Apneia obstrutiva do sono A definição do National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III) -a mesma que a diretriz brasileira segue - preconiza o uso da clínica e não exige a comprovação de resistência à insulina, facilitando a sua utilização. Ele foca no risco cardiovascular, que não usa como critério obrigatório a evidência de anormalidades na insulina ou na glicemia. • DX: ao menos 3 desses 5 critérios. Se tiver, otipo 2. Do tipo 1 carrega a característica da ausência de anticorpos e o estereótipo do paciente jovem e magro. Já do tipo 2 traz as manifestações, por isso é bem mais difícil de diagnosticar e acaba recebendo diagnóstico errado. COMPLICAÇÕES: COMPLICAÇÕES CRÔNICAS: a diabetes causa doença de vaso!!! Altos níveis glicêmicos comprometem a estrutura vascular. No que diz respeito a parte MICROVASCULAR: temos lesão endotelial pelo aumento da inflamação da parede vascular pelo estresse oxidativo Dessa forma, temos alterações na vasodilatação e lesões graves como trombose. É importante que além das queixas, façamos na hora do exame físico exame dos olhos e pés • Retinopatia; • Nefropatia; • Neuropatia; • Pé diabético; No que diz respeito a MACROVASCULARES: a inflamação e a glicolisação de proteínas e aceleração do processo aterosclerótico gera obstruções que vão causar uma insuficiência sanguínea. Também possuem mais relevância no quesito de mortalidade. • DAC; • Doenças cerebrovasculares; • Arteriopatia periférica DIAGNÓSTICO: Requer uma boa anamnese buscando os 4Ps e a presença de fatores de risco como erro alimentar e sedentarismo. Se o paciente já é diagnosticado é importante perguntar quando se deu o início, se teve episódio de hipoglicemia e qual tratamento vem realizando (saber os medicamentos). Para fechar o diagnóstico, saber sobres exames laboratoriais: • Glicemia em jejum; • Teste oral de tolerância à glicose (TOTG); • Hemoglobina glicada (HbA1c) Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 7 ||| Sobre a glicemia em jejum, o paciente é ideal que esteja por pelo menos 8h. O TOTG é realizado em 3 etapas: realização de uma glicemia em jejum, ingestão oral de 75g de glicose e coleta de amostra após 2h para medir a glicemia. Já a hemoglobina glicada tem menor sensibilidade, mas reflete sobre o controle glicêmico nos últimos 2-4 meses. Quanto maior for o nível glicêmico, mais desse composto haverá no sangue. A gente consegue ver bem entre esses meses porque é o tempo de meia vida das hemácias. Quando fechar diagnóstico? Quando temos pelo menos 2 exames desses alterados. Caso o primeiro exame indique um quadro de pré diabetes, é recomendado que seja solicitado um TTGO para sobrecarregar o pâncreas e ver se está funcionando bem. O QUE É UMA DESCOMPENSAÇÃO FRANCA? Paciente chega no consultório com um quadro clássico de DM (vulgo 4 Ps) e com uma glicemia aleatória (daquelas colhidas com glicosímetro) ≥ 200mg/dL a gente já pode fechar o diagnóstico de DM sem precisar de exame laboratorial. COMO RASTREAR PACIENTES ASSINTOMÁTICOS? A gente só deve fazer rastreio em pacientes que tenham ao menos 1 desses 2 critérios: • Idade > ou igual a 45; • Obesidade + 1 fator de risco (mínimo); ALGORITMO DE MANEJO E TTO DA PESSOA IDOSA COM DM2: PACIENTE INDEPENDENTE: • O alvo da HbA1c 1,5% acima do alvo glicêmico, muitos pacientes precisarão de terapia dupla combinada para atingir o nível alvo de HbA1c.” Existem dados para apoiar a terapia combinada inicial para alcançar mais rapidamente os objetivos glicêmicos e um ensaio clínico recente demonstrou que essa abordagem é superior à adição sequencial de medicamentos para atrasar a falha primária e secundária. Além disso, como a eficácia absoluta da maioria dos medicamentos orais raramente excede 1%, a terapia combinada inicial deve ser considerada em paciente com níveis de HbA1c 1,5 a 2,o% acima da meta. PARÂMETRO MAIS RECENTE DE AVALIAÇÃO DO CONTROLE GLICÊMICO: TRATAMENTO: COMO ESCOLHER UM ANTIDIABÉTICO? Deve ser levado em consideração bastante coisa, como: • Estado geral e idade do paciente; • Obesidade; • Comorbidades presentes (do diabetes ou não), principalmente doença renal crônica diabética e doença cardiovascular; • Valores de glicemia de jejum e pós-prandial, bem como a hemoglobina glicada; • Eficácia do medicamento; • Risco de hipoglicemia; • Interações farmacológicas, reações adversas e contraindicações • Custo do medicamento TTO NÃO FARMACOLÓGICO: • Mudança do estilo de vida (MEV) é indicado aos diabéticos e aos pré também; • Adequação alimentar; • Atividade física; • Cessação do tabagismo; TTO FARMACOLÓGICO: Temos 8 classes principais de medicamentos, que são: BIGUANIDAS: Metformina é o medicamento mais utilizado no tratamento de pacientes diabéticos, uma vez que ela está indicada para todos os pacientes DM 2 que não tenham contraindicação. pode ser prescrita para os pré-diabéticos que tenham pelo menos 2 fatores de risco para DM. Por que isso? Para que ele tenha mais tempo para esperar os efeitos da MEV. A metformina tem como principal efeito a redução da gliconeogênese hepática, atuando sobre o fígado. Também é responsável por retardar a absorção intestinal de carboidratos = vai diminuir a resistência insulínica. CONTRAINDICAÇÕES: insuficiência renal ou cardíaca, acidose grave ou gravidez; EFEITOS ADVERSOS: gastrointestinais, dor abdominal, diarreia, empachamento. GLITAZONAS: tem como principal representante a Poliglitazona, que é a nossa segunda opção de droga quando o paciente tem contraindicação ou não respon- deu bem à Metformina. Normalmente, demora semanas para agir. Age sobre um receptor conhecido como PPAR-γ (peroxisome proliferator-activated receptor-γ), que está relacionado aos tecidosadiposo e muscular, promovendo o metabolismo da glicose e também a produção de adipócitos. além de diminuir a resistência insulínica nos tecidos adiposo e muscular, também está relacionado a uma maior formação de adipócitos (e, por isso, ganho de peso) nas regiões periféricas do corpo. CONTRAINDICAÇÕES: insuficiência cardíaca (NYHA III ou IV); insuficiência hepática e gravidez EFEITOS ADVERSOS: edema, insuficiência cardíaca, ganho de peso, infecção em trato respiratório alto, sinusite e faringite Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 9 ||| SULFONILUREIAS: juntamente com a biguanida é uma das mais utilizadas no tratamento. • Representante de primeira geração: tolbutamida • Representante de segunda geração: gliclazida e glibenclamida • Representante de terceira geração: glimepirida Basicamente,paciente tem síndrome metabólica. A OMS utiliza também valores de IMC para avaliar o nível de gordura de uma pessoa, sendo preditor de obesidade. EPIDEMIOLOGIA A SM eleva a taxa de mortalidade por doença cardiovascular em cerca de 2,5 vezes e a taxa de mortalidade geral em cerca de 1,5 vez. No Brasil, a prevalência da SM ainda é desconhecida, pois não existem estudos publicados com dados representativos sobre o tema. • Manifestações começam na idade adultos; • Faixa dos 50 anos; Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 2 • Acomete mais homens; • Porém mulheres com ovários policísticos estão sujeitas a desenvolver a síndrome ainda que magras ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA A hipótese etiológica identifica a resistência à insulina e a produção excessiva de ácidos graxos consequentes a uma obesidade visceral ou central como os componentes-chave dessa doença metabólica que levará o indivíduo a apresentar DM2, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares em fases posteriores da vida. • Um dos maiores aspectos é a obesidade visceral com o corpo em formato de maçã (androide); Podemos ter problemas como: • Hipersensibilidade aos glicocorticóides; • Elevação dos níveis de glicose que a longo prazo podem levar ao paciente a desenvolver uma DM; • Aumento do risco de hipertensão; • Aumento da citocina inflamatória de IL-6 • Aumento de triglicerídeos e por isso aumento do risco cardiovascular • Redução do HDL QUADRO CLÍNICO O quadro clínico da síndrome metabólica é constituído de sinais e sintomas que são consequência das doenças associadas ao quadro. • Acrocórdons (tumorações no pescoço); • Acantose nigricans; • Polidpsia, poliúria; • Dores articulares • Alterações menstruais; • Alteração do libido • Apneia do sono • Cefaleia e mal estar • Cansaço e tonturas Já em relação de complicações relacionadas à obesidade podemos ter a DM, esteatose hepática, aterosclerose (DAOP), IAM, osteoartite, hiperuricemia, asma, nefropatia, SOP DIAGNÓSTICO IMC: ponto de corte – associação IMX x doença crônica/mortalidade: Limitações do IMC: • Distinção de massa gordurosa e massa magra (não distingue o que é gordura, por isso não é bom para avaliar obesidade) • Não reflete a distribuição da gordura corporal • Não indica necessariamente o mesmo grau de gordura em populações diversas Formas de avaliar a massa gordurosa e sua distribuição: • Medição da espessura das pregas cutâneas (indicador de obesidade) • Bioimpedância (forma portátil disponível para avaliação clínica) • USG (bom método para quantificar o tecido adiposo intra-abdominal, menos dispendiosa que TC e RM e mais precisa que as pregas cutâneas) • Tomografia computadorizada (preciso e confiável para quantificar o tecido adiposo subcutâneo) Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 3 • Ressonância magnética (diagnóstico e acompanhamento da gordura visceral em indivíduos com alto risco) • Relação circunferência abdominal/quadril (um dos critérios para caracterizar a síndrome metabólica pela OMS) • Medida da circunferência abdominal (reflete melhor o conteúdo de gordura visceral que a RCQ) • Dexa – Densitometria óssea (avaliação de gordura corporal, massa magra e massa óssea) Medida de circunferência abdominal – OMS: • De acordo com o National Cholesterol Education Program (NCEP) - Adult Treatment Panel III (ATPIII), o ponto de corte deve ser de 102 cm para homens e 88 cm para mulheres. Entretanto há divergências entre as idades e os diferentes grupos étnicos. Para fechar o diagnóstico: • A OMS, faz-se necessária a resistência à insulina associada a mais dois outros fatores. • O NCEP- ATPIII preconiza a presença de três dos componentes, sem priorizar nenhum deles em especial • O IDF, torna-se obrigatória a medida da circunferência abdominal alterada, além de mais dois outros fatores. Para fechar o diagnóstico em crianças: • NCEP-ATP III: 3 dos 5 critérios • AHA: obesidade central (cintura abdominal aumentada) + 2 critérios no • mínimo • IDF: obesidade central (cintura abdominal aumentada) + 2 critérios no mínimo Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 4 Devemos pesquisar na história clínica do pacientes fatores de risco como: • Idade; • Tabagismo; • Atividade física; • Hipertensão; • DM e DM gestacional; • DAC • AVE • SOP • Doença hepática gordurosa não alcóolica; • Hiperuricemia • Uso de hiperglicemiantes (corticoesteroides, beta bloqueadores e diuréticos); No exame físico: • Aferir PA; • Circunferência abdominal; • Peso e altura; • Exame de pele e cardiovascular Já sobre exames laboratoriais: • Perfil glicêmico – jejum, TOTG, hemoglobina glicada; • Perfil lipídico – HDL e triglicerídeos Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 5 PREVENÇÃO A predisposição genética, a alimentação inadequada e a inatividade física estão entre os principais fatores que contribuem para o surgimento da SM. A adoção precoce por toda a população de estilos de vida relacionados à manutenção da saúde, como dieta adequada e prática regular de atividade física, preferencialmente desde a infância, é componente básico da prevenção da SM. A atividade física regular ou o exercício físico diminuem o risco relacionado a cada componente da SM e trazem benefícios substanciais também para outras doenças (câncer de cólon e câncer de mama). Baixo condicionamento cardiorrespiratório, pouca força muscular e sedentarismo aumentam a prevalência da SM em três a quatro vezes. TRATAMENTO É complexo (deve-se levar em conta fatores individuais) e multidisciplinar. • Todos os planos envolvem MEV. • Há várias opções de tratamento para a obesidade e sobrepeso. A longo prazo depende da constante vigilância sobre atividades físicas e ingestão alimentar, bem como apoio social, familiar e automonitorização. Não existe cura para obesidade, é uma doença crônica que deve ser tratada sempre. Porém, não há droga segura para utilizar por toda a vida. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO: Critérios atuais para utilização de fármacos: 1. IMC de 30 kg/m² ou 25 kg/m² na presença de comorbidades. 2. Falha em perder peso com tratamento não farmacológico Dietilpropiona, mazindol e femproporex causam muitos efeitos colaterais. SIBUTRAMINA: • Inibe a receptação da noradrenalina e serotonina. • Aumenta SE → aumenta do bem-estar • Aumenta NE → aumenta metabolismo • Não usar em hipertensos descompensados ou com doença cardiovascular ORLISTATE: • 120mg – 1 ou 2 cápsulas/dia a. • Age sobre as lipases pancreáticas, diminuindo de 25% a 30% a absorção de gorduras; • Pode levar à diminuição da resistência insulínica, melhora do controle glicêmico, redução do CT e LDL; • Sugere-se complementação vitamínica devido a diminuição de absorção de vitaminas lipossolúveis (K, E, D, A); Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 6 • Causa diarreia intensa (não dá tempo de chegar no banheiro) LIRAGLUTIDA: • Agonista do peptídeo semelhante ao glucagon-1 (GLP-1) • Dose de 3,0 mg: ação hipotalâmica em neurônios envolvidos no balanço energético, em centros ligados a prazer e recompensa e uma ação menor na velocidade de esvaziamento gástrico. • Agem na perda de gordura visceral. • Possível aumento no risco de pancreatite/neo de pâncreas. As agências regulatórias internacionais (FDA e EMA) concluiu que não há evidência de associação causal entre a utilização das terapias baseadasem incretinas com o aumento do risco. • Em roedores: aumento da incidência de tumores de células-C da tireoide em humanos: não há descrição de tumor de tireoide induzido por liraglutida (célula C humana tem conteúdo insignificante de GLP-1-R). LISDEXANFETAMINA (VENVANSE®): • É indicado para o tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção/ Hiperatividade (TDAH) em crianças com idade superior a 6 anos, adolescentes e adultos. • É um pró-fármaco da dextroanfetamina. LORCASERINA (BELVIQ®): • É uma droga serotoninérgica, com agonismo seletivo sobre o receptor serotoninérgico 5- HT2c • Posologia: 10mg uma a duas vezes ao dia Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501o que eles fazem é bloquear os canais de K+, o que leva a uma despolarização da membrana plas- mática e consequente abertura dos canais de Ca+2. O influxo de cálcio, então, favorece a degranulação das vesículas com insulina, liberando o hormônio no meio externo. Só terão efeito nos pacientes que ainda tiverem células beta preservadas - aqueles em estágio mais avançado não se beneficiam. CONTRAINDICAÇÕES: insuficiência renal, insuficiência hepática e gravidez EFEITOS ADVERSOS: hipoglicemia, ganho de peso. GLINIDAS: representada por repaglinida e nateglinida. Esses fármacos promovem a secreção de insulina pelo mesmo mecanismo das sulfoniulreias. O que vai mudar é que a meia vida é menor. O seu uso deve ser sempre antes de alguma refeição, para que ela consiga reduzir a glicemia pós-prandial - é por isso que a sua principal indicação é em casos de pacientes que não tem horário fixo para as refeições. Conseguimos perceber que as glinidas atuam apenas sobre os momentos de pico de insulina, mas não sobre o nível basal desse hormônio, de modo que essas drogas não podem ser utilizadas isoladamente. Obviamente não devem ser prescritas juntamente com sulfonilureias pelo mesmo mecanismo de ação. CONTRAINDICAÇÕES: gravidez EFEITOS ADVERSOS: hipoglicemia e ganho de peso; INIBIDORES DE DPP-IV: representada por vildagliptina, sitagliptina e saxagliptina. Sua ação deles se baseia em inibir a enzima DPP-IV, cuja função é degradar as in- cretinas que foram liberadas após a alimentação. As incretinas têm o seu efeito prolongado, ou seja: há um maior estímulo à liberação de insulina (mas dependente da presença de glicose). Estão pouco relacionados à hipoglicemia e também não possuem muitas contraindicações, no máximo alergias - mas, no geral, são bem tolerados. Porém são bem caros. EFEITOS ADVERSOS: nasofaringite, cefaleia e tontura, diarreia. ANÁLOGOS DA GLP-1: representada pela exenatida e liraglutida. A sua administração deve ser subcutânea - diferente de todas as outras drogas que vimos até aqui (que são orais) - e o seu efeito depende dos níveis de glicose, ou seja: se a glicemia estiver baixa, elas não atuam, o que implica dizer que o risco de hipoglicemia é muito baixo! Além disso, uma outra vantagem dessa classe é que os medicamentos conseguem reduzir bastante o peso e inclusive são usados no tratamento de obesidade, até porque praticamente não há contraindicações para seu uso - de novo: no máximo alergias (mas também são bem tolerados). EFEITOS ADVERSOS: náuseas e possibilidade de pancreatite aguda OBSERVAÇÕES: - GLICAZIDA e GLIMEPIRIDA: não protege contra retinopatia diabética. - REPAGLINIDA: iniciaram agora a diabete. Só tem hiperglicemia pós-prandial, que não podem comprar uma medicação muito cara. Dependendo da faixa etária, prefere-se inibidor de DPP4. - Metformina:.dois anos após uso leva à deficiência da absorção da cianocobalamina – suprir com B12. Risco de acidose lática, quando o paciente tem a taxa glomerular alterada. Quando a taxa glomerular está alterada entre 30 e 45ml prescreve-se no máximo 1000miligrmas Acima de 45 pode usar até dose plena. Diminui até dois pontos percentuais da HbA1c Iniciar depois do jantar. 3 / 4 dias ir aumentando a dose aos poucos. - INIBIDORES DO SGLUT2: Não se sabe ainda se atua à nível de músculo cardíaco. Quando usa inibidores de SGLT2 há redução da internação por insuficiência cardíaca. Redução da PA e do peso. Modifica o pH genital do paciente. Quando passar pela primeira vez, passar um medicamento pra infecção urinária ou genital, pois há chances de um ou dois episódios no início no tratamento. Não deve ser prescrito para pacientes com taxa de filtração glomerular inferior à 40 Ml. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 10 ||| Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 1 || | Farmacologia da Diabetes ASPECTOS GERAIS: Compreende um grupo de distúrbios metabólicos que compartilham o fenótipo da HIPERGLICEMIA, possuindo uma influência genética. Existem fatores que contribuem para glicemia, como: • Secreção reduzida de insulina; • Menor utilização da glicose; • Maior produção da glicose; CONTROLE DA GLICEMIA: No estado de jejum, o principal responsável por fornecer essa glicose vai ser o FÍGADO - SISTEMA HEPÁTICO através de suas reservas na forma de GLICOGÊNIO. Nesse sentido, o hormônio de maior importância seria o Glucagon, que ao ser secretado estimula fenômenos de glicogenólise, gliconeogênese e cetogênese (liberação de corpos cetônicos). O Fígado irá ser o principal por fornecer glicose para o organismo por ser um reservatório de glicogênio. Por outro lado, quando o indivíduo se alimenta, a principal fonte vai ser o TRATO GASTRINTESTINAL. Através da liberação de monossacarídeos provenientes da dieta, inclusive a Glicose. Nessa situação, o principal hormônio envolvido nesses processos (oxidação da glicose, síntese de glicogênio, gorduras e proteínas) seria a INSULINA. NESSE CASO A QUANTIDADE DE GLICOSE (GLICEMIA) AUMENTA DE FORMA PROPORCIONAL A QUANTIDADE DE ALIMENTOS (DIETA) QUE O INDIVÍDUO FAZ USO. GLUCAGON: • Aumento da glicogenólise; • Aumento da gliconeogênese; • Aumento da cetogênese INSULINA: • Aumento da oxidação da glicose; • Síntese de glicogênio; • Síntese de gorduras; • Síntese de proteínas REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DE INSULINA: Como se dá a secreção da insulina? Temos que lembrar que é extremamente importante para o controle glicêmico do organismo. Será a responsável por REDUZIR e controlar glicemia em nós seres humanos; • Quando a GLICOSE se encontra em concentrações elevadas na corrente sanguínea ela vai sendo levada para as células do nosso organismo, nesse caso, para as células BETA- pancreáticas secretoras de Insulina. • A Glicose entra nas células através dos transportadores GLUT. • Ocorre a metabolização; • Quando ela é metabolizada, leva a formação de ATP. • Isso leva à inibição dos Canais de Potássio. • UMA VEZ ESSE CANAIS INIBIDOS (ATP) ISSO SIGINIFICA QUE O POTÁSSIO - K+ DEIXA DE SAIR DESSAS CÉLULAS. • Essa despolarização será sensível aos canais de cálcio sensíveis à voltagem... • Esse canal de cálcio uma vez aberto fornece o influxo de Ca2+ Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 2 || | • Ao se abrirem, o cálcio entra na célula induzindo à exocitose de insulina... • Outro fator que induz a exocitose é o aumento de AMPc induzido por Incretinas. • Com isso a insulina é liberada na corrente sanguínea através da translocação de vesículas de insulina. CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICO DE DIABETES: Quando o paciente apresenta ao menos uma dessas opções/fatores, já é possível diagnosticá-lo como diabético. TESTE DE TOLERÂNCIA À GLICOSE ORAL: o paciente em laboratório faz uso de glicose oral e depois de 2h observamos os níveis de glicose. Não importa, nesse caso, se o paciente se alimentou ou não. Hba significa Hemoglobina Glicada! COMPLICAÇÕES AGUDAS DO DM CETOACIDOSE DIABÉTICA: Os sinais e sintomas são variados, decorrente do aumento de corpos cetônicos em pacientes com níveis elevados de glicose no sangue. EHH – ESTADO HIPEROSMOLAR HIPERGLICÊMICO: Nesse estado, muita glicose vai ser perdida pela urina, e consequentemente, muita água vai ser transportada por osmose dos túbulos renais e será perdida ao ser EXCRETADA JUNTO COM A GLICOSE. Aqui temos um nível glicêmico igual ou maior a 600mg/dL. Dessa forma:• Hiperglicemia; • Diurese osmótica; • Depleção volume intravascular • Mais associada com a DM2 • Perda de líquido e desidratação Precisa ser encaminhado para o hospital, o paciente precisa fazer uso de insulina ev até que se recupere desse estado. Chegando lá, precisa fazer reposição de SF 0,9%. COMPLICAÇÕES CRÔNICAS DA DM PÉ DIABÉTICO: corresponde a uma neuropatia pela perda da sensibilidade nos pés e formação de úlceras. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 3 || | Essas úlceras, ao não cicatrizarem, levam ao acumulo de bactérias. Dessa forma, faz-se necessário o uso de antibioticoterapia. • Superficiais: cefalosporinas de 1ª, penicilinas, clindamicina, trimetoprima; • Moderadas: ampicilina/sulbactam, cefalosporina de 3ª ou 4ª + clindamicina, piperacilina/tazobactam; FÁRMACOS QUE PODEM CAUSAR HIPERGLICEMIA: • Glicocorticoides; • Antipsicóticos; • Inibidores de protease; • Agonistas B-adrenérgicos; • Diuréticos; • Hidantoínas; • Opioides; • Diazóxido; • Ácido nicotínico; • Pentamidina; • Epinefrina; • Interferonas; • Anfotericina B; • Asparaginase; • Acamprosato; • Basiliximabe; • Hormônios tireoidanos FÁRMACOS QUE PODEM CAUSAR HIPOGLICEMIA: • Antagonistas B-adrenérgicos; • Álcool; • Salicilatos; • AINES • Pentamidina; • Inibidores da ECA; • Cloreto de lítio; • Teofilina; • Bromocriptina; • Mebendazol CLASSES • Diabetes tipo 1; • Diabetes tipo 2; • Diabetes gestacional; • Outros tipos; DIABETES TIPO 1 Destruição de células B pancreáticas Acomete qualquer idade, tipicamente adolescentes Deficiência quase total ou total de insulina Sem tratamento evolui para morte – cetoacidose Tratamento com insulina DIABETES TIPO 2 Comprometimento na secreção e ação da insulina Tipicamente após os 40 anos de idade Deficiência relativa de insulina ou redução da sensibilidade de receptores a ação da insulina Muitos pacientes são assintomáticos, mas costumam apresentar em 80% dos casos obesidade e sobrepeso Tratamento com hipoglicemiantes orais e/ou insulina PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES DO DM 2: MANIFESTAÇÕES INICIAIS Normalmente silenciosa Fadiga ou mal estar Poliúria e noctúria Prurido generalizado DOENÇA MAIS AVANÇADA Poliúria, polidipsia Perda de peso não intencional Disfunção erétil Infecção urinária DOENÇA ANTIGA SEM DIAGNÓSTICO Cicatrização lenta de ferida e pé diabético Retinopatia Nefropatia Neuropatia Cetoacidose PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES DO DM 1: MANIFESTAÇÕES Evolução rápida; Câimbras; Polifagia (alimentação excessiva); Perda de peso; Poliúria e polidpsia Desidratação progressiva Fraqueza e tonteiras; Noctúria FARMACOTERAPIA DO DM II: HIPOGLICEMIANTES NÃO INSULINA ORAIS São fármacos que, quando ingeridos, tem a finalidade de baixar a glicemia e mantê-la normal (jejum REDUZEM PA. EFEITOS: • Redução da reabsorção de glicose; • Redução da glicose plasmática; • Aumento da eliminação de glicose (50-100g por dia); • Baixo risco de desencadear hipoglicemia; • Promove perda depeso; • Também tem ação diurética e reduz PAS; • Redução das taxas de morte por doença cardiovascular (38%); • Redução das hospitalizações por IC (35%); • Redução das taxas de morte por qualquer causa (32%) EFEITOS DA EMPAGLIFLOZINA Pois já se verificou que esses pacientes com comprometimento renal favorece o acúmulo dessa droga no corpo. SECRETAGOGOS DE INSULINA Essas drogas atuam diretamente estimulando a secreção de insulina. Em conta partida, são drogas que podem desencadear mais a hipoglicemia. Pode ser dividido em: • Sulfonilureias; • Meglitinidas (atuam nos canais de cálcio); • Inibidores da Dipeptidil Peptidase IV • Agonistas do GLP-1 (atuam nas incretinas) As sulfonilureias atuam inibindo os canais de cálcio e ATPs, aumentando os níveis de K+ CLASSIFICAÇÃO DA 1ª GERAÇÃO A Clorpropamida não deve ser usada ou prescrita, NÃO é segura. Possui uma meia-vida muito elevada, aumento o risco de hipoglicemia, incluindo coma. Dose inicial de 250 por uma cp por dia. Tem muita interação medicamentosa. CLASSIFICAÇÃO DA 2ª GERAÇÃO FÁRMACOS CARACTERÍSTICAS Glibenclamida 1 vez ao dia, com nome comercial aglucil, daonil, diabexil Evitar em pacientes com insuficiência renal e pacientes idosos Glicazida Administrado 1 vez ao dia, com nome comercial diamicron MR, azucon MR, glicaron, uni-glic Glimepirida Administrado 1 vez ao dia, com nome comercial de amarul, glimepil, betes, bioglic. Mais segura em pacientes idosos! Glipizida Administrado 1 vez ao dia, com nome comercial de minidiab e glipgen Tem inicio de ação mais rápido, são mais potentes que de 1ª geração, melhor cobertura da elevação pós prandial da glicose. Reduz o nível de glicose tanto em jejum quanto pós prandial. Iniciada em pequenas doses e aumentadas a intervalos de 1-2 semanas, Elevam rapidamente os níveis de insulina, sendo usada imediatamente antes das refeições. O uso da terapia crônica faz com que ocorra liberação de insulina de forma mais uniforme. INIBIDORES DE SGLT2 SULFONILUREIAS Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 7 || | 50-80% dos pacientes respondem bem ao tratamento, mas sendo mais efetivos nos pacientes com diabetes tipo 2 mais recente (a desmopressina é que é a droga de 1ª escolha. Os sintomas variam de: • Poliúria; • Enurese; Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 11 || | • Nictúria; • Polidipsia; Ou seja, paciente com DM urinam doce, já pacientes com insipidus possuem uma urina sem gosto. Temos os fármacos: • Tiazídicos; • Indometacina = reduz taxa de filtração glomerular, aumenta reabsorção do fluido no túbulo proximal. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 1 ||| Endocrinologia – Complicacoes Cronicas da Diabetes Mellitus INTRODUÇÃO: As metas que um diabético tem que bater, que corresponde aos números dos exames realizados, é algo que ajuda a não adquirir as complicações crônicas da doença. COMPLICAÇÕES CRÔNICAS MICRO E NEUROPATICAS: • Retinopatia diabética; • Nefropatia diabética; • Neuropatia diabética; • Pé diabético; COMPLICAÇÕES MACROVASCULARES: • Doenças coronarianas/cardíaca; • Doença cerebrovascular; • Arteriopatia periférica; RETINOPATIA DIABÉTICA: Acomete cerca de 100% dos DM1 e 60-80% dos DM2 após 20 anos de terapia. Surge geralmente após 5 anos de exposição à hiperglicemia. CLASSIFICAÇÃO: 1. RD não proliferativa (leve moderada e grave ou pré proliferativa); 2. RD proliferativa; 3. Maculopatia diabética No exame de fundo de olho a gente observa a retina. E quais complicações podemos ver na retina? • Microaneurismas (lesão do endotélio microvascular); • Exsudatos duros (maior permeabilidade e extravasamento de proteínas e lipídeos); • Hemorragia intraretinianas em “Chama de Vela” (fragilidade venular); • Manchas algodonosas (isquemia retiniana) Ao localizarmos o disco óptico, é quando podemos dividir em quadrantes, de modo que o disco fica na linha horizontal. Ali, numa área vai avermelhada ao centro, vemos um ponto hemorrágico. Não chega a ser ponto de vela, mas é um foco hemorrágico. Mais abaixo, vemos um foco de microaneurisma, onde faz uma leve dilatação (pontinho vermelho) e volta. Ainda pela foto, podemos observar vários pontos amarelados, quase que parecendo focos de gordura! Esses, podemos classificar de exsudatos. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 2 ||| Logo após, você tem um próximo paciente que, quando comparado ao primeiro, vemos que esse paciente está numa retinopatia severa enquanto primeiro está numa leve. Vão existir diversas áreas que não estão devidamente vascularizadas, vai acontecer um estimulo de neovasos para compensar essa situação, sendo liberado substâncias angiogênicas e vai acontecer a proliferação. RD PROLIFERATIVA: Devido a isso, a gente se encaminha pra fase seguinte: RD PROLIFERATIVA! Cheia de neovasos, enovelados, mas que são fráveis-vulneráveis e pequenos, poucos satisfatórios. É mais grave e pela quantidade de vasos frágeis pode ocasionar em complicações, como por exemplo, quando temos a fibrose de neovasos que vai tracionar a retina, tendo, por consequência, um descolamento da retina. MÁCULA DIABÉTICA: Não está diretamente relacionada com a quantidade de lesões e sim com a localização. Ocorre na mácula (fóvea) e vai levar a perda visual que chamamos de AMAUROSE. COMO ACOMPANHAR O PACIENTE DA RETINOPATIA DIABÉTICA? Essas doenças evoluem sem queixa clínica do paciente. Nós que somos responsáveis por fazer o exame e o acompanhamento de forma completa, por isso, solicitar o exame de fundo de olho – fundoscopia. De quanto em quanto tempo fazer esse exame? Não há necessidade de fazer de mês em mês, ou toda vez que o paciente vai ao consultório. A conduta seria: • O paciente de DM1 sempre vai saber de modo exato quando surgiu a doença porque sempre é um grande alarde. Dessa forma, pede o fundo de olho após 5 anos de doença. • Já o DM2, por ser insidioso, não se tem uma data mais fidedigna. Faz a fundoscopia na época do diagnóstico. Repetir esse exame a cada 01 ano para os SEM retinopatia e a cada 6 meses para aqueles com retinopatia. Além disso, controlar rigorosamente a PA e a glicemia. COMO TRATAR A RETINOPATIA? RD Ñ PROLIFERATIVA: sem comprometimento da mácula não vamos ter um tratamento específico; no caso de comprometimento da mácula, pode fazer um tto de fotocoagulação localizada ou anticorpos monoclonais contra o fator de crescimento do endotélio vascular (bevacizumab = anticorpo monoclonal), com injeções aplicadas diretamente no olho do paciente. RD PROLIFERATIVA: os resultados são menos satisfatórios e o tto seria pela fotocoagulação com laser panretiniana (tratamento de última escolha) OBSERVAÇÃO SOBRE EXAME DE FUNDOSCOPIA: Professora relaciona um copo de água limpo e um cheio de açúcar deixando a água meio turva. Esse copo com água turva representa o paciente com hiperglicemia descompensada. Dessa forma, como ela diz, esse exame não pode ser realizado em pacientes que estão descompensados, primeiro vai tratar e buscar estabilizar para depois realizar o exame. O humor vítreo acaba sendo atingindo pela hiperglicemia deixando esse humor meio turvo, gerando uma barreira que vai impedir a visualização ideal da retina. NEFROPATIA DIABÉTICA Não dá nenhuns sintomas inicialmente, sem o diagnóstico precoce não vamos ter mais como reverter a situação. Os mecanismos fisiopatológicos não são completamente entendidos, mas o que se sabe é que temos: • Expansão mesangial; • Glomeruloesclerose difusa ou focal Do ponto de vista evolutivo da doença, pode ser dividido em 5 fases: • FASE I: hipertrofia e hiperfiltração glomerular; • FASE II/ III: microalbuminúria; • FASE IV: nefropatia manifesta, proteinúria (albuminúria), HAS • FASE V: rins em fase terminal – creatinina igual ou > 10mg/dl Se a gente faz o diagnóstico do paciente em fase 2 ou 3 ainda é possível tratar a progressão dessa doença. DIAGNÓSTICO E PREVENÇÃO: MICROALBUMINÚRIA: se liberarmos até 30mg em 24h estamos normais, todos nós fazemos isso diariamente. Quando temos um paciente libera >300mg, classificamos esse paciente em proteinúria. O paciente que está na faixa de 30-300mg por 24hrs (ou 20-200CRG por min), classificamos ele como em microalbuminúria. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 3 ||| Como diagnosticar uma nefropatia? Para classificar, devemos pedir um EXAME intitulado com mesmo nome? Microalbuminúria de 24horas. De quanto em quanto tempo precisamos avaliar isso? Pelo menos, 1 vez ao ano, um controle anual. Caso seja DM1, após 5 anos de diagnóstico, se for DM2, assim que diagnosticado fazer o exame. Como conduzir um paciente com Nefropatia? O TTO será eficaz na fase de microalbuminúria. E tem uma eficácia moderada na fase de proteinúria franca sem insuficiência renal. Fazer um controle glicêmico rígido e da PA também. Fazer restrição proteica (0,6 a 0,8 de proteína/kg/dia). Outra coisa de extrema importância: uso de fármacos de controle de HAS, até mesmo se o paciente não tiver hipertensão. Quando eu quero poupar os rins do meu paciente, tenho que tomar medidas que façam exatamente a diminuição da pressão glomerular. PACIENTE EM DIÁLISE: tem recomendação quando tem uma creatinina > 6mg; clearance de creatininavasoconstrictor e REDUZEM a pressão de filtração glomerular O sistema renina-angiotensina aldosterna é responsável por dilatar a arteríola EFERENTE! IECA – inibidores da enzima conversa angiotensina: Captopril, Enalapril, Lisinopril, Ramipril. utilizados de 2- 3x ao dia. Alguns pacientes desenvolvem o efeito colateral de tosse e ai não conseguem dar continuidade ao tto. ANTAGONISTA DA ANGIO II (BRA): agem no receptor da angiotensina II, é uma alternativa quando o paciente sai do tratamento com IECA, são os Losartan, Ibsesartan e Valsartan. O benefício é que não da o efeito colateral do ieca e só utiliza 1x ao dia (adesão melhor ao tto). INIBIDORES DA RENINA: temos o alisquireno, no entanto é bem caro e não é disponibilizado na rede pública. NEUROPATIA DIABÉTICA Comprometimento do SN periférico e é comum que após 20 anos de doença metade dessas pessoas apresentarem alguma evidência de ND. As formas de apresentação podem ser: • Polineuropatia simétrica sensitiva; • Neuropatia autonômica – gastroparesia diabética, diarreia diabética; • Radiculopatia – amiotrofia diabética; • Mononeuropatia – nervo mediano (maioria dos casos), oculomotor ou nervo facial; • Mononeuropatia múltipla – comprometimento assimétrico de mais de um nervo periférico. NEUROPATIA AUTONÔMICA: Os sintomas associados são: • Disfunção sexual; • Tontura postural; • Náuseas e vômitos; • Plenitude pós-prandial; • Sudorese profusa da face e tronco superior; • Diarreia diabética Podemos achar pacientes com arritmias, infartos silenciosos e morte súbita na disautonomia cardíaca. A disautonomia periférica contribui para a úlcera do pé diabético, provocando ressecamento dos pés e a ocorrência de fissuras. Na disautonomia geniturinária, o paciente pode ter uma bexiga neurogênica, disfunção erétil, ejaculação retrógada, dispareunia. O uso de colinérgicos e alfabloqueadores podem ser éteis para melhora; POLINEUROPATIA: É uma complicação crônica mais frequente pela lesão de fibras axonais: • Grossas mielinizadas por fibras A: sensibilidade vibratória e proprioceptiva; • Fibras não mielinizadas por fibras C: sensibilidade térmica, dolorosa e tátil. Tem uma característica importante que é o surgimento dos sintomas de forma ascendente, como nos MMII que surge em cano de bota; e nas mãos que surge como sintomas em “luva”. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 4 ||| Pode variar até uma dormência, formigamento, dor ao toque e hiperpatia. Normalmente, costumam dizer que começa mais pela noite, no repouso e é simétrico. Qual o tratamento da neuropatia diabética? Ter cuidado com os pés, uso de medicamentos como Amitriptilina (antidepressivo tricíclico), Carbamazepina, Gabapentina (só faz efeito em dose alta, mas dá um efeito colateral de sono), Creme de Capsaicina. Já o ácido tiótico (Thioctacid) foi criado principalmente para a neuropatia diabética, não tem benefício de modo agudo, mas sim na progressão da doença, usando o medicamento a longo prazo. PÉ DIABÉTICO É uma condição de origem multifatorial, o paciente tem a neuropatia diabética, a doença arterial aterosclerótica, tem deficiência da migração dos leucócitos gerando uma infecção polimicrobiana. E como tratar esse paciente? Avaliando o pé e falando as medidas de prevenção. Além disso, podendo ser feito o tto clínico com amoxicilina + clavulanato ou ampicilina sulbactam. Pode também ter o tto cirúrgico com a remoção de todo tecido necrosado. O paciente por si só tem tendência a ter muitos calos, esses calos, por sua vez, podem fissurar e abrir. O paciente que teve uma amputação pelo pé diabético, tem mais risco de desenvolver uma nova lesão. COMPLICAÇÕES MACROVASCULARES DOENÇA CORONARIANA E CARDÍACA: É considerado sim um fator de risco para eventos cardiovasculares no Score de Framinghan; Diabético sem IAM prévio = não diabéticos com/IAM pre´vio = 20%. Quem é diabético e acha que não tem risco de infartar porque nunca infartou, ele tem o mesmo risco de um amigo dele que já teve algum infarto (ou seja tem que cuidar tanto quanto aquela pessoa que já infartou e precisa tomar cuidado). No paciente mais jovem, tem maior mortalidade, maior incidência de reinfarto, novos eventos isquêmicos, maior chance de eventos assintomáticos. DOENÇA CEREBROVASCULAR: Doença aterosclerótica é a mais comum. Acumulam tantas placas nas carótidas que possuem um maior risco (2x) de AVAC isquêmico. ARTERIOPATIA PERIFÉRICA: seria a aterosclerose de MMII. Diferentemente da polineuropatia (que piora com o repouso) esse vai piorar com o movimento, é aquele paciente que anda pouco e já sente dor. Podemos chamar de claudicação intermitente. Uma dor em câimbra ou contínua, frequentemente na panturrilha, ocorre ao andar e é aliviada quando interrompe a marcha Se você tem suspeita de um arteriopatia, você pede um doppler arterial de MMII, já na neuropatia, com um clínico bem característico as vezes não é nem necessário um exame, mas em caso de pedir, podemos solicitar uma eletroneuromiografia. Apesar de 3 coisas diferentes, podemos correlacionar todos os 3 com a complicação da aterosclerose/ateromatose. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 1 Endocrinologia – Insulinoterapia INTRODUÇÃO: Primeiro de tudo, nem todo paciente de DM2 vai precisar necessariamente usar uma insulina. Mas, é certo dizer que é comum que após prolongar a doença o paciente faça associação com antidiabéticos ou vá somente para insulina por um declínio da funcionalidade da célula beta. QUAIS INDICAÇÕES DE INSULINOTERAPIA? • Terapia inicial da DM1; • D. Gestacional, quando houver falência de MEV (modificação do estilo de vida); • Falha do tratamento com hipoglicemiantes orais ou em associação a estes no DM2; • Durante doenças agudas como sepse, IAM, AVC, CAD (cetoacidose diabética), CHNC (coma hiperosmolar não cetótico); • Hiperglicemia sintomática independente do tempo de doença (glicemias ao acaso > 270 ou hemoglobina glicada >9,0 +polis); • Perda de peso rápido e inexplicado A insulinoterapia possibilita o controle metabólico mais próximo ao normal, tentando minimizar o risco de hipoglicemia e ganho de peso. Deve ser considerado: • Expectativa de vida e idade; • Comorbidades; • Problemas psicossociais e físicos; • Dificuldade na adesão ou preço do medicamento; No gráfico, conseguimos ver que apesar de ter uma concentração basal ao longo do dia, a insulina tem picos após as principais refeições. Dessa forma, precisamos separar em 2 grupos a insulina: • Basal; • Prandial; INSULINA BASAL É aquela que sem mantém em níveis constantes ao longo do tempo, então, são usadas as insulinas de: • Ação prolongada/lenta: glargina; determir; degludeca; • Ação intermediária: NPH AÇÃO PROLONGADA/LENTA: Conseguem se manter por um período de 24h, fazendo somente uma aplicação ao dia, além de diminuir os riscos de hipoglicemia. Dentre as 3, a degludeca (ultralento) tem efeito maior que 24h, mesmo que o paciente ainda se atrase um pouco, o nível de insulina basal é garantido. Depois de escolher o horário só pode tomar naquele horário já que normalmente vale 24h. Promove um menor aumento de peso e hipoglicemia, especialmente noturna. AÇÃO INTERMEDIÁRIA: Tem efeito somente por 12h, são necessárias pelo menos 2 aplicações ao dia, possui um pico significante. É a única opçãode insulina basal disponível no SUS. Tem como objetivo o controle da glicemia em jejum e interprandial e a glicemia durante a noite e madrugada (insulinemia basal). Tem uma absorção variação e um número maior de hipo e maior de ganho de peso quando comparada a de duração prolongada. Além disso, tem um baixo custo. INSULINA PRANDIAL É responsável por fazer um pico após refeições e depois cede os níveis basais. Dessa forma, precisa fazer ANTES da refeição, sendo eles divididos em: • Ação ultrrápida: lispro, aspart, glulisina • Ação rápida: regular AÇÃO ULTRARRÁPIDA: Fazem feito de maneira imediata, porém o tempo de ação é mais curto, fornecendo um pico bem semelhante ao fisiológico. Mais eficaz na GPP e causa menos hipo. Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 2 AÇÃO RÁPIDA: A regular possui uma ação rápida, demorando mais um pouco a fazer efeito, enquanto a ultrarrápida faz em 15, essa faz em 45-30 min antes das refeições. No entanto, é a insulina prandial disponível no SUS. Tem uma absorção variável, podendo causar um pico de ação variável também. Além disso, da um controle inconsistente da glicemia pós-prandial (GPP) O melhor tto para insulinoterapia é aquele que melhor se aproxima do fisiológico. O melhor seria associar uma insulina basal de ação prolongada com uma insulina prandial de ação ultrarrápida. Mas no SUS, o tto disponível, invés do ideal, é a insulina basal de NPH com insulina prandial regular, com o gráfico ficando assim: SOBRE A FIASP: Ins. Aspart + Nicotinamida – B3 + L-arginina É idêntica a de NovoRapid + excipientes que promovem absorção mais rápida (2x) e estabilidade. Administrada no inicio de uma refeição ou no pós prandial (dentro de até 20 min). Uso em adultos e crianças, a partir de 1 ano de idade e me gestante em categoria de risco A. resulta numa hemoglobina glicada e GPP reduzidas. Quando temos uma hemoglobina glicadas acima de 8,4 quem mais contribui para esse aumento é a glicemia em jejum, porém quando tem abaixo de 8,4 e se aproxima da meta, se dá mais pela hiperglicemia pós prandial. INSULINAS PRÉ MISTURADAS Utilizadas no DM2 onde a adesão ao tratamento é um problema. A desvantagem é de conter quantidades fixas das insulinas basal e bólus. Predispõe a HIPO e ganho de peso, possui um controle glicêmico ruim. • Humalog mix (lispro 25 ou 50) • Novomix (aspart 30) • Humulin (regular + NPH 30/70) COMO COMEÇAR A INSULINIZAÇÃO NO PACIENTE COM DM2? • Manter as medicações em uso; • Iniciara insulinização com uma dose diária de 10-15U ou 0,2U kg/dia; • Titule a dose definitiva objetivando glicemia de jejum menor que 100mg Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 3 Um agonista do receptor de GLP-1 passa a ser opção preferida nessas pessoas com DM2 que necessitam de terapia injetável. Se a redução adicional da glicemia for necessária apesar da terapia com um agonista do receptor GLP-1 de ação prolongada, a adição de insulina basal e uma opção razoável. É um processo para minimizar o ganho de peso. Alternativamente, a adição de insulina aos antidiabéticos orais está bem estabelecida, sobretudo o uso de insulina basal nesses casos, pois se acompanha de menos hipoglicemia e ganho de peso do que combinações usando formulações pré misturadas de insulina ou insulina prandial. Uma abordagem padrão para otimizar os regimes basais de insulina e titular a dose com base na concentração alvo de glicose em jejum, que é um índice simples de eficácia. RESUMO DE ETAPAS E OPÇÕES PARA TRATAMENTO: Na etapa 1: dose única de insulina humana NPH ou de análogos de insulina de longa duração ou de ultra longa ao deitar, associada com agentes orais. A dose noturna de insulina visa reduzir a produção hepática de glicose e assim, melhorar a glicemia, principalmente a de jejum. A dose inicial sugerida é de 10UI ou 0,2 UI. A titulação deve ser feita pela glicemia de jejum. Na etapa 2: caso persista a hiperglicemia pós-prandial, utiliza-se o esquema basal-plus que consiste numa aplicação de insulina de duração longa ou intermediária, associada a uma dose de insulina regular ou de análogo de curta duração na principal refeição do dia. O uso de pré mistura pode ser considerado. Na etapa 3: quando a hiperglicemia pós-prandial ocorre após mais de uma refeição, o esquema basal-plus deve ser ampliado para incluir uma segunda dose de insulina ou análogo de curta duração. Na etapa 4: não havendo resposta adequada para os esquemas acima, recomenda-se a insulinização plena, com duas doses de insulina humana NPH, associadas a 3 doses de insulina rápida ou de análogo de curta duração. Também podem ser usados os análogos de longa duração ou de ultra-longa. ENTÃO VAMOS PARA AS OPÇÕES: SITUAÇÕES QUE PODEM OCORRER EM PACIENTES EM USO DE INSULINA: 02 situações clínicas com hiperglicemia matinal cujo diagnóstico diferencial é feito pela medida da glicemia capilar na madrugada. E. SOMOGOGY X: hiperglicemia matinal secundária a liberação de hormônio contrarregulatórios em resposta a hipoglicemia durante a madrugada. Requer redução da dose de insulina NPH ou lenta, administrada durante a noite e o retardo dessa administração após o jantar (bedtime) e/ou orientação ao paciente que realize um lanche antes de deitar. F. ALVORECER: consiste na redução da sensibilidade à insulina durante o início da manhâ (5-8h), culminando com hiperglicemia matinal. O tratamento pode ser feito com a aplicação de NPH ao deitar ou com uso de bomba de insulina com maior insulina basal nesse período. ESQUEMAS DE INSULINOTERAPIA: Insulina basal para cobrir as necessidades de insulina entre as refeições e bloquear a gliconeogênese hepática; É essencial oferecer insulina pré-prandial rápida ou ultrarrápida durante o dia para cobrir as necessidades de insulina nas refeições; O uso de análogos de insulina em regime basal-bôlus, reproduz melhor a insulinemia fisiológica, exibe maior previsibilidade no controle glicêmico e reduz o risco de hipoglicemias em comparação com o esquema combinado de insulinas NPH + R. BOLUS DE CORREÇÃO: É o cálculo do fator de sensibilidade, individualiza o tratamento e o paciente utiliza a quantidade correta de insulina ultrarrápida para melhorar o pré prandial como a pós prandial. 1800/ dose total de insulina = fator de sensibilidade Licensed to Rafaela Fernandes Miranda de Paiva - rafa.fmiranda@hotmail.com - 052.643.824-09 - HP15416441962501 1 Endocrinologia – Complicacoes Agudas da Diabetes Mellitus INTRODUÇÃO: Podemos dividir entre: • Hipoglicemia; • Cetoacidose diabética; • Estado hiperosmolar não cetótico HIPOGLICEMIA: É a causa mais comum de coma no paciente diabético. Faz parte da tríade de Whipple o diagnóstico da hipoglicemia: hipoglicemia, sinais e sintomas clínicos e melhora com a administração de glicose. As causas podem variar: • Alimentação irregular; • Uso excessivo de insulina; • Exercício físico não programado; Já no quadro clínico, nós temos: • Coma sem causa evidente; • Sudorese, tremor, taquicardia, ansiedade, fome (SNA), palidez; • Cefaléia, vertigem, mal estar, escurecimento da visão, confusão mental, convulsão e coma (neuroglicopênicos/SNC) RESPOSTA IMEDIATA: se foi devida ao uso de NPH ou hipoglicemiante oral, manter infusão