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Regimes_politicos_e_Democracia

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Índice
21.	Introdução	�
32.	Objectivos	�
32.1.	Geral:	�
32.2.	Específicos:	�
32.3.	Justificativa do Tema	�
32.4.	Delimitação Espacial:	�
42.5.	Problemática da Pesquisa	�
42.6.	Hipoteses	�
42.7.	Ho:	�
43.	Metodologias	�
54.	Revisão Da Literatura	�
54.1.	Regimes Políticos E Democracia	�
64.2.	Critério De Relação Que Estabelece Entre A População E O Poder	�
64.3. Regime Geral Dos Direitos Do Estado	�
74.3.	Eleição	�
74.4.	Sistema Eleitoral	�
85.	Divisão Eleitoral (Por Círculos Eleitorais)	�
85.1. Sistemas De Representação	�
96.	Direitos Fundamentais	�
97.	Princípios Democráticos E Princípio Maioritário	�
107.1.	Partidos Políticos	�
107.2.	As Associações Politicas	�
107.3.	Estrutura Orgânica Dos Partidos	�
117.4.	Sistemas Partidários	�
118.	Os Partidos Quanto A Participação	�
128.1.	Partidos de quadros	�
128.2.	Opinião	�
138.3.	Opinião Pública	�
148.4.	Tipos De Opinião Pública	�
149.	Estado	�
149.1.	Paradigma Do Estado Liberal De Direito	�
159.2.	O Paradigma Do Estado Social De Direito	�
1710.	Estado Liberal	�
1710.1.	Estado Do Direito Liberal	�
1710.2.	Estado De Direito	�
1710.3.	Estado Social Do Direito	�
1811.	Origem Da Constituição	�
1811.1.	Acepções Do Termo Constituição	�
1911.2.	Constituição Sociológica	�
1911.3.	Constituição Jurídica	�
1911.4.	Constituição Politica	�
2012.	Conclusão	�
2113.	Referências Bibliográficas	�
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Introdução
No presente trabalho, iremos abordar numa visão ampla os regimes políticos, democracia e paradigmas do estado de direito, visto que a Politica e o Estado nasceu junto com a civilização humana. Sua história é a história da própria vida humana. Por mais que mergulhemos no passado sempre vamos encontrar a Política e o Estado, ainda que em estágio rudimentar, a regular as relações humanas. E que os homens, obrigados ao convívio, labutando uns ao lado dos outros, carecem de certas regras de conduta, de um mínimo de ordem e direcção. Essas regras de procedimento, disciplinadoras da vida em sociedade, recebem o nome de Estado Democrático de Direito.
Por tanto, a finalidade do Estado e Politica se resume em regular as relações humanas, a fim de que haja paz e prosperidade no seio social, impedindo a desordem.
Sem o Estado e Politica a sociedade estaria em constante processo de contestação, onde a lei do mais forte imperaria sempre, num verdadeiro caos. Vulgarmente, costuma-se dizer que o Estado democrático de direito e Politica não passa de um “sentimento” algo assim como o amor, que nasce no coração dos homens. Não é exagero mesmo afirma-se que todos sentem a Democracia e a Politica e que, de certo modo, todos sabem o que é democracia e o que é politica. Aliás, o homem é por natureza Político.
Objectivos
Geral: 
O objectivo principal é analisar os regimes políticos e democracia, os paradigmas do estado de direito, onde o fenómeno politico identifica se com fenómeno estadual e portanto todo o fenómeno politico é um fenómeno estadual. O fenómeno politico desenvolve se no quadro estadual e coincide com a concretização das 3 funções estaduais: Legislativa, executiva e judicial. 
Específicos: 
O presente estudo procurou analisar os regimes políticos, sua classificação, direitos fundamentais, democracia, partidos políticos e sistemas eleitorais;
Analisar o estado de direito, o estado liberal, o estado democratico de direito. Ainda que se duvide dessa função garantista, deve ela ser levada em conta na formulação das normas penais, a fim de poder evitar que o Estado de Política se manifeste e se sobreponha ao Estado de Direito. Em toda ordem jurídica, ainda que democrática, o Estado de Política está sempre presente e pode conduzir, a qualquer momento, a um regime autoritário em detrimento das liberdades humanas.
Justificativa do Tema
Segundo a teoria aristotélica das três (3) formas de governo, a democracia constitui o Governo do povo, ou seja, de todos os cidadãos que gozam dos direitos de cidadania, podemos afirmar que, mais do que objecto da democracia o povo deve constituir um agente activo do processo democrático, onde vigora o direito constitucional.
O presente estudo procura trazer o debate em torno dos regimes políticos e democráticos, os paradigmas do estado e a participação política, económica e social dentro de um país, aliando se a questões de globalização.
Delimitação Espacial:
Como já foi apresentado, o estudo foi realizado em Moçambique, baseado em obras de origem Brasileira e no mundo em geral.
No período de 1975 a 2015.
Problemática da Pesquisa
Segundo Lenza (2008), existe um dos prossuposto universais de que em todos os lugares do mundo e em todas épocas existe uma constituição. Provada se este prossuposto histórico universal, é possível construir um conceito de constituição desta forma estaríamos comprovando a existência de comunidades, sociedades ou estados modernos através de três matérias fundamentais que são: identidade, organização reiterada e valores.
O que é regime politico e democracia? 
O que é estado de direito? 
Hipoteses
Regime político é a organização das relações entre governantes e governados.
Estado democrático de direito é a situação jurídica ou um sistema institucional, no qual cada um é submetido ao respeito do direito do simples individuo ate a potência pública. 
Ho:
Regime político é um conjunto de instituições politicas que, em determinado momento, funcionam em um dado país, em cuja base se acha o fenómeno essencial da autoridade, do poder, da distinção entre governados e governantes, aparecendo, assim, como um conjunto de respostas a 4 problemas fundamentais relativos a, Autoridade dos governantes e sua obediência, Escolha dos governantes, Estrutura dos governantes e a Limitação dos governantes.
Estado democrático de direito é um conceito que designa qualquer Estado que se aplica a garantir o respeito das liberdades civis, ou seja, o respeito pelos direitos humanos e pelas garantias fundamentais, através do estabelecimento de uma protecção jurídica. 
 
Metodologias
Segundo Gil (1989), a investigação científica depende de um conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos para que seus objectivos sejam atingidos. É neste contexto que reservo para a apresentação da abordagem metodológica que me tornou possível apreender o objecto em causa. Com base neste, analisei a problemática a luz da pesquisa qualitativa. Aprofundando o mundo dos significados das acções e relações humanas, um lado não perceptível e não compatível em equações, medias e estatísticas.
A realização desta pesquisa foi baseada no método específico, pois, este método considera que a partir da constatação de um facto/problema constrói-se uma hipótese pelo processo de inferência dedutiva, a partir de uma teoria pode-se predizer a ocorrência de um dado fenómeno e com base nesta inferência, testa-se a ocorrência do fenómeno levantado pela hipótese e indicam os procedimentos/meios técnicos garantem que a investigação seja tanto quanto possível objectivo e precisa (experimental, observacional, comparativo, estatístico, clinico e monográfico). 
Revisão Da Literatura
Regimes Políticos E Democracia
Segundo Almeida (2003), Regime político é a concepção dos fins e dos meios e do poder da comunidade, representada pela expressão política da constituição material, ou seja, este conceito não se esgota na mera organização do poder político, prendendo-se, também, com o respeito pelos direitos fundamentais e com a organização económica e social.
Segundo a classificação de Aristóteles havia três regimes puros que são: monarquia, Aristocracia e Democracia, tal que:
	N° dos que mandam
	Regimes puros 
	Regimes corrompidos
	Um só 
	Monarquia
	Tirania
	Alguns
	Aristocracia
	Oligarquia
	Todos
	Democracia
	Demagogia
Segundo a classificação de jean Bodin a monarquia era classificada em Real, Senhorial, e Tirânica;
Aristocracia classificada em Legitima Senhorial e Revoltosa; e Democracia classificada em Legitima e Senhorial.
A classificação deMontesquieu 
	N° dos que mandam
	Valor
	Espaço geográfico
	Regimes puros
	Vários 
	Unidade
	Pequenos espaços
	Republica
	Um só
	
	Espaços médios
	
Critério De Relação Que Estabelece Entre A População E O Poder
Segundo esta classificação temos os regimes aristocráticos e democráticos.
Os regimes aristocráticos são aqueles em que uma só parcela da população adulta participa na escolha e no controlo dos governantes. Essa fracção da população pode ser constituída pelo exército, por um partido único, por uma classe social ou por uma família. A esta categoria pertencem os regimes ditatoriais, estejam ou não baseados numa constituição.
Os regimes democráticos são aqueles em que a totalidade da população adulta pode participar de forma directa ou indirecta. Na tomada de decisões e na escolha e no controlo dos governantes. Estes regimes podem assumir as seguintes formas: a democracia directa e a democracia representativa.
Na democracia directa, a totalidade da população adulta reunida periodicamente em assembleia plenária, pode participar directamente na tomada de decisões.
Na democracia representativa, a totalidade da população adulta, apenas pode participar na designação e controlo dos governantes, mas não nas decisões concretas. Tendo por critério a ideologia que os orienta ou o poder que prossegue podemos definir esta classificação em dois grupos a saber:
- Regimes comunistas que não consentem, nem a circulação da sede do poder, nem alternância ideológica o que facilmente estabiliza a forma do estado, como autoritário ou totalitário.
- Os regimes pluralistas que prevêem a revolução legal, que torna viável a alternância no poder e a mudança ideológica pelo consentimento expresso da população.
4.3. Regime Geral Dos Direitos Do Estado
É a aplicável a todos direitos fundamentais, quer se encontrem no ʺcatalogo dos direitos fundamentaisʺ ou fora desse catalogo, dispersos pela constituição, ou ainda em outras fontes de direito reconhecidos pela constituição.
Regime específico dos direitos liberdades e garantias
Consagrado nas normas constitucionais para aplicação exclusiva aos designados ʺ direitos, liberdade e garantias e aos direitos de ʺnatureza analógicaʺ
Regime dos direitos económicos, sociais e culturais 
Não tendo regulação específica, e aplicando se o regime geral dos direitos fundamentais, pela natureza das normas e preceitos é possível caracterizar um ʺ regimeʺ próprio que lhes é implícito.
Eleição
A eleição política é um direito político de eleger e de ser eleito e um modo de intervenção dos cidadãos na vida pública, na gestão dos destinos do estado, onde tem prevalência o princípio da maioria. Corpo eleitoral ou colégio eleitoral – é o conjunto de pessoas que tem capacidade eleitoral (que reúnem os requisitos legais para votar), e varia de país para país.
Sistema Eleitoral
Segundo Alemeida (2003), sistema eleitoral é o conjunto de regras, de procedimentos e de práticas, com uma concorrência e logica interna, que permite que os votos de determinado conjunto de cidadãos sejam convertidos em mandatos de determinados titulares de órgãos de poder politico. A democracia impõe que os governados (cidadãos) possam manifestar sua vontade sobre a forma como o poder político deve ser exercido pelos governantes.
A forma contemporânea mais eficaz de o fazer é através do sufrágio na modalidade de eleição. A eleição é uma forma de sufrágio que tem por objectivo a escolha dos titulares dos órgãos políticos.
O referendo é outra forma de sufrágio que tem poe objectivo a deliberação ou consulta de questões concretas.
Eleição por força do resultado de votação vai permitir apurar uma vontade baseada no princípio da maioria. Este princípio da maioria, fundamenta-se em dois princípios: o princípio da igualdade e da liberdade. 
O sistema eleitoral tem principalmente a ver com a forma como os votos são convertidos em mandatos.
Assim, a eleição e o sufrágio implicam que sejam definidos previamente:
O colégio eleitoral (o colégio eleitoral ou seja, das pessoas que podem votar em geral ou numa determinada eleição);
O órgão de fiscalização (asa entidades ou órgãos de Estado que acompanham o processo eleitoral, ou seja, que tem competência em matéria de fiscalização e de contencioso eleitoral);
Círculo eleitoral;
O número de titulares ou mandato se pretende eleger;
Pessoas elegíveis param esses cargos.
Divisão Eleitoral (Por Círculos Eleitorais)
Círculos nacionais/ locais
Círculos uninominais / plurinominais
b.1) círculos uninominais – sistemas de representação maioritária (maioria relativa/ absoluta)
b.2) círculos plurinominais – sistema de representação maioritárias ou proporcional.
5.1. Sistemas De Representação
Nos sistemas de representação maioritária ganha o partido que tiver mais votos.
Representação maioritária
a.1) maioria absoluta
a.2) maioria relativa
Há também sistemas de representação proporcional em que existe uma correspondência entre o número de votos por cada lista e o número de candidatos que vão ser eleitos. Neste sistema, a representação dos mandatos pode ser feita de acordo com vários critérios. Um deles é usado em Portugal e é designado como método de hondt.
Representação proporcional
b.1) quociente eleitoral
b.2) divisor comum (sistema da medida mais alta de Hondt).
Direitos Fundamentais 
Direitos fundamentais são os direitos ou posição jurídica subjectiva das pessoas em quanto tais individual ou institucionalmente considerados, assentes na constituição, ou seja na constituição formal e na constituição material. Dai que se possa falar em direitos fundamentais em sentido formal ou em sentido material.
Regime jurídico dos direitos fundamentais a constituição não consagra um regime unitário e dos direitos fundamentais, mas ao contrario ela estabelece um regime geral dos direitos fundamentais, aplicável a todos os direitos fundamentais, quer sejam consagrados comos direitos liberdades e garantias, quer com os direitos económicos, sociais e culturais, e quer se encontrem no catalogo ou fora do catalogo.
Consagra, ainda, um regime específico dos direitos liberdades e garantias, aplicável aos direitos liberdades e garantia e aos direitos da natureza análoga. 
Princípios Democráticos E Princípio Maioritário
Limites
O direito da maioria é sempre um direito em concordância com os direitos da maioria, nesse sentido:
A maioria não pode dispor de determinados direitos (sistema dos direitos fundamentais),
Exigência de maiorias qualificadas, que implicam a necessidade de participação das maiorias na decisão,
Finalmente há um limite interno (ético), ao princípio da maioria, a noção que embora as decisões da maioria sejam vinculativas não são necessariamente materialmente mais justas nem as únicas verdadeiras.
Se o sufrágio é o modo de participação dos cidadãos, o princípio da maioria, é o critério da decisão. A decisão por maioria decide sobre quaisquer questões politica, em regra, mas há certas questões em que é exigido uma maioria agravada ou qualificada. Por exemplo: a alteração da constituição da república.
Há, ainda que referir que na sociedade complexa e plural dos nossos dias, nem sempre a decisão da maioria tem forca suficiente para se impor, ou se mostrar idónea para a presunção de certos objectivos da sociedade. Designadamente em matéria laboral, salarial, a tendência é para complementar essa maioria por vontades contractuais, que é a chamada ʺconcertação socialʺ que existe no domínio das relações laborais.
Partidos Políticos
Considera-se Partido político ao agrupamento de cidadãos, organizado, tendo em vista participar no funcionamento das instituições politicas (ser titulares de órgãos de poder) e exprimir organizadamente a vontade popular (ser condicionante na formação e representante da vontade popular nos órgãos de poder). Os partidos políticos são organizações que lutam pela aquisição, manutenção do exercício do poder. Os partidos políticos:
Aspiram a representarpoliticamente a sociedade na sua globalidade exprimindo a vontade popular na realização das opções da colectividade;
Propõe-se exercer o poder político influenciar directamente o seu exercício;
Agrupamento de caracter duradouro;
Exige exclusivamente de filiação.
As Associações Politicas
Visam essencialmente a representação de sectores determinados de colectividade;
Limitam-se a participar na actividade de instâncias sociais e a tentar influenciar o exercício do poder politico;
Podem constituir-se por prazo determinado (se perdurar pode acabar transformando-se num partido);
A participação numa associação é compatível com a participação em outras ou mesmo num partido politico.
Estrutura Orgânica Dos Partidos 
 A chamada lei de bronze da oligarquia partidária, segundo a qual acrescente profissionalização, especialização e burocratização dos militantes activos, dos partidos e dos seus filiados e em especial dos seus dirigentes, conduzem, em regra, a uma oligarquia de chefia ou seja, a especialização técnica que surge como uma consequência da organização do partido acaba por fazer com que o poder de direcção seja mais ou menos retirado as massas e fique concentrado nas mãos dos chefes.
Estes que do início, eram órgãos executivos da vontade colectiva vão-se tornando independentes das massas e subtraindo-se ao controlo delas. Esta questão e uma questão de democracia interna de cada partido que se relaciona com maior ou menor rigidez e com autoridade do respectivo grupo parlamentar.
Sistemas Partidários
Os sistemas partidários tem como critério o numero, dimensão eleitoral e expressão no exercício do poder politico dos partidos políticos existentes e classificam-se em:
Monopartidismo - Sistema de partido único.
Sistema de partido liderante;
Bipartidismo perfeito e imperfeito.
Perfeito e o sistema em que os dois primeiros partidos dividem de modo mais ou menos igual a 90% dos votos validamente expressos.
Imperfeitos e o sistema de dois partidos e meio em que um terceiro partido disfruta da representatividade suficiente para perturbarem a dos dois grandes partidos que só tem entre 75% e 85% do total dos votos.
Multipartidarismo integral ou perfeito que e o sistema existente nas sociedades politicas atomizadas: significa que quando existem três ou mais partidos que distribuem entre si de forma aproximada iguais percentagens eleitorais.
Multipartidismo imperfeito ou de partido dominante que e o sistema em que existem três ou mais partidos, mas em que um deles sobressai por conseguir alcançar pelo menos 35% do eleitorado, assumindo uma posição dominante do aparelho do estado.
Monarquia absoluta – sistemas sem partidos organizados.
Os Partidos Quanto A Participação 
Partidos de massas 
Estes procuram um grande número de aderentes militantes, procurando ir de encontro com os seus interesses manifestando-se seus interesses extras parlamentares, formação politica das populações e a criação e apoio a estruturas económicas e sociais de massas. São financiados através das quotizações dos seus militantes. Tem fortes ligações ideológicas, são partidos rígidos com a disciplina de voto no parlamento e altamente centralizados, surgem com o sufrágio universal e com o desenvolvimento das teses socialistas e comunistas.
São partidos operários, disciplinados, que procuram recrutar e formar o maior número possível de militantes. Em suma os partidos de massa englobam um grande número de aderentes, demonstrando um grande interesse na formação política das populações e na criação de estruturas sociais e económicas de massas, recebendo o financiamento das quotas pagas pelos seus militantes.
Partidos de quadros
Estes não visam um numero elevado de aderentes ou militantes, pretendem reunir quadros bem preparados de pessoas com prestígios moral, social e económico (quer pela influencia que podem ter no eleitorado, pela angariação de fundos que podem proporcionar).
Estes partidos procuram qualidade em detrimento da quantidade, nascem da institucionalização do voto universal, com uma componente ideológica politica fraca. Partidos flexíveis, ausência da disciplina de voto, a sua estrutura descentraliza com actividade periódica visando uma função eleitoral, parlamentar e de conquista de eleitores. Em suma são partidos de notáveis de grande e pequena burguesia, colocando-se essencialmente a direita e centro de espectro politico partidário.
Opinião
A opinião de uma pessoa é aquilo que ela acredita ser verdadeiro. As opiniões manifestam o carácter de uma pessoa, porque são moldadas pelo sistema de valores que regem as atitudes do indivíduo. As opiniões também dependem das aspirações pessoais e do nível de maturidade psicológica de cada pessoa.
Muitas vezes as opiniões são divergentes, ou seja, pessoas não têm a mesma opinião sobre o mesmo assunto. Isto porque a opinião é um juízo subjectivo, que tem como fundamento o conhecimento vago da realidade, e muitas vezes não está baseada em fatos concretos e nem mesmo no bom senso. Uma opinião pode ser discriminatória e ofensiva para muitas outras pessoas
Opinião Pública
História da Opinião Pública
A opinião pública surge de uma reabilitação pública da adoxa na medida em que, erigida em fundamento de legitimidade da acção governamental, requer que a opinião de cada subjectividade seja considerada igual perante todas as restantes. A teoria liberal da opinião pública é, assim, uma teoria do público e da sua liberdade constitutiva em expressar os seus pontos de vista, em discutir os temas e em avaliar criticamente os actos do poder político" 
Opinião pública é a opinião geral dos cidadãos em relação ao Estado, à sociedade e a outros temas ou questões. Muitas vezes é revelada através de iniciativas privadas ou de meios de comunicação. Em várias ocasiões os órgãos que expressam a opinião pública se transformaram em órgãos que exercem manipulação através de propaganda, através de governos ou empresas
Esta é criada a partir do agrupamento das interpretações dos receptores. Num sentido mais amplo, a opinião está ligada à crença na qual o indivíduo se baseia para criar conclusões e pontos de vista. Duma forma resumida opinião, reúne elementos heterogéneos em diversas combinações e resulta em julgamentos reflexivos. A opinião pública é baseada pela mídia numa espécie de agrupamento homogéneo de crenças, ideais e opinião. Para atingir a opinião pública, o consenso geral, a estrutura mediática aposta em valores comuns à maioria, como o repúdio à corrupção, o apelo ao sofrimento humano perante às tragédias ou a admiração por valias assumidamente honestos.
Opinião pública é a expressão da participação popular na criação, controle, execução e crítica das directrizes de uma sociedade. É também designada por senso comum, em que se inserem as ideias consideradas corretas pela maior parte da sociedade, que seguem um padrão ético-moral que é subjectivo segundo a sua cultura, condições sociais e, em alguns casos, sua religião. Quando se diz, por exemplo: "A opinião pública está pressionando o governo", significa que a sociedade civil, geralmente através da mídia, expressa uma posição de pressão ao governo. É, portanto, o comportamento que a maioria de uma sociedade toma em relação a algum assunto.
Tipos De Opinião Pública
A opinião pública liberal constitui-se como força moral e crítica sobre a sociedade e o Estado ou qualquer outro poder em geral. 
A opinião pública política fundamenta-se na esfera privada, mais propriamente na sociedade civil, e é constituída pelos indivíduos particulares reunidos em público que fazem ouvir a sua voz através de uma comunicação política expressa como opinião pública, tida esta como produto do raciocínio público sobre os assuntos públicos. Dado que cada um possui a sua aspiração privada, pelo que é na defesa dos interesses de cada um que publicamente se pode atingir a harmonia e o bem-estar social. O seu pressuposto é que somente do diálogo e do debate públicos pode a verdade assomaraos homens e guiar os cidadãos na identificação e no solucionamento dos problemas da sociedade
Estado 
É uma entidade abstracta que actua através dos seus órgãos e que é objecto de interesse de várias ciências.
Paradigma Do Estado Liberal De Direito
O Estado Liberal de Direito, que teve algumas de suas bases teóricas lançadas por J. Locke e Montesquieu caracterizou-se pela difusão da ideia de direitos fundamentais, da separação de poderes, bem como, do império das leis, próprias dos movimentos constitucionalistas que impulsionaram o mundo ocidental a partir da Magna Charta Libertatum de 1215.
Nesse paradigma o Estado Liberal, há uma divisão bem evidente entre o que é público, ligado às coisas do Estado (direitos à comunidade estatal: cidadania, segurança jurídica, representação política etc.) e o privado, mormente, a vida, a liberdade, a individualidade familiar, a propriedade, o mercado (trabalho e emprego capital) etc. Essa separação dicotómica (público/privado) era garantida por intermédio do Estado, que lançando mão do império das leis, garantia a certeza das relações sociais por meio do exercício estrito da legalidade.
Com a definição precisa do espaço privado e do espaço público, o indivíduo guiado pelo ideal da liberdade busca no espaço público a possibilidade de materializar as conquistas implementadas no âmbito do Estado que assumiu a feição de não interventor.
Nesse diapasão, sob a égide do paradigma liberal, compete ao Estado, por meio do direito posto, "garantir a certeza nas relações sociais, através da compatibilização dos interesses privados de cada um com o interesse de todos, mas deixar a felicidade ou a busca da felicidade nas mãos de cada indivíduo" , rompendo-se, via de consequência, com a anterior concepção de Estado (pré-moderno), no qual, até a felicidade dos indivíduos era uma atribuição estatal. O direito passa a ser considerado um ordenamento constitucional/legal, deixando para trás aquela ideia de que ele era uma coisa devida transcendentalmente com base na imutável hierarquia social oligarca.
O Paradigma Do Estado Social De Direito
A vivência das ideias abstractas que conformavam o paradigma do Estado liberal de direito, mormente, o exercício das liberdades e igualdades formais, bem como, a propriedade privada, culminou por fundamentar ideias e práticas sociais no período que ficou caracterizado na história como de maior exploração do homem pelo homem.
Se de um lado o homem alcançou o ideal de liberdade em face do Estado, mormente com a implementação de um documento formal que lhe garantia formalmente uma gama de direitos (de 1ª geração), por outro, essa garantia reduzia-se ao campo meramente formal, pois, no paradigma constitucional do Estado liberal de direito, a condição humana não melhorou muito em relação à noção pré-moderna, haja vista que a alteração aconteceu apenas no âmbito do senhor em quase nada alterando a condição do escravo.
A ordem liberal é posta em xeque com o surgimento de ideias socialistas, comunistas e anarquistas, que a um só tempo, "animam os movimentos colectivos de massa cada vez mais significativos e neles reforça com a luta pelos direitos colectivos e sociais".
Nesse momento da história do liberalismo, seu movimento e sistemas sofreram "diversas transformações à medida que conectaram com outros movimentos ou reformaram seu quadro institucional para se ajustar a novas exigências sociais".
Com o desenvolvimento do movimento democrático e o surgimento de um capitalismo monopolista, o aumento das demandas sociais e políticas, além da Primeira Guerra Mundial, abrolha-se a crise da sociedade liberal, possibilitando o surgimento de uma nova fase do constitucionalismo – agora social – com alicerce na Constituição da República de Weimar, e em razão disso, inaugura-se o paradigma constitucional do Estado social de direito.
Esse novo paradigma que exsurge, o do Estado social, implica a materialização dos direitos anteriormente formais. Não se trata de acrescer uma gama de direitos de 2ª geração (direitos colectivos e sociais) aos de 1ª geração (direitos individuais), que já existiam no paradigma do Estado liberal, pois o novo traz em seu bojo a necessidade de se realizar uma releitura historizada dos primeiros direitos chamados fundamentais, que os adapte à novel demanda social.
Dessa forma, a liberdade do Estado liberal não pode mais ser considerada como desdobramento da legalidade estrita, na qual o indivíduo podia fazer tudo o que não fosse proibido por lei, "mas agora pressupõe precisamente toda uma plêiade de leis sociais e colectivas que possibilitem, no mínimo, o reconhecimento das diferenças materiais e o tratamento privilegiado do lado social ou economicamente mais fraco da relação", de modo a satisfazer um mínimo material de igualdade. Em outras palavras, a nova pauta inaugurada pelo paradigma do Estado social implica a "internalização na legislação de uma igualdade não mais apenas formal, mas tendencialmente material". Na verdade, com a ruptura do paradigma do Estado liberal, ocorre uma redefinição dos clássicos direitos de 1ª geração, ou, como diz Habermas, uma materialização do direito.
Em razão da complexificação da sociedade, resultante no modelo paradigmático social ou de bem-estar-social, no qual o direito é materializado, o Estado vivencia um momento de ampliação extraordinária na sua seara de actuação, mormente pela necessidade de abranger tarefas vinculadas aos novos fins económicos e sociais que lhes são atribuídos, e, via de consequência, reduzir a distância entre a realidade do senhor e do escravo à luz de uma igualdade material.
Nesse novo paradigma, o antigo cidadão-proprietário do Estado liberal é encarado como o cliente de uma Administração Pública garantidora de bens e serviços. A releitura do paradigma anterior não ocorre tão-somente no âmbito dos direitos individuais, pois o princípio da separação de poderes (outro pilar do modelo liberal) também é reinterpretado.
Com efeito, ao Poder Executivo são atribuídos novos mecanismos jurídicos e legislativos "de intervenção directa e imediata na economia e na sociedade civil, em nome do interesse colectivo, público, social ou nacional". Ao Poder Legislativo, por sua vez, além de sua actividade típica, compete o exercício de funções de controle, ou seja, "fiscalização e apreciação da actividade da Administração Pública e da actuação económica do Estado". Por outro lado, o "direito passa a ser interpretado como sistema de regras e de princípios optimizáveis, consubstanciadores de valores fundamentais (ordem material de valores, como entendeu a Corte Constitucional Federal alemã), bem como de programas e fins, realizáveis no limite do possível".
Estado Liberal
Advento dos direitos do Homem → garantir a plena realização das liberdades individuais dos cidadãos, → Segurança e Justiça, enquanto garantia de dar a cada um o que é seu. No estado do direito liberal, caracterizado pelo abstencionismo e capitalismo concorrencial, do ponto de vista económico e por um regime democrático liberal, do ponto de vista politico, o objectivo primordial era o da segurança. O que interessava era que todos fossem iguais perante a lei, embora essa igualdade reconduz-se apenas a um ponto de vista formal.
Estado Do Direito Liberal
Assente na ideia de liberdade e, em nome dela, empenhado em limitar o poder politico tanto internamente (pela sua divisão) como externamente (pela redução ao mínimo das suas funções perante a sociedade). O Estado só teria como única tarefa a garantia da paz social e da segurança dos bens e das vidas, de forma a permitir o pleno desenvolvimento da sociedade civil de acordo com as suas próprias leis naturais.
Estado De Direito
Instituição dos princípios da democracia e da igualdade → assegurar a igualdade de oportunidades →Segurança e Justiça, enquanto garantia de liberdade colectiva e igualdade efectiva de direitos.
Estado Social Do Direito 
Reconduz-se a um esforço de aprofundamento e de alargamentos simultâneos da liberdade eda igualdade em sentido social, com a integração política de todas as classes sociais. Integra-se no modelo do Estado constitucional, representativo ou de direito, pois vai articular direitos, liberdades e garantias com direitos sociais; articular a igualdade jurídica (a partida) com igualdade social (a chegada) e segurança jurídica com segurança social; passagem do governo representativo clássico a democracia representativa.
Estado social do direito: consciencialização social colectiva → garantia de condições de dignidade humana mínimas → Segurança e Justiça + Bem-Estar social, económico e cultural dos cidadãos. No estado social do direito, que reflecte a passagem do capitalismo concorrencial para o intervencionismo passou a dar-se prevalência ao objectivo da justiça, quer comutativa, quer distributiva, tratando-se de uma igualdade de situações.
Origem Da Constituição 
Segundo Lassalle, existe um pressuposto universal de que em todos os lugares do mundo em todas as épocas, sempre existiu uma constituição. Provando se este pressuposto histórico universal, é possível construir um conceito de constituição. Desta forma estaremos comprovando a existência de comunidades, sociedades ou Estados modernos, através de três matérias fundamentais, que são: 
Identidade- a primeira matéria que permite tal identificação é a identidade ou seja a nacionalidade.
Organização reiterada_ a segunda matéria que permite a identificação social é a hierarquia e a linha sucessória na sociedade. Esta determina quem manda e quem deve obedecer dentro da sociedade.
Valores_ um grupo só se reconhece como grupo se tiver valores comuns construídos pela própria sociedade. Em determinado momento, esses valores se transformarão em normas coercitivas jurídicas.
A reunião de identidade, hierarquia e valores demonstram o modo de ser de uma determinada comunidade, sociedade ou Estado. Se uma comunidade, sociedade ou Estado possui um modo de ser, isso significa que ela existe, ou seja, ela foi constituída, possuindo uma constituição.
Acepções Do Termo Constituição 
Segundo Bulos(2008), existem acepções tradicionais, mediante as quais a doutrina procurou compreender o que é uma constituição;
Acepçao socilogica;
Acepçao jurídica;
Acepçao politica.
Constituição Sociológica
Segundo Bulos (2008), constituição sociológica é uma força activa de todas leis da sociedade. Logo uma constituição que não correspondesse a tais factores reias não passa de uma simples folha de papel. Para este uma constituição duradoura e boa seria aquela que equivalesse a constituição real, cujas raízes estariam fixadas nos factores de poder predominante no país. 
Constituição Jurídica	
Segundo Lenza,(2008), demostrou que as funções do estado correspondente a um processo evolutivo e graduado de criação de normas jurídicas. Este afirma que a forma jurídica positiva de certos aspectos relativos ao processo de criação jurídica, particularmente importantes do ponto de vista político.
Constituição Politica
Segundo Lenza, (2008) a constituição é fruto de uma decisão política fundamental, quer dizer, uma decisão de conjunto sobre o modo e a forma da unidade politica. Ele admitia que só seria possível uma noção de constituição quando se distinguisse constituição de lei constitucional.
Em suma, tudo aquilo que, embora esteja previsto na constituição, não diga a respeito a uma decisão politica qualifica se, apenas, como lei constitucional.
 Conclusão 
Importante, neste momento final, ressaltar a proposta de analisar os regimes políticos, o processo de construção e rupturas nos paradigmas do Estado Liberal, Estado Social e Estado Democrático de Direito, a fim de demonstrar que a necessidade de reconstruirmos as teorias próprias do processo para que estas não parem no tempo. Assim fica demonstrado que o ponto principal que se denota da teoria do processo como procedimento em contraditório é o seu conteúdo democrático inserido em seus institutos basilares, de legitimação pela participação dos afetados que se reconhecem como autores e destinatários do provimento jurisdicional, diversa da teoria da relação jurídica que em decorrência de seu conteúdo autoritário, derivado com conceito de direito subjetivo, pode fundamentar regimes autoritários. Salientar que o multipartidarismo, vem de certa forma galvanizar aquilo que é a democracia no seio dos estados (Moçambique), onde o cidadão tem liberdade de expressão sobre a sua filiação partidária.
Referências Bibliográficas 
1. ALMEIDA, Marcelo Caetano (2003), In Manual de ciência politica e direito constitucional, 6a edição. Coimbra.
2. BULOS, Uadi Lammego (2008), curso de Direito Constitucional, edição 3a. Editora Saraiva. São Paulo.
3. DALARI, Dalmo de Abreu (1998), Elementos de Teoria Geral do Estado, 2a edição. Editora Saraiva. São Paulo.
4. GIL, António Carlos (1989), Métodos e técnicas de pesquisa social, 2a edição. Atlas editora, São Paulo S-A. 
5. LENZA, Pedro (2008), Direito Constitucional Esquematizado.. Edição 12a. Editora Saraiva. São Paulo.
6. MONTESQUIEU (1962), Do Espírito das Leis. Ed. Difusão Europeia do Livro, São Paulo
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