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historia da psiquiatria

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SIMONE DE OLIVEIRA CAMILLO
Da Perspectiva Histórica 
da Psiquiatria até as 
Políticas de Saúde Mental 
atual 
PATRIMÔNIO DO 
HOMEM
PARADIGMAS SOBRE A 
LOUCURA NA ANTIGUIDADE
Teológico, Natural – Hipocrático
LOUCURA NA ANTIGUIDADE
1-Paradigma Teológico
A doença era vista como “ um castigo” 
por ter-se feito algo contra os deuses.
Obra de Zeus e outros deuses
Decisão divina
LOUCURA NA ANTIGUIDADE
1-Paradigma Teológico
A doença era vista como “ um dom”.
Loucura era a manifestação divina, o que era
dito pelo “louco” era ouvido como um saber
necessário;
A Loucura tinha espaço para expressão 
pois era necessária a compreensão das 
mensagens divinas
LOUCURA NA ANTIGUIDADE
2- Paradigma Natural – Hipocrático
Platão (460-347 ac) - A República 
Alteração cerebral x sagrado
Hipócrates (460-377 ac)
Desarranjo corporal/ perturbações químicas no Cérebro.
Acúmulo de bile e outras substâncias
A doença não provém de Deus; mas sim do homem.
Ex: melancolia como um sentimento nascido ou oriundo 
dos males da humanidade
Final da Antiguidade/Início da idade Média
IV dc :poder da igreja católica/ vontade de Deus
Paradigma Teológico
IV dc :poder da igreja católica
Quem cuidava?
Familiares, vizinhos, a sociedade, os 
religiosos
Início da Idade Média 
Feudalismo V
A produção feudal própria do Ocidente europeu tinha por base a
economia agrária, de escassa circulação monetária, auto-suficiente. A
propriedade feudal pertencia a uma camada privilegiada, composta
pelos senhores feudais, altos dignitários da Igreja, (o clero) e
longínquos descendentes dos chefes tribais germânicos. As
estimativas de renda per capita da Europa feudal a colocam em um
nível muito próximo ao mínimo de subsistência.
Início da Idade Média 
Feudalismo V
Marcada pelas epidemias (lepra, pestes, medo de ameaças do 
outro mundo)
Doentes mentais cuidados pela igreja, custeado pelos senhores da 
sociedade com posses, que assim “compravam um pedaço do céu”.
Idade média (1231)- Sec.XIII
Apogeu da igreja
Paradigma Demonológico
Pensamento contra a igreja: 
Hereges- feiticeiros-loucos
O exorcista: figura poderosa
O louco: “aquele que tinha o diabo no 
corpo”
Idade média (1231)- Sec.XIII
Exorcismo
Orações
Visita à 
igreja
jejuns
Idade média (1487)- Sec.XIII
O Martelo das Bruxas ou O Martelo das Feiticeiras é uma
espécie de manual de diagnóstico para bruxas, publicado
em 1487, dividindo-se em três partes: a primeira
ensinava os juízes a reconhecerem as bruxas em seus
múltiplos disfarces e atitudes; a segunda expunha todos
os tipos de malefícios, classificando-os e explicando-os;
e a terceira regrava as formalidades para agir
“legalmente” contra as bruxas, demonstrando como
inquiri-las e condená-las.
http://mosaicum.org/2010/10/04/biblioteca-malleus-
maleficarum-o-martelo-das-bruxas-em-portugues/
(volume 1e 2)
Idade média (1231)- Sec.XIII
Quem cuidava?
Os religiosos ou pessoas 
ligadas a igreja
Ideais: fraternidade,caridade,
Serventia,auto-sacrifício, 
Salvação da alma
Idade média - Sec.XIV
São perseguidos 
São vistos como feiticeiros e 
“espíritos de porco”
1ª metade do sec. XV: existência 
nômade 
Nau dos loucos
embarcações que, na literatura européia de
século XVI, transportavam os insanos em
uma viagem pelos mares
“... em Frankfurt, em 1399, encarregaram-se
marinheiros de livrar a cidade de um louco
que por ela passeava nu; nos primeiros anos
do século XV, um criminoso louco é enviado
do mesmo modo a
Mayence.(...)Freqüentemente as cidades da
Europa viam essas naus de loucos atracar em
seus portos.” (Foucault, 1972.: 9).
Nau dos loucos-Hieronymus Bosch (1450-
1516
Idade média - Sec.XIV
ao XV
Caça
Tortura
Morte na fogueira
Transição da idade média para a Idade
Moderna- sec.XVI
X
sobrenatural Individualidade ♂
Transição da idade média
para a Idade Moderna-
sec.XVI
-Razão própria
-Não tem o diabo no corpo
-Perigosos, improdutivos,
Ociosos, vagabundos
Transição da idade média para a Idade Moderna-
sec.XVI
Exclusão x Internação: prostitutas, criminosos
Idade Moderna
Século XVII- XVIII, das luzes
Razão- método científico
Princípios científicos na Europa 
Movimentos intelectuais
Marcado pelo desenvolvimento do 
“mercantilismo”
Idade Moderna
Século XVII- XVIII, das luzes
Este movimento surgiu na França do século XVII
Defendia o domínio da razão sobre a visão teocêntrica
desde a Idade Média.
Pensamento tinha o propósito de iluminar as trevas em
que se encontrava a sociedade.
Os ideais iluministas
O pensamento racional deveria ser levado adiante
substituindo as crenças religiosas e o misticismo, que,
bloqueavam a evolução do homem.
O homem deveria ser o centro e passar a buscar
respostas para as questões que, até então, eram
justificadas somente pela fé.
História - Século XVII- XVIII, das luzes
Quem não podia contribuir com o
progresso econômico era
encarcerado, por necessidade de
disciplina e de um novo controle
social.
Surge na Europa os estabelecimentos
de internação de velhos e crianças
abandonados, aleijados, mendigos,
portadores de doenças venéreas e os
loucos, com trabalhos forçados para
combate ao “ócio”
História - Século XVII-XVIII, das luzes
Loucura como reverso da razão absoluta;
Conjunto de vícios como preguiça e
avareza, algo desqualificante ganhando
caráter moral;
• Período de “limpeza” das cidades
estendeu-se até a Revolução Francesa
em 1789 com o lema “liberdade,
igualdade e fraternidade” o que não
comungava com a exclusão que ocorria;
Revolução FRANCESA 1789- Sec.
XVIII 
Inicia-se processo de reabsorção do excluídos como
auxílios financeiros e médico em residências
adoção e criação de estabelecimentos próprios para
crianças e outros;
Os loucos continuaram encarcerados pelo estigma
de que podiam ser perigosos por tornar-se violentos
e por não haver proposta para esta situação;
Os doentes mentais eram:
desprovidos de razão e, portanto,
não tinham direito a opinar sobre
sua vida e tratamento (abusos da
medicina);
Esterilização forçada;
 proibição do casamento.
Idade Moderna 
2ª metade do sec. XVIII
-Disciplina médica
-Hospital Psiquiátrico
-Influências marcantes
Influências: Philippe Pinel (1745-1826) 
Preconizou o tratamento moral: 
disciplina
O doente : tinha uma razão 
errada/abuso da liberdade
Isolamento é fundamental: segurança 
para o doente, família e sociedade.
Combate a intolerância religiosa e a 
desigualdade social
Tratamento Moral
Influências: Esquirol (1772-1840)
Precursor da Psiquiatria, integrou a
escola francesa iniciada por Pinel.
Penetrou a mente humana, com o
intuito de compreender os transtornos
do humor e da melancolia como
importantes agentes que conduzem à
perda do juízo, elevou pela primeira vez
os alienados à condição de homens.
Reformador de asilos e hospícios
franceses, fundou o primeiro curso para
o tratamento das enfermidades mentais
e lutou pela aprovação da primeira Lei
de Alienados na França.
SEC. XIX- Idade contemporânea
Revolução Industrial- capitalismo (final do sec.XVIII e início do 
sec. XIX)
A cura da força de trabalho : restabelecimento e manutenção
da mão-de-obra produtiva
Medicina no poder
Relações de dominação e subordinação
Idade Contemporânea 
(Sec. XIX)
Influências: Emil 
Kraepelin (1855-1926) 
Integrou a corrente 
organicista alemã. 
Idade Contemporânea (Sec. XIX)
Concepção organicista
Insulinoterapia
malarioterapiaEletroconvulsoterapia
Injeções de cardizol 
Lobotomia
Idade Contemporânea (Sec. XIX)
Eletrochoque
Idade Contemporânea (Sec. XIX)
Insulinoterapia
Idade Contemporânea (Sec. XIX)
Idade Contemporânea (Sec. XIX)
SEC. XIX
A corrente elétrica é aplicada no 
cérebro através de dois 
eletrodos colocados nas áreas 
temporais do crânio.
O esperado : que o paciente 
entre numa convulsão 
generalizada, o que o tiraria da 
crise.
SEC. XIX
Técnica cirúrgica que, ao 
destruir a substância branca dos 
lobos temporais do cérebro, 
provoca uma alteração da 
personalidade. 
Provoca uma deterioração 
cerebral irreversível.
Influências: Emil Kraepelin (1855-1926) 
Cria sistema organizado de sinais e sintomas
Linguagem própria (científica) para descrever o 
que se passa na mente
Faz com que a Psiquiatria se afirme como 
ciência médica
Traz uma reflexão científica
Influências: Sigmund Freud (1856-1939) 
Verificou a existência de uma atividade 
psicológica inconsciente que extrapola a 
razão e a vontade dos pacientes.
Criou a psicanálise como método de 
tratamento das neuroses 
O ato de ouvir não pode se afastar da prática 
cotidiana em saúde mental.
Seu afã de penetrar os espaços recônditos do 
ser o levam à condição de “arqueólogo da 
psique”.
Início do sec.XX
Idéia psicodinâmica da loucura
Críticas em relação ao modelo vigente
Psiquiatria Social
Comunidade Terapêutica
Entre outros
Início do sec.XX
NOVAS FORMAS DE ATENDIMENTO AO DOENTE 
MENTAL
• Maxwell Jones: comunidade terapêutica- Reino Unido
Comunidades Terapêuticas na Inglaterra, um modo 
de superação do hospital psiquiátrico, dando uma 
ênfase nas relações comunitárias que se 
instauravam no seio dos grandes sítios, e nas 
atividades de campo (trabalho), que tinham cunho 
terapêutico, e função de recuperação dos pacientes.
Comunidade Terapêutica
(Maxwell Jones Reino Unido)
•Denuncia a podridão dos esquemas antigos e valoriza a relação 
respeitosa profissional-cliente
•Democratização das relações institucionais
•Direitos e a preservação da identidade
•Estrutura hospitalar desagregadora e cronificadora
•Propunha reforma institucional (asilos cheios e
precários/ piora do quadro)
Início do sec.XX
NOVAS FORMAS DE ATENDIMENTO AO DOENTE 
MENTAL
• Inspiradas pelas Comunidades Terapêuticas, mas ainda 
com a visão institucionalista dos hospitais psiquiátricos, 
surge na França (1950) a Psicoterapia Institucional e a 
Psiquiatria de Setor, ambas tinham como objetivo promover 
a recuperação da função terapêutica da Psiquiatria.
Início do sec.XX
NOVAS FORMAS DE ATENDIMENTO AO DOENTE 
MENTAL
• Caplan: Psiquiatria Comunitária ou Preventiva nos EUA
• Paralela a esse movimento, na década de 1960, surge nos EUA a 
Psiquiatria Comunitária, propondo uma mudança na forma como ver a 
doença mental, numa tentativa de aproximar a psiquiatria da Saúde 
Pública, a Psiquiatria Comunitária inova ao propor a prevenção da 
doença mental.
Psiquiatria Comunitária ou Preventiva nos 
EUA- Caplan- Anos 60
Promoção da saúde mental e a prevenção à doença
mental com oferecimento de um atendimento
abrangente de SM no âmbito da comunidade.
atenção aos fatores comunitários que pareciam
influenciar no nível de SM  pobreza, desemprego,
superpopulação urbana e isolamento rural, crime e
apoio social.
Início do sec.XX
NOVAS FORMAS DE ATENDIMENTO AO 
DOENTE MENTAL
Laing e Cooper –Antipsiquiatria
• Até aqui, nenhum movimento, criticava a Psiquiatria em si, apenas 
propunha(m) novo(s) modo(s) de tratamento. Com o nascimento da 
Antipsiquiatria na Inglaterra, é que se dá o primeiro movimento mais 
eficaz no combate à prática psiquiátrica
Início do sec.XX
NOVAS FORMAS DE ATENDIMENTO AO 
DOENTE MENTAL
Laing e Cooper –Antipsiquiatria
• A Antipsiquiatria vem como uma crítica à estrutura social conservadora 
daquele século.
• Segundo o movimento da Antipsiquiatria, a loucura não existe! É uma 
produção social: a sociedade promove a loucura, e numa tentativa de 
se livrar de sua culpa tenta tratá-la, enquadrá-la.
• Esse movimento buscava uma reposta para a produção da loucura, 
diferente da visão proposta pela psiquiatria até o momento. Segundo 
eles, já que a loucura era um fator social não necessitaria de 
tratamento. A Antipsiquiatria ainda defendia que o delírio, por exemplo, 
era uma tentativa do individuo de mudar sua realidade, e por esse 
motivo, não deveria ser contido.
Início do sec.XX
NOVAS FORMAS DE ATENDIMENTO AO DOENTE 
MENTAL
• Franco Basaglia: Psiquiatria Alternativa 
• O movimento seguinte, contrário à Antipsiquiátria, não nega a 
existência da doença mental, do contrário, e propõe um novo modo de 
olhar para o fenômeno da loucura. 
• A Psiquiatria Democrática, nascida na Itália no final da década de 1960 
e inicio da década de 1970, provoca uma mudança epistemológica e 
metodológica entre o saber e a prática psiquiátrica.
• Agora, a loucura não se restringe ao paciente e ao médico, mas, para 
além da psiquiatria, ela engloba o sujeito, sua família, à comunidade e 
os demais setores sociais.
Início do sec.XX
NOVAS FORMAS DE ATENDIMENTO AO DOENTE 
MENTAL
• Franco Basaglia: Psiquiatria Alternativa 
• A psiquiatria Democrática vê no hospital psiquiátrico :
• um meio de segregação e institucionalização da loucura e do paciente 
psiquiátrico
• contrapondo a isso
• busca um novo olhar sobre o sujeito, partindo de sua individualidade e 
necessidades particulares, visando um trabalho de reinserção social do 
paciente psiquiátrico, rompendo com a lógica hospitalocêntrica.
• Para Franco Basaglia, precursor do movimento na Itália, a psiquiatria 
Democrática não nega a doença mental, mas muda o foco, da doença 
para o sujeito, provocando na sociedade um novo modo perceber a 
loucura.
Influências: Franco Basaglia (1924-
1980) 
Um dos psiquiatras mais discutidos no mundo
Tendo como base a experiência da 
Comunidade Terapêutica desenvolvida por 
Maxwell Jones na Escócia, propõe uma nova 
visão.
Faz crítica à sociedade
Discute o sofrimento e as diferenças do doente 
mental
Manicômio: a metáfora da exclusão
Influências: Franco Basaglia (1924-
1980) 
-Acabou com as medidas institucionais de 
repressão
-criou condições para reuniões entre médicos 
e pacientes
-devolveu ao doente mental a dignidade de 
cidadão.
-reinvenção das práticas X confronto com a 
sociedade
-com a solidariedade
-respeito as diferenças
Influências: Franco Basaglia (1924-
1980) 
Desistitucionalização
Desmontar/ Desconstruir
Práticas/saberes/ discursos
Mudança na cabeça das pessoas
Pilar da mudança: Luta pela cidadania
Não, a segregação 
Sim, a restituição dos direitos
Influências: Franco Basaglia (1924-
1980) 
Não há nada de terapêutico em 
relação de desigualdade. 
Espaços de liberdade: para o exercício 
da cidadania
Políticas Públicas em Saúde Mental
1830
Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro
realiza diagnóstico sobre a situação dos loucos na cidade
A partir de então, os doentes mentais
passam a ser merecedores de espaço próprio para reclusão e tratamento.
Políticas Públicas em Saúde Mental
1835
José Martins da Cruz Jobim denuncia, em discurso na Sociedade de Medicina
do Rio de Janeiro,
a insalubridade dos porões da Santa Casa da 
Misericórdia e as péssimas condições em que 
vivem os loucos na cidade
Políticas Públicas em Saúde Mental
1841
D. Pedro II
sanciona o decreto de criação do hospício
1852
Inaugurado em 8 de dezembro, com a presença do Imperador, o Hospício
de Pedro II, conhecido popularmente como “Palácio dos LoucosPolíticas Públicas em Saúde Mental
1883
O Hospício de Pedro II passa a se chamar Hospício Nacional de Alienados e é
desanexado da Santa Casa da Misericórdia.
Políticas Públicas em Saúde Mental
1890
Criada a primeira Escola de Enfermeiros e Enfermeiras do Brasil para suprir a
lacuna deixada pelas irmãs de caridade ligadas à Santa Casa da Misericórdia.
Políticas Públicas em Saúde Mental
1898
Inaugurado, em São Paulo, o Hospital do Juqueri, sob a direção de Francisco
Franco da Rocha.
característica higienista : que tem como traço o conceito de limpar as ruas, 
sanear a imagem e o espaço urbanos, tirando da vista tudo que implique em 
estorvo à produção: prostitutas, mendigos, pobres, negros, enfim, pessoas que 
não respondia à produção.
Políticas Públicas em Saúde Mental
1946
A psiquiatra alagoana Nise da Silveira inaugura a Seção de Terapêutica
Ocupacional e Reabilitação (STOR) no Centro Psiquiátrico Nacional,
localizado no bairro de Engenho de Dentro.
Por sua discordância com os métodos 
adotados nas enfermarias, recusando-se a 
aplicar eletrochoques em pacientes, Nise 
da Silveira é transferida para o trabalho 
com terapia ocupacional, atividade então 
menosprezada pelos médicos. Assim 
em 1946 funda nesta instituição a "Seção 
de Terapêutica Ocupacional".
Políticas Públicas em Saúde Mental
1º Momento
Eram considerados loucos todos aqueles 
que apresentassem algum tipo de 
comportamento desviante dos padrões 
normais impostos pela sociedade. Como 
exemplo: dependentes químicos, 
homossexuais, jovens mães solteiras, 
dentre outros julgados socialmente como 
desarazoados.
A loucura era considerada um desatino 
(ausência de razão) e a forma de 
tratamento era por internação involuntária 
em manicômios que verdadeiramente 
eram como depósitos de humanos. 
2º Momento
A loucura era aprisionada pelo 
saber médico e já era considerada 
como doença.
Só o médico podia dizer se o 
paciente era ou não louco. Os 
pacientes eram tratados em 
Hospitais Psiquiátricos e eram 
submetidos a práticas bárbaras, 
tais como eletrochoques e 
insulinoterapia
Políticas Públicas em Saúde Mental
1978
Criado o Movimento de Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM), um grupo de
profissionais de saúde que começa a pensar em alternativas para :
-acabar com a instituição psiquiátrica; levar ao paciente uma forma mais
humana de sobrevivência; como sujeito de direito,
como sujeito biopsicossocial, pois só assim seria possível ter saúde mental.
O objetivo era criar novos dispositivos de tratamento para extinguir os
manicômios e os hospitais psiquiátricos e assim estreitar os laços entre o
paciente, a família e a sociedade.
Os TSM (trabalhadores em Saúde Mental) pensaram no bem estar do
paciente após a desinternação e sua preocupação foi além, pois em parceria
com assistentes sociais buscaram também outros benefícios para o paciente,
tais como: aposentadoria, moradia, reinserção à sociedade e ao seio familiar.
No Brasil (1980), o movimento da luta antimanicomial cresceu
inspirado em projetos bem-sucedidos dos Estados Unidos e
Europa, idealizou centros de apoio a clientes mentais organizados
e administrados pelos próprios usuários, em conjunto com
médicos e seus familiares.
A luta antimanicomial transformou o atendimento público de
saúde mental com a criação dos Caps (Centros de Apoio
Psicossocial), e abriu caminho para a aprovação, em 2001, da lei
que prevê a extinção progressiva dos manicômios no Brasil.
REFORMA PSIQUIÁTRICA E POLÍTICAS DE SAÚDE 
MENTAL
Psiquiatria alternativa
Denominação dada em 1980 para esse movimento mundial que
questionava os métodos utilizados e propunha um atendimento
focalizado no cliente, inserindo-o na sociedade.
Psiquiatria Alternativa Democrática
Também conhecida como reforma democrática, criada na Itália,
na cidade de Trieste, por Franco Basaglia, onde constitui-se em:
DESENSTITUCIONALIZAÇÃO E CRIAÇÃO DE NOVAS 
MODALIDADES DE ATENDIMENTOS
REFORMA PSIQUIÁTRICA E POLÍTICAS DE SAÚDE 
MENTAL
Políticas Públicas em Saúde Mental
1987
Criado, em São Paulo, o Núcleo de Atenção Psicossocial (NAPS) Luiz
Cerqueira.
1987
Realizada, no Rio de Janeiro, a I Conferência Nacional de Saúde
Mental (CNSM), na qual é lançado o lema “Por Uma Sociedade Sem
Manicômios”.
MARCO DA HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA 
1989 Projeto de Lei Paulo Delgado propõe a
regulamentação dos direitos da pessoa com
transtornos mentais e a extinção progressiva dos
manicômios no país – reforma psiquiátrica no
legislativo e normativo;
após 12 anos de tramitação no Congresso 
Nacional
Políticas Públicas em Saúde Mental
1992
Portaria nº 224 do Ministério da Saúde regulamenta e normaliza os Núcleos
de Atenção Psicossocial (NAPS) e Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).
1994
Realizado, em Santos, o III Encontro de Entidades de Usuários e Familiares
(EEUF), um marco da consolidação da Reforma Psiquiátrica no Brasil, que
conta com a efetiva participação de entidades da sociedade civil.
2001
Sancionada a Lei nº 10.216, de 6 de abril, originalmente apresentada pelo
Deputado Paulo Delgado, que trata dos direitos dos usuários dos serviços de
Saúde Mental e retira o manicômio do centro do tratamento.
2001
Realizada, em Brasília, a III Conferência Nacional de Saúde Mental, com o
tema “Cuidar sim, excluir não. Efetivando a Reforma Psiquiátrica com Acesso,
Qualidade, Humanização e Controle Social”.
POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL 
BRASIL Lei 10.216 (06/04/2001)
• “Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas
portadoras de transtornos mentais e redireciona o
modelo assistencial em saúde mental”.
– Impetra ao Estado o papel de implantação de rede completa
de serviços em Saúde Mental– NAPS e CAPS.
– Limita a expansão de leitos de internação psiquiátrica para a
iniciativa privada, mas não institui mecanismos claros para a
extinção dos manicômios;
– Redireciona a assistência em saúde mental privilegiando
serviços comunitários,
A rede de atenção à saúde mental brasileira cuidados 
na comunidade 
é parte integrante do SUS, organizada com ações e
serviços públicos de saúde, instituída no Brasil por Lei
Federal na década de 90.
A construção de uma rede comunitária de cuidados é 
fundamental para a consolidação da Reforma 
Psiquiátrica
Políticas Públicas em Saúde Mental
2003
A Lei nº 10.708, de 31 de julho, institui o auxílio-reabilitação psicossocial para
doentes acometidos de transtornos mentais egressos de internações. Parte
integrante de um programa de ressocialização de doentes internados em
hospitais ou unidades psiquiátricas, denominado “De Volta Para Casa”, sob
coordenação do Ministério da Saúde.
2004
Instituído, pela Portaria GM nº 52/04, o Programa Anual de Reestruturação da
Assistência Hospitalar Psiquiátrica no SUS, visando a uma nova pactuação na
redução gradual de leitos, com uma recomposição da diária hospitalar em
psiquiatria.
2007
Realizado em Brasília o I Seminário Nacional do Programa de Volta Para Casa,
no qual foi divulgada carta aberta convocando à aceleração da
desinstitucionalização de doentes longamente internados em todo o País.
Políticas Públicas em Saúde Mental
2007
Decreto nº 6.112, de 22 de maio, institui a Política Nacional sobre o Álcool
(PNA).
2007
Portaria GM/MS nº 2.759, de 25 de outubro, estabelece diretrizes gerais para
a Política de Atenção Integral à Saúde Mental das Populações Indígenas e cria
o respectivo Comitê Gestor.
2008
Instituída a Portaria GM/MS nº 154, de 24 de janeiro, que cria os Núcleos de
Apoio à Saúde da Família (NASF), recomendando a inclusão de profissionais
de Saúde Mental na Atenção Básica.
2008
Idealizado o Grupo de Trabalho sobre Demandas dos Usuários e Familiares da
Saúde Mental, durante o I Congressode Saúde Mental/Abrasme, realizado em
Florianópolis, SC.
Políticas Públicas em Saúde Mental
2009
Reconhecimento, pela OMS, do modelo de atenção à saúde mental brasileiro,
e convite ao Brasil para participar, em um grupo de 10 países, de um esforço
internacional para diminuição da lacuna de tratamento em saúde mental no
mundo.
2010
Decreto nº 7.179, de 20 de maio, dispõe sobre o Plano Integrado de
Enfrentamento ao Crack e outras Drogas.
2010
Realizada, em Brasília, a IV Conferência Nacional de Saúde Mental -
Intersetorial, com o tema “Saúde Mental direito e compromisso de todos:
consolidar avanços e enfrentar desafios”.
2011
Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), de acordo com a Portaria GM/MS nº
3.088, de dezembro
Políticas Públicas em Saúde Mental
2011
Lançado pelo Governo Federal ao final de 2011, o Programa Crack: É
possível Vencer é uma ação interministerial – Ministérios da Justiça, da
Saúde, da Educação, da Assistência Social e Combate à Fome e Secretaria
de Direitos Humanos
Finalidade:
Aumentar a oferta de cuidado e atenção integral aos usuários e seus
familiares, reduzir a oferta de drogas ilícitas e promover ações de educação,
informação e capacitação.
Reforma Psiquiátrica 
• Conhecido processo de desinstitucionalização
– ainda em processo: construção de uma rede de
atenção à saúde mental substitutiva ao modelo
centrado na internação e a fiscalização e redução
progressiva e programada de leitos psiquiátricos
existentes;
• Ganhou grande impulso a partir de 2002;
• Expansão de serviços como CAPS e Residências
Terapêuticas, vêm permitindo a redução de milhares
de leitos psiquiátricos no país e o fechamento de
vários hospitais psiquiátricos;
As residências terapêuticas:
• A desinstitucionalização, e a efetiva reintegração das
pessoas com transtornos mentais graves e
persistentes.
Reforma Psiquiátrica....avanços 
Residências Terapêuticas
Residências Terapêuticas
O Serviço Residencial Terapêutico (SRT)- ou residência
terapêutica ou simplesmente “moradia”- São casas localizadas no
espaço urbano, constituídas para responder às necessidades de
moradia de pessoas portadoras de transtornos mentais graves,
institucionalizadas ou não.
O SRT é o início de um longo processo de reabilitação que deverá
buscar a progressiva inclusão social do morador.
Residências Terapêuticas
Tipos de SRT:
SRT I- O suporte focaliza-se na inserção dos moradores na rede social
existente (trabalho, lazer, educação, etc). Programas terapêuticos
individualizados e desenvolvidos junto aos moradores (estratégia para
obtenção de moradias definitivas na comunidade). É o tipo mais comum de
residência.
SRT II- Em geral, cuidam dos idosos, doentes e/ou dependentes físicos. É a
casa dos cuidados substitutivos familiares desta população institucionalizada,
muitas vezes, por uma vida inteira.
O suporte focaliza-se na reapropriação do espaço residencial como moradia e
na inserção dos moradores na rede social existente. Constituída por usuários
carentes de cuidados intensivos, com monitoramento técnico diário e pessoal
auxiliar permanente na residência (24 h).
Residências Terapêuticas
Destinados aos usuários:
Portadores de transtornos mentais, egressos de internação psiquiátrica 
em hospitais cadastrados no SIH/SUS, que permanecem no hospital por 
falta de alternativas que viabilizem sua reinserção no espaço comunitário;
Egressos de internação em Hospital de Custódia e Tratamento 
Psiquiátrico, em conformidade com decisão judicial (Juízo de Execução 
Penal);
Indivíduos em acompanhamento nos CAPS, para as quais o problema de 
moradia é identificado;
Cidadão em situação rua com transtornos mentais severos, quando 
inseridos em projetos terapêuticos especiais acompanhados no CAPS.
Programa De Volta para Casa 
Criado pelo MS, é um programa de reintegração social de
pessoas acometidas de transtornos mentais, egressas de
longas internações. Tem como parte integrante o pagamento
do auxílio-reabilitação psicossocial.
Os documentos que regulamentam o Programa:
a) Lei no 10.708, de 31 de julho de 2003.
b) Portaria nº 2077/GM, de 31 de outubro de 2003.
Programa De Volta para Casa 
Objetivo
• Contribuir efetivamente para o processo de inserção social;
• Incentivar a organização de uma rede ampla;
• Diversificar os recursos assistenciais e de cuidados; 
• Facilitar o convívio social, capaz de assegurar o bem estar global e estimular 
o exercício pleno de seus direitos civis, políticos e de cidadania.
Beneficiários
• Pessoas acometidas de transtornos mentais egressas de internação
psiquiátrica em hospitais cadastrados no SIH-SUS, por um período
ininterrupto igual ou superior a dois anos
• Pessoas residentes em moradias caracterizadas como SRT ou egressas de
Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, em conformidade com a
decisão judicial (Juízo de Execução Penal).
Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)
2011
Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), de acordo com a Portaria GM/MS nº
3.088, de dezembro.
Finalidade:
Criação, ampliação e articulação de pontos de atenção à saúde para
pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades
decorrentes do uso de álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de
Saúde (SUS).
Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)
Principais diretrizes:
- Respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia e a liberdade das 
pessoas;
- Promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde;
- Combate a estigmas e preconceitos;
- Garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado 
integral e assistência multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar;
- Atenção humanizada e centrada nas necessidades das pessoas;
- Desenvolvimento de atividades no território que favoreçam a inclusão 
social para a promoção de autonomia e o exercício da cidadania;
- Desenvolvimento de estratégias de Redução de Danos;
- Ênfase em serviços de base territorial e comunitária, com participação e 
controle social dos usuários e de seus familiares;
- Desenvolvimento da lógica do cuidado para pessoas com sofrimento ou 
transtorno mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso 
de crack, álcool e outras drogas, tendo como eixo central a construção do 
projeto - terapêutico singular.
Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)
A RAPS é formada por 7 componentes:
I - Atenção Básica em Saúde
II - Atenção Psicossocial Especializada
III - Atenção de Urgência e Emergência
IV - Atenção Residencial de Caráter Transitório
V - Atenção Hospitalar
VI - Estratégias de Desinstitucionalização
VI - Reabilitação Psicossocial
Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)
Principais pontos de atenção
- Unidades Básicas de Saúde
- Núcleos de Apoio à Saúde da Família
- Consultórios Na Rua
- Centros de Convivência
- Centros de Atenção Psicossocial nas suas diferentes modalidades
- Atenção de Urgência e Emergência
- Unidades de Acolhimento
- Serviços de Atenção em Regime Residencial
- Leitos de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas em Hospitais Gerais
- Serviços Residenciais Terapêuticos
Objetivos
I - ampliar o acesso da população em geral;
II - promover o acesso das pessoas com transtornos mentais e com 
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas e suas 
famílias aos pontos de atenção;
III - garantir a articulação e integração dos pontos de atenção das redes de 
saúde no território, qualificando o cuidado por meio do acolhimento, do 
acompanhamento contínuo e da atenção às urgências.
Consultórios na Rua 
O Consultório de Rua (CR) nasce como uma estratégia para
promoção de acesso e vinculação de pessoas em situação de rua,
com grave vulnerabilidade social e com maior dificuldade de
adesão ao tratamento.
Através do trabalho no território, visa acolhere ofertar cuidados
básicos de saúde; ofertar/motivar para tratamento a agravos
relacionados ao consumo de drogas; orientar sobre direitos e
políticas públicas em geral e mediar o acesso a estas políticas.
Estão sob a responsabilidade da Área Técnica de Saúde Mental, 
Álcool e outras Drogas/DAPES/SAS/MS.
É de âmbito da Atenção Básica
Em 2010, 92 Consultórios de Rua
foram selecionados através
III Chamada para Seleção de
projetos de Consultório de Rua
Redução de Danos
Redução de Danos
• O conceito de redução de danos vem sendo consolidado como um dos
eixos norteadores da política do Ministério da Saúde para o álcool e outras
drogas.
• Estratégias de redução de danos - ampliação do acesso aos serviços de
saúde, especialmente dos usuários que não têm contato com o sistema de
saúde, por meio de trabalho de campo.
• A distribuição de insumos (seringas, agulhas, cachimbos) para prevenir a
infecção dos vírus HIV e Hepatites B e C entre usuários de drogas; a
elaboração e distribuição de materiais educativos para usuários de álcool e
outras drogas informando sobre formas mais seguras do uso de álcool e
outras drogas.
Redução de Danos
Os Programas de Redução de Danos
- PRD, por meio de seus redutores, vão até a população, dialogam e
trocam não apenas os equipamentos, mas sentimentos, informações
e experiências de vida.
A Redução de Danos pode ser entendida por duas vertentes principais:
1) como uma estratégia para reduzir danos de HIV/DST em usuários
de drogas e;
2) como conceito mais abrangente que inclui ações no campo da
saúde pública e de políticas públicas que visam a prevenir os danos
antes que eles aconteçam.
(DIAS et al., 2003).
Escolas de Redução de Danos
A Escola de Redução de Danos
(ERD) do SUS.
O projeto busca fomentar e
qualificar ações de redução de
danos no âmbito do SUS e de
outros setores através da
instrumentalização teórico‐prática
de segmentos profissionais e
da comunidade.
Em novembro de 2011, aconteceu
a I Oficina.
Mad Pride (Orgulho Louco), um movimento de combate ao preconceito
contra clientes psiquiátricos e de celebração da cultura Louca.
Uma das ações do movimento é a passeata anual de loucos, inspirada
nas paradas gays que já existem em diversas cidades do mundo.
A ideia é desestigmatizar os doentes mentais e mostrar que existe sim
vida normal entre eles.
Reforma Psiquiátrica....avanços 
1ª. Conferência de 
Saúde Mental
1987
2ª. Conferência 
de Saúde Mental
1992
3ª. Conferência 
de Saúde Mental
2002
No esteio da VIII Conferência 
de Saúde (1986), marco 
histórico na construção do 
SUS.
Inspirada marco histórico
para o campo da saúde
mental, a Conferência de
Caracas (1990), que em
reunião dos países da região,
definiu os princípios para a
Reestruturação da
Assistência Psiquiátrica nas
Américas.
Ano em que foi aprovada a 
Lei 10.216,
Reforma Psiquiátrica....avanços 
4ª. Conferência 
de Saúde Mental
2010
O tema da IV Conferência –
“Saúde Mental direito e
compromisso de todos:
consolidar avanços e enfrentar
desafios”
Convocou os setores diretamente
envolvidos com as políticas
públicas e todos aqueles que
tinham indagações e propostas a
fazer sobre o vasto tema da
saúde mental. A convocação da
intersetorialidade, de fato, foi um
avanço radical em relação às
conferências anteriores, e
atendeu às exigências reais e
concretas que a mudança do
modelo de atenção trouxe para
todos.
• É função dos CAPS
• Promover atendimento clínico em regime de
atenção diária, evitando assim as internações
em hospitais psiquiátricos;promover a inserção
social das pessoas com transtornos mentais
através de ações intersetoriais; regular a porta
de entrada da rede de assistência em saúde
mental na sua área de atuação e dar suporte à
atenção à saúde mental na rede básica.
Reforma Psiquiátrica....avanços 
• CAPS I -de menor porte, em municípios com população entre 20.000 e 
50.000 
CAPS II - de médio porte, e dão cobertura a municípios com mais de 
50.000 
CAPS III - de maior porte da rede CAPS. Previstos para dar cobertura 
aos municípios com mais de 200.000 habitantes. 
CAPSi - especializados no atendimento de crianças e adolescentes com 
transtornos mentais, são equipamentos geralmente necessários para dar 
resposta à demanda em saúde mental em municípios com mais de 
200.000 habitantes.
CAPSad - especializados no atendimento de pessoas que fazem uso 
prejudicial de álcool e outras drogas, são equipamentos previstos para 
cidades com mais de 200.000 habitantes
DIFERENÇAS DE PARADIGMASPSIQUIATRIA CLÁSSICA REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL:
A) Manicômio B) Rede substitutiva
B) Atenção centrada na doença
C) Atenção mais abrangente, integral, 
promovendo a saúde e a sustentabilidade dos 
sujeitos em sofrimento mental
C) Hierarquia centrada no poder médico
D)Implementação de equipes 
multidisciplinares, continentes ao sofrimento e 
instrumentos de socialização e inclusão dos 
sujeitos, considerando o vínculo como 
essencial para uma clinica de qualidade
D) Excessiva medicalização . (conter e vigiar a 
crise e punir seus excessos)
D) Criação de espaços para reflexões, produção 
de sentidos e construção de autonomia
E) Cultura médica, concentradora de poderes e 
saberes
E) Resgate de culturas, saberes e sentidos da 
comunidade
F) Anulação dos direitos, controle social
F) Estimulação da participação comunitária, 
direitos dos sujeitos como parte integrante do 
processo de tratamento (implicação subjetiva)
Resumindo: CAPS
• Oferece atendimento à população
de sua área de abrangência;
•
• Realiza o acompanhamento clínico
com abordagem psicossocial;
•
• Reinserção social dos usuários
pelo acesso ao trabalho, lazer,
exercício dos direitos civis e
fortalecimento dos laços familiares
e comunitários;
• Substitutivo às internações em
hospitais psiquiátricos.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. DAPES. Coordenação 
Geral de Saúde Mental. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Documento 
apresentado à Conferência Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental: 15 anos depois de Caracas. 
OPAS. Brasília, novembro de 2005.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. PORTARIA GM/MS nº 3.088, de 23 de dezembro de 2011. Institui a 
Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental, incluindo aquelas com 
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde 
(SUS). Brasília, 2011.
Sites: 
http://pvc.datasus.gov.br
www.saude.gov.br 
www.saude.gov.br/bvs/saudemental
filmes-
Bruxas de Salem
As loucuras do rei George
Uma mente brilhante
Um estranho no ninho

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