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Direito Civil II - Negócio Jurídico - Introdução

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Direito Civil II
1. NEGÓCIO JURÍDICO
É todo comportamento humano lícito capaz de gerar consequências jurídicas permitidas pela lei, e desejadas pela pessoa.
Tanto o conteúdo do negócio como também os seus efeitos são determinados pela vontade das partes. Em havendo intuito de negociação, se trata de negócio jurídico.
1.1. DOS REQUISITOS ESSENCIAIS
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I – agente capaz;
II – objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III – forma prescrita ou não defesa em lei.
DAS PARTES
A pessoa física deve ter plena capacidade para a prática do negócio jurídico, a fim de que esse tenha validade.
Se absolutamente incapaz, o negócio é nulo (Art. 166, I). Caso tenha sido celebrado sem assistência ou representação, é passível de anulação aquele realizado por relativamente incapaz (Art. 171, I).
A representação do relativamente incapaz pelos pais somente ocorrerá se este estiver sob poder familiar; por tutores, se menores sob tutela; ou procuradores, se maiores sob tutela (Art. 120).
A Pessoa Jurídica somente fará negócio mediante registro e averbação nos órgãos competentes (Art. 45).
1.1.2. DOS OBJETOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
Objeto Lícito: todo aquele amparado pela lei, não ofensor a moral, a ordem pública e os bons costumes (ex.: um carro).
Objeto Possível: é o objeto lícito possível de descrição, qualificação, e que esteja dentro das possibilidades físicas e jurídicas (ex.: uma moto).
Objeto Determinado ou Determinável: é aquele que, no momento do negócio, é de conhecimento das partes ou possa ser determinado até a conclusão deste. O objeto indeterminável deve ser quantificado, e receber gênero, nos moldes do Art. 243. (ex.: um veículo motorizado).
1.1.3. DAS FORMAS
Forma é o elemento existencial do negócio jurídico, não o havendo sem que a mesma seja válida, prescrita e não defesa em lei (Art. 166, IV, V, VI). É o meio pelo qual o agente capaz expressa sua vontade.
Em determinadas situações, as partes podem exigir que o negócio tenha validade somente mediante observação de determinada forma. A essa forma dá-se o nome de forma contratual, prevista no Art. 109.
1.1.4. DA VONTADE
Todo negócio jurídico é uma manifestação de vontade acordada junto ao ordenamento jurídico, e produz efeitos desejados pelo agente.
Todavia, para que o negócio seja válido a vontade deve ser manifestada de forma livre, tácita ou expressa.
Vontade livre: manifestada de forma consciente, sem qualquer um dos defeitos ou vícios do negócio jurídico.
Silêncio: sua presença acarreta anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária declaração de vontade expressa. (Art. 111).
2. ATO E FATO JURÍDICO
2.1. FATO JURÍDICO
É todo acontecimento, natural ou humano, que produz efeitos jurídicos, pela criação, modificação, extinção ou conservação de direitos e deveres. São exemplos de fatos jurídicos, a celebração de um contrato e a aluvião (forma de aquisição originária de propriedade de imóvel).
2.2. ATO JURÍDICO
Em sentido estrito, é todo comportamento humano lícito capaz de gerar consequências jurídicas impostas por lei. A vontade humana não tem o intuito de determinar ou modificar os efeitos previstos na lei.
É decorrente da vontade humana devidamente manifestada, sendo que não há ato jurídico sem a devida declaração de vontade (expressa ou tácita).
São exemplos de atos jurídicos o reconhecimento voluntário de filho e a fixação em domicílio voluntário.
George F Richardson
2016

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