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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA Laboratório Eletricidade - Aula D Thainá Fonseca Ourique Turma I Porto Alegre, Agosto de 2015 1. Introdução Neste laboratório tivemos como objetivo verificar experimentalmente o Princípio da Superposição fazendo comparação com os valores teoricamente calculados. Também será apresentado uma visão geral sobre circuitos lineares. 2. Princípio da Superposição Um sistema linear obedece o princípio da superposição, o qual afirma que sempre que o sistema é excitado, ou alimentado, por mais de uma fonte independente de energia, a resposta total é a soma das respostas individuais. A resposta individual é resultado de uma fonte independente agindo separadamente( NISSON e RIEDEL,2008). No laboratório este princípio pode ser aplicado, pois trabalhamos com um circuito linear composto por resistores e fontes de tensão, como mostra na figura 1. Com intuito de verificar a validação do princípio, aplicamos o método de eliminar uma das fontes de cada vez, ou seja, transformar em curto circuito esta parte do circuito que deveria conectar a fonte, e então medimos as tensões em cada resistor. Caso tivéssemos uma fonte de corrente aplicada no circuito, deveríamos abrir o circuito nos pontos que a fonte estava conectada. Figura 1 - Circuito utilizado em laboratório para verficar a superposição 3. Verificação experimental do princípio da Superposição para tensão Para verificação experimental do princípio da superposição, medimos todas as tensões nos resistores. Primeiramente eliminamos a fonte de 20V, fazendo um curto circuito, e medindo todas as tensões com apenas a fonte de tensão de 15V, como mostra a figura 2, e encontramos os seguintes valores: Vba1=14,99V Vbc1=5,32V Vca1=9,71V Vda1= 3,7V Vcd1= 6,01V Figura 2 - Superposição com a fonte de 15V, eliminando a fonte de 20V Posteriormente, conectamos novamente a fonte de 20V e eliminamos a fonte de tensão de 15V, fazendo um curto circuito novamente, como segue na figura 3. Assim, medimos as tensões nos resistores: Vba2=0V Vbc2=-2,61V Vca1=2,64V Vda2=10,04V Vcd2= -7,39V Figura 3 - Superposição com a fonte de 20V, eliminando a fonte de 15V Por fim, verificamos o princípio apenas fazendo a soma das tensões obtidas separadamente e comparando com as tensões medidas quando as duas fontes independentes atuavam juntas. Assim, conectamos as duas fontes de 15V e 20V como mostra no circuito da figura 1, e medimos os valores, e então, comparamos com os resultados das somas e obtivemos os seguintes valores: Vba = Vba1 + Vba2 = 14,99V Vbc = Vbc1 + Vbc2 = 2,71V Vca = Vca1 + Vca1 =12,35V Vda = Vda1 + Vda2 =13,74V Vcd = Vcd1 + Vcd2 =-1,38V Comparando com os valores obtidos com as duas tensões conectadas no circuito tivemos pequenas diferenças insignificantes, que podem ser explicadas pelo manuseio dos aparelhos, qualidade dos equipamentos, erros por arredondamento, entre outros, assim pudemos comprovar que o princípio foi aplicado correntamente. Vab = -14,98V Vbc= 2,69V Vca= 12,28V Vda= + 13,57V Vcd = - 1,28V 4. Verificação experimental do princípio da Superposição para corrente Para verificação do princípio para as correntes, medimos a corrente I que entra no nó “b” primeiramente com a fonte de tensão de 15V e posteriormente com a de 20V, da mesma forma detalhada anteriormente. Os resultados obtidos foram: I=50,0mA (com a fonte de 15V) I=-17,4mA (com a fonte de 20V) Assim, somando as duas correntes tem-se o valor real da corrente de 32,6mA, bem próximo do valor teórico calculado em sala de aula. 5. Conclusão Comparando os valores obtidos na aula teórica, pode-se observar que as medições foram bem executadas, com valores bem próximos. Então, o princípio da superposição experimental foi verificado corretamente. Este princípio tem como base simplificar os circuitos, entretanto muitas vezes pode originar um maior número de equações, complicando a análise. Neste caso, o objetivo foi realmente verificar o princípio da superposição, independente se facilitaria os cálculos. QUESTÕES: 1. O que significa dizer que um dado circuito é um Circuito Linear? Quando a relação entre corrente e tensão é descrita como uma reta. A função da Lei de Ohm, representada por V=R*I, onde R é uma resistência constante, é uma função linear. Em circuitos resistivos, com fontes de tensão ou corrente independentes, nada mais é do que um sistema de funções lineares, onde as propriedades matemáticas das funções lineares, como as propriedades de aditividade e homogeneidade, podem ser aplicadas. I I 2. Como podemos verificar se o circuito ensaiado é Linear? Podemos variar fonte de tensão e ir medindo as correntes em um mesmo componente, plotar e então verificar se resulta numa reta, função linear como segue a Lei de Ohm V=R*I. Quando a relação V/I é constante para qualquer valor de V, o elemento é chamado de resistor linear. 3. O Princípio da Superposição é válido para Circuitos Lineares, enuncie-o. O princípio da técnica da superposição é a propriedade aditiva das funções lineares. Num circuito com duas ou mais fontes de corrente ou tensão independentes, um dado valor de uma grandeza é resultado das contribuições independentes de cada fonte de tensão ou corrente sozinhas, sem que as outras estejam presentes no circuito. Ou seja, pode-se utilizar uma única fonte de tensão ou corrente e eliminar as demais (onde fontes de tensão são substituídas por um curto-circuito e fontes de corrente por um circuito aberto), calculando a grandeza desejada. 4. Como podemos verificar se o circuito resistivo ensaiado satisfaz o Princípio de Superposição das Tensões? Devemos eliminar as fontes de tensões, fazendo um curto circuito, deixando apenas uma fonte atuando. Assim, verificamos as contribuições de cada fonte, e posteriormente fazemos o procedimento novamente com cada uma das fontes. Por fim, somar essas contribuições independentes obtidas separadamente e comparar com os resultados quando todas as fontes estão atuando. 5. Como podemos verificar se o circuito resistivo ensaiado satisfaz o Princípio de Superposição das Correntes? Devemos eliminar as fontes de corrente, deixando o circuito aberto, conectando apenas uma fonte para atuar. Assim, verificamos as contribuições de cada fonte, e posteriormente fazemos novamente o procedimento com cada uma das fontes. Por fim, somar as contribuições independentes obtidas e comparar com os resultados quando todas as fontes estão atuando. Referência: - Nilsson e Riedel, 2008. Circuitos Elétricos, 8ª edição.
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