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Desenho Técnico Edson Fernando Escames Adaptada/Revisada por Edson Fernando Escames (junho/2012) APRESENTAÇÃO É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Desenho Técnico, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado dinâmico e autônomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos(às) alunos(as) uma apre- sentação do conteúdo básico da disciplina. A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis- ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail. Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br, a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso, bem como acesso a redes de informação e documentação. Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple- mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal. A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar! Unisa Digital SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 5 1 DESENHO TÉCNICO.............................................................................................................................. 7 1.1 Origem do Desenho Técnico .......................................................................................................................................7 1.2 Geometria Descritiva ......................................................................................................................................................7 1.3 Aplicação na Indústria Moderna ................................................................................................................................8 1.4 Desenho Técnico ..............................................................................................................................................................8 1.5 Visão Espacial ....................................................................................................................................................................9 1.6 Padronização dos Desenhos Técnicos .....................................................................................................................9 1.7 Projeção Ortogonal ......................................................................................................................................................10 1.8 Projeção em Três Planos .............................................................................................................................................11 1.9 Rebatimento de Três Planos de Projeção ............................................................................................................12 1.10 Linhas ..............................................................................................................................................................................15 1.11 Cotagem ........................................................................................................................................................................20 1.12 Resumo do Capítulo .................................................................................................................................................26 1.13 Atividades Propostas ................................................................................................................................................27 2 DESENHO EM CORTE ........................................................................................................................ 31 2.1 Corte ..................................................................................................................................................................................31 2.2 Hachuras ..........................................................................................................................................................................31 2.3 Mais de um Corte no Desenho Técnico................................................................................................................34 2.4 Aplicação de Vistas Auxiliares ..................................................................................................................................36 2.5 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................37 2.6 Atividade Proposta .......................................................................................................................................................37 3 ESCALA ....................................................................................................................................................... 39 3.1 Escala Natural .................................................................................................................................................................39 3.2 Escala de Redução ........................................................................................................................................................40 3.3 Escala de Ampliação ....................................................................................................................................................40 3.4 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................41 3.5 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................42 4 CAD 1 ........................................................................................................................................................... 43 4.1 Introdução ao CAD .......................................................................................................................................................43 4.2 Entrada de Comandos ................................................................................................................................................47 4.3 Recurso de Visualização .............................................................................................................................................49 4.4 Controle de Unidades .................................................................................................................................................51 4.5 Sistema de Coordenadas e Entrada de Dados ..................................................................................................53 4.6 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................57 4.7 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................58 5 CAD 2 ........................................................................................................................................................... 59 5.1 Recursos de Modificação de Desenho e Métodos de Seleção de Objetos ............................................59 5.2 Modificação de Entidades (Parte II) .......................................................................................................................63 5.3 Desenho com Precisão e Utilizando o Recursode Camadas ....................................................................... 68 5.4 Criação de Entidades (Parte II) .................................................................................................................................72 5.5 Modificação de Objetivos (Parte III) .......................................................................................................................80 5.6 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................84 5.7 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................84 RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS ..................................... 85 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................. 89 Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 5 INTRODUÇÃO Caro(a) aluno(a), Esta apostila apresenta os princípios de leitura e interpretação de desenho técnico, as normas e procedimentos para representação gráfica e as técnicas relacionadas ao desenho assistido pelo compu- tador. Certos de que o domínio dos conhecimentos relacionados a esta disciplina irá proporcionar a você um diferencial de competência profissional, esperamos que, ao estudar o conteúdo desta apostila, você desenvolva interesse e habilidades sobre o tema e consiga discutir com outros profissionais as melhores estratégias para o desenvolvimento de projetos e outras ações voltadas à área de engenharia. Prof. Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 7 DESENHO TÉCNICO1 Prezado(a) aluno(a), Neste capítulo, estudaremos sobre a origem do desenho técnico, sua importância, padroniza- ção e utilização na indústria moderna. 1.1 Origem do Desenho Técnico 1.2 Geometria Descritiva O uso de planta e elevação está incluído no álbum de desenhos na Livraria do Vaticano, feito por Giuliano de Sangalo, no ano de 1490. A Geometria Descritiva foi criada por Gas- par Monge (1746-1818), matemático francês e ministro da Marinha de Napoleão, para projetos de fortes militares, que envolviam problemas geométricos dimensionais: desenho de uma planta de um forte com canhões em lugares predeterminados ex- perimentalmente; segredo absoluto. DicionárioDicionário Geometria descritiva: do grego ge = a terra; métron = medir. Geometria plana: linhas e figuras planas. Geometria espacial: objetos sólidos. Saiba maisSaiba mais A Comissão Técnica da International Organization for Standardization (ISO) normalizou a forma de utilização da Geometria Descritiva como a linguagem gráfica da engenharia e da arquitetura, chamando-a Desenho Técnico. As informações técnicas sobre a forma e construção de uma peça simples podem ser transmitidas de uma pessoa a outra, por meio da linguagem falada ou escrita. À medida, porém, que a peça torna-se mais complexa, pela adição de detalhes, é preciso usar métodos mais exatos para descrevê-la adequadamente. Uma perspectiva ou uma fotografia ajuda- riam a descrição da peça, embora, em nenhum dos casos, possam as formas exatas ou operações de máquinas ser apresentadas. Somente um de- Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 8 senho técnico pode apresentar uma descrição completa. O treinamento em leitura de desenho técni- co inclui não somente o conhecimento de certos princípios básicos de representação em uma ou mais vistas, como também o desenvolvimento da habilidade de visualizar o processo de fabricação da peça. O profissional precisa desenvolver a com- preensão de convenções ou normas universais, símbolos, sinais e outras técnicas usados na descrição de peças simples ou de mecanismos complexos; deve, também, desenvolver algumas 1.3 Aplicação na Indústria Moderna 1.4 Desenho Técnico Na prática industrial moderna, desenhos originais raramente são enviados às fábricas; ge- ralmente, são distribuídas duas cópias a todos os departamentos envolvidos no processo. Os originais são arquivados para fins de registro e proteção, devendo neles ser anotadas todas as alterações e modificações, mantendo-os sempre atualizados com o processo mais recente. AtençãoAtenção Desenho técnico é a linguagem universal que fornece todas as informações necessárias. A leitu- ra do desenho é o processo de interpretação de linhas e traços para formar uma imagem mental de como a peça é espacialmente na realidade. Desenho Técnico é uma forma de expressão gráfica que tem por finalidade a representação da forma, dimensão e posição de objetos. É definido habilidades fundamentais no traçado de croqui, cotados de forma que, com lápis e papel, dados suficientes possam ser registrados no esboço, relativos a dimensões, anotações ou outros deta- lhes necessários à construção da peça. Portanto, o desenho técnico possui as se- guintes características: Exatidão; Regras estabelecidas previamente – normas técnicas; Traços, símbolos, números e indicações escritas; Linguagem gráfica universal da enge- nharia e arquitetura; Figuras planas (bidimensionais) para re- presentar formas espaciais; Deve ser feito da maneira mais clara possível; Exercita a capacidade de percepção mental das formas espaciais. A necessidade de conhecimento do dese- nho técnico por todos profissionais envolvidos no processo faz-se presente na medida em que as empresas adotaram o princípio de melhoria con- tínua de qualidade do produto e, principalmente, de valorização e atualização dos seus funcioná- rios. como linguagem gráfica universal da engenharia e da arquitetura. São utilizadas figuras planas (bi- dimensionais) para representar formas espaciais. Desenho Técnico Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 9 É a capacidade de entender uma forma espacial a partir de uma figura plana. Perceber mentalmente uma forma espacial significa ter o 1.5 Visão Espacial 1.6 Padronização dos Desenhos Técnicos Figura 1 – Forma espacial a partir de figura plana. No Brasil, as normas são aprovadas e edita- das pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), fundada em 1940. Para favorecer o intercâmbio de produtos e serviços entre as nações, os órgãos responsáveis pela normalização em cada país, reunidos em Londres, criaram, em 1947, a Organização Inter- nacional de Normalização (International Organi- zation for Standardization – ISO). Exemplos de normas ABNT para desenho técnico: Fonte: Cassiavillan (2007, p. 26). Saiba maisSaiba mais As normas técnicas que regulam o desenho técni- co são editadas pela ABNT, registradas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) como Normas Brasileiras (NBRs) e estão em consonância com as normas internacionais aprovadas pela ISO. sentimento da forma espacial sem estar vendo o objeto. Veja a Figura 1, a seguir. Dois grupos: a) desenho projetivo: é o desenho resul- tante de projeções do objeto em um ou mais planos de projeção e corresponde às vistas ortográficas e às perspectivas; b) desenho não projetivo: na maioria dos casos, corresponde a desenhos resul- tantes dos cálculos algébricos e com- preende os desenhos de gráficos, dia- gramas etc. Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 10 NBR 10647 – Desenho Técnico – Norma Geral: cujo objetivo é definir os termos empregados em desenho técnico; NBR 10068 – Folha de Desenho, Layout e Dimensões: padronizar as dimensões das folhas e definir seu layout, com suas respectivas margens e legenda; NBR10582 – Apresentação da Folha para Desenho Técnico: distribuição do espaço da folha de desenho, definindo a área para texto, desenho etc.; NBR 13142 – Desenho Técnico – Do- bramento de Cópias; NBR 8402 – Execução de Caracteres para Escrita em Desenhos Técnicos; NBR 8403 – Aplicação de Linhas em Desenhos – Tipos de Linhas – Larguras 1.7 Projeção Ortogonal Em desenho técnico, projeção é a represen- tação gráfica do modelo feita em um plano. Existem várias formas de projeção. A ABNT adota a projeção ortogonal, por ser mais fiel à for- ma do modelo. das Linhas; NBR 10067 – Princípios Gerais de Re- presentação e Desenho Técnico; NBR 8196 – Desenho Técnico – Empre- go de Escalas; NBR 12298 – Representação de Área de Corte por Meio de Hachuras em Desenho Técnico; NBR 10126 – Cotagem em Desenho Técnico; NBR 8404 – Indicação do Estado de Superfície em Desenhos Técnicos; NBR 6158 – Sistema de Tolerâncias e Ajustes; NBR 8993 – Representação Conven- cional de Partes Roscadas em Dese- nho Técnico. Prezado(a) aluno(a), para entender como é feita a projeção ortogonal, é necessário conhecer os seguintes elementos: observador, modelo e plano de projeção. Veja os exemplos a seguir. Ne- les, o modelo é representado por um dado. Figura 2 – Projeção ortogonal. Fonte: SENAI (1991, p. 44). Observe a linha projetante. A linha proje- tante é a linha perpendicular ao plano de proje- ção, que sai do modelo até o plano de projeção. Veja a Figura 3, a seguir. Desenho Técnico Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 11 Figura 3 – Linha projetante. Fonte: SENAI (1991, p. 44). Obtém-se unindo perpendicularmente três planos. Veja a Figura 4, a seguir. 1.8 Projeção em Três Planos Figura 4 – Projeção em três planos. Fonte: SENAI (1991, p. 45). Cada plano recebe um nome, de acordo com sua posição. As projeções são chamadas vis- tas, conforme a Figura 5, a seguir. Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 12 Figura 5 – Projeções: vistas. Fonte: SENAI (1991, p. 45). 1.9 Rebatimento de Três Planos de Projeção Quando se tem a projeção ortogonal do modelo, o modelo não é mais necessário, pois é possível rebater os planos de projeção. Com o rebatimento, os planos de projeção, que estavam unidos perpendicularmente entre si, aparecem em um único plano de projeção. A seguir, pode-se ver o rebatimento dos planos de projeção, na Figura 6, imaginando os planos de projeção ligados por dobradiças. Figura 6 – Rebatimento de três planos de projeção. Fonte: SENAI (1991, p. 46). Desenho Técnico Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 13 Agora, imagine que o plano de projeção vertical fica fixo e que os outros planos de proje- ção giram um para baixo e outro para direita. Ob- serve a Figura 7, a seguir. Figura 7 – Plano vertical fixo, um plano em giro para cima e outro para baixo. Fonte: SENAI (1991, p. 46). O plano de projeção que gira para baixo é o plano de projeção horizontal e o plano de proje- ção que gira para a direita é o plano de projeção lateral. Plano de Projeção Rebatido Figura 8 – Planos de projeção rebatidos. Fonte: SENAI (1991, p. 47). Agora, é possível tirar os planos de projeção e deixar apenas o desenho das vistas do modelo (Figura 9). Na prática, as vistas do modelo aparecem sem planos de projeção. As linhas projetantes au- xiliares indicam a relação entre as vistas do dese- nho técnico. Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 14 Figura 9 – Linhas projetantes auxiliares. Fonte: SENAI (1991, p. 47). Dispondo as vistas alinhadas entre si, veem- -se as projeções da peça formadas pela vista fron- tal, vista superior e vista lateral esquerda. AtençãoAtenção As linhas projetantes auxiliares não aparecem no desenho técnico do modelo; são linhas imaginá- rias que auxiliam no estudo da teoria da projeção ortogonal. Figura 10 – Projeções: vistas frontal, superior e lateral esquerda. Fonte: SENAI (1991, p. 48). Desenho Técnico Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 15 Observação: normalmente, a vista frontal é a vista principal da peça. Observe a figura a seguir. Figura 11 – Vista frontal da peça. Fonte: SENAI (1991, p. 49). As distâncias entre as vistas devem ser iguais e proporcionais ao tamanho do desenho. Para desenhar as projeções, são usados vá- rios tipos de linha. Vamos descrever algumas de- las. 1.10 Linhas Linhas para Arestas e Contornos Visíveis É uma linha contínua e larga, que indica o contorno de modelos esféricos ou cilíndricos e as arestas visíveis do modelo para o observador. Veja a Figura 12, a seguir. Exemplo: Figura 12 – Arestas e contornos visíveis. Fonte: SENAI (1991, p. 51). Linha para Arestas e Contornos Não Visíveis É uma linha tracejada, que indica as arestas não visíveis para o observador, isto é, as arestas ficam encobertas. Exemplo: Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 16 Figura 13 – Arestas e contornos não visíveis. Fonte: SENAI (1991, p. 52). Linha de Centro É uma linha estreita, formada por traços e pontos alternados, que indica o centro de alguns elementos do modelo, como furos, rasgos etc. Veja os exemplos: Figura 14, Figura 15 e Figura 16, a seguir. Exemplos: Figura 14 – Linhas de centro. Fonte: SENAI (1991, p. 52). Desenho Técnico Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 17 Figura 15 – Linhas de centro. Fonte: SENAI (1991, p. 53). Figura 16 – Linhas de centro. Fonte: SENAI (1991, p. 53). Linha de Simetria É uma linha estreita, formada por traços e pontos alternados, que indica que o modelo é si- métrico. Veja a figura a seguir. Exemplo: Figura 17 – Modelo simétrico. Fonte: SENAI (1991, p. 53). Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 18 Imagine que esse modelo é dividido hori- zontal ou verticalmente, como mostra a Figura 18. Figura 18 – Cortes horizontal e vertical. Fonte: SENAI (1991, p. 54). Note que as metades do modelo são exata- mente iguais; logo, o modelo é simétrico. Quando o modelo é simétrico, em seu de- senho técnico, aparece a linha de simetria. A linha de simetria indica que as metades do desenho técnico apresentam-se em relação a essa linha. A linha de simetria pode aparecer tanto na posição horizontal quanto na posição vertical. A Figura 19 mostra isso. Figura 19 – Linhas simétricas. Fonte: SENAI (1991, p. 54). No modelo a seguir (Figura 20), a peça é si- métrica apenas em um sentido. Desenho Técnico Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 19 Figura 20 – Peça simétrica em um sentido só. Fonte: SENAI (1991, p. 55). Outros exemplos: Figuras 21 e 22. Figura 21 – Linha simétrica e linha de centro. Fonte: SENAI (1991, p. 55).Figura 22 – Vistas diversas. Fonte: SENAI (1991, p. 52). Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 20 Cotagem é a indicação das medidas da peça em seu desenho. Para a cotagem de um desenho são necessários três elementos (Figura 23). 1.11 Cotagem Figura 23 – Cotagem. Fonte: SENAI (1991, p. 57). Linha de Cota Linhas de cota são linhas contínuas, estrei- tas, com setas nas extremidades; nessas linhas, são colocadas as cotas que indicam as medidas da peça. Exemplo: Linha Auxiliar Linha auxiliar é uma linha contínua e estrei- ta, que limita as linhas de cota, como mostra a Fi- gura 24, a seguir. Figura 24 – Linha auxiliar e outros detalhes em cotas. Fonte: SENAI (1991, p. 59). Desenho Técnico Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 21 As cotas guardam uma pequena distância acima das linhas de cota. As linhas auxiliares tam- bém guardam uma pequena distância das vistas do desenho técnico. Observe a Figura 25. Figura 25 – Cotas e linhas de cota. Fonte: SENAI (1991, p. 59). Em desenho mecânico, normalmente a uni- dade de medida é o milímetro (mm) e é dispensa- da a colocação do símbolo junto à cota. Quando se emprega outra unidade distinta do milímetro (por exemplo, a polegada), coloca-se o seu sím- bolo. Observação: as cotas devem ser colocadas de modo que o desenho seja lido da esquerda para a direita e de baixo para cima, paralelamente à dimensão cotada. Sempre que possível, é bom evitar cotas em linhas tracejadas. Cotas que Indicam Tamanhos e Cotas que Indicam Localização de Elementos Figura 26 – Exemplos de peças com elementos. Fonte: SENAI (1991, p. 60). Para fabricar peças, como essa que aparece na Figura 27, é necessário interpretar, além das cotas básicas, as cotas dos elementos: a cota 9 indica a localização do furo em relação à altura da peça; a cota 12 indica a localização do furo em relação ao comprimento da peça; as cotas 10 e 16 indicam o tamanho do furo. Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 22 Figura 27 – Interpretação de cotas básicas e dos elementos. Fonte: SENAI (1991, p. 60). Cotagem em Espaço Reduzido Para cotar em espaços reduzidos, é neces- sário colocar as cotas conforme os desenhos a se- guir. Quando não houver lugar para as setas, es- tas deverão ser substituídas por pequenos traços oblíquos. Figura 28 – Cotagem em espaços reduzidos. Fonte: SENAI (1991, p. 61). Cotagem por Faces de Referência Na cotagem por faces de referência, as me- didas da peça são indicadas a partir das faces. Veja a Figura 29, a seguir. Desenho Técnico Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 23 Figura 29 – Faces de referência. Fonte: SENAI (1991, p. 69). A cotagem por faces de referência ou por elemento de referência pode ser executada como cotagem em paralelo ou cotagem aditiva. A cotagem aditiva é uma simplificação da cotagem em paralelo e pode ser utilizada quando houver limitação de espaço, desde que não haja problema de interpretação. Existem duas maneiras pelas quais os chan- fros aparecem cotados: a) por meio de cotas lineares; b) por meio de cotas lineares e angulares. Cotas Lineares e Cotas Angulares As cotas lineares indicam medidas de com- primento, largura e altura, e as cotas angulares in- dicam medidas de abertura de ângulos. Confira a Figura 30 e a Figura 31, a seguir. Figura 30 – Cotas lineares e angulares. Fonte: SENAI (1991, p. 67). Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 24 Em peças planas ou cilíndricas, quando o chanfro está a 45º, é possível simplificar a cota- gem. Figura 31 – Peças planas ou cilíndricas – chanfro a 45º. Fonte: SENAI (1991, p. 68). Cotagem de Furos Espaçados Igualmente Existem peças com furos que têm a mesma distância entre seus centros, isto é, espaçados igualmente. A cotagem da distância entre os cen- tros de furos pode ser feita por cotas lineares (Fi- gura 32) ou por cotas angulares (Figura 33). Figura 32 – Cotas lineares espaçadas igualmente. Fonte: SENAI (1991, p. 71). Desenho Técnico Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 25 Figura 33 – Cotas angulares espaçadas igualmente. Fonte: SENAI (1991, p. 72). Figura 34 – Formas correta e incorretas de representação da seta. Fonte: SENAI (1991, p. 58). Saiba maisSaiba mais Ao cotar um desenho, é necessário observar o seguin- te detalhe, conforme Figura 34: Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 26 Indicações Especiais Cotagem de cordas, arcos e ângulos As cotas de cordas, arcos e ângulos devem ser indicadas como nos exemplos a seguir (Figura 35). 1.12 Resumo do Capítulo Figura 35 – Cotagem de cordas, arcos e ângulos. Fonte: SENAI (1991, p. 73). Caro(a) aluno(a), Em desenho técnico, projeção é a representação gráfica do modelo feita em um plano. Desenho técnico é a linguagem universal que fornece todas as informações necessárias. A leitura do desenho é o processo de interpretação de linhas e traços para formar uma imagem mental de como a peça é espacialmente. Existem duas maneiras pelas quais os chanfros aparecem cotados: a) por meio de cotas lineares; b) por meio de cotas lineares e angulares. Desenho Técnico Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 27 1. Descreva os detalhes das cotas da figura a seguir: Figura 36 – Detalhes das cotas. Fonte: Adaptado de SENAI (1991, p. 59). 2. Existem duas maneiras pelas quais os chanfros aparecem cotados. Quais são? 3. Com base na perspectiva isométrica a seguir, desenhe nas páginas seguintes: a) a mesma perspectiva, no reticulado isométrico; b) as projeções ortográficas, no reticulado ortogonal. Figura 37 – Perspectiva isométrica. Fonte: Adaptado de SENAI (1991, p. 52). 1.13 Atividades Propostas Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 28 Desenho Técnico Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 29 Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 31 Corte significa divisão, separação. Em dese- nho técnico, o corte de uma peça é sempre ima- DESENHO EM CORTE2 2.1 Corte 2.2 Hachuras Figura 38 – Exemplo de corte. Fonte: SENAI (1991, p. 83). ginário. Ele permite ver as partes internas da peça, como a Figura 38 exemplifica. Na projeção em corte, a superfície imaginá- ria cortada é preenchida com hachuras. Figura 39 – Superfície imaginária preenchida com hachuras. Fonte: SENAI (1991, p. 83). Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 32 Hachuras são o preenchimento de porções das vistas com linhas estreitas que, além de repre- sentarem a superfície imaginária cortada, mos- tram os tipos de materiais. Observe a Figura 40, a seguir. Figura 40 – Hachuras. Fonte: SENAI (1991, p. 84). Hachurado é o traçado com inclinação de 45º. Veja a Figura 41, a seguir. Figura 41 – Hachurado. Fonte: SENAI (1991, p.84). Para desenhar uma projeção em corte, é necessário indicar, antes, onde a peça será imagi- nada cortada. Essa indicação é feita por meio de setas e letras, que mostram a posição do observa- dor. Confira as figuras a seguir. Figura 42 – Projeção em corte. Fonte: SENAI (1991, p. 84). Desenho Técnico Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 33 Figura 43 – Corte na vista frontal. Fonte: SENAI (1991, p. 85). Figura 44 – Corte na vista superior. Fonte: SENAI (1991, p. 85). Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 34 Figura 45 – Corte na vista lateral esquerda. Fonte: SENAI (1991, p. 85). 2.3 Mais de um Corte no Desenho Técnico AtençãoAtenção • A expressão “corte AA” é colocada embaixo da vista representada em corte; • As partes das vistas não atingidas pelo corte permanecem com todas as linhas; • Na vista hachurada, as linhas tracejadas podem ser omitidas, desde que isso não dificulte a leitura do desenho. Até aqui, foi vista a representação de um só corte na mesma peça, mas, às vezes, um só cor- te não mostra todos os elementos internos da peça. Nesses casos, é necessário representar mais de um corte na mesma peça. As figuras a seguir mostram isso. Figura 46 – Perspectiva isométrica e corte. Fonte: SENAI (1991, p. 86). Desenho Técnico Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 35 Figura 47 – Corte. Fonte: SENAI (1991, p. 86). Figura 48 – Corte. Fonte: SENAI (1991, p. 87). Figura 49 – Corte. Fonte: SENAI (1991, p. 87). Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 36 Figura 50 – Desenho em corte cotado. Fonte: SENAI (1991, p. 88). Figura 51 – Desenho em corte cotado. Fonte: SENAI (1991, p. 88). 2.4 Aplicação de Vistas Auxiliares As vistas auxiliares podem ser totais ou par- ciais, em que somente a superfície oblíqua e ou- tros detalhes necessários são incluídos. Numa vis- ta auxiliar, a superfície oblíqua é tombada a 90º, paralelamente a ela. Superfícies e furos circulares situados em planos oblíquos, que aparecem em forma de elipse, nas vistas regulares, aparecem na forma e tamanho exatos numa vista auxiliar. Em desenho de peças complexas em que aparecem ângulos combinados, as vistas auxilia- res podem ser desdobradas. A Figura 52, a seguir, exemplifica. Desenho Técnico Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 37 Figura 52 – Vistas auxiliares desdobradas. Fonte: Cassiavillan (2007, p. 51). 2.5 Resumo do Capítulo 2.6 Atividade Proposta Caro(a) aluno(a), Corte significa divisão, separação. Em desenho técnico, o corte de uma peça é sempre imaginário. Hachuras são linhas estreitas que, além de representarem a superfície imaginária cortada, mostram os tipos de materiais. 1. Complete as sentenças: a) A expressão “corte AA” é colocada ________________________. b) As vistas não atingidas pelo corte permanecem ___________________________. c) Na vista hachurada, as linhas tracejadas podem ser omitidas, desde que _______________ _________________________. Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 39 Prezado(a) aluno(a), Neste capítulo, estudaremos sobre escala, definições, tipos e utilizações. Em desenho técnico, a escala indica a rela- ção do tamanho do desenho da peça com o seu tamanho real. A escala permite representar, no papel, peças de qualquer tamanho real. Nos de- senhos em escala, as medidas lineares do objeto real ou são mantidas ou são aumentadas ou redu- zidas proporcionalmente. ESCALA3 3.1 Escala Natural Escala natural é aquela em que o tamanho do desenho técnico é igual ao tamanho real da peça. A Figura 53 exemplifica. AtençãoAtenção A escala é uma forma de representação que man- tém as proporções das medidas lineares do obje- to representado. As dimensões angulares do objeto perma- necem inalteradas. Nas representações em esca- la, as formas dos objetos reais são mantidas. Figura 53 – Desenho em escala natural. Fonte: SENAI (1991, p. 95). A indicação da escala do desenho é feita pela abreviatura da palavra escala: ESC, seguida de dois numerais separados por dois-pontos. O numeral à esquerda dos dois-pontos represen- ta as medidas do desenho técnico e o numeral à direita, as medidas reais da peça. Na indicação da escala natural, os dois numerais são sempre iguais; isso porque o tamanho do desenho téc- nico é igual ao tamanho real da peça. A relação entre o tamanho do desenho e o tamanho do ob- jeto é de 1:1 (lê-se: um por um). A escala natural é sempre indicada deste modo: ESC 1:1. Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 40 Escala de redução é aquela em que o tama- nho do desenho técnico é menor que o tamanho real da peça. Veja o exemplo a seguir (Figura 54). 3.2 Escala de Redução 3.3 Escala de Ampliação Escala de ampliação é aquela em que o ta- manho do desenho técnico é maior que o tama- nho real da peça. A Figura 55, a seguir, exemplifica. Figura 54 – Exemplo em escala de redução (ESC 1:20). Fonte: SENAI (1991, p. 96). As medidas desse desenho são vinte ve- zes menores que as medidas correspondentes da roda de vagão real. A indicação da escala de redução também vem junto ao desenho técnico. Na indicação da escala de redução, o numeral à esquerda dos dois-pontos é sempre 1 e o numeral à direita é sempre maior que 1. Na figura anterior, o objeto foi representado na escala de 1:20 (que se lê: um por vinte). Figura 55 – Desenho em escala de ampliação (ESC 2:1). Fonte: SENAI (1991, p. 96). As dimensões desse desenho são duas ve- zes maiores que as dimensões correspondentes da agulha de injeção real. Esse desenho foi feito na escala 2:1 (lê-se: dois por um). A indicação da escala é feita, no desenho técnico, como nos ca- sos anteriores: a palavra escala aparece abreviada (ESC), seguida de dois numerais separados por dois-pontos. Nesse caso, o numeral à esquerda, que representa as medidas do desenho técnico, é maior que 1 e o numeral à direita é sempre 1 e representa as medidas reais da peça. Desenho Técnico Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 41 Tabela 1 – Registro de escala. Fonte: Cassiavillan (2007, p. 54). 3.4 Resumo do Capítulo Caro(a) aluno(a), A escala é uma forma de representação que mantém as proporções das medidas lineares do objeto representado. Escala natural é aquela em que o tamanho do desenho técnico é igual ao tamanho real da peça. Escala de redução é aquela em que o tamanho do desenho técnico é menor que o tamanho real da peça. Escala de ampliação é aquela em que o tamanho do desenho técnico é maior que o tamanho real da peça. Saiba maisSaiba mais Para realizar, ler e interpretar as escalas de desenhos técnicos, podem ser utilizados as réguas graduadas ou os escalímetros triangulares. Os escalímetros apresen- tam as diversas escalas em suas faces, o que facilita a medição dos desenhos. No entanto, a régua faz com que o engenheiro tenha o saudável hábito de passar as medidas ou cotas deuma escala para outra. Figura 56 – Régua graduada e escalímetro. Fonte: Montenegro (1978, p. 4). Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 42 1. O que é escala natural? 2. O que é escala de redução? 3. O que é escala de ampliação? 3.5 Atividades Propostas Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 43 Caro(a) aluno(a), Nas últimas décadas, com os avanços advin- dos da tecnologia da informação, os profissionais das áreas de engenharia vêm utilizando progra- mas Computer Aided Design (CAD – Projeto Assis- tido por Computador) como forma de melhoria de produtividade em um cenário cada vez mais competitivo. Esses programas, além de ficarem cada vez mais sofisticados, têm apresentado in- terfaces mais amigáveis com seus usuários. 4.1 Introdução ao CAD CAD 14 Além da evolução tecnológica, percebe-se que surgem cada vez mais projetistas e engenhei- ros utilizando essas ferramentas para melhorar a eficiência da comunicação com outros profissio- nais ou clientes. Nesse sentido, a internet tem contribuído bastante para a disseminação do uso dessa ferramenta. Desse modo, não é difícil encontrarmos um escritório de projetos manten- do contato com um cliente que, por vezes, está situado em lugares longínquos, em outro estado ou país. Figura 57 – Interface do CAD. Fonte: ZWCAD (2009, p. 11). Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 44 A: os comandos poderão ser digitados na linha de comando, denominada prompt; B: visualize o desenho nesta janela (área gráfica); C: é possível personalizar o menu supe- rior; D: também é possível personalizar a barra de ferramentas, mudando ou adi- cionando itens; E: ícone de coordenadas (User Coordina- te System – UCS), que mostra a orienta- ção do espaço tridimensional; F: barra de status, que mostra informa- ções da configuração atual; G: você pode mover as barras de ferra- mentas, fixando-as nas laterais ou na parte superior e inferior da tela. Barra de Menus (Pull-Down Menus) Contém os menus suspensos, também cha- mados verticais, em que cada opção de menu agrupa uma série de submenus e comandos. Figura 58 – Barra de menus. Fonte: ZWCAD (2009, p. 12). File: manipulação de arquivos; Edit: interface Windows; View: recurso de visualização do dese- nho; Insert: inserção (criação) de novos obje- tos/entidades; Format: formatar; Tools: recursos (ferramentas) adiciona- dos; Draw: desenhar; Dimension: dimensão; Modify: alteração de desenho; Help: consulta a documentação dos co- mandos. Barras de Ferramentas Standard Contém os ícones de comando mais utiliza- dos. Figura 59 – Barra de ferramentas standard. Fonte: ZWCAD (2009, p. 12). Barras de Ferramentas Flutuantes Existem vários tipos de barras de ferramen- tas, sendo que cada uma contém ícones de co- mando relativos à determinada tarefa (desenho, edição, visualização). As barras de ferramentas flutuantes são acionadas pelo comando “Toolbar” (Menu – View > Toolbars). Para exibição de toolbar, habilite o que de- sejar; pode ser acionado em qualquer lugar da tela, bastando clicar sobre ele e arrastá-lo. Para fe- char, clique no ícone “x”, no canto superior direito do toolbox. Desenho Técnico Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 45 Figura 60 – Barras de ferramentas flutuantes. Fonte: ZWCAD (2009, p. 11). Área de Comando Permite interação, de forma alfanumérica, com o usuário, seja aguardando entrada de dados via teclado ou enviando informações dos passos a serem seguidos. Para acionar essa área, o usuário pode usar o menu vertical (Menu – View > Display > Text Window) ou acionar a tecla F2. Barras de Rolagem (Scroll Bars) Menu – View > Display > Scroll bars. Como em todo aplicativo do Windows, essas barras per- mitem a movimentação da tela gráfica através das setas ou botões de rolagem. Figura 61 – Barra de rolagem. Fonte: ZWCAD (2009, p. 13). Barras de Status Ficam na parte inferior da tela gráfica, acima da linha de comando. Apresentam as coordena- das X e Y do cursor e botões do tipo liga e desliga relativos aos modos de desenho GRID, SNAP, OR- THO, MODEL, DYN, POLAR e OTRACK e outras fun- ções. Observe na imagem abaixo a barra de status e os comandos equivalentes nas teclas F1 a F11 do teclado: F1 Help (Ajuda) F2 Carrega a tela de texto (Script) F3 (Osnap/Esnap) Aciona o quadro Drafting Settings Osnap (comandos de precisão e ancoragem) e On/Off Os- nap F4 Quando for o caso, aciona a mesa digitalizadora (comando Tablet) F5 Controla os planos isométricos (comando Isoplane – Right/Left/Top). F6 (Dyn) Ativa ou desativa o Dynamic Input – interface de entrada de dados e comandos visualizada por meio do cursor. F7 (Grid) Ativa ou desativa o Grid – cria uma malha de pontos imaginários e não imprimíveis na tela gráfica. F8 (Ortho) Ativa ou desativa o Ortho – limita o cursor nos eixos ortogonais, permitindo realizar linhas retas ou execução de comandos de edição seguindo o alinhamento. Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 46 Cursor Gráfico É usado para selecionar comandos, objetos ou pontos. É importante destacar que o cursor gráfico pode assumir tamanho diferente, depen- dendo da sua configuração (Menu – Tools > Op- tions > Display – Crosshair Size). Menu de Cursor O CAD acessa o menu através do cursor do mouse. Uma das opções é selecionar a entidade, antes de selecionar o comando, e apertar a tecla direita do mouse; então, aparecerá o menu a se- guir: Figura 62 – Menu de cursor. Fonte: ZWCAD (2009, p. 14). > Botão direito do mouse na área gráfica. F9 (Snap) Ativa ou desativa o Snap – permite um deslocamento ajustável do cursor, dependendo ou não da marcação do Grid ligado ou desligado F10 (Polar) Ativa ou desativa o Polar Tracking – exibe as posições correntes das coordenadas polares por meio de uma linha pontilhada (linha Track). F11 (Otrack) Ativa ou desativa o Auto Tracking – exibe projeções a partir de pontos de referências dos Os- naps ativos. F12 (Ducs) Ativa ou desativa: permite um deslocamento ajustável por meio dos grips para ajustes e di- mensionamento em uma referência fixa das faces dos blocos 3D. LWT Ativa ou desativa o Line Weight Trace – exibe a espessura corrente predeterminada. Mode Controla o uso do modo Model Space e Paper Space. Annotation Controla a utilização de escalas em determinados comandos, como Dimension, Text, Leaders, para uso nas Viewports e Layouts. Coordenadas Controla a posição do mouse em coordenadas absolutas e relativas, podendo ser acionadas ou não pelo Status Bar Menu que está ao lado do cadeado Locked. Desenho Técnico Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 47 Área Gráfica É a área na qual podemos elaborar dese- nhos e visualizá-los. É o plano de coordenadas (X, Y, Z), em relação a uma determinada origem, no qual são elaborados ao desenho 2D e 3D. Combinação de Teclas CTRL + SHIFT + botão esquerdo do mouse: orbit (3D realtime); CRTL + SHIFT + botão direito do mouse: view 3D em torno do eixo; CRTL + botão esquerdo do mouse: zoom dinâmico (zoom realtime); CRTL + botão direito do mouse: pan di- nâmico (realtime). F1: help; F2: ativa a janela de histórico de co- mandos; 4.2 Entrada de Comandos F3: esnap; F5: isométricos, planos à direita, à es- querda, de cima; F6: coordenadas: on/off/relativas; F7: grid: on/off; F8: ortogonal (ortho): on/off; F9: snap: on/off; F10: polar: on/off. Entrada de Comandos Podemos acionar comandos via teclado, pelo ícone ou pelo menu, com auxílio de um dis- positivo apontado (mouse ou mesa digitalizado- ra). Dependendo do comando, o CAD executa uma determinada operação ou solicita informa- ções complementares. Depois de concluída a execução do comando, é mostrada novamente, na linha de comando, a mensagem COMMAND, aguardando novas instruções. Open (Menu – File > Open) É utilizado para abrir um arquivo de dese- nho em CAD, que abre arquivos nas extensões DWG. É possível abrir vários arquivos de desenho com apenas um executável aberto; isso permite ao usuário visualizar dois ou mais desenhos ao mesmo tempo. Para isso, deve-se utilizar o menu superior (Window > Tile Horizontally ou Tile Verti- cally). Save (Menu – File > Save) Este comando é utilizado para fazer atuali- zações em disco, sempre com o mesmo nome de arquivo. Save as (Menu – File > Save as) Este comando é usado para fazer as atua- lizações em disco do arquivo aberto com outro nome e/ou outra versão de formato DWG ou DXF, tal como DWG R14, DWG R13, DWG R12, DXF R13 etc. Este recurso também serve para comando “Save”. Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 48 Figura 63 – Entrada de comandos. Fonte: ZWCAD (2009, p. 16). Close (Menu – File > Close) Possibilita o fechamento de arquivos aber- tos. Se o arquivo foi alterado e não atualizado, o CAD pergunta se deseja fazer a atualização antes de realizar o fechamento do arquivo. Salvamento automático: o CAD tem recur- so para fazer o salvamento automático a cada 15 minutos, por exemplo. Esse tempo é configurável (Menu – Tools > Options > Open and Save – File Sa- fety Precaution). Zoom Este comando controla a visualização do desenho na tela, ou seja, a região a ser exibida. O comando “Zoom” tem as seguintes op- ções: In: aproximação visual do desenho, em relação ao ponto central da área gráfica; Out: afastamento visual do desenho, em relação ao ponto central da área gráfica; AtençãoAtenção Uma das opções para prática do usuário é digitar “z > ENTER” e o comando “Zoom” será acionado. All: todas as entidades são visualizadas, considerando o limite do desenho; Extents: apresenta melhor aproxima- ção visual, mostrando todas as entida- des; Left: utiliza um ponto à esquerda como referência; Previous: volta para a visualização an- terior; Right: utiliza um ponto à direita como referência. Zoom dinâmico: uma das práticas do usuá- rio é acionar simultaneamente a tecla CTRL + bo- tão esquerdo do mouse. Pan (Menu – View > Zoom > Realtime) Desloca visualmente o desenho em relação à tela, sem modificar as coordenadas anterior- mente definidas, como se uma mão invisível pu- xasse a folha de papel em que se desenha. Pan dinâmico: uma das práticas do usuário é acionar simultaneamente a tecla CTRL + botão direito do mouse ou clicar e segurar a rodinha do mouse. Desenho Técnico Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 49 4.3 Recurso de Visualização Redraw (Menu – View > Redraw) Redesenha rapidamente a tela, utilizando representações simplificadas dos objetos (por exemplo: círculos são representados por polígo- nos). Basicamente, apenas elimina marcas auxilia- res (blips). Regen (Menu – View > Regen) Redesenha a tela, refinando a represen- tação dos objetos. É parecido com Redraw, mas mais rápido. Recomendamos usar o Regen quan- do a apresentação dos objetos na tela estiver muito grosseira. Regen All: regenera todo o desenho, em to- das as vistas. Distance (Menu – Tools > Inquiry > Distance) Calcula a distância e o ângulo entre o pri- meiro e o segundo ponto. Figura 64 – Distance. Fonte: ZWCAD (2009, p. 19). Usando o comando para calcular a distância A entre os pontos B e C, são apresentados os valo- res do ângulo D e das projeções E e F. Área (Menu – Tools > Inquiry > Area) Possibilita o cálculo da área de um polígo- no fechado. O resultado informa a área e o perí- metro do polígono em questão. O usuário pode informar os vértices do polígono ou selecionar uma entidade (polilinha ou polígono). As opções desse comando são: Entity: selecionar uma entidade; Add: selecionar os valores de área; Subtract: subtrair da área selecionada para cálculo; First point: selecionar o primeiro de uma série de pontos para o cálculo da área entre os vértices. Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 50 Figura 65 – Área. Fonte: ZWCAD (2009, p. 20). Selecione os pontos A, B e C, que definem um polígono, e o CAD apresentará os valores de área e perímetro. Id (Menu – Tools > Inquiry > Id Point) Possibilita a identificação das coordenadas absolutas de um ponto qualquer, tornando esse ponto referência para as próximas coordenadas relativas a serem utilizadas. List (Menu – Tools > Inquiry > List) Possibilita a obtenção de informações rela- tivas às entidades. As informações são listadas na tela do texto e dependem do tipo da entidade. As informações são apresentadas no forma- to configurado no comando “Units” (sistema de unidade e ângulo). Time (Menu – Tools > Inquiry > Time) Mostra informações relativas ao tempo gas- to no desenho em questão. Current time: mostra o dia e a hora; Created: mostra o dia e a hora de cria- ção do desenho; Last updated: registra a data e a hora da atualização do desenho. Esses dados são atualizados todas as vezes que é usado o comando “Exit”; Total editing time: informa o tempo gasto no desenho, desde sua criação. É continuamente atualizado, após o co- mando “Exit”; Elapsed timer: informa o tempo gasto desde que o editor gráfico foi ativado, podendo ser zerado pelo usuário. • On: liga o Elapsed timer; • Off: desliga o Elapsed timer; • Display: repete o comando com atualização; • Reset: zera o Elapsed timer. Interface com o Windows (Menu – Edit) Undo: desfaz comandos; Redo: refaz o último comando desfeito. Os comandos “Undo” e “Redo”, no CAD, são ilimitados; Cut: recorta entidades do desenho e envia para a área de transferência do Windows; Copy: copia entidades para a área de transferência; Paste: insere o conteúdo da área de transferência; Desenho Técnico Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 51 Paste special: insere o conteúdo da área de transferência no seu documen- to como uma figura. Esse conteúdo será atualizado sempre que o objeto exter- no for atualizado; Delete: apaga figuras inseridas na área gráfica. Repetição de Comandos Quando o CAD estiver solicitando um co- mando (:) na área de comandos, o usuário poderá repetir o último comando já executado pressio- nando a barra de espaço, o botão direito do mou- se ou ENTER, independentemente do método utilizado para acioná-lo. Encerrar um Comando Para interromper um comando em anda- mento, deve-se pressionar a tecla ESC. Comandos Transparentes São aqueles comandos que podem ser uti- lizados durante a execução de outro comando, sem que este seja cancelado. Quando a instrução transparente terminar, o CAD continuará com o comando eventualmen- te interrompido, no ponto em que o deixou. A utilização do comando transparente deve ser fei- ta com o caractere ‘apóstrofo’ antes do nome do comando. Geralmente, os comandos mais utili- zados são feitos da seguinte forma: ‘Zoom, ‘Pan, ‘Redraw. 4.4 Controle de Unidades Grid Apresenta uma retícula (grade) de pontos, cujo espaçamento é configurável pelo comando “Grid”.Esses pontos apresentados pelo Grid são apenas para auxílio visual; é como se estivésse- mos desenhando em papel vegetal, com um pa- pel quadriculado embaixo. Os pontos do Grid não são plotados. Figura 66 – Barra de status com a indicação da opção Grid. Fonte: ZWCAD (2009, p. 23). Clique com o botão direito do mouse em Grid ou Snap e, depois, em Settings. Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 52 Figura 67 – Janela de opções do Grid ou Snap. Fonte: ZWCAD (2009, p. 23). Snap É um recurso disponível, como atração para o dispositivo apontador, para os pontos definidos. Podemos entendê-lo como o valor do “passo”. Controle de Unidades e Ângulos Ddunits (Linha de comando – Ddunits > Dra- wing Units) Figura 68 – Janela de unidades do desenho. Fonte: ZWCAD (2009, p. 24). Desenho Técnico Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 53 A configuração pode ser executada através de uma caixa de diálogo, pelo comando “Ddunits”, que quer dizer Dynamic Display Units. As configu- rações podem ser feitas a qualquer instante do trabalho ou pode-se usar o comando como trans- parente (Linha de comando – ‘DDUnits). No quadro “Units”, define-se o sistema como Decimal e, no campo “Angles”, como Decimal De- grees. 4.5 Sistema de Coordenadas e Entrada de Dados Para ativar ou desativar o Sistema de Coor- denadas do Usuário (UCS): atalho F6 ou Ctrl+D. Sempre que o CAD, através do prompt, so- licitar que o usuário especifique um ponto no plano ou no espaço, esse ponto poderá ser dado com o dispositivo apontador (mouse) na tela grá- fica ou digitando valores x,y ou x,y,z na linha de comando. Coordenadas Cartesianas A área gráfica do CAD é um sistema carte- siano (x,y,z). Dessa forma, o usuário pode definir um ponto no plano ou no espaço digitando suas coordenadas x, y e z (sempre nessa ordem). Caso a coordenada z seja omitida, o CAD assumirá o va- lor de z do ponto anterior (ver também o coman- do “Elevation” ou “Elev”). AtençãoAtenção No CAD, 4,5 é diferente de 4.5. Uma coordenada de um ponto x,y utiliza sempre a vírgula para se- parar os valores de x e y, porém um número deci- mal utiliza sempre o ponto, e não a vírgula, para separar a parte inteira da parte decimal. • Ponto: 4,5, sendo x = 4 e y = 5; • Número: 4.5; • Exemplo: 10.45,12.82, sendo x=10.45 e y=12.82. Coordenadas Absolutas Essa forma de coordenada é denominado absoluta porque se baseia no sistema de coorde- nadas do tipo (x,y), em 2D (sistema cartesiano). As coordenadas partem sempre do ponto (0,0), origem da tela. Coordenadas Relativas Relacionam-se ao último ponto desenhado. Você caracteriza as coordenadas relativas digitan- do o símbolo @ na frente dos pontos da coorde- nada. Exemplo @2,5 (esses valores implicam o lançamento de um ponto, em relação ao ponto anterior, com acréscimo de 2 unidades em x e 5 unidades em y). Coordenadas Polares Podem ser tanto absolutas quando relati- vas. São do tipo @comprimento < ângulo (exem- plo: @10<45° graus). Como padrão no CAD, os ângulos aumentam no sentido anti-horário e di- minuem no sentido horário (configuração padrão que pode ser alterada – ver comando “Units” ou “Ddunits”). Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 54 Line Permite a criação de segmentos de reta (li- nha), sendo solicitados os pontos de início e fim. Neste comando, é possível a utilização do recurso de coordenadas absolutas, relativas, polares e re- tangulares. As opções deste comando são: Angle/ Length/Follow/Close/Undo/<End Point>. O usuário deve selecionar uma das letras maiúscu- las (A, L, F, C ou U) ou, com o mouse, o próximo ponto. Angle: define o valor do ângulo para o próximo ponto; Lenght: define o valor do comprimento; Follow: continua do último segmento, mantendo o valor do ângulo; Close: cria uma linha fechando o ponto; Undo: desfaz o comando; End point: deve-se digitar uma coorde- nada absoluta ou relativa, ou apontar, com o mouse, um ponto gráfico. Figura 69 – Linha. Fonte: ZWCAD (2009, p. 27). Rectangle Desenha um retângulo, como polígono fe- chado de quatro letras. Para desenhar um retân- gulo, é necessário especificar seus cantos opostos. Figura 70 – Rectangle. Fonte: ZWCAD (2009, p. 27). Desenho Técnico Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 55 Opções: Chamfer: definir medidas de chanfro para criação de retângulo; Elevation: definir elevação (cotas z) para criação de retângulo; Fillet: definir medidas de chanfro arre- dondado para criação de retângulo; Tickness: definir altura para criação de retângulo; Width: definir largura para criação de retângulo. Circle Desenha um círculo, de diferentes ma- neiras. Após a seleção do comando, são so- licitados: 2point/3point/Rad tan tan/Arc/ Multiple/<Center of circle>. 2 point: constrói o círculo a partir de dois pontos (diametralmente opostos); 3 point: constrói o círculo a partir de 3 pontos; Rad tan tan: constrói um círculo tan- gente a duas entidades, com raio defi- nido pelo usuário; Arc: transforma um arco existente em círculo; Multiple: cria múltiplos círculos: Center point: constrói um círculo com informação de centro e raio ou centro e diâmetro. Figura 71 – Circle (ponto central A e raio B). Fonte: ZWCAD (2009, p. 28). Arc É possível a criação de segmentos de arcos (arcos de circunferência), de diferentes maneiras, em função da necessidade do usuário. Geometri- camente, é possível definir um arco combinando 3 informações das possíveis: ponto final, centro, comprimento da corda, ponto do centro, ângulo de inclusão etc. Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 56 Figura 72 – Arc. Fonte: ZWCAD (2009, p. 28). Figura 73 – Saiba mais – 4.1. Fonte: Adaptado de Rezende (2007, p. 11). Saiba maisSaiba mais Desenhe, de acordo com as etapas estabelecidas, a peça a seguir. Não é necessário desenhar as cotas nem os eixos. Desenho Técnico Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 57 Etapa por etapa: 1. abra um novo documento; 2. salve o novo documento com o nome “exercício CAD1.dwg”, no diretório es- pecificado pelo professor; 3. entre no comando “Line”; 4. entre com o primeiro ponto da linha, di- gitando 5,5, e pressione ENTER; 5. entre com o segundo ponto da linha, digitando @11,0, e pressione ENTER; 6. dê um Zoom Window no pequeno obje- to desenhado, de maneira a aumentar seu tamanho aparente. Escolha a opção de entrada pela barra de menus suspen- sos ou barra de menu standard; 7. entre com o ponto do próximo segmen- to, digitando @0,9, e pressione ENTER. Utilize a barra de rolagem lateral ou in- ferior para uma melhor visualização; 8. entre com o ponto do próximo segmen- to, digitando @-5,0, e pressione ENTER; 9. entre com o ponto do próximo segmen- to, digitando @0,-4, e pressione ENTER; 10. entre com o ponto do próximo segmen- to, digitando @-6,0, e pressione ENTER; 11. entre com o ponto do próximo segmen- to, digitando @0,-5, e pressione ENTER; 12. pressione ESC e saia do comando “Line”; 13. entre no comando “Rectangle”; 14. entre com as coordenadas do primeiro canto do retângulo, digitando @1,1, e pressione ENTER; 15. entre com as coordenadas do canto oposto, digitando @9,3, e pressione EN- TER; 16. entre no comando “Circle”; 17. entre com as coordenadasdo centro do círculo, digitando 13.5,14, e pressione ENTER; 18. entre com o raio do círculo, digitando 2.5, e pressione ENTER; 19. use o comando “Erase” para apagar o segmento da linha que divide o círculo em dois; 20. entre no comando “Circle”; 21. entre com as coordenadas do centro do círculo, digitando 13.5,14, e pressione ENTER; 22. entre com o raio do círculo, digitando 1.5, e pressione ENTER. 4.6 Resumo do Capítulo Caro(a) aluno(a), No capítulo 4, foi apresentada a primeira parte do ensino do CAD, ferramenta indispensável para o trabalho do engenheiro hoje em dia. Em seguida, foram demonstrados a entrada de comandos, os recur- sos de visualização, o controle de unidades, o sistema de coordenadas e a entrada de dados. Apesar de a interface do CAD atualmente ser bastante amigável, é um software bastante específico, o que faz com que seja necessário que você pratique no dia a dia, para que possa realizar, de fato, o seu crescimento no aprendizado. Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 58 1. O que é um CAD e quais suas vantagens? 2. Quais são as principais entradas de comandos? 3. Quais são os recursos de visualização? 4. Qual é a função da opção “Grid”? 5. Quais são os sistemas de coordenadas possíveis de se utilizar no CAD? 6. Por meio da “barra de menus”, é possível acessar a opção “Draw” (desenhar). Quais os principais recursos da opção “Draw”? 4.7 Atividades Propostas Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 59 Erase ou Delete CAD 25 5.1 Recursos de Modificação de Desenho e Métodos de Seleção de Objetos Apaga as entidades selecionadas pelos usuários. Como em todos os comandos de altera- ção no CAD, o usuário dispõe de todos os recur- sos de seleção (Window, Crossing, Remove etc.). Para supressões de entidades do desenho, selecione-as e pressione ENTER; as entidades su- primidas serão removidas da base de dados. Move Desloca a entidade selecionada pelo usuá- rio. São solicitados: Select objects: use um método de sele- ção de entidades; Base point or displacement: especifique um ponto de referência. Second point of displacement: especifi- que um ponto ou digite o deslocamen- to relativo (exemplo: @3,4). Observe a figura a seguir, que ilustra o desloca- mento do círculo A do ponto B ao pon- to C. Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 60 Figura 74 – Move. Fonte: ZWCAD (2009, p. 29). Para mover uma entidade A, dê um ponto da base B e um deslocamento para o ponto C. Copy Copia a entidade selecionada de um ponto de referência a outro. A sintaxe de uso do coman- do “Copy” é similar à do comando “Move” (descrito anteriormente). Select objects: use um método de sele- ção de entidades; Base point or displacement: especifi- que um ponto de referência: Second point of displacement: espe- cifique um ponto ou digite o desloca- mento relativo (exemplo: @2,4). Você pode extrair cópias múltiplas de uma única seleção, especificando o ponto de base e do deslocamento. As entida- des que você copiar manterão todas as características, como cor e camada, da entidade original. Figura 75 – Copy. Fonte: ZWCAD (2009, p. 30) Para copiar a entidade A, dê um ponto base B e um deslocamento para o ponto C. Métodos de Seleção de Objetos O CAD dispõe de vários métodos para a seleção de entidades. Uma opção comumente usada pelo usuário é a ponta do objeto a ser sele- cionado. Geralmente, nos comandos disponíveis para alteração, haverá a necessidade de utilizar esse recurso; por exemplo, para selecionar um objeto para ser apagado (eliminado) do desenho. Em alguns casos, o usuário necessita selecionar vários objetos; então, o CAD dispõe de várias al- Desenho Técnico Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 61 ternativas (através de uma janela, por exemplo) para a seleção de objetos. Single Esta é a opção que podemos chamar sim- ples, ou seja, o usuário aponta o objeto individual a ser selecionado. Auto Esta é a configuração default e inteligente do CAD, pois o usuário seleciona (aponta) uma entidade e ela é identificada e destacada (high- light: pontilhada); é como se fosse uma seleção “Single”, que é a opção anterior, porém, se usuário aponta um local em que não existe objeto para ser selecionado, automaticamente é disponibili- zada a opção “Window”, que pode ser aberta para qualquer lado (acima, abaixo, esquerda e direita), permitindo ao usuário selecionar objetos com Window crossing (ver opção a seguir). Window Seleção de objetos através da definição de uma janela (retangular), por meio de dois pon- tos, sendo o primeiro à esquerda (canto acima ou abaixo) e o segundo à direita. Serão selecionados todos os objetos que estiverem totalmente inse- ridos nessa janela. Figura 76 – Seleção “Window”. Fonte: ZWCAD (2009, p. 31). Mostra a seleção de entidades inseridas na janela entre os pontos A e B (entidades traceja- das). Crossing Seleção de objetos através da definição de uma janela (retangular), por meio de dois pontos, sendo o primeiro à direita (canto acima ou abaixo) da área a ser selecionada e o segundo à esquerda. Dessa forma, diferentemente da opção “Window”, serão selecionados todos os objetos que estive- rem total ou parcialmente inseridos nessa janela definida pelo usuário. Figura 77 – Seleção “Crossing”. Fonte: ZWCAD (2009, p. 32). Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 62 Outside Window Seleção de objetos que estejam totalmente fora (outside) do retângulo definido como janela (window). Window Polygon (WP) Seleção do objeto através de um polígono fechado, desenhado pelo usuário, indicando, as- sim, uma área. Serão selecionados os objetos que se localizarem totalmente dentro dessa área defi- nida pelo polígono. Figura 78 – Seleção WP. Fonte: ZWCAD (2009, p. 32). Crossing Polygon (CP) Seleção de objetos através de um polígono fechado, desenhado pelo usuário, indicando, as- sim, uma área. Serão selecionados os objetos que se localizarem total ou parcialmente dentro dessa área definida pelo polígono. Outside Polygon Seleção de objetos através de um polígo- no fechado, desenhado pelo usuário, indicando, assim, uma área. Serão selecionados os objetos que se localizarem totalmente fora (outside) dessa área definida pelo polígono. Window Circle Esta opção permite a seleção de objetos que se localizem internamente (totalmente) a um círculo. Crossing Circle Permite a seleção de objetos que estejam total ou parcialmente inseridos em um círculo de- finido pelo usuário. Outside Circle Permite a seleção de objetos que estejam fora do círculo definido pelo usuário. Fence (definição de uma “cerca”) O usuário desenha um polígono, não neces- sariamente fechado, para a seleção de todas as entidades que tenham interseção com esse polí- gono. Seleção de entidades utilizando uma linha. Desenho Técnico Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 63 Figura 79 – Seleção “Fence”. Fonte: ZWCAD (2009, p. 34). Remove Após selecionados alguns objetos, o usuá- rio pode remover alguns deles, utilizando, inclu- sive, as opções anteriores para fazer a remoção (Window). Add O usuário também tem o recurso de voltar a selecionar objetos. Esta opção somente será im- portante quando a opção “Remove” for ativada. 5.2 Modificação de Entidades (Parte II) Grips (Linha de comando – Grips) Quando o CAD solicita um comando e o usuário aponta uma entidade, esta passar a apre- sentar algunspontos de destaque, como é ilustra- do a seguir: Figura 80 – Exemplos de localização de grip. Fonte: ZWCAD (2009, p. 35). Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 64 Esses pontos destacados podem chamar Grips. São pontos estratégicos na entidade. A loca- lização desses pontos depende de cada entidade, como podemos perceber na figura anterior. Após selecionada a entidade, o usuário pode selecionar um desses pontos e deslocá-lo para o local de seu interesse. Essa operação é similar ao uso do co- mando “Stretch”, que será visto posteriormente. Esse recurso do Grip pode ser utilizado pelo usuário para alterar as propriedades da entidade selecionada, ou seja, quando o usuário apontar uma entidade e aparecer o Grip, ele pode acio- nar a tecla direita do mouse e aparecerá um menu auxiliar com as principais opções de alteração (move, copy, delete...); a última opção que aparece é Properties, que, acionada, possibilita a alteração de cor, tipo de linha e de camada etc. Blips O comando “Blipmode” pode ser On ou Off. Quando blipmode=on, na identificação dos pon- tos, aparece uma marca (Blip). Caso o usuário exe- cute o comando “Redraw” (View > Redraw), essas anotações desaparecem. Atenção: BLIP é diferente de GRIP. Blips On; Blips Off. Recursos de Modificação do Desenho (Parte 2) Parallel ou Offset Este comando permite executar cópias pa- ralelas de um objeto escolhido, definindo-se a distância e o lado da cópia. Enter for through point / <Distance>: dis- tância entre as cópias; Select entity: selecione a entidade para cópia; Both sides/<Side for parallel copy>: am- bos os lados/lado para cópia. Figura 81 – Parallel ou offset. Fonte: ZWCAD (2009, p. 36). Para fazer uma cópia paralela, digite o valor da distância ou selecione dois pontos (A e B), se- lecione a entidade a ser copiada (C) e especifique o lado para fazer a cópia. Desenho Técnico Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 65 Mirror (espelhar) Select entities to mirror: use um méto- do de seleção de objeto; Start of mirror line: especifique o pon- to de início da linha de espelhamento; End of mirror line: especifique o ponto final da linha de espelhamento; Delete the original entities <N>: deletar a entidade original (entidade seleciona- da para espelhamento). Sim ou não (Y ou N). Figura 82 – Mirror. Fonte: ZWCAD (2009, p. 37). Break Quebra (apaga) partes dos objetos ou divi- de um objeto em dois. Select entity to break: selecione a enti- dade a ser quebrada; First break point/<Second break point>: marque o segundo ponto para quebrar ou digite F (first), para depois identificar o primeiro ponto. Para apagar uma das extremidades de um segmento de reta, arco ou polilinha, especifique o segundo ponto a partir da extremidade a ser removida. Para dividir um objeto em dois, sem apagar uma das partes, digite o mesmo ponto como primeiro e segundo. Isso pode ser feito di- gitando @ para especificar o segundo ponto. Se você especificar o segundo ponto, o CAD apaga o segmento entre o primeiro e o segundo. Se o segundo ponto não estiver em um objeto, o CAD seleciona o ponto mais próximo do objeto. Se você selecionar um objeto por outro mé- todo de seleção ou digitar F no aviso “First break point/<Second break point>”, o CAD solicita: First break point: especifique o primei- ro ponto; Second break point: especifique o se- gundo ponto. Seguimentos de retas, arcos, polilinhas, 2D e 3D, elipses e vários outros tipos de objetos po- dem ser divididos em dois objetos ou ter uma das extremidades removida. O CAD converte um círculo em um arco re- movendo um segmento do primeiro ao segundo ponto, em sentido anti-horário. Exemplo: selecione a entidade A e especifi- que o seguimento do segundo ponto (B). Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 66 Figura 83 – Break. Fonte: ZWCAD (2009). Scale Altera o tamanho das entidades, informan- do um ponto base (referência) e um fator de esca- la. São solicitados: Select entities to scale: use um método de seleção de objetos; Base point: especifique o ponto base (referência); Base scale/<Scale factor>: especifique um valor de escala ou digite B e, em seguida, especifique a proporção para alteração de escala. Para alterar o tama- nho (escala), selecione a entidade (A), especifique um ponto base (B) e infor- me o valor de escala. Figura 84 – Scale. Fonte: ZWCAD (2009, p. 39). Rotate Altera o ângulo de rotação das entidades selecionadas. A sintaxe do comando é: Select entities to rotate: use um méto- do de seleção de objetos; Rotation point: especifique o ponto base (referência); Base scale/<Rotation angle>: especi- fique o valor do ângulo de rotação ou digite B e, em seguida, especifique o ângulo base e o novo valor. Para rota- cionar uma entidade, selecione-a (A) e especifique um ponto de referência (B) e um ângulo de rotação (C). Figura 85 – Rotate. Fonte: ZWCAD (2009, p. 40). Desenho Técnico Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 67 Fillet Cria um raio de concordância. Une duas en- tidades de desenho ou dois segmentos de uma polilinha, com um suave arco de raio específico. Fillet (radius=0.500): Settings/Polyline/<Select first entity>: selecione as duas entidades para a exe- cução do raio de concordância, sendo o valor do raio, neste exemplo, igual a 0.500. O usuário pode digitar R para in- formar o novo raio de concordância, S para configuração ou P para fazer em todos os vértices da polilinha seleciona- da como objeto. Chamfer Chanfra as arestas dos objetos ou as linhas de dois segmentos de reta que se interceptam, numa distância especificada a partir de sua inter- seção. Chamfer (dist1 = 0.75, dist2 = 0.65): Settings/Polyline/<Select first entity>: selecione as duas entidades para a exe- cução do chanfro, sendo os valores das distâncias, neste exemplo, 0.75 para a primeira entidade selecionada e 0.65 para a segunda. O usuário também pode digitar D para informar os novos valores de distância (recuo), S para con- figuração ou P para fazer em todos os vértices da polilinha selecionada como objeto. Explode Um objeto, no CAD, que é composto por vários objetos pode ser desmembrado. Um bloco, por exemplo, é um objeto composto. Você pode desmembrar também outros objetos, tais como: hachuras, dimensionamento, malhas 3D, sólidos 3D, malhas polifacetadas, malhas poligonais e po- lilinhas. Select entities to explode: use um méto- do de seleção de objetos para selecio- nar as entidades a serem explodidas. O resultado do desmembramento depende do tipo de objeto composto que você estiver des- membrando. Edson Fernando Escames Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 68 Edit Length (Menu – Modify > Length) Altera o tamanho das entidades. Selecione a entidade (A) e, então, o novo ponto final (B). Figura 86 – Edit length. Fonte: ZWCAD (2009). Join (Menu – Modify > Join) Une duas entidades paralelas. Selecione a primeira linha ou arco (A) e, então, a segunda linha ou arco (B). Figura 87 – Join. Fonte: ZWCAD (2009). 5.3 Desenho com Precisão e Utilizando o Recurso de Camadas Entity Snap (Esnap ou Osnap) (F3) O CAD tem habilidade para a identificação de pontos de referência em entidades existentes. Um exemplo dessa aplicação é a seleção dos pon- tos finais ou
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