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Aula 02
CNU (Bloco 9 - Nível Intermediário -
Regulação) Regulação e Agências
Reguladoras - 2025 (Pós-Edital)
Autor:
Nick Simonek Maluf Cavalcante
07 de Julho de 2025
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SUMÁRIO 
 
1) Reforma do Estado e o Papel das Agências Reguladoras........................................................ 3 
2) Agências Reguladoras............................................................................................................... 10 
3) Órgãos reguladores no Brasil................................................................................................... 21 
4) Análise de Impacto Regulatório................................................................................................ 44 
5) Decreto nº 10.411/2020............................................................................................................ 46 
6) Questões comentadas...............................................................................................................57 
7) Lista de questões.......................................................................................................................88 
8) Gabarito....................................................................................................................................106 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nick Simonek Maluf Cavalcante
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APRESENTAÇÃO 
 
Olá concurseiros e concurseiras! Primeiramente, não posso deixar de convidar você a se juntar ao 
nosso grupo de estudos no Telegram! Lá vamos ter um contato direto, onde será possível 
encaminhar dúvidas e um canal direto de interação. 
Segue o link: https://t.me/+YkskgxMwh8ZhMTEx 
 
 
É com enorme satisfação que estamos lançando este livro digital para o CNU. 
Inicialmente, gostaria de me apresentar. Meu nome é Nick Simonek, sou Procurador Federal, 
carreira pertencente aos quadros da Advocacia Geral da União – AGU e estou finalizando o 
mestrado na Fundação Getúlio Vargas – FGV em administração pública. Além disso, fui aprovado 
em outros concursos como advogado da Petrobrás e BNDES. 
Sou extremamente grato as oportunidades que o Estratégia Concursos tem me oferecido ao longo 
da minha trajetória como professor. Agora, mais um desafio! Na vida pessoal, tento conciliar a 
dedicação a minha família, especialmente a minha esposa Juliana e a minha filha Maria Antônia, e 
aos esportes, no tempo vago. 
Agora, vamos falar do nosso curso! O curso será composto por teoria, exercícios e vídeoaulas! As 
nossas aulas terão conteúdo suficiente para que você possa fazer a prova contendo teoria, 
jurisprudência judicial e administrativa e questões. 
Em caso de qualquer questionamento, não deixe de enviá-lo ao fórum de dúvidas que será 
prontamente respondido ao longo dos dias. 
Uma observação importante! A disciplina de direito econômico vem sendo cobrada em diversos 
concursos de forma escalonada com o passar do tempo. Assim, é importante que você faça a 
totalidade das questões, independente da banca examinadora. Vamos lá? 
 
Nick Simonek Maluf Cavalcante
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REFORMA DO ESTADO E O PAPEL DAS AGÊNCIAS 
REGULADORAS 
Noções Introdutórias 
Inicialmente, vale dizer que o Estado brasileiro antes da Constituição Federal de 1988 era 
reconhecidamente um Estado detentor de inúmeras atividades, inclusive econômicas, ou seja, 
tratava-se de um verdadeiro monopólio estatal de atividades sem grandes espaços ao 
empresariado. 
Com a constituição federal de 1988 e posteriormente com o advento da Lei 9.491/97, a qual 
revogou a Lei 8.031/90, houve a instituição de uma verdade reforma estatal com a previsão de 
novos procedimentos de desestatização. 
Perceba o seguinte: Em linhas gerais, o Estado transferiu a iniciativa privada a prestação de 
determinadas atividades que antes eram prestadas pelo Estado de maneira ineficiente passando 
a iniciativa privada a deter a execução de tais atividades. 
No entanto, manteve o Estado seu poder regulador. Mas afinal, o que é regulação e qual o papel 
das agências reguladoras? 
O que temos aqui é a função do Estado editando normas específicas para regular determinado 
nicho da economia, característica essa que, no cenário nacional, advém do art. 174, CF/88, senão 
vejamos: 
 
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado 
exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo 
este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado. 
Conceito de Regulação 
Em relação ao conceito de regulação temos uma atividade estatal no campo econômico que 
objetiva justamente a criação de regras sobre determinados nichos econômicos a fim de evitar 
justamente o abuso do poder e garantir a defesa da concorrência. 
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O ponto de referência para tal atividade estatal é justamente a garantia dos princípios e 
fundamentos da ordem econômica previstos no Art. 170, da CF/88. Trazendo para o campo 
doutrinário, vamos ao magistério em sequência1: 
 
Pode-se conceituar, objetivamente, a regulação como o conjunto de atos e medidas 
estatais que têm por fim, garantir a observância dos princípios norteadores da ordem 
econômica no mercado, bem como a devida e correta prestação de serviços públicos, 
além do incentivo e fomento para a implementação das políticas públicas respectivas 
para direcionamento de cada nicho da economia. 
Sob um aspecto subjetivo, pode-se conceituar a regulação como o processo estatal de 
normatização, de fiscalização, de incentivo, de planejamento e de mediação da 
atividade econômica dos particulares, conjugando os interesses privados destes com os 
interesses público e coletivo envolvidos no ciclo econômico do respectivo mercado. 
Assim, da junção dos dois aspectos conceituais acima delineados, a regulação se trata 
de toda medida estatal, envidada no sentido de garantir a prevalência dos princípios 
da ordem econômica, bem como do respectivo interesse coletivo, a fim de efetivar a 
observância das políticas públicas norteadoras do planejamento econômico estatal. 
Portanto, por regulação, temos a atividade estatal que busca justamente garantir os princípios e 
fundamentos da ordem econômica, através de ações objetivas por parte do Estado sobre os 
agentes econômicos, conjugando o interesse privado com o interesse coletivo. 
Dito isto, surgem as agências reguladoras, ou seja, autarquias de natureza especial com a nítida 
função de regular determinados nichos da economia. 
Falhas de Mercado, Atuação do Estado e Análise da 
concorrência 
A primeira indagação, antes mesmo de se iniciar o tema é a seguinte: Por que é necessária uma 
estrutura de regulação? 
 
1 FIGUEIREDO, Leonardo Vizeu. Direito Econômico. 11. Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2021. 
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A resposta é simples. Quando um determinado nicho da economia não está funcionando de forma 
efetiva é natural que sejam identificadas falhas de mercado. Por falhas de mercado temos 
situações de atipicidade de funcionamento em determinado setor da economia. 
Diante de tal quadro de anomalia é que, diante do interesse coletivo, se faz necessária a regulação 
daquele setor. Trata-se de situação de anormalidade do mercado com efeitos danosos ao 
processo competitivo. 
As respectivas falhas de mercado são: 1) Deficiência na Concorrência; 2) Deficiência na 
Distribuição de Bens Essenciais; 3) Externalidades Negativas; 4) Assimetriatais temas ao dispor sobre os planos bem definidos pela legislação: 1) de 
comunicação; 2) estratégico; 3) de gestão anual, além da agenda regulatória. 
Vamos repetir: A Agenda Regulatória é um instrumento de planejamento e transparência das 
ações normativas de uma agência reguladora. 
Mais uma vez os dispositivos da Lei de nº 13.848/2019: 
 
 
Art. 16. A agência reguladora deverá implementar, em cada exercício, plano de 
comunicação voltado à divulgação, com caráter informativo e educativo, de suas 
atividades e dos direitos dos usuários perante a agência reguladora e as empresas que 
compõem o setor regulado. 
Art. 17. A agência reguladora deverá elaborar, para cada período quadrienal, plano 
estratégico que conterá os objetivos, as metas e os resultados estratégicos esperados 
das ações da agência reguladora relativos a sua gestão e a suas competências 
regulatórias, fiscalizatórias e normativas, bem como a indicação dos fatores externos 
alheios ao controle da agência que poderão afetar significativamente o cumprimento 
do plano. 
Art. 18. O plano de gestão anual, alinhado às diretrizes estabelecidas no plano 
estratégico, será o instrumento anual do planejamento consolidado da agência 
reguladora e contemplará ações, resultados e metas relacionados aos processos 
finalísticos e de gestão. 
Art. 21. A agência reguladora implementará, no respectivo âmbito de atuação, a 
agenda regulatória, instrumento de planejamento da atividade normativa que conterá 
o conjunto dos temas prioritários a serem regulamentados pela agência durante sua 
vigência. 
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§ 1º A agenda regulatória deverá ser alinhada com os objetivos do plano estratégico e 
integrará o plano de gestão anual. 
§ 2º A agenda regulatória será aprovada pelo conselho diretor ou pela diretoria 
colegiada e será disponibilizada na sede da agência e no respectivo sítio na internet 
O real objetivo da legislação é dar reforçar a legitimidade de atuação das agências reguladoras 
com a necessidade de edição de planos demonstrando transparência na gestão. 
Noções de Análise e Gerenciamento de Risco 
Sobre o tema, a lei 13.848/2019 dispõe da seguinte forma: 
 
 
Art. 3º A natureza especial conferida à agência reguladora é caracterizada pela ausência 
de tutela ou de subordinação hierárquica, pela autonomia funcional, decisória, 
administrativa e financeira e pela investidura a termo de seus dirigentes e estabilidade 
durante os mandatos, bem como pelas demais disposições constantes desta Lei ou de 
leis específicas voltadas à sua implementação. 
§ 3º As agências reguladoras devem adotar práticas de gestão de riscos e de controle 
interno e elaborar e divulgar programa de integridade, com o objetivo de promover a 
adoção de medidas e ações institucionais destinadas à prevenção, à detecção, à 
punição e à remediação de fraudes e atos de corrupção. 
 
Vejamos como as agências tratam a questão: 
 
 
 
 
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A gestão de riscos é um elemento central na gestão da estratégia de qualquer 
organização. É o processo por meio do qual as instituições buscam sistematicamente 
identificar antecipadamente possíveis eventos que poderiam impactar seus objetivos, 
seja de forma positiva ou negativa. A gestão de riscos deve ser integrada na cultura da 
organização, a partir de uma política eficaz e um programa conduzido pela alta direção, 
atribuindo responsabilidades para todos os níveis hierárquicos. 
Assim, a Gestão de Riscos dos Processos Organizacionais é definida como a 
identificação e mensuração dos riscos dos Processos de Negócio da ANAC e objetiva 
dotar a Agência de ferramentas que busquem fortalecer e aprimorar seus processos e 
subsidiar a tomada de decisão, como também tratar as incertezas e os riscos inerentes 
a praticamente todas as atividades, seja pelo seu contexto interno ou externo. 
 
Inclusive, a própria Lei 13.848/2019 dispõe sobre o principal elemento para análise de risco que é 
o plano estratégico: 
 
Art. 17. A agência reguladora deverá elaborar, para cada período quadrienal, plano 
estratégico que conterá os objetivos, as metas e os resultados estratégicos esperados 
das ações da agência reguladora relativos a sua gestão e a suas competências 
regulatórias, fiscalizatórias e normativas, bem como a indicação dos fatores externos 
alheios ao controle da agência que poderão afetar significativamente o cumprimento 
do plano. 
§ 1º O plano estratégico será compatível com o disposto no Plano Plurianual (PPA) em 
vigência e será revisto, periodicamente, com vistas a sua permanente adequação. 
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§ 2º A agência reguladora, no prazo máximo de 10 (dez) dias úteis, contado da 
aprovação do plano estratégico pelo conselho diretor ou pela diretoria colegiada, 
disponibilizá-lo-á no respectivo sítio na internet. 
Fiscalização Responsiva e Processo Administrativo 
Sancionador 
Trata-se de um modelo de fiscalização em que se busca, ao invés de aplicar apenas sanções aos 
regulados de permitir que os regulados passem a atuar em conformidade com as regras e 
regulamentos de forma mais eficaz, utilizando uma combinação de ações educativas, preventivas 
e corretivas, em vez de depender exclusivamente de sanções. 
Ao invés de simplesmente punir infrações, a fiscalização responsiva busca entender as causas da 
não conformidade e trabalhar em conjunto com os fiscalizados para corrigir. 
A fiscalização responsiva marca a importância de ações educativas e preventivas para evitar a 
ocorrência de infrações, buscando esclarecer as regras e orientar os fiscalizados sobre como 
cumpri-las. 
Em suma, é aplicar sanções de maneira inteligente e em conversa com o ente regulado. Trata-se 
do uso inteligente e racional das sanções considerando a gravidade, o histórico do infrator dentre 
outros parâmetros. 
Vejamos uma notícia do governo federal nesse sentido: 
 
 
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) publicou no Diário Oficial da União (DOU) as 
Resoluções nº 761 e 762, de 18 de dezembro de de 2024, trazendo novas disposições 
que modernizam o processo sancionador e ampliam as estratégias de fiscalização e de 
promoção da conformidade regulatória no setor aéreo. 
Com a nova proposta, a ideia é privilegiar o diálogo com os regulados, o 
monitoramento contínuo, a atuação preventiva e educativa, a colaboração entre 
regulador e regulado e a adoção de mecanismos de incentivo à conformidade 
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regulatória e à adoção de melhores práticas, buscando ainda mitigar de forma 
proporcional os riscos identificados em eventuais sanções. 
Os normativos aprovados pela Agência são resultados do projeto Regulação 
Responsiva, lançado em 2020 com o objetivo de mudar a cultura regulatória e de 
articulação com entes regulados. A Anac realizou uma análise aprofundada dos 
mecanismos de incentivo à conformidade e à aplicação das melhores práticas pelos 
regulados, com foco na adoção de instrumentos de persuasão e dissuasão para garantir 
uma atuação mais ágil e efetiva para manter a qualidade e a segurança da aviação civil. 
Os estudos para estabelecer as novas regras tiveram o apoio da Universidade de Brasília 
(UnB). 
“O objetivo é mostrar que nosso trabalho de regulador não se limita simplesmente à 
edição de regras e normativos, mas sim de uma manutenção constante de diálogo com 
os agentes do setor, mantendo nosso fococonstante na segurança e na qualidade das 
atividades de aviação civil no país”, afirma o diretor da Anac Ricardo Catanant. 
Principais mudanças trazidas pelas novas regras 
Incentivos de cooperação entre os operadores e a Anac; 
Ampliação do leque de providências administrativas, com a inclusão de sanções como 
advertência e obrigação de fazer e obrigação de não fazer, inspiradas em experiências 
bem-sucedidas de outros órgãos reguladores; 
Valores das sanções mais adequados ao porte das operações e mais proporcionais às 
circunstâncias de cada caso; 
Incentivos à conformidade voluntária, com aplicação de descontos para 
reconhecimento da infração e renúncia ao recurso administrativo, promovendo 
soluções mais rápidas e reduzindo a litigiosidade; 
Revisão de procedimentos administrativos, alterando a contagem de prazo de dias 
corridos para dias úteis, com otimização das diligências e maior eficiência nas interações 
processuais. 
Com as novas disposições, a Anac busca tornar mais ágil a condução de processos 
administrativos sancionadores, aperfeiçoando a capacidade administrativa para 
atuação sistêmica e incisiva sobre o setor. 
Prazo para vigência 
As resoluções entram em vigor seis meses a partir da publicação no Diário Oficial da 
União. O prazo permitirá que regulados e áreas técnicas da Agência se preparem 
adequadamente para as mudanças e internalizem as novas disposições normativas com 
o suporte de capacitações, treinamentos e procedimentos de familiarização com os 
dispositivos. 
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Com os novos normativos, a Anac reforça seu compromisso com a segurança, a 
qualidade e a conformidade no setor aéreo, agindo para fortalecer o diálogo com os 
regulados e aprimorar as ações de supervisão e fiscalização. 
Em relação ao processo administrativo sancionador, cada agência reguladora possui em sua lei de 
criação as competências e atribuições para definição de sanções a serem aplicadas aos agentes 
regulados. 
Trata-se de procedimento em que deve ser observada a garantia do contraditório e da ampla 
defesa para após ser avaliada qual sanção é cabível ao caso concreto, observando normativas 
técnicas e de acordo com o instituto da fiscalização responsiva. 
Perceba só: A teoria responsiva pressupõe que, usualmente, medidas menos gravosas são as mais 
adequadas, mas sem negar a importância de sanções mais severas. Um sistema regulatório 
responsivo tem que se adequar ao contexto no qual está inserido. No entanto, para que o sistema 
seja eficaz, é necessário existirem instrumentos sancionatórios capazes de modificar o 
comportamento dos regulados que resistem à regulação. Além disso, o contexto pode impor a 
adoção de medidas severas, tendo em vista a existência de grave risco a terceiros derivados de 
desconformidades. Desse modo, a pirâmide regulatória deve ser vista como um tipo ideal e não 
como um modelo estático a ser sempre seguido pelos reguladores. 
A teoria da regulação responsiva desenvolvida por Ayres e Braithwaite pressupõe a existência de 
uma flexibilidade na atuação do regulador. Essa flexibilidade depende das balizas conferidas pelo 
sistema normativo no qual a agência reguladora está inserida. 
Assim, cada agência reguladora tem seu normativo técnico sobre a aplicação de sanções aos 
regulados. 
Teoria da Captura 
Pela teoria da captura temos a situação em que o poder regulatório resta comprometido em razão 
da captura da agência reguladora ou de seus servidores por parte dos agentes econômicos ou 
mesmo do governo central através de influências político econômicas que comprometem a 
independência e tecnicidade da agência reguladora. 
É que o sistema das agências reguladoras lhe garante independência e autonomia para a edição 
de atos normativos e tomada de decisões específicas em cada caso, de forma que pela teoria em 
comento a agência seria capturada em razão de influências desmedidas seja por parte do governo 
central seja pelo agente econômico regulado. 
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Nessa linha, é como se a agência tomasse decisões baseadas em relação promíscua com o agente 
regulado ou mesmo com o governo central, favorecendo-os em determinadas situações. Haveria 
verdadeira cooptação da agência reguladora e prejuízo das funções que lhes foram designadas. 
 
 
SENADO FEDERAL - FGV – 2022 Imagine que a Agência Reguladora Federal Alfa foi 
cooptada pelo setor empresarial regulado, diante do forte poderio econômico das 
empresas atuantes no mercado. Assim, a Agência Alfa acabou por abandonar a atuação 
imparcial e técnica que deveria ter e passou a operar em benefício dos próprios 
regulados, servindo de instrumento para proteção e benefício de interesses setoriais 
que deveriam ser fiscalizados. 
Essa situação hipotética é tratada pela doutrina de Direito Administrativo como teoria 
a) dos motivos determinantes. 
b) do risco administrativo. 
c) da captura. 
d) da aparência. 
e) do fato consumado. 
Resposta: C 
 Doutrina Chenery 
Como visto anteriormente, goza a agência reguladora de capacidade técnica suficiente para 
edição de atos normativos e tomada de decisões em razão do fenômeno denominado de 
deslegificação, ou seja, a lei que cria a agência delega a esta a possibilidade de edição de atos 
normativos e tomadas de decisões dada a complexidade da matéria. 
Pois bem, acontece que os atos normativos e as decisões das agências estão sujeitas ao controle 
jurisdicional do Poder Judiciário, de forma que se questiona até que ponto o poder judiciário 
poderia ou não anular determinada conduta da agência se não gozaria de expertise técnica para 
tanto. É o que se denomina de doutrina chenery. 
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A respectiva teoria, oriunda do direito americano, surge em dois casos emblemáticos que 
envolveram a companhia Chenery Corp. No primeiro caso, a companhia adquiriu ações específicas 
no mercado tendo a Security Exchange Comission - SEC anulado a operação. A partir daí a 
Chenery Corp ingressou na Suprema Corte Americana e obteve decisão revertendo a posição 
originária de anulação praticada pela SEC, tendo sido determinada a reavaliação da decisão 
anulatória. 
Posteriormente, a SEC reviu a decisão e manteve a anulação por afronta ao regulamento editado 
por esta. Após, a Suprema Corte Americana decidiu favoravelmente à SEC, entendendo que a 
decisão proferida se encontrava dentro do âmbito da função do órgão governamental, surgindo 
a partir daí a Doutrina Chenery. 
No Brasil, tal teoria foi abraçada pelo Superior Tribunal de Justiça2 no informativo 605, valendo a 
citação da decisão: 
 
Por seu turno, a doutrina leciona que o Judiciário esbarra na dificuldade de concluir se 
um ato administrativo cuja motivação alegadamente política seria concretizado, ou não, 
caso o órgão público tivesse se valido tão somente de metodologia técnica. De 
qualquer forma, essa discussão seria inócua, pois, segundo a doutrina Chenery - a qual 
reconheceu o caráter político da atuação da Administração Pública dos Estados Unidos 
da América -, as cortes judiciais estão impedidas de adotarem fundamentos diversos 
daqueles que o Poder Executivo abraçaria, notadamente nas questões técnicas e 
complexas, em que os tribunais não têm a expertise para concluir se os critérios 
adotados pela Administração são corretos. Por todos esses motivos - inclusive em razão 
da impossibilidade de se reconhecer, na presente via, que ocorreu aumento abusivo de 
tarifas, está demonstrada, repita-se, acentuada ofensa à ordem pública - o que legitima 
a decisão que cassoua tutela antecipada deferida nos autos da ação popular, até o 
trânsito em julgado da decisão de mérito. 
Portanto, em razão da tecnicidade do ato administrativo da agência reguladora, não caberia ao 
poder judiciário em qualquer situação analisar se os critérios adotados foram ou não corretos, ante 
a ausência de expertise. 
 
2 Informativo 605, STJ 
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✔ Resumindo 
✔ 1) Normas Gerais: Definição das Agências reguladoras e suas características: 
ausência de subordinação hierárquica, autonomia em diferentes frentes, Práticas de 
gestão de risco e controle interno e divulgação de programas de integridade. 
✔ 2) Regras de processo decisório: Em relação as regras de processo decisório, 
buscou o legislador trazer uniformidade, objetividade e a regra do colegiado para 
edição de atos normativos técnicos, sem prejuízo da análise de impacto regulatório já 
prevista na Lei de Liberdade Econômica. (audiências públicas e consultas públicas) 
✔ 3) Prestação de contas e controle social: Quanto ao controle sobre as agências 
reguladoras, considerando a autonomia que lhe é atribuída, este será exercido pelo 
Congresso Nacional com auxílio do Tribunal de Contas da União. Cabem as agências 
editarem relatório anual circunstanciado de suas atividades, destacando o cumprimento 
da política do setor, definida pelos Poderes Legislativo e Executivo. Além disso, 
deverão editar os seguintes planos bem definidos pela legislação: 1) de comunicação; 
2) estratégico; 3) de gestão anual. Deverá, também, editar a agenda regulatória. 
✔ 4) Interação entre as Agências e o Órgão de Defesa da Concorrência: 
Prevenção e repressão de condutas que possam afetar a concorrência. 
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✔ 5) Articulação das Agências e os Órgãos de defesa do meio ambiente e do 
consumidor: Prevenção e repressão de condutas que causem danos aos bens jurídicos 
tutelados. 
✔ 6) Articulação entre as Agências: Formação de atos administrativos em conjunto 
✔ 7) Da interação entre as Agências Reguladoras de Diferentes Níveis 
Federativos: Troca de informações 
✔ 8) Teoria da Captura: Pela teoria da captura temos a situação em que o poder 
regulatório resta comprometido em razão da captura da agência reguladora ou de seus 
servidores por parte dos agentes econômicos ou mesmo do governo central através de 
influências político econômicas que comprometem a independência e tecnicidade da 
agência reguladora. 
✔ 9) Doutrina Chenery: Em razão da tecnicidade do ato administrativo da agência 
reguladora, não caberia ao poder judiciário em qualquer situação analisar se os critérios 
adotados foram ou não corretos, ante a ausência de expertis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANÁLISE DE IMPACTO REGULATÓRIO 
 
Iniciando, temos uma inovação que é justamente a análise de impacto regulatório sendo essa uma 
condição para alteração de atos normativos que tratem sobre o interesse geral de agentes 
econômicos ou de usuários de serviços prestados. 
A origem de tal concepção se deu com o efetivo surgimento da expressão custo regulatório, ou 
seja, determinadas atividades econômicas, a partir de uma regulação incisiva, passariam a se tornar 
efetivamente onerosas, fato que desaceleraria o estímulo a continuidade. Logo, a cada intervenção 
regulatória, caberia uma análise aprofundada sobre o real custo da edição de novos atos 
normativos técnicos. 
Frise-se que na outra ponta há a chamada revisão qualitativa de regulação que busca manter os 
esforços do Estado Regulador, de forma a editar novos atos normativos substituindo algo que já 
estaria superado. 
Nesse sentido, o que importa para fins de prova é que houve a implementação, a partir de 
recomendação da OCDE, do instituto da análise de impacto regulatório no cenário nacional. Em 
tese são 03 leis que preveem de forma expressa o instituto: 1) Decreto Lei de nº 4.657/42 (LINDB); 
2) Lei de nº 13.848/2019 que trata sobre as agências reguladoras; 3) Lei de nº 13.874/2019 (Lei de 
Liberdade Econômica). Vejamos os dispositivos: 
 
Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base 
em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas 
da decisão. 
Art. 6º A adoção e as propostas de alteração de atos normativos de interesse geral dos 
agentes econômicos, consumidores ou usuários dos serviços prestados serão, nos 
termos de regulamento, precedidas da realização de Análise de Impacto Regulatório 
(AIR), que conterá informações e dados sobre os possíveis efeitos do ato normativo. 
(Regulamento) 
§ 1º Regulamento disporá sobre o conteúdo e a metodologia da AIR, sobre os quesitos 
mínimos a serem objeto de exame, bem como sobre os casos em que será obrigatória 
sua realização e aqueles em que poderá ser dispensada. 
§ 2º O regimento interno de cada agência disporá sobre a operacionalização da AIR em 
seu âmbito. 
 
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§ 3º O conselho diretor ou a diretoria colegiada manifestar-se-á, em relação ao relatório 
de AIR, sobre a adequação da proposta de ato normativo aos objetivos pretendidos, 
indicando se os impactos estimados recomendam sua adoção, e, quando for o caso, 
quais os complementos necessários. 
§ 4º A manifestação de que trata o § 3º integrará, juntamente com o relatório de AIR, a 
documentação a ser disponibilizada aos interessados para a realização de consulta ou 
de audiência pública, caso o conselho diretor ou a diretoria colegiada decida pela 
continuidade do procedimento administrativo. 
§ 5º Nos casos em que não for realizada a AIR, deverá ser disponibilizada, no mínimo, 
nota técnica ou documento equivalente que tenha fundamentado a proposta de 
decisão. 
Art. 5º As propostas de edição e de alteração de atos normativos de interesse geral de 
agentes econômicos ou de usuários dos serviços prestados, editadas por órgão ou 
entidade da administração pública federal, incluídas as autarquias e as fundações 
públicas, serão precedidas da realização de análise de impacto regulatório, que conterá 
informações e dados sobre os possíveis efeitos do ato normativo para verificar a 
razoabilidade do seu impacto econômico. (Regulamento) 
Parágrafo único. Regulamento disporá sobre a data de início da exigência de que trata 
o caput deste artigo e sobre o conteúdo, a metodologia da análise de impacto 
regulatório, os quesitos mínimos a serem objeto de exame, as hipóteses em que será 
obrigatória sua realização e as hipóteses em que poderá ser dispensada. 
Logo, o objetivo da análise de impacto regulatório é justamente verificar as consequências 
jurídicas e econômicas dos atos de regulação emanados, por exemplo, de agências reguladoras. 
Perceba que os dispositivos da Lei de nº 13.848/2019 que trata sobre as agências reguladoras e 
da Lei de nº 13.874/2019 (Lei de Liberdade Econômica), falam na disposição por regulamento. 
Para tanto, foi expedido o Decreto de nº 10.411/2020, a qual regulamenta ambas as leis nesse 
ponto. Vamos então ao Decreto! 
 
 
 
 
 
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DECRETO Nº 10.411/2020 
 
Inicialmente, destaca-se, mais uma vez, que o decreto cuidou de regulamentar os dispositivos da 
Lei de nº 13.848/2019 que trata sobre as agênciasreguladoras e da Lei de nº 13.874/2019 (Lei de 
Liberdade Econômica). Vejamos: 
 
Art. 1º Este Decreto regulamenta a análise de impacto regulatório, de que tratam o art. 
5º da Lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2019, e o art. 6º da Lei nº 13.848, de 25 de 
junho de 2019, e dispõe sobre o seu conteúdo, os quesitos mínimos a serem objeto de 
exame, as hipóteses em que será obrigatória e as hipóteses em que poderá ser 
dispensada. 
§ 1º O disposto neste Decreto se aplica aos órgãos e às entidades da administração 
pública federal direta, autárquica e fundacional, quando da proposição de atos 
normativos de interesse geral de agentes econômicos ou de usuários dos serviços 
prestados, no âmbito de suas competências. 
§ 2º O disposto neste Decreto aplica-se às propostas de atos normativos formuladas 
por colegiados por meio do órgão ou da entidade encarregado de lhe prestar apoio 
administrativo. 
§ 3º O disposto neste Decreto não se aplica às propostas de edição de decreto ou aos 
atos normativos a serem submetidos ao Congresso Nacional.. 
Inicialmente, pelo primeiro dispositivo, há situações que a análise de impacto regulatório é 
obrigatória e outras que é dispensada. Grave isso! Em relação a aplicabilidade, trata-se de instituto 
aplicável a administração direta e indireta (autarquias e fundações públicas) desde que os efeitos 
do ato normativo ditado sejam de interesse geral dos agentes econômicos ou dos usuários de 
serviços públicos. 
Perceba, também, que as propostas de atos formuladas por colegiados também deverá passar 
pelo instituto e que não se aplica o decreto as propostas de edição de decreto ou aos atos 
normativos a serem submetidos ao Congresso Nacional. 
Prosseguindo, por análise de impacto regulatório temos um procedimento, a partir da definição 
de problema regulatório, de avaliação prévia à edição dos atos normativos, que conterá 
informações e dados sobre os seus prováveis efeitos, para verificar a razoabilidade do impacto e 
subsidiar a tomada de decisão. 
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O decreto trata das situações de ato normativo de baixo impacto, sendo elas as que: 1) não 
provoquem aumento expressivo de custos para os agentes econômicos ou para os usuários dos 
serviços prestados; 2) não provoque aumento expressivo de despesa orçamentária ou financeira; 
3) não repercuta de forma substancial nas políticas públicas de saúde, de segurança, ambientais, 
econômicas ou sociais. 
Ponto importante é que a análise de impacto regulatório é um procedimento. Somado a tal 
procedimento temos alguns outros institutos: 1) Avaliação de Resultado Regulatório; 2) Custos 
Regulatórios; 3) Relatório de Análise de Impacto Regulatório; 4) Atualização do estoque 
regulatório. Vejamos a definição legal: 
 
Art. 2º Para fins do disposto neste Decreto, considera-se: 
III - avaliação de resultado regulatório - ARR - verificação dos efeitos decorrentes da 
edição de ato normativo, considerados o alcance dos objetivos originalmente 
pretendidos e os demais impactos observados sobre o mercado e a sociedade, em 
decorrência de sua implementação; 
IV - custos regulatórios - estimativa dos custos, diretos e indiretos, identificados com o 
emprego da metodologia específica escolhida para o caso concreto, que possam vir a 
ser incorridos pelos agentes econômicos, pelos usuários dos serviços prestados e, se 
for o caso, por outros órgãos ou entidades públicos, para estar em conformidade com 
as novas exigências e obrigações a serem estabelecidas pelo órgão ou pela entidade 
competente, além dos custos que devam ser incorridos pelo órgão ou pela entidade 
competente para monitorar e fiscalizar o cumprimento dessas novas exigências e 
obrigações por parte dos agentes econômicos e dos usuários dos serviços prestados; 
V - Relatório de AIR - ato de encerramento da AIR, que conterá os elementos que 
subsidiaram a escolha da alternativa mais adequada ao enfrentamento do problema 
regulatório identificado e, se for o caso, a minuta do ato normativo a ser editado; e 
VI - Atualização do estoque regulatório - exame periódico dos atos normativos de 
responsabilidade do órgão ou da entidade competente, com vistas a averiguar a 
pertinência de sua manutenção ou a necessidade de sua alteração ou revogação. 
Ponto importante é que a edição, a alteração ou a revogação de atos normativos de interesse 
geral de agentes econômicos ou de usuários dos serviços prestados, por órgãos e entidades da 
administração pública federal direta, autárquica e fundacional será precedida de análise de 
impacto regulatório reforçando o caráter preventivo. Vale dizer que na seara tributária o decreto 
se aplica apenas a instituição ou modificação das obrigações acessórias. 
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A análise de impacto regulatório não se aplica aos atos normativos: 1) de natureza administrativa, 
cujos efeitos sejam restritos ao âmbito interno do órgão ou da entidade; 2) de efeitos concretos, 
destinados a disciplinar situação específica, cujos destinatários sejam individualizados; 3) que 
disponham sobre execução orçamentária e financeira; 4) que disponham estritamente sobre 
política cambial e monetária; 5) que disponham sobre segurança nacional; e 5) que visem a 
consolidar outras normas sobre matérias específicas, sem alteração de mérito. 
Trata-se de pontos em que não é aplicável o instituto. Por outro lado, há situações que a análise 
de impacto regulatório é dispensada. Frise-se, hipóteses de dispensa: 
 
Art. 4º A AIR poderá ser dispensada, desde que haja decisão fundamentada do órgão 
ou da entidade competente, nas hipóteses de: 
I - urgência; 
II - ato normativo destinado a disciplinar direitos ou obrigações definidos em norma 
hierarquicamente superior que não permita, técnica ou juridicamente, diferentes 
alternativas regulatórias; 
III - ato normativo considerado de baixo impacto; 
IV - ato normativo que vise à atualização ou à revogação de normas consideradas 
obsoletas, sem alteração de mérito; 
V - ato normativo que vise a preservar liquidez, solvência ou higidez: 
a) dos mercados de seguro, de resseguro, de capitalização e de previdência 
complementar; 
b) dos mercados financeiros, de capitais e de câmbio; ou 
c) dos sistemas de pagamentos; 
VI - ato normativo que vise a manter a convergência a padrões internacionais; 
VII - ato normativo que reduza exigências, obrigações, restrições, requerimentos ou 
especificações com o objetivo de diminuir os custos regulatórios; e 
VIII - ato normativo que revise normas desatualizadas para adequá-las ao 
desenvolvimento tecnológico consolidado internacionalmente, nos termos do disposto 
no Decreto nº 10.229, de 5 de fevereiro de 2020. 
 
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§ 1º Nas hipóteses de dispensa de AIR, será elaborada nota técnica ou documento 
equivalente que fundamente a proposta de edição ou de alteração do ato normativo. 
§ 2º Na hipótese de dispensa de AIR em razão de urgência, a nota técnica ou o 
documento equivalente de que trata o § 1º deverá, obrigatoriamente, identificar o 
problema regulatório que se pretende solucionar e os objetivos que se pretende 
alcançar, de modo a subsidiar a elaboração da ARR, observado o disposto no art. 12. 
§ 3º Ressalvadas informações com restrição de acesso, nos termos do disposto na Lei 
nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, a nota técnica ou o documento equivalente de 
que tratam o § 1º e o § 2º serão disponibilizados no sítio eletrônico do órgão ou da 
entidade competente, conforme definido nas normas próprias.. 
Ponto importante é quena hipótese de dispensa em razão de urgência, cabe a elaboração de 
análise de resultado regulatório – ARR. Ainda assim, vale dizer que os atos normativos cuja AIR 
tenha sido dispensada em razão de urgência serão objeto de ARR no prazo de três anos, contado 
da data de sua entrada em vigor. 
 
 
SENADO FEDERA FGV 2023 Nos termos da Lei 13.874, de 20/09/2019, e do Decreto 
10.411, de 30/06/2020, a análise de impacto regulatório seria indispensável no seguinte 
caso: 
a) Restrição ao tráfego de caminhões em rodovias federais. 
b) Decisão de investimento na construção de hospital público. 
c) Reajuste contratual das tarifas de energia elétrica. 
d) Liberalização do comércio de armas e munições. 
e) Mudança do sistema eleitoral. 
Resposta: A 
Prosseguindo, a análise de impacto regulatório será iniciada após a avaliação pelo órgão ou pela 
entidade competente quanto à obrigatoriedade ou à conveniência e à oportunidade para a 
resolução do problema regulatório identificado. 
Após todo o trâmite, a análise de impacto regulatório será concluída com relatório que contenha 
o seguinte: 1) sumário executivo objetivo e conciso, que deverá empregar linguagem simples e 
acessível ao público em geral; 2) identificação do problema regulatório que se pretende 
solucionar, com a apresentação de suas causas e sua extensão; 3) identificação dos agentes 
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econômicos, dos usuários dos serviços prestados e dos demais afetados pelo problema regulatório 
identificado; 4) identificação da fundamentação legal que ampara a ação do órgão ou da entidade 
quanto ao problema regulatório identificado; 5) definição dos objetivos a serem alcançados; 6) 
descrição das alternativas possíveis ao enfrentamento do problema regulatório identificado, 
consideradas as opções de não ação, de soluções normativas e de, sempre que possível, soluções 
não normativas; 7) exposição dos possíveis impactos das alternativas identificadas, inclusive 
quanto aos seus custos regulatórios; 8) os impactos sobre as microempresas e as empresas de 
pequeno porte; 9) considerações referentes às informações e às manifestações recebidas para a 
AIR em eventuais processos de participação social ou de outros processos de recebimento de 
subsídios de interessados na matéria em análise; 10) mapeamento da experiência internacional 
quanto às medidas adotadas para a resolução do problema regulatório identificado; 11) 
identificação e definição dos efeitos e riscos decorrentes da edição, da alteração ou da revogação 
do ato normativo; 12) comparação das alternativas consideradas para a resolução do problema 
regulatório identificado, acompanhada de análise fundamentada que contenha a metodologia 
específica escolhida para o caso concreto e a alternativa ou a combinação de alternativas sugerida, 
considerada mais adequada à resolução do problema regulatório e ao alcance dos objetivos 
pretendidos; e 13) descrição da estratégia para implementação da alternativa sugerida, 
acompanhada das formas de monitoramento e de avaliação a serem adotadas e, quando couber, 
avaliação quanto à necessidade de alteração ou de revogação de normas vigentes. 
O conteúdo do relatório de AIR deverá ser detalhado e complementado com elementos adicionais 
específicos do caso concreto, de acordo com o seu grau de complexidade, a abrangência e a 
repercussão da matéria em análise. O relatório de AIR incluirá a análise dos impactos sobre as 
microempresas e as empresas de pequeno porte e preverá as medidas que poderão ser adotadas 
para minimizar esses impactos. 
Ponto importante são as metodologias a serem utilizadas na análise de impacto regulatório. 
Vejamos: 
 
Art. 7º Na elaboração da AIR, será adotada uma das seguintes metodologias específicas 
para aferição da razoabilidade do impacto econômico, de que trata o art. 5º da Lei nº 
13.874, de 2019: 
I - análise multicritério; 
II - análise de custo-benefício; 
III - análise de custo-efetividade; 
IV - análise de custo; 
V - análise de risco; ou 
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VI - análise risco-risco. 
§ 1º A escolha da metodologia específica de que trata o caput deverá ser justificada e 
apresentar o comparativo entre as alternativas sugeridas. 
§ 2º O órgão ou a entidade competente poderá escolher outra metodologia além 
daquelas mencionadas no caput, desde que justifique tratar-se da metodologia mais 
adequada para a resolução do caso concreto. 
Seguindo, o relatório de análise de impacto regulatório pode conter participação social que 
influencie a uma melhor alternativa para enfrentar o problema regulatório identificado e antes da 
elaboração de eventual minuta de ato normativo a ser editado. Veja que se trata de participação 
anterior a decisão a ser tomada. 
Ainda sobre a participação popular o decreto fez previsão sobre consultas e audiências públicas 
como forma de complementar a análise de impacto regulatório. Vejamos os dispositivos: 
 
Art. 9º Na hipótese de o órgão ou a entidade competente optar, após a conclusão da 
AIR, pela edição, alteração ou revogação de ato normativo para enfrentamento do 
problema regulatório identificado, o texto preliminar da proposta de ato normativo 
poderá ser objeto de consulta pública ou de consulta aos segmentos sociais 
diretamente afetados pela norma. (Vide Decreto nº 11.243, de 2022) Vigência 
(Vide Decreto nº 11.259, de 2022) Vigência 
Parágrafo único. A realização de consulta pública será obrigatória na hipótese do art. 
9º da Lei nº 13.848, de 2019. (Vide Decreto nº 11.243, de 2022) Vigência 
Art. 10. O órgão ou a entidade competente poderá utilizar os meios e os canais que 
considerar adequados para realizar os procedimentos de participação social e de 
consulta pública de que tratam os art. 8º e 9º. 
Parágrafo único. Os procedimentos de que trata o caput garantirão prazo para 
manifestação pública proporcional à complexidade do tema. 
Art. 11. A disponibilização do texto preliminar da proposta de ato normativo objeto de 
consulta pública ou de consulta aos segmentos sociais diretamente afetados não obriga 
a sua publicação ou condiciona o órgão ou a entidade a adotar os posicionamentos 
predominantes. 
 
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==13425b==
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Sobre a análise de resultado regulatório – ARR, os órgãos e as entidades implementarão 
estratégias para integrar a ARR à atividade de elaboração normativa com vistas a, de forma isolada 
ou em conjunto, proceder à verificação dos efeitos obtidos pelos atos normativos de interesse 
geral de agentes econômicos ou de usuários dos serviços prestados. A ARR poderá ter caráter 
temático e ser realizada apenas quanto a partes específicas de um ou mais atos normativos. 
Ademais, os órgãos e as entidades da administração pública federal direta, autárquica e 
fundacional, com competência para edição de atos normativos sujeitos à elaboração de AIR, 
deverão instituir agenda de ARR e nela incluirão, no mínimo, um ato normativo de interesse geral 
de agentes econômicos ou de usuários dos serviços prestados de seu estoque regulatório. Logo, 
há a necessidade de instituição de uma agenda de resultados regulatórios que devem observar na 
escolha dos atos normativos, os seguintes critérios: 1) ampla repercussão na economia ou no País; 
2) existência de problemas decorrentes da aplicação do referido ato normativo; 3) impacto 
significativo em organizações ou grupos específicos; 4) tratamento de matéria relevante para a 
agenda estratégica do órgão; ou 4) vigência há, no mínimo, cinco anos. 
Ainda sobre a agendade resultado regulatório, os órgãos e as entidades divulgarão, no primeiro 
ano de cada mandato presidencial, em seu sítio eletrônico, a agenda de ARR, que deverá ser 
concluída até o último ano daquele mandato e conter a relação de atos normativos submetidos à 
ARR, a justificativa para sua escolha e o seu cronograma para elaboração da ARR. 
Percebam que os atos normativos assim editados, agora, passam por uma análise de impacto 
regulatório de forma prévia e uma análise de resultado regulatório posterior, gerando um 
ambiente de segurança jurídica sobre o procedimento. 
O relatório constitui a peça final da análise de impacto regulatório, cabendo a autoridade 
competente prestar as informações sobre qual decisão foi tomada. Assim dispõe os arts. 14 e 15, 
do Decreto 10411/2020: 
 
Art. 14. Na hipótese de o órgão ou a entidade competente optar pela edição ou pela 
alteração de ato normativo como a alternativa mais adequada disponível ao 
enfrentamento do problema regulatório identificado, será registrado no relatório de 
AIR ou, na hipótese de que trata o § 1º do art. 4º, na nota técnica ou no documento 
equivalente, o prazo máximo para a sua verificação quanto à necessidade de atualização 
do estoque regulatório. 
Art. 15. A autoridade competente do órgão ou da entidade responsável pela 
elaboração do relatório de AIR deverá se manifestar quanto à sua adequação formal e 
aos objetivos pretendidos, de modo a demonstrar se a adoção das alternativas 
sugeridas, considerados os seus impactos estimados, é a mais adequada ao 
enfrentamento do problema regulatório identificado. 
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§ 1º O relatório de AIR tem o objetivo de subsidiar a tomada de decisão pela 
autoridade competente do órgão ou da entidade que o elabore. 
§ 2º O relatório de AIR não vincula a tomada de decisão de que trata o § 1º e é facultado 
à autoridade competente do órgão ou da entidade decidir: 
I - pela adoção da alternativa ou da combinação de alternativas sugerida no relatório 
da AIR; 
II - pela necessidade de complementação da AIR; ou 
III - pela adoção de alternativa contrária àquela sugerida no relatório, inclusive quanto 
às opções de não ação ou de soluções não normativas. 
§ 3º As decisões contrárias às alternativas sugeridas no relatório de AIR deverão ser 
fundamentadas pela autoridade competente do órgão ou da entidade. 
§ 4º Concluído o procedimento de que trata este artigo ou, se for o caso, publicado o 
ato normativo de caráter geral, o relatório de AIR será publicado no sítio eletrônico do 
órgão ou da entidade competente, ressalvadas as informações com restrição de acesso 
nos termos da Lei nº 12.527, de 2011.. 
Dando sequência, obrigou a norma a publicidade pelas entidades a que estão sujeitas a divulgação 
em sítio eletrônico sobre os relatórios de análise de impacto regulatório, assim como a análise das 
informações e as manifestações recebidas no processo de consulta pública após a decisão final 
sobre a matéria. Vejamos os dispositivos: 
 
Art. 18. Os órgãos e as entidades manterão os seus relatórios de AIR disponíveis para 
consulta em seu sítio eletrônico e garantirão acesso fácil a sua localização e identificação 
de seu conteúdo ao público em geral, ressalvados aqueles com restrição de acesso nos 
termos do disposto na Lei nº 12.527, de 2011. 
Art. 19. O órgão ou a entidade disponibilizará em sítio eletrônico a análise das 
informações e as manifestações recebidas no processo de consulta pública após a 
decisão final sobre a matéria. 
Parágrafo único. O órgão ou entidade não está obrigado a comentar ou considerar 
individualmente as informações e manifestações recebidas e poderá agrupá-las por 
conexão ou eliminar as repetitivas e as de conteúdo não conexo ou irrelevante para a 
matéria em análise. 
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Por último, duas regras devem ser observadas: 1) A inobservância do disposto no Decreto não 
constitui escusa válida para o descumprimento da norma editada e nem acarreta a invalidade da 
norma editada; 2) A obrigatoriedade de elaboração de AIR não se aplica às propostas de ato 
normativo que, na data de produção de efeitos do Decreto, já tenham sido submetidas à consulta 
pública ou a outro mecanismo de participação social. 
O que se está a dizer é que o ato normativo oriundo da administração direta e indireta deve ser 
cumprido, ainda que não observada a situação de análise de impacto regulatório, bem como que 
os atos normativos já publicados antes do decreto publicado permanecem válidos e devem ser 
cumpridos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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✔ Resumindo 
Análise de Impacto Regulatório: condição para alteração de atos normativos que tratem 
sobre o interesse geral de agentes econômicos ou de usuários de serviços prestados. 
A origem de tal concepção se deu com o efetivo surgimento da expressão custo 
regulatório, ou seja, determinadas atividades econômicas, a partir de uma regulação 
incisiva, passariam a se tornar efetivamente onerosas, fato que desaceleraria o estímulo 
a continuidade. Logo, a cada intervenção regulatória, caberia uma análise aprofundada 
sobre o real custo da edição de novos atos normativos técnicos. 
Custo Regulatório: Determinadas atividades econômicas, a partir de uma regulação 
incisiva, passariam a se tornar efetivamente onerosas, fato que desaceleraria o estímulo 
a continuidade. Logo, a cada intervenção regulatória, caberia uma análise aprofundada 
sobre o real custo da edição de novos atos normativos técnicos. 
Revisão Qualitativa Regulatória: Frise-se que na outra ponta há a chamada revisão 
qualitativa de regulação que busca manter os esforços do Estado Regulador, de forma 
a editar novos atos normativos substituindo algo que já estaria superado. 
Legislações: Decreto Lei de nº 4.657/42 (LINDB); 2) Lei de nº 13.848/2019 que trata 
sobre as agências reguladoras; 3) Lei de nº 13.874/2019 (Lei de Liberdade Econômica). 
Decreto 10.411/2020 
Aplicabilidade: órgãos e às entidades da administração pública federal direta, 
autárquica e fundacional, quando da proposição de atos normativos de interesse geral 
de agentes econômicos ou de usuários dos serviços prestados, no âmbito de suas 
competências. 
Propostas de atos formuladas por colegiados também deverá passar pelo instituto e 
que não se aplica o decreto as propostas de edição de decreto ou aos atos normativos 
a serem submetidos ao Congresso Nacional. 
Prosseguindo, por análise de impacto regulatório temos um procedimento, a partir da 
definição de problema regulatório, de avaliação prévia à edição dos atos normativos, 
que conterá informações e dados sobre os seus prováveis efeitos, para verificar a 
razoabilidade do impacto e subsidiar a tomada de decisão. 
O decreto trata das situações de ato normativo de baixo impacto, sendo elas as que: 
1) não provoquem aumento expressivo de custos para os agentes econômicos ou para 
os usuários dos serviços prestados; 2) não provoque aumento expressivo de despesa 
orçamentária ou financeira; 3) não repercuta de forma substancial nas políticas públicas 
de saúde, de segurança, ambientais, econômicas ou sociais. 
Ponto importante é que a análise de impacto regulatório é um procedimento e como 
tal possui elementos que os compõe: 1) Avaliação de Resultado Regulatório; 2) Custos 
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Regulatórios; 3)Relatório de Análise de Impacto Regulatório; 4) Atualização do estoque 
regulatório. 
Gravar as situações de dispensa! 
Por último, duas regras devem ser observadas: 1) A inobservância do disposto no 
Decreto não constitui escusa válida para o descumprimento da norma editada e nem 
acarreta a invalidade da norma editada; 2) A obrigatoriedade de elaboração de AIR não 
se aplica às propostas de ato normativo que, na data de produção de efeitos do 
Decreto, já tenham sido submetidas à consulta pública ou a outro mecanismo de 
participação social. 
O que se está a dizer é que o ato normativo oriundo da administração direta e indireta 
deve ser cumprido, ainda que não observada a situação de análise de impacto 
regulatório, bem como que os atos normativos já publicados antes do decreto 
publicado permanecem válidos e devem ser cumpridos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (FGV - SENADO – 2022) 2022 Imagine que a Agência Reguladora Federal Alfa foi cooptada 
pelo setor empresarial regulado, diante do forte poderio econômico das empresas atuantes no 
mercado. Assim, a Agência Alfa acabou por abandonar a atuação imparcial e técnica que deveria 
ter e passou a operar em benefício dos próprios regulados, servindo de instrumento para proteção 
e benefício de interesses setoriais que deveriam ser fiscalizados. 
Essa situação hipotética é tratada pela doutrina de Direito Administrativo como teoria 
a) dos motivos determinantes. 
b) do risco administrativo. 
c) da captura. 
d) da aparência. 
e) do fato consumado. 
Comentários: 
Pela teoria da captura o ente regulador passa a ser capturado pelos regulados ou pelo governo 
central, com a satisfação dos interesses dos grupos econômicos regulados em detrimento dos 
consumidores. Há o risco potencial de captura dos interesses (teoria da captura) pelos grupos 
economicamente mais fortes e politicamente mais influentes, em detrimento de consumidores e 
usuários de serviços públicos regulados. 
Gabarito: C 
2. (FGV - SEFAZ BA – 2021) As agências reguladoras têm como características a autonomia 
funcional, decisória, financeira e administrativa. Apesar das prerrogativas previstas em lei, elas 
devem seguir algumas regras específicas. 
Assinale a opção que indica uma dessas regras. 
a) A elaboração de plano estratégico bienal, em consonância com as diretrizes decorrentes da 
subordinação hierárquica perante o ministério supervisor. 
b) A contratação de dirigentes por meio de procedimento idôneo e formal, respeitada arguição 
pública no Senado Federal, além de mandato fixo destituível apenas por condenação judicial 
transitada em julgado. 
c) A adoção de práticas de gestão de riscos e controles internos, bem como elaboração de 
programa de integridade visando o combate a fraudes e atos de corrupção. 
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d) A qualificação como agência reguladora recebida por ministro da justiça, por ato vinculado, 
desde que apresentado plano de reestruturação e desenvolvimento para a melhoria da gestão. 
e) O estabelecimento de conselho fiscal e administração com composição paritária, constituído 
por agentes públicos e membros da sociedade civil, vedada remuneração. 
Comentários: 
De acordo com a Lei nº 13.848/2019, as agências reguladoras deverão adotar práticas de gestão 
de riscos e controles internos, bem como elaboração de programa de integridade visando o 
combate a fraudes e atos de corrupção. Vejamos: “Art. 2º. § 3º As agências reguladoras devem 
adotar práticas de gestão de riscos e de controle interno e elaborar e divulgar programa de 
integridade, com o objetivo de promover a adoção de medidas e ações institucionais destinadas 
à prevenção, à detecção, à punição e à remediação de fraudes e atos de corrupção”.. 
Gabarito: C 
3. (FGV – TCU – 2021) As agências reguladoras foram criadas a partir do Programa Nacional de 
Desestatização, para fiscalizar, regular e normatizar a prestação de serviços públicos transferidos 
à iniciativa privada, na forma da lei, com intenção de reduzir gastos e buscar maior eficiência na 
execução de tais atividades. 
Nesse contexto, no plano federal, imagine-se a hipotética Agência Nacional Alfa, que, por ser uma 
agência reguladora, de acordo com a legislação de regência, em matéria de organização 
administrativa, se classifica como: 
a) autarquia em regime especial, que é caracterizada pela ausência de tutela ou de subordinação 
hierárquica, pela autonomia funcional, decisória, administrativa e financeira e pela investidura a 
termo de seus dirigentes e estabilidade durante os mandatos, sendo certo que seu controle 
externo é exercido pelo Congresso Nacional, com auxílio do Tribunal de Contas da União; 
b) autarquia em regime especial, que é caracterizada pela existência de tutela ou de subordinação 
hierárquica, pela autonomia funcional, decisória e administrativa, bem como pela vinculação 
orçamentária e financeira junto à 
c) autarquia territorial nacional, que é caracterizada pela existência de tutela ou de subordinação 
hierárquica, pela autonomia funcional, decisória e administrativa, pela vinculação orçamentária e 
financeira junto à Administração direta, sendo certo que seu controle externo é exercido por meio 
de supervisão ministerial, com auxílio da Controladoria Geral da União; 
d) fundação pública de direito privado, que ostenta personalidade jurídica de direito privado e 
executa atividades regulatórias de interesse social, com tutela e subordinação hierárquica, 
autonomia funcional, decisória e administrativa, sendo certo que seu controle externo é exercido 
por meio do Ministério Público Federal, mediante o velamento de fundações; 
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e) empresa estatal, que ostenta personalidade jurídica de direito privado e executa atividades 
regulatórias de interesse social, com ausência de tutela ou de subordinação hierárquica, possuindo 
autonomia funcional, decisória e administrativa, sendo certo que seu controle externo é feito 
diretamente pelos usuários do serviço e pela sociedade civil, mediante o controle social, exercido 
com auxílio da Defensoria Pública da União. 
Comentários: 
A questão aborda a natureza jurídica das Agências Reguladoras, em especial a Lei Federal nº 
13.848/2019. Primeiramente, diz o parágrafo único do artigo 2º da Lei: Art. 2º Consideram-se 
agências reguladoras, para os fins desta Lei e para os fins da Lei nº 9.986, de 18 de julho de 2000 
(...) Parágrafo único. Ressalvado o que dispuser a legislação específica, aplica-se o disposto nesta 
Lei às autarquias especiais caracterizadas, nos termos desta Lei, como agências reguladoras e 
criadas a partir de sua vigência. A Lei continua no seu artigo 3º: Art. 3º A natureza especial 
conferida à agência reguladora é caracterizada pela ausência de tutela ou de subordinação 
hierárquica, pela autonomia funcional, decisória, administrativa e financeira e pela investidura a 
termo de seus dirigentes e estabilidade durante os mandatos, bem como pelas demais disposições 
constantes desta Lei ou de leis específicas voltadas à sua implementação. Por fim, destaca-se o 
artigo 14: Art. 14. O controle externo das agências reguladoras será exercido pelo Congresso 
Nacional, com auxílio do Tribunal de Contas da União. 
Gabarito: A 
4. (Prefeitura Municipal de Salvador – FGV – 2019) No que concerne às Agências Reguladoras, 
importantes entidades criadas para fiscalizar e regular serviços de determinados setores 
econômicos, assinale a afirmativa incorreta. 
a) As agências devem ter necessariamentepersonalidade jurídica de direito público, dotadas de 
independência administrativa e autonomia financeira. 
b) Seus dirigentes devem possuir mandatos fixos, sendo estritamente vedada a possibilidade de 
exoneração ad nutum. 
c) As agências são autarquias ou fundações públicas que celebraram contrato de gestão com o 
Poder Público. 
d) Seus atos não podem ser revistos ou alterados pelo Poder Executivo, apenas pelo Judiciário, 
devendo, no entanto, agir conforme suas finalidades específicas. 
e) As agências podem existir tanto em âmbito federal quanto estadual e municipal, desde que 
criadas por lei. 
Comentários: 
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Segundo o art. 51 da Lei Federal nº 9.649/98, autarquias e fundações que celebraram contrato de 
gestão com o Poder Público são as agências executivas, e não reguladoras: Art. 51. O Poder 
Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou fundação que tenha cumprido 
os seguintes requisitos: I - ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento 
institucional em andamento; II - ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério 
supervisor. 
Gabarito: C 
5. (Prefeitura Municipal de Niterói – FGV – 2018) No processo de reestruturação do Estado, 
ocorrido no século passado, alguns serviços que eram exercidos pela administração pública foram 
transferidos para o setor privado. Com o intuito de regular essas atividades, objetivando garantir 
um padrão de qualidade, foram criadas as agências reguladoras para essa função. 
Em relação a essas agências e ao seu funcionamento, assinale a afirmativa correta. 
a) Possuem uma função meramente consultiva, não possuindo qualquer poder normativo. 
b) São dependentes e subordinadas ao Poder Legislativo, atuando em consonância com suas 
orientações. 
c) São instituídas por meio de contratos de gestão, podendo perder a qualificação caso ajam em 
desacordo com as normas previstas. 
d) Podem receber esse status apenas as autarquias enquadradas como agências executivas. 
e) Podem ser criadas no âmbito das três esferas do governo. 
Comentários: 
As Agências Reguladoras podem ser criadas por lei por QUALQUER ente federativo. Alguns 
Estados e Municípios podem ter suas Agências Reguladoras para regulamentar serviços locais que 
foram delegados para os particulares, como transporte e telecomunicações.. 
Gabarito: E 
6. (MP-AL – FGV – 2018) As agências reguladoras são entidades criadas com o objetivo de fiscalizar 
e regular atividades de serviços público delegados à empresas privadas. 
Acerca da forma de criação das agências reguladoras, é correto afirmar que são criadas por 
a) descentralização. 
b) desconcentração. 
c) por permissão. 
d) por autorização. 
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e) por concessão. 
Comentários: 
A criação das agências reguladores é um processo de descentralização, uma vez que as agências 
reguladoras são pessoas jurídicas de direito público interno, normalmente constituídas sob a forma 
de autarquia especial ou outro ente da administração indireta, cuja finalidade é regular e/ou 
fiscalizar a atividade de determinado setor da economia de um país. Os entes da administração 
indireta (autarquias, fundações, associações civis, sociedades de economia mista e empresas 
públicas) são decorrentes da descentralização. 
A descentralização é a transferência da prestação do serviço a ente da administração a Indireta ou 
para o particular. Há transferência para pessoa jurídica, que não fica subordinada à administração 
uma vez que inexiste hierarquia nessa relação. A administração direta exerce o controle 
ministerial/finalístico sobre o serviço descentralizado. 
Gabarito: A 
7. (TJBA – FGV – 2014) Município e Estado, por meio de suas equipes técnicas das áreas de defesa 
do consumidor e de meio ambiente, realizaram fiscalização conjunta em determinado posto de 
combustível. As equipes verificaram a existência de diversas irregularidades, como danos 
ambientais por contaminação do solo, em razão de vazamento de óleo diesel, e danos ao 
consumidor por exposição à venda de combustível adulterado. Observado o devido processo 
legal, foram aplicadas as sanções administrativas cabíveis e comunicado o fato aos órgãos 
competentes para as demais providências legais. O poder administrativo que viabilizou a 
fiscalização em tela é o poder: 
a) normativo; 
b) disciplinar; 
c) regulador; 
d) sancionador; 
e) de polícia. 
Comentários: 
O Poder de Polícia decorre da Supremacia Geral da Administração Pública e da Supremacia do 
interesse público sobre o privado. Esse poder aplica-se a TODOS PARTICULARES, sem 
necessidade de vínculo especial. Dessa forma, por meio desse poder, a Administração privilegia o 
interesse coletivo em detrimento do privado, podendo restringir direitos e liberdades individuais. 
Logo, a fiscalização realizada no Posto de gasolina pelo Município e Estado caracteriza poder de 
polícia.. 
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Gabarito: E 
8. (TJAM – FGV – 2013) A administração pública possui dentro de sua estrutura várias pessoas 
jurídicas que se sujeitam a diferentes regimes jurídicos. 
Assinale a alternativa que contém uma pessoa jurídica de direito privado integrante da 
administração pública. 
a) Corporações públicas. 
b) Empresas públicas. 
c) Agências reguladoras. 
d) Autarquia fundacional. 
e) Autarquias de regime especial. 
Comentários: 
A única pessoa jurídica de direito privado constante das alternativas é a empresa pública valendo 
lembrar que as demais detém personalidade jurídica de direito público. 
Gabarito: B 
9. (SENADO FEDERAL – FGV – 2008) Assinale a afirmativa incorreta. 
a) Empresas públicas são entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado. 
b) As agências reguladoras foram criadas sob a forma de autarquias de regime especial. 
c) Os Ministérios são órgãos públicos e, portanto, destituídos de personalidade jurídica. 
d) Municípios não podem instituir sociedades de economia mista. 
e) Os processos que envolvam sociedades de economia mista federais são processados e julgados, 
em regra, na Justiça Estadual. 
Comentários: 
É sim possível a constituição por municípios de sociedades de economia mista, pessoas jurídicas 
de direito privado para prestação de atividades econômicas em sentido estrito ou prestação de 
serviços públicos. 
Gabarito: D 
10. (PC – RO – CEBRASPE – 2022) Em relação a sua natureza jurídica, as agências reguladoras 
classificam-se como: 
a) órgãos da administração direta. 
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b) fundações públicas. 
c) autarquias estaduais. 
d) fundações privadas. 
e) autarquias em regime especial. 
Comentários: 
As agências reguladoras são autarquias especiais, criadas por lei, que têm por objetivo normatizar, 
disciplinar e fiscalizar a prestação de serviços privados de interesse público, inseridos no campo 
da atividade econômica. Assim, as agências reguladoras são autarquias sob regime especial, uma 
vez que possuem algumas características distintivas das demais autarquias, concedendo-lhes 
maior autonomia em relação ao ente instituidor. Importante destacar que, de acordo com a Lei 
13.848/19: Art. 3º A natureza especial conferida à agência reguladora é caracterizada pela 
ausência de tutela ou de subordinação hierárquica, pela autonomia funcional, decisória, 
administrativa e financeira e pela investidura a termo de seus dirigentese estabilidade durante os 
mandatos, bem como pelas demais disposições constantes desta Lei ou de leis específicas voltadas 
à sua implementação. 
Gabarito: E 
11. (TCEPB – 2022- CEBRASPE) Julgue o item que se segue, a respeito de temas contemporâneos 
da gestão pública brasileira. 
Agências reguladoras são exemplos de fundações públicas de direito privado. 
Certo. 
Errado. 
Comentários: 
As agências reguladoras são pessoas jurídicas de direito público, instituídas como autarquias sob 
regime especial, integrantes da administração indireta, com a função de regular um setor 
específico de atividade econômica ou um determinado serviço público, ou de intervir em certas 
relações jurídicas decorrentes dessas atividades. 
Gabarito: ERRADO 
12. (SEFAZ-CE – 2021 – CEBRASPE) legislação pertinente e o entendimento do Supremo Tribunal 
Federal. 
As agências reguladoras exercem o poder normativo em ampla delegação do Poder Legislativo, 
podendo, no exercício dos seus misteres, inovar na ordem jurídica, criando direitos e obrigações 
para o setor regulado. 
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Certo. 
Errado. 
Comentários: 
A questão trata da organização político administrativa, especificamente sobre as agências 
reguladoras. Para responder à questão, era necessário o conhecimento de que o poder normativo 
concedido às agências reguladoras não pode extrapolar os limites da lei. Assim, depreende-se 
que a questão está errada, uma vez que as agências reguladoras exercem o poder normativo, mas 
não podem, no exercício dos seus misteres, inovar na ordem jurídica, criando direitos e obrigações 
para o setor regulado. 
Gabarito: ERRADO 
13. (MPAP – CEBRASPE – 2021) Assinale a opção que apresenta autarquias especiais que são 
criadas por lei de iniciativa do chefe do Poder Executivo, cujos diretores por ele são nomeados 
após aprovação, em regra, pelo Poder Legislativo e que realizam, entre outras, as funções de 
fiscalização de serviços públicos concedidos à iniciativa privada. 
a) agências executivas 
b) fundações públicas 
c) fundações autárquicas 
d) agências reguladoras 
e) consórcios públicos 
Comentários: 
As agências reguladoras são autarquias especiais que são criadas por lei de iniciativa do chefe do 
Poder Executivo, cujos diretores por ele são nomeados após aprovação, em regra, pelo Poder 
Legislativo e que realizam, entre outras, as funções de fiscalização de serviços públicos concedidos 
à iniciativa privada.. 
Gabarito: D 
14. (CGE-CE – CEBRASPE – 2021) No Brasil, as agências reguladoras desenvolvem, entre outras, 
a atividade de impor limitações administrativas previstas em lei, além de fiscalizar e, se necessário, 
repreender atividades que sejam consideradas incompatíveis com o bem-estar social. Tais 
atribuições das agências reguladoras são exemplos de 
a) fomento a atividades privadas. 
b) uso do poder de polícia. 
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c) fiscalização de atividades econômicas. 
d) normatização para exercício de atividade. 
e) concessão de serviços públicos. 
Comentários: 
O Poder de Polícia decorre da Supremacia Geral da Administração Pública e da Supremacia do 
interesse público sobre o privado. Esse poder aplica-se a TODOS PARTICULARES, sem 
necessidade de vínculo especial. Dessa forma, por meio desse poder, a Administração privilegia o 
interesse coletivo em detrimento do privado, podendo restringir direitos e liberdades individuais. 
Gabarito: B 
15. (SEFAZ-RS – CEBRASPE - 2021) As agências reguladoras possuem 
a) poder normativo técnico, que consiste na possibilidade de editar atos regulamentares, desde 
que não criem obrigação nova. 
b) autonomia decisória, com a possibilidade de recursos hierárquicos próprios e impróprios. 
c) independência administrativa, mas são submetidas a supervisão ministerial. 
d) responsabilidade civil subjetiva com culpa presumida. 
e) regime especial de autarquias, mas também podem constituir-se em fundações de direito 
público. 
Comentários: 
Afirma a alternativa: "independência administrativa, mas são submetidas a supervisão ministerial". 
A supervisão ministerial ocorre entre a Administração Direta e as respectivas entidades da 
Administração Indireta, de maneira a garantir que estas atuem dentro dos limites da lei. Logo, 
assim como todas as entidades, as agências reguladoras possuem autonomia administrativa, mas 
estão sujeitas à supervisão ministerial.. 
Gabarito: C 
16. Questão Inédita. Os bens públicos das agências reguladoras possuem os atributos da 
imprescritibilidade, impenhorabilidade e inalienabilidade. 
Certo. 
Errado. 
Comentários: 
As agências reguladoras apresentam os mesmos atributos jurídicos das autarquias, sendo 
consideradas pela doutrina como autarquias em regime especial. Vale dizer que os bens das 
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autarquias são considerados bens públicos, vez que são de titularidade de uma pessoa jurídica de 
direito público (a autarquia, no caso). Os atributos dos bens públicos são os seguintes: 
inalienabilidade, impenhorabilidade, imprescritibilidade e não onerabilidade. Portanto, o regime 
de bens públicos aplicável às autarquias vale também para os bens das agências reguladoras. 
Gabarito: C 
17. Questão Inédita. Dentro da organização administrativa brasileira, notamos a existência das 
agências reguladoras. Elas são definidas como autarquias em regime especial, uma vez que, além 
de possuírem todas as características das autarquias, possuem algumas particularidades em seu 
regime jurídico. Sobre essas entidades, assinale a alternativa correta: 
a) A Constituição Federal de 1988 não faz alusão a nenhum órgão regulador equiparável às 
agências reguladoras atualmente existentes. 
b) A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é um exemplo de agência reguladora. 
c) Uma de suas particularidades diz respeito aos dirigentes, que possuem mandatos fixos. 
d) As agências reguladoras não têm autonomia decisória e funcional, já que estão sujeitas à 
supervisão ministerial. 
e) Não há agências reguladoras que exercem poder de polícia, mas apenas aquelas que fiscalizam 
e disciplinam os serviços públicos concedidos. 
Comentários: 
A existência de mandato fixo (investidura a termo) vem a ser uma das características mais notáveis 
das agências reguladoras. Significa dizer que os dirigentes não ocupam cargos ad nutum, ou seja, 
não podem ser exonerados a qualquer tempo pelo Chefe do Poder Executivo. Eles possuem 
mandatos estáveis. Isso pode ser extraído do art. 3º da Lei Federal nº 13.848/19: Art. 3º A natureza 
especial conferida à agência reguladora é caracterizada pela ausência de tutela ou de 
subordinação hierárquica, pela autonomia funcional, decisória, administrativa e financeira e pela 
investidura a termo de seus dirigentes e estabilidade durante os mandatos, bem como pelas 
demais disposições constantes desta Lei ou de leis específicas voltadas à sua implementação. 
Gabarito: C 
18. Questão Inédita. Uma agência reguladora, buscando completar a regulamentação legal, emitiu 
ato disciplinando normas de caráter eminentemente técnico sobre questões específicas de sua 
área de regulação. Com base nessa situação, podemos afirmar que o ato é: 
a) ilegal, visto que somente o Chefe do Executivo pode dispor sobre o assunto. 
b) legal, sendo exemplo de um decreto regulamentar. 
c) ilegal, pois a Constituição Federal exige a edição de lei para tratar do assunto. 
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d) legal, sendo aplicação do poder de polícia. 
e) legal, constituindo-se em regulamento autorizado. 
Comentários: 
A situação descrita na questão é exemplo de regulamento autorizado/delegado. Esse tipo de 
regulamento tem como objetivo suprir um vazio na lei deixado de forma intencional pelo 
legislador. Funciona da seguinte forma: o legislador irá dispor sobre as linhas gerais do tema, 
definindo diretrizes e autorizará, na própria lei, o Poder Executivo e disciplinar os assuntos não 
regulados na lei. É bastante comum a edição de regulamentos autorizados em matérias 
estritamente técnicas. Nesse caso, o legislador atribui aos órgãos técnicos do Poder Executivo a 
competência para disciplinar aspectos técnicos que não seriam atendidos pela capacidade do 
legislador, dada a especialização da matéria. Por meio do regulamento autorizado opera-se a 
chamada “deslegalização”. 
Gabarito: E 
19. (ALSP – VUNESP – 2022) A respeito das Agências Reguladoras, de acordo com a legislação e 
a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, assinale a alternativa correta. 
a) As propostas de alteração de atos normativos de interesse geral dos agentes econômicos 
poderão ser precedidas da realização de Análise de Impacto Regulatório, cujos requisitos mínimos 
devem estar previstos na lei que instituiu a respectiva agência reguladora. 
b) A agência reguladora deverá implementar, em cada biênio, plano de comunicação voltado à 
divulgação, com caráter informativo e educativo, de suas atividades e dos direitos dos usuários 
perante a agência reguladora e as empresas que compõem o setor regulado. 
c) O movimento de constituição de agências reguladoras, no Brasil, deu-se no mesmo contexto 
histórico de formação das agências reguladoras norte-americanas, pois, em ambos os casos, a 
criação dessas entidades se deu com o objetivo de ampliar o controle do Estado sobre o domínio 
econômico. 
d) Em matérias de ordem técnica, o Poder Judiciário possui um dever de deferência em relação 
às decisões técnicas adotadas por entidades reguladoras. 
e) Os reajustes tarifários, definidos por agências reguladoras, devem ter como limite os índices 
oficiais de inflação. 
Comentários: 
No caso, trata-se da adoção da doutrina chenery a qual prevê que deve o poder judiciário se 
afastar do exame de questões técnicas que não possui expertise para tanto. 
Gabarito: D 
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20. (CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPO LIMPO – VUNESP – 2018) Com o Programa Nacional de 
Desestatização e com o objetivo de reduzir o déficit público, passou-se à iniciativa privada 
atividades que eram dispendiosas para o Estado, transferindo a prestação de serviços a entidades 
privadas, com a intenção de reduzir gastos e buscar uma maior eficiência na execução das 
atividades, criando-se então, as 
a) autarquias profissionais. 
b) autarquias territoriais. 
c) fundações públicas. 
d) empresas públicas. 
e) agências reguladoras. 
Comentários: 
Paralelamente ao Programa Nacional de Desestatização, o Brasil se viu na obrigação de fortalecer 
e aprimorar o setor de regulação - por transferir ao setor privado determinadas prestações de 
serviços públicos, seria ainda necessária uma intervenção estatal mesmo que ainda de modo 
indireto - e, para tanto, criou as chamadas Agências Reguladoras que são uma das várias espécies 
de autarquias: as chamadas autarquias especiais, que atuam sob regime jurídico especial, com 
privilégios específicos bem como maior autonomia. Exemplos: ANEEL, ANATEL, ANTT, etc.. 
Gabarito: E 
21. (CÂMARA MUNICIPAL DE DE ITAQUAQUECETUBA (SP)– VUNESP – 2018) Assinale a 
alternativa correta a respeito das agências reguladoras. 
a) Possuem personalidade jurídica de direito privado. 
b) São entidades integrantes da Administração Pública Direta, vinculadas aos Ministérios Federais. 
c) Podem ser criadas em âmbitos Estadual e Federal, exceto Municipal. 
d) Seus dirigentes ocupam cargo em comissão por prazo indeterminado. 
e) A elas é atribuído o poder de arbitragem para compor conflitos que ocorram na sua esfera de 
atuação. 
Comentários: 
As agências reguladoras, sendo criadas como autarquias com regime especial, sujeitam-se às 
normas constitucionais que disciplinam esse tipo de entidade e, portanto, conforme dispõe o art. 
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1º, § 1º da Lei 9307/96, que trata sobre a arbitragem, poderá ela utilizar-se da arbitragem para 
dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis. 
Gabarito: E 
22. (TJ (SP)– VUNESP – 2017) Sobre as agências reguladoras, é correto afirmar: 
a) embora possuam natureza jurídica de autarquia, são dotadas de regime especial, consistente 
em alto grau de autonomia, mandado fixo e estabilidade de seus dirigentes e poder de regulação 
mediante a edição de normas gerais e abstratas de natureza infralegal, em matérias de suas 
competências, e subordinada ao princípio da legalidade. 
b) possuem natureza jurídica de autarquia – o que impõe criação e extinção por lei – e 
desenvolvem, sob regime jurídico de direito público, atividades próprias do Estado e com certa 
autonomia em relação à administração central, não diferindo, portanto, de suas congêneres. 
c) por sua conformação constitucional distinta, não se subordinam ao modelo das autarquias, uma 
vez que possuem alto grau de autonomia que se expressa no mandato fixo e estabilidade de seus 
dirigentes e, no poder normativo, com possibilidade de inovar na ordem jurídica com edição de 
normas abstratas e gerais nas matérias de suas competências. 
d) são dotadas de autonomia administrativa e financeira e hierárquica em relação à Administração 
Direta, como os demais entes autárquicos, mas dotadas de regime especial que se expressa na 
previsão de mandatos fixos e estabilidade de seus dirigentes. 
Comentários: 
A questão exige conhecimento sobre as características definidores das Agências Reguladoras. As 
agências reguladoras são autarquias sob regime especial, uma vez que possuem algumas 
características distintivas das demais autarquias, concedendo-lhes maior autonomia em relação ao 
ente instituidor. Para isso, uma de suas características mais importantes das agências reguladoras 
se refere ao mandato fixo de seus membros, conforme prazo disposto na Lei Geral das Agências 
Reguladoras. Assim, a aprovação e exoneração dos diretores não é flexível como nas demais 
autarquias, permitindo que eles atuem com maior autonomia em relação ao Chefe do Poder 
Executivo. Ainda, uma autarquia somente será considerada uma agência reguladora, quando 
possuírem competências regulatórias em um setor específico. Assim, exercem a regulação 
também pela a edição de normas gerais e abstratas de natureza infralegal, em matérias de suas 
competências, e subordinada ao princípio da legalidade.. 
Gabarito: A 
23. (CAMARA MUNICIPAL DE SUMARE VUNESP – 2017) 
Suponha-se que o Prefeito de Sumaré submeta à Câmara Municipal projeto de lei visando instituir 
uma agência reguladora cuja competência seja fiscalizar os serviços prestados por concessionárias 
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de serviços públicos no âmbito da Municipalidade. O Presidente da Câmara, buscando obter 
subsídios para os debates do projeto na Casa, convida Procurador da Câmara para discutir o 
assunto. Considerando o instituto das agências reguladoras no sistema brasileiro, é correto o 
Procurador afirmar que 
a) a lei pode atribuir a competência para a agência resolver conflito entre os atores do setor 
regulado. 
b) a agência deverá se submeter aoInformativa; 5) Poderio 
e Desequilíbrio de Mercado. 
Começando pela deficiência na concorrência temos uma situação em que determinado nicho de 
mercado não está oferecendo condições favoráveis a uma disputa saudável, seja pela dominação 
por parte de um agente econômico seja por outras razões de ordem externa, prejudicando a livre 
disputa e consequentemente o consumo, cabendo ao Estado intervir de forma repressiva a 
determinadas condutas praticadas. 
Na deficiência da concorrência fica evidente que o ciclo de produção assim como o ciclo de 
consumo está prejudicado, de forma a trazer prejuízo aos interesses coletivos. 
Em relação à deficiência na distribuição de bens essenciais temos um prejuízo direto ao ciclo 
econômico que se inicia desde a produção e finaliza com o consumo. Um exemplo clássico foi a 
greve dos caminhoneiros em que o ciclo econômico fora interrompido gerando deficiência na 
distribuição de bens essenciais. Nesse caso, cabe ao Estado intervir de forma repressiva aplicando 
multas específicas para garantia do mínimo existencial da sociedade, como bem decidido e 
autorizado pelo STF na ADPF 519 quando da paralisação das rodovias no país. 
Seguindo, temos a situação de externalidades negativas que nada mais são do que práticas de 
mercado realizadas pelos agentes econômicos, consequências sobre a coletividade, tal como, a 
degradação ambiental. Há efetivo dano ao bem-estar social que devem ser evitadas a qualquer 
custo e repreendidas pelo Estado através de seu Poder de Polícia inerente à atividade regulatória. 
Dando sequência, temos a situação de assimetria informativa, que nada mais é do que o 
desconhecimento do consumidor ou do Estado de como determinado mercado opera ou ainda 
quando se detém informações assimétricas sobre o que está sendo comercializado, fato que 
facilita a prática de condutas abusivas. 
 
Por último temos a situação de poderio e desequilíbrio de mercado que aliado a uma das falhas 
de mercado acima gere repercussão negativa para sociedade, gerando inúmeros prejuízos. 
Uma vez consideradas as falhas de mercado, deve-se ter em mente que a função regulatória do 
Estado apenas se dá quando determinado mercado não é capaz de autorregular-se, ou seja, 
garantir um desenvolvimento econômico saudável em um nicho de economia em que há respeito 
à concorrência. 
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Ademais, considerando o texto constitucional, cabe também o respeito às políticas públicas ali 
previstas, de forma a não existir qualquer tipo de incongruência ou falha de mercado. 
É que a regra deveria ser a intervenção no campo regulatório de forma repressiva, ou seja, desde 
que presente qualquer falha de mercado e não na situação preventiva, quando mesmo ausente 
qualquer falha de mercado, busca o Estado regular tal nicho econômico. 
Sobre a temática há uma divisão clara a depender do sistema político de cada nação entre 
autorregulação e heterorregulação ou também denominada de regulação pública. 
Na autorregulação temos o próprio mercado garantindo o respeito aos princípios estipulados no 
texto constitucional, mais especificamente sobre o capítulo que trata da ordem econômica. Nessa 
situação, toda a condução de cada nicho econômico é independente e se dá pelo uso de 
mecanismos de mercado praticados pelos próprios agentes econômicos. Não há aqui qualquer 
intervenção estatal já que o mercado é autônomo. Ok, Professor! Mas, que tal um exemplo? 
Um exemplo sobre autorregulação é justamente o mercado de competições esportivas em que a 
regulação se dá pelos próprios agentes de mercado. Veja, por exemplo, no futebol. Para que uma 
competição aconteça, há alguma interferência estatal? Via de regra a resposta é negativa. Tá bom 
professor. Gostei do exemplo. Mas em nenhum momento o Estado atuaria? 
Nesse tipo de regulação a atuação do Estado só se dá na análise das práticas de mercado que 
efetivamente tragam prejuízo à coletividade, como, por exemplo, atos que limitam a concorrência. 
Concernente à heterorregulação ou regulação pública temos a situação da efetiva atuação do 
Estado no campo econômico, garantindo os postulados constitucionais da ordem econômica. 
Aqui, no caso brasileiro, a regulação se dá por Agências Reguladoras, autarquias em regime 
especial, com poderes específicos para regular o mercado. 
A opção por agências reguladoras se deu em razão da técnica que deve ser observada nos nichos 
econômicos, considerando que a depender da matéria se torna impossível o legislador deter tal 
expertise, motivo pelo qual trabalhamos hoje com um poder normativo técnico oriundo do 
princípio da deslegalização, ou seja, confere-se a tais pessoas o poder de edição de normativas 
técnicas acerca de determinada matéria, considerando o nicho econômico em que regulam. 
E é dentro desse contexto que surge a análise da concorrência buscando garantir a eficiência e a 
justiça nos mercados. O que se pretende aqui é avaliar as estruturas de mercado, condutas das 
empresas e seus resultados, buscando identificar práticas que possam prejudicar a concorrência e 
o bem-estar do consumidor. Dentro desse contexto que surge a necessidade de regulação. 
Ainda nesse contexto de análise de concorrência que surge a Lei de nº 12.529/2011 com foco em 
três pilares principais: 1) Análise das infrações à ordem econômica; 2) Controle dos atos de 
concentração; 3) Promoção da cultura da concorrência. 
Por fim, vale dizer que o objetivo principal é a garantia a coletividade de um sistema concorrencial 
mais justo e garantidor dos princípios da ordem econômica. 
 
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Teoria do Agente Principal e Teoria Econômica da Regulação 
Um dos trabalhos mais importantes de Teoria de Agência, que descreveu inicialmente suas bases 
conceituais, foi desenvolvido por Jensen e Meckling em 1976. 
A relação entre os agentes para os autores decorre de um suposto “contrato” estabelecido entre 
um indivíduo (ou grupo de indivíduos), denominado de principal, e outro indivíduo (ou grupo de 
indivíduos), conhecido por agente. 
Neste compromisso, o principal delega ao agente alguma autoridade para realizar atividades e 
tomar decisões de seu interesse. 
Toda vez que um indivíduo (agente) é contratado para executar funções e tomar decisões em 
benefício de outro (ou outros), conhecido por principal, tem-se estabelecida a relação de agência. 
Os agentes recebem remuneração do principal para tomar decisões que venham de encontro aos 
seus interesses. A Teoria de Agência é importante pela contribuição que oferece em explicar a 
relação contratual presente entre os principais e agentes, os conflitos que surgem entre as partes, 
e os custos decorrentes que causam perda de valor para a empresa. 
No conflito de agentes acionistas e administradores, os acionistas são identificados como os 
proprietários, aqueles que detêm o poder de mando da sociedade (os recursos econômicos); os 
administradores são os seus agentes. 
O fundamento da teoria de agência decorre da celebração de um contrato (relacionamento de 
agência) em que o principal contrata outra pessoa, o agente, para desenvolver determinados 
serviços e que envolva decisões e delegação de autoridade para o agente. Nessa relação de 
agência, o principal espera que o agente tome decisões que atendam seus interesses. O principal 
procura sempre maximizar sua função de utilidade. No entanto, as visões de negócios e riscos dos 
agentes nem sempre são coincidentes, podendo assumir diferentes objetivos e atitudes perante 
as diversas decisões empresariais. Ocorrendo pontos de discordância ou objetivos divergentes 
entre as partes (principal e agente), tem-se o que se denomina de conflito de agentes. 
No ambiente da empresacontrole hierárquico do Poder Executivo, em respeito ao 
princípio democrático. 
c) a agência somente pode ser constituída caso haja expressa permissão no texto da Lei Orgânica. 
d) é vedada a instituição de taxas regulatórias em favor da agência, uma vez que a sua autonomia 
acentuada em face do Poder Executivo não é recomendável. 
e) as agências adotam, no Brasil, a estrutura de pessoas jurídicas de direito privado ante a 
necessidade de flexibilidade para regular os setores. 
Comentários: 
Os Municípios podem criar suas próprias agências reguladoras, a fim de regular, controlar e 
fiscalizar o setor econômico, e dirimir conflitos neste.. 
Gabarito: A 
24. (TRT PARANÁ - FCC – 2022) Ausência de tutela ou de subordinação hierárquica, autonomia 
funcional, decisória, administrativa e financeira, investidura a termo de seus dirigentes e 
estabilidade durante os mandatos. 
A descrição acima corresponde às características legais das 
a) empresas públicas. 
b) fundações governamentais de direito privado. 
c) agências executivas. 
d) sociedades de economia mista. 
e) agências reguladoras. 
Comentários: 
Uma vez que a legislação que dispõe sobre as agências reguladoras traz justamente tais 
característica, nos termos do art. 3º da Lei nº 13.848/19: Art. 3º A natureza especial conferida à 
agência reguladora é caracterizada pela ausência de tutela ou de subordinação hierárquica, pela 
autonomia funcional, decisória, administrativa e financeira e pela investidura a termo de seus 
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dirigentes e estabilidade durante os mandatos, bem como pelas demais disposições constantes 
desta Lei ou de leis específicas voltadas à sua implementação. Já as empresas públicas, sociedades 
de economia mista e fundações públicas de direito privado são pessoas jurídicas de direito privado 
da administração indireta e possuem sim a tutela ministerial oriunda da vinculação, mas com 
ausência de hierarquia. Por sua vez, as agências executivas nada mais são do que autarquias ou 
fundações públicas que firmam contrato de gestão com o ministério supervisor, não sendo uma 
entidade específica mas sim uma qualificação concedida com a finalidade de uma maior eficiência, 
entretanto com autonomia mais restrita do que ocorre com as agências reguladoras. 
Gabarito: E 
25. (FGV – EPE – 2024) 
A regulação econômica consiste na atuação indireta do Estado na economia, por meio de atos 
jurídico‐públicos, traduzida na supervisão, orientação e fiscalização dos agentes econômicos dos 
setores público, privado e cooperativo, de modo a garantir o equilíbrio do mercado e evitar 
impactos socialmente negativos na coletividade. 
Sobre as agências reguladoras, analise as afirmativas a seguir 
I. As agências reguladoras surgiram com o propósito de monitorar as atividades do setor privado 
no exercício de serviços públicos, sendo órgãos imprescindíveis no processo de descentralização 
patrocinado pelo Estado. 
II. As agências reguladoras produzem regras e normas que imputam custos às unidades reguladas, 
atraindo, complementando ou contrariando interesses privados e públicos. 
III. A agência reguladora é uma autarquia de regime especial criada por lei, com estrutura 
colegiada, caracterizada pelo poder de normatização dos serviços públicos apresentando uma 
maior independência técnica. A agência reguladora é subordinada hierarquicamente ao ente 
estatal que a criou, o qual exerce controle legal de correção finalística. 
Está correto o que se afirma em 
A) I, apenas. 
B) I e II, apenas. 
C) I e III, apenas. 
D) II e III, apenas. 
E) I, II e III. 
Comentários: 
Vamos analisar as afirmativas: 
 
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I. Correta. As agências reguladoras realmente surgiram para monitorar e regular as atividades do 
setor privado em relação aos serviços públicos, especialmente no contexto da descentralização 
do Estado. 
 
II. Correta. As agências reguladoras, de fato, criam regras e normas que podem gerar custos para 
as unidades reguladas e, portanto, podem afetar tanto interesses privados quanto públicos. 
 
III. Incorreta. Embora as agências reguladoras sejam autarquias de regime especial e possuam uma 
certa independência técnica, a afirmação de que são "subordinadas hierarquicamente ao ente 
estatal que a criou" não é completamente precisa. As agências possuem uma autonomia em 
relação ao ente que as criou, embora existam mecanismos de controle e supervisão. 
Com isso, a análise fica assim: 
 
I: Correta 
II: Correta 
III: Incorreta 
Portanto, a resposta correta é B) I e II, apenas. 
Gabarito: B 
 
26. (FGV – CAMARA DE FORTALEZA – 2024) 
As agências reguladoras são estruturas criadas pela Administração Pública destinadas a fiscalizar 
a execução de setores estratégicos e serviços públicos transferidos para a iniciativa privada. 
Com relação às agências reguladoras, é correto afirmar que 
A) seus dirigentes devem possuir estabilidade no cargo, dependendo de aprovação legislativa 
prévia para a sua investidura. 
B) seus funcionários devem seguir o regime de trabalho celetista, ainda que sejam contratados por 
meio de concurso público. 
C) devido ao vínculo de subordinação ao ministério instituidor, não gozam de autonomia 
administrativa ou financeira. 
D) devem ser previamente qualificadas pelo chefe do Poder Executivo, por meio de contrato de 
gestão, podendo, a qualquer tempo, perder a qualificação por irregularidades. 
E) são criadas por decreto presidencial, sendo regidas por normas do direito privado, em função 
possuírem personalidade jurídica própria. 
 
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Comentários: 
A questão exige conhecimento sobre a denominada autonomia administrativa. No caso, a 
assertiva correta é a letra A que informa sobre a estabilidade com aprovação, por exemplo, do 
Senado Federal. 
Gabarito: A 
 
27. (FGV – CAMARA DOS DEPUTADOS – 2024) 
Em matéria de organização administrativa da administração pública federal, considere as 
informações abaixo: 
A pessoa jurídica Alfa desenvolve atividade típica de estado, foi criada por lei, lhe sendo 
conferidos poderes normativos, seus dirigentes possuem mandato certo, possui privilégios 
processuais e fiscais; 
A pessoa jurídica Beta é sociedade limitada, teve sua criação autorizada por lei, possui capital 
unicamente público e explora atividade econômica, em regime não concorrencial. 
A pessoa jurídica Gama, sociedade anônima, teve sua criação autorizada por lei, possui capital 
misto, com a maioria do capital votante nas mãos do poder público e presta serviço público 
mediante delegação estatal. 
A pessoa jurídica Delta foi criada por lei e celebrou contrato de gestão com o Ministério supervisor, 
adquirindo vantagens especiais e, em troca, se comprometendo a cumprir plano de reestruturação 
definido no próprio contrato de gestão para se tornar mais eficiente. 
 
Nesse sentido, é possível dizer que as pessoas jurídicas acima mencionadas são respectivamente: 
A) agência reguladora, empresa pública, sociedade de economia mista e agência executiva; 
B) empresa pública, agência reguladora, agência executiva e sociedade de economia mista; 
C) sociedade de economia mista, agência executiva, empresa púbica e agência reguladora; 
D) agência reguladora, agência executiva, sociedade de economia mista e empresa pública; 
E) organização da sociedade civil, autarquia profissional, empresa pública e sociedade de 
economia mista. 
Comentários: 
Visando o aprendizado do aluno, vamos à análise pormenorizada de cada uma das assertivas: 
(i) A pessoa jurídicaAlfa desenvolve atividade típica de estado, foi criada por lei, lhe sendo 
conferidos poderes normativos, seus dirigentes possuem mandato certo, possui privilégios 
processuais e fiscais; 
 
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Pois bem, alunos, a primeira assertiva citou as características das agências reguladoras que, 
conforme dispõe o art. 3º da Lei n. 13.848/19, são autarquias criadas sob o regime 
especial "caracterizada pela ausência de tutela ou de subordinação hierárquica, pela autonomia 
funcional, decisória, administrativa e financeira e pela investidura a termo de seus 
dirigentes e estabilidade durante os mandatos [...]". 
 
Em regra, as agências reguladoras possuem as seguintes funções: a) edição de normas; b) 
implementação concreta das referidas normas; c) fiscalização do cumprimento das normas; d) 
Aplicação de sanções; e e) Solução de conflitos. 
(ii) A pessoa jurídica Beta é sociedade limitada, teve sua criação autorizada por lei, possui capital 
unicamente público e explora atividade econômica, em regime não concorrencial. 
As informações trazidas pela assertiva nos remete ao conceito de empresa pública que, segundo 
dispõe o art. 3º da Lei n. 13.303/2016 pode ser definida como sendo "a entidade dotada 
de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio 
próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal 
ou pelos Municípios." 
(iii) A pessoa jurídica Gama, sociedade anônima, teve sua criação autorizada por lei, possui capital 
misto, com a maioria do capital votante nas mãos do poder público e presta serviço público 
mediante delegação estatal. 
Por sua vez, a pessoa jurídica Gama é uma sociedade de economia mista, que possui definição 
legal prevista no art. 4º da Lei n. 13.303/16, veja: 
 
"Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito 
privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com 
direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios 
ou a entidade da administração indireta." 
(iv) A pessoa jurídica Delta foi criada por lei e celebrou contrato de gestão com o Ministério 
supervisor, adquirindo vantagens especiais e, em troca, se comprometendo a cumprir plano de 
reestruturação definido no próprio contrato de gestão para se tornar mais eficiente. 
Por fim, a assertiva IV trouxe as características das agências executivas, que, assim como as 
agências reguladoras, não são uma nova espécie de entidade pública, mas, sim, espécies de 
autarquia ou fundação pública sob regime especial. 
Conforme assinalou a alternativa, o objetivo da qualificação jurídica das autarquias e fundações 
públicas como agência executiva é conferir maior autonomia gerencial, orçamentária e financeira a 
essas entidades. Em contrapartida, as entidades qualificadas se submetem a um regime 
de controle sobre metas de desempenho e prazos. 
 
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Assim, podemos concluir que está correta a alternativa que prevê as entidades na seguinte 
ordem: (i) agências reguladoras; (ii) empresas públicas; (iii) sociedades de economia mista; e (iv) 
agências executivas. 
Ante o exposto, o gabarito é "A". 
Gabarito: A 
 
28. (FGV – CAMARA DOS DEPUTADOS – 2024) 
A Nova Lei das Agências Reguladoras e a Lei da Liberdade Econômica preveem que as propostas 
de edição e de alteração de atos normativos de interesse geral de agentes econômicos, 
consumidores ou usuários de serviços prestados devem ser precedidas da realização de 
A) AIR. 
B) EIA. 
C) RIMA. 
D) EIA/RIMA 
E) EVTE. 
Comentários: 
Nos termos da Lei 13.848/19, quanto ao processo decisório das agências reguladoras: 
Art. 6º A adoção e as propostas de alteração de atos normativos de interesse geral dos agentes 
econômicos, consumidores ou usuários dos serviços prestados serão, nos termos de 
regulamento, precedidas da realização de Análise de Impacto Regulatório (AIR), que conterá 
informações e dados sobre os possíveis efeitos do ato normativo. 
Portanto, a alternativa correta é a letra A. 
Gabarito: A 
29. (FGV – SENADO FEDERAL – 2022) 
Imagine que a Agência Reguladora Federal Alfa foi cooptada pelo setor empresarial regulado, 
diante do forte poderio econômico das empresas atuantes no mercado. Assim, a Agência Alfa 
acabou por abandonar a atuação imparcial e técnica que deveria ter e passou a operar em 
benefício dos próprios regulados, servindo de instrumento para proteção e benefício de interesses 
setoriais que deveriam ser fiscalizados. 
Essa situação hipotética é tratada pela doutrina de Direito Administrativo como teoria 
A) dos motivos determinantes 
B) do risco administrativo. 
C) da captura. 
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D) da aparência. 
E) do fato consumado. 
Comentários: 
A teoria da captura é a captura da regulação pelos regulados, com a satisfação dos interesses dos 
grupos econômicos regulados em detrimento dos consumidores. Vejamos: 
“A forte autonomia e a concentração de poderes nas agências reguladoras colocam em risco a 
sua legitimidade democrática e a sua compatibilidade com o princípio da separação de poderes. 
Há o risco potencial de captura dos interesses (teoria da captura) pelos grupos economicamente 
mais fortes e politicamente mais influentes, em detrimento de consumidores e usuários de serviços 
públicos regulados”. (OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Curso de Direito Administrativo. 9. ed. 
Rio de Janeiro: Método, 2021. P. 223) 
Logo, a alternativa está correta. 
Gabarito: C 
 
30. (FGV – CAMARA DE TAUBATE – 2024) 
Suponha que determinado município sofra com problemas no fornecimento de água, seja por 
problemas de qualidade ou por interrupções recorrentes, e avalie como necessária a existência 
de uma entidade reguladora para fiscalizar esse serviço público no âmbito municipal. 
Com base no exposto, assinale a opção que apresenta corretamente as informações sobre essa 
intenção do município. 
A) É possível que o Poder Executivo qualifique agência executiva municipal como agência 
reguladora. 
B) Apenas com decreto da União poderá ser autorizada a criação de Agência Reguladora Federal 
para essa função. 
C) Não é viável a criação de agência reguladora além das previstas na Constituição Federal de 
1988. 
D) A criação ou manutenção da existência de qualquer agência reguladora é vedado, pois violaria 
o princípio supremacia do interesse público . 
E) O próprio município pode criar agência reguladora por meio de lei específica. 
Comentários: 
GABARITO: ALTERNATIVA E. 
A questão pede o conhecimento sobre agência reguladora. 
 
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Agência reguladora "é entidade da Administração Indireta, em regra autarquia de regime 
especial, com a função de regular a matéria que se insere em sua esfera de 
competência, outorgada por lei". 
Analisando as alternativas, temos que: 
A alternativa a está errada, porque as agências reguladoras são criadas por lei, não podendo 
haver qualificação. 
A alternativa b está errada, as agências reguladoras nos âmbitos federal, estadual e municipal 
ão criadas por lei e não por decreto. 
A alternativa c está errada, pois restringiu a criação da agências reguladora, e é sabido 
que existindo lei pode ser criada agência reguladora para executar atividades típicas da 
Administração Pública,que requeiram para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e 
financeira. 
A alternativa d está errada, a criação ou manutenção de agência reguladora não é vedado e não 
viola o princípio da supremacia do interesse público, até porque ela tem como 
função fiscalizar, reprimir, aplicar sanções e impor outras limitações administrativas à empresas 
privadas que prestam serviços públicos. 
A alternativa e está certa, a agência reguladora é criada por lei. Agência reguladora "é entidade 
da Administração Indireta, em regra autarquia de regime especial, com a função de regular a 
matéria que se insere em sua esfera de competência, outorgada por lei". 
Logo, gabarito alternativa e. 
Gabarito: E 
 
31. (FGV – TJGO – 2024) 
No processo de modernização da Administração Pública brasileira, marcado pela adoção de uma 
concepção neoliberal de política econômica voltada à redução do aparato estatal, a crescente 
transferência à iniciativa privada de atividades até então exercidas pelo Estado fez surgir a 
necessidade de fiscalização e controle das pessoas privadas que assumiam a incumbência da 
prestação de serviços públicos, em regra sob a forma de concessão ou permissão. Com inspiração 
no modelo norte-americano de regulação econômica e social, atribuiu-se às chamadas agências 
reguladoras o papel precípuo de controle da prestação de serviços públicos e do exercício de 
atividades econômicas, de modo a adequar a atuação desses atores privados aos fins colimados 
pela Administração, notadamente a proteção do consumidor. 
Dentre as peculiaridades das agências reguladoras, a doutrina especializada costuma destacar a 
natureza jurídica de: 
A) autarquia sob regime especial e a gestão por dirigentes estáveis exercentes de mandatos fixos 
que asseguram certa independência em relação ao governo, além do poder normativo, 
consistente na edição de normas técnicas que ostentam status legal; 
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B) empresa pública sob regime especial e a gestão por dirigentes titulares de cargos efetivos que 
asseguram certa independência em relação ao governo, além do poder normativo, consistente na 
competência para regulamentar as leis que disciplinam o respectivo setor; 
C) autarquia sob regime especial e a gestão por dirigentes titulares de cargos efetivos que 
asseguram certa independência em relação ao governo, além do poder normativo, consistente na 
competência para regulamentar as leis que disciplinam o respectivo setor; 
D) autarquia sob regime especial e a gestão por dirigentes estáveis exercentes de mandatos fixos 
que asseguram certa independência em relação ao governo, além do poder normativo, 
consistente na edição de normas técnicas capazes de integrar a legislação aplicável ao setor, sem 
criar ou extinguir direitos e obrigações; 
E) órgão público sob regime especial e a gestão por dirigentes exercentes de funções de confiança 
que garantem o alinhamento às diretrizes do Poder Executivo, além do poder normativo, 
consistente na edição de normas técnicas capazes de integrar a legislação aplicável ao setor, sem 
criar ou extinguir direitos e obrigações. 
Comentários: 
Trata-se do conceito de agência reguladora, ou seja, autarquia sob regime especial e a gestão por 
dirigentes estáveis exercentes de mandatos fixos que asseguram certa independência em relação 
ao governo, além do poder normativo, consistente na edição de normas técnicas capazes de 
integrar a legislação aplicável ao setor, sem criar ou extinguir direitos e obrigações 
Gabarito: D 
 
32. (FGV – SEFAZBA – 2022) 
As agências reguladoras têm como características a autonomia funcional, decisória, financeira e 
administrativa. Apesar das prerrogativas previstas em lei, elas devem seguir algumas regras 
específicas. 
Assinale a opção que indica uma dessas regras. 
A) A elaboração de plano estratégico bienal, em consonância com as diretrizes decorrentes da 
subordinação hierárquica perante o ministério supervisor. 
B) A contratação de dirigentes por meio de procedimento idôneo e formal, respeitada arguição 
pública no Senado Federal, além de mandato fixo destituível apenas por condenação judicial 
transitada em julgado. 
C) A adoção de práticas de gestão de riscos e controles internos, bem como elaboração de 
programa de integridade visando o combate a fraudes e atos de corrupção. 
D) A qualificação como agência reguladora recebida por ministro da justiça, por ato vinculado, 
desde que apresentado plano de reestruturação e desenvolvimento para a melhoria da gestão. 
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E) O estabelecimento de conselho fiscal e administração com composição paritária, constituído 
por agentes públicos e membros da sociedade civil, vedada remuneração. 
Comentários: 
De acordo com a Lei nº 13.848/2019, as agências reguladoras deverão adotar práticas de gestão 
de riscos e controles internos, bem como elaboração de programa de integridade visando o 
combate a fraudes e atos de corrupção. Vejamos: 
“Art. 2º. § 3º As agências reguladoras devem adotar práticas de gestão de riscos e de controle 
interno e elaborar e divulgar programa de integridade, com o objetivo de promover a adoção de 
medidas e ações institucionais destinadas à prevenção, à detecção, à punição e à remediação de 
fraudes e atos de corrupção”. 
Logo, a alternativa está correta. 
Gabarito: C 
33. (FGV – CGU – 2021) 
Pedro é presidente de associação nacional representativa de interesses trabalhistas ligados às 
atividades reguladas pela agência reguladora federal Alfa. Em razão de seu positivo destaque na 
defesa da categoria que representa, surgiu a possibilidade de Pedro ser indicado para a Diretoria 
Colegiada da agência reguladora federal Alfa. 
Consoante dispõe a Lei nº 9.986/2000 e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é: 
A) vedada a indicação de Pedro para o cargo pretendido, por expressa previsão legal, que é 
constitucional e visa prestigiar a atuação independente e tecnicamente justificada da Diretoria 
Colegiada imparcial, sendo os impedimentos previstos pelo legislador destinados à 
impessoalidade da gestão; 
B) permitida a indicação de Pedro para o cargo pretendido, haja vista que a expressa previsão 
legal que veda a indicação é inconstitucional por violar o direito fundamental do livre exercício de 
qualquer trabalho, ofício ou profissão, implicando discriminação flagrantemente inconstitucional; 
C) permitida a indicação de Pedro para o cargo pretendido, haja vista que a expressa previsão 
legal que veda a indicação é inconstitucional por violar o direito fundamental no sentido de que é 
plena a liberdade de associação para fins lícitos, implicando discriminação flagrantemente 
inconstitucional; 
D) permitida a indicação de Pedro para o cargo pretendido, haja vista que a expressa previsão 
legal que veda a indicação é inconstitucional por violar a garantia fundamental do servidor público 
civil ao direito à livre associação sindical, implicando discriminação flagrantemente 
inconstitucional; 
E) vedada a indicação de Pedro para o cargo pretendido, por analogia ao impedimento dos 
membros da Diretoria Colegiada de exercerem atividade ou de prestarem qualquer serviço no 
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setor regulado pela respectiva agência, por período de 12 meses, contados da exoneração ou do 
término de seus mandatos. 
Comentários: 
GABARITO: LETRA A. 
Consoante dispõe a Lei nº 9.986/2000 e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é vedada 
a indicação de Pedro para o cargo pretendido, por expressa previsão legal, que é constitucional 
e visaprestigiar a atuação independente e tecnicamente justificada da Diretoria Colegiada 
imparcial, sendo os impedimentos previstos pelo legislador destinados à impessoalidade da 
gestão: 
Lei 9.986/00 
Art. 8º-A. É vedada a indicação para o Conselho Diretor ou a Diretoria Colegiada: (Incluído pela 
Lei nº 13.848, de 2019) Vigência (...) 
III - de pessoa que exerça cargo em organização sindical; (Incluído pela Lei nº 13.848, de 2019) 
Vigência (...). 
Sobre o tema, entende o STF: 
A regulação tem como objetivo promover o interesse público, atingindo seu objetivo quando 
veicula um processo político eficiente acompanhado de atuação de agências reguladoras também 
eficientes. A atuação independente e tecnicamente justificada deve ser realizada por um Conselho 
Diretor ou Diretoria Colegiada imparcial, sendo os impedimentos previstos pelo legislador 
destinados à impessoalidade da gestão. A exigência de preenchimento de certos requisitos para 
a ocupação de cargos públicos, quando devidamente justificada e por meio legal, não implica 
discriminação inconstitucional. No caso, há a justificativa racional de preservar a atuação técnica e 
impessoal das agências. 
[ADI 6.276, rel. min. Edson Fachin, j. 20-9-2021, P, DJE de 27-9-2021.] 
Portanto, correta a alternativa A. 
 
Gabarito: A 
34. (FGV – TCU – 2021) 
As agências reguladoras foram criadas a partir do Programa Nacional de Desestatização, para 
fiscalizar, regular e normatizar a prestação de serviços públicos transferidos à iniciativa privada, 
na forma da lei, com intenção de reduzir gastos e buscar maior eficiência na execução de tais 
atividades. 
Nesse contexto, no plano federal, imagine-se a hipotética Agência Nacional Alfa, que, por ser uma 
agência reguladora, de acordo com a legislação de regência, em matéria de 
organização administrativa, se classifica como: 
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A) autarquia em regime especial, que é caracterizada pela ausência de tutela ou de subordinação 
hierárquica, pela autonomia funcional, decisória, administrativa e financeira e pela investidura a 
termo de seus dirigentes e estabilidade durante os mandatos, sendo certo que seu controle 
externo é exercido pelo Congresso Nacional, com auxílio do Tribunal de Contas da União; 
B) autarquia em regime especial, que é caracterizada pela existência de tutela ou de subordinação 
hierárquica, pela autonomia funcional, decisória e administrativa, bem como pela vinculação 
orçamentária e financeira junto à Administração direta, sendo certo que seu controle externo 
é exercido por meio de supervisão ministerial, com auxílio do Tribunal de Contas da União; 
C) autarquia territorial nacional, que é caracterizada pela existência de tutela ou de subordinação 
hierárquica, pela autonomia funcional, decisória e administrativa, pela vinculação orçamentária e 
financeira junto à Administração direta, sendo certo que seu controle externo é exercido por meio 
de supervisão ministerial, com auxílio da Controladoria Geral da União; 
D) fundação pública de direito privado, que ostenta personalidade jurídica de direito privado e 
executa atividades regulatórias de interesse social, com tutela e subordinação hierárquica, 
autonomia funcional, decisória e administrativa, sendo certo que seu controle externo é exercido 
por meio do Ministério Público Federal, mediante o velamento de fundações; 
E) empresa estatal, que ostenta personalidade jurídica de direito privado e executa atividades 
regulatórias de interesse social, com ausência de tutela ou de subordinação hierárquica, possuindo 
autonomia funcional, decisória e administrativa, sendo certo que seu controle externo é 
feito diretamente pelos usuários do serviço e pela sociedade civil, mediante o controle social, 
exercido com auxílio da Defensoria Pública da União. 
Comentários: 
GABARITO: LETRA A. 
A questão aborda a natureza jurídica das Agências Reguladoras, em especial a Lei Federal nº 
13.848/2019. 
Primeiramente, diz o parágrafo único do artigo 2º da Lei: 
Art. 2º Consideram-se agências reguladoras, para os fins desta Lei e para os fins da Lei nº 9.986, 
de 18 de julho de 2000: 
(...) 
Parágrafo único. Ressalvado o que dispuser a legislação específica, aplica-se o disposto nesta Lei 
às autarquias especiais caracterizadas, nos termos desta Lei, como agências reguladoras e criadas 
a partir de sua vigência. 
 
A Lei continua no seu artigo 3º: 
 
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Art. 3º A natureza especial conferida à agência reguladora é caracterizada pela ausência de tutela 
ou de subordinação hierárquica, pela autonomia funcional, decisória, administrativa e financeira e 
pela investidura a termo de seus dirigentes e estabilidade durante os mandatos, bem como pelas 
demais disposições constantes desta Lei ou de leis específicas voltadas à sua implementação. 
 
Por fim, destaca-se o artigo 14: 
 
Art. 14. O controle externo das agências reguladoras será exercido pelo Congresso Nacional, 
com auxílio do Tribunal de Contas da União. 
 
Nota-se que a banca basicamente juntou os três trechos da lei, parafraseando-os na alternativa A, 
que, por isso, é o gabarito! 
 
Gabarito: A 
 
35. (FGV – CAMARA ARACAJU – 2021) 
Com relação às agências reguladoras, analise as afirmativas a seguir. 
I. Atuam com independência do Poder Executivo. 
II. São autarquias com regime jurídico especial. 
III. Exercem funções de regulação, fiscalização e controle. 
Está correto somente o que se afirma em: 
A) I; 
B) III; 
C) I e II; 
D) I e III; 
E) II e III. 
Comentários: 
Trata-se das características das autarquias em regime especial, no caso as agências reguladoras 
regidas pela Lei 13.848/2019. 
A alternativa correta, segundo a Banca Examinadora é a D. A alternativa III foi considerada 
incorreta em razão da função de controle. 
Gabarito: D 
 
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36. FGV – PREF BA – 2019 4000122235 
No que concerne às Agências Reguladoras, importantes entidades criadas para fiscalizar e regular 
serviços de determinados setores econômicos, assinale a afirmativa incorreta. 
A) As agências devem ter necessariamente personalidade jurídica de direito público, dotadas de 
independência administrativa e autonomia financeira. 
B) Seus dirigentes devem possuir mandatos fixos, sendo estritamente vedada a possibilidade de 
exoneração ad nutum. 
C) As agências são autarquias ou fundações públicas que celebraram contrato de gestão com o 
Poder Público. 
D) Seus atos não podem ser revistos ou alterados pelo Poder Executivo, apenas pelo Judiciário, 
devendo, no entanto, agir conforme suas finalidades específicas. 
E) As agências podem existir tanto em âmbito federal quanto estadual e municipal, desde que 
criadas por lei. 
Comentários: 
Alternativa C. 
Segundo o art. 51 da Lei Federal nº 9.649/98, autarquias e fundações que celebraram contrato de 
gestão com o Poder Público são as agências executivas, e não reguladoras: 
Art. 51. O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou fundação 
que tenha cumprido os seguintes requisitos: 
 
I - ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento; 
 
II - ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor. 
 
Gabarito: C 
37. FGV – PREF NITEROI – 2021 
No processo de reestruturação do Estado, ocorrido no século passado, alguns serviços que eram 
exercidos pela administração pública foram transferidos para o setor privado. Com o intuito de 
regular essas atividades, objetivando garantir um padrão de qualidade, foramcriadas as agências 
reguladoras para essa função. 
Em relação a essas agências e ao seu funcionamento, assinale a afirmativa correta. 
A) Possuem uma função meramente consultiva, não possuindo qualquer poder normativo. 
B) São dependentes e subordinadas ao Poder Legislativo, atuando em consonância com suas 
orientações. 
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C) São instituídas por meio de contratos de gestão, podendo perder a qualificação caso ajam em 
desacordo com as normas previstas. 
D) Podem receber esse status apenas as autarquias enquadradas como agências executivas. 
E) Podem ser criadas no âmbito das três esferas do governo. 
Comentários: 
A questão abordará o tema das Agências Reguladoras. 
Tema importantíssimo no estudo de Organização da Administração Pública. 
Antes de analisarmos cada assertiva, vamos fazer uma breve revisão de introdução sobre este 
tema. 
O histórico de surgimento das Agências Reguladoras é do final da década de 90 com o Plano 
Nacional de Desestatização. Trata-se de tipo de Autarquia de Regime Especial. Gozam de 
algumas prerrogativas especiais que as autarquias comuns não possuem, como caso do poder de 
normatizar e regulamentar setores econômicos das atividades que irão regular. 
As Agências Reguladoras podem ser criadas por lei por QUALQUER ente federativo. 
Alguns Estados e Municípios podem ter suas Agências Reguladoras para regulamentar serviços 
locais que foram delegados para os particulares, como transporte e telecomunicações. 
Gabarito: E 
 
38. (FGV – PREF NITEROI – 2021) 
Leia a notícia a seguir. 
“As empresas aéreas já podem cobrar uma taxa extra aos passageiros que quiserem despachar 
suas bagagens. Após uma polêmica intensa na Justiça, no dia 29 de abril, a 10ª Vara da Justiça 
Federal do Ceará derrubou a liminar que impedia a cobrança. Com a nova resolução da Agência 
Nacional de Aviação Civil (ANAC) em vigor, além de outras alterações, as companhias poderão 
cobrar uma taxa extra dos passageiros que quiserem despachar suas bagagens.” 
Esse tipo de ação realizada pela ANAC, é resultado do modelo de Estado regulador, atualmente 
vigente no pais. A atuação da ANAC no caso acima, é um exemplo de 
A) ação liberalizante. 
B) intervenção indireta. 
C) avocação funcional. 
D) ação centralizadora. 
E) avocação subjetiva. 
 
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Comentários: 
GABARITO: ALTERNATIVA "B". 
A questão requer do aluno o conhecimento acerca da atuação do Estado no domínio econômico 
e atuação das agências reguladoras. 
Nesse sentido, dispõe os arts. 173 e 174, ambos da CRFB: 
"Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade 
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança 
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na 
forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para 
o setor público e indicativo para o setor privado." 
Com efeito, infere-se dos dispositivos supra que o Estado, ora atua como Estado executor (art. 
173) e, nesse caso, trata-se de INTERVENÇÃO DIRETA na ordem econômica, pois o Estado 
vai explorar diretamente a atividades econômicas em regime de livre concorrência, ora atua 
como Estado regulador (art. 174), INTERFERINDO INDIRETAMENTE no mercado, mediante ações 
fiscalizadoras, reguladoras, mediante a criação de normas de atuação, repressão do abuso de 
poder econômico, dentre outras funções. 
É nesse contexto que surgem as agências reguladoras, atuando ao lado do Estado em sua função 
regulatória, como forma de intervenção indireta no domínio econômico. 
Sobre os demais instrumentos citados, vejamos um breve conceito: 
Uma ação liberalizante nos remete ao Estado Liberal de Direito ou Estado Abstencionista, que 
prevaleceu a partir do final do século XVIII. Ao Estado não caberia a interferência nem a regulação 
da economia, limitando-se, em sua atividade, à função de observador da organização processada 
pelos indivíduos. 
Já a avocação funcional e subjetiva, no âmbito administrativo, está prevista no art. 15 da Lei n. 
9.784/99 (Lei do processo administrativo federal) que dispõe que: "será permitida, em caráter 
excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de 
Competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior." 
Por fim, a ação centralizadora ou centralização administrativa consiste na execução das tarefas 
administrativas pelo próprio Estado, por meio de órgãos internos integrantes da Administração 
direta. 
Ante o exposto, o gabarito é "B". 
Gabarito: B 
 
 
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39. (FGV – ALERO – 2018) 
As agências reguladoras são entidades criadas pelo Estado com a finalidade de regular 
determinados setores da economia, visando assegurar o interesse público. 
Em relação aos dirigentes das Agências Reguladoras Federais, tem-se o entendimento de que 
A) são servidores efetivos em cargo de confiança. 
B) devem ser escolhidos pelo Presidente da República. 
C) são indicados pelo colegiado de servidores do órgão. 
D) podem ser exonerados ad nutun por ministros. 
E) adquirem vitaliciedade após dois anos de exercício. 
Comentários: 
Trata-se de uma das características das agências reguladoras em que a escolha dos dirigentes se 
dá pelo Presidente da República após aprovação do Senado Federal 
Gabarito: B 
 
40. (FGV – SSPAM – 2015) 
Integra a Administração Pública Direta e exerce, de forma centralizada, atividade administrativa 
do Estado, uma: 
A) autarquia, que presta serviço público de guarda municipal para proteção de bens, serviços e 
instalações municipais; 
B) fundação pública, que presta serviço público de segurança e inteligência de pessoas e bens, no 
âmbito do Estado; 
C) empresa pública, que presta serviço relacionado à atividade econômica e o lucro é repassado 
ao poder público; 
D) delegacia de polícia civil, que presta serviço público de apuração de infrações penais; 
E) empresa concessionária de serviço, que presta serviço de transporte público coletivo 
intermunicipal. 
Comentários: 
A Administração indireta ou descentralizada é formada pelas entidades administrativas, ou seja, 
pelas autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. 
 
As Delegacias são órgãos integrantes da Administração Direta. 
Gabarito: D 
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LISTA DE QUESTÕES 
 
1. (FGV - SENADO – 2022) 2022 Imagine que a Agência Reguladora Federal Alfa foi cooptada 
pelo setor empresarial regulado, diante do forte poderio econômico das empresas atuantes no 
mercado. Assim, a Agência Alfa acabou por abandonar a atuação imparcial e técnica que deveria 
ter e passou a operar em benefício dos próprios regulados, servindo de instrumento para proteção 
e benefício de interesses setoriais que deveriam ser fiscalizados. 
Essa situação hipotética é tratada pela doutrina de Direito Administrativo como teoria 
a) dos motivos determinantes. 
b) do risco administrativo. 
c) da captura.d) da aparência. 
e) do fato consumado. 
 
2. (FGV - SEFAZ BA – 2021) As agências reguladoras têm como características a autonomia 
funcional, decisória, financeira e administrativa. Apesar das prerrogativas previstas em lei, elas 
devem seguir algumas regras específicas. 
Assinale a opção que indica uma dessas regras. 
a) A elaboração de plano estratégico bienal, em consonância com as diretrizes decorrentes da 
subordinação hierárquica perante o ministério supervisor. 
b) A contratação de dirigentes por meio de procedimento idôneo e formal, respeitada arguição 
pública no Senado Federal, além de mandato fixo destituível apenas por condenação judicial 
transitada em julgado. 
c) A adoção de práticas de gestão de riscos e controles internos, bem como elaboração de 
programa de integridade visando o combate a fraudes e atos de corrupção. 
d) A qualificação como agência reguladora recebida por ministro da justiça, por ato vinculado, 
desde que apresentado plano de reestruturação e desenvolvimento para a melhoria da gestão. 
e) O estabelecimento de conselho fiscal e administração com composição paritária, constituído 
por agentes públicos e membros da sociedade civil, vedada remuneração. 
 
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3. (FGV – TCU – 2021) As agências reguladoras foram criadas a partir do Programa Nacional de 
Desestatização, para fiscalizar, regular e normatizar a prestação de serviços públicos transferidos 
à iniciativa privada, na forma da lei, com intenção de reduzir gastos e buscar maior eficiência na 
execução de tais atividades. 
Nesse contexto, no plano federal, imagine-se a hipotética Agência Nacional Alfa, que, por ser uma 
agência reguladora, de acordo com a legislação de regência, em matéria de organização 
administrativa, se classifica como: 
a) autarquia em regime especial, que é caracterizada pela ausência de tutela ou de subordinação 
hierárquica, pela autonomia funcional, decisória, administrativa e financeira e pela investidura a 
termo de seus dirigentes e estabilidade durante os mandatos, sendo certo que seu controle 
externo é exercido pelo Congresso Nacional, com auxílio do Tribunal de Contas da União; 
b) autarquia em regime especial, que é caracterizada pela existência de tutela ou de subordinação 
hierárquica, pela autonomia funcional, decisória e administrativa, bem como pela vinculação 
orçamentária e financeira junto à 
c) autarquia territorial nacional, que é caracterizada pela existência de tutela ou de subordinação 
hierárquica, pela autonomia funcional, decisória e administrativa, pela vinculação orçamentária e 
financeira junto à Administração direta, sendo certo que seu controle externo é exercido por meio 
de supervisão ministerial, com auxílio da Controladoria Geral da União; 
d) fundação pública de direito privado, que ostenta personalidade jurídica de direito privado e 
executa atividades regulatórias de interesse social, com tutela e subordinação hierárquica, 
autonomia funcional, decisória e administrativa, sendo certo que seu controle externo é exercido 
por meio do Ministério Público Federal, mediante o velamento de fundações; 
e) empresa estatal, que ostenta personalidade jurídica de direito privado e executa atividades 
regulatórias de interesse social, com ausência de tutela ou de subordinação hierárquica, possuindo 
autonomia funcional, decisória e administrativa, sendo certo que seu controle externo é feito 
diretamente pelos usuários do serviço e pela sociedade civil, mediante o controle social, exercido 
com auxílio da Defensoria Pública da União. 
 
4. (Prefeitura Municipal de Salvador – FGV – 2019) No que concerne às Agências Reguladoras, 
importantes entidades criadas para fiscalizar e regular serviços de determinados setores 
econômicos, assinale a afirmativa incorreta. 
a) As agências devem ter necessariamente personalidade jurídica de direito público, dotadas de 
independência administrativa e autonomia financeira. 
b) Seus dirigentes devem possuir mandatos fixos, sendo estritamente vedada a possibilidade de 
exoneração ad nutum. 
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c) As agências são autarquias ou fundações públicas que celebraram contrato de gestão com o 
Poder Público. 
d) Seus atos não podem ser revistos ou alterados pelo Poder Executivo, apenas pelo Judiciário, 
devendo, no entanto, agir conforme suas finalidades específicas. 
e) As agências podem existir tanto em âmbito federal quanto estadual e municipal, desde que 
criadas por lei. 
5. (Prefeitura Municipal de Niterói – FGV – 2018) No processo de reestruturação do Estado, 
ocorrido no século passado, alguns serviços que eram exercidos pela administração pública foram 
transferidos para o setor privado. Com o intuito de regular essas atividades, objetivando garantir 
um padrão de qualidade, foram criadas as agências reguladoras para essa função. 
Em relação a essas agências e ao seu funcionamento, assinale a afirmativa correta. 
a) Possuem uma função meramente consultiva, não possuindo qualquer poder normativo. 
b) São dependentes e subordinadas ao Poder Legislativo, atuando em consonância com suas 
orientações. 
c) São instituídas por meio de contratos de gestão, podendo perder a qualificação caso ajam em 
desacordo com as normas previstas. 
d) Podem receber esse status apenas as autarquias enquadradas como agências executivas. 
e) Podem ser criadas no âmbito das três esferas do governo. 
 
6. (MP-AL – FGV – 2018) As agências reguladoras são entidades criadas com o objetivo de fiscalizar 
e regular atividades de serviços público delegados à empresas privadas. 
Acerca da forma de criação das agências reguladoras, é correto afirmar que são criadas por 
a) descentralização. 
b) desconcentração. 
c) por permissão. 
d) por autorização. 
e) por concessão. 
 
7. (TJBA – FGV – 2014) Município e Estado, por meio de suas equipes técnicas das áreas de defesa 
do consumidor e de meio ambiente, realizaram fiscalização conjunta em determinado posto de 
combustível. As equipes verificaram a existência de diversas irregularidades, como danos 
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ambientais por contaminação do solo, em razão de vazamento de óleo diesel, e danos ao 
consumidor por exposição à venda de combustível adulterado. Observado o devido processo 
legal, foram aplicadas as sanções administrativas cabíveis e comunicado o fato aos órgãos 
competentes para as demais providências legais. O poder administrativo que viabilizou a 
fiscalização em tela é o poder: 
a) normativo; 
b) disciplinar; 
c) regulador; 
d) sancionador; 
e) de polícia. 
 
8. (TJAM – FGV – 2013) A administração pública possui dentro de sua estrutura várias pessoas 
jurídicas que se sujeitam a diferentes regimes jurídicos. 
Assinale a alternativa que contém uma pessoa jurídica de direito privado integrante da 
administração pública. 
a) Corporações públicas. 
b) Empresas públicas. 
c) Agências reguladoras. 
d) Autarquia fundacional. 
e) Autarquias de regime especial. 
 
9. (SENADO FEDERAL – FGV – 2008) Assinale a afirmativa incorreta. 
a) Empresas públicas são entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado. 
b) As agências reguladoras foram criadas sob a forma de autarquias de regime especial. 
c) Os Ministérios são órgãos públicos e, portanto, destituídos de personalidade jurídica. 
d) Municípios não podem instituir sociedades de economia mista. 
e) Os processos que envolvam sociedades de economia mista federais são processados e julgados, 
em regra, na Justiça Estadual. 
 
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10. (PC – RO – CEBRASPE – 2022) Em relação a sua natureza jurídica, as agências reguladoras 
classificam-se como: 
a) órgãos da administração direta. 
b) fundações públicas. 
c) autarquias estaduais. 
d) fundações privadas. 
e) autarquias em regime especial. 
 
11. (TCEPB – 2022- CEBRASPE) Julgue o item que se segue, a respeito de temas contemporâneos 
da gestão pública brasileira. 
Agências reguladoras são exemplos de fundações públicas de direito privado. 
Certo. 
Errado. 
 
12. (SEFAZ-CE – 2021 – CEBRASPE) legislação pertinente e o entendimento do Supremo Tribunal 
Federal. 
As agências reguladoras exercem o poder normativo em ampla delegação do Poder Legislativo, 
podendo, no exercício dos seus misteres, inovar na ordem jurídica, criando direitos e obrigações 
para o setor regulado. 
Certo. 
Errado. 
 
13. (MPAP – CEBRASPE – 2021) Assinale a opção que apresenta autarquias especiais que são 
criadas por lei de iniciativa do chefe do Poder Executivo, cujos diretores por ele são nomeados 
após aprovação, em regra, pelo Poder Legislativo e que realizam, entre outras, as funções de 
fiscalização de serviços públicos concedidos à iniciativa privada. 
a) agências executivas 
b) fundações públicas 
c) fundações autárquicas 
d) agências reguladoras 
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e) consórcios públicos 
 
14. (CGE-CE – CEBRASPE – 2021) No Brasil, as agências reguladoras desenvolvem, entre outras, 
a atividade de impor limitações administrativas previstas em lei, além de fiscalizar e, se necessário, 
repreender atividades que sejam consideradas incompatíveis com o bem-estar social. Tais 
atribuições das agências reguladoras são exemplos de 
a) fomento a atividades privadas. 
b) uso do poder de polícia. 
c) fiscalização de atividades econômicas. 
d) normatização para exercício de atividade. 
e) concessão de serviços públicos. 
 
15. (SEFAZ-RS – CEBRASPE - 2021) As agências reguladoras possuem 
a) poder normativo técnico, que consiste na possibilidade de editar atos regulamentares, desde 
que não criem obrigação nova. 
b) autonomia decisória, com a possibilidade de recursos hierárquicos próprios e impróprios. 
c) independência administrativa, mas são submetidas a supervisão ministerial. 
d) responsabilidade civil subjetiva com culpa presumida. 
e) regime especial de autarquias, mas também podem constituir-se em fundações de direito 
público. 
 
16. Questão Inédita. Os bens públicos das agências reguladoras possuem os atributos da 
imprescritibilidade, impenhorabilidade e inalienabilidade. 
Certo. 
Errado. 
 
17. Questão Inédita. Dentro da organização administrativa brasileira, notamos a existência das 
agências reguladoras. Elas são definidas como autarquias em regime especial, uma vez que, além 
de possuírem todas as características das autarquias, possuem algumas particularidades em seu 
regime jurídico. Sobre essas entidades, assinale a alternativa correta: 
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a) A Constituição Federal de 1988 não faz alusão a nenhum órgão regulador equiparável às 
agências reguladoras atualmente existentes. 
b) A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é um exemplo de agência reguladora. 
c) Uma de suas particularidades diz respeito aos dirigentes, que possuem mandatos fixos. 
d) As agências reguladoras não têm autonomia decisória e funcional, já que estão sujeitas à 
supervisão ministerial. 
e) Não há agências reguladoras que exercem poder de polícia, mas apenas aquelas que fiscalizam 
e disciplinam os serviços públicos concedidos. 
 
18. Questão Inédita. Uma agência reguladora, buscando completar a regulamentação legal, emitiu 
ato disciplinando normas de caráter eminentemente técnico sobre questões específicas de sua 
área de regulação. Com base nessa situação, podemos afirmar que o ato é: 
a) ilegal, visto que somente o Chefe do Executivo pode dispor sobre o assunto. 
b) legal, sendo exemplo de um decreto regulamentar. 
c) ilegal, pois a Constituição Federal exige a edição de lei para tratar do assunto. 
d) legal, sendo aplicação do poder de polícia. 
e) legal, constituindo-se em regulamento autorizado. 
 
19. (ALSP – VUNESP – 2022) A respeito das Agências Reguladoras, de acordo com a legislação e 
a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, assinale a alternativa correta. 
a) As propostas de alteração de atos normativos de interesse geral dos agentes econômicos 
poderão ser precedidas da realização de Análise de Impacto Regulatório, cujos requisitos mínimos 
devem estar previstos na lei que instituiu a respectiva agência reguladora. 
b) A agência reguladora deverá implementar, em cada biênio, plano de comunicação voltado à 
divulgação, com caráter informativo e educativo, de suas atividades e dos direitos dos usuários 
perante a agência reguladora e as empresas que compõem o setor regulado. 
c) O movimento de constituição de agências reguladoras, no Brasil, deu-se no mesmo contexto 
histórico de formação das agências reguladoras norte-americanas, pois, em ambos os casos, a 
criação dessas entidades se deu com o objetivo de ampliar o controle do Estado sobre o domínio 
econômico. 
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d) Em matérias de ordem técnica, o Poder Judiciário possui um dever de deferência em relação 
às decisões técnicas adotadas por entidades reguladoras. 
e) Os reajustes tarifários, definidos por agências reguladoras, devem ter como limite os índices 
oficiais de inflação. 
 
20. (CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPO LIMPO – VUNESP – 2018) Com o Programa Nacional de 
Desestatização e com o objetivo de reduzir o déficit público, passou-se à iniciativa privada 
atividades que eram dispendiosas para o Estado, transferindo a prestação de serviços a entidades 
privadas, com a intenção de reduzir gastos e buscar uma maior eficiência na execução das 
atividades, criando-se então, as 
a) autarquias profissionais. 
b) autarquias territoriais. 
c) fundações públicas. 
d) empresas públicas. 
e) agências reguladoras. 
 
21. (CÂMARA MUNICIPAL DE DE ITAQUAQUECETUBA (SP)– VUNESP – 2018) Assinale a 
alternativa correta a respeito das agências reguladoras. 
a) Possuem personalidade jurídica de direito privado. 
b) São entidades integrantes da Administração Pública Direta, vinculadas aos Ministérios Federais. 
c) Podem ser criadas em âmbitos Estadual e Federal, exceto Municipal. 
d) Seus dirigentes ocupam cargo em comissão por prazo indeterminado. 
e) A elas é atribuído o poder de arbitragem para compor conflitos que ocorram na sua esfera de 
atuação. 
 
22. (TJ (SP)– VUNESP – 2017) Sobre as agências reguladoras, é correto afirmar: 
a) embora possuam natureza jurídica de autarquia, são dotadas de regime especial, consistente 
em alto grau de autonomia, mandado fixo e estabilidade de seus dirigentes e poder de regulação 
mediante a edição de normas gerais e abstratas de natureza infralegal, em matérias de suas 
competências, e subordinada ao princípio da legalidade. 
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b) possuem natureza jurídica de autarquia – o que impõe criação e extinção por lei – e 
desenvolvem, sob regime jurídico de direito público, atividades próprias do Estado e com certa 
autonomia em relação à administração central, não diferindo, portanto, de suas congêneres. 
c) por sua conformaçãoconstitucional distinta, não se subordinam ao modelo das autarquias, uma 
vez que possuem alto grau de autonomia que se expressa no mandato fixo e estabilidade de seus 
dirigentes e, no poder normativo, com possibilidade de inovar na ordem jurídica com edição de 
normas abstratas e gerais nas matérias de suas competências. 
d) são dotadas de autonomia administrativa e financeira e hierárquica em relação à Administração 
Direta, como os demais entes autárquicos, mas dotadas de regime especial que se expressa na 
previsão de mandatos fixos e estabilidade de seus dirigentes. 
 
23. (CAMARA MUNICIPAL DE SUMARE VUNESP – 2017) 
Suponha-se que o Prefeito de Sumaré submeta à Câmara Municipal projeto de lei visando instituir 
uma agência reguladora cuja competência seja fiscalizar os serviços prestados por concessionárias 
de serviços públicos no âmbito da Municipalidade. O Presidente da Câmara, buscando obter 
subsídios para os debates do projeto na Casa, convida Procurador da Câmara para discutir o 
assunto. Considerando o instituto das agências reguladoras no sistema brasileiro, é correto o 
Procurador afirmar que 
a) a lei pode atribuir a competência para a agência resolver conflito entre os atores do setor 
regulado. 
b) a agência deverá se submeter ao controle hierárquico do Poder Executivo, em respeito ao 
princípio democrático. 
c) a agência somente pode ser constituída caso haja expressa permissão no texto da Lei Orgânica. 
d) é vedada a instituição de taxas regulatórias em favor da agência, uma vez que a sua autonomia 
acentuada em face do Poder Executivo não é recomendável. 
e) as agências adotam, no Brasil, a estrutura de pessoas jurídicas de direito privado ante a 
necessidade de flexibilidade para regular os setores. 
 
 
 
 
 
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24. (TRT PARANÁ - FCC – 2022) Ausência de tutela ou de subordinação hierárquica, autonomia 
funcional, decisória, administrativa e financeira, investidura a termo de seus dirigentes e 
estabilidade durante os mandatos. 
A descrição acima corresponde às características legais das 
a) empresas públicas. 
b) fundações governamentais de direito privado. 
c) agências executivas. 
d) sociedades de economia mista. 
e) agências reguladoras. 
25. (FGV – EPE – 2024) 
A regulação econômica consiste na atuação indireta do Estado na economia, por meio de atos 
jurídico‐públicos, traduzida na supervisão, orientação e fiscalização dos agentes econômicos dos 
setores público, privado e cooperativo, de modo a garantir o equilíbrio do mercado e evitar 
impactos socialmente negativos na coletividade. 
Sobre as agências reguladoras, analise as afirmativas a seguir 
I. As agências reguladoras surgiram com o propósito de monitorar as atividades do setor privado 
no exercício de serviços públicos, sendo órgãos imprescindíveis no processo de descentralização 
patrocinado pelo Estado. 
II. As agências reguladoras produzem regras e normas que imputam custos às unidades reguladas, 
atraindo, complementando ou contrariando interesses privados e públicos. 
III. A agência reguladora é uma autarquia de regime especial criada por lei, com estrutura 
colegiada, caracterizada pelo poder de normatização dos serviços públicos apresentando uma 
maior independência técnica. A agência reguladora é subordinada hierarquicamente ao ente 
estatal que a criou, o qual exerce controle legal de correção finalística. 
Está correto o que se afirma em 
A) I, apenas. 
B) I e II, apenas. 
C) I e III, apenas. 
D) II e III, apenas. 
E) I, II e III. 
 
 
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26. (FGV – CAMARA DE FORTALEZA – 2024) 
As agências reguladoras são estruturas criadas pela Administração Pública destinadas a fiscalizar 
a execução de setores estratégicos e serviços públicos transferidos para a iniciativa privada. 
Com relação às agências reguladoras, é correto afirmar que 
A) seus dirigentes devem possuir estabilidade no cargo, dependendo de aprovação legislativa 
prévia para a sua investidura. 
B) seus funcionários devem seguir o regime de trabalho celetista, ainda que sejam contratados por 
meio de concurso público. 
C) devido ao vínculo de subordinação ao ministério instituidor, não gozam de autonomia 
administrativa ou financeira. 
D) devem ser previamente qualificadas pelo chefe do Poder Executivo, por meio de contrato de 
gestão, podendo, a qualquer tempo, perder a qualificação por irregularidades. 
E) são criadas por decreto presidencial, sendo regidas por normas do direito privado, em função 
possuírem personalidade jurídica própria. 
 
27. (FGV – CAMARA DOS DEPUTADOS – 2024) 
Em matéria de organização administrativa da administração pública federal, considere as 
informações abaixo: 
A pessoa jurídica Alfa desenvolve atividade típica de estado, foi criada por lei, lhe sendo 
conferidos poderes normativos, seus dirigentes possuem mandato certo, possui privilégios 
processuais e fiscais; 
A pessoa jurídica Beta é sociedade limitada, teve sua criação autorizada por lei, possui capital 
unicamente público e explora atividade econômica, em regime não concorrencial. 
A pessoa jurídica Gama, sociedade anônima, teve sua criação autorizada por lei, possui capital 
misto, com a maioria do capital votante nas mãos do poder público e presta serviço público 
mediante delegação estatal. 
A pessoa jurídica Delta foi criada por lei e celebrou contrato de gestão com o Ministério supervisor, 
adquirindo vantagens especiais e, em troca, se comprometendo a cumprir plano de reestruturação 
definido no próprio contrato de gestão para se tornar mais eficiente. 
 
Nesse sentido, é possível dizer que as pessoas jurídicas acima mencionadas são respectivamente: 
A) agência reguladora, empresa pública, sociedade de economia mista e agência executiva; 
B) empresa pública, agência reguladora, agência executiva e sociedade de economia mista; 
C) sociedade de economia mista, agência executiva, empresa púbica e agência reguladora; 
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D) agência reguladora, agência executiva, sociedade de economia mista e empresa pública; 
E) organização da sociedade civil, autarquia profissional, empresa pública e sociedade de 
economia mista. 
28. (FGV – CAMARA DOS DEPUTADOS – 2024) 
A Nova Lei das Agências Reguladoras e a Lei da Liberdade Econômica preveem que as propostas 
de edição e de alteração de atos normativos de interesse geral de agentes econômicos, 
consumidores ou usuários de serviços prestados devem ser precedidas da realização de 
A) AIR. 
B) EIA. 
C) RIMA. 
D) EIA/RIMA 
E) EVTE. 
29. (FGV – SENADO FEDERAL – 2022) 
Imagine que a Agência Reguladora Federal Alfa foi cooptada pelo setor empresarial regulado, 
diante do forte poderio econômico das empresas atuantes no mercado. Assim, a Agência Alfa 
acabou por abandonar a atuação imparcial e técnica que deveria ter e passou a operar em 
benefício dos próprios regulados, servindo de instrumento para proteção e benefício de interesses 
setoriais que deveriam ser fiscalizados. 
Essa situação hipotética é tratada pela doutrina de Direito Administrativo como teoria 
A) dos motivos determinantes 
B) do risco administrativo. 
C) da captura. 
D) da aparência. 
E) do fato consumado. 
30. (FGV – CAMARA DE TAUBATE – 2024) 
Suponha que determinado município sofra com problemas no fornecimento de água, seja por 
problemas de qualidade ou por interrupções recorrentes, e avalie como necessária a existência 
de uma entidade reguladora para fiscalizar esse serviço público no âmbito municipal. 
Com base no exposto, assinale a opção queapresenta corretamente as informações sobre essa 
intenção do município. 
A) É possível que o Poder Executivo qualifique agência executiva municipal como agência 
reguladora. 
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B) Apenas com decreto da União poderá ser autorizada a criação de Agência Reguladora Federal 
para essa função. 
C) Não é viável a criação de agência reguladora além das previstas na Constituição Federal de 
1988. 
D) A criação ou manutenção da existência de qualquer agência reguladora é vedado, pois violaria 
o princípio supremacia do interesse público . 
E) O próprio município pode criar agência reguladora por meio de lei específica. 
31. (FGV – TJGO – 2024) 
No processo de modernização da Administração Pública brasileira, marcado pela adoção de uma 
concepção neoliberal de política econômica voltada à redução do aparato estatal, a crescente 
transferência à iniciativa privada de atividades até então exercidas pelo Estado fez surgir a 
necessidade de fiscalização e controle das pessoas privadas que assumiam a incumbência da 
prestação de serviços públicos, em regra sob a forma de concessão ou permissão. Com inspiração 
no modelo norte-americano de regulação econômica e social, atribuiu-se às chamadas agências 
reguladoras o papel precípuo de controle da prestação de serviços públicos e do exercício de 
atividades econômicas, de modo a adequar a atuação desses atores privados aos fins colimados 
pela Administração, notadamente a proteção do consumidor. 
Dentre as peculiaridades das agências reguladoras, a doutrina especializada costuma destacar a 
natureza jurídica de: 
A) autarquia sob regime especial e a gestão por dirigentes estáveis exercentes de mandatos fixos 
que asseguram certa independência em relação ao governo, além do poder normativo, 
consistente na edição de normas técnicas que ostentam status legal; 
B) empresa pública sob regime especial e a gestão por dirigentes titulares de cargos efetivos que 
asseguram certa independência em relação ao governo, além do poder normativo, consistente na 
competência para regulamentar as leis que disciplinam o respectivo setor; 
C) autarquia sob regime especial e a gestão por dirigentes titulares de cargos efetivos que 
asseguram certa independência em relação ao governo, além do poder normativo, consistente na 
competência para regulamentar as leis que disciplinam o respectivo setor; 
D) autarquia sob regime especial e a gestão por dirigentes estáveis exercentes de mandatos fixos 
que asseguram certa independência em relação ao governo, além do poder normativo, 
consistente na edição de normas técnicas capazes de integrar a legislação aplicável ao setor, sem 
criar ou extinguir direitos e obrigações; 
E) órgão público sob regime especial e a gestão por dirigentes exercentes de funções de confiança 
que garantem o alinhamento às diretrizes do Poder Executivo, além do poder normativo, 
consistente na edição de normas técnicas capazes de integrar a legislação aplicável ao setor, sem 
criar ou extinguir direitos e obrigações. 
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32. (FGV – SEFAZBA – 2022) 
As agências reguladoras têm como características a autonomia funcional, decisória, financeira e 
administrativa. Apesar das prerrogativas previstas em lei, elas devem seguir algumas regras 
específicas. 
Assinale a opção que indica uma dessas regras. 
A) A elaboração de plano estratégico bienal, em consonância com as diretrizes decorrentes da 
subordinação hierárquica perante o ministério supervisor. 
B) A contratação de dirigentes por meio de procedimento idôneo e formal, respeitada arguição 
pública no Senado Federal, além de mandato fixo destituível apenas por condenação judicial 
transitada em julgado. 
C) A adoção de práticas de gestão de riscos e controles internos, bem como elaboração de 
programa de integridade visando o combate a fraudes e atos de corrupção. 
D) A qualificação como agência reguladora recebida por ministro da justiça, por ato vinculado, 
desde que apresentado plano de reestruturação e desenvolvimento para a melhoria da gestão. 
E) O estabelecimento de conselho fiscal e administração com composição paritária, constituído 
por agentes públicos e membros da sociedade civil, vedada remuneração. 
33. (FGV – CGU – 2021) 
Pedro é presidente de associação nacional representativa de interesses trabalhistas ligados às 
atividades reguladas pela agência reguladora federal Alfa. Em razão de seu positivo destaque na 
defesa da categoria que representa, surgiu a possibilidade de Pedro ser indicado para a Diretoria 
Colegiada da agência reguladora federal Alfa. 
Consoante dispõe a Lei nº 9.986/2000 e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é: 
A) vedada a indicação de Pedro para o cargo pretendido, por expressa previsão legal, que é 
constitucional e visa prestigiar a atuação independente e tecnicamente justificada da Diretoria 
Colegiada imparcial, sendo os impedimentos previstos pelo legislador destinados à 
impessoalidade da gestão; 
B) permitida a indicação de Pedro para o cargo pretendido, haja vista que a expressa previsão 
legal que veda a indicação é inconstitucional por violar o direito fundamental do livre exercício de 
qualquer trabalho, ofício ou profissão, implicando discriminação flagrantemente inconstitucional; 
C) permitida a indicação de Pedro para o cargo pretendido, haja vista que a expressa previsão 
legal que veda a indicação é inconstitucional por violar o direito fundamental no sentido de que é 
plena a liberdade de associação para fins lícitos, implicando discriminação flagrantemente 
inconstitucional; 
D) permitida a indicação de Pedro para o cargo pretendido, haja vista que a expressa previsão 
legal que veda a indicação é inconstitucional por violar a garantia fundamental do servidor público 
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civil ao direito à livre associação sindical, implicando discriminação flagrantemente 
inconstitucional; 
E) vedada a indicação de Pedro para o cargo pretendido, por analogia ao impedimento dos 
membros da Diretoria Colegiada de exercerem atividade ou de prestarem qualquer serviço no 
setor regulado pela respectiva agência, por período de 12 meses, contados da exoneração ou do 
término de seus mandatos. 
34. (FGV – TCU – 2021) 
As agências reguladoras foram criadas a partir do Programa Nacional de Desestatização, para 
fiscalizar, regular e normatizar a prestação de serviços públicos transferidos à iniciativa privada, 
na forma da lei, com intenção de reduzir gastos e buscar maior eficiência na execução de tais 
atividades. 
Nesse contexto, no plano federal, imagine-se a hipotética Agência Nacional Alfa, que, por ser uma 
agência reguladora, de acordo com a legislação de regência, em matéria de 
organização administrativa, se classifica como: 
A) autarquia em regime especial, que é caracterizada pela ausência de tutela ou de subordinação 
hierárquica, pela autonomia funcional, decisória, administrativa e financeira e pela investidura a 
termo de seus dirigentes e estabilidade durante os mandatos, sendo certo que seu controle 
externo é exercido pelo Congresso Nacional, com auxílio do Tribunal de Contas da União; 
B) autarquia em regime especial, que é caracterizada pela existência de tutela ou de subordinação 
hierárquica, pela autonomia funcional, decisória e administrativa, bem como pela vinculação 
orçamentária e financeira junto à Administração direta, sendo certo que seu controle externo 
é exercido por meio de supervisão ministerial, com auxílio do Tribunal de Contas da União; 
C) autarquia territorial nacional,que é caracterizada pela existência de tutela ou de subordinação 
hierárquica, pela autonomia funcional, decisória e administrativa, pela vinculação orçamentária e 
financeira junto à Administração direta, sendo certo que seu controle externo é exercido por meio 
de supervisão ministerial, com auxílio da Controladoria Geral da União; 
D) fundação pública de direito privado, que ostenta personalidade jurídica de direito privado e 
executa atividades regulatórias de interesse social, com tutela e subordinação hierárquica, 
autonomia funcional, decisória e administrativa, sendo certo que seu controle externo é exercido 
por meio do Ministério Público Federal, mediante o velamento de fundações; 
E) empresa estatal, que ostenta personalidade jurídica de direito privado e executa atividades 
regulatórias de interesse social, com ausência de tutela ou de subordinação hierárquica, possuindo 
autonomia funcional, decisória e administrativa, sendo certo que seu controle externo é 
feito diretamente pelos usuários do serviço e pela sociedade civil, mediante o controle social, 
exercido com auxílio da Defensoria Pública da União. 
35. (FGV – CAMARA ARACAJU – 2021) 
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Com relação às agências reguladoras, analise as afirmativas a seguir. 
I. Atuam com independência do Poder Executivo. 
II. São autarquias com regime jurídico especial. 
III. Exercem funções de regulação, fiscalização e controle. 
Está correto somente o que se afirma em: 
A) I; 
B) III; 
C) I e II; 
D) I e III; 
E) II e III. 
36. FGV – PREF BA – 2019 4000122235 
No que concerne às Agências Reguladoras, importantes entidades criadas para fiscalizar e regular 
serviços de determinados setores econômicos, assinale a afirmativa incorreta. 
A) As agências devem ter necessariamente personalidade jurídica de direito público, dotadas de 
independência administrativa e autonomia financeira. 
B) Seus dirigentes devem possuir mandatos fixos, sendo estritamente vedada a possibilidade de 
exoneração ad nutum. 
C) As agências são autarquias ou fundações públicas que celebraram contrato de gestão com o 
Poder Público. 
D) Seus atos não podem ser revistos ou alterados pelo Poder Executivo, apenas pelo Judiciário, 
devendo, no entanto, agir conforme suas finalidades específicas. 
E) As agências podem existir tanto em âmbito federal quanto estadual e municipal, desde que 
criadas por lei. 
37. FGV – PREF NITEROI – 2021 
No processo de reestruturação do Estado, ocorrido no século passado, alguns serviços que eram 
exercidos pela administração pública foram transferidos para o setor privado. Com o intuito de 
regular essas atividades, objetivando garantir um padrão de qualidade, foram criadas as agências 
reguladoras para essa função. 
Em relação a essas agências e ao seu funcionamento, assinale a afirmativa correta. 
A) Possuem uma função meramente consultiva, não possuindo qualquer poder normativo. 
B) São dependentes e subordinadas ao Poder Legislativo, atuando em consonância com suas 
orientações. 
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C) São instituídas por meio de contratos de gestão, podendo perder a qualificação caso ajam em 
desacordo com as normas previstas. 
D) Podem receber esse status apenas as autarquias enquadradas como agências executivas. 
E) Podem ser criadas no âmbito das três esferas do governo. 
38. (FGV – PREF NITEROI – 2021) 
Leia a notícia a seguir. 
“As empresas aéreas já podem cobrar uma taxa extra aos passageiros que quiserem despachar 
suas bagagens. Após uma polêmica intensa na Justiça, no dia 29 de abril, a 10ª Vara da Justiça 
Federal do Ceará derrubou a liminar que impedia a cobrança. Com a nova resolução da Agência 
Nacional de Aviação Civil (ANAC) em vigor, além de outras alterações, as companhias poderão 
cobrar uma taxa extra dos passageiros que quiserem despachar suas bagagens.” 
Esse tipo de ação realizada pela ANAC, é resultado do modelo de Estado regulador, atualmente 
vigente no pais. A atuação da ANAC no caso acima, é um exemplo de 
A) ação liberalizante. 
B) intervenção indireta. 
C) avocação funcional. 
D) ação centralizadora. 
E) avocação subjetiva. 
 
 
39. (FGV – ALERO – 2018) 
As agências reguladoras são entidades criadas pelo Estado com a finalidade de regular 
determinados setores da economia, visando assegurar o interesse público. 
Em relação aos dirigentes das Agências Reguladoras Federais, tem-se o entendimento de que 
A) são servidores efetivos em cargo de confiança. 
B) devem ser escolhidos pelo Presidente da República. 
C) são indicados pelo colegiado de servidores do órgão. 
D) podem ser exonerados ad nutun por ministros. 
E) adquirem vitaliciedade após dois anos de exercício. 
40. (FGV – SSPAM – 2015) 
Integra a Administração Pública Direta e exerce, de forma centralizada, atividade administrativa 
do Estado, uma: 
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A) autarquia, que presta serviço público de guarda municipal para proteção de bens, serviços e 
instalações municipais; 
B) fundação pública, que presta serviço público de segurança e inteligência de pessoas e bens, no 
âmbito do Estado; 
C) empresa pública, que presta serviço relacionado à atividade econômica e o lucro é repassado 
ao poder público; 
D) delegacia de polícia civil, que presta serviço público de apuração de infrações penais; 
E) empresa concessionária de serviço, que presta serviço de transporte público coletivo 
intermunicipal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
 
1. C 
2. C 
3. A 
4. C 
5. E 
6. A 
7. E 
8. B 
9. D 
10. E 
11. ERRADO 
12. ERRADO 
13. D 
14. B 
15. C 
16. C 
17. C 
18. E 
19. D 
20. E 
21. E 
22. A 
23. A 
24.E 
25. B 
26. A 
27. A 
28. A 
29. C 
30. E 
31. D 
32. C 
33. A 
34. A 
35. D 
36. C 
37. E 
38. B 
39. B 
40. D
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
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CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 34ª Ed. São Paulo: Atlas: 
2020 
 
FIGUEIREDO, Leonardo Vizeu. Direito Econômico. 11. Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2021. 
 
KEYNES, John Maynard. Teoria Geral do emprego, juro e da moeda. São Paulo: Atlas, 1982 
 
MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. Curso de Direito Administrativo. 12ª. ED. Rio de Janeiro: 
Forense, 2022 
 
SMITH, ADAM. A riqueza das nações, investigação sobre sua natureza e causas. São Paulo: Abril, 
1983 
 
SOUTO, Marcos Juruena Vilela. Desestatização, privatização, concessões, permissões, 
terceirizações e regulação. 4.ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2001 
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CNU (Bloco 9 - Nível Intermediário - Regulação) Regulação e Agências Reguladoras - 2025 (Pós-Edital)
www.estrategiaconcursos.com.brsão identificados uma grande quantidade de “contratos” estabelecidos 
entre os diversos agentes, de maneira formal, como o estabelecido entre credores e 
administradores, ou tácitos, como a relação entre a administração da empresa e a auditoria. 
Sempre que as partes – principal e agentes – atuem no sentido de maximizar suas utilidades 
pessoais, tem-se um potencial problema de conflito de agentes. O agente dificilmente irá atender 
plenamente ao interesse do principal. 
Em relação a teoria econômica da regulação temos um verdadeiro ramo da economia que estuda 
como o governo regula mercados e atividades econômicas. Trata-se das razões para que haja 
intervenção do Estado na economia através de sua atividade típica como a edição de normas para 
regular um nicho da economia. Trata-se então da principal teoria que justifica a atuação do estado 
na atividade regulatória. 
 
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Vejamos como aparece em prova: 
 
 
(FGV – CAMARA – 2023) - Pela Teoria da Agência, um Diretor Financeiro de uma 
sociedade empresária constituída por ações e com fins lucrativos poderia atuar em 
desacordo com os interesses dos acionistas. 
No entanto, quando os Diretores Financeiros de uma sociedade empresária atuam 
alinhados aos interesses dos donos da empresa, eles devem buscar, acima de tudo 
a) maximizar o lucro do ano corrente. 
b) maximizar a riqueza dos acionistas. 
c) maximizar o patrimônio líquido contábil. 
d) minimizar o custo total de propriedade. 
e) minimizar o custo fixo. 
Comentários: 
Para resolução dessa questão é necessário lembrar que o objetivo da administração 
financeira é maximizar a riqueza dos acionistas da empresa. 
E qual a função do administrador? O administrador financeiro é o principal 
responsável pela criação de valor e pela mitigação de riscos e, para isso, se envolve nos 
negócios como um todo. 
Gabarito: B 
 
(FGV – TRT – 2023) - Conforme sintetizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em 
seu referencial básico da governança, a governança pública compreende mecanismos 
postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a atuação da gestão, com vistas 
à condução de políticas públicas de interesse da sociedade. 
Nesse contexto, evidencia-se como um dos objetivos da governança tratar 
adequadamente, no âmbito da Administração Pública, do problema conhecido como 
conflito principal-agente, que se relaciona com 
a) o risco de os representantes eleitos pelo sociedade agirem de acordo com interesses 
próprios e contrários aos do povo, detentor original dos poderes. 
b) a possibilidade de programas com orientação bottom-up inviabilizarem a 
participação social. 
c) a limitação de recursos disponibilizados para as políticas públicas de âmbito 
municipal, especialmente por causa da escassez arrecadatória. 
d) a capacidade de a assimetria de informações ser aumentada em decorrência do 
excesso de transparência das instituições públicas. 
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e) o óbice à negociação independente, por intermediários afetados por externalidades, 
por medo ou excesso de custos de transação. 
Comentários: 
A questão pede o conhecimento da Teoria da Agência, especificamente do conflito 
principal- agente. 
Perceba que conforme trouxemos em aula a Teoria da agência estabelece "um sistema 
de compensação, quando um ator principal estabelece um contrato que motive 
o agente a agir conforme interesse do principal". Logo, a única alternativa correta é a 
letra A, a qual traz um exemplo de conflito principal-agente: quando os cidadãos 
(principal) delegam o poder político aos governantes (agentes) e esses comecem a agir 
buscando o interesse próprio, esquecendo do interesse do principal (povo). 
A alternativa b está errada, pois a orientação bottom-up se refere a abordagens que 
começam na base, envolvendo a participação da sociedade na tomada de decisões, não 
estando relacionada diretamente o conflito principal-agente. 
A alternativa c está errada, pois traz um desafio orçamentário e da governança, mas 
não é o conflito principal-agente. 
A alternativa d está errada, não diz respeito ao conflito principal-agente, vale salientar 
que a transparência é uma boa prática da governança. 
A alternativa e está errada, porque refere-se a questões de custos de transação e 
externalidades, que são conceitos diferentes do conflito principal-agente. 
Gabarito: A 
 
(CEBRASPE – TCDF– 2023) - O conceito de governança se fortaleceu na década de 90 
do século passado, nos Estados Unidos da América, para o enfrentamento do chamado 
conflito de agência ou conflito agente-principal. Acerca desse assunto, julgue o item a 
seguir. 
A despeito de o conceito de governança ter surgido no âmbito da administração 
corporativa, é perfeitamente possível aplica-lo à administração pública, entendendo-se 
o conflito agente-principal como o conflito entre os gestores de determinado órgão 
(agente) e a autoridade máxima desse órgão (principal). 
Certo. 
Errado. 
Comentários: 
A questão pede o conhecimento da Teoria da Agência, especificamente do conflito 
principal- agente, conforme inclusive a questão anterior. 
Perceba que conforme trouxemos em aula a Teoria da agência estabelece "um sistema 
de compensação, quando um ator principal estabelece um contrato que motive 
o agente a agir conforme interesse do principal". 
Gabarito: ERRADA 
 
 
 
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AGÊNCIAS REGULADORAS 
Histórico, conceito, características, funções e controle 
Iniciando o tema, vale destacar que o Estado ao intervir na economia com função tipicamente 
regulatória, o faz via agências reguladoras, ou seja, autarquias componentes da administração 
indireta, com personalidade jurídica de direito público, estando sujeitas a um regime especial a 
que a elas é inerente, com vinculação ao ministério competente da atividade, tão somente para 
fins organizacionais. Não há, aqui, subordinação hierárquica. 
O que se tem aqui é a criação por meio de lei de agências que contenham tecnicidade sobre a 
regulação em determinado setor da economia, sem prejuízo do controle, também, das atividades 
prestadas via concessão ou permissão dos serviços públicos delegados. 
No ordenamento jurídico nacional, o surgimento de tais agências se deu com a Lei de nº 8.031/90, 
posteriormente revogada pela Lei de nº 9494/97, que institui o plano nacional de desestatização. 
Explique-se. Após a Constituição Federal de 1988, determinadas atividades, por opção 
governamental, passaram a iniciativa privada sob a justificativa de melhor prestação dos serviços 
e num verdadeiro programa de retirar da máquina pública atividade que não lhe competem. 
Para tanto, era necessária uma legislação que garantisse a legalidade da desestatização almejada, 
sendo a Lei de nº 8.031/90 o marco temporal para tal acontecimento. Dois dos principais objetivos 
eram a melhor prestação da atividade transferida e a redução do déficit público à época. Veja, o 
tamanho do Estado à época era incompatível com o que pretendeu o constituinte. 
Uma das formas de se operacionalizar tais atividades foi através da privatização das empresas 
estatais. Por privatização temos uma das formas de desestatização das atividades com a alienação 
dos ativos da empresa ao setor privado transferindo integralmente o poder de controle sobre a 
companhia vendida. No entanto, não bastava apenas privatizar e o particular, de acordo com seu 
livre arbítrio, exercer a atividade, sendo necessária, conforme exigência constitucional a 
regulação. 
Nessa linha, foram aprovadas as emendas constitucionais de nº 8/1995 e 09/1995, as quaisinseriram os seguintes dispositivos na Constituição Federal: 
 
 
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Art. 21. Compete à União: 
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os 
serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos 
serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95) 
Art. 177. Constituem monopólio da União: 
§ 2º A lei a que se refere o § 1º disporá sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
9, de 1995) 
III - a estrutura e atribuições do órgão regulador do monopólio da União; 
Assim, o objetivo das emendas constitucionais foi justamente garantir ao Estado o poder 
regulatório sobre as atividades transferidas por meio da desestatização. A partir daí surgiram a 
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, pela Lei de nº 9.427/96, a Agência Nacional de 
Telecomunicações – ANATEL, pela Lei de nº 9.472/97, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
– ANVISA, pela Lei de nº 9.872/99, dentre diversas outras. 
Frise-se, por fim, que nem sempre há a nomenclatura em tais pessoas jurídicas de agência, mas 
por exercerem atividades nitidamente similares, devem, também, ser consideradas como agências 
reguladoras, como por exemplo, a Comissão de Valores Mobiliários – CVM, agência reguladora 
com função específica de regular o mercado de valores mobiliários. 
Características das Agências Reguladoras 
Ponto de crucial importância para fins de concurso público são as características das agências 
reguladoras, para após entrarmos na disciplina normativa. 
Nessa linha e trazendo o máximo de características possíveis, podemos dividi-las em: 1) 
Personalidade Jurídica; 2) Capacidade Técnica; 3) Permeabilidade; 4) Independência; 5) 
Autonomia; 6) Regime Jurídico dos Servidores; 7) Disciplina Normativa; 8) Teoria da Captura; 9) 
Doutrina Chenery. 
 
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Personalidade Jurídica 
Ponto de crucial importância para fins de concurso público é a personalidade jurídica das agências 
reguladoras. Em regra, se trata de autarquias, pessoas jurídicas de direito público, componentes 
da administração indireta. Trata-se do fenômeno da descentralização administrativa em que a 
pessoa jurídica de direito público é criada. 
Por possuírem regime jurídico especial em razão, por exemplo, do poder normativo técnico que 
lhes é conferido, sem prejuízo do microssistema legislativo que abarca tais agências, a Lei de nº 
13.848/2019, é comum a citação como autarquias em regime especial. 
Logo, para fins de prova: 
 
1) Autarquias em regime especial; 
2) Pessoas Jurídicas de Direito Público; 
3) Integrantes da Administração Indireta 
Capacidade Técnica e Permeabilidade 
Em relação a capacidade técnica, o que se tem são pessoas jurídicas com poder de editar atos 
normativos e normas técnicas que versem sobre determinado nicho da economia. A partir daí, 
surge a seguinte pergunta: A iniciativa para propor leis não foi definida especificamente pelo 
constituinte originário nos artigos da CF/88? 
A questão que é aqui colocada é o fenômeno jurídico denominado de deslegalização ou 
deslegificação, ou seja, a Lei que criou a agência reguladora lhe conferiu poderes específicos para 
edição de atos normativos técnicos em determinado ramo da economia a qual exerce a atividade 
regulatória. 
De qualquer forma, os atos normativos técnicos estão sujeitos a controle de legalidade na via 
judicial. O que deve se entender é que cabe as agências editarem atos normativos regulatórios 
gerais e técnicos e que incidam no nicho da economia a qual estão regulando. 
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Sobre a permeabilidade, o que se tem é a necessidade de abertura de diálogo entre os agentes 
econômicos regulados e a agência reguladora responsável pelo bom funcionamento do mercado 
em níveis regulatórios. Como exemplo, a Lei de nº 13.848/2019 que trata especificamente sobre 
as agências reguladoras, trouxe em seu art. 10, trouxe um exemplo do que se tem por 
permeabilidade: 
 
Art. 10. A agência reguladora, por decisão colegiada, poderá convocar audiência 
pública para formação de juízo e tomada de decisão sobre matéria considerada 
relevante. 
Independência 
Por independência, temos a impossibilidade de intervenções externas ou mesmo internas no 
exercício das atividades da agência reguladora. É que as agências reguladoras não estão 
subordinadas ao governo central, tampouco a política administrativa ou econômica ali 
estabelecida. 
A revisão de seus atos só pode se dar na via judicial, em hipótese alguma por recurso hierárquico 
ao governo central, dado a questão técnica que é decidida nas agências. Essa é a regra de ouro 
das agências reguladoras, a autonomia técnica nos atos normativos expedidos e em suas decisões. 
Frise-se que há posicionamento doutrinário admitindo o recurso hierárquico impróprio, ou seja, 
recurso de uma decisão técnica ou de um ato normativo expedido pela agência reguladora, mas 
direcionado ao governo central para revisão. No entanto, esta não é a melhor alternativa para fins 
de concurso público. 
Inclusive, a própria Lei de nº 13.848/2019 que trata sobre agências reguladoras, não trouxe 
qualquer dispositivo que garanta a modalidade de recurso hierárquico impróprio de forma a 
pacificar de certa medida a questão. 
Logo, por independência, deve-se se entender como a ausência de influências políticas externas 
nas atividades realizadas pela agência reguladora. 
 
 
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MP AL – FGV – 2018 As agências reguladoras são entidades criadas com o objetivo de 
fiscalizar e regular atividades de serviços público delegados à empresas privadas. 
Acerca da forma de criação das agências reguladoras, é correto afirmar que são criadas 
por 
a) descentralização. 
b) desconcentração. 
c) por permissão. 
d) por autorização. 
e) por concessão. 
Resposta: A 
 
Autonomia Administrativa e Poder Normativo Técnico 
A autonomia das agências não deve ser confundida como independência para tomada de 
qualquer tipo de decisão, pois não vige aqui o princípio do livre convencimento motivado, mas 
sim o princípio da legalidade. Logo, independência quer dizer a ausência de pressões externas em 
sua atividade. 
Em relação a autonomia, o que se tem é a liberalidade, respeitado o princípio da legalidade, para: 
1) decidir; 2) administrar; 3) ter recursos próprios. Logo, vamos a cada forma de autonomia. 
A primeira autonomia é a decisória, ou seja, a capacidade de decidir eventuais conflitos 
administrativos envolvendo os agentes econômicos regulados, os usuários dos serviços prestados, 
bem como de eventuais concessionários de serviço público. 
O que se está aqui a dizer é que eventuais disputas administrativas dependem de decisão técnica 
por parte da agência reguladora, respeitados os princípios administrativos, bem como as 
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condições impostas na Lei de nº 13.848/2019, as quais serão tratadas quando da disciplina 
normativa. 
Por autonomia administrativa temos a capacidade da agência de se organizar, sem prejuízo do 
fato de que seus diretores têm investidura a termo com prazo fixado em lei, sem qualquersubordinação após a nomeação. Trata-se de verdadeiros agentes administrativos que prestam 
serviço público, mas que são indicados por nomeação específica. Vejamos o art. 3º, da Lei de nº 
13.848/2019: 
 
Art. 3º A natureza especial conferida à agência reguladora é caracterizada pela ausência 
de tutela ou de subordinação hierárquica, pela autonomia funcional, decisória, 
administrativa e financeira e pela investidura a termo de seus dirigentes e estabilidade 
durante os mandatos, bem como pelas demais disposições constantes desta Lei ou de 
leis específicas voltadas à sua implementação. 
§ 1º Cada agência reguladora, bem como eventuais fundos a ela vinculados, deverá 
corresponder a um órgão setorial dos Sistemas de Planejamento e de Orçamento 
Federal, de Administração Financeira Federal, de Pessoal Civil da Administração 
Federal, de Organização e Inovação Institucional, de Administração dos Recursos de 
Tecnologia da Informação e de Serviços Gerais. 
§ 2º A autonomia administrativa da agência reguladora é caracterizada pelas seguintes 
competências: 
I - solicitar diretamente ao Ministério da Economia: 
a) autorização para a realização de concursos públicos; 
b) provimento dos cargos autorizados em lei para seu quadro de pessoal, observada a 
disponibilidade orçamentária; 
c) alterações no respectivo quadro de pessoal, fundamentadas em estudos de 
dimensionamento, bem como alterações nos planos de carreira de seus servidores 
II - conceder diárias e passagens em deslocamentos nacionais e internacionais e 
autorizar afastamentos do País a servidores da agência; 
III - celebrar contratos administrativos e prorrogar contratos em vigor relativos a 
atividades de custeio, independentemente do valor. 
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Por fim, em relação a autonomia financeira, temos a situação de que tais pessoas jurídicas possuem 
recursos próprios e dotações orçamentárias específicas para gestão de seus órgãos, valendo como 
exemplo a instituição de taxas de fiscalização ou taxas de regulação sobre os serviços prestados. 
 
 
 
Companhia Pernambucana de Saneamento – FGV- 2016 As opções a seguir apresentam 
prerrogativas das agências reguladoras, à exceção de uma. Assinale-a. 
a) Autonomia decisória. 
b) Independência administrativa. 
c) Poder normativo técnico. 
d) Autonomia econômico-financeira. 
e) Competência tributária. 
Resposta: E 
Regime Jurídico dos Servidores 
Em relação aos servidores da autarquia estes são servidores públicos que prestaram concurso 
público, com vinculação estatutária e que estão sujeitas as regras da Lei de nº 8.112/91. 
Inicialmente, havia uma discussão trazida pela Lei de nº 9986/2000, incluindo tais servidores no 
regime da consolidação das leis trabalhistas, mas que posteriormente foi revogada pela Lei de nº 
10.871/2000 a qual criou diversas carreiras específicas e organizou os respectivos quadros das 
agências reguladoras. 
Logo, atualmente, necessário o concurso público, nos termos do art. 37, II, da CF/88, para 
composição dos quadros das agências. 
Vale frisar que continuam vigentes os dispositivos da Lei de nº 9986/2000 relativos as regras para 
nomeação de diretores de agências reguladoras, com as inclusões feitas pela Lei de nº 
13.848/2019. Vamos a eles: 
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Art. 8º-A. É vedada a indicação para o Conselho Diretor ou a Diretoria Colegiada: 
(Incluído pela Lei nº 13.848, de 2019): 
I - de Ministro de Estado, Secretário de Estado, Secretário Municipal, dirigente 
estatutário de partido político e titular de mandato no Poder Legislativo de qualquer 
ente da federação, ainda que licenciados dos cargos; (Incluído pela Lei nº 13.848, de 
2019) 
II - de pessoa que tenha atuado, nos últimos 36 (trinta e seis) meses, como participante 
de estrutura decisória de partido político ou em trabalho vinculado a organização, 
estruturação e realização de campanha eleitoral; (Incluído pela Lei nº 13.848, de 2019) 
Vigência 
III - de pessoa que exerça cargo em organização sindical; (Incluído pela Lei nº 13.848, 
de 2019) Vigência 
IV - de pessoa que tenha participação, direta ou indireta, em empresa ou entidade que 
atue no setor sujeito à regulação exercida pela agência reguladora em que atuaria, ou 
que tenha matéria ou ato submetido à apreciação dessa agência reguladora; (Incluído 
pela Lei nº 13.848, de 2019) Vigência 
V - de pessoa que se enquadre nas hipóteses de inelegibilidade previstas no inciso I do 
caput do art. 1º da Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990; (Incluído pela Lei 
nº 13.848, de 2019) Vigência 
VII - de membro de conselho ou de diretoria de associação, regional ou nacional, 
representativa de interesses patronais ou trabalhistas ligados às atividades reguladas 
pela respectiva agência. (Incluído pela Lei nº 13.848, de 2019) Vigência 
Parágrafo único. A vedação prevista no inciso I do caput estende-se também aos 
parentes consanguíneos ou afins até o terceiro grau das pessoas nele mencionadas. 
(Incluído pela Lei nº 13.848, de 2019) Vigência 
 
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CGU- FGV – 2021 Pedro é presidente de associação nacional representativa de 
interesses trabalhistas ligados às atividades reguladas pela agência reguladora federal 
Alfa. Em razão de seu positivo destaque na defesa da categoria que representa, surgiu 
a possibilidade de Pedro ser indicado para a Diretoria Colegiada da agência reguladora 
federal Alfa. 
Consoante dispõe a Lei nº 9.986/2000 e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, 
é: 
a) vedada a indicação de Pedro para o cargo pretendido, por expressa previsão legal, 
que é constitucional e visa prestigiar a atuação independente e tecnicamente justificada 
da Diretoria Colegiada imparcial, sendo os impedimentos previstos pelo legislador 
destinados à impessoalidade da gestão; 
b) permitida a indicação de Pedro para o cargo pretendido, haja vista que a expressa 
previsão legal que veda a indicação é inconstitucional por violar o direito fundamental 
do livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, implicando discriminação 
flagrantemente inconstitucional; 
c) permitida a indicação de Pedro para o cargo pretendido, haja vista que a expressa 
previsão legal que veda a indicação é inconstitucional por violar o direito fundamental 
no sentido de que é plena a liberdade de associação para fins lícitos, implicando 
discriminação flagrantemente inconstitucional; 
d) permitida a indicação de Pedro para o cargo pretendido, haja vista que a expressa 
previsão legal que veda a indicação é inconstitucional por violar a garantia fundamental 
do servidor público civil ao direito à livre associação sindical, implicando discriminação 
flagrantemente inconstitucional; 
e) vedada a indicação de Pedro para o cargo pretendido, por analogia ao impedimento 
dos membros da Diretoria Colegiada de exercerem atividade ou de prestarem qualquer 
serviço no setor regulado pela respectiva agência, por período de 12 meses, contados 
da exoneração ou do término de seus mandatos. 
Resposta: A 
TCU – FGV – 2021 As agências reguladoras foram criadas a partir do Programa Nacional 
de Desestatização, para fiscalizar, regular e normatizar a prestação de serviços públicos 
transferidos à iniciativa privada, na forma da lei, com intenção de reduzir gastos e buscar 
maior eficiência na execução de tais atividades. 
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Nesse contexto, no plano federal, imagine-se a hipotética Agência Nacional Alfa, que, 
por ser uma agência reguladora, de acordo com a legislação de regência, em matéria 
de organização administrativa, se classifica como: 
a) autarquia em regime especial, que é caracterizada pela ausência de tutela ou de 
subordinação hierárquica, pela autonomia funcional, decisória, administrativa e 
financeira e pela investidura a termo de seus dirigentes e estabilidade durante os 
mandatos, sendo certo que seu controle externo é exercido pelo Congresso Nacional, 
com auxílio do Tribunal de Contas da União; 
b) autarquia em regime especial, que é caracterizada pela existência de tutela ou de 
subordinação hierárquica, pela autonomia funcional, decisória e administrativa, bem 
como pela vinculação orçamentária e financeira junto à 
c) autarquia territorial nacional, que é caracterizada pela existência de tutela ou de 
subordinação hierárquica, pela autonomia funcional, decisória e administrativa, pela 
vinculação orçamentária e financeira junto à Administração direta, sendo certo que seu 
controle externo é exercido por meio de supervisão ministerial, com auxílio da 
Controladoria Geral da União; 
d) fundação pública de direito privado, que ostenta personalidade jurídica de direito 
privado e executa atividades regulatórias de interesse social, com tutela e subordinação 
hierárquica, autonomia funcional, decisória e administrativa, sendo certo que seu 
controle externo é exercido por meio do Ministério Público Federal, mediante o 
velamento de fundações; 
e) empresa estatal, que ostenta personalidade jurídica de direito privado e executa 
atividades regulatórias de interesse social, com ausência de tutela ou de subordinação 
hierárquica, possuindo autonomia funcional, decisória e administrativa, sendo certo que 
seu controle externo é feito diretamente pelos usuários do serviço e pela sociedade 
civil, mediante o controle social, exercido com auxílio da Defensoria Pública da União. 
Resposta: A 
Câmara Municipal de Aracaju – FGV – 2021 Com relação às agências reguladoras, 
analise as afirmativas a seguir. 
I. Atuam com independência do Poder Executivo. 
II. São autarquias com regime jurídico especial. 
III. Exercem funções de regulação, fiscalização e controle. 
Está correto somente o que se afirma em: 
a) I; 
b) III; 
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c) I e II; 
d) I e III; 
e) II e III. 
Resposta: C 
✔ Resumindo 
✔ Personalidade Jurídica: Em regra, se trata de autarquias, pessoas jurídicas de 
direito público, componentes da administração indireta. 
✔ Capacidade Técnica e Permeabilidade: pessoas jurídicas com poder de editar 
atos normativos e normas técnicas que versem sobre determinado nicho da economia. 
Sobre a permeabilidade, o que se tem é a necessidade de abertura de diálogo entre os 
agentes econômicos regulados e a agência reguladora responsável pelo bom 
funcionamento do mercado em níveis regulatórios. 
✔ Independência: por independência, deve-se se entender como a ausência de 
influências políticas externas nas atividades realizadas pela agência reguladora. 
✔ Autonomia: Decisória x Administrativa x Financeira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 ÓRGÃOS REGULADORES NO BRASIL 
 
Antes de iniciarmos o edital contém uma incongruência. Em seu edital consta o seguinte ponto: 
“Órgãos reguladores no Brasil: histórico e característica das autarquias.” No entanto, 
tecnicamente não se trata de órgãos e sim de agências reguladoras, pessoas jurídicas de direito 
público. 
Trataremos agora das entidades reguladoras federais no Brasil. Perceba o seguinte, cada agência 
reguladora é criada por Lei específica para tanto, compondo a administração indireta. 
No entanto, em 2019 fora editada a Lei 13.848/2019 trazendo um microssistema que envolve 
todas as agências reguladoras e é nesse sentido que será cobrado provavelmente em sua prova. 
Em 2019, fora editada a Lei de nº 13.848/2019 que trata especificamente sobre as agências 
reguladoras, legislação que pode ser dividida da seguinte forma: 1) Normas Gerais; 2) Regras de 
processo decisório; 3) Prestação de contas e controle social; 4) Interação entre as Agências e o 
Órgão de Defesa da Concorrência; 5) Articulação das Agências e os Órgãos de defesa do meio 
ambiente e do consumidor; 6) Articulação entre as Agências; 7) Da interação entre as Agências 
Reguladoras de Diferentes Níveis Federativos 
 
O que se pretendeu com a referida legislação foi, primeiro, trazer unificação de temas 
considerando as diversas agências reguladoras existentes com leis específicas para cada qual, bem 
como conferir segurança jurídica e transparência as atividades inerentes as agências. 
Passaremos a analisar a divisão aqui sugerida. 
Normas Gerais 
Em relação as normas gerais, a lei tem por objetivo dispor sobre a gestão, a organização, o 
processo decisório e o controle social das agências reguladoras. Para tanto, inclui como agências 
reguladoras sujeitas a lei: 
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Art. 2º Consideram-se agências reguladoras, para os fins desta Lei e para os fins da Lei 
nº 9.986, de 18 de julho de 2000: 
I - a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel); 
II - a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); 
III - a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel); 
IV - a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); 
V - a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); 
VI - a Agência Nacional de Águas (ANA); 
VII - a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq); 
VIII - a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT); 
IX - a Agência Nacional do Cinema (Ancine); 
X - a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac); 
XI - a Agência Nacional de Mineração (ANM). 
Parágrafo único. Ressalvado o que dispuser a legislação específica, aplica-se o disposto 
nesta Lei às autarquias especiais caracterizadas, nos termos desta Lei, como agências 
reguladoras e criadas a partir de sua vigência. 
Chama-se atenção pelo dispositivo acima que algumas agências que não possuem tal 
nomenclatura também estariam albergadas pelos ditames da lei, bastando ter características de 
autarquias especiais previstas na legislação correlata. Ademais, possui a lei efeito pro-futuro a 
partir do momento que também se aplica a agências reguladoras que venham a ser criadas no 
futuro. Tudo bem até aí? 
A partir do dispositivo acima, surge a seguinte dúvida: quais seriam as características necessárias 
para determinada autarquia ser considerada especial? 
A fim de sanar qualquer tipo de questionamento, o próprio art. 3º, da Lei de nº 13.848/2019, já 
trouxe tal conceito: 
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Art. 3º A natureza especial conferida à agência reguladora é caracterizada pela ausência 
de tutela ou de subordinação hierárquica, pela autonomia funcional, decisória, 
administrativa e financeira e pela investidura a termo de seus dirigentes e estabilidade 
durante os mandatos, bem como pelas demais disposições constantes desta Lei ou de 
leis específicas voltadas à sua implementação. 
§ 2º A autonomia administrativa da agência reguladora é caracterizada pelas seguintes 
competências: 
I - solicitar diretamente ao Ministério da Economia: 
a) autorização para a realização de concursos públicos; 
b) provimento dos cargos autorizados em lei para seu quadro de pessoal, observadaa 
disponibilidade orçamentária; 
c) alterações no respectivo quadro de pessoal, fundamentadas em estudos de 
dimensionamento, bem como alterações nos planos de carreira de seus servidores; 
II - conceder diárias e passagens em deslocamentos nacionais e internacionais e 
autorizar afastamentos do País a servidores da agência; 
III - celebrar contratos administrativos e prorrogar contratos em vigor relativos a 
atividades de custeio, independentemente do valor. 
§ 3º As agências reguladoras devem adotar práticas de gestão de riscos e de controle 
interno e elaborar e divulgar programa de integridade, com o objetivo de promover a 
adoção de medidas e ações institucionais destinadas à prevenção, à detecção, à 
punição e à remediação de fraudes e atos de corrupção. 
Pelo texto, para ser considerada autarquia sob regime especial, necessário o preenchimento das 
seguintes características: 1) Ausência de subordinação hierárquica; 2) Autonomia em diferentes 
frentes; 3) Práticas de gestão de risco e controle interno e divulgação de programas de 
integridade. 
 
 
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Regras de Processo Decisório 
Em relação as regras de processo decisório, buscou o legislador trazer uniformidade, objetividade 
e a regra do colegiado para edição de atos normativos técnicos, sem prejuízo da análise de 
impacto regulatório já prevista na Lei de Liberdade Econômica. 
Perceba que o intuito da legislação é justamente evitar que todo e qualquer ato normativo seja 
futuramente judicializado, considerando a capacidade técnica e a melhor decisão a determinado 
nicho da economia, garantindo eficiência e bom funcionamento do mercado regulado. Busca-se 
objetividade e normas que efetivamente sejam publicadas quando realmente necessárias. Vejamos 
os arts. 4º a 6º, da Lei de nº 13.848/2019, que podem aparecer em sua prova: 
 
Art. 4º A agência reguladora deverá observar, em suas atividades, a devida adequação 
entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida 
superior àquela necessária ao atendimento do interesse público. 
 
Art. 5º A agência reguladora deverá indicar os pressupostos de fato e de direito que 
determinarem suas decisões, inclusive a respeito da edição ou não de atos normativos. 
Art. 6º A adoção e as propostas de alteração de atos normativos de interesse geral dos 
agentes econômicos, consumidores ou usuários dos serviços prestados serão, nos 
termos de regulamento, precedidas da realização de Análise de Impacto Regulatório 
(AIR), que conterá informações e dados sobre os possíveis efeitos do ato normativo. 
Ademais, todas as decisões da agência reguladora devem ser tomadas em caráter de colegiado, 
com caráter público e devidamente gravadas, corroborando a necessidade de tecnicidade da 
decisão. 
O que chama a atenção é a evolução da legislação ao prever consultas públicas no caso de 
alteração de normas técnicas já existentes ou audiência pública quando da tomada de decisões 
em matérias consideradas relevantes, sem prejuízo de outros meios de participação previstos em 
regimento interno. Vejamos: 
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Art. 9º Serão objeto de consulta pública, previamente à tomada de decisão pelo 
conselho diretor ou pela diretoria colegiada, as minutas e as propostas de alteração de 
atos normativos de interesse geral dos agentes econômicos, consumidores ou usuários 
dos serviços prestados. 
§ 1º A consulta pública é o instrumento de apoio à tomada de decisão por meio do qual 
a sociedade é consultada previamente, por meio do envio de críticas, sugestões e 
contribuições por quaisquer interessados, sobre proposta de norma regulatória 
aplicável ao setor de atuação da agência reguladora. 
Art. 10. A agência reguladora, por decisão colegiada, poderá convocar audiência 
pública para formação de juízo e tomada de decisão sobre matéria considerada 
relevante. 
§ 1º A audiência pública é o instrumento de apoio à tomada de decisão por meio do 
qual é facultada a manifestação oral por quaisquer interessados em sessão pública 
previamente destinada a debater matéria relevante. 
Art. 11. A agência reguladora poderá estabelecer, em regimento interno, outros meios 
de participação de interessados em suas decisões, diretamente ou por meio de 
organizações e associações legalmente reconhecidas, aplicando-se o § 5º do art. 9º às 
contribuições recebidas. 
Boas práticas regulatórias: Prestação de Contas, Controle 
Social, análise de impacto regulatório e agenda regulatória 
Inicialmente, como boas práticas regulatórias temos princípios, procedimentos e instrumentos 
adotados para tornar a regulação mais eficiente, transparente, participativa e baseada em 
evidências. Os principais são: prestação de contas, controle social via audiências públicas e 
consulta pública e análise de impacto regulatório, sendo a última tratada em capítulo específico. 
Quanto ao controle sobre as agências reguladoras, considerando a autonomia que lhe é atribuída, 
este será exercido pelo Congresso Nacional com auxílio do Tribunal de Contas da União. 
Ademais, estão as agências obrigadas a elaborarem relatórios e planos específicos atendendo a 
finalidade de suas atividades. Nessa linha, cabem as agências editarem relatório anual 
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circunstanciado de suas atividades, destacando o cumprimento da política do setor, definida pelos 
Poderes Legislativo e Executivo. 
Além disso, deverá editar os seguintes planos bem definidos pela legislação: 1) de comunicação; 
2) estratégico; 3) de gestão anual. Deverá, também, editar a agenda regulatória. 
A Agenda Regulatória é um instrumento de planejamento e transparência das ações normativas 
de uma agência reguladora. Trata-se de um documento público, geralmente com vigência anual, 
que lista os temas prioritários que serão objeto de análise, regulamentação, revisão ou 
aprimoramento durante aquele período. 
Vamos aos artigos correlatos na Lei de nº 13.848/2019: 
 
 
Art. 16. A agência reguladora deverá implementar, em cada exercício, plano de 
comunicação voltado à divulgação, com caráter informativo e educativo, de suas 
atividades e dos direitos dos usuários perante a agência reguladora e as empresas que 
compõem o setor regulado. 
Art. 17. A agência reguladora deverá elaborar, para cada período quadrienal, plano 
estratégico que conterá os objetivos, as metas e os resultados estratégicos esperados 
das ações da agência reguladora relativos a sua gestão e a suas competências 
regulatórias, fiscalizatórias e normativas, bem como a indicação dos fatores externos 
alheios ao controle da agência que poderão afetar significativamente o cumprimento 
do plano. 
Art. 18. O plano de gestão anual, alinhado às diretrizes estabelecidas no plano 
estratégico, será o instrumento anual do planejamento consolidado da agência 
reguladora e contemplará ações, resultados e metas relacionados aos processos 
finalísticos e de gestão. 
Art. 21. A agência reguladora implementará, no respectivo âmbito de atuação, a 
agenda regulatória, instrumento de planejamento da atividade normativa que conterá 
o conjunto dos temas prioritários a serem regulamentados pela agência durante sua 
vigência. 
§ 1º A agenda regulatória deverá ser alinhada com os objetivos do plano estratégico e 
integrará o plano de gestão anual. 
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§ 2º A agenda regulatória será aprovada pelo conselho diretorou pela diretoria 
colegiada e será disponibilizada na sede da agência e no respectivo sítio na internet 
O real objetivo da legislação é dar reforçar a legitimidade de atuação das agências reguladoras 
com a necessidade de edição de planos demonstrando transparência na gestão. 
Sobre o controle social, a Lei de nº 13.848/2019, previu a necessidade de criação de ouvidoria 
específica por parte de cada agência reguladora em que o ouvidor atuará de forma independente 
sem qualquer tipo de pressão externa. Vejamos: 
 
Art. 22. Haverá, em cada agência reguladora, 1 (um) ouvidor, que atuará sem 
subordinação hierárquica e exercerá suas atribuições sem acumulação com outras 
funções. 
§ 1º São atribuições do ouvidor: 
I - zelar pela qualidade e pela tempestividade dos serviços prestados pela agência; 
II - acompanhar o processo interno de apuração de denúncias e reclamações dos 
interessados contra a atuação da agência; 
III - elaborar relatório anual de ouvidoria sobre as atividades da agência. 
Vale dizer que a função de ouvidor depende de escolha pelo Presidente da República e por ele 
nomeado, após prévia aprovação do Senado Federal, devendo não se enquadrar nas hipóteses 
de inelegibilidade previstas no inciso I do caput do art. 1º da Lei Complementar nº 64, de 18 de 
maio de 1990, e ter notório conhecimento em administração pública ou em regulação de setores 
econômicos, ou no campo específico de atuação da agência reguladora. 
O ouvidor terá mandato de 3 (três) anos, vedada a recondução, no curso do qual somente perderá 
o cargo em caso de renúncia, condenação judicial transitada em julgado ou condenação em 
processo administrativo disciplinar. Não pode o ouvidor ter participação, direta ou indireta, em 
empresa sob regulação da respectiva agência reguladora. 
Eventual processo administrativo contra o ouvidor somente poderá ser instaurado pelo titular do 
ministério ao qual a agência está vinculada, por iniciativa de seu ministro ou do Ministro de Estado 
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da Controladoria-Geral da União, em decorrência de representação promovida pelo conselho 
diretor ou pela diretoria colegiada da respectiva agência. 
 
 
 
SEFAZ BA FGV 2022 - As agências reguladoras têm como características a autonomia 
funcional, decisória, financeira e administrativa. Apesar das prerrogativas previstas em 
lei, elas devem seguir algumas regras específicas. 
Assinale a opção que indica uma dessas regras. 
a) A elaboração de plano estratégico bienal, em consonância com as diretrizes 
decorrentes da subordinação hierárquica perante o ministério supervisor. 
b) A contratação de dirigentes por meio de procedimento idôneo e formal, respeitada 
arguição pública no Senado Federal, além de mandato fixo destituível apenas por 
condenação judicial transitada em julgado. 
c) A adoção de práticas de gestão de riscos e controles internos, bem como elaboração 
de programa de integridade visando o combate a fraudes e atos de corrupção. 
d) A qualificação como agência reguladora recebida por ministro da justiça, por ato 
vinculado, desde que apresentado plano de reestruturação e desenvolvimento para a 
melhoria da gestão. 
e) O estabelecimento de conselho fiscal e administração com composição paritária, 
constituído por agentes públicos e membros da sociedade civil, vedada remuneração. 
Resposta: C. 
Interação das Agências Reguladoras com os Órgãos de Defesa 
da Concorrência 
Trata-se de verdadeira inovação trazida pela legislação baseada no princípio da cooperação que 
deve permear a atuação da administração pública. Isso porque, pretendeu o legislador garantir 
que as agências estejam atentas as práticas do mercado regulado e que eventuais condutas que 
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possam gerar conflito de natureza concorrencial sejam informadas aos órgãos de defesa da 
concorrência, quais sejam o Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE e a Secretaria 
de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, nos termos da Lei 12.529/2011, sem 
prejuízo de outros órgãos atuantes. 
A pretensão do legislador é justamente que a cultura de defesa da concorrência seja 
implementada nos diferentes setores da economia através do incentivo das outras agências 
reguladoras. Nesse sentido, os arts. 25 a 28, da Lei de nº 13.848/2019: 
 
Art. 25. Com vistas à promoção da concorrência e à eficácia na implementação da 
legislação de defesa da concorrência nos mercados regulados, as agências reguladoras 
e os órgãos de defesa da concorrência devem atuar em estreita cooperação, 
privilegiando a troca de experiências. 
Art. 26. No exercício de suas atribuições, incumbe às agências reguladoras monitorar e 
acompanhar as práticas de mercado dos agentes dos setores regulados, de forma a 
auxiliar os órgãos de defesa da concorrência na observância do cumprimento da 
legislação de defesa da concorrência, nos termos da Lei nº 12.529, de 30 de novembro 
de 2011 (Lei de Defesa da Concorrência). 
Art. 27. Quando a agência reguladora, no exercício de suas atribuições, tomar 
conhecimento de fato que possa configurar infração à ordem econômica, deverá 
comunicá-lo imediatamente aos órgãos de defesa da concorrência para que esses 
adotem as providências cabíveis. 
Art. 28. Sem prejuízo de suas competências legais, o Conselho Administrativo de Defesa 
Econômica (Cade) notificará a agência reguladora do teor da decisão sobre condutas 
potencialmente anticompetitivas cometidas no exercício das atividades reguladas, bem 
como das decisões relativas a atos de concentração julgados por aquele órgão, no 
prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas após a publicação do respectivo acórdão, 
para que sejam adotadas as providências legais. 
 
 
 
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Articulação das Agências Reguladoras com os Órgãos de 
Defesa do Meio Ambiente e do Consumidor 
Na mesma linha do que se escreveu sobre a defesa da concorrência, buscou o legislador constituir 
um microssistema de informações entre as agências reguladoras e os órgãos de defesa do meio 
ambiente e do consumidor, através do compartilhamento de dados, tudo em prol dos bens 
jurídicos tutelados. 
Prevê aqui, além da interação, a articulação entre as agências e os órgãos protetores dos bens 
jurídicos tutelados com possibilidade, inclusive de termos de ajustamento de condutas a serem 
celebrados. Vejamos os dispositivos autoexplicativos Lei de nº 13.848/2019: 
 
Art. 31. No exercício de suas atribuições, e em articulação com o Sistema Nacional de 
Defesa do Consumidor (SNDC) e com o órgão de defesa do consumidor do Ministério 
da Justiça e Segurança Pública, incumbe às agências reguladoras zelar pelo 
cumprimento da legislação de defesa do consumidor, monitorando e acompanhando 
as práticas de mercado dos agentes do setor regulado. 
Art. 32. Para o cumprimento do disposto nesta Lei, as agências reguladoras são 
autorizadas a celebrar, com força de título executivo extrajudicial, termo de 
ajustamento de conduta com pessoas físicas ou jurídicas sujeitas a sua competência 
regulatória, aplicando-se os requisitos do art. 4º-A da Lei nº 9.469, de 10 de julho de 
1997. 
§ 1º Enquanto perdurar a vigência do correspondente termo de ajustamento de 
conduta, ficará suspensa, em relação aos fatos que deram causa a sua celebração, a 
aplicação de sanções administrativas de competência da agência reguladora à pessoa 
física ou jurídica que o houver firmado. 
§ 2º A agência reguladora deverá ser comunicada quando da celebração do termo de 
ajustamento de conduta a que se refere o § 6º do art.5º da Lei nº 7.347, de 24 de julho 
de 1985, caso o termo tenha por objeto matéria de natureza regulatória de sua 
competência. 
 
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Art. 33. As agências reguladoras poderão articular-se com os órgãos de defesa do meio 
ambiente mediante a celebração de convênios e acordos de cooperação, visando ao 
intercâmbio de informações, à padronização de exigências e procedimentos, à 
celeridade na emissão de licenças ambientais e à maior eficiência nos processos de 
fiscalização. 
Articulação entre as Agências Reguladoras 
Pretendeu o legislador trazer a possibilidade de edição de atos normativos em conjunto entre 
diferentes agências, considerando a similaridade entre a matéria envolvida naquele nicho de 
mercado. 
É que em determinadas situações a atividade econômica pode estar sujeita a diferentes controles 
das agências o que faz com que seja necessária a atuação em conjunto, desde que respeitados os 
requisitos similares a edição de um ato em separado. Nesse sentido, os arts. 29 e 30 da Lei de nº 
13.848/2019: 
 
Art. 29. No exercício de suas competências definidas em lei, duas ou mais agências 
reguladoras poderão editar atos normativos conjuntos dispondo sobre matéria cuja 
disciplina envolva agentes econômicos sujeitos a mais de uma regulação setorial. 
§ 1º Os atos normativos conjuntos deverão ser aprovados pelo conselho diretor ou pela 
diretoria colegiada de cada agência reguladora envolvida, por procedimento idêntico 
ao de aprovação de ato normativo isolado, observando-se em cada agência as normas 
aplicáveis ao exercício da competência normativa previstas no respectivo regimento 
interno. 
§ 2º Os atos normativos conjuntos deverão conter regras sobre a fiscalização de sua 
execução e prever mecanismos de solução de controvérsias decorrentes de sua 
aplicação, podendo admitir solução mediante mediação, nos termos da Lei nº 13.140, 
de 26 de junho de 2015 (Lei da Mediação), ou mediante arbitragem por comissão 
integrada, entre outros, por representantes de todas as agências reguladoras 
envolvidas. 
Art. 30. As agências reguladoras poderão constituir comitês para o intercâmbio de 
experiências e informações entre si ou com os órgãos integrantes do Sistema Brasileiro 
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de Defesa da Concorrência (SBDC), visando a estabelecer orientações e procedimentos 
comuns para o exercício da regulação nas respectivas áreas e setores e a permitir a 
consulta recíproca quando da edição de normas que impliquem mudanças nas 
condições dos setores regulados. 
Interação entre as Agências Reguladoras de Diferentes Níveis 
Federativos 
Um primeiro ponto que deve ser explicitado é que o legislador tomou o devido cuidado ao não 
desrespeitar o princípio federativo. É que numa federação existem competências determinadas 
constitucionalmente para cada ente, de forma a não ser possível a violação das regras 
constitucionais. 
Nessa linha, é possível, mediante acordo entre as agências, promover a articulação de suas 
atividades com as de agências reguladoras ou órgãos de regulação dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas de competência, implementando, a seu critério e 
mediante acordo de cooperação, a descentralização de suas atividades fiscalizatórias, 
sancionatórias e arbitrais, exceto quanto a atividades do Sistema Único de Saúde (SUS), que 
observarão o disposto em legislação própria. O que não é possível é a delegação de competências 
normativas. 
Nesse sentido, vale a leitura dos arts. 34 e 35, da Lei 13.848/2019: 
 
Art. 34. As agências reguladoras de que trata esta Lei poderão promover a articulação 
de suas atividades com as de agências reguladoras ou órgãos de regulação dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas de competência, 
implementando, a seu critério e mediante acordo de cooperação, a descentralização de 
suas atividades fiscalizatórias, sancionatórias e arbitrais, exceto quanto a atividades do 
Sistema Único de Saúde (SUS), que observarão o disposto em legislação própria. 
§ 1º É vedada a delegação de competências normativas. 
§ 2º A descentralização de que trata o caput será instituída desde que a agência 
reguladora ou o órgão de regulação da unidade federativa interessada possua serviços 
técnicos e administrativos competentes devidamente organizados e aparelhados para 
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a execução das respectivas atividades, conforme condições estabelecidas em 
regimento interno da agência reguladora federal. 
§ 3º A execução, por agência reguladora ou órgão de regulação estadual, distrital ou 
municipal, das atividades delegadas será permanentemente acompanhada e avaliada 
pela agência reguladora federal, nos termos do respectivo acordo. 
§ 4º Na execução das atividades de fiscalização objeto de delegação, a agência 
reguladora ou o órgão regulador estadual, distrital ou municipal que receber a 
delegação observará as normas legais e regulamentares federais pertinentes. 
§ 5º É vedado à agência reguladora ou ao órgão regulador estadual, distrital ou 
municipal conveniado, no exercício de competência fiscalizatória delegada, exigir de 
concessionária ou permissionária obrigação não prevista previamente em contrato. 
§ 6º Além do disposto no § 2º deste artigo, a delegação de competências fiscalizatórias, 
sancionatórias e arbitrais somente poderá ser efetivada em favor de agência reguladora 
ou órgão de regulação estadual, distrital ou municipal que gozar de autonomia 
assegurada por regime jurídico compatível com o disposto nesta Lei. 
§ 7º Havendo delegação de competência, a agência reguladora delegante permanecerá 
como instância superior e recursal das decisões tomadas no exercício da competência 
delegada. 
Art. 35. No caso da descentralização prevista no caput do art. 34, parte da receita 
arrecadada pela agência reguladora federal poderá ser repassada à agência reguladora 
ou ao órgão de regulação estadual, distrital ou municipal, para custeio de seus serviços, 
na forma do respectivo acordo de cooperação. 
Parágrafo único. O repasse referido no caput deste artigo deverá ser compatível com 
os custos da agência reguladora ou do órgão de regulação local para realizar as 
atividades delegadas. 
Boas práticas de Fiscalização 
Inicialmente, vale ressaltar que a Lei 13.848/2019 não trouxe capítulo explícito sobre o tema. Fato 
é que a fiscalização tem base no conceito do que efetivamente é o poder de polícia. 
Lembre-se: Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou 
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em 
razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina 
da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou 
autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos 
individuais ou coletivos. 
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Nessa linha, tanto em suas decisões como no seu poder fiscalizatório, cabe a agência reguladora, 
em suas atividades, a devida adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, 
restrições e sanções em medida superior àquela necessária ao atendimento do interesse público. 
Noções de gerenciamento, controle e garantia da qualidade. 
Auditoria da qualidade 
A lei 13.848/2019 trata

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