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Relatório de estágio supervisonado - ULBRA

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TIAGO CAMPOS MAURER A IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA 5S EM UM SETOR ADMINISTRATIVO DE 
UMA EMPRESA METALMECÂNICA DO NORTE DO RIO GRANDE DO SUL 
 Monografia apresentada como Relatório de Estágio Supervisionado como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Engenharia de Produção, Universidade Luterana do Brasil, Pró-Reitoria de Graduação na Área de Tecnologia e Computação do Curso de Engenharia de Produção. PROFESSOR ORIENTADOR: ME. MARIO FERNANDO MELLO CARAZINHO/RS 
2015/2 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Primeiramente a Deus, por iluminar meus caminhos, com saúde e coragem nos 
momentos difíceis, que resultaram na conquista dos meus objetivos. 
Agradeço a minha namorada Jaqueline Canova, minha mãe Aida Olívia 
Escobar de Campos, meu pai Cézar Luiz Maurer e a todos meus irmãos, pelo apoio, 
motivação, compreensão e paciência em todos os momentos de minha vida 
acadêmica. 
Gostaria de expressar minha enorme satisfação em realizar meu estágio na 
Indutar Tecno Metal, empresa que vê nas pessoas o recurso de maior valor dentro de 
uma organização. Agradeço a todos que contribuíram para a realização desde 
trabalho, pela oportunidade e confiança que me foram conferidas. 
Também incluo em meu breve agradecimento o orientador do estágio professor 
Me. Mário Mello por toda sua dedicação e esforço em compartilhar seus 
conhecimentos, e por todo incentivo nessa caminhada. 
Aos professores que contribuíram para meu desenvolvimento pessoal e 
profissional, responsáveis por desenvolver profissionais que irão fazer a diferença no 
mundo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1. A empresa .................................................................................................... 7 
Figura 2. Registro do treinamento ............................................................................. 13 
Figura 3. Descarte ..................................................................................................... 14 
Figura 4. Layout sala Qualidade ................................................................................ 15 
Figura 5. Vedação porta ............................................................................................ 16 
Figura 6. Mesa (Antes do 5s) .................................................................................... 18 
Figura 7. Mesa (após 5S) .......................................................................................... 18 
Figura 8. Equipamentos de Medição (Antes do 5S) .................................................. 19 
Figura 9. Equipamentos de Medição (Após 5S) ........................................................ 19 
Figura 10. Arquivo (Antes do 5S) .............................................................................. 20 
Figura 11. Arquivo (Após 5S) .................................................................................... 20 
Figura 12. Armazenagem das escalas (Antes do 5S) ............................................... 21 
Figura 13. Armazenagem das escalas (Após 5S) ..................................................... 21 
Figura 14. Casacos (Antes do 5S) ............................................................................ 22 
Figura 15. Casacos (Após 5S) .................................................................................. 22 
Figura 16. Prateleira de peças (Antes do 5S)............................................................ 23 
Figura 17. Prateleira de peças (Após 5S) ................................................................. 23 
Figura 18. Mesa de medição (Antes do 5S) .............................................................. 24 
Figura 19. Mesa de medição (Após 5S) .................................................................... 24 
Figura 20. Quadro de indicadores (Antes do 5S) ...................................................... 25 
Figura 21. Quadro de indicadores (Após 5S) ............................................................ 25 
Figura 22. Gavetas (Antes do 5S) ............................................................................. 26 
Figura 23. Gavetas (Após 5S) ................................................................................... 26 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1. Tradução do 5S ......................................................................................... 10 
Tabela 2. Plano de Implementação ........................................................................... 12 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 6 
2. EMPRESA ............................................................................................................... 7 
3. REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................................... 8 
3.1 O que é o 5S? ................................................................................................... 8 
3.3 Os 5 Sensos...................................................................................................... 9 
3.3.1 SEIRI – Senso de Utilização ...................................................................... 9 
3.3.2 SEITON – Senso de Ordenação ................................................................ 9 
3.3.3 SEISO – Senso de Limpeza ....................................................................... 9 
3.3.4 SEIKETSU – Senso de Higiene ............................................................... 10 
3.3.5 SHITSUKE – Senso de Disciplina ........................................................... 10 
4 METODOLOGIA .................................................................................................... 11 
5 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES ........................................................................... 12 
5.1 Plano de implementação ............................................................................... 12 
5.2 Treinamento.................................................................................................... 13 
5.3 Senso de Utilização ....................................................................................... 14 
5.5 Senso de Ordenação ..................................................................................... 15 
5.6 Senso de Limpeza .......................................................................................... 16 
5.7 Senso de Higiene ........................................................................................... 16 
5.8 Senso de Disciplina ....................................................................................... 17 
5.9 Análise dos Resultados ................................................................................. 17 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 27 
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 28 
 
 
 
 
6 
1. INTRODUÇÃO 
 
A constante busca por um ambiente de qualidade e processos mais produtivos 
é a grande preocupação das organizações para atingir seus objetivos. Perante o 
cenário atual de competitividade, percebe-se que empresas, estão em busca de um 
caminho onde possam evoluir cada vez mais e com maior rapidez. Quando este trajeto 
é livre de ações de outros competidores, se constrói uma vantagem competitiva 
sustentável. 
Neste contexto, a procura pela qualidade, redução de custos, melhorias de 
processos e ambiente de trabalho propício para a realização das atividades de 
produção, motiva a implantação de programas de melhoria contínua nas 
organizações. Uma das ferramentas utilizadas pelas empresas para alcançar a 
competitividade desejada é o Programa 5S, que demonstra ser eficiente, de baixo 
custo e ajuda a despertar a responsabilidade coletivada organização. 
A implementação do 5S resulta em aumento de qualidade, organização e 
otimização em qualquer empresa, independentemente de porte ou setor de atuação. 
O desenvolvimento deste programa tem por finalidade melhorar o ambiente de 
trabalho e a qualidade de vida dos funcionários. 
Neste sentido, foi realizado o estágio no setor de qualidade de uma empresa 
do ramo metal mecânico, que busca na atual situação do mercado a minimização dos 
custos e maximização dos lucros, eliminando desperdícios e melhorando a qualidade 
de vida de seus colaboradores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
2. EMPRESA 
 
Em outubro de 1998 a INDUTAR TECNO METAL iniciou suas atividades, tendo 
como objetivo o comércio de parafusos, ferragens, sucatas e a prestação de serviços 
de zincagem e estamparia, em uma área de 450 m². Em maio de 2004 a empresa 
passou a ocupar prédio próprio, com mais de 6.000 m² de área construída. 
Atualmente, a Indutar tem em seu parque industrial recursos tecnológicos de última 
geração, em 15.000 m² de área construída. Em abril de 2008 a Indutar conquistou a 
certificação ISO 9001:2000 por atender todos os princípios da qualidade, foco no 
cliente e melhoria contínua. 
A proposta da Indutar é fabricar peças e componentes metálicos, atendendo a 
mais variada gama de clientes, na linha agrícola, automotiva, de guindastes e 
pavimentação rodoviária. Conta com logística de distribuição própria para maior 
agilidade, segurança na entrega e satisfação de seus clientes. 
A empresa tem nos seus colaboradores valioso acervo. No ambiente de 
trabalho, as condições de infraestrutura, higiene, organização e motivação pessoal 
são garantia de saúde e harmonia entre todos. A tanto, investe em capacitação, 
treinamento constante e em equipamentos para aumentar segurança e produtividade. 
Tudo para manter o compromisso de atuar positivamente no âmbito tecnológico, social 
e ambiental, com qualidade e sustentabilidade, priorizando a satisfação de seus 
clientes e colaboradores, vencendo desafios e se preparando para novas conquistas. 
Em síntese, a Indutar é uma empresa ágil, inovadora, focada no cliente e 
sempre pronta para novos desafios. 
Figura 1. A empresa 
 
Fonte: Indutar (2015). 
8 
3. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
3.1 O que é o 5S? 
 
O 5S é um conjunto de cinco conceitos simples que ao se serem praticados, 
são capazes de modificar a maneira de conduzir as atividades de rotina, o ambiente 
de trabalho e atitudes. O programa visa a educação, treinamento e busca a qualidade 
através de constante aperfeiçoamento dos detalhes que compõem a rotina diária de 
trabalho. Vem sendo utilizado cada vez mais a nível mundial, em diversas empresas, 
independente do porte e ramo de atuação, mas que priorizam a melhoria contínua nas 
organizações. 
O programa 5S objetiva mudar a maneira de pensar das pessoas na direção 
de uma melhor conduta, não somente como mais um evento de limpeza, mas um novo 
modo de conduzir a empresa com ganhos efetivos de produtividade, e também um 
melhor comportamento para a vida. É um programa para todas as pessoas da 
empresa, do diretor aos operadores, deve ser liderado pela alta administração da 
organização e é baseado em educação, treinamento e prática em grupo (CAMPOS, 
2004). 
O 5S, conforme Seleme e Stadler (2008), é uma das mais poderosas 
ferramentas para a qualidade, que além de implementar a ordem organizacional, 
promove a capacidade de discernimento dos envolvidos. Sua implementação mudou 
radicalmente a percepção do estereótipo de que as indústrias poderiam ser sujas, 
bagunçadas e desorganizadas. 
 
3.2 Origem 
 
Segundo Daychouw (2007), em 1950, no Japão, o Programa 5S foi criado por 
Kaoru Ishikawa, provavelmente inspirado na necessidade de colocar em ordem o caos 
a que ficou reduzido o país após sua derrota na 2ª Guerra Mundial. O programa 
demostrou ser tão eficaz na reorganização das empresas e também da economia 
japonesa, que até hoje é considerado principal ferramenta de gestão da qualidade e 
produtividade naquele país. 
O programa foi desenvolvido com o objetivo de transformar o ambiente das 
organizações e a atitude das pessoas, e apesar do 5S ser reconhecido mundialmente 
9 
como originário do Japão, sua essência está presente em qualquer local do mundo 
onde se pratica bons hábitos e sensatez, melhorando a qualidade de vida dos 
trabalhadores, diminuindo desperdícios, reduzindo custos e aumentando a 
produtividade das instituições. 
 
3.3 Os 5 Sensos 
 
A denominação está tão difundida de tal forma que já não se percebe tratarem 
de cinco palavras japonesas, devido a alternativa que muitas organizações usam para 
evitar as mesmas, a melhor forma encontrada para expressar a abrangência e 
profundidade do significado dessas palavras foi acrescentar o termo “senso” antes de 
cada palavra em português que mais se aproxima do significado original (RIBEIRO, 
2004). 
 
3.3.1 SEIRI – Senso de Utilização 
Este senso determina que seja fornecido aos funcionários os conhecimentos 
necessários para que tenham o discernimento entre o que é útil ao seu trabalho e o 
que é desnecessário, define a separação dos materiais, dando um destino para 
aquelas que deixaram de ser úteis para aquele ambiente, identificando-os e 
permitindo a disponibilidade para outras áreas ou o seu descarte. 
 
3.3.2 SEITON – Senso de Ordenação 
Além de serem uteis materiais devem estar nos locais apropriados, deve-se 
agrupar os materiais necessários, de acordo com a facilidade de acessá-los, levando 
em conta a frequência de utilização, e determinando local específico. Quando se tenta 
organizar o ambiente, este fica mais arrumado, mais agradável para o trabalho, e 
consequentemente mais produtivo. 
 
3.3.3 SEISO – Senso de Limpeza 
Limpar é eliminar a sujeira, mas outro aspecto importante é a inspeção e o 
ataque as fontes de sujeira. A limpeza deve ser encarada como uma oportunidade de 
reconhecimento e monitoramento do ambiente, para tanto, é de fundamental 
10 
importância que seja feita pelo próprio usuário do ambiente ou operador do 
equipamento. 
 
3.3.4 SEIKETSU – Senso de Higiene 
Este senso implica na conservação dos estágios de utilização, ordenação e 
limpeza já alcançados, para que não retrocedam, através da padronização de hábitos, 
normas e procedimentos. Assim, mantendo as condições de trabalho, físicas e 
mentais, favoráveis a saúde. 
 
3.3.5 SHITSUKE – Senso de Disciplina 
Este senso consolida os 4S anteriores, fazendo com que os funcionários 
transfiram para si próprios a postura do cotidiano de trabalho obtida com as ações 
realizadas. A disciplina é sinal de respeito ao próximo, deve-se cumprir rigorosamente 
as normas e tudo o que for estabelecido. 
Tabela 1. Tradução do 5S 
 
Fonte: Adaptado de Seleme e Stadler (2008). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
4 METODOLOGIA 
 
Esta seção descreve a metodologia adotada para o desenvolvimento do 
presente relatório. A estratégia utilizada foi baseada no modelo de implementação 
proposto por RIBEIRO (2004), modelo que possui três etapas: preparação, execução 
e manutenção, e com o auxílio das ferramentas da qualidade como o plano de ação 
5W2H e o ciclo PDCA. 
A empresa Indutar Tecno Metal, localizada na cidade de Ibirubá/RS, 
disponibilizou a oportunidade de desenvolvimento do estágio curricular no setor de 
Qualidade, o qual teve início no mês de agosto, com término previsto no mês de 
novembro do ano corrente. 
Para tanto, procurou-se obter o comprometimento e participação dos 
colaboradores do setor, com realização de um treinamento inicial para apresentação 
e explicação do programa 5S, no intuito de incumbi-los do envolvimento e 
responsabilidade quanto à implantação dos 5 sensos. Após esta etapa, seguiu-se com 
a execução do programa, que será detalhado e terá apresentadoos resultados no 
decorrer do relatório através de comparativos antes e após a implementação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
5 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES 
 
5.1 Plano de implementação 
 
Tabela 2. Plano de Implementação 
 
Fonte: Elaborado pelo autor (2015). 
13 
A proposta de implementação do programa 5S desenvolvida no estágio será 
aplicada no setor da Qualidade, como uma área modelo, o que permite maior 
vantagem no controle da situação, e facilidade de fazer correções sem provocar 
traumas. A escolha desta área se deu por ser um setor importantíssimo para a 
empresa, e servirá de experimento para a estratégia de implementação, onde se 
identificará os possíveis pontos críticos do programa. 
A partir disso, foi elaborado um plano de ação para implementação do 
Programa 5S com o objetivo orientar o seu desenvolvimento por todo o setor, de forma 
coordenada, definindo os objetivos, cronograma, responsáveis, metas e etapas 
(Tabela 1). 
 
5.2 Treinamento 
 
Foi realizado um treinamento sobre o programa 5S com todos os colaboradores 
do setor, mostrando os principais aspectos, origem, conceitos, utilização e benefícios, 
e também apresentando o plano de implementação, isso tudo com o intuito de 
sensibilizar, esclarecer, motivar e conseguir o envolvimento de todos inseridos no 
processo. 
Após o treinamento a equipe tornou-se capaz de fazer avaliações, identificar 
oportunidades de melhorias, e verificar os resultados a cada senso aplicado. 
Figura 2. Registro do treinamento 
 
Fonte: Empresa (2015). 
14 
5.3 Senso de Utilização 
 
Primeiramente foi definido uma área de descarte de material, esta foi 
devidamente sinalizada com o objetivo de direcionar a disposição do material de 
acordo com a classificação: material para outros setores; material para sucata; 
material para lixo (Figura 3). Então foi iniciado o Dia D, onde realizou-se uma 
separação entre materiais necessários e desnecessários. 
Após este primeiro momento, já é possível observar a quantidade de materiais 
a serem descartados e quais seriam os itens realmente úteis para o setor, pode-se 
verificar a mudança visual do setor em relação a utilização dos espaços, inclusive os 
corredores ficaram mais acessíveis. 
Para o senso de utilização estabeleceu-se que todos devem criar o hábito de 
antes de guardar qualquer material avaliar se ele é necessário, deve ser mantido no 
setor apenas os materiais que de fato são utilizados. Todo o excesso que não possui 
utilidade deve ser colocado à disposição para ter a correta destinação. 
Figura 3. Descarte 
 
Fonte: Autor (2015). 
15 
5.5 Senso de Ordenação 
 
 Uma vez que os materiais desnecessários foram separados e descartados, 
ordenou-se os necessários, de modo que exista facilidade de acessá-los, fazendo com 
que só seja possível coloca-los no lugar definido e na forma definida, identificando-os 
para que qualquer pessoa possa localiza-los facilmente. 
Ainda quanto a ordenação, a sistemática utilizada foi de forma que na falta de 
um dos colaboradores, qualquer outro poderia substituí-lo, estando os materiais 
organizados de maneira a facilitar o seu encontro, agilizando assim a execução das 
atividades. Os itens mais utilizados ficam próximos e ao alcance do operador, e o 
restante fica armazenado de acordo com a frequência de utilização, seja ela diária, 
semanal ou mensal. 
Em tempo, esta é também uma etapa de estudo do layout mais adequado para 
o ambiente, atividade que requer um trabalho de equipe para discussão de sugestões 
e troca de experiências, visando desenvolver a melhor solução possível, facilitando 
acessos e movimentação de materiais e pessoas. Então foi feito um estudo para 
definir a disposição das mesas, armários e outros móveis dentro da sala da Qualidade 
(Figura 4). 
Figura 4. Layout sala Qualidade 
 
Fonte: Autor (2015) 
16 
5.6 Senso de Limpeza 
 
O setor da Qualidade recebia limpeza 3 vezes por semana, o que poderia fazer 
com que os colaboradores da área se despreocupassem, ou os fizesse esquecer do 
Senso de Limpeza. 
Mas fazendo jus ao treinamento recebido, onde foi refletido sobre o conceito de 
sujeira, e visto que todos os agentes que agridem o ambiente podem ser englobados 
como tal, e ainda se considera fonte de sujeira tudo que interfere no andamento das 
atividades, desta forma, os ruídos, o pó e a poeira são encarados como uma sujidade. 
Então, a equipe atacou uma grande fonte de entrada de ruídos e poeira, a abertura 
que havia entre as portas da sala e o piso, aplicando uma vedação de borracha que 
minimizou a ocorrência do problema (Figura 5). 
. Se estabeleceu ainda que cada um é responsável pela manutenção do seu 
local de trabalho, não permitindo excesso de material sobre armários e mesas, o que 
dificulta a limpeza e acumula poeira. 
Figura 5. Vedação porta 
 
Fonte: Autor (2015). 
5.7 Senso de Higiene 
 
A implantação dos três primeiros sensos fez com que as pessoas envolvidas 
atentassem para questões pessoais, e além de nesta etapa zelarem pela manutenção 
dos sensos anteriores, buscaram manter um ambiente de trabalho sempre favorável 
à saúde e higiene, onde tudo deve estar adequado a execução das atividades. A 
disposição do mobiliário deve ser funcional e segura, garantindo que a movimentação 
das pessoas e materiais esteja desobstruída, sem perdas de tempo ou risco de 
acidentes. 
17 
Este senso foi aplicado com resultados visíveis entre a equipe, pois estes 
melhoraram suas relações interpessoais, tornando-as mais saudáveis, adquiriram 
práticas de limpeza e higiene pessoal, fazendo uso também dos Equipamentos de 
Proteção Individual (EPI). 
 
5.8 Senso de Disciplina 
 
 O quinto e último senso, finaliza o ciclo de implementação do 5S, e com a boa 
orientação no treinamento e com empenho a partir deste, os colaboradores puderam 
desenvolver a autodisciplina, criando bons hábitos e boas práticas, observando e 
seguindo normas, regras e procedimentos, sendo que são os responsáveis pelo 
sucesso da implementação do programa. 
Nesta fase houve o comprometimento de todos do setor, buscou-se cumprir o 
que se estabeleceu anteriormente, objetivando um ambiente mais produtivo e 
organizado, sempre tomando iniciativas para o desenvolvimento do programa. 
 
5.9 Análise dos Resultados 
 
Após o planejamento da implementação, a aplicação dos 5 sensos, chega o 
momento da avaliação, o que permite a verificação do resultado de todas as ações 
tomadas, funcionando como o ciclo PDCA, o que permitirá a identificação de 
oportunidades de otimização, e futuramente levando a melhoria contínua. 
A partir destes resultados será revisado o plano de implementação, analisando 
pontos fortes, pontos fracos, mas com o grande intuito de verificar a possibilidade de 
criação de um plano de avaliação, com definição de metas, formulários de avaliação, 
critérios de pontuação e cronograma de auditorias. Esta será uma próxima etapa do 
projeto, deixando uma porta aberta para desenvolvimento do trabalho de conclusão 
de curso. 
A análise dos resultados se fez através de comparativos de registros dos locais 
antes da aplicação do 5S, e como ficaram após as ações do programa. Nota-se 
visivelmente que os materiais estão ordenados, identificados, realocados, isso tudo 
através de ações criativas para solucionar problemas comuns da rotina de trabalho. 
Os comparativos estão demostrados nas imagens a seguir: 
 
18 
Figura 6. Mesa (Antes do 5s) 
 
Fonte: Autor (2015). 
Figura 7. Mesa (após 5S) 
 
Fonte: Autor (2015). 
19 
Figura 8. Equipamentos de Medição (Antes do 5S) 
 
Fonte: Autor (2015). 
Figura 9. Equipamentos de Medição (Após 5S) 
 
Fonte: Autor (2015). 
20 
Figura 10. Arquivo (Antes do 5S) 
 
Fonte: Autor (2015). 
Figura 11. Arquivo(Após 5S) 
 
Fonte: Autor (2015). 
21 
Figura 12. Armazenagem das escalas (Antes do 5S) 
 
Fonte: Autor (2015). 
Figura 13. Armazenagem das escalas (Após 5S) 
 
Fonte: Autor (2015). 
22 
Figura 14. Casacos (Antes do 5S)
 
Fonte: Autor (2015). 
Figura 15. Casacos (Após 5S)
 
Fonte: Autor (2015). 
23 
Figura 16. Prateleira de peças (Antes do 5S) 
 
Fonte: Autor (Após 5S) 
Figura 17. Prateleira de peças (Após 5S) 
 
Fonte: Autor (2015). 
24 
Figura 18. Mesa de medição (Antes do 5S) 
 
Fonte: Autor (2015). 
Figura 19. Mesa de medição (Após 5S) 
 
Fonte: Autor (2015). 
25 
Figura 20. Quadro de indicadores (Antes do 5S) 
 
Fonte: Autor (2015). 
Figura 21. Quadro de indicadores (Após 5S) 
 
Fonte: Autor (2015). 
26 
Figura 22. Gavetas (Antes do 5S)
 
Fonte: Autor (2015). 
Figura 23. Gavetas (Após 5S)
 
Fonte: Autor (2015). 
 
 
 
27 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A oportunidade de estágio na empresa Indutar Tecno Metal foi uma experiência 
gratificante e de grande valor para o crescimento profissional e pessoal. Nesse 
contexto, tornou-se possível a aplicação de conceitos e ferramentas da Engenharia 
de Produção, auxiliando no desenvolvimento do trabalho até chegar ao objetivo 
desejado, mostrando que profissionais de engenharia são capazes de atender as 
necessidades das organizações com soluções inteligentes e eficazes. Permitiu-se 
então a implementação do Programa 5S, esta foi bem aceita e, consequentemente, 
bem-sucedida, pois foi compatível com o objetivo proposto. 
Os resultados obtidos são claramente observados, refletidos no 
comportamento e na satisfação da equipe. É necessário salientar, que após a 
implementação, o programa não termina no 5º senso, mas torna-se uma atividade 
cotidiana dos envolvidos no ambiente de trabalho, ou seja, compõe-se um ciclo 
definido claramente pelo método PDCA, com checagem e ações constantes de 
melhoria contínua, no qual os resultados vão sendo gradativamente incorporados e 
possibilitam a aproximação das práticas da Qualidade Total. A essência do programa 
são as mudanças de atitudes, pensamentos e comportamentos, já que o 5S é um 
processo educacional, e a visão da pessoa passa por mudanças, trazendo novos 
padrões e desafios. 
Por fim, os métodos e ferramentas que a Engenharia de Produção ensina, 
ajuda-nos a enxergar situações com uma visão do seu todo, uma visão sistêmica, 
assim podemos sempre dar continuidade a um projeto através da melhoria contínua, 
trazendo a cada dia uma melhor forma de trabalho para atingir as metas de uma 
organização. 
28 
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
CAMPOS, Vicente Falconi. TQC – Controle da Qualidade Total (no estilo japonês). Nova Lima – MG: INDG Tecnologia e Serviços Ltda, 2004. SELEME, Robson; STADLER, Humberto. Controle da qualidade: as ferramentas essenciais. Curitiba – PR: Ibpex, 2008. DAYCHOUW, Merhi. 40 Ferramentas e Técnicas de Gerenciamento. Rio de Janeiro – RJ: Brasport, 2007. Disponível em:https://books.google.com.br/books?id=jQ_JOBtvgBAC&printsec=frontcover&dq=daychouw&hl=pt-BR&sa=X&redir_esc=y#v=onepage&q=daychouw&f=false. Acesso em: 28 out. 2015. RIBEIRO, Haroldo. 5S: A Base para a Qualidade Total. Salvador – BA: Casa da Qualidade, 1994.

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