Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* DIREITO PENAL PROF. ROBERTO VELOSO * CULPABILIDADE Conceito – conjunto de pressupostos que viabilizam a condenação penal. Teoria psicológica – A culpabilidade é um liame psicológico que se estabelece entre a conduta e o resultado, por meio do dolo ou da culpa. O nexo psíquico entre conduta e resultado esgota-se no dolo e na culpa, que passam a constituir, assim, as 2 únicas espécies de culpabilidade. * DIREITO PENAL PROF. ROBERTO VELOSO Teoria psicológica-normativa ou normativa da culpabilidade – Para essa teoria a culpabilidade era composta, além do dolo e da culpa, também pela imputabilidade e pela inexigibilidade de conduta diversa. O dolo era normativo, tendo em seu conteúdo a consciência atual da ilicitude, ou seja, o conhecimento de que a ação ou omissão é injusta aos olhos da maioria. * DIREITO PENAL PROF. ROBERTO VELOSO Teoria normativa pura da culpabilidade A culpabilidade, no finalismo, é também elemento do conceito de crime, constituindo um juízo de responsabilidade, de censura social por ter o agente praticado um fato típico e antijurídico, quando podia se determinar conforme a ordem jurídica, por ter capacidade de entender, de querer, de conhecer a ilicitude do fato, daí ser razoável lhe exigir um comportamento conforme o Direito. * DIREITO PENAL PROF. ROBERTO VELOSO Desse modo, os elementos da culpabilidade para a doutrina finalista, ou seja, para a teoria extrema ou normativa pura, são os seguintes: a) imputabilidade; b) potencialidade de consciência da ilicitude; c) exigibilidade de outra conduta. * DIREITO PENAL PROF. ROBERTO VELOSO Teoria limitada da culpabilidade A teoria limitada da culpabilidade é uma variação da Teoria Normativa Pura da Culpabilidade, que vimos anteriormente. Os pontos fundamentais defendidos por essa teoria limitada são: a) o dolo constitui elemento subjetivo do tipo; b) a consciência da ilicitude fica no domínio da culpabilidade; * DIREITO PENAL PROF. ROBERTO VELOSO c) é correta a exigência da mera possibilidade de conhecimento do ilícito; d) o erro de proibição não exclui o dolo, mas exclui a culpabilidade; e) o erro de tipo, quando o agente supõe situação de fato amparada por uma excludente da antijuridicidade (como a legítima defesa putativa), exclui o dolo. * DIREITO PENAL PROF. ROBERTO VELOSO Teoria Extremada da culpabilidade Tem as mesmas características da teoria normativa pura da culpabilidade e dela deriva, divergindo da teoria normativa limitada da culpabilidade apenas no tratamento do erro, quando considera ambos como erro de proibição, não fazendo a divisão entre erro de tipo e erro de proibição. * DIREITO PENAL PROF. ROBERTO VELOSO CULPABILIDADE FUNCIONALISTA A POSIÇÃO DE GUNTHER JAKOBS: 1. A IRRELEVÂNCIA DO LIVRE ARBÍTRIO 2. O TIPO DE CULPABILIDADE * DIREITO PENAL PROF. ROBERTO VELOSO 2.1. O TIPO POSITIVO DE CULPABILIDADE A IMPUTABILIDADE A CONSCIÊNCIA DO INJUSTO 2.2. O TIPO NEGATIVO DE CULPABILIDADE A INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA * DIREITO PENAL PROF. ROBERTO VELOSO Imputabilidade Elemento da culpabilidade, capacidade de nos conduzir. Biológico Psicológico – o instante do crime Biopsicológico * DIREITO PENAL PROF. ROBERTO VELOSO Dois requisitos: Intelectivo: capacidade para compreender Volitivo: dirigir o comportamento * DIREITO PENAL PROF. ROBERTO VELOSO A exigibilidade de conduta diversa Conforme foi explicado, a culpabilidade é composta dos seguintes elementos: a) imputabilidade; b) consciência da ilicitude; c) exigibilidade de conduta diversa. * DIREITO PENAL PROF. ROBERTO VELOSO Entende-se por essa expressão "exigibilidade de conduta diversa" o princípio de que o comportamento do agente só é responsável quando, podendo realizar conduta diferente, que estaria em consonância com a ordem jurídica, vem a realizar outra proibida por lei. * DIREITO PENAL PROF. ROBERTO VELOSO O SURGIMENTO DA INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA. O CASO DO LEINENFÄNGER, JULGADO PELO REICHSGERICHT. * DIREITO PENAL PROF. ROBERTO VELOSO A INEXIGIBILIDADE SEGUNDO FRANK, GOLDSHMIDT E FREUNDENTHAL A INEXIGIBILIDADE ENQUANTO ELEMENTO NEGATIVO DA CULPABILIDADE. * DIREITO PENAL PROF. ROBERTO VELOSO A potencial consciência da ilicitude Funda-se “na concreta ausência do agente, no momento da atuação, da consciência da ilicitude de uma certa conduta” (Eduardo Correa, Direito criminal, Coimbra, Almedina, 1963, vol. 1, p. 419) * DIREITO PENAL PROF. ROBERTO VELOSO No erro de proibição, o agente pensa agir plenamente de acordo com o ordenamento jurídico, mas, na verdade, pratica um ilícito em razão de equivocada compreensão do Direito. Mesmo conhecendo o Direito, pois todos presumivelmente o conhecem, em determinadas circunstâncias as pessoas podem ser levadas a pensar que agem de acordo com o que o ordenamento jurídico delas exige. * DIREITO PENAL PROF. ROBERTO VELOSO ESPÉCIES DE ERRO DE PROIBIÇÃO Inevitável ou escusável: o agente fica isento de pena. Evitável ou inescusável: o agente não ficará isento de pena, mas, terá direito a uma redução de pena de 1/6 a 1/3. * DIREITO PENAL PROF. ROBERTO VELOSO ERRO DE TIPO Essencial: é o que incide sobre elementares ou circunstâncias do crime. Invencível ou escusável: quando se verifica que o agente não poderia tê-lo evitado. Vencível ou inescusável: quando o agente poderia tê-lo evitado se agisse com o cuidado necessário no caso concreto. * DIREITO PENAL PROF. ROBERTO VELOSO Acidental: É aquele que recai sobre elementos secundários e irrelevantes da figura típica e não impede a responsabilização do agente. Erro sobre o objeto: o exemplo do videocassete. Erro sobre a pessoa: art. 20, § 3º, do CP. * DIREITO PENAL PROF. ROBERTO VELOSO Erro na execução (aberratio ictus): má pontaria, desvio do projétil, defesa da vítima, atinge terceira pessoa (art. 73, do CP) Resultado diverso do pretendido (aberratio criminis): (art. 74, do CP) o agente quer praticar um dano contra uma coisa, mas, acerta uma pessoa. * DIREITO PENAL PROF. ROBERTO VELOSO Fernando Capez escreveu: “O erro de proibição não possui relação com o desconhecimento da lei. Trata-se de erro sobre a ilicitude do fato e não sobre a lei.”
Compartilhar