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TOXICOLOGIA PETIRIDIUM AQUILINIUM EM BOINOS

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INTOXICAÇÃO AGUDA POR PTERIDIUM AQUILINIUM EM BOVINOS
Revisão De Literatura
RESUMO
 	O objetivo desta revisão sobre a intoxicação aguda por Samambaia (Pteridium Aquilinum) é para melhor esclarecimento da intoxicação que acomete muito os bovinos, levando em consideração sobre os grandes prejuízos econômicos na pecuária e um grande impacto na saúde humana. A P. aquilinium, não é uma planta palatável e a única maneira de o animal se intoxicar com ela é ingerindo. Os principais compostos tóxicos presentes na P. aquilinium A são a tiaminase, que é responsável por distúrbios neurológicos, observado somente em monogástricos; e o ptaquilosídeo, glicosídeo norsesquiterpênico de atividade carcinogênica, mutugênica e clastogênica. A identificação e erradicação da planta o pasto é a melhor maneira de controlar a intoxicação. 
 Palavra-chave: Pteridium aquilinium, intoxicação em bovinos, plantas tóxicas.
ABSTRACT
The objective of this review on acute poisoning Fern (Pteridium aquilinum) is to improve understanding of the intoxication that affects much cattle, taking into consideration of the great economic losses in livestock and a great impact on human health. P. aquilinium is not a palatable plant and the only way to be intoxicated with the animal she is eating. The main toxic compounds present in Q. The aquilinium are thiaminase, which is responsible for neurological disorders observed only in monogastric; and the ptaquiloside, norsesquiterpênico glycoside of carcinogenic activity, mutugênica and clastogenic. The identification and eradication of plant pasture is the best way to control the poisoning.
  Keyword: Pteridium aquilinium, poisoning in cattle, toxic plants.
Introdução
De acordo com Spinosa, et al. (2008). A Pteridium aquilinum é uma planta de ação radiomimética pertencente à família Polypodiaceae e é conhecida pelo nome popular “samambaia”. No Brasil, desenvolve-se principalmente em regiões montanhosas, desde o sul da Bahia até o Rio Grande do Sul, porém é encontrada também em áreas dos Estados do Amazonas, Acre, Mato Grosso e Pernambuco. A “samambaia do campo”, como é conhecida, exerce seus efeitos tóxicos por meio de dois tipos de princípios: um princípio radiomimético, causador de quadros patológicos observados em bovinos, e uma tiaminase, responsável pela destruição da vitamina B1, causando edema possivelmente gerando um quadro neurológico. 
Porém, esse último princípio tóxico ocorre mais em monogástricos, ou seja, animais não ruminantes que apresentam um estômago com uma capacidade de armazenamento pequena. Além disso, são atribuídos três diferentes tipos de quadros patológicos relacionados à ação radiomimética da Pteridium, que são eles, diátese hemorrágica, hematúria e os carcinomas das vias digestivas superiores. No Brasil, milhares de bovinos são acometidos anualmente pelas três formas de intoxicação (SPINOSA et al., 2008).
Um outro ponto também que pode ser observado, são as condições em que ocorre essa intoxicação; como assim, a Pteridium aquilinum não é considerada uma planta palatável, sua ingestão deve ocorrer de forma natural. A fome é o principal fator que leva os animais a ser intoxicado, assim como, o vício, após algum tempo, pode fazer com que alguns bovinos habituem-se a essa ingestão. Todas as partes da samambaia são tóxicas. O rizoma, um caule em forma de raiz, é a parte mais tóxica. Sobre as partes aéreas, a brotação possui maior nível de toxicidade. A dose diária e o período da ingestão é o que vai diferenciar os níveis dos quadros de intoxicação (NETO et al., 2008).
Pteridium Aquilinium
 	A “samambaia do campo” está incluída na família das Polypodiaceae e o gênero, Pteridium, possui duas subespécies: aquilinum e caudatum. A Pteridium aquilinum encontrada no Brasil é uma planta com folhas grandes, formando touceiras densas ou se estendendo ao longo dos rizomas. Geralmente, os rizomas estão profundamente enterrados, o que permite à samambaia resistir às queimadas. É importante ressaltar que as zonas geográficas onde a samambaia predomina e onde ocorrem as intoxicações em bovinos, possuem solos pobres, ácidos, com baixos níveis de cálcio e fósforo (MARÇAL et al., 2001).
Sinais clínicos
De acordo com Spinosa et al. (2008). Os sinais de P. aquilinium, variam muito entre as espécies, monogástricos e poligástricos, e o empo de ingestão da planta. Na patologia a seguir, será descrito os quadros de intoxicação.
Patologia: Diátese Hemorrágico
 	A Diátese Hemorrágica ou Síndrome Hemorrágica Aguda, afeta bovinos jovens e adultos O quadro clínico patológico se desenvolve com três a oito semanas de ingestão da planta, sendo caracterizada por hemorragias na pele e nas mucosas. O animal sangra por qualquer ferida, por menor que seja, até mesmo picadas de insetos, muco sanguinolento escorre pelas narinas, as vezes pode haver diarréia com presença de coágulos sanguíneos. Exames de sangue revelam tempo de coagulação prolongado, trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas no sangue), neutropenia (diminuição do número de neutrófilos) e anemia. (SPINOSA et al, 2008).
2.2.1 Patologia: Hematúria Enzoótica
 Esse quadro acomete bovinos com mais de dois anos de idade. Ocorre em áreas especificas onde há exposição continuada ao P. aquilinium. Os animais apresentam características de hematúria intermitente, anemia e perda de peso. O curso dessa doença geralmente dura diversos anos. (NETO et al., 2008).
E ainda os animais que desenvolvem hematúria possuem lesões na bexiga em forma de nódulos ou formações com aspecto de couve-flor de vários centímetros de diâmetro, de coloração branco-amarelada ou avermelhada. Nos quadros patológicos mais graves, há espessamento da parede da bexiga, podendo haver também vários tumores no mesmo bovino (GORNIAK et al., 2008).
2.2.2 Patologia: Carcinoma do Trato Digestivo Superior
 	Pode-se dizer que a interação entre o papiloma vírus e o ptaquilosídeo da P. aquilinium para produzir esse quadro. Assim, a planta atuaria promovendo a depressão da resposta imunológica do animal ao vírus produtor desse tumor. Essa intoxicação ocorre em bovinos acima de cinco anos de idade e caracteriza-se por formações tumorais no trato digestivo, com nódulos de diferentes tamanhos, os quais causam obstrução mecânica. A manifestação clínica traduz-se por tosse, regurgitamento, timpanismo, diarréia e perda acentuada de peso. (SPINOSA et al., 2008).
Quando há neoplasia na base da língua ou na faringe, a manifestação mais característica é a tosse, quando no esôfago, ocorre regurgitação do alimento. (MARÇAL et al., 2001).
Intoxicação em Humanos
 	É importante ressaltar a intoxicação por Pteridium aquilinium não só em bovinos, mas também em humanos. Logo, são conhecidos três diferentes modos de se intoxicar: ingestão da planta, contato físico com os esporos e ingestão do leite cru de animais acometidos pela doença. No Japão, o consumo do broto de samambaia é visto como uma prática comum. Para tal alimentação, o broto é fervido em água com bicarbonato de sódio; porém, este procedimento não anula a toxicidade da planta (HIRONO et al, 1972).
Diagnóstico
 	De acordo com Tokarnia (2000), a partir do momento que se desenvolve o quadro clínico em bovinos, a primeira conduta para se estabelecer um diagnóstico preciso é constatar a existência da samambaia na propriedade em questão. Nas situações crônicas, como hematúria e carcinona, os atendimentos clínicos podem ser realizados em áreas em que não existem a planta.
 	Uma das importantes condutas a serem realizadas é a coleta de urina dos animais intoxicados e submetê-la a uma pesquisa laboratorial para que, assim, possibilite anteceder o diagnóstico de hematúria e mudar os animais de pastos. (TOKARNIA, 2000).
Necropsia e Histopatologia
 	Os animais que apresentam diátese hemorrágica, a histopatologia tem grande valor. Assim, implicasse na avaliação a verificação de rarefação do tecido hematopoético da medula óssea. Nos animais acometidos pela hematúria enzoótica,verifica-se na necropsia, formações nodulares na bexiga, que podem variar em tamanho, até podendo chegara as dimensões de uma couve-flor, tomando toda a bexiga. Na histopatologia, esse tecido revela um processo neoplásico de origem epitelial e mesenquimal, algumas vezes com anaplasia severa.(NETO et al., 2008)
Na necropsia de animais que apresentam o carcinoma no trato digestivo superior, verificam-se formações neoplásicas de coloração amarelo-acinzentado infiltradas, normalmente na base da língua, no esôfago e no rumem. A histopatologia revela carcinoma epidermóide (carcinoma escamoso), com grande formação de queratina (SPINOSA et al., 2008)
Tratamento e controle
Não há tratamento para nenhum tipo de intoxicação produzida pela P. aliquinium em ruminantes. A remoção dos animais dos pastos invadidos pela planta não reverte nem altera o curso dessa afecção, sendo, portanto, aconselhado o abate desse animal, tão logo seja diagnosticada uma dessas formas de intoxicação. A identificação e a erradicação da planta no pasto é a melhor maneira de controlar a intoxicação. Pode-se diminuir ou banir a presença da planta no pasto por meio da calagem, já que a planta tem predominância sobre solo mais ácidos (SPINOSA et al., 2008).
3.Conclusão
Conclui que a Pteridium aquilinum, popularmente conhecida como samambaia do campo, é uma planta considerada tóxica e de ação radiomimética. Podendo ocasionar distúrbios na medula óssea e a destruição do complexo B1. Os proprietários não devem permitir o acesso dos animais à pastagem em locais com suspeita da existência da samambaia, uma vez que, a mesma provoca intoxicação com pouca quantidade.
Bem como, deve-se ficar alerto em períodos de seca, não concedendo ao rebanho oportunidades de procuraram a alimentação com a Pteridium aquilinum; já que a mesma não é considerada palatável.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
______________________________________________________________________
SPINOSA, H. S. et al. Toxicologia aplicada a medicina veterinária. São Paulo: Manole 2008.
ANJOS, B. et al. Intoxicação aguda por samambaia (Pteridium aquilinum) em bovinos na Região Central do Rio Grande do Sul. Pesq. Vet. Bras. Vol. 28, Outubro 2008. Rio de Janeiro, 2008. Acesso em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2008001000010
MARÇAL, W. S. GASTE, L.; et al. Ocorrência de intoxicação aguda em bovinos pela samambaia (Pteridium aquilinum), no norte do Paraná – Brasil, 2001.
TOKARNIA, Carlos; et al. Plantas tóxicas do Brasil. Rio de Janeiro, 2000.

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