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Ensinador Cristao Nº66 - 2 trimestre da EBD - maravilhosa graça

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Prévia do material em texto

EnsinadorLU/ém ur
D e u s e x i s t e ?
Por q u e
ACONTECEM 
COISAS RUINS 
COM PESSOAS 
B O A S ?
POR QUE JESUS
NORMAN LGEISLER 
e RONALD M. BROOKS
Quando nos fizerem perguntas 
como estas, devemos responder 
com seriedade e conhecimento 
sobre cada assunto. Está obra 
escrita pelos especialistas em 
apologética Nonnan L. Geisler 
e Ronald M. Brooks é uma 
excelente ferramenta para os
SERIA MAIOR 
DO QUE OUTROS 
LÍDERES 
RELIGIOSOS?
0800 021 7373
que buscam argumentar sobre 
questões intelectuais reais, 
referente a fé cristã. Os leitores 
descobrirão respostas para 
acusações clássicas ao 
cristianismo e aprenderão 
a identificar e responder 
ao mau uso da Escritura 
pelos não-crentes.
CB®
Da REDAÇÃO
P o r G i l d a J ú l i o
Para re fle tir
Quando buscava inspiração para escrever o editorial desta edição, 
me lembrei «desta passagem bíblica: "Por este motivo, te lembro que 
despertes o dom de Deus, que existe em ti pela imposição das minhas 
mãos. Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, 
e de amor, e de moderação" (2 Tm 1.6-7).
Com certeza, os dons são prim ordiais no ofic io do professor da 
Escola Dominical. Para desempenhar bem a chamada de educador, 
é necessário muito mais que boa vontade: é preciso ser vocacionado.
Observando tais qualidades, a revista Ensinador disponibilizou neste 
trim estre assuntos que farão você refletir e fazer uma autoavaliação 
positiva.
Uma sugestão é a entrevista com Adriel Lemos, psicólogo, escritor 
e coordenador estadual de jovens e adolescentes da Convenção das 
Assembleias de Deus em Santa Catarina e da Assembleia de Deus em 
Criciúma. Ele aborda a necessidade da liderança rever as suas estraté­
gias para alcançar adolescentes e jovens.
Quando falamos em crescimento da igreja, é preciso atentar para 
alguns detalhes que facilitam o acesso ao templo. Como, por exemplo, 
a questão dos alunos especiais. Para contar como as ADs estão fazendo 
nesse sentido, o repórter Eduardo Araújo fez uma reportagem sobre a 
inclusão social nas igrejas.
Nesta edição, você acompanha também a última parte do artigo do 
pastor Antonio G ilberto sobre "O preparo e o desempenho do profes­
sor da Escola Dominical". E ainda confere tudo sobre as duas últimas 
Conferências de Escola Dominical organizadas pela CPAD em 2015.
Um abraço!
E que Deus continue abençoando a sua vida!
Gilda Júlio
gilda.julio@cpad.com.br
Presidente da Convenção Geral 
Jose Wellington Bezerra da Costa 
Presidente do Conselho Administrativo 
José Wellington Costa Júnior 
Diretor-executivo 
Ronaldo Rodrigues de Souza 
Editor-chefe 
Silas Daniel
Editora - ■»
Gilda Júlio
Gerente de Publicações 
Alexandre Claudino Coelho 
Gerente Financeiro 
Josafá Franklin Santos Bomfim 
Gerente Comercial 
Cícero da Silva 
Gerente de Produção 
Jarbas Ramires Silva 
Chefe de Arte & Design 
Wagner de Almeida 
Design, diagramação e capa 
Suzane Barboza 
Fotos
Shutterstock 
Tratamento de imagem 
Djalma Cardoso
Central de vendas CPAD
0800-021.7373
livraria@cpad.com.br
Atendimento para assinaturas
Fones: 21 2406-7416 e 2406-7418
assinaturas@cpad.com.br
SAC - Serviço de atendimento ao consumidor
Fone: 0800-021.7373 
Ouvidoria
ouvidoria@cpad.com.br
Ano 17 - n° 66 - abr/mai/jun de 2016
Número avulso: R$ 8,90 
Assinatura bianual: R$ 71,20 
Ensinador Cristão - revista evangélica trimestral, 
lançada em novembro de 1999, editada pela 
Casa Publicadora das Assembleias de Deus. 
Correspondência para publicação deve ser 
endereçada ao Departamento de Jornalismo. 
As remessas de valor (pagamento de assinatura, 
publicidade etc.) exclusivamente à CPAD. A 
direção é responsável perante a Lei por toda 
matéria publicada. Perante a igreja, os artigos 
assinados são de responsabilidade de seus 
autores, não representando necessariamente 
a opinião da revista. Assegura-se a publicação, 
apenas, das colaborações solicitadas. 0 mesmo 
principio vale para anúncios.
CASA PUBLICADORA DAS 
ASSEMBLEIAS DE DEUS
Av. Brasil, 34.401 - Bangu 
CEP 21852-002 - Rio de Janeiro - RJ 
Fone 212406-7371 - Fax 212406-7370 
ensinador@cpad.com.br
SUMÁRIO
06
14
18
4 8
Ç A rtigosj;
Uma pedagogia para 
a Educação Cristã
Família: um dos 
pilares da sociedade
Família: 0 melhor 
patrimônio
0 ministério da sala 
de aula
Ç Seções
05 Espaço do Leitor
10 ED em Foco
11 Conversa Franca
17 Exemplo de Mestre 
22 Reportagem 
25 Entrevista do Comentarista
29 Sala de Leitura
30 0 Professor Responde
31 Boas Ideias
44 Aprendendo com 0 mestre
Z+ 6 Em Evidência
SUBSÍDIOS PARA
MARAVILHOSA GRAÇA 
0 Evangelho de Jesus Cristo 
revelado na carta aos Romanos
Reclamaçao, crítica 
e/ou sugestão? Ligue
Atendimento a todos 
os nossos periódicos
Mensageiro da Paz • Manual do Obreiro 
GeraçãoJC • Ensinador Cristão
Divulgue as atividades 
do Departamento de 
ensino de sua igreja
Entre em contato com
Ensinador Cristão
Avenida Brasil. 34401 ■ Bangu 
Rio de Janeiro • RJ • CEP 21852-002
Telefone 21 2406-7371 
Fax 21 2 4 0 6 - 7 3 7 0 
ensinador@cpad.com.br
21 2406-7416 / 2406-7418
SETOR DE ASSINATURAS
ESPAÇO do LEITOR
Departamento de Educação Cristã da CPAD
Expresse sua opinião e esclareça suas dúvidas sobre as Lições Bíblicas do trimestre
escoLadominical(â)cpad.com.br
Fonte Confiável
A revista tem sido 
uma ferramenta eficaz na 
preparação de obreiros de 
nossa igreja, e na formação e 
transmissão de conhecimento. 
Trata-se de um instrumento 
eficaz. Hoje, temos diversas 
literaturas que não são confiá­
veis, mas a revista Ensinador é 
um periódico comentado por 
pessoas de nossa denomina­
ção, capacitadas e tementes 
a Deus. É uma fonte confiável 
de pesquisa.
Pastor Gregg Ferreira, Pojuca (BA) 
Por e-mail
Visão 
Pedagógica
A revista Ensinador Cristão 
cumpre o propósito de 
apresentar uma visão mais 
pedagógica para o professor 
de Escola Dominical. Hoje, nós 
precisamos de tal subsídio.
O conteúdo da revista ajuda 
bastante na tarefa de ensinar 
aos seus leitores.
Pastor Paulo André Barbosa, 
Guaíba (RS)
Por e-mail
Riqueza
% Fenomenal
Indiscutivelmente, a Ensina­
dor Cristão é uma das mais 
importantes e indispensáveis 
ferramentas para toda a Igreja 
que objetiva um crescimento 
saudável e equilibrado na 
presença de Deus. Desde os 
seus aspectos pedagógicos/ 
didáticos até o conteúdo 
de suas informações, tudo é 
simplesmente de uma riqueza 
fenomenal. Que nós, prin­
cipalmente os obreiros do 
Senhor, professores e supe-
rintendentes de Escola Bíblica 
Dominical, bem como tam­
bém todos aqueles que te­
nham vocação para o ensino, 
possamos continuar utilizando 
essa abençoada ferramenta 
na obra do Senhor. Parabéns à 
CPAD por sempre se preocu­
par em proporcionar material 
de excelente qualidade!
Ev. Heleno Francisco 
Por e-mail
Recomendação
Sou assinante da re­
vista Esinador e considero-a o 
melhor periódico para os que 
lidam com ensino regular na 
igreja, incluindo a Escola Do­
minical. Sempre recomendo-a. 
Palavra de quem milita com 
ensino na igreja há décadas 
e é professor de Teologia em 
dois seminários.
Pastor Cézar Vieira 
Por whats App
Valioso
Meu nome é Marta 
Ribeiro Figueiredo, sou mem­
bro da Igreja Cristã Evangélica 
na Pavuna (RJ). Atualmente, 
pela misericórdia do Senhor, 
auxilio na secretaria da ED, 
mais já fui tesoureira na ED. 
Acho a revista Ensinador um 
instrumento valioso, tanto para 
ED quanto para a vida pessoal, 
com ensinamentos para a vida 
e a fé cristãs, e testemunhos 
enriquecedores. Os assuntos 
pro ela abordados são sempre 
atuais e importantes. Ela é 
também uma excelente fonte 
de pesquisa. Parabéns a toda 
equipe do Setor de Jornalismo 
e à CPAD!
Marta Ribeiro Figueiredo (RJ)
Por email
Bênção
A revista é umabênção! Ela é uma ferramenta 
necessária para os mestres 
ligados à Escola Dominical e 
Escolas Teológicas. Seu currí­
culo enriquece o aprendizado.
Pr Júlio César Simões, Cruzeiro (SP) 
Por e-mail
Lições Bíblicas
Anteriormente, era 
apenas uma revista para a 
classe de jovens e adultos 
para o estudo da Palavra de 
Deus aos domingos. Apesar 
de abordar sempre bons 
assuntos, havia um desinte­
resse da classe de jovens pela 
revista. Ano passado, porém, o 
coordenador nos apresentou a 
nova revista destinada para os 
jovens. Com assuntos atuais, 
exemplificados à luz da Bíblia, a 
nova revista ficou muito atrativa 
para os jovens, incentivando- 
-os a pesquisarem e estudarem 
mais sobre os assuntos aborda­
dos para poderem discutir na 
hora da aula. Um exemplo foi a 
lição "As epidemias globais", 
onde os alunos interessaram- 
-se bastante, havendo discus­
sões, exemplos, comentários 
de alunos que nunca falavam 
durante a aula. A busca pelo 
conhecimento e sabedoria 
vindas de Deus está tão grande 
que a turma que no inicio do 
ano era composta de 9 alunos 
passou para 22 alunos em um 
trimestre e sempre temos visi­
tantes. Glórias a Deus pela vida 
de nossos comentaristas das 
Lições Bíblicas dos Jovens e à 
CPAD, pois estão sendo usados 
para aguçar a busca pela pura e 
verdadeira Palavra de Deus.
Rute Rocha Carvalho, professora, 
AD Missões, Genipaúba (PA)
COM UNIQUE-SE COM A
ENSINADOR CRISTÃO
Por carta: Av. Brasil, 34.401 - Bangu 
21852-002 - Rio de Janeiro/RJ 
Por fax: 21 2406-7370 
Por email: ensinadorgicpad.com.br
Sua opinião é 
importante para nós!
Devido às lim itações de espaço, as 
cartas serão selecionadas e transcritas 
na íntegra ou em trechos considerados 
mais significativos. Serão publicadas 
as c o rre s p o n d ê n cia s a ss in a d a s e 
qu e con ten h am nom e e en d ereço 
com pletos e legíveis. No caso de uso 
de fax ou e-mail, só serão publicadas 
as cartas que informarem também a 
cidade e 0 Estado onde o Leitor reside.
ARTIGO de CAPA
Uma Pedagogia para a
Educação Cristã
Noções básicas para o exercício 
da Ciência da Educação
A pedagogia e uma <-ic. iua — - -
de teorizar/pensar sobre a prática da educação. Isso porque, 
como é sabido, qualquer civilização, sociedade grupo ou 
pequena comunidade, a fim de garantir sua sobrevivência
hií 
êx 
Dr
A pedagogia é uma ciência que nasceu da necessidade
a e , d u m UC y a ia .H M --------------
histórica e cultural, necessita de um sistema que ten ai e cuiturai, ^ ------
transmissão dos seus saberes h istoricam ente 
;ialmente tal processo de perpetuação
êxito na
oroduzidos. Se inicia....-------—-
dos costumes de cada povo se deu de forma praticamente 
espontânea, aos gregos, como informa Werner Jaeger, 
esse raciocínio não se aplica, pois ainda muito cedo - e e 
exatamente disso que decorre a sua im portanca universal 
_ " a ideia de educação representava para [este povoj o 
sentido de todo o esforço humano". Em outras palavras, 
I os gregos foram os primeiros a idealizarem a formaçao 
í de um elevado tip o de Homem" 1 A
chamavam deCom essa nova concepção, a que eles
transmissão da tota-paideia, os gregos revolucionaram a transmissão da to ta ­
lidade de seus costumes e também suas formas de vida,
transformando a educação espontânea em uma ação cons­
ciente que consiste na aquisição da cultura, que, para eles 
e um alto conceito de valor, um ideal consciente".2 Assim 
a aquisição da cultura foi transformada no "ato de educar"" 
isto e, passou a ser intencional com vistas à formação de 
um tipo ideal de ser humano. Como disserta Jaeger "no 
problema fundamental da divisão da História", é preciso 
fazer uma "distinção primacial entre o mundo pré-helênico 
e o que se inicia com os Gregos, o qual estabelece pela 
primeira vez de modo consciente um ideal de cultura como 
principio fo rm ativo".3 Essa ruptura marca uma valorização 
da individualidade do ser humano nunca antes vista no 
mundo antigo. Na realidade, a "importância dos Gregos 
como educadores deriva da sua nova concepção do lugar 
do indivíduo na sociedade".4
Mais ainda deve ser dito a respeito dos gregos antes de 
se particularizar o tema que está sendo analisado. A edu­
cação grega tendo em vista a formação, ou configuração, 
de um tipo ideal de ser humano, o "Homem vivo" 5 se dava 
através da aquisição da cultura helénica, isto é, aíravés de 
todas as esferas da vida - pensamento, linguagem, ação 
e todas as formas de arte".‘ E essa forma de educação no 
mundo antigo, um "processo de construção consciente" 
significa que "a essência da educação consiste na modela­
gem dos indivíduos pela norma da comunidade", ou seja 
este ideal de Homem, segundo o qual se devia formar
o indivíduo, nao e um esquema vazio, independente do 
espaço e do tpm nn” i
Vista como formação integral, a "educação grega nao e 
uma soma de técnicas e organizações privadas orientadas 
para a formação de uma individualidade perfeita e inde­
pendente", pois, como informa Jaeger em continuidade, 
tal "só aconteceu na época helenística, quando o Estado 
qrego já havia desaparecido - época da qual deriva em 
linha reta a pedagogia moderna".8 Quando o Estado grego 
dissolveu-se de sua forma inicial e as oligarquias passaram 
a pensar os seus indivíduos valorizando a individualidade 
acima do Estado, os gregos então tiveram de desenvolver 
a pedagogia — a ciência da educação. A delinnitaçao dos 
saberes tornou-se uma obrigatoriedade. O ideal de um 
tip o de pessoa continuou, mas agora já nao era mais o 
mesmo da paideia. E, se aos ouvidos modernos parece ter 
a pedagogia elitizado a educação grega, e preciso deixar 
claro que mesmo a paideia só era possível à aristocracia, e
não ao povo de um modo geral. ® ^ * * ^ ^ ^ * * ™ .
Desde então, a pedagogia discute o direito de alguém 
educar outrem, ou seja, busca fundamentos para o seu 
exercício, procura a melhor forma de gerir o processo de 
educar através do planejamento e da gestão, pensa em como 
o ser humano adquire conhecimento, isto e, quer conhecer 
melhor a epistemologia e, finalmente, persegue, através do 
estudo da didática, melhores formas de ensinar visando, 
acima de tudo, a aprendizagem por parte dos educandos. 
A fim de se pensar em uma pedagogia para a Educaçao 
Cristã, é preciso, ainda que ligeiramente, conhecer esses 
quatro campos da ciência da educação.
Fundamentos
Os fundamentos de uma determinada ciência sao a justi 
ficativa para a sua prática e/ou exercício. Nicola Abbagnano, 
diz que, nesta perspectiva, fundamento tem o significado 
de "Causa, no sentido de razão de ser". Na realidade, para 
esse autor, esta "é uma das significações principais do termo 
'causa', graças à qual contém a explicação e justificação 
racional da coisa da qual é causa"9 Assim, qualquer pe­
dagogia, possui fundamentos que orientam sua forma de 
enxergar a realidade e, consequentemente, o fenomeno 
educativo, dando origem a uma filosofia da educaçao que 
orientará sua ação docente, isto é, gerará, por sua vez, uma 
política educacional. Se esses fundamentos sao corretos, 
justos, coerentes, libertadores etc., é uma analise que cada 
educador precisa fazer no momento de optar por educar 
naquela perspectiva pedagógica. ■*
r
César Moisés 
Carvalho é pastor, 
pedagogo, professor 
universitário, pós- 
graduado em teologia 
pela PUC-Rio e chefe 
do Setor de Educação 
Cristã da CPAD.
Planejamento e Gestão
Decorrente da política educacional de determ inada 
pedagogia, é etapa imprescindível do processo educativo. 
Planejar e gerir, fugindo do espontaneísmo e do improviso, 
garante a aprendizagem do educando, que é o objetivo pri-
* 3
maz do processo educativo. Todavia, deve-se atentar para o 
tato de que a burocracia, em si, não é sinal de organização 
podendo murtas vezes servirapenas para escamotear uma 
situaçao de tolhimento da liberdade de pensar. É preciso 
na o Perder de vista a verdade de que todas as ações devem 
visar a aprendizagem do educando, sempre respeitando a 
sua condição de sujeito. Um planejamento e uma gestão 
que respeitem esse aspecto e persiga o objetivo maior do 
processo educativo, deve, obrigatoriamente, ter educadores 
que também se saibam sujeitos do processo educativo
r
, Assunto dos mais delicados em educação, a pergunta 
basica que a epistemologia procura responder é: como o 
i S®r humano aprende? Em uma pedagogia que valoriza o 
educando e nao apenas visa transformá-lo em um "depó­
sito de informações", é preciso responder a essa questão 
acrescentando o seguinte: como o ser humano aprende 
sem prejuízo de sua subjetividade? Em outras palavras, é 
preciso respeitar o aluno como detentor de vontade como 
sujeito de sua própria história, e não transformá-lo em um 
^ objeto manipulável que pode ser moldado ao nosso próprio 
■ mod°- Quando se reflete seriamente acerca desse assunto 
vemos que a redução do fenômeno educativo a uma única 
abordagem e, consequentemente, teoria do conhecimen- 
o, seja ela tradicionalista, comportamentalista, humanista 
cognitivista ou interacionista, é um equívoco.
Didática
ncompreendida por muitos e alvo de constantes inovações 
escabidas, a didática, ou, como dizia Comenius, a "arte de 
ensinar , constitui o momento decisivo da aula para edu­
cadores e educandos. E importante apenas pontuar que as 
atividades, com finalidades didáticas, devem ser coerentes 
com os fundamentos e/ou concepção filosófica da educação 
que fundamenta aquela determinada pedagogia. Assim de 
nada vale uma concepção progressista de educação, sem 
uma didatica que valorize, na prática, essa fundamentação.
Implicações "conclusivas'
Essa e uma pequena demonstração do caminho que os 
e ucadores cristãos devem tomar se quiserem ver o seu 
trabalho rendendo frutos. Se o objetivo é ensinar as pessoas 
com vistas a plena realização humana (Gn 1 26 27- Ef 1 10 
14; Tg 3.9), visando tornar-nos - educadores e educandos 
semelhantes a Cristo (Ef 4.13), precisamos de uma peda­
gogia que oriente o nosso quefazer docente, para que não 
nos achemos como meros replicadores religiosos. Eis uma 
tarefa urgente para a sobrevivência de todos os programas 
desenvolvidos sob a rubrica de Educação Cristã. 0
NOTAS
'JAEGER, W. Paidéia. A Formação 
do Homem Grego. 4. ed. São Paulo: 
Martins Fontes, 2001, p.7.
2 Ibid., p.8.
3 Ibidem.
4 Ibid., p.9.
5 Ibid., p.13.
6 Ibid., p.11.
7 Ibid., p.15.
8 Ibid., p.16.A
9 ABBAGNANO, N. Dicionário de
Filosofia. 4. ed. São Paulo: Martins 
Fontes, 2000, p.474.
10 COMENIUS. Didática magna. 2. 
ed. São Paulo: Martins Fontes, p.13.
r E N S IN A D O R . n ) CRISTAO y J
P P
D a R e d a ç a o
Exposição aborda origem 
da Escola Dom inical
Bíblias e uma revista de 1966 comentada por Eurico 
Bergstém foram destaque no evento
Com o objetivo de esclarecer 
a origem da Escola Dominical e 
a sua vital importância na vida 
do cristão, a diretoria do curso' 
Teológico Origem da Assembleia 
de Deus em Guaraciaba do Norte
Exposição organizada pelo curso de teologia 
atrai atenção de um público ávido em apren­
der mais sobre a origem da Escola Dominical
(CE) organizou uma exposição 
histórica e literária sobre a Escola 
Dominical. A atividade fez parte da 
grade curricular do sexto módulo 
do curso teológico.
Segundo o coordenador Carlos 
Alberto Araújo, o curso foi implan­
tado em 2014 e contam com 73 
alunos matriculados, sendo que 
cerca de 60% dos m ódulos já 
foram estudados. "Achamos por 
bem, na ocasião da conclusão do 
9o M ódulo,"Educação Cristã", 
promover uma exposição histó­
rica e literária da Escola Bíblica 
Dominical, tendo a Bíblia um lugar 
de destaque assim como a revista 
Lições Bíblicas de1966, a mais an­
tiga que encontramos, (A Lição de 
1966 tem como diretor-responsável 
Emílio Conde e comentaristas 
Eurico Bergstém e José Menezes) 
em meio a um acervo de Lições 
Bíblicas de diversas décadas e de 
todas as faixas etárias.Expondo 
a parte histórica da EBD, foi ela­
borado uma linha cronológica, 
que teve como ponto de partida 
a data de 1780, com Robert Rai- 
kes, culminando nos dias atuais", 
esclareceu coordenador", explica 
o coordenador.
Ele disse que a primeira for­
matura foi no inicio do primeiro 
semestre e alguns dos alunos já 
trabalham com a educação cristã 
da igreja. Carlos Alberto contou 
que é a primeira vez que organi­
zam um trabalho desta natureza e
durante 15 dias não só os alunos 
do curso de teologia, mas toda 
a igreja pode visitar e aprender 
mais sobre a Escola Dominical, 
através da exposição.
O evangelista relatou ainda 
que para enriquecer a exposição, 
foram utilizados recursos audiovi­
suais e fotografias. "As fotos do 
presidente da CGADB, pastor 
José Wellington Bezerra da Cos­
ta, os Consultores doutrinários,os 
principais Comentaristas das 
Lições Bíblicas da CPAD,e as 
ministrações das aulas da EBD 
em 11 congregações do nosso 
campo eclesiástico, foram colo­
cadas em destaque. Mas as 11 
salas da Escola Bíblica Dominical 
pastor Emiliano Ferreira da Costa, 
localizado na sede de nossa igre­
ja, também foram destacadas", 
conclui Carlos Alberto.
O líder da igreja, pastor João 
da Costa Melo enfatizou o valor 
do ensino bíblico-Teológico. "Esse 
primeiro momento serviu para 
vermos e valorizarmos o trabalho 
realizado pela equipe da EBD, 
reconhecendo o m érito deste 
trabalho para a direção do curso 
Teológico Origem da ADTC que 
desenvolveu a Exposição para 
também homenagear os professo­
res que voluntariamente lecionam 
a Palavra de Deus, realizando a 
obra com zelo e alegria, abenço­
ando vidas através do ensino da 
Bíblia Sagrada", finalizou líder. &
CONVERSA
Franca
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Escritor e psicólogo, Adriel Lemos, com 29 anos, já soma uma 
considerável bagagem em atividades com adolescentes e jovens. 
Há mais de 10 anos ele atua como líder juvenil e atualmente é se­
cretário geral e coordenador de jovens na Assembleia de Deus em 
Criciúma (SC), além de vice-coordenador estadual de adolescentes 
da Convenção das Assembleias de Deus em Santa Catarina. Nestas 
funções, ele agrega mais de dois mil jovens sob a sua responsabili­
dade. Embasado em estudos e situações práticas, Adriel explica a 
necessidade das convenções estaduais ligadas à Convenção Geral 
das Assembleias de Deus do Brasil (CGADB) rever suas estratégias 
para alcançar adolescentes e jovens. Segundo o psicólogo, é pre­
ciso que elas institucionalizem as ações para que os departamentos 
tenham força e respaldo de seus pastores.
.. * ^ 0 senhor nasceu em lar evangélico?
Sim, porém me desviei na adolescência e depois fui resgatado 
novamente pela misericórdia de Deus. Firmei meus passos na fé 
aos 16 anos.
Adriel Lemos é 
líder de jovens da 
Assembleia de Deus em 
Criciúma (SC) e vice- 
coordenador estaduaL 
de adolescentes 
da Convenção das 
Assembleias de Deus em 
Santa Catarina.
p Como o senhor avalia a 
atual forma de trabalho com 
jovens e adolescentes dentro 
de nossas igrejas?
A Assembleia de Deus realiza 
um excelente trabalho com jovens 
e adolescentes, e a prova disso são 
os magníficos projetos de ED, con­
gressos e reuniões de avivamento 
prom ovidos. Porém, como psicó­
logo e obreiro, vejo tam bém que 
poderíamos fazer algo ainda melhor. 
Poderíamos desenvolver estratégias 
e m e todolog ias d ife ren tes, sem 
perder a essência do cristianismo 
puro e simples pregado por Cristo.
P Como seria essa organiza­
ção de trabalhos com ações 
específicas para adolescentes 
e para jovens.
São inúmeras as ações que po­
dem ser feitas, e uso como exemplo 
meu Estado, Santa Catarina. Aqui na 
CIADESCP, temos um departamento 
convencional de adolescentes e outro 
de jovens. São diretorias distintas, 
que pensam diferente, com eventos 
e estratégias diferentes. Dessa forma, 
conseguimos criar ações específi­
cas para adolescentes e jovens. É 
preciso que as convenções ligadas 
à CGADB revejam suas estratégias 
de alcance a adolescentes e jovens e 
institucionalizem as ações para que 
os departamentos tenham força e 
respaldo de seus pastores.
P Pode haver comprometi­
mento no resultado de ativida­
Estamoe perdendo muitos 
adolescentes para o mundo 
e até mesmo para outros 
ministérios por falta de 
atividades cjue envolvam o 
adolescente em todas as 
suas necessidades
des feitas com os adolescentes 
e os jovens juntos?
Sou radical nessa posição e de­
fendo a separação das atividades. 
São vários os fatores que uso como 
base para isso: o "tim e" de apren­
dizado muda do adolescente para 
o jovem ; as estratégias, a m e to ­
dologia, as ilustrações do sermão 
são diferentes. Os adolescentes e 
jovens possuem universos culturais 
diferentes, maturidades diferentes; 
e o entendimento dessas mudanças 
é fundamental para o resultado do 
ensino de Cristo. Por exemplo, se 
fizermos um seminário sobre rela­
cionam ento e sexualidade, como 
poderia eu pensar que falar a um 
púb lico de 12 ou 13 anos seria o 
mesmo que falar a um público de 20 
a 25. São universos completamente 
diferentes e precisam ser respeitados.
Quais as características 
principais da adolescência? 
E da fase jovem?
Eu precisaria de um livro para 
responder a essa pergunta, mas de 
forma ampla e genérica, a adolescên­
cia é um período de transição biop- 
sicossocial do ser humano, enquanto 
que a fase jovem é a consolidação 
dessa transformação. Esse período 
de transição é bastante complexo e 
precisa ser assistido, com carinho, por 
pais, professores, líderes e pastores. 
Caso contrário, adolescentes e jovens 
podem buscar referências em outras 
"tribos", culturas e credos, que lhe 
farão sair dos caminhos do Senhor.
Ü É comum os adolescentes 
serem tratados de “aborrecen- 
tes”. 0 que pode ser feito para 
mudar esse conceito?
Mudar conceito sempre é algo 
bem desafiador e difícil, mas no meu 
ponto de vista, a igreja precisa enfati­
zar o desenvolvimento de seminários, 
capacitações, workshops e tantos ou­
tros modelos que priorizem o ensino 
da Palavra aos líderes, aos professores, 
aos adolescentes e também aos pais. 
Somente com uma igreja instruída é 
que vamos conseguir mudar essa triste 
realidade que vivemos hoje, em que 
muitos professores não exploram as 
qualidades de um adolescente por 
não entender que por trás de toda 
essa capa de rebeldia está um ado­
lescente carente, necessitando de 
afeto e atenção. Quando o professor 
entende a fase da adolescência, 
ele tem a capacidade de extrair do 
adolescente trabalho, dedicação 
e devoção para a Obra do Senhor.
Que conselhos práticos o 
senhor daria aos professores e 
líderes de adolescentes e aos 
de jovens?
O conselho primordial é centrar 
seu ministério na cruz de Cristo, em 
uma vida de oração e leitura bíb li­
ca. Esse é o princípio de qualquer 
ministério bem-sucedido. Defendo 
a bandeira do conhecimento como 
agente transformador de qualquer 
trabalho. Todo professor de ado­
lescente e jovem precisa estar "an- 
tenado" no universo juvenil, estar 
conectado, conhecer o público alvo 
que irá trabalhar. Como o professor 
espera desenvolver um trabalho de 
excelência se não conhece as d ife­
renças geracionais que há dentro da 
igreja? Se não conhece o universo 
digital que os juvenis estão inseridos? 
Não há qualquer possibilidade de 
sucesso ministerial com juvenis sem 
que haja preparação e conhecimento.
Quais seriam as principais 
responsabilidades extraclasse de 
um professor de adolescentes?
O professor possui um papel 
fundamental na formação teológica, 
cultural e no desenvolvimento espi­
ritual dos adolescentes. O professor 
que apenas se encarregar de suas 
atividades em classe estará fadado 
a um ministério ordinário e comum, 
que logo não será mais aceito pelo 
grupo de adolescentes, pois hoje, 
com o avanço te cn o ló g ico , se a 
liderança não desenvolver atividade 
extraclasse, será mais prazeroso ao 
adolescente ficar em casa conectado 
na internet a estar na igreja. É evi­
dente que estamos perdendo muitos 
adolescentes para o mundo, drogas, 
prostituição e até mesmo para outros 
ministérios por falta de atividades 
que envolvam o adolescente em 
todas as suas necessidades.
, p Como um líder ou profes­
sor deve agir ao identificar 
que um adolescente está em 
situação de risco?
É im portan te que o líder seja 
próximo o suficiente do adolescente 
para identificar uma possível situação 
de risco. De forma geral, todo adoles­
cente que estiver sofrendo qualquer 
tipo de violência, seja ela física, psi­
cológica ou sexual, vai demonstrar 
através de seu comportamento que 
alguma coisa está errada. Em casos 
de agressão física, os sinais são mais 
evidentes e o líder perceberá com 
maior facilidade. Porém, em casos 
de agressão psicológica ou sexual, 
os sinais são mais imperceptíveis 
e exigem maior cautela para sua 
devida avaliação. Fique atento à 
conduta sedutora excessiva, aversão 
ao contato físico, comportamento 
incompatível com a idade (regres­
sões), auto-flagelação, culpabiliza- 
ção, introversão excessiva e outros 
comportamentos inadequados ou 
antissociais. Nunca tome qualquer 
atitude sem consultar alguém que 
possa ajudá-lo, como seu pastor, 
ou uma educadora na igreja, um 
psicólogo, médico, assistente social, 
pois são pessoas que saberão com 
maior clareza entender os sinais que 
o adolescente está oferecendo.
? 0 que deve ser feito para 
alcançar e envolver adolescen­
tes que vão à igreja porque são 
obrigados pelos pais?
Esses são os mais d ifíce is de 
traba lhar, pois para eles é mais 
prazeroso fica r em casa do que 
estar na EBD. O líder e professor 
de adolescentes precisa ser alguém 
"antenado" às tecnologias utilizadas 
pelos adolescentes. E preciso que 
o líder explore as redes sociais, as 
ferramentas disponíveis na internet 
e, acima disso, envolva o adoles­
cente no processo de ensino da
Os adolescentes 
e jovens possuem 
universos culturais 
diferentes, 
maturidades 
diferentes; e o 
entendimento 
dessas mudanças é 
fundamental para o 
resultado do ensino 
de Cristo
EBD e nos grupos. Adolescentes 
vivem um momento de onipotência 
e o professor precisa explorar isso 
transferindo responsabilidade para 
ele. Deixe que ele faça parte do 
processo. Deixe que ele ajude você 
nas decisões, nas escolhas. Envolva 
os adolescentes nas diretorias e veja 
o quanto um adolescente motivado 
pode transformar o seu trabalho. Esse 
é o ponto de partida para adoles­
centes desmotivados ou obrigados a 
estarem na EBD: que eles façam parte 
do processo e não apenas sintam-se 
como simplesmente mais um.
Quais são os lim ites do 
envolvimento emocional entre 
o líder e o liderado?
É preciso que seja saudável, pois 
o liderado não pode confundir au­
toridade com amizada. No caso do 
adolescente, esse limite precisa ser 
respeitado para que o líder ou pro­
fessor não caia no descrédito com 
seus adolescentes devido à falta de 
autoridade, e tão pouco seja taxado 
de ditador sem coração. O líder não 
pode ser mais um pai na vida do ado­
lescente e também não pode ser igual 
ao amigo da escola. Ele precisa ser 
companheiro, confidente,porém ao 
mesmo tempo deve ter a autoridade 
para que haja respeito e consideração 
por parte do adolescente.
P o r R e y n a l d o O d i l o M a r t i n s S o a r e s
FAMÍLIA: Um dos P
Quando Deus observou a vida do homem na 
Terra, viu que não era bom que ele estivesse só 
e, por isso, instituiu a família (Lição 1), a qual foi 
a resposta para o drama de Adão. Nos primeiros 
tempos de "lua de mel", no Paraíso, Adão viveu 
o seu "sonho dourado", mas, ao que tudo indica, 
isso não demorou muito, e o primeiro casal caiu 
desgraçada mente.
Com a Queda, muitas circunstâncias mudaram. 
O casal foi expulso do Éden e passou a experi­
mentar as durezas da vida. Seus filhos, quando 
cresceram, foram trabalhar "no pesado". Certo 
dia, a inveja invadiu o coração do prim ogênito 
(Lição 2) e ele matou o caçula. Grande tragédia.
Os descendentes de Caim, espelhando sua 
conduta, criaram um padrão de vida distante
W mMf fít*■ V V f $5*
da presença do Eterno (Gn 4.23). A partir daí, 
surgiram diferentes mudanças sociais na família 
- poligamia, poliandria, dentre outros "arranjos" 
familiares - em desacordo com o que o Senhor 
estabeleceu no princípio (Lição 3).
O Todo-Poderoso sempre se interessou pelo 
bem-estar das pessoas, por isso,ao longo da Bíblia, 
observa-se o Senhor ajudando Seus servos (Adão, 
Isaque e Jacó, por exemplo), a se prepararem para 
construir um novo núcleo familiar(Lição 4). Esse 
desejo de Deus permanece até hoje. Os Jovens 
que servem ao Senhor, por tal razão, têm esse 
excelente diferencial em suas vidas.
Entretanto, quando o Criador estabeleceu seu 
padrão para a família, determinou ao homem que, 
antes de formar um novo lar, deixasse pai e mãe
jV ^ „
ilares da Sociedade
(Lição 5). O Altíssimo estava criando um fenômeno 
que posteriormente na filosofia se chamaria de 
"ind iv iduação":o indivíduo se isola, dentro da 
espécie, para gerar suas próprias características. 
Obedecer a essa ordem é fundamental para que 
se concretizem a liderança do esposo (Lição 6), 
bem como a honrosa função de adjutora da es­
posa (Lição 7), aspectos que serão decisivos para 
que a família pegue a estrada para a felicidade. 
O Senhor pensou em tudo isso, no afã dos seres 
humanos viverem em unidade e com comunhão 
com Deus.
Para a unidade familiar existir se faz necessário 
que todos olhem na mesma direção. Isso só será 
obtido através de uma comunicação eficaz (Lição 
8). Pais e filhos que se entendem e se amam: esse
sempre foi o projeto do Criador. Entretanto os seres 
humanos, frequentemente, provocam conflitos 
familiares (Lição 9), envolvendo as pessoas mais 
amadas. Por causa da frequência desses proble­
mas, às vezes, a divisão se instala definitivamente 
em famílias que servem a Deus (Lição 10). Uma 
triste realidade que alcançou a família de Isaque, 
mas que não significou a derrota total. No fim da 
vida, houve a reconciliação familiar e todos foram 
grandemente abençoados; afinal, tratava-sede 
uma família segundo o coração de Deus (Lição 11).
Ser uma família segundo o coração de Deus 
não significa, assim, a inexistência de conflitos, 
frustrações e imperfeições. A família de Jesus 
(Lição 12) fo i um exem plo disso, pois soube 
vencer as dificuldades, tornando-se um modelo
WÜRk
para as famílias do Século XXI (Lição 13), 
as quais vivem em meio a um caos sem 
precedentes, como consequência da 
cosmovisão pós-modernista, através da 
qual é ensinado o relativismo moral, o 
pluralismo cultural e o questionamento 
da fé, dentre outras teses nocivas.
Prova desse descalabro pode ser en­
contrada naguerra ideológica em curso, 
com o apoio de Organismos Internacio­
nais, a qual tem como objetivo primacial 
que a união entre pessoas do mesmo 
sexo seja reconhecida como família.
Isso, entretanto, apresenta-se como 
uma tragédia social, bem como um aten­
tado aos postulados bíblicos, pois a ideia 
de casamento sempre se sustentou, des­
de o início, em quatro pilastras: espécie 
(deve acontecer entre seres humanos), 
gênero (masculino e feminino),número 
("dois": um espécime de cada gênero) e 
fidelidade (casamento indissolúvel). Dessa 
maneira ficou estabelecido por Deus o 
paradigma monogâmico heterossexual 
para a formação inicial da família.
A legislação brasileira hoje avalia o 
casamento como um mero contrato, 
o qual, a qua lquer m om ento e sem 
nenhuma causa, pode ser desfeito, des­
considerando, desta maneira, a coluna 
da "fidelidade".
Com o reconhecimento das "uniões 
homoafetivas" como família, aconte­
ceu o desprezo ao segundo baluarte:
"g ê n e ro ". D estarte ,poderá exis tir o 
entendimento que não há mais razão 
para manter o casamento apenas entre 
duas pessoas, pois o p ilar "núm ero" 
é consequência lógica do "gênero". 
Talvez, por tal razão, já estão sendo re­
conhecidos, no Brasil, os denominados 
"casamentos poliafetivos".1
Resta apenas, ao casamento, o pilar 
"espécie". C ontudo será respeitado 
por quanto tempo? Qual a justificativa 
para valorizar tal fundamento? Se for a 
perpetuação da espécie humana, isso já 
foi menosprezado com a possibilidade 
do casamento gay. A ruína da sociedade 
hodierna se apressa velozmente.
Na Alemanha, por exemplo, ativistas 
conseguiram a aprovação de uma lei cri­
minalizando a zoofilia (sexo com animais), 
pois se constatou naquele país a morte 
de 500.000 animais anualmente por causa 
de "abusos sexuais" de seus donos, no 
entanto o grupo zoófilo "ZETA" pretende 
ajuizar ação judicial a fim de derrubara lei.2 
A queda do último pilar do casamento, 
na velocidade como andam as coisas, 
ao que parece, pode ser apenas uma 
questão de tempo. &
’hhttp://brasil.estadao.com.br/noticias/rio-de- 
-janeiro.rio-registra-primeira-uniao-estavel-entre-3- 
-mulheres,1781538 -consulta em 27/10/2015. 
2https://br.noticias.yahoo.com/alemanha-aprova-lei- 
-contra-zoofilia-e-gera-protestos-165037262.html 
-consulta em 27/10/2015.
Reynaldo Odilo 
Martins Soares é 
evangelista da Igreja 
Assembléia de Deus 
(RN), Graduado em 
Direito pela UFRN, 
Pós-Graduado em 
Direito Processual 
Civil e Penal pela 
UnP - Universidade 
Potiguar, Mestre e 
Doutorando pela 
Universidade do País 
Basco - Espanha. 
Articulista da Lição 
de Jovens deste 
trimestre.
▼ A mudança de paradigmas humanos sobre o conceito de família não modificará \ 
a definição dada pelo Altíssimo. Tudo o que está acontecendoé cum prim ento 
de profecias bíblicas(Mt 24.12; 2Tm 3.1-4) e tornam desta um a Era turbulenta.
Há, com o se vê, um in ten to do m al para m u d a r os v a lo re s m orais, com o 
objetivo da destruição do projeto divino, que, repita-se: é a família m onogâm ica 
heterossexual. Todavia nem tudo está perdido. O Todo-Poderoso quer mudar este 
quadro e estabelecer Seu Reino nas famílias. “Entrega 0 teu caminho ao Senhor; 
confia neLe, e ele tudo fará” (SL 37.5).
siMpw® p ' ■ * C W 1
f I ^ W K t i
IA 1 Ç W 1 fÁ Â
P o r S i l a s D a n i e l
JOHN FLETCHER:
PREGADOR, PROFESSOR, 
LÍDER E UMA VIDA SANTA
“F letch er ch egava a p a ssa r 
de 14 a 16 horas p o r dia 
d eb ru çad o sob re 0 te x to 
bíblico em e stu d o e oração
*<.~M m ÊtÊÊÊÊÊK ÊK Êm »m m m ~~ ~
O suíço de língua francesa Jean Guillaume de 
la Fléchère, mais conhecido pela forma anglicizada 
de seu nome - John William Fletcher-, nasceu em 
1729, na cidade de Nyon. Braço direito e amigo 
íntim o dos líderes m etodistas John e Charles 
Wesley, tendo sido escolhido por aquele para ser 
seu sucessor, Fletcher era, conforme as palavras 
do próprio John Wesley, "alguém tão devotado 
a Deus, tanto exterior como interiormente, que 
dific ilm ente encontrarei outro como ele deste 
lado da eternidade". Ao falecer, foi descrito por 
seu amigo como "um modelo de santidade sem 
paralelo neste século".
Conta-se quequando pastoreou em Madeley, 
Inglaterra, devido à influência de sua pregação, 
que levou milhares a Cristo, todos os bares daquela 
cidade foram fechados. Era um pastor dedicado, 
que visitava sempre suas ovelhas e ensinava-as 
com afinco a Palavra de Deus.
Fletcher aceitou Jesus como seu Salvador 
após ouvir a pregação do Evangelho por um
pregador m etodista ao chegar em Londres a 
primeira vez. Dedicou-se cedo ao estudo das 
Sagradas Escrituras, chegando a passar de 14 
a 16 horas por dia debruçado sobre o tex to 
sagrado em estudo e oração. Também cedo 
começou a pregar.
Tornou-se professor de Teologia em Trevecca, 
no sul de Gales, sendo amado por seus alunos, a 
quem convidava para passar horas gloriosas em 
oração após as aulas. Era igualmente amado como 
pregador, sendo, inclusive, chamado de "seráfico" 
devido a suas pregações que pareciam ministradas 
por um anjo de Deus. Chegou a passar cinco meses 
em viagem pela França, Itália e Suíça atendendo 
convites para pregar o Evangelho.
Fletcher faleceu em 1785, na Inglaterra, sendo 
considerado um dos grandes teólogos, líderes 
e pregadores do m etodism o e da história da 
Igreja. Um homem de uma vida santa e iliba ­
da diante de Deus e dos homens. Um grande 
exemplo de m estre.-^
revista's DE t iuvmz
A lguns pais possuem um 
bom patrimônio financeiro para 
deixar de legado aos seus filhos. 
Outros não. Mas em contrapar­
tida trabalham muito para ofere­
cer aos filhos uma qualidade de 
vida melhor do que tiveram em 
sua infância e adolescência. Há 
ainda àqueles que a única he­
rança que deixarão será dívidas.
Fato é que a fa m ília do 
adolescente sempre deixa um 
legado . O ado lescen te não 
herda apenas bens materiais. 
Ele também recebe valores e 
hábitos que influenciam em seu 
comportamento. Sem mencionar 
as crenças e heranças espirituais. 
Óbvio que tais fatores não são 
deterministas. Rorém é inegável 
que a influencia da família na 
vida do adolescente é m uito 
grande!
E preciso sensibilidade para 
discernir o que está por trás do 
com po rtam en to ado lescen­
te. Alguns cresceram em uma 
família estável, com amparo, 
incentivo, proteção e lim ites. 
Outros possuem uma história 
de vida atravessada pela orfan­
dade, privações e/ou abusos. 
Sem m encionar àqueles que 
crescem em situação de risco.
Fato é que cada adolescente 
que Deus traz até nós, educa­
dores e líderes, precisam ser 
abraçados, independente do 
seu je ito , com portam en to e 
histórico familiar. Por vezes, a 
igreja é o segundo lar do ado­
lescente. Por isso, importa que 
professores e líderes estejam 
pron tos para se envolver de 
coração aberto , para aí sim 
ensinar para transformar a vida 
do adolescente e seu relaciona­
mento com a sua família.
O objetivo de cada encontro 
dom in ica l não é passar uma 
informação ou conteúdo sim­
plesmente. Mas, passar valores 
bíblicos visando à formação do 
caráter cristão no adolescente.
Por isso, é tão importante focar 
nos princípios cristãos de rela­
cionamento familiar, dentre os 
quais destacamos alguns...
• Princípio da Autoridade 
- Os pais são autoridades ins­
tituídas por Deus para zelo e 
proteção dos filhos. Submissão 
à essa autoridade é imprescin­
dível para receber as bênçãos 
de Deus.
• Princípio da Honra - O 
código de ética ensina que é 
necessário respeitar os pais. A 
Bíblia pede mais. Ele ordena 
honra. O respeito tem haver com 
atitudes externas. A honra tem 
haver com o coração. O filho que 
honra é o mesmo na presença 
e na ausência dos pais.
• Princípio do Am or-A lguns 
pais têm um com portam ento 
indigno. E nestes casos, o amor 
é o caminho mais seguro para 
o filho trilhar. O p rinc ip io do 
amor leva os filhos a perdoarem 
e o perdão cura toda a dor, 
desapontamento e mágoa que 
possa existir.
• Leia da semeadura - E a 
Bíblia quem ensina: "...porque 
tudo o que o homem semear, 
isso também ceifará." (Gl 6:7b) É 
nossa responsabilidade ensinar 
aos adolescentes que a maneira 
como tratam seus pais são uma 
semeadura para sua própria 
vida. Esta lei funciona para as 
coisas boas e coisas ruins. Por 
isso é tão im portante ensiná- 
-los a semear gratidão, honra, 
obediência, honestidade etc.
Ninguém escolhe a família 
que nasce. Mas todos nós po­
demos escolher a família que 
queremos construir. Algumas 
famílias são mais certinhas que 
outras. Nenhuma delas é perfei­
ta. Algumas precisam de um ver­
dadeiro milagre. Porém, quando 
um adolescente faz uma aliança 
com Jesus, ele passa a andar com 
Deus. E Deus é especialista em 
transformar histórias e famílias!
0 que é Liderança?
O tem a "lide rança" está na moda. 
Diversos livros são publicados todos os 
anos abordando o assunto. Empresas e 
igrejas investem em formação de novos 
líderes. Institutos e pesquisas continuam 
apontando a necessidade de mais líderes 
no Estado, nas corporações e em especial 
nas igrejas.
É importante que se compreenda que 
uma pessoa não se torna líder apenas 
porque recebeu este título ou porque foi 
nomeada para determinado cargo. A lide­
rança é construída. Uma pessoa pode sim 
começar a exercer uma liderança a partir de 
uma nomeação. Mas há lideranças informais, 
que surgem espontaneamente no dia a dia 
e estas costumam exercer grande influencia 
no grupo.
Líderes não se definem por idade. 
Qualquer professor observador consegue 
identificar em sua turma quem é o líder.
Flavianne Vaz 
é historiadora. 
Formada em Teologia 
(FTSA) e Liderança 
(EQUIP). Membro 
da Assembléia de 
Deus - Ministério 
Crescer (RJ). 
Trabalha no CEMP 
- Centro de Estudos 
do Movimento 
Pentecostal da CPAD.
Sempre há um adolescente que exerce influencia 
sobre os outros, que se destaca, que dita o ritmo 
do trabalho (ou da bagunça)! Podemos observar 
na Bíblia que a liderança de diversos personagens 
nasceu na adolescência e juventude, como são os 
casos de José, de Samuel e de Davi.
Sendo entendida como uma construção, a lide­
rança precisa de um bom alicerce. E este fundamento 
são os valores do líder. Os princípios e a forma de 
ver o mundo irão direcionar a maneira como o 
líder se relaciona com as pessoas. Por exemplo: 
um líder auto-suficiente tenderá a ser controlador; 
Outro inseguro tenderá a desconfiar dos membros 
de sua equipe; àqueles que são otimistas, terão 
facilidade de empreender grandes projetos.
Jesus fo i o maior líder da história. Em sua 
vida podem os ver um insp irador m odelo de 
liderança: "a liderança servidora''. - Ele mesmo 
disse: "Porque até o Filho do Homem não veio 
para ser servido, mas para servir e dar a sua vida 
para salvar muita gente." (Mateus 20:28) E em sua 
prática ministerial podemos identificar os valores 
que são bons alicerces para construirmos nossa 
própria liderança. São alguns deles...
• Relacionamento com Deus - É impensável 
uma pessoa querer liderar o povo de Deus sem 
uma aliança com o Senhor. O líder cristão precisa 
zelar pela sua intimidade com o Pai.
• Compromisso com a verdade - Para ser 
líder é preciso ter caráter. Nenhuma pessoa se 
sujeita a uma liderança desonesta. O líder cristão 
é chamado para ser luz, para ser o exemplo. E só 
quem vive em verdade pode ensinar a Verdade.
• Amor ao próximo - Liderança diz respeito a 
pessoas. Não há como servir sem amar. O amor é o 
principal combustível do líder cristão. Quando tudo 
fica difícil, é o amor que faz o líder continuar firme.
• Perseverança no propósito da liderança - Ao 
contrário do que muitos pensam liderança não 
é uma questão de prestígio, mas de responsa­
bilidade. O líder cristão não pode perder o seu 
senso de propósito. Ele tem uma missão: levar 
as pessoas até Cristo e ajudá-las na caminhada.
Todos nós podemos ser líderes no Reino de 
Deus. Para liderar não é necessário nomeações, 
mas um coraçãodisposto a servir. Conforme Je­
sus nos ensinou, liderança e serviço andam lado 
a lado. Siga os valores que Jesus e engaje-se na 
missão do Reino de Deus: "salvar muita gente"! 
(Cf Mt 20:28). 0
REFERÊNCIAS
MAXWELL, John. Os 5 níveis de liderança.
Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
TOLER, Stan. GILBERT, Larry. Treinador de Líderes.
Rio de Janeiro: CPAD, 2014.
lEROIS
A cada capítulo uma história diferente, uma nova 
biografia. Esta obra contém as biografias de grandes 
servos de Jesus, como: Lutero, Finney, Wesley e 
Moody, dentre outros que resolveram viver uma 
vida de plenitude do evangelho. Conheça a vida de 
pessoas verdadeiramente transformadas por Deus e 
que, por isso, servem-nos como exemplos de vida. 
Um estímulo para também buscarmos ser 
reconhecidos como verdadeiros Heróis da Fé.
1 [OMEN'S .4 %
extraordinários
q u e INCENDIARAM
O MUNDO
O r l a n d o ^
Um dos maiores clássicos 
da literatura evangélica.
I ÉÉH W
©®®(§)
w w w .c p a d .c o m .b r CPAD
investem na inclusão de alunos 
portadores de deficiência
AssembLeianos buscam estratégias para atender 
aos reclames da Grande Comissão e suprir 
as necessidades dos alunos especiais
Desde os primórdios, infelizmente, encontramos 
muitos na sociedade que olham com desprezo 
as pessoas portadoras de deficiência física. Na 
Palestina dos tempos bíblicos, os portadores de 
deficiência sofriam com a discriminação de seus 
conterrâneos. Eles sequer podiam participar da 
liturgia como os demais. Certa feita, porém, o 
Senhor Jesus Cristo visitou uma sinagoga e lá 
ensinava a Palavra, quando, entre os religiosos, 
estava um homem com uma das mãos mirrada 
(Lc 6. 6-11). O Mestre logo percebeu que estava 
sendo observado pelos fariseus, que procuravam 
uma oportunidade de acusá-lo diante do povo.
Cristo, no entanto, convidou o deficiente que 
ficasse de pé em meio ao púb lico e o curou. 
Através desse ato, Jesus ensinou àqueles homens 
que os portadores de deficiência tinham também 
seu lugar na sociedade.
"Na Palestina, as pessoas portadoras de defi­
ciência física eram excluídos da sociedade. Esse 
comportamento tinha dois motivos: os deficientes 
eram tidos como uma parcela da população não 
abençoada por Deus, e considerados um peso 
para a sociedade. Além disso, não participavam 
das celebrações no Templo, devido ao mal estar 
provocado pelos demais. A situação mudou quando
Jesus incluiu a todos. Verificamos isto na parábola 
da grande ceia (Lc 14.15-24) na qual o dono da casa 
ordenou que todos, sem exceção, participassem de 
sua festividade. A partir da Era Cristã, os deficientes 
passaram a ser incluídos entre os fieis", explica o 
consultor teológico da CPAD e comentarista de 
Lições Bíblicas, pastor Claudionor de Andrade. 
Dessa forma, entende-se que os deficientes não 
podem ser esquecidos pelos demais cristãos, mas 
propiciar-lhes recursos para o devido acesso ao 
ensino da Palavra de Deus.
Na Assembleia de Deus Ministério do Belém 
(SP), liderada pelo presidente da Convenção 
Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGA- 
DB), pastor José Wellington Bezerra da Costa, a 
Escola Dominical se mobilizou para atender aos 
alunos portadores de deficiência auditiva. Os 
professores Claudiomar Lucas de Sousa e Cléber 
Macena (deficiente auditivo) são os responsáveis 
por ensinar a Palavra aos alunos especiais.
"A classe existe há cerca de 10 anos, porém, 
oficialmente, trabalhamos com os nossos alunos há 
seis. Para a melhor compreensão deles, utilizamos 
as Lições Bíblicas (Adultos), data show e os slides 
extraídos da internet. Depois que descobrimos 
esses slides, tivemos um grande avanço, pois a 
imagens disponíveis são compatíveis com a lição 
da revista destinada aos Adultos pela CPAD", 
frisa Claudiomar.
Ele argumenta que pela falta de um material 
adequado aos alunos, foi necessário fazer as 
adaptações, mas revela que o seu objetivo é con­
seguir fracionar a classe, separar os alunos jovens 
dos casais e iniciar um trabalho específico com 
as crianças, uma vez que os professores lecionam 
para esses segmentos em uma só classe.
"O trabalho começou com apenas dois alunos, 
situação que perdurou por um ano, mas agora a 
nossa classe conta com cerca de 15. Desde o início, 
o nosso objetivo foi e ainda é, contagiar as nossas 
congregações da capital, para que no mínimo 
possamos ter um interprete por igreja sede, com 
vistas à expansão deste projeto", revela Claudiomar.
A coordenadora da classe de defic ientes 
auditivos, Kézya Cristhina Sousa Castro Freitas, 
membro da Assembleia de Deus em Rio Verde 
(GO), conduzida pelo pastor W ellington Carlos 
A lm eida Rocha, afirma que a inclusão desses 
alunos especiais faz parte do crescimento na 
igreja goiana.
"A preocupação em fazer a vontade do Senhor, 
no que diz respeito a levar o Evangelho a todos, 
fez a AD em Rio Verde estender suas mãos para 
alcançar os deficientes auditivos", diz Kézya.
Porém, mais esta vez,
Jesus ensinou aos homens 
que os portadores de
deficiência tinham seu 
lugar na sociedade
A turma de alunos deficientes auditivos é alvo de total atenção dos 
professores Cleber e Claudiomar em São Paulo
Ela conta que a ED oferece estrutura a fim de 
adequar os alunos, como a sala "Gestos de Ado­
ração" para o discipulado. A lição é ministrada por 
um professor munido de vários recursos visuais e 
objetos, cartazes, cores, textura e outros recursos; 
mas também o ensino de novos vocabulários, 
novos gestos para identificar os personagens e 
conteúdos bíblicos. "Isso amplia as possibilidades 
de comunicação sobre a Palavra da Verdade. E por 
isso que a sala possui, em suas paredes, cartazes 
bastante pedagógicos para os auxiliarem na co­
municação religiosa e secular", explica.
Agora um dos objetivos atuais para a sala é a 
formação de uma aluna em professora, o que vai 
permitir que os demais entendam que Deus os ca­
pacita para o trabalho de divulgação do Evangelho.
Inclusão de alunos na Bahia
Na AD em Salvador (Adesal), a liderança local 
esmera-se nos recursos para que os crentes por­
tadores de deficiência tenham acesso à ED, cultos 
doutrinários, e congressos a fim de ofuscar o em­
baraço causado pelas limitações físicas, sensoriais, 
cognitivas ou de outra ordem. A igreja na capital 
baiana é conduzida pelo pastor Israel Alves Ferreira.
"Dessa forma, considerando as orientações 
oriundas do M inistério da Educação (MEC), o 
corpo discente poderá ser formado por pessoas 
com deficiência, a saber: aqueles que têm im­
pedimentos de longo prazo de natureza física, 
intelectual, mental ou sensorial. Pessoas com 
transtornos globais do desenvolvimento: aqueles 
que apresentam um quadro de alterações no 
desenvolvimento neuropsicomotor, nas relações 
sociais, na comunicação. Incluem-se nessa definição
pessoas com autismo clássico, diversas síndro- 
mes e transtornos invasivos. A atenção também 
é voltada para os alunos com altas habilidades/ 
superdotação, isto é, aqueles que apresentam um 
potencial elevado e grande envolvimento nas áreas 
do conhecimento humano, isoladas ou combina­
das: intelectual, liderança, psicomotora, artes e 
criatividade" explica a diretora do departamento 
de ensino e Departamento Infantil (ambos setores 
da Adesal), professora Laura Lidice.
A igreja também atende a pessoas portadoras 
de síndrome de down, deficiência visual, auditiva; 
orienta os professores a prestarem atenção às 
peculiaridades de cada aluno para detectar a di­
ficuldade e receba a orientação para lidar com tais 
limitações através das redes de apoio no âmbito 
profissional, os atendimentos especializados na área 
de saúde e instituições especializadas para atender 
pessoas com necessidades especiais. O objetivo 
é a elaboração de estratégias e disponibilização 
de recursos de acessibilidade. A Adesal também 
atende alunosportadores de deficiência física 
(atraso no desenvolvimento motor ou com paralisia 
cerebral) que são inseridos no seu grupo etário.
O trabalho intitulado Ministério de Silêncio é 
voltado para os deficientes auditivos que congregam 
na AD em Santana (AP). As atividades tiveram início 
através do trabalho da missionária Thami Carolina 
Rodrigues, que investiu seu tempo aos fieis porta­
dores de deficiência auditiva. Quando soube do 
propósito de Thami, o líder da igreja amapaense, 
pastor Lucifrancis Barbosa Tavares, se prontificou 
em ajudar no que fosse possível para ajudar a esses 
alunos especiais a aprender a Palavra.
Segundo o líder do Ministério do Silêncio e intér­
prete, Melque Lima, no início dos trabalhos, foram 
sugeridas várias ideias para adaptar o Ministério 
do Silêncio na ED. A ministração das aulas era em 
português e interpretadas para Libras, mas o tempo 
revelou que as aulas ministradas apenas em libras 
foi mais producente e satisfazia a necessidade do 
aluno. "A turma é relativamente pequena, a classe 
é conjunta e todos os alunos com a deficiência 
estudam juntos em uma classe de discipulado. O 
material utilizado nas aulas é Lições Bíblicas de 
jovens e adultos, adaptada para a Libras", conta 
Melque. O departamento também é conduzido 
pelo professor e intérprete Heliton Souza.
O líder explica que as crianças frequentam as 
salas do Departamento Infantil, acompanhadas por 
intérpretes, sendo necessárias outras adaptações 
específicas. Com isso, a Igreja prossegue em sua 
lida no aprendizado da Palavra aos convertidos, 
mesmo aqueles portadores de deficiência física. ?
ENTREVISTA do 
COMENTARISTA
P o r G i l d a J ú l i o
Como entender Romanos
Romanos é a epístola de Paulo mais longa, mais teológica e mais 
influente. Talvez por essas razões foi colocada em primeiro lugar entre 
as do apóstolo. Ele escreveu esta carta a fim de preparar o caminho 
para a obra que ele esperava realizar em Roma e na sua missão 
prevista para a Espanha. Na Carta aos Romanos, o apóstolo disse 
que diversas vezes planejou ir até Roma para anunciar a Palavra de 
Deus na capital do Império, porém não havia conseguido (1.13-15; 
15.22). Mas ele reitera o seu desejo de estar com os crentes romanos 
(15.23-32). Paulo escreveu esta carta próximo do fim de sua terceira 
viagem missionária (cf 15.25,26; A t 20.2,3; 1 Co 16. 5,6). Ele estava 
em Corinto, hospedado na casa de Gaio (16.23; 1 Co 1.14). O tema 
dos escritos de Paulo centra-se em Romanos 1.16,17, a saber: que 
através de Jesus Cristo a justiça divina é revelada como a solução à 
sua justa ira contra o pecado. O objetivo do Apóstolo dos Gentios era 
preparar o caminho para a obra que ele aspirava realizar em Roma e 
na sua missão para a Espanha. Neste trimestre, vamos estudar sobre 
as características especiais e propósitos sobre a epístola. E para nos 
auxiliar numa melhor compreensão sobre essa epístola, o articulista 
convidado é o pastor José Gonçalves, líder da Assembleia de Deus em 
Água Branca (PI), escritor e comentarista de Lições Bíblicas da CPAD.
jp Que estratégias o senhor 
estabelece nas igrejas onde o 
senhor passa e que fortalece 
a Escola Dominical?
Primeiramente, a igreja deve 
ser conscientizada, a partir de 
seu líder, da importância que a 
educação cristã tem na formação 
dos valores familiares. A Escola 
Dominical entra aqui como uma 
agência na form ação desses 
valores cristãos ao promover o 
discipulado. Ela forma segui­
dores que serão capazes de 
reproduzir aos outros aquilo que 
aprenderam. Para que esse fim 
seja alcançado, é necessário in­
vestir no treinamento de líderes e 
professores, habilitando-os para 
o desempenho do serviço cristão. 
Todos, portanto, precisam par­
ticipar desse processo. Em um 
segundo momento, a atenção 
deve ser voltada para a parte
estrutural desse projeto, onde a 
parte física (prédios) e didática 
(materiais) são contemplados. 
'p- Qual a im portância da 
Epístola aos Romanos para 
a Igreja de hoje?
A princ ipa l im portânc ia 
da Carta aos Romanos está na 
construção de uma identidade 
cristã: não há mais gentios e 
judeus, mas, sim, o povo de 
Deus formado por aqueles que 
foram justificados em Cristo Je­
sus. Em outras palavras, somos 
a igreja de Deus! Somos povo 
de Deus. Essa identidade cristã 
só se tornou possível através da 
manifestação da graça de Deus 
na pessoa bend ita de Jesus 
Cristo. Essa graça abriu a porta 
de entrada para todas as bên­
çãos de Deus, tanto na presente 
era como também no porvir. A 
habitação do Espírito Santo no
crente, promessa feita na antiga 
aliança, tem seu cumprimento 
agora na dispensação da graça.
Por que essa carta é con­
siderada mais teológica que 
as demais?
O conteúdo de Romanos, 
que form a o corpus pau lino 
dessa carta, possui alguns dos 
maiores temas das Escrituras.
São esses temas que tornam 
essa carta a mais teológica do 
Novo Testamento. Logo após as 
palavras de saudação, observa­
mos a seção que trata sobre a 
manifestação da justiça de Deus 
mediante a fé (Rm 1.18-4.25). Em 
nenhum outro lugar a doutrina 
da justificação aparece com tan­
ta clareza quanto aqui. Dentro 
desse tema encontramos Paulo 
argumentando sobre a necessi­
dade que gentios, judeus e toda 
a humanidade têm da salvação
/ ' E N S I N A D O R
de Deus. Por outro lado, a seção 
que vai de 5.1 a 8.39 revela a 
ação santificadora do Espírito 
Santo no processo da salvação. 
É destacado aqui o resultado 
prático do evangelho na salvação 
do crente. Através do Espírito 
Santo, o crente experimenta a 
paz com Deus. Nos capítulos 9 a 
11, encontramos a teologia pau- 
lina sobre o tratamento de Deus 
com Israel, o Seu antigo povo. 
São revelados três aspectos do 
tratamento de Deus com Israel 
- passado, presente e futuro. 
Na última seção, Paulo mostra 
o lado prático do evangelho na 
transform ação de vidas (12.1 
a 15.13). A conclusão da carta 
trata do do em preendim ento 
missionário do apóstolo.
^ Quais os erros cometidos 
pelos judeus para com os 
gentios?
Eu não diria que houvesse 
um problema exclusivamente 
judaico na Carta aos Romanos. 
Paulo dem onstrou que tanto 
judeus como gentios estavam 
debaixo do pecado. Todos, por­
tanto, precisavam da graça de 
Deus. Mas, no capítulo 15, en­
contramos Paulo se referindo aos 
crentes "fortes" e aos "fracos". 
O contexto mostra claramente 
que esses crentes "fracos" eram 
form ados por judeus que se 
escandalizavam com a atitude 
dos gentios em não observar 
determinados exigências da lei. 
Isso estava gerando conflitos na 
igreja. Eram judeus crentes, mas 
que ainda não tinham conseguido 
de todo abandonar o legalismo 
da lei. Em busca do equilíbrio, 
Paulo exorta tanto judeus como 
gentios a viverem a vida cristã 
com tolerância. Eram crentes 
imaturos, que ainda não tinha 
conseguido discernir o signifi­
cado da Nova Aliança, por isso 
ainda se conduziam pela antiga. 
Essa falta de imaturidade, que
evidentemente era prejudicial 
para a comunhão da igreja, não 
tinha o mesmo peso dos erros dos 
judaizantes que, por exemplo, 
perturbaram as igrejas da Galácia.
« Quais seriam os pontos 
fundamentais da Epístola 
aos Romanos para o desen­
volvimento de um padrão de 
espiritualidade saudável?
Romanos parte do princípio 
da universalidade do pecado. 
Todos, gentios, que possuíam 
a revelação natural, bem como 
os judeus, que receberam a re­
velação especial da lei, estavam 
debaixo do pecado. E a graça, e 
somente a graça, que opera por 
meio da fé, que os resgatará. A 
graça e não os nossos méritos 
é quem nos salva. Deus proveu 
salvação para todos; cabe ao pe­
cador responder positivamente 
ou negativamente a essa graça.
Que erros comportamen- 
tais e doutrinais a epístola aos 
Romanos denuncia?
A epístola toma como ponto 
de partida que o homemcaído 
no pecado, insensível à revelação 
de Deus, caiu nas malhas da ido­
latria. A idolatria aparece nesse 
contexto como aquilo que ocupa 
o centro da adoração, ficando 
no lugar de Deus. É exatamente 
isso que observamos no argu­
mento de Paulo: os homens se 
tornando o centro de si mesmos. 
Isso é exteriorizado na forma de 
com portam entos reprovados 
por Deus, como, por exemplo, 
o relacionamento homossexual.
Nota-se que o apósto-
é mais incisivo quanto à 
questão do homossexualismo 
nesta epístola. Qual o motivo 
desse cuidado? Existia o pe­
rigo de este pecado invadir 
os arraiais da igreja romana?
Essa observação apostólica, 
como vimos exposta no capitulo 
1, versículos 26 e 27 de Romanos, 
tem sua razão de ser. É preciso
ver o contexto dessa passagem 
para entender o porquê dessa 
observação. O homossexualismo 
era permitido e até mesmo ado­
tado no mundo greco-romano. 
A pederastia era algo comum e 
tolerado naquela cultura. Paulo, 
portanto, tinha consciência dis­
so. Todavia, na cultura judaica e 
bíblica da qual Paulo fazia parte, 
esse era um com portam ento 
reprovado (Lv 18.22). Essa repro­
vação não está apenas na Bíblia, 
mas também na literatura judaica 
extra-bíblica. Paulo, portanto, 
mostra que o afastamento de 
Deus levou o ser humano a um 
culto idólatra, onde o homem e 
não Deus é o centro de tudo. As 
perversões sexuais, a exemplo 
do que aconteceu com a ado­
ração do bezerro de ouro no 
Êxodo, era o clímax desse culto 
idólatra (Ex 32.1-19; 1 Co 10,7). 
O homossexualismo aparece 
aqui em Romanos como clímax 
dessa idolatria.
Fale sobre a importância 
da Epistola aos Romanos para 
o movimento da Reforma 
Protestante?
O pilar da Reforma foi a justifi­
cação pela fé independentemente 
das obras. Numa igreja onde 
a salvação era meritória, essa 
bandeira levantada por Martinho 
Lutero soou como uma verdadeira 
blasfêmia. Mas, o reformador não 
se intimidou e essa sua convicção 
o levou a outras, como, por exem­
plo, a que restaurava o sacerdócio 
universal dos crentes.
< JP> Que mensagem o senhor 
deixa para os crentes, baseado 
na Garta aos Romanos?
Leiam a Carta ao Romanos. 
Essa leitura lhes dará a consci­
ência da dimensão do grande 
am or de Deus por todos os 
homens. Ela nos conduzirá a 
amarmos mais a Deus e honrar­
mos o Senhor Jesus Cristo em 
nossa maneira de viver,
ARTIGO
P o r W a n d e r s o n M a r t i n s d e O l i v e i r a
Nesta edição, a Ensinador Cristão publicará o projeto do segundo finalista 
do Prêmio Professor de ED do Ano 2014. O trabalho pertence a 
W anderson M. de Oliveira, Ele é graduado em filosofia e pedagogia, 
e trabalha na Superintendência Regional de Ensino de Minas Gerais
Introdução
O Projeto Seminário fam 
foi uma iniciativa dos professore: 
da Escola Dominical da i 
considerando 
assunto Família Cristã 
XXI: P rotegendo 
Ataques do lni 
este que foi o tema da 
Lições Bíblir 
de 2013 da CPAD, 
pelo estimado j 
Renovato de Lima.
Foi po r m eio do apro fun ­
dam ento do estudo do tema 
que a igreja entendeu que, por 
interm édio da Escola Dom ini­
cal, pode ser uma forte aliada 
da soc iedade para a judar a 
combater todo tipo de dificul­
dade que buscam assolar as 
famílias, sejam elas de ordem 
social, econômica, psicológica 
ou espiritual. Entendendo isto 
e acreditando nesta parceria - 
igreja e sociedade -, foi realizado 
nos dias 26 a 30 de junho de 
2013 o 1o Seminário Família, 
com o tema Minha Casa: Um 
lugar de Milagre, voltado não 
apenas para os m em bros da
igreja, mas para toda a comu- 
ília nidade do bairro.
,s Justificativa
greja A • . .
a relevância do M 'greja Assembleia de Deus 
no século ' MinÍStério Cor°nel Fabriciano, 
seu Lar dos muniP '° de Ipatinga (MG). Con- 
m igo. Assunto 9re9ai?ao do Morro do Carmo 
revista ^ localizada em um bairro de 
cas no 2o trimestre mUlta vuj nerabilidade social. É 
■D, comentado uma ^ S 130 or|de existem muitos 
pastor Elinaldo p rob le^ as c°m tráfico e con­
sumo de drogas, alcoolismo e 
assassinato de jovens, mas, é 
também uma região que tem 
um grande potencial missionário, 
haja vista o crescimento da qua­
lidade dos trabalhos realizados 
pela igreja no bairro.
No que diz respeito ao perfil
só c io -econô m ico -cu ltu ra l, a
igreja atende a famílias de classe 
baixa com grande parte dos pais 
analfabetos e semi-analfabetos, 
que têm uma renda salarial entre 
01 (um) e 02 (dois) salários míni­
mos. 80% (oitenta por cento) das 
famílias moram em casa própria 
com infra-estrutura inadequada 1 
e 20% (vinte por cento) em casa I 
de aluguel, tendo em média 05 (
(cinco) habitantes em cada casa
A maioria dessas famílias diz per 
tencer a alguma religião, sendc 
predominante o Catolicismc 
Romano embora não praticantes.
A congregação tem hoje 
150 membros e em média 100 
congregados. A Escola Dominical 
tem 170 alunos m atriculados 
entre crianças, adolescentes, 
jovens e adultos, dentre as quais 
um bom número de crianças é 
filhos de pais não crentes. De 
modo geral, estas crianças são 
carentes de afeto e atenção, o 
que exige do professor uma sen­
sibilidade muito aguçada para 
compreender uma diversidade 
de comportamentos e usar de vá­
rias metodologias e habilidades 
artísticas para prender a atenção 
dos mesmos. São alunos que 
apresentam dificuldades para 
concentração, reflexão e para 
o trabalho em am nn
Conclusão
Nosso sonho como cidadãos moradores do bairro Mora do Carmo é que o mesmo 
seja transformado pelo poder e autoridade do Nome de Jesus através de um tra­
balho de evangelização eficaz da igreja; realização de Campanhas Evangelístjcas 
voltadas para o público jovem, execução de projetos sociais que envolvam crianças 
e adolescentes em atividades culturais e artísticas potencializando vários talentos 
que estão sendo perdidos nas drogas. O Seminário Família foi um exemplo claro e 
prático de ações que a igreja pode desenvolver com vista a aproximar-se da comuni­
dade não cristã, envolver-se com seus problemas e criar estratégias de evangelismo.
ue idia e de escrita e, 
em sua maioria, compreendem 
o valor da família, da escola, 
da igreja e da sociedade. As 
habilidades cognitivas e sociais 
precisam ser trabalhadas de 
torma consciente, competente 
e com objetivos claros.
Partindo da c 
desta realidade s< 
da importância da 
da igreja com 
a Escola Domi 
I Seminário Famíl
“ cvenco na escola municipal do
bairro e contamos com o apoio e 
o empenho de sua equipe dire­
tiva para divulgação do evento. 
Metodologia 
Estudo
C ™ um ae|es. hra notória a 
satisfação de cada pai e de cada 
mae que juntamente com seus 
filhos adentravam no local para 
mais um dia de evento. O apoio e 
a participação da equipe diretiva 
da Escola Municipal no sentido 
liberar suas dependências e 
ajudar na divulgação do evento 
foram imprescindíveis. Com isso 
pode-se concluir que a parceria
escola e igreja é uma união que 
pode muito contribuir para uma 
vida melhor em socieHaW^
sistemático das Li 
Ções Bíblicas CPAD durante c
reensão 2 trimestre de 2013 e prepara-
e ciente çao espiritual para o Seminário 
aproximação Família; Agendamento da es 
a comunidade cola municipal. Agendamento
caí realizou o e preparação dnc n ,lorf..........
.... lia para a po­
pulação, evangélica ou não do 
bairro Morro do Carmo, em con­
sonância com o tema abordado 
nas Lições Bíblicas da CPAD.
Objetivo
O incentivo aos pais para que 
de em aos filhos atenção e orien­
tação, vivendo com eles os valores 
ensinados no lar. ressa lta r,^ „
- 'vo total toram três plenárias e 
| nove palestras. Os cultos, de 
abertura e de encerram ento 
aconteceram na igreja. Confec­
ção do material de divulgação e 
convites; Distribuição dos convi­
tes e sensibilização das famílias
Para a participaçãono evento; 
Realização simultânea das 
lestras para casados, 
adolescentes e <
30, na parte da manhã, plenária 
para toda a famíli 
da noite, culto de
Avaliação
O Seminário Família Minha 
Casa: Um lugar de Milagre foi 
considerado pela igreja o even- 
to ma,s marcante do ano de 
ZUU' nao só Pelo crescimento 
psicossocial proporcionado aos 
Participantes, mas, pela manifes­
tação do Espírito Santo na vida
icbiduraaas, casamentos reno­
vados e orações respondidas 
foram muitos. A estratégia do 
Seminário Família no bairro foi 
tao assertiva que a igreja realizou 
a 2 edição em 2014 e a 3o edição
p Para este ano de 2015jovens/
criança; No dia Autoavaliação
O tema proposto peias Lições 
a e, na parte Biblicas / CPAD para o trimestre 
encerramento. em questão fez __
Wanderson 
M. de Oliveira. É 
graduado em filosofia 
e pedagogia, trabalha 
na Superintendência 
Regional de Ensino 
de Minas Gerais. 
Trabalho em conjunto 
como Presbítero. 
Jairo Fernandes 
coordenador da 
Escola Bíblica 
Dominical da Igreja 
Assembleia de Deus 
da congregação 
Morro do Carmo.
SALA de
LEITURA • / '/v fiwl!] Z * '[
®nm : umRwm imm- 11 nmiy 1 h ffifl ro ín w im w M m m '
pAs novas.
fronteiras 
daEtica Cristã
Três Regras 
Simples
LLAUUiyi
AS NOVAS FRONTEIRAS 
DA ÉTICA
MARAVILHOSA GRAÇA TRES REGRAS SIMPLES 
QUE MUDARÃO 0 MUNDOJOSE GONÇALVES
A Epistola aos Romanos é um dos 
p rinc ipa is liv ros do Novo Testa* 
mento e de toda a Biblia. Como já 
disse alguém, ela é a “Catedral da 
Doutrina C ris tã”. N este segundo 
trimestre, a revista “Lições Bíblicas” 
da CPAD terá como tema a Epístola 
aos Romanos, e seu comentarista é o 
pastor José Gonçalves, que apresenta 
aos professores e alunos de Escola 
Dominical este livro, que serve como 
livro-texto da revista, com subsídios 
que irão enriquecer ainda mais o 
estudo desse importantíssimo livro 
da Biblia.
Esta obra é indicada, portanto, a 
professores e a lunos da ED, mas 
também a todos que se interessam 
pelo estudo das doutrinas bíblicas.
CLAUDIONOR DE ANDRADERUEBEN P. JOB
Família, aborto, liberação das drogas, 
engenharia genética, eutanásia, 
homossexualismo, transplante de 
órgãos, m oral e ética cristã. Como 
nos posicionar sobre todas estas 
questões?
Nesta obra corajosa, o pastor Clau- 
dionor de Andrade aborda essas e 
diversas outras questões prementes 
em nossos dias, por ex ig irem da 
igreja atual uma resposta ao mesmo 
tempo bíblica e racional sobre cada 
um destes temas.
É uma obra indicada não apenas para 
pastores e conselheiros cristãos, mas 
para todo estudante da Biblia que 
está sin tonizado com as grandes 
questões éticas de nossos dias.
V ivemos em um m undo de ritm o 
tão acelerado, que é fác il crer que 
estamos todos presos em viver uma 
vida que não queremos. Mas existem 
três regras que podem mudar tudo: 
Não Faça o Mal 
Faça o Bem
Permaneça no Amor de Deus 
Estas sim ples regras, ensinadas e 
praticadas por John Wesley, propor­
cionarão amor ao próximo, união e 
um relacionamento profundo e diário 
com Deus. Leia e experimente, ainda 
hoje, uma mudança real de vida.
“Tire tempo para trabalhar. Esse é o 
tempo do sucesso. Tire tempo para 
pensar. Essa é a fonte do poder. Tire 
tempo para brincar. Esse é o segredo 
da juventude perpétua. Tire tempo para 
1er. Esse é o fundamento da sabedoria. 
Tire tempo para ser amigável. Esse é 
o caminho da felicidade. Tire tempo 
para sonhar. Isso é o que prende a sua 
e a uma estrela. Tire tempo para amar 
e ser amado. Esse é o privilégio dos 
santos. Tire tempo para rir. Essa é a 
música da alma".
TRECHO DO LIVRO 
Uma Maça para meu Professor 
Melody Carlson - Página 58
“Perfeccionistas-Os viciados em trabalho 
não satisfazem simplesmente sendo 
"bons o suficiente". Eles acreditam que 
deveriam ser pais perfeitos, cônjuges 
perfeitos e funcionários perfeitos e 
funcionários perfeitos. Os seus padrões 
são exigentes e realistas: ninguém é 
capaz de alcançá-los. Mas os viciados 
em trabalho bem que tentam. Eles 
são rigidos consigo mesmo quando 
cometem qualquer erro e sofrem de 
uma culpa terrível quando não são os 
melhores.
TRECHO DO LIVRO
Lidando com pessoas difíceis 
Les Parrott III - Página 198/199
“Foque Periodicamente- A apresentação 
do evangelho pode ser um tema repetido 
continuamente na pregação, ensino e 
ministério de grupos pequenos da igreja, 
mas outras oportunidades para ouvir 
a mensagem podem surgir na forma 
de cruzada ou reunião evangelística. 
Participe no planejamento do evento, 
anuncie o evento nas publicações nos 
meios de comunicação e organize um 
esforço de âmbito denominacional- 
inclusive transporte- para ter uma 
delegação da sua igreja. E faça da 
reunião um dos temas de oração".
TRECHO DO LIVRO 
A Excelência do Ministério 
Stan Toler - Página 111
/ ' ' E N S I N A D O R - . o ' ,
C R I S T Ã O J
PROFESSOR
RESPONDE
Tatiane de Souza 
Alves é professora 
da Escola Dominical 
na Assembleia de 
Deus Ministério 
da Américas, líder 
de coreografia e 
Discipuladora de 
meninas. Professora, 
formada em Letras, 
Pós Graduada em 
Psicopedagia e 
Docência do Ensino 
Superior
' E N S I N A D O R ^ 
■ CRISTÃO J)
O versículo 28 de Lucas 14 faz um alerta: vai 
edificar? Então planeje! O versículo cita uma torre, 
e podemos pensar em uma casa, um prédio ou, 
podemos ir mais longe, e pensar na edificação 
de vidas.
Li em um livro de John Maxxuel sobre o con­
selho de um velho carpinteiro a seu jovem apren-
paredes, contribuir para a renovação de mentes 
e transformação de vidas (Rm 12.2). O professor, 
independente da área em que atua, deve esforçar- 
-se para que seu aprendizado nunca term ine, 
pois, antes de ser professor, ele é um aprendiz. 
Sua formação precisa ser contínua e diversificada.
Segundo Lécio Dornas, teólogo e educador 
cristão, os seguintes aspectos, quanto ao preparo 
do professor, devem ser observados:
Preparo espiritual: O professor da Escola 
Dominical, antes deve ser um servo obediente e 
dependente em tudo do seu Senhor, um adora­
dor e um exemplo a ser copiado. Sua devoção 
deve ser diária e suas experiências com Cristo 
enriquecerão as suas aulas. Antes de métodos 
e recursos didáticos, o professor precisa saber 
o caminho da cruz. Os alunos da EBD precisam 
de um professor motivado e motivador, sereno 
e confiante, alegre e com paz no coração. E es­
sas características são aperfeiçoadas em nós na 
proporção da nossa intim idade com Deus, pois 
são aspectos do fruto do Espírito Santo (GI 5.22).
Preparo bíblico: a leitura bíblica deve ser um 
hábito na vida de todo cristão, especialmente do 
professor. Fazer uso de dicionários, inclusive da 
língua portuguesa, concordâncias é um meio de
Cada aula é uma 
grande oportunidade e 
deve s e r muito bem 
aproveitada.
diz: "Meça duas vezes e serre apenas uma. Esse 
conselho é bom tanto para a construção de casas 
quanto para a edificação de vidas." Uma organi­
zação prévia potencializa o resultado de qualquer 
empreendimento.
E a isso que se propõe alguém que assume o 
compromisso de lecionar na Escola Dominical. É 
esse o seu dever diário, que se torna manifesto no 
domingo. E isso só é possível com planejamento, 
amor e dedicação.
Cada aula é uma grande oportunidade e deve 
ser muito bem aproveitada. Para isso ela tem de 
ser pensada e arquitetada com antecedência 
para que os devidos ajustes possam ser feitos. 
Pois cada aula é uma ocasião única para fortale­
cer bases, acrescentar tijolinhos à fé de alguém, 
construir muros de proteção espiritual, aprumar
melhorar nossa compreensão e enriquecer nosso 
vocabulário.
Preparo didático: muitos educadores cristãos 
acreditam que conhecimento bíblico basta para 
ensinar a Bíblia, mas estão enganados. Quando

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