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TRABALHO DE QUIMICA E FISICA
Agrotóxicos, também conhecidos como agroquímicos, são largamente utilizados em monoculturas como forma de conter doenças e pragas nas produções agrícolas. Ele surgiu em meio a um cenário de guerra
Os agrotóxicos são produtos químicos largamente utilizados no setor agropecuário, principalmente em monoculturas.
Agrotóxicos são, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, produtos químicos, físicos ou biológicos utilizados nos setores de produção agrícola, pastagens, entre outros, com o objetivo de alterar a composição química tanto da flora quanto da fauna a fim de preservá-las. O uso está associado a problemas ambientais e de saúde, segundo pesquisas feitas por órgãos como a Organização Mundial da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. São também conhecidos como defensivos agrícolas, agroquímicos e pesticidas.
DESENVOLVIMENTO
Os agrotóxicos são produtos muito utilizados na agropecuária para combater doenças, pragas e plantas daninhas (conhecidos também como alvos biológicos, você pode ler mais sobre eles abaixo) em áreas de cultivos agrícolas.
Esses produtos possuem propriedades químicas que reduzem ou eliminam esses organismos, e também são tema de amplos debates sobre os prejuízos do uso desses produtos. Os defensivos agrícolas podem ser biológicos, que causam menores impactos ao meio ambiente, ou químicos. Além disso, produtos conhecidos como desfolhantes, dessecantes, inibidores de crescimento e estimulantes também são considerados agrotóxicos / defensivos.
Esses produtos são muito comuns pois são fáceis de usar, possuem boa disponibilidade no mercado, e quando bem utilizados, controlam de maneira eficiente e rápida os problemas citados acima, geralmente por umDE custo acessível e sem muita mão-de-obra.
A história dos agrotóxicos é uma saga marcada por avanços tecnológicos, aumento da produtividade agrícola e por consequências inesperadas que desafiam a saúde humana e o equilíbrio ambiental.
A história dos agrotóxicos começou nas guerras, ou seja, durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, infestações de pragas acarretavam sérios problemas para os combatentes que viviam nas trincheiras do conflito.
Assim, a indústria química da época foi convocada para solucionar essa situação. E esse é o ponto da história em que registramos o aparecimento dos primeiros pesticidas, destinados ao controle de pragas urbanas. Enfim, pesticidas passaram a ser utilizados para combater pragas nos campos de batalha. Além disso, passaram a usar herbicidas para desfolhar florestas e proporcionar melhor visão área do inimigo.
Enfim, a Segund0a Guerra Mundial demandou a produção de quantidades vertiginosas de pesticidas, cujas destinações se davam tanto para os campos de batalha como para as cidades assoladas pelos intensos bombardeios.
Foi também durante a Segunda Guerra que a Alemanha Nazista adotou a utilização de um pesticida para um fim nefasto e sem precedentes na história da humanidade: o Zyklon B.
Zyklon B foi um pesticida desenvolvido em 1924 e possui como os principais componentes o ácido cianídrico, cloro e nitrogênio. Essa co;~^mpo;sição química fornece ao inseticida uma alta toxicidade e letalidade, principalmente para animais maiores. Inicialmente, o composto foi utilizado durante a segunda guerra +mundial como agente sanitizante contra ratos e também no combate a piolhos e a tifo.
Em 1942, após várias tentativas de encontrar um método mais eficaz para cometer tal atrocidade, o alto comando nazista escolheu o pesticida Zyklon B como o instrumento final de extermínio no âmbito da Solução Final. O Zyklon B, originalmente um pesticida comum, foi então empregado como uma arma de guerra, um agente químico para o extermínio em massa.
O Zyklon B foi responsável pela morte de mais de 1,1 milhões de pessoas nos campos de concentração nazistas.
Após o término do conflito bélico, centenas de milhares de litros de Zyklon B e outros compostos químicos empregados como armas durante a Segunda Guerra Mundial, incluindo o Gás Sarin, permaneciam em depósitos e fábricas ociosos pela Alemanha ocupada. Prevalecia a ideia de que esses compostos deveriam ter um destino comercial, considerando-se o significativo capital financeiro que representavam.
Esse fim comercial não tardou a chegar. A Revolução Verde, que transformou tanques de guerra em tratores agrícolas, encontrou também um fim muito específico e lucrativo para esses agentes químicos. Foi então que as armas de extermínio em massa se converteram em agrotóxicos, destinados ao pacote tecnológico da Revolução Verde.
A composição química do Zyklon B acabou se tornando a base para a criação de outros agrotóxicos, como por exemplo, o Fipronil. Se você comeu batata essa semana, provavelmente ingeriu alguma quantidade desse composto.
Durante a guerra do Vietnã, o exército estadunidense se encontrava em maus lençóis em meio a densa vegetação da selva tropical vietnamita. As forças armadas norte-americanas sofriam constantes emboscadas dos combatentes Vietcongs que se camuflavam no topo das árvores. Por isso encomendaram de uma grande multinacional compatriota um agente químico que agisse como um desfolhante.
Na Guerra do Vietnã, helicópteros aplicavam herbicidas para desfolhar florestas e assim poder ver inimigo
O produto químico utilizado ficou conhecido como Agente Laranja, nome dado por sua coloração de um laranja vivo e forte. O produto agia na superfície foliar da vegetação e provocava a histólise das células vegetais. Como resultado, este agrotóxico servia para matar as folhas e promoviam sua queda. As árvores então ficavam sem sua proteção foliar e o exército inimigo ficava exposto e perdia o efeito surpresa. 
O Agente Laranja libera como um subproduto a dioxina tetraclorodibenzodioxina, agente altamente carcinogênico.
Entre 1960 e 1971 foram aspergidos mais de 80 milhões de litros do composto químico. Mais de 4.8 milhões de Vietnamitas foram expostos ao veneno e mais de 3 milhões sofreram com as complicações provenientes da exposição ao produto químico.
O Agente Laranja foi uma arma química de grande sucesso em sua utilização. Bem irônica a palavra sucesso neste caso. Não acha?
Ao fim do conflito as empresas fabricantes do Agente Laranja tinham em mãos uma enorme quantidade excedente do produto que precisava de uma destinação comercial. O produto foi então rebatizado com o nome de Glifosato, e passou a ser utilizado no meio agrícola no controle de ervas daninhas. 
Na história, vemos o Glifosato como o agrotóxico mais utilizado nas lavouras de café, uva, arroz, cana de açúcar, milho, soja, batata, tomate e diversas outras variedades.
A produção agrícola é um dos motores da economia nacional e o país se tornou reconhecido por seu alto potencial quando o assunto são as commodities. No entanto, a busca por maior eficiência no campo tem sido a justificativa para a fabricação, comercialização e maior consumo de agrotóxicos nas plantações brasileiras.
A regulamentação dos agrotóxicos no Brasil é abrangente e está sujeita a várias leis e regulamentações. 
A principal legislação que rege os agrotóxicos no Brasil é a Lei Federal nº 7.802/1989, conhecida como a “Lei dos Agrotóxicos”. 
Esta lei estabelece as normas gerais sobre o registro, comercialização, controle, fiscalização, propaganda, e utilização de agrotóxicos, seus componentes e afins.
Os custos esperados com a intoxicação nessas propriedades foram calculados a partir da soma das despesas médicas-hospitalares e dos dias de convalescência necessários para restabelecer a saúde dos intoxicados. Foi construído um modelo multinível para análise. RESULTADOS: O custo associado à intoxicação aguda pode representar até US$ 149 milhões para o Paraná, i.e., para cada dólar gasto com a compra dos agrotóxicos no estado, cerca de US$ 1,28 poderiam ser gerados em custos externos com a intoxicação.
Pensando nos riscos que o consumo desses produtos oferece à saúde e ao meio ambiente, foram desenvolvidos modelos de produção agrícola que dispensam o uso de aditivosquímicos e valorizam o processo de produção orgânica, como é o caso da agroecologia.
A agroecologia é um modelo de produção agrícola que se preocupa em manter a produtividade do solo a longo prazo e, para isso, utiliza de artifícios que mantenham a terra em condições férteis de produção para que ela possa ser reutilizada em novos plantios. Entre esses artifícios estão a compostagem, o uso de defensivos naturais, a rotação de culturas, a diversidade no plantio, entre outros.
É um processo biológico que conta com a ação de micro-organismos para transformar matérias orgânicas, como restos de comida, estrume e folhas, em um material que é parecido com o solo e pode ser utilizado com adubo.
Desde o surgimento do DDT, o primeiro agrotóxico, até os dias atuais, surgiram diversos agrotóxicos com diferentes grupos químicos em sua composição. Atualmente, existem mais de 3000 agrotóxicos liberados para uso no Brasil.
Conforme dados da FAO, em 2021, o Brasil usou pouco mais de 700 mil toneladas de agrotóxicos (ingredientes ativos), ao passo que o consumo global total foi de 3,5 milhões de toneladas. Em números absolutos, o Brasil é o país com maior consumo de agrotóxicos no mundo, seguido de Estados Unidos, Indonésia, Argentina e China. 
A maior parte do uso no Brasil ocorre nas regiões Sudeste (cerca de 38%), Sul (cerca de 31%) e Centro-Oeste (cerca de 23%). A região Norte e Nordeste consomem muito pouco, cerca de 1% e 6%, respectivamente.
O Brasil consome o maior volume total de agrotóxicos por conta da alta produção agrícola no país. Porém, ao compararmos a quantidade de pesticidas utilizada para cada hectare plantado, o Brasil ocupa a posição 16ª no ranking da FAO (2021).
CONCLUSÃOa

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