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Aula 06 - Plantas de Interesse Terapêutico

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PLANTAS DE INTERESSE 
TERAPÊUTICO
Universidade Federal Fluminense
Curso: Medicina
Disciplina: Biologia Geral – Botânica Aplicada
P r o f e s s o r a : M a r i a C a r o l i n a A n h o l e t i
Plantas com Ação no Sistema 
Nervoso Central
Erva-de-São-João
 Nome científico: Hypericum perforatum L. (Hypericaceae).
 Partes usadas: Folhas e flores
 Indicações: Depressão, insônia e ansiedade.
 Posologia: 2 a 4 g/dia ou 0,2 a 1 g/dia de hipericina
 Farmacologia: A hipericina inibe a enzima monoamina oxidase (MAO), inibe a recaptação da
serotonina e aumenta a função da dopamina no cérebro dos humanos.
Hipericina
Monoamina oxidases – Enzimas importantes!!!
 MAO-A: Metaboliza preferencialmente o substrato serotonina e encontra-se no
SNC, no fígado, no trato gastrointestinal e na placenta.
 MAO-B: Metaboliza preferencialmente o substrato feniletilamina e encontra-se
no SNC e nas plaquetas.
Maracujá
 Nome científico: Passiflora incarnata L. (Passifloraceae).
 Partes usadas: Folhas e fruto.
 Indicações: Insônia – como sedativo, hipnótico e tranquilizante; Ansiedade – como sedativo e
ansiolítico; Cefaléia associada ao stress – como analgésico, sedativo e ansiolítico.
 Posologia: Adultos - 10 a 20 mL de tintura, divididos em 2 ou 3 tomadas diárias, diluídos em água;
2g de erva seca (1 colher de sopa para 1 xícara de água) em infusão até 3 vezes ao dia. Crianças
de 2 a 5 anos – 2 mL 3 vezes ao dia às refeições; 5 a 8 anos – 3 mL 3 vezes ao dia às refeições; 8 a
12 anos – 4 mL 3 vezes ao dia às refeições. Posologia por peso corporal: 0,3 mL/Kg/dia.
 Princípios ativos: Flavonóides e alcalóides.
 Farmacologia: Os alcalóides inibem a enzima monoamina oxidase (MAO).
N
H
N
CH3
Harmana
O
OOH
Gli
OH
OH
Vitexina
Melissa
 Nome científico: Melissa officinalis L. (Lamiaceae).
 Partes usadas: Órgãos aéreos.
 Indicações: Sedativo e calmante
 Posologia: Extrato bruto – 1,5 a 4,5 mg/dia; 2g de erva fresca ou 1g de erva seca (1 colher de
sobremesa para 1 xícara de água) em infuso ou decocto para uso interno.
 Princípios ativos: Terpenos e ácidos orgânicos.
 Farmacologia: O extrato hidroalcoólico liofilizado teve atividade sedativa em camundongos
quando administrado na região intraperitonial.
Mulungú
 Nome científico: Erythrina mulungu Martius (Fabaceae).
 Partes usadas: Entrecasca.
 Indicações: Insônia – como sedativo, hipnótico e tranquilizante; Ansiedade – como sedativo e
ansiolítico; Cefaléia associada ao stress – como analgésico, sedativo e ansiolítico; Neuralgias –
como analgésico, sedativo e bloqueador dos estímulos da dor.
 Posologia: Adultos - 10 a 20 mL de tintura, divididos em 2 ou 3 tomadas diárias, diluídos em água;
2g de erva seca (1 colher de sopa para 1 xícara de água) em infusão até 3 vezes ao dia. Posologia
por peso corporal: 0,3 mL/Kg/dia.
 Princípios ativos: Alcalóides.
 Farmacologia: Os alcalóides agem no SNC levando a um bloqueio neuromuscular, relaxamento da
musculatura lisa e ação anticonvulsivante. Também estimula a regeneração tissular.
Erisotrina
Valeriana
 Nome científico: Valeriana officinalis L. (Valerianaceae).
 Partes usadas: Rizomas e raízes.
 Indicações: Inquietação, ansiedade e distúrbios do sono.
 Posologia: 1,5g de raiz seca ou 3g de raiz fresca (1 colher de chá para cada xícara de água, em
decocto ou infuso, para uso interno, até 3 vezes ao dia para nervosismo ou antiespasmódico e à
noite para prevenir a insônia.
 Princípios ativos: Sesquiterpenos ácidos (ácido valerênico e análogos).
 Farmacologia: O ácido valerênico inibe o sistema enzimático responsável pela degradação do
GABA, levando a um aumento deste neurotransmissor nas terminações nervosas. O estímulo do
Sistema GABAérgico promove diminuição da atividade do SNC, promovendo sedação.
Ácido valerênico
Plantas com Ação no Sistema 
Respiratório
Anis/Erva-Doce
 Nome científico: Pimpinella anisum L. (Apiaceae).
 Partes usadas: Frutos.
 Indicações: Tosse crônica, asma e bronquite como mucolítico.
 Posologia: 3g de sementes secas (1 colher de sobremesa para cada xícara de água) em decocto,
até 3 vezes ao dia.
 Princípios ativos: O óleo essencial é rico em monoterpenos e fenilpropanóides e o anetol é o
princípio atvo
 Farmacologia: O anetol possui similaridade estrutural com as catecolaminas (epinefrina,
norepinefrina e dopamina), apresentando efeitos simpaticomiméticos.
Anetol
Epinefrina
Equinácea
 Nome científico: Echinacea purpurea (L.) Moench. (Asteraceae).
 Partes usadas: Rizomas e raízes.
 Indicações: Infecções das vias aéreas superiores e imunoestimulante.
 Posologia: Os extratos são padronizados para corresponder a 1 g da droga, 3 vezes/dia.
 Princípios ativos: A atividade imunomoduladora do extrato aquoso e alcoólico de E. purpurea
parece depender de um efeito conjunto de vários componentes, como alcamidas,
polissacarídeos e derivados do ácido cafeico, principalmente ácido chicórico.
 Farmacologia: O extrato de E. purpurea atua como imunomodulador por vários mecanismos:
ativação da fagocitose, estímulo dos fibroblastos e aumento da mobilidade dos leucócitos. Foram
também relatados estimulação da produção dos glicocorticóides, estimulação da produção de
properdina (proteínas sérica que neutraliza bactérias e vírus) e estimulação da produção de
interferon.
Ácido chicórico
Eucalipto
 Nome científico: Eucalyptus globulus Labill (Myrtaceae).
 Partes usadas: Folhas pecioladas e lanceoladas colhidas no verão.
 Indicações: Gripe, bronquite, asma e tosse.
 Posologia: Inalação: 2 a 3 gotas de óleo de eucalipto. Folhas: 5mL de tintura divididos em 2 ou 3
doses diárias, diluídos em água. 1g de erva seca ou 2g de erva fresca (1 colher de sobremesa para
cada xícara de água) em deocto ou infuso até 3 vezes ao dia. Pode-se fazer inalação com o infuso
das folhas. Xarope: 50g de folhas frescas para 1 litro de água, maceradas por 6 horas e
espremidas para posterior adição de mel. Crianças tomam 1/6 a1/2 da dose.
 Princípios ativos: Mono e sesquiterpenos, sendo o prncipal P.A. o 1,8-cineol (eucaliptol).
 Farmacologia: O óleo essencial é absorvido e eliminado em parte pelo pulmão causando
expectoração
Eucaliptol
Guaco
 Nome científico: Mikania glomerata Sprengel (Asteraceae).
 Partes usadas: Folhas.
 Indicações: Tosse com muco, sinusites, gripes e resfriados, como expectorante,
descongestionante e mucolítico.
 Posologia: 10 a 30 mL de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água. 4 g de erva
fresca (2 colheres de sopa para cada xícara de água). Crianças devem tomar 1/6 a ½ das doses
indicadas para adultos.
 Princípios ativos: Cumarinas.
 Farmacologia: As cumarinas bloqueiam os receptores de acetilcolina presentes no sistema
respiratório promovendo relaxamento da musculatura lisa respiratória e diminuição da secreção
brônquica.
Cumarina
Poejo
 Nome científico: Mentha pulegium L. (Lamiaceae).
 Partes usadas: A planta inteira.
 Indicações: Tosse, como expectorante e protetor de mucosas.
 Posologia: 5g de planta fresca (1 colher de sopa para cada xícara de água) em infuso.
 Princípios ativos: Óleo essencial rico em monoterpenos, como carvona, pulegona e mentol.
 Farmacologia: O mentol causa efeito descongestionante nasal subjetivo e antitussígeno, mas o
mecanismo de ação é ainda especulativo.
mentol carvonapulegona
Plantas com Ação no Sistema 
Cardiovascular
Chapéu-de-Couro
 Nome científico: Echinodorus grandiflorus (Cham. & Schltdl.) Mich. (Alismataceae).
 Partes usadas: Folhas.
 Indicações: Antihipertensivo e cardiotônico.
 Posologia: Até 50mL de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água. 2g de erva
seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) de rizomasem decocto até 2 vezes ao dia.
 Princípios ativos: Heterosídeos, saponinas, flavonóides e triterpenos.
 Farmacologia: O extrato da planta demonstrou ação vasodilatadora sobre as artérias do coração.
Colônia
 Nome científico: Alpinia speciosa Schum. (Zingiberaceae).
 Partes usadas: Rizomas sem a raiz, folhas, flores e sementes.
 Indicações: Antihipertensivo e cardioprotetor.
 Posologia: 5 a 7,5mL de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água. 2g de erva
fresca (1 colher de chá para cada xícara de água) de rizomas em decocto até 2 vezes ao dia.
 Princípios ativos: Óleos essenciais, flavonóides e alcalóides.
 Farmacologia: É relaxante muscular, diurética e anti-hipertensiva, não estando claros ainda os
mecanismos.
Crataego
 Nome científico: Crataegus oxyacantha L. (Rosaceae).
 Partes usadas: Folhas, flores e frutos.
 Indicações: Doenças cardíacas: coração senil, cor pulmonale crônico e arritmias cardíacas
bradicardiais moderadas como cardiotônico e modulador do débito cardíaco.
 Posologia: Adultos: 10 a 25mL de tintura divididos em 2 ou 3 dosas diárias diluídos em água. 2g
de erva seca ou 4g de erva fresca (1 colher de sopa para cada xícara de água em infuso ou
decocto até 3 vezes ao dia. Pó: até 2g diários. Extrato fluido: 2 a 5mL diários. Os extratos
padronizados foram usados em ensaios clínicos em doses de 160 a 900mg ao dia.
 Princípios ativos: Flavonóides, proantocianidinas, ácidos fenólicos e aminas.
 Farmacologia: Os flavonóides causam aumento no fluxo coronário e na frequência cardíaca, e
efeito inotrópico positivo por aumento da permeabilidade da membrana ao cálcio e por inibição
da enzima fosfodiesterase. Aumenta a perfusão coronariana e diminui a resistência vascular
periférica. O efeito anti arrítmico é devido ao bloqueio da repolarização dos canais de potássio.
Embaúba
 Nome científico: Cecropia sp.(Cecropiaceae).
 Partes usadas: Folhas e brotos.
 Indicações: Estimulante das funções cardíacas e circulatórias, e antihipertensiva.
 Posologia: 7,5mL de tintura divididos em 3 doses diárias, diluídos em água. 2g de planta seca ou
4g de planta fresca (1 colher de sopa para cada xícara de água) em decocto ou infuso até 3 vezes
ao dia. 2 a 3g do pó das folha, sob a forma de cápsulas, 2 vezes ao dia
 Princípios ativos: Flavonóides, alcalóides (cecropina) e glicosídeos (ambaína).
 Farmacologia: Os flavonóides e proantocianidinas são inibidoras da ECA. A ambaína e a cecropina
apresentam efeitos cardiotônicos.
Uva
 Nome científico: Vitis vinifera L. ( Vitaceae).
 Partes usadas: Frutos e óleo da semente.
 Indicações: Cardioprotetora.
 Posologia: Tomar 1 a 3 cápsulas de extrato seco padronizado com 135mg de proantocianidina ao
dia.
 Princípios ativos: Ácidos orgânicos, antocianinas e flavonóides.
 Farmacologia: Determinados flavonóides presentes no suco de uva tinto previnem contra a
formação de coágulos sanguíneos, por diminuição da agregação plaquetária e da produção de
trombina, diminuindo os riscos de trombose coronária e infarto. Os polifenóis da uva também
diminuem a oxidação do LDL diminundo os riscos de aterosclerose.
Plantas com Ação no Sistema 
Urinário
Beldroega
 Nome científico: Portulaca oleracea L. (Portulacaceae).
 Partes usadas: Folhas com os talos e sementes.
 Indicações: Anúria, litíase renal, irritações da bexiga e vias urinárias, como diurético.
 Posologia: 10g da planta fresca (2 colheres de sopa para cada xícara de água) em infuso até 3
vezes ao dia.
 Princípios ativos: Ácido salicílico, flavonóides e mucilagens.
 Farmacologia: Seu uso é justificado por seu longo uso pela população brasileira e pela indicação
de médicos europeus nas décadas de 40 e 50.
Cana-do-Brejo
 Nome científico: Costus spiralis (Jacq.) Roscoe (Zingiberaceae).
 Partes usadas: Rizomas, hastes e folhas frescas.
 Indicações: Cistites, nefrites, litíase renal, albuminúria, disúria e como diurético.
 Posologia: Adultos - 10 a 20mL de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água. 4g
de erva fresca (2 colheres de sopa para cada xícara de água) em infuso ou decocto até 3 vezes ao
dia. Extrato fluido: 5 a 25mL diários. Crianças – 1/6 a ½ da dose recomendada para adultos.
 Princípios ativos: Óleo essencial rico em monoterpenos, ácidos orgânicos, taninos.
 Farmacologia: As propriedades farmacológicas são justificadas pelas classes de subetâncias
presentes na planta.
Cavalinha
 Nome científico: Equisetum arvense L. (Equisetaceae).
 Partes usadas: Caules estéreis e raízes.
 Indicações: Diurética, afecções renais e da bexiga.
 Posologia: 4g da erva fresca ou 2g de erva seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) em
infuso ou decocto até 3 vezes ao dia. Tintura: 10 a 20mL divididos em 3 doses diárias diluídos em
água.
 Princípios ativos: Flavonóides, ácidos orgânicos,saponinas e alcalóides.
 Farmacologia: A combinação dos alcalóides (equisetonina)e das flavonas glicosiladas ´´e
responsável pelos efeitos diuréticos.
Milho
 Nome científico: Zea mays L. (Poaceae).
 Partes usadas: Estigmas, chamados cabelos ou barba.
 Indicações: Diurético potente, cistites, uretrites, litíase renal, cólicas renais, eliminação de ácido
úrico e fosfato.
 Posologia: Adultos - Tintura: 10 a 20mL divididos em 3 doses diárias diluídos em água. 4g (2
colheres de sopa para cada xícara de água) da erva fresca ou 2g de erva seca (1 colher de sopa
para cada xícara de água) em infuso até 3 vezes ao dia.
 Princípios ativos: Óleo essencial rico em monoterpenos, flavonóides, saponinas e taninos.
 Farmacologia: As saponinas os componentes do óleo essencial e os taninos agem como
diuréticos potentes.
Quebra-Pedra
 Nome científico: Phyllathus niruri L. (Phyllantaceae).
 Partes usadas: Partes aéreas.
 Indicações: Litíase renal, cistites e nefrites.
 Posologia: Adultos - 10 a 20mL de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água. 2g
de erva seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) em decocção até 3 vezes ao dia. Crianças
– 0,4mL/Kg/dia.
 Princípios ativos: Flavonóides, alcalóides, lignanas e ácidos orgânicos.
 Farmacologia: Os alcalóides possuem ação analgésica e relaxante muscular. Os flavonóides
possuem ação anti-viral e antiinflamatória e as lignanas impedem ou diminuem a aderência dos
cristais de oxalato de Cálcio.
Plantas com Ação no Sistema 
Digestivo
Boldo-do-Chile
 Nome científico: Peumus boldus Molina (Monimiaceae).
 Partes usadas: Folhas.
 Indicações: Digestivo, afecções hepáticas: colerético, hepatoprotetor, litíase biliar.
 Posologia: 1 a 4 gotas de tintura diluídas em água 3 vezes ao dia. 2g de folhas secas ou 4g de
folhas frescas (1 colher de sopa para cada xícara de água) em infuso, 2 ou 3 vezes ao dia. Pó: 1 a
2g 3 vezes ao dia, antes das refeições. Extrato fluido: 1 a 3 gotas em água,até 3 vezes ao dia.
Extrato seco: comprimidos de 50mg e 75mg até 3 vezes ao dia.
 Princípios ativos: Alcalóides, óleo essencial rico em monoterpenos, flavonóides.
 Farmacologia: O extrato e o alcalóide boldina exibem propriedades coleréticas que estimulam o
fluxo biliar. A boldina é ainda inibidor de prostaglandina e demonstra ações citoprotetoras e
antioxidantes.
Carqueja
 Nome científico: Baccharis trimera (Less.) D.C. (Asteraceae)
 Partes usadas: Hastes floridas.
 Indicações: Dispepsias inespecíficas, intolerância à gordura, digestão lenta, azia, estufamento gástrico, litíase
biliar, hepatite (como hepatoprotetor e antiviral), constipação intestinal, obesidadee diabete mellitus (como
inibidor da absorção de glicose).
 Posologia: Adultos - 10 a 20mL de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água. 2g de erva seca
(1 colher de sopa para cada xícara de água) em infuso até 3 vezes ao dia. Crianças de 2a 5 anos: 2mL 3 vezes
ao dia, às refeições; 5 a 8 anos: 3mL 3 vezes ao dia, às refeições; 8 a 12 anos: 4 mL 3 vezes ao dia, às refeições.
 Princípios ativos: Flavonóides, lactonas diterpênicas, saponinas, polifenóis, taninos e óleo essencial rico em
monoterpenos.
 Farmacologia: O óleo essencial, principalmente o carquejol atuam sobre o hepatócito, aumentando a produção
de bile eprotegando contra a peroxidação lipídica da membrana celular. As substâncias amargas estimulam a
produção de suco gástrico. Os flavonóides aumentam o débito urinário. O extrato impede a absorção de
glicose no tubo digestivo, diminuindo a glicemia e provocando efeito laxativo por osmose.
Cáscara Sagrada
 Nome científico: Rhamnus purshiana D.C.(Rhamnaceae)
 Partes usadas: Cascas envelhecidas por pelo menos 1 ano ou aquecidas a 100°C durante 1 hora.
 Indicações: Tônico digestivo, laxante e purgativa.
 Posologia: 10mL de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água. 1g de erva seca
(1 colher de sopa rasa para cada xícara de água) em decocto até 3 vezes ao dia. Os efeitos
purgativos são descritos para 25mL de tintura.
 Princípios ativos: Antraquinonas.
 Farmacologia: As antraquinonas influenciam a secreção e absorção de água e eletrólitos no
cólon. O efeito laxativo é causado por um aumento de conteúdo intestinal, que aumenta a
pressão e o peristaltismo.
Espinheira Santa
 Nome científico: Maytenus ilicifolia Mart. ex Reiss. (Celastraceae)
 Partes usadas: Folhas.
 Indicações: Prevenção e tratamento da úlcera gástrica duodenal, antiinflamatório, anti-séptico e
cicatrizante do tubo digestivo, dispepsia, digestiva, carminativa, colagoga, eupéptica e laxativa,
esofagite de refluxo e hérnia de hiato.
 Posologia: Adultos - 10 a 20mL de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água. 2g
de erva seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) em infuso até 3 vezes ao dia.
 Princípios ativos: Triterpenos, flavonóides, taninos, mucilagens.
 Farmacologia: Os taninos reduzem a secreção de HCL induzida pela histamina. Os triterpenos
respondem por 50% da eficácia do extrato no efeito antiulcerogênico. Osflavonóides têm ação
antiinflamatória. O extrato acelera a cicatrização da úlcera péptica e protege a mucosa gástrica
contra substâncias irritantes devido a formação de uma película protetora pelos taninos.
Sene
 Nome científico: Cassia senna L. (Fabaceae)
 Partes usadas: Folhas.
 Indicações: Laxante, constipação intestinal, hemorróidas,fissuras anais, purgativa, constipação
crônica, fecalomas,infecções causadas por Escherichia coli e Candida albicans.
 Posologia: 2g de erva seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) em decocto leve ou
maceradas em água fria por uma noite.
 Princípios ativos: Antraquinonas.
 Farmacologia: Os senosídeos irritam o epitélio do intestino grosso causando uma contração que
resulta em evacuação.

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