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Hipófise: Anatomia e Função

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Morfofuncional II – Anatomia/Embriologia II 
Hipófise ou Glândula Pituitária
A hipófise é constituída basicamente por duas porções diferentes:
- A neuro-hipófise (lobo posterior): pertencente ao sistema nervoso central.
- A adeno-hipófise (lobo anterior): formada a partir do teto da cavidade oral primitiva ou estomodeu. Ela é composta pela parte tuberal (ao lado do infundíbulo), pela parte intermédia (no limite com a neuro-hipófise) e pela parte distal (a maior porção da adeno-hipófise).
Os hormônios da neuro-hipófise são produzidos no hipotálamo e atingem o local de liberação (neuro-hipófise) através do transporte axonal. Os hormônios da adeno-hipófise são produzidos e liberados na própria adeno-hipófise (glândula endócrina). A sua liberação é influenciada pelos hormônios hipotalâmicos de regulação, que são sintetizados por neurônios em núcleos hipotalâmicos e secretados nos vasos da eminência mediana. A partir desses vasos, ainda situados no diencéfalo, estes hormônios atingem o seu órgão-alvo (adeno-hipófise) através do sistema porta hipofisário.
A hipófise se encontra na fossa hipofisial, uma parte da sela turca do osso esfenoide. Ela tem seu acesso cirúrgico através do seio esfenoidal, que se encontra antero-inferiormente à glândula (acesso transnasal e transesfenoidal).
Neuro-hipófise
As conexões do hipotálamo com a neuro-hipófise são neuronais e se originam das porções de grandes células do núcleo paraventricular e do núcleo supra-óptico. Os axônios destas células atingem a neuro-hipófise através do trato hipotálamo-hipofisial. Os hormônios ocitocina e antidiurético (ADH, vasopressina), produzidos nos referidos núcleos hipotalâmicos, são transportados para a neuro-hipófise, através dos axônios, sendo ai armazenados e liberados no sistema vascular quando necessários. 
Na neuro-hipófise são encontrados somente os axônios dos neurônios hipotalâmicos. Através destes axônios é que os hormônios da neuro-hipófise são liberados, principalmente, nos espaços pericapilares. 
A artéria nutridora é a artéria hipofisária inferior, ramo da artéria carótida interna. Ela capta os hormônios por meio de seus capilares fenestrados. 
A ocitocina influencia na contração do útero e das porções secretoras das glândulas mamárias e a vasopressina atua nos rins aumentando a permeabilidade dos túbulos coletores à água. Esses hormônios são considerados hormônios efetores por atuarem diretamente sobre o órgão-alvo.
Obs:. No caso de um tumor da hipófise, o hormônio antidiurético pode não ser produzido ou não ser secretado, devido à destruição da neuro-hipófise; nesse caso, ocorre uma diurese aumentada: da mesma forma que ocorre no diabetes insípido de origem renal, no diabetes insípido central o rim também produz grandes quantidades de urina diluída (poliúria).
Adeno-hipófise
O controle da adeno-hipófise, pelo hipotálamo, ocorre, inicialmente, por meio de uma interação neuronal, através de pequenas células dos núcleos hipotalâmicos que produzem os hormônios reguladores e, posteriormente, envolvendo uma fase humoral, através do sistema porta hipofisário.
Os hormônios reguladores (liberinas e estatinas), produzidos no hipotálamo, são sintetizados, principalmente, nas pequenas células dos núcleos periventricular, paraventricular, arqueado, ventro-medial, dorso-medial e supraquiasmático.
Em seguida, através do transporte axonal, os hormônios atingem a região de transição da eminência mediana com o infundíbulo hipofisário. Na eminência mediana origina-se o sistema porta hipofisário, suprido pela artéria hipofisária superior (ramo da artéria carótida interna). Os hormônios de regulação são capturados nos capilares da eminência mediana (primeiro leito capilar) e transportados para a adeno-hipófise por via venosa. Aí eles saem do segundo leito capilar do sistema porta e influenciam a síntese dos hormônios da adeno-hipófise.
Entre os hormônios da adeno-hipófise encontram-se os hormônios efetores, como o hormônio do crescimento (GH, somatotrofina), a prolactina e a melanotrofina (MSH), sendo este último também produzido na parte intermediária da adeno-hipófise. Em contrapartida, os demais hormônios atuam sobre órgãos endócrinos secundários e, neste nível, regulam a síntese de hormônios. 
A síntese do hormônio de crescimento e da prolactina ocorre nas células cromófilas acidófilas da adeno-hipófise, enquanto os outros hormônios são produzidos pelas células cromófilas basófilas. As células cromófobas são consideradas precursoras dos outros dois tipos celulares.
Obs:. Existem tumores da hipófise que acometem apenas as células produtoras de GH e estão associados à síntese aumentada desse hormônio. Um aumento do crescimento causa, em adolescentes (caso as cartilagens epifisárias ainda estejam ativas), o quadro de gigantismo. Caso o tumor ocorra em adultos, a consequência é a acromegalia, na qual ocorre um crescimento intensificado das extremidades (nariz, crista supraorbital e mandíbula).
Hormônios do hipotálamo e da adeno-hipófise
	Hormônio do Hipotálamo
	Hormônio da Adeno-hipófise
	Órgão-alvo/efeito
	TRH (hormônio liberador de tireotrofina ou tireoliberina)
	TSH (hormônio estimulante da tireoide, hormônio tireotrófico ou tireotrofina)
	Glândula tireoide: biossíntese e secreção dos hormônios; incorporação do iodeto; crescimento dos folículos tireoidianos e; desenvolvimento do encéfalo.
	GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas ou gonadoliberina)
Luliberina (LH)
Foliculoliberina (FSH)
	LH (hormônio luteinizante ou luteotrofina)
FSH (hormônio folículo estimulante ou foliculotrofina)
	Ovário/Testículo: estimulação do crescimento das gônadas e regulação de suas funções endócrinas; na mulher, o LH estimula a ovulação e a formação do corpo lúteo, no homem, a produção de testosterona pelas células intersticiais testiculares e, em ambos, a produção de progesterona; o FSH, na mulher, estimula a maturação de folículos ovarianos e a produção de estrógenos e, no homem, a espermatogênese.
	CRH (hormônio liberador de corticotrofina ou corticoliberina)
	ACTH (hormônio adrenocorticotrófico ou corticotrofina)
MSH (hormônio estimulante de melanócitos)
ᵦ-endorfina
	Glândula suprarrenal: síntese e liberação dos hormônios do córtex adrenal (mineralocorticoides, glicocorticoides e andrógenos).
Melanócitos da pele: síntese de melanina.
Neurônios: liga-se a receptores para opióides.
	GHRH (hormônio liberador do hormônio do crescimento ou somatoliberina)
	STH (hormônio somatotrófico, somatotrofina ou GH)
	Cartilagens epifisárias dos ossos: crescimento dos ossos em comprimento.
	PIH (hormônio inibidor da liberação de prolactina)
	PRL (prolactina)
	Glândula mamária: estimula o crescimento da glândula mamária e a secreção de leite.
Embriologia
A hipófise está localizada na base do cérebro em uma depressão óssea chamada de “sella túrcica”, envolvida pela dura-máter, exceto onde está ligada ao assoalho do diencéfalo pelo infundíbulo.
Durante o processo de formação da hipófise na vida embrionária, observa-se que a pars distalis, a pars tuberalis e a pars intermédia se originam da bolsa de Rathke e que a pars nervosa se origina de uma evaginação do assoalho do diencéfalo. Em seguida, as duas partes se fundem e formam uma glândula aparentemente única. 
A bolsa de Rathke se “enche” de células e forma a pars distalis; o fundo de sua bolsa se espessa e forma a pars intermédia que se justapõe à pars nervosa. Entre a pars distalis e a pars intermédia permanece uma fenda, o que macroscopicamente divide a glândula em lobos anterior e posterior.
As partes formadas a partir da cavidade oral apresentam características de glândula, secretando hormônios que dependem do controle hipotalâmico, os quais penetram na parte glandular através do sistema porta-hipofisário. Enquanto isso, a parte neural não apresenta estrutura histológica glandular e suas células são chamadas de pituícitos, rodeados por células intersticiais.
Livro Gerrard
Diana Marques Moreira

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