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ACADÊMICOS EMPREGADOS E ESTRESSADOS

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VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br 
 
 ACADÊMICOS EMPREGADOS E ESTRESSADOS? 
 
 
Maira Fátima Pizolotto – UNIJUÍ 
Carlise Barriquello – UNIJUÍ 
Luciano Zamberlan – UNIJUÍ 
 
Resumo 
Este artigo objetivou diagnosticar o estresse ocupacional vivenciado pelos acadêmicos 
empregados do Curso de Administração da UNIJUÍ Três Passos, relacionando com o 
desempenho acadêmico. A pesquisa caracteriza-se como aplicada, exploratória e survey 
constituída por 63 acadêmicos empregados. A análise foi quantitativa. Os resultados 
mostraram que 91% dos sujeitos estão satisfeitos e muito satisfeitos com o curso e 84% 
consideram bom e muito bom seu desempenho e 44% consideram que o trabalho influencia 
no desempenho. Os sintomas físicos predominantes: cansaço, tensão/dor muscular, 
dificuldade com a memória e distúrbio do sono; já os psicológicos: ansiedade, insegurança 
nas decisões, os conflitos interpessoais e a perda do senso de humor. As estratégias de 
enfrentamento: rir, ouvir música, investir na auto-estima, realizar refeições nos horários, 
passear com familiares, ser realizado e acreditar no que faz e dormir conforme a 
necessidade. E, os cuidados com a saúde: ir ao dentista e fazer os exames médicos de 
rotina. Os sintomas físicos surgem nos alunos com média 6,5, 7,0 e 9,0 e os sintomas 
psicológicos só não aparecem nos alunos com média 7,5. 
Palavras chave: Acadêmico Empregado; Estresse Ocupacional; Desempenho. 
 
Abstract 
This article objectified to diagnosis stress it occupational lived deeply for the employed 
academics of the Course of Administration of the UNIJUÍ Three Steps, relating with the 
academic performance. The research is characterized as applied, exploratória and survey 
constituted by 63 employed academics. The analysis was quantitative. The results had 
shown that 91% of the citizens are satisfied and very satisfied with course and 84% they 
consider good and very good its performance and 44% consider that the work influences in 
the performance. Predominant the physical symptoms: fatigue, tension/muscular pain, 
difficulty with the memory and riot of sleep; already the psychological: the interpersonal 
anxiety, unreliability in the decisions, conflicts and the loss of the mood sense. The 
strategies: to laugh, to hear music, to invest in auto-esteem, to carry through meals in the 
schedules, to take a walk with familiar, to be carried through and to believe what it makes 
and sleeping as the necessity. The cares with the health: to go to the dentist and to make 
the medical examinations. The physical symptoms appear in the pupils with average 6,5, 7,0 
and the 9,0 and psychological do not only appear in the pupils with average 7,5. 
Keywords: Employed academic; Occupational stress; Performance. 
 
 
 
 
VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br 
Introdução 
Toda mudança significativa gera uma necessidade de adaptação por parte do 
organismo. Toda a pressão que envolve o dia-a-dia pode ser transformada em estresse. O 
estresse pode ser benéfico, porém se a situação é de tensão constante o organismo sente o 
excesso o que poderá ocasionar doenças. De acordo com Lipp (1996), à medida que o ser 
humano passa por mudanças, ele utiliza suas reservas de energia adaptativa. 
Consequentemente, em certas circunstâncias, consegue enfraquecer sua resistência física e 
mental, dando origem a inúmeras doenças psicofisiológicas. 
O nível de estresse na população brasileira está 50% mais elevado do que há 
quarenta anos. Os alunos de graduação, por exemplo, vivem uma nova realidade num 
mercado de trabalho altamente competitivo e exigindo profissionais altamente competentes 
(LEVI, 2000). 
O problema do estresse é que ele não é apenas uma realidade psíquica interior do 
Indivíduo, ele se torna, também, uma realidade social exterior ao indivíduo. Se de um lado, o 
estresse é, em algum momento, parte íntima do EU, para os outros ele já está inserido num 
“meio social”, pois o indivíduo estressado vive profundamente os seus efeitos, e aqueles que o 
rodeiam partilham, direta ou indiretamente, voluntária ou involuntariamente dos efeitos desse 
mesmo estresse (MORAES et.al. 1988). 
Diagnosticar o estresse ocupacional vivenciado pelos acadêmicos empregados do 
Curso de Administração da UNIJUÍ Campus Três Passos e relacionar com o desempenho 
acadêmico, foi o propósito deste estudo. A pesquisa consistiu em aplicada, exploratória e 
survey. Aplicou-se um questionário a uma amostra não probabilística por conveniência 
constituída por 63 acadêmicos empregados que estavam cursando a partir do segundo 
semestre do Curso de Administração; 42% dos alunos matriculados no primeiro semestre de 
2010. 
 
2 Referencial Teórico 
2.1. O significado do trabalho 
O trabalho é o exercício de alguma atividade e existe desde os primórdios da 
humanidade. Sabe-se que passou e ainda passa por um processo evolutivo e de adaptação 
as mudanças do contexto ao qual pertence. É uma das atividades mais antigas exercidas pelo 
ser humano. 
Os teóricos contemporâneos definem o trabalho como algo que gera status e eleva a 
importância do ser humano. Não se trabalha apenas pelo salário, mas também pela 
profunda satisfação emocional sentida quando da realização e dos resultados de esforços. O 
trabalho representa um componente da personalidade e fator de segurança do individuo. 
Esse misto de sensações e sentimentos que o trabalho proporciona, gera significados 
diferentes para cada pessoa, e são estes que norteiam grande parte de suas escolhas na vida 
profissional. Essa afirmativa é corroborada por Codo (2000), quando enfatiza que os 
significados reais do trabalho estão escondidos, não sendo revelados ao primeiro olhar, mas 
somente depois de uma análise rigorosa, exaustiva, onde se faz necessária a observação do 
quotidiano, as representações do trabalhador e os desígnios da empresa. 
Assim o trabalho é importante e imprescindível para qualquer pessoa, auxiliando na 
busca de sua identidade, e no desenvolvimento do fator de equilíbrio e crescimento, dando 
continuidade a sua história. 
 
2.2 O Estresse e seus sintomas 
 
 
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Os povos antigos acreditavam que as doenças eram causadas por espíritos ou 
demônios. Na Idade Média, a flagelação dos dementes era um processo comum para 
expulsar os demônios de pessoas que sofriam de problemas mentais. Em 1936 o 
endocrinologista Hans Selye introduziu o termo stress para designar uma síndrome 
produzida por vários agentes nocivos. Sua ênfase era na resposta não-específica do 
organismo a situações que o enfraquecessem ou fizessem-no adoecer, a qual ele chamou de 
síndrome geral de adaptação ou síndrome do estresse biológico, comumente conhecido 
também como a síndrome do simplesmente estar doente. 
A palavra Estresse vem do inglês Stress. Este termo foi usado inicialmente na física 
para traduzir o grau de deformidade sofrido por um material quando submetido a um 
esforço ou tensão. O conceito moderno de estresse transpôs este termo para a medicina e 
biologia, como sendo um conjunto de reações, que ocorrem em um organismo quando está 
submetido a um esforço de adaptação (SELYE,1956 apud FRANÇA & RODRIGUES 2002). 
Para Fontana (1994), o estresse vem a ser uma exigência imposta sobre as 
capacidades de adaptação da mente e do corpo, devendo ser encarado como um fato 
natural e em nível mínimo até desejável, pois não se relaciona necessariamente a eventos 
negativos. 
França & Rodrigues (2002), definem o estresse como uma reação particular entre 
uma pessoa, seu ambiente e as circunstâncias as quais está submetida, que é avaliada pela 
pessoa como uma ameaça ou algo que exige dela mais que suas própriashabilidades ou 
recursos e que põe em perigo seu bem-estar ou sobrevivência. Assim, para eles o estresse é 
a preparação do organismo para lidar com as situações que se apresentam, sendo então 
uma resposta do mesmo a um determinado estímulo, a qual varia de pessoa para pessoa, é a 
alteração global de nosso organismo para adaptar-se a uma situação nova ou às mudanças 
de um modo geral. É necessário e benéfico, pois faz com que o ser humano fique mais 
atento e sensível diante de situações de perigo ou dificuldade, como também em situações 
consideradas positivas e benéficas. 
Segundo estes mesmo autores, o estresse pode ser positivo, o eustress, tensão com 
equilíbrio entre esforço, tempo, realização e resultados; ou negativo, o distress, uma tensão 
com rompimento do equilíbrio biopsicossocial por excesso ou falta de esforço, incompatível 
com tempo, resultados e realização. 
O eustress é um esforço sadio na garantia da sobrevivência, pois gera sensação de 
realização pessoal, bem estar e satisfação das necessidades, traz vitalidade, entusiasmo, 
otimismo, perspectivas positivas, resistência a doença, vigor físico, lucidez mental, relações 
humanas ótimas, alta produtividade e criatividade. São situações de estresse positivo nas 
pessoas: uma paixão, um emprego novo tão desejado, uma aprovação ou uma promoção. 
O distress constitui o estresse negativo, resultante da percepção do estímulo como 
ameaça, ficando a energia retida no organismo para enfrentamento das pressões. É a 
resposta negativa da adaptação do organismo, que pode causar fadiga, irritabilidade, falta 
de concentração, depressão, pessimismo, doenças, acidentes, dificuldades de comunicação 
e baixa produtividade e criatividade. Quando não identificado e tratado pode transformar-se 
em doenças que interferem na vida pessoal e profissional das pessoas. 
 Quando o corpo humano está submetido à constante repetição de um estado de tensão, 
causado por estressores que advêm tanto do meio externo, como do interno dos indivíduos, 
desencadeia o estresse propriamente dito, que conforme Delboni (1997) manifesta-se, por 
exemplo, no sistema endócrino, onde as glândulas supra-renais são as mais prontamente 
 
 
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ativadas e produzem hormônios típicos do estresse, ou seja, o cortisol, a adrenalina e a 
noradrenalina. Por causa disso, notadamente por conta da adrenalina, os batimentos 
cardíacos aceleram, há dilatação das pupilas, aumenta a sudorese e aparece hiperglicemia 
(aumento de açúcar no sangue), como também no sistema nervoso, sistema imunológico e 
sistema límbico dos indivíduos estressados. 
Os estressores de acordo com Lipp (1996) constituem-se naquilo que ocasiona 
quebra de homeostase, e, portanto exige adaptação. Essa quebra constitui-se em alterações 
psicofisiológicas que ocorrem quando uma pessoa se confronta com uma situação que, de 
um modo ou de outro, a irrite, amedronte, excite, ou confunda, ou mesmo que a faça 
imensamente feliz. Para este autor, nosso cérebro passa a desenvolver uma série de 
alterações, que desencadeiam vários sintomas divididos em três fases: Fase Inicial, Fase 
Intermediária e a Fase Final de Estresse. 
Na Fase Inicial ou Alerta, os sintomas físicos ou psicológicos perduram por mais ou 
menos 24 horas. Todas as respostas corporais entram em estado de prontidão geral, ou seja, 
todo organismo é mobilizado sem envolvimento específico ou exclusivo de algum órgão em 
particular. É um estado de alerta geral, tal como se fosse um susto. Os sintomas físicos 
caracterizam-se por mãos e pés frios, boca seca, taquicardia, diarréia passageira, aperto de 
mandíbula (ranger de dentes), peso no estômago, insônia, hiperventilação, hipertensão 
arterial súbita ou passageira e mudança de apetite. Os sintomas psicológicos constituem-se 
aumento rápido de motivação e entusiasmo, acompanhado de vontade súbita de começar 
novos empreendimentos e ou projetos. 
Na Fase Intermediária ou de Resistência, os sintomas da primeira fase podem 
persistir ou não, podendo surgir novos sintomas, cuja duração é mais ou menos uma 
semana. O corpo começa a acostumar-se aos estímulos causadores do estresse e entram 
num estado de resistência. O organismo adapta suas reações e seu metabolismo para 
suportar o estresse por um período de tempo, canalizando para um órgão específico, por 
exemplo, a pele, sistema muscular, aparelho digestivo e outros. Os sintomas físicos desta 
fase podem ser caracterizados por cansaço permanente, úlceras, tonturas, alterações no 
apetite, falta de memória, hipertensão arterial, problemas dermatológicos, sensação de 
estar flutuando a mal estar generalizado, sem causa específica. Os sintomas psicológicos 
compreendem excessos de irritabilidade, sensibilidade e motivação, dúvidas em relação a si 
próprio, pensamentos persistentes, redução da libido e centralização em um determinado 
assunto. 
Na Fase Final ou de Exaustão, os sintomas da primeira e da segunda fase podem 
persistir ou não, havendo queda acentuada na capacidade adaptativa. Nesta etapa, o 
organismo já não é capaz de equilibrar-se por si só e sobrevém a falência adaptativa. Essa 
fase é grave, levando a morte de alguns organismos. Os principais sintomas físicos desta fase 
compreendem diarréia contínua, hipertensão constante, dificuldades sexuais, alterações 
significativas de apetite, úlceras, enfartes, problemas de pele e tonturas frequentes, insônia 
e náuseas. Os sintomas psicológicos referem-se a angustia, ansiedade diária, perda de senso 
de humor, dificuldades de trabalhar, pesadelos, depressão, raiva excessiva, cansaço 
constante, apatia, vontade de fugir, hipersensibilidade emotiva e sente-se inútil. 
 
2.3 Estresse ocupacional 
 O estresse ocupacional está presente em quase todos os contextos de trabalho, como 
também em todos os níveis da estrutura organizacional, do chão de fábrica ao mais alto 
 
 
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executivo. Os indivíduos estão sujeitos em todo momento de suas vidas a situações e 
ambientes considerados fontes de pressão desencadeadoras de estresse, não sendo 
excluído o seu ambiente de trabalho. Assim, neste contexto o estresse é chamado de 
estresse ocupacional. 
Suas consequências podem ser observadas nos altos níveis de absenteísmo, turnover, 
insatisfação, redução de produtividade, aumento de erros, acidentes, apatia, fadiga, 
ansiedade, baixa criatividade, inflexibilidade, desmotivação, entre outros (GHERMANN, 
1981, apud MORAES et. al. 2000). 
Para Couto (1987), o estresse ocupacional é uma resultante da superposição de 
agentes estressantes no trabalho sobre a vulnerabilidade do ser humano ao estresse, que se 
manifesta tanto a nível individual quanto organizacional. É um estado em que ocorre um 
desgaste anormal do organismo humano e/ou a diminuição de trabalho devido à 
incapacidade prolongada do indivíduo tolerar, superar ou se adaptar as exigências de 
natureza psíquica existente em seu ambiente de trabalho ou de vida. 
O estresse ocupacional é produto da relação entre indivíduo e o seu ambiente de 
trabalho, em que as exigências deste ultrapassam as habilidades do trabalhador para 
enfrentá-los, o que pode acarretar um desgaste excessivo do organismo, interferindo na sua 
produtividade. Mas, não podemos descartar o componente individual do estresse ligado na 
personalidade e ao modo como a pessoa reage, interpreta e sente os acontecimentos de 
forma particular. 
França & Rodrigues (2002, p.34) tratam o estresse no trabalho como sendo: 
(...) as situações em que a pessoa percebe seu ambiente de trabalho como 
ameaçador as suas necessidades de realização pessoal e profissional/e ou a sua 
saúde física e mental, prejudicando a interação desta com o trabalho e com o seu 
ambientede trabalho, à medida que esse ambiente contém demandas excessivas a 
ela, ou que ela não contém recursos adequados para enfrentar tais situações. 
Segundo Moraes (1988), os ambientes escolares físicos quando não estão em 
condições favoráveis também desencadeiam o estresse ocupacional. Ambientes escolares 
devem ser espaços educativos organizados, limpos, arejados, agradáveis, cuidados com 
móveis e equipamentos e materiais didáticos adequados à realidade da escola. 
No que se refere às condições de trabalho Cooper, Sloan e Willians (1988 apud AYRES 
et.al. 2008), caracterizam os agentes ocupacionais da seguinte forma: (1) Fatores intrínsecos 
ao trabalho: condições de salubridade, jornada de trabalho, ritmos, riscos potenciais a 
saúde, sobrecarga de trabalho, introdução de novas tecnologias, natureza e conteúdo do 
trabalho; (2) Papel Organizacional: ambiguidade e conflitos de papéis; (3) Inter- 
relacionamento: com os superiores, colegas e subordinados; (4) Carreira: congruência de 
status e segurança e perspectivas de promoções); (5) Clima da organização: ameaças 
potencias a integridade do indivíduo, sua autonomia e identidade pessoal; (6) Interface 
casa/trabalho: aspectos relacionados a eventos fora do trabalho e dinâmica psicossocial do 
stress. 
Ayres justifica que as fontes de estresse no trabalho são mediadas pelas diferenças 
individuais (características biofísicas, tipos de personalidade, mecanismos de defesa 
utilizados e o conjunto de experiências da vida) que tornam a intensidade e a frequência do 
estresse diferente para cada indivíduo. Assim, “diferentes respostas ocorrerão não só em 
função do estado geral e das características de cada organismo, mas também da fase da vida 
do indivíduo e da natureza ou intensidade das pressões que sobre ele atuam. 
 
 
 
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2.4 Estratégias de enfrentamento ao estresse 
 França & Rodrigues (2002. p.46) definem que “o enfrentamento é o conjunto de 
esforços que uma pessoa desenvolve para manejar ou lidar com as solicitações externas ou 
internas que são avaliadas por ela como excessivas ou acima de suas possibilidades”. Este 
enfrentamento seria uma estratégia da pessoa, não necessariamente consciente, para obter 
maiores informações sobre o que está ocorrendo e as condições internas para o 
processamento e manejo dessas informações, ajudando a manter o equilíbrio do organismo. 
Para Lipp (1996) é importante identificar o que está causando o estresse, verificar se 
ele é passível de mudança ou não, pois não são todas as situações que podem ser mudadas. 
Segundo ele diversas técnicas anti-stress estão disponíveis, mas o beneficio de cada uma 
delas está condicionado ao combate da causa. 
As estratégias de enfrentamento são um recurso que podem auxiliar o individuo a 
adaptar-se a situações estressantes, além disso, prevenir uma série de doenças advindas do 
trabalho. Ao utilizar tais estratégias o indivíduo poderá ter uma vida melhor com a redução 
do estresse. É necessário que o aluno trabalhador tome consciência de como contribui para 
o próprio estresse ocupacional, e que ele pode criar uma atmosfera organizacional e 
universitária melhor. 
 
3 Diagnóstico e Análise dos resultados 
3.1 O perfil dos acadêmicos empregados 
O curso de Administração da UNIJUÍ iniciou suas atividades no campus Três Passos 
em 1998, com o objetivo de atender às demandas regionais; nesta época eram oferecidas 
vagas do Curso de Administração por meio de componentes comuns com os Cursos de 
Ciências Contábeis e Economia. Atualmente a oferta comum inexiste, mas a oferta do Curso 
de Administração permanece no regime presencial noturno, com 3000 h/a divididas em 10 
semestres. 
Na última prova do ENADE, em 2006, obteve o conceito 4 considerado um bom 
resultado. Contou no 1º semestre de 2010 com 152 alunos matriculados, a maioria jovens 
que estudam e trabalham para conseguir custear suas despesas e poder cursar o ensino 
superior. 
Os participantes da pesquisa apresentaram o seguinte perfil: 51% (32) são homens e 
49% (31) são mulheres; a maioria está na faixa dos 20 aos 25 anos (60%) seguidos de 25% na 
faixa dos 26 a 30 anos; 51% (32) residem no município de localização do campus e os demais 
residem em Crissiumal, Humaitá, Tenente Portela, Campo Novo, Sede Nova, Tiradentes do 
Sul e Esperança do Sul. Observou-se que 35% dos acadêmicos utilizam o ônibus como meio 
de transporte para ir à Universidade, seguido do mesmo percentual que utiliza o carro 
próprio ou da família e os demais utilizam motocicleta e outros meios de transporte. O 
tempo de deslocamento até a universidade foi bastante variável, de menos de 30 minutos 
até 2h. Quanto ao tipo de organização em que os acadêmicos trabalham 29% no comércio, 
27% em serviços, 22%, na indústria e os demais em outros tipos de organizações. Quanto 
aos cargos ocupados à maioria dos acadêmicos trabalha em cargos administrativos (41%) 
seguido dos cargos operacionais (17%), estagiários (14%) e também este mesmo percentual 
ocupam cargos gerenciais. A maioria dos acadêmicos (61,90%) trabalham 8h diárias, 44h 
semanais e 220h mensais; quando questionados ao tempo dedicado aos estudos as 
respostas variaram entre 1 à 3 horas diárias; à família de 3 a mais de 3 horas diárias e ao 
grupo social dedicam de 1 a 3 horas diárias. 
 
 
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3.2 A satisfação com o curso de Administração da UNIJUÍ 
A pesquisa identificou a percepção dos acadêmicos quanto ao curso de 
Administração da UNIJUÍ e encontram-se satisfeitos e muito satisfeitos 91% dos acadêmicos. 
Também outras variáveis do curso foram avaliadas: o PPC foi considerado desconhecido por 
25% dos acadêmicos, enquanto 25% o consideram bom; com freqüência de respostas 
regulares apareceram a disponibilidade de recursos audiovisuais (51%) e barulho e ruídos 
(59%); e bom e muito bom apareceram às visitas as organizações (72%), os trabalhos 
extraclasses (69%), seminários realizados (64%) e trabalhos em grupos/equipes (67%). 
Nas respostas envolvendo o desempenho acadêmico 67% consideram seu 
desempenho acadêmico bom. E, quanto à influencia do trabalho no desempenho acadêmico 
44% responderam que sempre influencia, enquanto 28% consideram que influencia algumas 
vezes. Quanto às médias obtidas no segundo semestre de 2009, a maioria dos respondentes 
(32%) tiveram média 8,0, seguido de 25% com média 7,5 e 22% com média 8,5. 
 
3.3 Estresse Ocupacional nos acadêmicos empregados 
A tabela a seguir apresenta as variáveis de frequência do estresse ocupacional e seus 
sintomas físicos e psicológicos presentes nos participantes do estudo. 
As médias de maior freqüência nos sintomas físicos do estresse foram de 12% e 8% 
que correspondem respectivamente a 7 e 5 acadêmicos com muita e moderada freqüência 
destes sintomas. Os sintomas mais freqüentes foram: o cansaço (60%), a tensão/dor 
muscular (49%), a dificuldade com a memória (49%) e o distúrbio do sono (44%). 
Nos sintomas psicológicos do estresse as médias de maior freqüência foram 16% e 
14% que correspondem respectivamente a 10 e 9 acadêmicos com muita e moderada 
freqüência destes sintomas. Os sintomas mais freqüentes foram: a ansiedade (58%), a 
insegurança nas decisões (48%), os conflitos interpessoais (44%) e a perda do senso de 
humor (42%). 
 
 
Tabela 1 - Estresse Ocupacional: Sintomas Físicos e Psicológicos 
Sintomas Físicos N P MO M Percentual 
Cansaço 4,76 46,03 12,7 36,51 60 
Dificuldade com memória 11,11 50,79 19,05 19,05 49 
Sensação perdas forças físicas 31,75 55,56 6,35 6,35 29 
Distúrbio do Sono 19,05 46,03 19,05 15,87 44 
Fome exagerada 28,57 53,97 3,17 6,35 34 
Pressão alta 58,73 31,75 3,17 6,35 19 
Perda do apetite 50,79 42,86 4,76 1,59 19 
Dor no estômago49,21 33,33 7,94 9,52 26 
Mal estar sem causa aparente 41,27 47,62 3,17 7,94 26 
Alergias na pele 55,56 20,63 9,52 14,29 27 
Diarreia 68,25 25,4 3,17 7,94 14 
Dor no peito 47,62 42,86 1,59 7,94 23 
Tensão/dor muscular 14,29 47,62 14,29 23,81 49 
MÉDIA 36% 44% 8% (5) 12% (7) 
 
 
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Sintomas Psicológicos N P MO M Percentual 
Irritabilidade com professores 19,05 58,73 12,7 9,52 37 
Irritabilidade com colegas 20,63 65,08 6,35 7,94 34 
Irritabilidade com familiares 17,46 61,9 9,52 11,11 38 
Conflitos interpessoais 19,05 46,03 19,05 15,87 44 
Insegurança nas decisões 17,46 41,27 20,63 20,63 48 
Perda do senso de humor 17,46 52,38 15,87 14,29 42 
Explode facilmente 22,22 49,21 11,11 17,46 11 
Ansiedade 7,94 44,44 14,29 33,33 58 
MÉDIA 17% 53% 14% (9) 16% (10) 
N: Nenhuma Frequencia P:Pouca Frequencia MO: Moderada Frequencia M: Muita 
Frequencia 
 
O nível excessivo de tarefas que compõem o dia-a-dia de um aluno empregado 
facilita muito a suscetibilidade deste ao estresse, para tanto as estratégias para lidar com o 
estresse se tornam um recurso para auxiliar na prevenção de doenças advindas dele. 
Pode-se perceber na tabela 2 que as estratégias de enfrentamento estão nos 
extremos, pouca freqüência (38%) e muita freqüência (31%), sendo que as mais utilizadas 
pelos acadêmicos são: rir (80%), ouvir música (76%), investir na auto-estima (67%), realizar 
refeições nos horários (66%), passear com familiares (65%), ser realizado e acreditar no que 
faz (62%) e dormir conforme a necessidade (59%). Os resultados demonstram que os 
acadêmicos mesmo sem saber, estão se utilizando de estratégias de enfrentamento ao 
estresse. 
Quanto aos cuidados com a saúde os resultados demonstram pouca (36%), nenhuma 
(29%) e moderada (23%) freqüência, sendo que os cuidados mais freqüentes para com a 
saúde são: ir ao dentista (67%) e realizar os exames médicos periódicos solicitados (45%). 
 
Tabela 2 – Estresse Ocupacional: Estratégias de Enfrentamento e Cuidados com a Saúde 
Estratégias de enfrentamento N P MO M Percentual 
Caminhada 25,4 52,38 6,35 15,87 37 
Atividade Física 11,11 63,49 9,52 15,87 43 
Ir ao Cinema 66,67 26,98 1,59 4,76 15 
Ler um bom livro 31,75 52,38 7,94 7,94 31 
Realiza refeições nos horarios 7,94 28,57 20,63 42,86 66 
Dorme conforme necessidade 9,52 38,1 15,87 36,51 59 
Investir na auto-estima 3,17 30,16 30,16 36,51 67 
Escutar música 4,76 19,05 20,63 55,56 76 
Passear com familiares 6,35 36,51 14,29 42,86 65 
Rir 7,94 11,11 12,7 68,25 80 
Viajar com a família 19,05 61,9 9,52 9,52 36 
Realizado e acredita no que faz 6,35 36,51 20,63 36,51 62 
MÉDIA 17% 38% (24) 14% 31% (19) 
Cuidados com a Saúde N P MO M Percentual 
Ir ao dentista 4,76 25,4 34,92 34,92 67 
 
 
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Exames solicitados pelo médico 19,05 38,1 30,16 12,7 45 
Avaliação da Visão 38,1 31,75 23,81 6,35 33 
Consulta Médica de rotina 26,98 42,86 22,22 7,94 37 
Avaliação Nutricional 49,21 34,92 11,11 4,76 24 
Verificação da Pressão Arterial 36,51 44,44 12,7 6,35 30 
MÉDIA 29% 36% 23% 12% 
N: Nenhuma Frequencia P:Pouca Frequencia MO: Moderada Frequencia M: Muita 
Frequencia 
 
 
3.4 A relação entre o estresse ocupacional e o desempenho acadêmico 
A tabela a seguir apresenta as correlações entre o desempenho acadêmico, ou seja, a 
média geral do segundo semestre de 2009 informada pelos respondentes, e as variáveis 
físicas e psicológicas do estresse ocupacional encontradas. Nestas questões as variáveis 
estavam numa classificação de 04 posições de consideração: 
1 Nenhuma Freqüência 2 Pouca Freqüência 3 Moderada Freqüência 4 Muita 
Freqüência 
A média geral demonstra pouca freqüência mas observa-se que os acadêmicos com 
média 6,5, 7,0 e 9,0 são os que mais apresentam os sintomas físicos do estresse ocupacional. 
O cansaço apareceu em graus moderado e muito frequente para todos os acadêmicos 
empregados. Os demais itens que merecem atenção: dificuldade de memória, distúrbio do 
sono, dor/tensão muscular e o mal estar sem causa aparente. 
Novamente a média geral apresentou pouca frequencia, mas, com exceção dos 
acadêmicos com média 7,5 todos os demais apresentaram alguns dos sintomas psicológicos 
do estresse em grau moderado. Os mais freqüentes foram à insegurança nas decisões e a 
ansiedade. 
Tabela 3 – Comparação entre o desempenho acadêmico e sintomas físicos/psicológicos 
Sintomas Físicos 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 
Cansaço 4 3 3 3 3 3 
Dificuldade memória 3 2 2 2 3 4 
Sensação de perda das forças 
físicas 1 2 2 2 2 1 
Distúrbio do Sono 2 3 2 2 2 3 
Fome 2 2 2 2 2 1 
Pressão alta 2 2 1 1 1 2 
Perda do apetite 1 2 2 1 1 2 
Dor no estômago 2 2 2 2 2 1 
Mal estar sem causa aparente 3 1 2 2 2 2 
Alergias na pele 2 2 1 2 2 2 
Diarréia 2 1 1 2 1 1 
Dor no peito 2 2 1 1 1 1 
Tensão/dor muscular 3 3 2 3 2 3 
MÉDIA 2 2 2 2 2 2 
Sintomas Psicológicos 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 
 
 
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 Irritabilidade com professores 3 2 2 2 2 2 
 Irritabilidade com colegas 2 2 2 2 2 2 
Irritabilidade com familiares 2 2 2 2 2 1 
Conflitos interpessoais 2 2 2 2 2 1 
Insegurança nas decisões 3 2 2 3 2 3 
Vontade de fugir de tudo 2 2 2 2 2 3 
Perda do senso de humor 2 2 2 2 2 2 
Explode facilmente 1 3 2 2 2 2 
Ansiedade 2 3 2 3 3 3 
MÉDIA 2 2 2 2 2 2 
 
Na tabela 4 podemos perceber que não há relação entre um melhor desempenho 
acadêmico e a utilização de estratégias de enfrentamento ao estresse e também maiores 
cuidados com a saúde, pois, a média geral demonstrou nenhuma ou pouca freqüência. Cabe 
ressaltar um fenômeno importante, à medida que as médias aumentam também aumenta 
relativamente as estratégias de enfrentamento ao estresse. 
 Os acadêmicos com média 6,5 foram os que menos demonstraram usar as 
estratégias de enfrentamento ao estresse e as estratégias menos utilizadas pelos 
acadêmicos empregados são: fazer uma atividade física, ir ao cinema, ler um bom livro e 
viajar com os familiares. Também neste grupo, os cuidados com a saúde aparecem com 
nenhuma freqüência (média 1). 
Apenas o item ir ao dentista apareceu em grau moderado nos acadêmicos com 
médias 7,0 a 8,5 no que se refere aos cuidados com a saúde. 
. 
Tabela 4 - Comparação entre desempenho acadêmico, estratégias enfrentamento e 
cuidados com saúde 
Estratégias de 
enfrentamento 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 
Caminhada 2 2 2 2 2 2 
Atividade física 1 2 2 2 2 2 
Ir ao cinema 1 1 1 2 1 1 
Ler um bom livro 1 1 2 2 2 3 
Realizar refeições nos 
horários 2 3 3 3 3 3 
Dormir conforme 
necessidade 2 3 3 3 3 4 
Investir na auto-estima 3 2 3 3 4 4 
Escutar música 2 4 3 3 3 3 
Passear com familiares 3 3 3 3 3 2 
Viajar com familiares 1 2 2 2 2 1 
MÉDIA 2 2 2 2 2 2 
Cuidados com a Saúde 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 
Ir ao dentista 2 3 3 3 3 2 
Exames solicitados 2 2 2 2 2 2 
 
 
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Avaliação da visão 1 2 2 2 2 1 
Consulta médica 1 2 2 2 2 2 
Avaliação Nutricional 2 2 1 2 2 2 
Verificação da Pressão 1 2 1 2 2 2 
MÉDIA 1 2 2 2 2 2 
 
Considerações Finais 
Participaram deste estudo 63 alunos do curso de Administração da UNIJUÍ no campus 
Três Passos, ou seja, 42% dos alunos matriculados no 1º semestre de 2010. Foi possível 
obter nesta pesquisa o perfil dos estudantes trabalhadores do curso de Administração no 
campus Três Passos, uma análise do estresse ocupacional, bem como, sua relação com o 
desempenho acadêmico. 
Quanto ao estresse ocupacional apareceram com muita e moderada freqüência para 
20% da amostra os seguintes sintomas físicos: o cansaço (60%), a tensão/dor muscular(49%), a dificuldade com a memória (49%), o distúrbio do sono (44%) e a fome exagerada 
(34%). Já nos sintomas psicológicos para 30% da amostra apareceu com muita e moderada 
freqüência os sintomas: ansiedade (58%), insegurança nas decisões (48%), os conflitos 
interpessoais (44%) e a perda do senso de humor (42%). 
Quanto às estratégias de enfrentamento ao estresse estas aparecem nos pontos 
extremos, pouca freqüência (38%) e muita freqüência (31%), sendo que as mais utilizadas 
pelos acadêmicos são: rir, escutar música, investir na auto-estima, realizar refeições nos 
horários, passear com familiares, ser realizado e acreditar no que faz e dormir conforme a 
necessidade. Os resultados demonstram que os acadêmicos mesmo sem saber utilizam-se 
de estratégias de enfrentamento ao estresse. 
Quanto aos cuidados com a saúde os resultados demonstram pouca (36%), nenhuma 
(29%) e moderada (23%) freqüência, sendo que os cuidados mais freqüentes para com a 
saúde consistem em ir ao dentista e realizar os exames solicitados pelos médicos. 
No que se refere à relação entre o estresse ocupacional e o desempenho dos 
acadêmicos empregados, observou-se que os acadêmicos com média 6,5, 7,0 e 9,0 são os 
que mais apresentam os sintomas físicos do estresse. O cansaço apareceu em graus 
moderado e muito frequente para todos os acadêmicos empregados. Os demais itens que 
merecem atenção são: a dificuldade de memória, o distúrbio do sono, a dor/tensão 
muscular e o mal estar sem causa aparente. Novamente a média geral apresentou pouca 
frequencia, mas, com exceção dos acadêmicos com média 7,5 todos os demais 
apresentaram alguns dos sintomas psicológicos do estresse. Os mais freqüentes foram à 
insegurança nas decisões e a ansiedade. 
Quanto há uma relação entre um melhor desempenho acadêmico e a utilização de 
estratégias de enfrentamento ao estresse e também maiores cuidados com a saúde, a média 
geral demonstrou nenhuma ou pouca freqüência destas estratégias. Embora, cabe ressaltar 
um fenômeno importante a medida que as médias aumentam também aumentam 
relativamente as estratégias de enfrentamento ao estresse. Os acadêmicos com média 6,5 
foram os que menos demonstraram usar as estratégias de enfrentamento ao estresse. 
Quanto aos cuidados com a saúde apenas o item ir ao dentista apareceu em grau moderado 
nos acadêmicos com médias 7,0 a 8,5. 
 
 
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Aos alunos recomenda-se a prática de mais estratégias de enfrentamento ao estresse 
e também maior cuidado com a sua saúde, ficando assim mais preservados dos sintomas 
físicos e psicológicos do estresse ocupacional. Sugere-se também que novas pesquisas sejam 
realizadas para que todos os sujeitos envolvidos possam promover as condições que lhes 
assegurem uma boa qualidade de vida tanto profissional quanto pessoal. 
 
Bibliografia 
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acadêmico universitário. Um estudo em professores universitários com cargos de chefia 
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para viver melhor. São Paulo: Makron Books, 1997. 
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prováveis repercusões na qualidade de vida no trabalho: um estudo de caso. Relatório de 
estagio supervisionado. Unijui: novembro/2005. 
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Atlas, 2002. 
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Saraiva, 1994. 
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XXI, 2 ed. São Paulo: Atlas, 2006. 
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Bookman, 2001. 
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Humanas, Edição Especial Temática, 141-155, 2000. 
MORAES, L.F.R; KILIMNIK, Z.M; LADEIRA, M.B; A problemática do stress ocupacional – 
revisão baseada em pesquisas brasileiras. Belo Horizonte: Analises e Conjuntura, 1988. 
 
 
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ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágio e de pesquisa em administração: guia 
para estágios, trabalhos de conclusão, dissertações e estudos de caso. 3ª Ed. São Paulo: 
Atlas,2006. 
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http://www.fundacaopitagoras.com.br/admin/BibliotecaDeArquivos/Image.aspx?ImgId=354
&TabId=279, acesso em 10/06/2010.

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