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Literatura de Cordel: Origens e Temas

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Literatura popular regional
Aula 09: Lírica popular – a literatura de cordel
Identificaremos as origens da literatura cordelística, como ela se constituiu e se consolidou no imaginário da região nordeste e em todo Brasil. 
-Conheceremos os principais autores da literatura de cordel, seus temas e sua abrangência.
 
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LITERATURA POPULAR REGIONAL
Vídeo 1:
Abertura cordelística
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	Na aula anterior estudamos que os poetas da Antiguidade e da era medieval cantavam ou escreviam seus versos sem qualquer noção de que estavam produzindo o que séculos depois seria classificado como Literatura. 
	A expressão cujo berço são as camadas mais prestigiadas da sociedade geralmente são logo aceitas no cânone artístico, enquanto o que vem dos meios populares às vezes leva séculos até ser considerado arte.
	
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	Também vimos que cultura popular é o resultado de um conjunto de manifestações tradicionais e crenças de um povo e nasceu da adaptação do homem ao ambiente onde vive, de costumes e tradições transmitidos de geração para geração.
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	O cordel, também conhecido no nosso país como folheto, é um gênero literáriopopular escrito comumente sob a forma de rima, cuja origem, como já vimos, parte de relatos da cultura oral. Embora possamos afirmar que sua origem remonta à Antiguidade dos fenícios, gregos e romanos, a forma como é conhecida hoje, com os folhetos, remonta ao século XVI, quando o Renascimento popularizou a impressãode relatos orais. 
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	Na Península Ibérica recebeu os nomes de pliegos sueltos na Espanha e folhas soltas ou volantes em Portugal. O nome Literatura de Cordel tem origem na forma como tradicionalmente os folhetos eram expostos para venda, pendurados em cordas, cordéis ou barbantes em Portugal, mas, no Brasil, o folheto pode ou não estar exposto em barbantes.
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	Vídeo divulgação do cordel:
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	A maior parte das obras é ilustrada com xilogravuras e, em relação à estrutura dos poemas, as estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos, que são recitados de forma melódica, por vezes acompanhadoe de instrumentos como a viola caipira.
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	“Na época dos povos conquistadores greco-romanos, fenícios, cartagineses, saxões, etc, a literatura de cordel já existia, tendo chegado à Península Ibérica (Portugal e Espanha) por volta do século XVI. Na Península a literatura de cordel recebeu os nomes de pliegos sueltos (Espanha) e "folhas soltas" ou "volantes" (Portugal). Florescente, principalmente, na área que se estende da Bahia ao Maranhão esta maravilhosa manifestação da inteligência brasileira merecerá no futuro, um estudo mais profundo e criterioso de suas peculiaridades particulares.” 
Do site da Academia Brasileira de Cordel:
http://www.ablc.com.br
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	A literatura de cordel é predominantemente escrita nos folhetos, nos cordéis, oa quais sempre foram utilizados na literatura de cordel como uma opção barata e prática de distribuição do material poético. Entre os séculos XV e XVI eles também apresentavam outros gêneros literários, como o tearo. As peças de Gil Vicente chegaram a ser produzidas com este material. Na segunda metade do século XIX temos as primeiras impressões de cordéis no Brasil, com características genuinamente brasileiras. 
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Gonçalo, poeta e membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, e os mais de 13 mil títulos do acervo da ABLC
http://www.ablc.com.br/aablc.html
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	A nossa produção é predominantemente nordestina, mas outros estados também possuem produção de cordéis e o gênero tem multiplicado sua produção ao longo dos anos, sobretudo após a criação da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, em 1988. 
	Os próprios autores costumam comercializar a produção de sua obra,que geralmente é vendida em feiras culturais, casas de cultura, livrarias e nas apresentações dos cordelistas.
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LITERATURA POPULAR REGIONAL
	O cordel tem um importante papel na cultura brsileira. É incontável o número de pessoas que apresnderam a ler através dos lúdicos folhetinhos, cujo papel social ultrapassa a importante função de aproximar os ouvintes em torno de uma boa história, mas chega até a reflexão socio-política de acontecimentos contemporâneos e históricos através de seus versos. Muitos brasileiros não teriam outra oportunidade de discutir temas políticos e filosóficos se não através dos folhetins poéticos do cordel. 
Lua de Mel de Matuto (2002), 
xilogravura do artista José Francisco Borges..
A xilogravura é a técnica mais tradicional de ilustração dos cordéis. 
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Os temas abordados pela poesia de cordel incluem fatos do cotidiano, episódios históricos, temas religiosos, entre muitos outros. A temática das tradições, lendas e cultura nordestina são amplamente abordadas e a seca é um tema recorrente. Uma de suas principais características é a manifestação da opinião do autor a respeito de algo dentro da sua sociedade.
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	Como um tema bastante recorrente, os cangaceiros encarnavam um ideal de justiça numa época em que os coronéis eram os senhores absolutos representando a figura principal do opressor do povo. Com o fim do cangaço, surgiram heróis da ficção como Rufino, o Rei do Barulho, José de Souza Leão e Antônio Cobra-Choca, sempre em papéis de vingadores das injustiças de que eram vítimas os mais humildes, os homens do povo. Lampião, Padre Cícero, Getúlio Vargas e Frei Damião foram, e continuam fazendo parte da cultura do homem simples, portanto são biografados pelos poetas populares, intérpretes do inconsciente coletivo até os dias de hoje e suas façanhas são alguns dos assuntos de cordéis que tiveram maior tiragem desde sempre. 
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Vídeo 2 O coronel e o lobisomem
Vídeo 4: um carnaval muito cordelístico

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