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INCIDÊNCIAS RADIOGRÁFICAS Prof. Ananias A. Batista •Incidência (ou projeção) • É um termo de posicionamento que descreve a direção ou trajetória do RC raio central da fonte de raios X em direção ao objeto quando estes atravessam o paciente, projetando uma imagem no filme. • INCIDÊNCIA PÓSTERO-ANTERIOR (PA) É a incidência do RC de trás para frente. A combinação dos dois termos, posterior e anterior, abrevia-se (PA). O RC raio central penetra na superfície posterior e sai na anterior. Prof. Ananias A. Batista • INCID. ANTERO-POSTERIOR (AP): É uma incidência do RC de frente para trás. A combinação dos termos anterior e posterior, em uma única palavra, (abreviada AP) descreve a direção do RC, que penetra na superfície anterior e sai pela superfície posterior. (AP e PA) • INCIDÊNCIAS OBLIQUAS: D. e E. OAD, OAE, OPD e OPE: É uma incidência em AP ou PA de uma estrutura do corpo, com o mesmo rotacionado em relação a mesa/estativa/RC. Por esse motivo, é preciso haver um adjetivo indicando para que lado está rodada, como rotação medial ou lateral Prof. Ananias A. Batista • INCIDÊNCIAS MÉDIO-LATERAL E LÁTERO- MEDIAL: Uma incidência lateral descrita segundo a trajetória do RC. Dois exemplos são as incidências médio lateral do tornozelo e látero-medial do punho. A determinação do lado medial ou lateral é novamente baseada na posição anatômica. • INCIDÊNCIAS PERFIL OU LATERAL: Uma incidência lateral descrita segundo a trajetória do RC. Da direita para esquerda ou da esquerda para direita. Prof. Ananias A. Batista HISTÓRICO A descoberta dos Raios-X se deu a partir de experimentos com os “tubos catódicos”, equipamentos exaustivamente utilizados em experimentos no final do século XIX que consistiam em um tubo de vidro, ligado a uma bomba de vácuo, onde era aplicada uma diferença de potencial entre dois terminais opostos, gerando uma corrente elétrica dentro do tubo. No final do século XIX, foi estabelecido que os raios provenientes do cátodo eram absorvidos pela matéria e que a sua absorção era inversamente relacionada com a voltagem de aceleração. E mais: incidindo essa radiação em alguns cristais, era provocada a emissão de luz visível, chamada “fluorescência”. Em 1896, Thomson demonstrou que os raios provindos do cátodo eram compostos por pequenas partículas carregadas negativamente, tendo massa aproximadamente igual a 1/1800 do menor átomo, o Hidrogênio. Essa partícula passou a ser chamada de elétron, e teve sua carga absoluta (1,601x1019C) medida por Robert Milikan em 1910. Prof. Ananias A. Batista O físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen passou a estudar os chamados “raios catódicos” (nome utilizado na época para designar o fluxo de elétrons gerado no tubo) em 1894, e no ano seguinte começou a observar a radiação que chamaria de “RAIOS-X”, por sua natureza desconhecida. A clássica radiografia feita por Röntgen em 1895, mostrando a mão de sua esposa. Röntgen passou a pensar na radiação como uma forma de luz invisível. A radiação passou a ser estudada exaustivamente por ele e, dessa forma, descobriu-se suas principais propriedades: * Propagação em linha reta. * Alta capacidade de penetração, * Capacidade de impressionar chapas fotográficas, * Inodoro, * Invisível Tentativas de verificar reflexão, refração ou difração foram feitas, sem sucesso. Assim, Röntgen supôs que era algo diferente de todas as radiações conhecidas, chegando a sugerir que fossem ondas eletromagnéticas longitudinais. Após o estudo da radiação, Röntgen publicou trabalhos sobre a nova radiação. Sua descoberta espalhou-se muito rapidamente, e a sua principal aplicação, a radiografia, passou a ser utilizada pelos hospitais, e, mais tarde, pelas indústrias em todo o mundo. Com seu feito, Röntgen foi premiado com o primeiro prêmio Nobel de Física. Röntgen já havia verificado que ânodos de metais pesados emitiam raios-x mais penetrantes que aqueles emitidos por ânodos de metais mais leves. Barkla verificou que havia uma radiação característica para cada metal utilizado como alvo, o que foi explicado pelo modelo atômico de Niels Bohr. Tal contribuição rendeu a Barkla o prêmio Nobel de Física em 1917. Wilhelm Conrad Röntgen, físico que primeiramente estudou os Raios-X. Prof. Ananias A. Batista FERRO, CHUMBO, ÓLEO, VIDRO, VÁCUO, CATODO E ANODO ALVO OU PONTO FOCAL 2700°C Prof. Ananias A. Batista A PRODUÇÃO DE RAIOS-X Os Raios-X são gerados quando uma partícula de alta energia cinética é rapidamente desacelerada. O método mais utilizado para produzir raios-X é fazendo com que um elétron de alta energia (gerado no cátodo do tubo catódico) colida com um alvo metálico (ânodo). Na figura acima, analisamos o fenômeno a nível atômico. Quando esse elétron atinge o alvo (I), um elétron da camada K de um átomo do material é liberado na forma de fotoelétron (II), fazendo com que haja uma vacância nessa camada. Para ocupar o espaço deixado por esse elétron, um outro elétron de uma camada mais externa passa à camada K (III), liberando energia na forma de um fóton de Raios-X (IV). A energia desse fóton corresponde à diferença de energia entre as duas camadas. Durante os primeiros estudos sobre a geração de Raios-X, foi percebido que ao aumentar a diferença de potencial entre os terminais, aumenta-se a intensidade e a faixa de comprimentos de onda produzidos pelo tubo . Materiais utilizados em tubos de Raios X , como o Molibdênio e o Cobre , precisam de uma diferença de potencial mínima aplicada de 29KV e 8,9KV respectivamente para ejetar elétrons da camada K . A PRODUÇÃO DE RAIOS-X Quando um elétron, em rápido deslocamento, incide em um átomo sob a superfície do alvo, sua energia de movimento é convertida em energias radiantes. O elétron pode perder toda a sua energia em uma colisão, em cujo caso é produzida uma radiação de frequência dada pela relação quântica Ee=hf, onde Ee é a energia original do elétron, h é a constante de Planck e f é a frequência. Assim, se a energia original Ee é suficientemente alta, isto é, o elétron tem velocidade suficientemente alta, então uma radiação de alta frequência é emitida como um raio X . Isto não significa necessariamente que Raios X sejam produzidos em cada colisão - algumas das colisões podem produzir ondas eletromagnéticas de frequência muito mais baixa, isto é, luz ou calor . Para qualquer tensão V (diferença de potencial) aplicada , será produzida uma radiação de frequência f . Sabendo-se que Ee=eV=hf, teremos V=hf/e , onde “e” é a carga do elétron , ou simplesmente, V=12.4/λmin, onde λ é o comprimento de onda em Ângstrons e V está em Kilovolts . Para uma tensão aplicada de V=10kV , teremos λ=1,24 Å. Os Raios X, como os raios luminosos, são de caráter eletromagnético e muitas das propriedades da luz também são propriedades da radiação X, Muitas substâncias, que são transparentes à luz, também são transparentes aos Raios X. Roentgen provou que os Raios X passariam mais facilmente através da carne do que dos ossos e assim proporcionou à profissão médica um meio de investigação do corpo humano sem recorrer à cirurgia (diagnose). Raios X intensos afetam o tecido vivo, inibindo o crescimento das células do corpo, destruindo o tecido e causando uma serie de fatores. Embora a ação dos Raios X seja prejudicial, é esta propriedade que o torna útil no auxílio para o extermínio de células doentes do corpo, em tratamento denominado RADIOTERAPIA. CARACTERÍSTICASDOS RAIOS X Prof. Ananias A. Batista Primeiros tratamentos com Raios X CARACTERÍSTICAS DOS RAIOS X Proteção contra exposição às Radiações Os raios X que se originam no foco anódico, se projetam em todas as direções. Sob o ponto de vista diagnóstico, só interessa utilizar o feixe de raios X útil, que é o que parte do foco em direção direta ao objeto. A radiação restante não deve abandonar o tubo, tendo em conta a nocividade dos raios X para o organismo humano , sem contar que haveria significante piora na qualidade final da imagem radiográfica. Devido a este fato, as âmpolas de Raios X são envolvidas em ferro e alumínio e em uma carcaça de chumbo, entre 3 e 4 mm de espessura, a qual evitará a fuga de radiação. 1- FERRO 2- CHUMBO 3- ÓLEO 4- VIDRO 5- VÁCUO Prof. Ananias A. Batista TUBO DE RAIOS X Uma corrente de elétrons flui através do tubo, partindo do cátodo em direção ao ânodo, onde os elétrons sofrem uma brusca desaceleração, com consequente perda de energia. Parte desta energia será convertida em calor e uma pequena porcentagem resultará na produção dos raios X. TUBO DE RAIOS X Os principais componentes de uma ampola de Raios X são: filamento, como fonte emissora de elétrons, e um anteparo onde os mesmos irão interagir para produzir os Raios X. O filamento emissor (cátodo), apresenta uma forma helicoidal de aproximadamente 0,2 mm e cerca de 1 cm de comprimento. Para uma corrente elétrica de até 5 Ampères fluindo no mesmo, teremos uma temperatura de aproximadamente 3.370°C, o que explica a razão de usar-se Tungstênio como material constituinte, devido a este apresentar alto ponto de fusão. O Filamento (Cátodo - Negativo) e o anteparo (ânodo - Positivo), estão envoltos por uma estrutura de vidro resistente a calor e pressão, chamada Ampola. Esta é envolvida em Ferro e Alumínio e em uma carcaça de Chumbo de 3 a 4 mm de espessura, para evitar a fuga de radiação. TUBO DE RAIOS X Como grandes quantidades de calor são geradas devido às técnicas com alto mA e exposições sequenciais, é necessário empregar métodos de refrigeração para dissipar o calor. A quantidade de calor gerado no ânodo depende do KV, mA , tempo de exposição , tipo de gerador e número de exposições em uma rápida sucessão de disparos. Ao redor da ampola há óleo, o qual terá como função remover o calor gerado dentro do tubo. Além disso, os tubos possuem ânodo giratório que, girando entre 3.000 e 10.000 rpm (rotações por minuto), oferecem uma nova superfície de impacto para os elétrons, diferenciando-se dos ânodos fixos, dispersando parte do calor produzido durante uma exposição. O aquecimento elevado de um tubo de raios X pode trazer uma variedade de problemas, como vaporização de Tungstênio, modificando as condições do tubo; diminuição na eficiência de produzir raios X e consequente diminuição de sua vida útil e em casos extremos, fusão do alvo. Vários equipamentos são dotados de sistemas de segurança, os quais bloquearão o equipamento, caso níveis inseguros de calor sejam alcançados . FORMAÇÃO DA IMAGEM • Uma complexa cadeia de eventos (físicos e químicos), após a irradiação dos Raios X, irão formar no filme uma imagem latente. Prof. Ananias A. Batista IMAGEM Não há diferença visível entre um filme exposto e outro não exposto antes dos mesmos serem revelados . Prof. Ananias A. Batista IMAGEM Na figura acima, os cristais de Brometo de Prata são representados pelas esferas sem pontos pretos, sendo que as esferas com estes, representam a imagem latente formada pelos cristais expostos. Prof. Ananias A. Batista IMAGEM A Imagem Latente(invisível) registrada nos cristais de Brometo de Prata, precisa ser convertida em imagem visível . Esta é a tarefa do revelador. O revelador reduz os íons dos cristais expostos em átomos de Prata Neutros. Os Brometos de Prata não expostos não são reduzidos . O revelador reduz apenas os cristais de Brometo de Prata que possuem a imagem latente . Prof. Ananias A. Batista IMAGEM O número de partículas sensíveis por cristal, a concentração dos cristais na emulsão e o tamanho e distribuição dos cristais, influenciam nas características finais das Películas de filmes radiográficos. Películas que apresentam mais detalhes, possuem em suas emulsões, cristais de prata menores. Filmes compostos com cristais maiores, possuem menor definição, porém são filmes de maior velocidade. Prof. Ananias A. Batista • Portaria 453 medidas de proteção radiológica • Sala Rx; • E P I; • E P C; • Segurança, efeitos biológicos: • Efeito determinístico; • Efeito estocástico . Prof. Ananias A. Batista EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL Avental de Chumbo Protetor de Tireóide Fabricados com borracha plumbífera flexível equivalência 0,25 / 0,50 mm 0,70mm de chumbo. Utilizado duranate exames para acompanhantes e auxiliares envolvidos. Fabricados com borracha plumbífera flexível equivalência em chumbo. Utilizado em todos exames, exceto radiografia odontológicas. Protetor de Gônadas Óculos Plumbífero Luvas Plumbíferas Equivalência em chumbo de 0,50 mm. Proteção para o Operador de Raio-X. Equivalência em chumbo de 0,50 mm. Utilizados para procedimentos cirúrgicos, proteção para acompanhantes e Tec. Em Raios-X . Equivalência em chumbo de 0,5 mm. Utilizados por pacientes que impossibilitam o uso de outros protetores EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA Visor de Chumbo Argamassa Baritada Aço pintado e revestido com chumbo. Utilizados em biombos de alvenaria de salas de Raios-X. Composição: Sulfato de Bário de alto teor, areias, ligas de agregação etc. Utilização: Revestimentos em salas de Raios-X. Com projeto de barreiras de blindagens Prof. Ananias A. Batista Porta com revestimento em chumbo Porta de aço com proteção em chumbo. Utilização: Hospitais , Clinicas e Consultórios com barreira para Raios-X Prof. Ananias A. Batista EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA Lençol de Chumbo Biombo Manta de Chumbo em 0,5mm / 1,0mm / 2,0 mm. Para revestimento interno ou externo em portas, divisórias, ou alvenarias. Em Chumbo laminado. Os biombos moveis só devem ser utilizados em equipamentos transportáveis não sendo permitidos para aparelhos fixos. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA RADIOPROTEÇÃO •Principio da Justificação: – qualquer técnica que faz uso da radioproteção ionizante tem que ser justificada em relação a outras técnicas de modo a produzir um beneficio. Prof. Ananias A. Batista • Principio da Otimização: As exposições a radiação ionizante devem ser mantidas tão baixas quanto razoavelmente exeqüível, levando-se em consideração dados econômicos e sociais. • Principio da Limitação e Dose: Os limites de dose tanto para trabalhadores com radiação quanto para indivíduos do público devem ser respeitados. Prof. Ananias A. Batista • Mulheres grávidas ou com suspeitas de gravidez devem informar antes do exame. A paciente ou profissional deve receber no máximo até 2 mSv durante a gravidez para que o feto receba no Máximo 1 mSv (limite público). • Coletes ou aventais protetores para RX devem ser usados em pacientes cobrindo partes de seu corpo que não serão irradiados. Prof. Ananias A. Batista C O N T R A S T E S NEGATIVOS e POSITIVOS CONTRASTE MEIOS DE Prof. Batista Ananias MEIOSDECONTRASTEBário MEIOSDECONTRASTE UROGRAFIA EXCRETORA Prof. Ananias A. Batista ESTÔMAGO E DUODENO EED – Esôfago, Estômago e Duodeno CÓLONS E RETO Bário MEIOSDECONTRASTE IODADO Prof. Ananias A. Batista Prof. Ananias A. Batista Prof. Ananias A. Batista INTRODUÇÃO Os exames radiológicos são de suma importância como recurso diagnóstico na prática clínica, e podem ser classificador em: exames radiológicos simples e exames radiológicos contrastados. Algumas estruturas anatômicas podem ser facilmente visualizadas através de radiografias simples, devido a diferença de opacidade dos tecidos. Por exemplo, na radiografia de um osso, a concentração de cálcio existente assegura o contraste deste em relação às estruturas que o circundam. Por outro lado, outros órgãos apresentam densidade semelhante em toda a sua estrutura anatômica e adjacente, o que impede serem visualizados por meio de raios X simples. Neste caso torna-se necessária a utilização de meios de contrastes radiológicos, para possibilitar a visualização de tais órgãos, considerando que essas substâncias são mais densas que a estrutura anatômica do órgão a ser radiografado. Prof. Ananias A. Batista Meios de contrastes radiológicos: * São compostos que, quando introduzidos no organismo por diferentes vias, conseguem dar melhor definição às imagens radiográficas feitas pelos vários métodos de diagnóstico por imagem. RX, TC, RM … * Finalidade básica de preencher o relevo mucoso das estruturas Prof. Ananias A. Batista CLASSIFICAÇÃO: MEIOS DE CONTRASTES: * Classificam-se quanto: 1- Capacidade de absorver radiação; 2- Composição; 3- Solubilidade; 4- Natureza química; 5- Vias de administração e 6- Capacidade de dissociação. Prof. Ananias A. Batista 1-CAPACIDADE DE ABSORVER RADIAÇÃO: •Positivos ou radiopacos: •São aqueles que, quando presentes em determinado órgão, absorvem mais radiação do que as estruturas anatômicas que o circundam. •Negativos ou radiotransparentes: •São aqueles que, se presentes em determinado órgão, absorvem menos radiação do que as estruturas adjacentes. Estes meios incluem: a bolha de ar normalmente presente no estômago, carbonato de cálcio comumente utilizado na produção de gás CO2 na técnica de duplo contraste. Prof. Ananias A. Batista 2-Composição Neste aspecto podem ser: - Iodados: -São aqueles que contêm iodo (I) como elemento radiopaco. - Não-iodados: -São aqueles que não contêm iodo (I), mas outros átomos que são elementos químicos. - Nesta classificação se enquadram o sulfato de bário (BaSO4) e o GD gadolínio. 3-Solubilidade: - Hidrossolúveis: * São aqueles que se dissolvem em água. - Lipossolúveis: * são aqueles que se dissolvem em lipídios (gordura). - Insolúveis: * Estes não se dissolvem nem em água nem em gordura. Ex. sulfato de bário. 4-Natureza Química Podem ser: - Orgânicos: * São aqueles que contêm carbono (C) em suas moléculas; - Inorgânicos: *São aqueles que não contêm carbono (C) em suas moléculas. Prof. Ananias A. Batista 5-Vias de Administração: - Oral: * Quando o meio de contraste é ingerido. Ex: sulfato de bário para EED (esofagoestomagoduodenografia). - Parenteral: * Quando o meio de contraste é ministrado por via endovenosa, como é o caso da urografia excretora e da flebografia, ou por via arterial as arteriografias. Prof. Ananias A. Batista 5-Vias de Administração: - Endocavitário: * Quando o meio de contraste é administrado através de orifícios naturais que comunicam alguns órgãos com o exterior. Ex: enema opaco, uretrocisto miccionale retrograda… - Intracavitário: * Quando o meio de contraste é ministrado através da parede da cavidade em questão. Ex: colangiografia pós-operatória pelo dreno, artrografia, fistulografia... 6-Capacidade de Dissociação: -Iônicos: * São aqueles que, quando em solução, formam um composto iônico, poir ânions e cátions se dissociam, ou seja, “a ligação química dos componentes do sal (o ácido triiodado como ânion e o sódio como cátion)” se dá por eletrovalência: dão íons positivos e negativos; . Prof. Ananias A. Batista 6-Capacidade de Dissociação: -Não-iônicos: * São aqueles que, quando em solução, não se dissociam em íons, porque se recorreu à “animação” do radical ácido (-COOH) com “amida” ou aminoaçúcar (glucamina), de modo que a reação química entre os componentes se dá por covalência. Apresentam baixa osmolalidade e ausência de íons em solução Meios de Contrastes Iônicos •A descoberta pela propriedade radiopaca do iodo (I) foi feita por acaso, na década de 1920. Nesta época, um paciente que fazia tratamento de sífilis com iodeto de sódio teve de se submeter a um exame radiográfico da coluna lombar. Ao examinar a radiografia, o radiologista se surpreendeu, pois conseguiu delinear os contornos dos rins, ureteres e até da bexiga. •Teve início então a história dos Meios de Contrastes radiopacos iodados. Contrastes Iônicos • O iodo absorve a radiação ionizante em grau elevado, em virtude de seu peso molecular alto. • A estrutura química básica dos contrastes iodados é o anel benzênico e seus átomos de iodo, além dos componentes complementares, como os grupos ácidos e os substitutos orgânicos que influenciam a excreção e a toxicidade desses contrastes. Prof. Ananias A. Batista Meios de Contrastes Iônicos - Quanto ao número de anéis benzênicos existentes no composto, o contraste é chamado de monômero (um anel) ou dímero (dois anéis). Gerações Contrastes Iônicos •1ª Geração: em 1930, surgiu o primeiro contraste monoiodado, cujo iodo (I) estava fixado a um composto orgânico (piridina), tornando viável a realização de urografia excretora ou endovenosa. •2ª Geração: em 1950, apareceu o primeiro meio de contraste derivado do ácido benzóico. •3ª Geração: em 1966 e 1975 apareceram os ácidos iocármico (dímero diácido) e ioxáglico (dímero monoácido). Gerações Contrastes Não-iônicos •1ª Geração: •Em 1973 surgiu a metrizamida, apresentada em forma de pó, para ser dissolvida no momento do uso. •2ª Geração: •Na década de 1980, surgiram o Iopamidol e o Iohexol. Prof. Ananias A. Batista Meios de Contrastes Não-iônicos • Os contrastes iônicos e não-iônicos se diferenciam substancialmente em osmolalidade. • Os primeiros possuem maior osmolalidade em virtude da dissociação dos cátions e ânions na solução. • Prof. Ananias A. Batista •Outro aspecto a ser considerado é a viscosidade. • As formulações diméricas não-iônicas são mais viscosas do que as monoméricas iônicas, porque “quanto maior for a molécula do composto, maior será a sua viscosidade”. • A viscosidade é modificada com a temperatura, o contraste se torna menos viscoso na presença de temperatura elevada. M.C. - Precauções •Os pacientes com maior potencial para alergia podem apresentar, com maior freqüência, reações de hipersensibilidade ao meio de contraste. •Como medida preventiva, alguns radiologistas costumam prescrever anti-histamínicos ou corticosteróides para serem tomados antes do exame. Prof. Ananias A. Batista M.C. - Contra-indicações As principais contra-indicações são: - Hipertireoidismo manifesto e - Insuficiência renal. - E muito mais. . . etc Prof. Ananias A. Batista M.C. – Reações Adversas As reações adversas ou efeitos colaterais mais freqüentes, relacionadas com o uso de contrastesiodados, podem ser classificadas em: - LEVES, MODERADAS E GRAVES; - Leves: sensação de calor e dor, eritema, náuseas e vômitos (náuseas e vômitos não são consideradas reações alérgicas). - Moderadas: * Urticárias com ou sem prurido, tosse do tipo irritativa, espirros, dispnéia leve e outras manifestações, como: calafrio, sudorese, tontura e cefaléia. - Graves: * Edema periorbitário, dor torácica, dispnéia grave, taquicardia, hipotensão, cianose, agitação, confusão e perda de consciência, podendo levar a óbito. Cuidados a serem observados •Armazenar os meios de contrastes iodados em temperatura ambiente inferior a 30°C, ao abrigo da luz e de raios X, verificando sempre o prazo de validade, antes da utilização; •Verificar se o paciente está em jejum oral de sólidos e de líquidos, de acordo com a orientação prévia relacionada com o tipo de exame a que vai ser submetido; observar o estado de hidratação. • Prepará-lo emocionalmente para o exame, considerando que a ansiedade e os estados de excitação podem originar ou intensificar as reações adversas ou efeitos colaterais; • Aquecer o meio de contraste, gradativamente, até a temperatura corporal, antes de infundí-lo por via endovenosa, para torná-lo menos viscoso e, conseqüentemente, mais bem tolerado; Prof. Ananias A. Batista •Observar o paciente, pelo menos durante a primeira hora após a administração intravascular do meio de contraste, por causa da incidência de efeitos colaterais, que podem ocorrer nesse período; •Promover treinamento e reciclagem dos componentes da equipe e da enfermagem para o atendimento das intercorrências com o paciente, na presença de efeitos colaterais ao uso de contrastes; •Tomar as primeiras providências nos casos de extravasamento de contraste; MEIOSDECONTRASTE Os meios de contrastes são perigosos? Prof. Ananias A. Batista
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