Logo Passei Direto
Buscar

Relatório de Monografia_Manual - agosto de 2025 (1)

User badge image
Paulo Lino

em

Ferramentas de estudo

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE PAULISTA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC 
CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DE RELATÓRIO DE MONOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
TURMAS REGULARES 
 
 
 
 
 
 
 
AGOSTO/2025 
 
 
Escrevendo o Relatório de Monografia 
Marcelo Álvares de Lima Depieri 
Maurício Felippe Manzalli 
Marcos Paulo de Oliveira 
Viviane Paes Macedo 
Ivy Judensnaider 
 
1. O Relatório de TC na modalidade monografia 
O Relatório de TC é o texto que apresenta os resultados do trabalho de pesquisa realizado 
pelo aluno. Portanto, cada relatório tem características muito próprias, todas elas em 
função do tema escolhido e da metodologia utilizada. 
Isto não significa dizer que não há regras para a elaboração do Relatório. Inicialmente, 
valem todas as regras sobre as quais conversamos anteriormente a respeito de organização 
e planejamento. Também são fundamentais a adoção de condutas corretas para a redação 
do texto (e estas condutas estão especificadas mais adiante), bem como devem ser 
obedecidas todas as regras estabelecidas pelo orientador. 
De forma geral, o Relatório tem, aproximadamente, setenta páginas (incluídas aí a capa, 
os agradecimentos, as listas de tabelas, as figuras e os gráficos, o sumário e a bibliografia), 
divididas em três capítulos: 
a) A Introdução 
É a parte que traz as informações iniciais sobre a pesquisa. Via de regra, ele é escrito com 
base no Projeto. Em outras palavras, ele contém os elementos que foram apresentados no 
Projeto: o tema escolhido, os objetivos desejados, o referencial teórico introdutório, a 
justificativa e a metodologia utilizada. 
 
Observação: Vale a pena a recomendação: o Projeto de TC fez uso do tempo verbal 
futuro, já que ele dizia respeito a algo a ser realizado no futuro. Em contrapartida, o 
Relatório utiliza o tempo verbal passado: a pesquisa já foi feita e, àquele momento, estão 
sendo apresentados os resultados. 
 
b) Capítulo 1: o Referencial Teórico 
Este é o capítulo no qual são desenvolvidas as principais ideias contidas no Referencial 
Teórico explicitado no Projeto. Em outras palavras, é neste instante que o aluno irá 
detalhar o corpus teórico que deu suporte ao trabalho de investigação. 
O conteúdo do capítulo abriga, necessariamente, as ideias e teorias que deram suporte à 
formulação do problema e da hipótese e que permitiram corroborar ou negar a hipótese 
elaborada inicialmente. 
c) Capítulo 2: os dados coletados 
Neste capítulo, o aluno irá apresentar os dados que serão analisados à luz do referencial 
teórico apresentado no capítulo anterior. Assim, é neste momento que serão inseridos os 
dados secundários coletados e as tabelas resumindo as informações reunidas. No caso de 
estudos econométricos ou que façam uso de ferramental estatístico, também é neste 
capítulo que as análises matemáticas são arroladas. 
d) Capítulo 3: análise dos dados 
Acompanhe o raciocínio: na Introdução, apresenta-se o projeto que foi realizado; no 
primeiro, a teoria que deu suporte à pesquisa; no segundo, os dados que foram objeto de 
análise. No terceiro capítulo, portanto, é chegada a hora em que o aluno interpreta os 
dados coletados à luz do referencial teórico selecionado. O aluno submete os dados que 
coletou ao referencial teórico que selecionou. Com qual objetivo ele procede dessa forma? 
Você está lembrado da hipótese que foi elaborada como uma tentativa de responder à 
pergunta feita (e que deu origem à pesquisa). Pois bem: nesse momento, o aluno deverá 
explicitar se a hipótese que ele mesmo formulou está correta ou não. Afinal, a resposta 
que ele propôs à pergunta formulada realmente esclarece o problema? 
e) Conclusões e recomendações finais 
Nesta parte, o aluno retomará os aspectos mais importantes de cada um dos capítulos 
anteriores, resumindo-os. Dessa forma, ele deverá retornar à pergunta feita inicialmente, 
bem como à hipótese formulada. Este é o momento em que a pesquisa apontará para a 
confirmação ou não da hipótese elaborada: ela responde à pergunta feita? Os dados 
coletados confirmam ou não sua veracidade? Ainda, é comum que o aluno apresente 
algumas sugestões para desenvolvimentos de futuras pesquisas tendo como base o que 
alcançou na pesquisa que está apresentando. Como é possível verificar, o Relatório 
encerra o processo da pesquisa: ele apresenta os resultados alcançados e, ao retornar ao 
problema que lhe deu origem, ele sugere uma resposta provável e desenvolvimentos 
futuros. É exatamente assim que se dá o processo de geração de conhecimento e saber. 
2. Algumas questões importantes 
2.1.A organização e a pesquisa 
Não há como fazer pesquisa sem planejamento e sem organização, não há como produzir 
um projeto e um relatório de monografia sem planejamento e sem organização. 
A realização do trabalho de monografia, tanto na sua fase de projeto quanto na do 
relatório, é muito diferente de outras tarefas desenvolvidas ao longo da graduação. É 
claro que os anos da graduação prepararam o aluno para essa atividade, exigindo a leitura 
e a compreensão de textos, cobrando a elaboração de pequenos relatórios ou estudos de 
conjuntura. No entanto, o Trabalho de Conclusão envolve atividades que não são cobradas 
diariamente pelo professor: em geral, o aluno tem prazos para o desempenho de 
determinadas tarefas, ficando o restante a seu próprio critério. Mais: como o tema e a 
bibliografia também costumam ser fruto da escolha do aluno, bem como a velocidade que 
ele utilizará para dar conta da realização do trabalho, as questões da autodisciplina e do 
aproveitamento máximo do tempo disponível são fundamentais. A vida do estudante na 
faculdade difere em muitos aspectos da vida do estudante no ensino fundamental e médio, 
e entender e adaptar-se a ela é fundamental para tirar total proveito do que a universidade 
tem a oferecer. Sem as imposições, como uniformes e horários, e pessoas de diferentes 
idades e funções na sociedade, que vão encarar o conteúdo e o próprio estudo de maneira 
diferente, é muito fácil para o aluno se perder. O Projeto e o Relatório de Monografia 
exigem autonomia por parte do aluno, e autonomia – na maior parte das vezes – vem 
acompanhada de responsabilidades. 
O aluno não precisa ler tudo, mas ler o que for possível ser lido com eficiência. Ele deve 
selecionar, analisar e desenvolver ideias, e deve fazê-lo com inteligência. Aqui, não 
estamos tratando da produção textual de um número “x” de páginas, mas de ser capaz de 
cercar o tema escolhido com a bibliografia mais relevante e aplicar os conceitos 
apreendidos durante os anos de graduação com eficiência. Ele não precisa estar envolvido 
o dia todo com o trabalho de monografia, mas, ao fazê-lo, deve estar comprometido, 
aproveitando cada minuto de forma máxima. 
Cada um de nós tem um método próprio para estudar e escrever. Esse método deve ser 
confrontado com as exigências e prazos para a confecção das várias etapas do processo 
de elaboração do Projeto e do Relatório da monografia. Assim, o aluno deve reservar 
tempo para pesquisar, tempo para refletir e tempo para produzir texto. 
Uma boa maneira de organizar e programar o dia é fazendo uma tabela com todos seus 
afazeres e o tempo despendido em cada um deles. O aluno perceberá que há inúmeros 
tempos ociosos e que esses vários minutos ganhos podem se somar e fazer uma enorme 
diferença. Porém, só será possível produzir qualitativamente nesses intervalos se forem 
usadas boas técnicas de estudo. 
Outra maneira de aproveitar bem o tempo é determinar qual tarefa será executada em cada 
horário. Ter esse planejamento com clareza ajudará o estudante a imprimir um ritmo de 
trabalho, o que será fundamental para que os prazos sejam respeitados e para que o aluno 
não se sinta incapaz de dar conta do que deve ser feito. 
Quais os cuidados que o aluno deve tomar quando da realização do Projeto e do Relatório 
de Monografia? Emprimeiro lugar, ele deve estar emocionalmente comprometido com 
esse trabalho. Em segundo, o aluno também deve selecionar criteriosamente o que ler. 
Ainda mais em tempos de facilidade extrema de acesso a fontes via web, a tendência de 
juntar material em formato digital é imensa: basta criar vários diretórios no computador, 
e alimentar esses diretórios com centenas de artigos acadêmicos. No entanto, a seleção 
deve levar em conta o que deve ser lido de fato, e o que pode ser lido de fato. Não se trata 
aqui de reunir material para ser lido e estudado quando da pós-graduação ou nas férias, 
mas de coletar dados que sejam efetivamente necessários para a elaboração do trabalho. 
Independentemente do formato em que estará a biblioteca do aluno (digital ou impressa), 
os itens devem ser escolhidos de forma criteriosa. 
A seleção não envolve apenas a escolha de determinados livros ou artigos, mas também 
a escolha e seleção de ideias que ali estão contidas. Talvez, em um livro de duzentas 
páginas, o aluno esteja interessado apenas em determinado capítulo; talvez, em um artigo 
de trinta páginas, apenas cinco façam referência direta ao trabalho que ele está 
executando. Claro que, ao menos no caso dos artigos, tudo deva ser lido; no entanto, 
apenas parte do conteúdo será utilizado, e será apenas em relação a essa parte que o aluno 
deverá dar atenção total, captando e refletindo a respeito do conceito central e 
fundamental que ali está apresentado. Toda série de pensamentos tem um eixo central: é 
isso que deve ser identificado e, se possível, registrado em um bloco de notas para, 
posteriormente, ser resgatado. Em outras palavras, o aluno não deve se contentar em ler 
resumos: resumir é uma tarefa da qual ele deverá se incumbir, já que resumir significa 
identificar as ideias centrais. 
A identificação dos conceitos centrais pode ser feita por meio da leitura associada ao 
sublinhar. Aliás, o bloco de notas (digital ou físico) está ali para registrar o processo de 
raciocínio e reflexão. O aluno pode criar marcações diferentes em termos do grau de 
importância do que está lendo: por exemplo, ele pode fazer um traço vertical ao lado de 
parágrafos que pretende resumir, ou fazer dois traços verticais ao lado de parágrafos que 
pretende citar. O aluno também pode fazer alguma marcação que indique dúvidas, ou que 
aponte ideias que já foram encontradas em outros autores e outras fontes. 
A leitura e a elaboração das notas e resumos podem fazer com que o aluno esbarre numa 
dificuldade que sempre é mencionada por aqueles que devem desenvolver um projeto ou 
uma monografia. Essa dificuldade diz respeito a reclamações do tipo “não consigo 
lembrar daquilo que li” ou “não consigo escrever com minhas próprias palavras”. Ambas 
as reclamações estão associadas. A leitura que apreende e a escrita que é capaz de registrar 
o pensamento estão ligadas, de forma indissociável. Ambas também estão ligadas à 
prática. Ler dicionários ou textos de forma compulsiva não contribui para o exercício de 
uma boa leitura e de uma boa escrita. Hábito e método são as palavras chaves: quanto 
mais se lê – e de forma eficiente –, melhor se lê; quanto mais se escreve – e como resultado 
da reflexão –, melhor se escreve. Não há como conquistar uma boa leitura e escrita sem 
que essas atividades tenham se tornado habituais, costumeiras. 
De fato, se há um fator determinante para que se consiga uma boa leitura e uma boa 
escrita, esse é a reflexão. O pensamento se processa e se encerra quando é traduzido em 
palavras. Talvez, por isso, o filósofo Sócrates não tenha deixado nada escrito: para ele, a 
escrita “congelava” o pensamento, tornando-o indestrutível. De fato, o pensamento 
transformado em palavras deixa de se transformar dentro de nós e passa a ter uma 
existência externa a nós. No entanto, ele só pode encerrar esse processo quando algo para 
ser dito foi dito. Da mesma forma como a pesquisa só pode ocorrer como resposta a uma 
pergunta feita, a escrita só pode acontecer quando algo a ser dito foi pensado e 
transformado em palavras. Não se escreve para exercitar os dedos, mas para trazer à tona 
aquilo que foi pensado e deve ser dito. Algumas regras podem ajudá-lo na tarefa de 
escrever: 
a) Planejar o que vai ser escrito: isso pode ser feito por meio de uma lista de assuntos 
ou temas sobre os quais se pretende escrever. Deve-se organizar esses temas e 
assuntos de forma encadeada e lógica. Ainda, deve-se escrever uma coisa de cada 
vez: da mesma forma como só conseguimos pensar em uma coisa de cada vez, a 
escrita deve transmitir uma ideia de cada vez. Engana-se quem pensa que 
parágrafos extensos ou vários assuntos conectados em uma mesma sentença 
revelam um bom escritor: na verdade, esse procedimento apenas acaba por revelar 
confusão mental e, na maior parte das vezes, deixa à mostra a fragilidade 
gramatical de quem está escrevendo; 
b) Não procure usar palavras difíceis ou construções elaboradas: seja simples; 
c) Não devemos escrever como falamos. Falar e escrever são processos distintos. O 
texto do Projeto e do Relatório deve fazer uso das regras formais ortográficas e 
gramaticais. Além de o texto acadêmico ter como característica básica a ausência 
de marcas da oralidade e do registro informal, ele deve ser produzido de acordo 
com as regras de concordância, regência e pontuação. 
d) Evite gírias, regionalismos e estrangeirismos; no caso deste último, é 
recomendável uma nota de rodapé explicando o sentido da palavra (em textos 
sobre Economia, são comuns termos como spread, Welfare State, apenas para citar 
alguns exemplos). 
Outro aspecto que deve merecer especial atenção do aluno diz respeito às novas regras 
do acordo ortográfico. Assinado em 1990 pelos países de língua portuguesa (Angola, 
Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe e os 
países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa), o acordo tornou obrigatórias as 
regras a partir de janeiro de 2016. O principal objetivo deste acordo foi padronizar o uso 
da língua portuguesa, e ele introduziu várias mudanças que devem ser do conhecimento 
de quem pretende escrever. 
 
 
 
Observação: a Academia Brasileira de Letras “lançou um aplicativo gratuito de consulta 
a ortografia chamado ‘Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa’ (VOLP). Com ele, 
é possível ter acesso em smartphones e tablets aos quase 400 mil verbetes que já seguem 
as novas regras previstas no Acordo Ortográfico. É uma solução rápida para tirar dúvidas 
de como se escreve alguma palavra”. Para saber mais sobre o aplicativo, sugerimos a 
consulta ao VOLP, disponível no link . Acesso em: 14 ago. 2025. 
 
Há outras recomendações importantes, e elas dizem respeito à construção textual e aos 
erros que costumam ocorrer na elaboração de textos, especialmente acadêmicos. 
a) deve-se evitar o emprego de noções confusas: há palavras que requerem uma 
definição precisa antes de serem usadas. No caso de textos na área de Ciências 
Econômicas, deve-se tomar cuidado com o uso de termos que têm um significado 
preciso, como, por exemplo: demanda, oferta, equilíbrio, desigualdade, 
intervenção, política, mercado, preço, função, causa e efeito e externalidade. Caso 
eles sejam utilizados em um contexto não específico de Economia, podem gerar 
confusão e ambiguidade no leitor, ele sim um sujeito em busca de objetividade e 
compreensão precisa do que o autor está querendo dizer; 
b) deve-se tomar cuidado com o emprego de noções de totalidade indeterminada, tais 
como todo, tudo, sempre e nunca; 
c) não devem ser utilizados conceitos que se contradizem entre si; 
d) não devem ser utilizadas generalizações típicas do senso comum: o texto 
acadêmico preza pela objetividade; 
e) o texto não pode conter suposições (a menos que sejam absolutamente explícitas), 
tampouco vieses (por exemplo, nos casosem que a apresentação de dados 
estatísticos é feita de forma a deformar a compreensão de determinado fenômeno); 
f) deve-se tomar cuidado com o uso do tempo verbal; em geral, no projeto, 
utilizamos o tempo futuro (o Projeto indica o que será feito); no relatório, usamos 
o tempo passado (o Relatório de Monografia mostra o que foi pesquisado); o aluno 
deve tomar cuidado para não misturar vários tempos verbais de forma aleatória. 
O texto também deve primar pela coerência. Afinal, ele deve ser coerente e construir um 
sentido. A coesão textual é obtida por meio da estruturação dos parágrafos, devendo 
existir articulação entre os vários parágrafos do texto. Caso o período do texto seja 
formado por duas ou mais orações, esse conjunto deve necessariamente expressar alguma 
ideia, seja ela de causa e efeito, ou de contradição, ou de comparação. Não se juntam 
orações à toa, por mero capricho. Assim, também devem ser evitadas frases fragmentadas 
ou ideias sem articulação entre elas. 
A elaboração de um texto também requer atenção especial à coesão, ou seja, a coesão de 
um texto precisa da conexão intencional entre os vários elementos. Em geral, os 
conectivos e os elementos de coesão cumprem esse papel e, portanto, é fundamental que 
eles sejam do conhecimento de quem escreve: Finalmente, é importante mencionar que o 
texto acadêmico, gênero do Projeto e do Relatório de Monografia, requer rigor científico. 
Assim, experiências ou opiniões pessoais devem dar lugar a argumentos que sejam 
apoiados por uma autoridade reconhecida (um autor de prestígio e credibilidade), pela 
consensualidade (da comunidade ou do grupo de cientistas de determinada área do saber), 
pela comprovação da observação ou da experimentação ou pela fundamentação lógica. 
Essa é a principal razão para as exigências quanto às referências em citações diretas ou 
indiretas. 
2.2.A questão do plágio 
No tópico anterior, falamos sobre a escrita e a produção textual. No entanto, o assunto 
não estará esgotado até que tenhamos discutido uma prática que vem ganhando cada vez 
espaço: a do plágio. O plágio é caracterizado pela apropriação indevida da obra de outra 
pessoa, tanto do ponto de vista do texto quanto da ideia e dos conceitos expostos pelo 
autor. Em geral, ela surge sob a forma da cópia simples e pura, sem que seja feita a 
referência correspondente, ou sob a forma de falsas paráfrases (citações indiretas, ou seja, 
resumos de texto alheio), com ou sem a referência devida. 
Vejamos: o texto é, sempre, um intertexto, já que ele é resultado de muitas camadas de 
outros textos que conversam e dialogam entre si. O texto é fruto dos elementos do nosso 
contexto histórico e social, e reflete sempre nossas relações sociais dentro de determinado 
ambiente. Desse conceito, então, emerge uma dúvida crucial: o que pode ser considerado 
plágio? Na vida cotidiana, ou mesmo em trabalhos que não os de investigação científica, 
essas camadas de texto que constroem o nosso próprio não precisam ser referenciadas. 
No entanto, quando no fazer científico, tudo deve ser referenciado. Do ponto de vista 
prático, como isso deve ser feito? Há duas formas de dialogar com o texto de outra pessoa: 
usando a ideia que ali está exposta (e interpretando-a com as nossas próprias palavras) ou 
usando o texto, tal como foi escrito pelo autor original. No primeiro caso, dizemos tratar-
se de uma citação indireta, ou paráfrase: resumimos as ideias de outrem, porém nos nossos 
próprios termos. No segundo caso, estamos falando de citações diretas. 
Finalmente, são importantes alguns esclarecimentos: escrever um texto não significa 
“costurar” uma sequência de citações. Tampouco significa juntar letras, formando 
palavras. Produzir um texto significa “escrever” o mundo segundo sua própria 
interpretação, demonstrando a capacidade ativa de ler e dar significado ao lido. 
 
Observação: o Guia de Normalização, com todas as regras para citações diretas/indiretas, 
bem como as normas para formatação do trabalho, está disponível no site da UNIP 
(). Tome cuidado: esse Guia é atualizado semestralmente; portanto, caso 
você já tenha uma versão dele, busque acessá-lo novamente. 
 
3. Sobre a avaliação 
 
O aluno deverá anexar o Termo de Compromisso ao Relatório de TC, em sua versão final. 
Tal termo tem a intenção de registrar o conhecimento e a aceitação do aluno em relação 
às normas de citação direta e citação indireta. 
A nota final (que, para aprovação na disciplina, deverá ser maior ou igual a 7,0) será 
composta da seguinte forma: 
a) 1,0 (um) ponto atribuído à participação quinzenal nos encontros com a orientação. 
b) 1,5 (um e meio) ponto atribuído à Primeira Entrega Parcial, que deverá ocorrer na 
semana entre os dias 01/09 e 05/09, contendo a Introdução e um dos capítulos e 
as Referências utilizadas. 
c) 1,5 (um e meio) ponto atribuído à Segunda Entrega Parcial, que deverá ocorrer na 
semana entre os dias 06/10 e 10/10, contendo o Capítulo sobre os dados coletados 
e o Capítulo de análise de dados além dos ajustes solicitados pelo orientador na 
fase anterior. A devolutiva do material será agendada pelo professor-orientador. 
d) 6,0 (seis pontos) referentes à entrega final do Relatório, que deverá ocorrer na 
semana entre os dias 03/11 e 07/11, e à arguição da banca, que deverá ocorrer a 
partir do dia 17/11. Nesta entrega o aluno deverá apresentar o documento 
completamente finalizado com a parte sobre as “Conclusões e recomendações 
finais” desenvolvida, além dos ajustes solicitados nas etapas anteriores. 
Observações: a arguição só ocorrerá caso o aluno tenha entregue o Relatório; à 
ausência na arguição será atribuída a nota zero. 
 
d.1) Dos 6,0 (seis) pontos da entrega final, 2,0 (dois) pontos a serem 
atribuídos pelo professor orientador, referentes ao conteúdo e forma do 
trabalho; e 4,0 (quatro) pontos pelo(s) professor(es) da banca, sendo esta 
última dividida em: 2,5 (dois e meio) pontos referentes ao conteúdo e 
forma do trabalho e 1,5 (um e meio) ponto referente à apresentação oral 
do trabalho. 
O aluno está ciente de que em cada entrega deverá obedecer à confecção dos elementos 
pré-textuais, textuais e pós-textuais conforme se determina em norma. 
 
4. Sobre as entregas 
 
a) Primeira entrega parcial: 1 via, a combinar com o professor o formato de 
entrega. 
b) Segunda entrega parcial: 1 via, a combinar com o professor o formato de 
entrega. 
c) Entrega final: 3 vias (duas impressas e uma em pdf). 1 via impressa em capa 
dura; 1 via impressa espiralada; 1 via em arquivo em pdf, em pasta do onedrive, 
que será disponibilizada pelo professor. 
 
 
 
 
TERMO DE COMPROMISSO 
 
Em conformidade aos termos do Regimento Interno da UNIP, submeto o presente 
trabalho, para que ele proceda à avaliação final da disciplina Relatório de TC. 
Declaro, para tal, que estou ciente de que essa avaliação será feita em bases objetivas e 
em parâmetros quanto à qualidade do material apresentado, de forma a verificar minha 
capacidade de realizar a pesquisa e elaborar seu relatório, de acordo com as orientações 
dadas em sala de aula e por meio deste Manual. 
Declaro, ainda, que o Relatório agora apresentado é de minha individual autoria, tendo 
sido elaborado exclusivamente com base nas fontes explícita e formalmente citadas nas 
Referências Bibliográficas, respeitando-se o direito da propriedade intelectual dos seus 
autores, conforme rege a Legislação Brasileira e a ética acadêmica. 
 
São Paulo, __ de _______ de 2025. 
 
Nome completo: 
 
_____________________________________________ 
 
Assinatura: 
 
________________________________________________

Mais conteúdos dessa disciplina