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Resumo de Imunogenética

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IMUNOGENÉTICA 
 
Prof. Dr. Rafael Guimarães 
Departamento de Genética - UFPE 
rafael.lguimaraes@ufpe.br 
Sistema de Defesa dos Animais 
•  Os Animais se defendem 
dos patógenos através do 
sistema inespecífico 
(inato) e específico 
•  Defesa Inata: pele, uma 
barreira muito eficiente 
contra patógenos 
•  Defesa Específica: 
proteínas (anticorpos) 
capazes de reconhecer, 
ligar-se e destruir o 
patógeno 
 Inespecífico 
 (Inato) 
Defesa Inata e Defesa Adaptativa - não ocorrem 
independentemente - um s is tema de 
comunicação entre as células envolvidas nas 
duas respostas que torna a RESPOSTA 
EFICIENTE 
Sistema 
de 
Defesa 
Específico 
(Adaptativo) 
•  Muitas das 
nossas defesas 
são 
implementadas 
por células e 
proteínas 
transportadas 
na corrente 
sanguínea e no 
sistema 
linfático. 
Nos linfonodos, os fluidos 
são filtrados e as cél. 
 Brancas maturadas 
Ductos linfáticos conduz a 
linfa 
As cél. T maturam-se no 
Timo 
Cél. B maturam-se na 
Medula óssea 
Linfócitos acumulam-se e 
maturam-se no baço 
•  DEFESA INATA: PELE uma barreira muito eficiente 
contra patógenos!!!!! 
 Alguns componentes do sistema imune são dirigidos contra 
agentes infecciosos, como INFLAMAÇÃO DE TECIDOS 
INFECTADOS e recrutamento de um tipo especial de célula 
sanguínea chamada FAGÓCITO 
Resposta Imune Inespecífica (Inata) 
FAGOCITOSE 
FAGÓCITOS - células grandes que são responsáveis por 
capturar, ingerir e destruir agentes invasores como vírus, 
bactérias e fungos 
Bactéria 
Pseudópodes 
Fagossomo 
Lisossomos 
Digestão 
Clasmocitose 
•  As células brancas do sangue, incluindo os linfócitos (células B e T) e 
fagócitos (tais como neutrófilos e macrófagos), desempenham muitos 
papéis de defesa 
As cél. T auxiliares (também chamadas de 
Th ou CD4+) atuam nos sistemas imunes 
humoral e celular pela secreção de citocinas. 
Cél T citotóxicas (também chamadas de Tc 
Ou CD8+) reconhecem e matam cél. 
Infectadas por vírus e outras cél próprias 
alteradas. 
Cél. T perfazem 68-75% dos linfócitos 
As cél. B diferenciam-se para formar os 
plasmócitos que secretam anticorpos; e cél. 
de memória promovem imunidade a futuras 
Infecções por patógenos familiares. 
Cél. B perfazem 10-20% dos linfócitos. 
Linfócitos perfazem 15-50% das cél. brancas. 
 
Cél. Natural killers atacam e lisam as cél. 
Infectadas por vírus e cancerosas do corpo. 
 
Cél. Natural killers perfazem 5-10% dos 
linfócitos no sangue. 
RESPOSTA INFLAMATÓRIA 
1. Dano recruta 
mastócitos que 
liberam 
histamina 
2. Histamina 
entra nos 
capilares 
3. Histamina dilata os 
capilares e recrutam as 
proteínas do 
complemento que 
atraem os fagócitos 
4. Fagócitos 
movem-se até 
tecido infectado por 
capilaridade 
5. Fagócitos 
engolfam 
bactérias e 
células mortas 
6. Histamina e o 
complemento param a 
sinalização; fagócitos não 
são mais atraídos e o capilar 
retorna a forma normal 
Como ocorre o processo de 
produção/indução de uma 
proteína ? 
... Mecanismos Genéticos ? ... 
Célula sinalizando 
uma via envolvida 
na estimulação do 
receptor toll, 
estimulando uma 
resposta de defesa. 
A Resposta Imune 
Adaptativa Quatro peculiaridades 
caracterizam a resposta imune: 
 
1.  Especificidade, 
2.  Habilidade em responder a uma grande 
variedade de antígenos, 
3.  Habilidade de distinguir próprio de não-
próprio, e 
4.  Memória. 
 
•  A resposta imune é direcionada contra 
antígenos que escapam das defesas 
inespecíficas. 
•  Cada ant icorpo ou células T é 
direcionado contra um determinante 
antigênico. 
Linfócitos B e T 
Os linfócitos B são células que se diferenciam na medula óssea de mamíferos, e 
participam da neutralização de venenos de animais peçonhentos e toxinas bacterianas, 
facilitação da fagocitose, na lise de certos microorganismos e produção de fatores que 
degranulam mastócitos, liberação de histamina para o local da reação. 
Os linfócitos T são células que sofrem eventos importantes de diferenciação no timo, 
participando da resposta imune de hospedeiros a microorganismos, rejeição de 
enxertos, hipersensibilidade do tipo tardia, regulação do sistema imune, intervindo nas 
atividades dos linfócitos B, macrófagos e próprios linfócitos T. 
1 . L in fóc i t os B e T 
originam-se de células 
tronco na medula óssea 
2. Células B amadurecem no 
baço e linfonodos e entram 
na circulação 
3. Células B quando 
encontram o antígeno, 
amadurecem em 
plasmócitos que 
secretam anticorpos 
(imunidade humoral ) 
4. Células T amadurecem 
no t imo e ent ram na 
circulação 
5. Elas atacam se 
l i g a n d o à s c é l u l a s 
hospedeiras e lisando-as 
(imunidade celular) 
DOIS TIPOS DE RESPOSTA IMUNE ADAPTATIVA 
Resposta Imune 
Humoral 
Resposta Imune 
Celular 
Anticorpos secretados pelas 
células B (plasmócitos) 
combatem os antígenos nos 
fluídos corporais 
v
Células T atacam células 
corporais alteradas por 
i n f e c ç õ e s v i r a i s o u 
mutações, ou combatem 
antígenos que invadem as 
células 
Seleções clonais apresentam 
rapidez, especificidade e 
diversidade tanto para a 
resposta imune, quanto para 
a memória imunológica e 
tolerância. 
Seleção Clonal 
Seleção Clonal 
•  A memória imunológica desempenha um 
papel tanto na imunidade natural, quanto 
na artificial, baseada na vacinação. 
Resposta Imune 
Humoral 
•  Células B ativadas sintetizam e secretam 
ANTICORPOS específicos para os antígenos. 
 
•  ANTICORPO = IMUNOGLOBULINA é um tetrâmero: 
duas cadeias leves e duas cadeias pesadas, cada uma 
consistindo em uma região conservada e outra 
variável. 
•  As regiões variáveis determinam a ESPECIFICIDADE de cada 
anticorpo por um determinante antigênico 
 
•  As regiões constantes determinam o DESTINO E FUNÇÃO DO 
ANTICORPO 
Sítios de ligação ao 
antígeno 
Região variável 
da cadeia pesada 
Região variável 
da cadeia leve 
Região constante da 
cadeia leve 
CADEIA PESADA 
Região constante da 
cadeia pesada 
CADEIA LEVE 
Ligação disulfito 
Diversidade de anticorpos 
•  Estrutura do anticorpo (imunoglobulina) 
Ligação de um anticorpo a dois antígenos (epitopos) idênticos. A flexibilidade da 
dobradiça é essencial ao processo 
Determinantes na superfície 
celular distantes entre si 
Determinantes na superfície 
celular próximos entre si 
Dobradiça 
Formação do Complexo Antígeno-Anticorpo 
Anticorpo liga-se ao antígeno com uma especificidade excepcional 
chamada CHAVE-FECHADURA, facilitando a remoção do invasor do 
sistema circulatório 
2. Atividade proteolítica das 
proteínas do complemento 
1. Ingestão e 
degradação por 
macrófagos 
5 Classes de Imunoglobulinas 
Ø  IgG - mais abundante e desempenham muitas funções de defesa. 
 
Ø  IgM, primeira a ser formada, é um receptor de membranas células B 
- receptores de antígenos de superfície - ativam o complemento 
Ø IgD junto com IgM estimulam as células B a produzir ainda outras 
classes de anticorpos. 
Ø IgE encontradas nos mastócitos e participam na inflamação e 
reações alérgicas - ativam a secreção de histaminas e outras aminas 
durante a resposta inflamatória inespecífica a uma infecção 
Ø IgA está presente em várias secreções corporais (leite, saliva e 
lágrimas) 
Loci dos anticorpos, receptores de células T 
e MHC"
•  De acordo com a teoria da linha germinativa, cada anticorpo é codificado por um 
gene herdado, não sendo modificado durante o desenvolvimento somático e por 
isso, precisa haver um grande número de genes codificadores de anticorpos."
•  De acordo com a teoria somática existe apenas um pequeno número de genes 
codificadores de anticorpos, mas apresentando bastante diversidade nas células 
somáticas devido a mutações e/ou recombinações."
•  Linha germinativa 
•  Somática 
Teoria Somática 
Número limitado de genes Diferentes arranjos Milhares de Anticorpos 
ü A diversidade de anticorpos é produzida por recombinação 
somática 
 
DIVERSIDADE DE ANTICORPOS 
ü Os genes de anticorpos sãocompostos por segmentos, que 
diferem ligeiramente uns dos outros. 
ü O arranjo de cada segmento em particular é aleatório, 
existindo várias combinações possíveis de segmentos, 
formando um número ilimitado de segmentos e irão codificar 
uma enorme diversidade de anticorpos. 
•  Atualmente, é conhecido o número de 
segmentos de genes codificadores de 
an t icorpos em humanos. Sabe-se 
detalhadamente como estes segmentos 
são somaticamente modificados por 
recombinação e mutação e qual é a 
contribuição desses genes e processos 
somáticos para a especificidade e afinidade 
das respostas dos anticorpos."
•  Sabe-se também que certas estratégias 
utilizam tanto os genes codificadores de 
anticorpos, quanto os que codificam os 
receptores de células T (recombinação 
gênica) , outras ut i l izam os genes 
codificadores de anticorpos mas não os de 
receptores de células T (hipermodulação 
gênica) e que a estratégia fundamentada 
na habilidade das proteínas do MHC de 
interagirem com diferentes antígenos é 
o polimorfismo gênico. Desse modo, a 
genética do sistema imune tem sido 
revelada nesses últimos anos. "
"
Base Genética da Diversidade dos 
Anticorpos 
•  Os supergenes da cadeia pesada das Imunoglobulinas são 
construídos a partir de cada um dos inúmeros segmentos V, D,J e 
C. Os segmentos V,D e J combinam-se por rearranjos do DNA, e a 
transcrição produz uma molécula de RNA que é processada para 
formar um mRNA traduzível. Outra família de genes dão origem às 
cadeias leves. 
 Como resultado desses rearranjos do DNA, existem 
milhões de possíveis anticorpos. Rearranjos imprecisos 
de DNA, mutações e adições aleatórias de bases no fim 
do DNA contribuem para uma maior diversidade. 
30 a 35 segmentos 
gênicos V 
 5 segmentos 
gênicos J 
 1 segmento 
gênico C 
4. V2 se liga a J3 por recombinação 
s o m á t i c a , p r o d u z i n d o o D N A 
encontrado na célula B madura 
5. Pré-RNA V-J-C é processado e o 
mRNA final contém apenas aqueles 
segmentos V-D-J selecionados 
6. RNA é traduzido em uma cadeia 
leve funcional 
Cadeia Leve 
1. Múltiplos segmentos V, D, J e C 
2. Recombinação somatica entre 
os segmen tos V-D-J -C e 
produzem o DNA encontrado na 
célula B 
3. Pré-RNA V-J-C é processado e o 
RNA final contém apenas aqueles 
segmentos V-D-J-C selecionados 
4. RNA é traduzido em uma cadeia pesada 
funcional 
Cadeia Pesada 
Diversidade de anticorpos 
•  Os genes para as imunoglobulinas e a geração da diversidade de anticorpos - 
continuação 
deleção inversão 
•  Mudança de 
classe após 
produção inicial 
de imunoglobulina 
resulta em 
anticorpos com a 
mesma 
especificidade ao 
antígeno, mas 
com uma função 
diferente. Isso é 
realizado por 
cortes e rearranjos 
dos genes que 
codificam a região 
constante. 
D
iv
er
si
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• 
Q
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or
po
s 
Linhagem 
germinativa 
Transcrito 
primário de 
RNA 
mRNA 
DNA 
recombinado 
Polipeptídeo 
nascente 
Polipeptídeo 
maduro 
Molécula de 
Ig montada 
Cadeia pesada µ	

 Cadeia leve κ	
Recombinação somática 
(rearranjo do DNA); ligação D-J	
Recombinação somática 
(rearranjo do DNA); ligação VJ	
Recombinação somática 
(rearranjo do DNA); ligação V-DJ	
transcrição	

 transcrição	
Processamento 
de RNA (splicing)	
Processamento 
de RNA (splicing)	
tradução	

 tradução	
processamento, 
glicosilação da 
proteína	
processamento, 
glicosilação da 
proteína	
Linhagem 
germinativa 
Transcrito 
primário de 
RNA 
mRNA 
DNA 
recombinado 
ou 
rearranjado 
Polipeptídeo 
nascente 
Polipeptídeo 
maduro 
Molécula de 
TcR montada 
D
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Tc
R
 
 
ü Sistema imune é capaz de produzir anticorpos contra 
praticamente qualquer antígeno 
ü  1015 moléculas diferentes de anticorpos que estão 
codificadas no genoma humano, entretanto, existem 3 x 
109 bases no genoma humano. 
A Resposta Imune Celular 
•  Receptor de célula T 
•  A resposta imune celular é 
direcionada contra células 
alteradas ou infectadas. 
•  As células TC atacam células 
infectadas por vírus ou tumorais, 
promovendo a lise dessas 
células. 
•  As células TH ativam as células B e influenciam no desenvolvimento 
de outras células T e macrófagos. 
Os receptores de células T, na 
resposta imune celular, são 
análogos das imunoglobulinas na 
resposta imune humoral. 
A localização cromossômica dos genes dos 
anticorpos, de receptores de células T e do 
MHC em humanos"
O locus MHC 
•  O locus humano MHC mede aproximadamente 4 Mb no braço curto do 
cromossomo 6 (6p21). Este locus compreende três regiões: um grupo com 
aproximadamente 20 genes classe I (telomérico), um grupo com 
aproximadamente 15 genes classe II (centromérico), e um grupo 
heterogêneo com aproximadamente 30 genes classe III localizados entre 
os cluster classes I e II."
•  MHC desempenha um papel essencial na resposta imune: permite 
os Linfócitos T reconhecerem o antígeno. "
•  MHC trabalha junto com TCR e influencia o repertório dos 
antígenos T capazes de reconhecer o antígeno. "
•  Essa é a razão porque o complexo MHC desempenha um papel 
fundamental na susceptibilidade a muitas doenças complexas e 
autoimunidade. 
Estrutura MHC I 
•  Expressa na superfície celular"
•  Reconhecida por TCR de 
linfócitos T CD8 (citotóxicos)"
•  CD8 liga o complexo peptídeo-
MHC I"
•  MHC I são requisitados para 
reconhecimento de antígenos 
endógenos (via citosólica)"
•  Constituído por duas cadeias: a 
alfa codificada por genes MHC e 
a microglobulina beta, codificada 
por um gene externo ao cluster 
MHC"
•  A cadeia alfa possui 3 domínios 
externos, 1 transmembrânico, 
juntos com o alfa 3 ligam as 
moléculas à membrana e a uma 
cauda citoplasmática"
Estrutura MHC II 
•  MHC II são heterodímeros 
constituídos de duas cadeias alfa e 
duas beta, ambas codificadas por 
genes do cluster MHC. "
•  Ambas as cadeias apresentam dois 
domínios extracelulares e uma 
cauda citoplasmática. 
Estrutura MHC III 
•  As proteínas codificadas pelo MHC III não são receptores de 
membrana e não estão envolvidos na apresentação de antígenos "
•  Foi proposto que as alterações das proteínas do MHC III estão 
envolvidas em doenças auto-imunes."
•  As proteínas do MHC III têm funções e seqüências diferentes: 
algumas delas são proteínas do complemento, outras são 
enzimas (i.e. 21- hidrolase), citocinas inflamatórias, fator de 
necrose tumoral e proteínas “heat hock”.!
1. Macrófago captura o 
antígeno por fagocitose 
2. Macrófago destrói o 
antígeno quebrando-o em 
fragmentos 
3. Proteínas de classe 
II do MHC processam o 
antígeno 
4. MHC apresenta o 
antígeno para célula T 
helper 
As moléculas do MHC classe II nos macrófagos, células B, ou células 
corporais, ligam-se aos antígenos e apresenta-os às células T. 
•  Na resposta imune celular, 
as moléculas do MHC classe 
I, células TC,CD8, e citocinas 
colaboram na ativação das 
células TC com a 
especificidade apropriada. 
•  Células T em 
desenvolvimento são 
submetidas a dois testes: 
Elas tem que ser capazes de 
reconhecer suas moléculas 
MHC, e não devem se ligar 
ao mesmo tempo às 
moléculas do MHC e aos 
antígenos do próprio corpo 
As células T que falharem a 
esses testes, morrem. 
•  A rejeição a transplantes de 
órgãos resultam de 
diversidades genéticas das 
moléculas do MHC. 
6p21 (4Mb) 
Locus	
  MHC	
  
§  CLASSE I 
-  G e n e s c l á s s i c o s d e 
histocompatibilidade: HLA-A, -B 
e -C e não clássicos: HLA-E, -F, 
-G e –H 
-  p r o t e í n a s e x p r e s s a s n a 
superfície de todas as células 
nucleadas - apresentação dos 
antígenos aos linfócitos T 
killer 
§  CLASSE II 
-  Genes clássicos: HLA-DR, -DQ e –DP e não clássicos: HLA-Dm e TAP1 e TAP2 
-  proteínas expressas em células específicas (macrófagos,células dendríticas e 
linfócitos B) – apresentação dos peptídios aos linfócitos T helper 
§  CLASSE III 
-  não codificam moléculas de histocompatibilidade – C4 e C2, fator B, TNF-α e TNF-β, 
HSP-70 e 21 hidroxilase 
-  proteínas com função imune – componentes do sistema complemento e moléculas 
envolvidas na inflamação 
RESPOSTA 
HUMORAL 
RESPOSTA 
CELULAR 
R
E
S
P
O
S
T
A 
I
M
U
N
E 
Locus MHC 
•  421 loci, 252 deles são classificados como genes expressos 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 
DO LOCUS DO MHC 
•  MULTIGÊNICO: muitos genes codificadores de diferentes 
moléculas classes I e II, cada uma com diferentes 
especificidades por vários peptídeos. "
•  POLIMORFISMOS ALÉLICOS: um grande número de 
alelos estão presentes em cada gene. "
•  CODOMINANTE: produtos de ambos os alelos de cada 
gene são produzidos. 
HEREDITARIEDADE 
Herança de Haplótipos de HLA 
A1 
B8 
CW1 
DW6 
DR2 
A2 
B7 
CW2 
DW5 
DR3 
A9 
B5 
CW5 
DW1 
DR7 
A3 
B12 
CW4 
DW2 
DR4 
A1 
B8 
CW1 
DW6 
DR2 
A1 
B8 
CW1 
DW6 
DR2 
A1 
B8 
CW1 
DW6 
DR2 
A2 
B7 
CW2 
DW5 
DR3 
A2 
B7 
CW2 
DW5 
DR3 
A9 
B5 
CW5 
DW1 
DR7 
A9 
B5 
CW5 
DW1 
DR7 
A3 
B12 
CW4 
DW2 
DR4 
A3 
B12 
CW4 
DW2 
DR4 
A3 
B12 
CW4 
DW2 
DR4 
Os 6 genes mais importantes no contexto 
de um transplante 
A compatibilidade entre doador e receptor 
30% 
Doador encontrado na família 
70% 
Doador não 
aparentado: a chance 
de encontrar um 
doador é de 1/20.000 a 
1/300.000 
Situação mundial no transplante de 
medula óssea 
Quais as consequências da não 
compatibilidade? 
Complicações pós-transplante: 
•  Rejeição do enxerto 
•  Doença do enxerto vs o hospedeiro 
•  Duração e intensidade das terapias 
imunossupressoras 
•  Mortalidade 
A rejeição em mão dupla 
Desordens do Sistema Imune 
•  Alergias resultam de 
uma reação exagerada 
do sistema imune a um 
antígeno. 
•  Doenças autoimunes 
resultam de uma falha 
no reconhecimento das 
próprias células do 
indivíduo, com o 
aparecimento de células 
T e B que vão atacar as 
células do próprio corpo. 
DOENÇA AUTOIMUNE 
UMA QUEBRA DOS MECANISMOS 
RESPONSÁVEIS PELA 
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA 
DOENÇAS AUTOIMUNES 
•  5 - 10% população geral (Mortalidade/ Morbidade) 
•  Dificuldade e impossibilidade de cura – foco da resposta 
imune (autoantígenos)- não podem ser eliminados 
•  Crônicas - frequentemente incapacitantes 
•  Ataque imunológico aos tecidos sadios do corpo 
•  Alvo - orgão ou sistêmica 
•  Ampla variedade de sinais clínicos 
•  + 80 doenças autoimunes 
DOENÇAS AUTOIMUNES 
Miastenia gravis 
Tireoidite de Hashimoto 
Artrite Reumatóide 
Síndrome de Sjögren 
Vitiligo 
Psoríase 
Doenças Auto-Imunes do Sistema 
Nervoso 
Diabetes mellitus tipo 1 
Lúpus eritematoso sistêmico 
Doença de Addison 
Anemia hemolítica 
Auto-Imune Síndrome 
Antifosfolipídica 
Dermatite Herpetiforme 
Febre Familiar do Mediterrâneo 
Glomerulonefrite por IGA 
Glomerulonefrite Membranosa 
Esclerose Múltipla 
Síndrome de Goodpasture 
Doença de Graves 
Doença Celíaca 
Hepatite auto-imune 
Síndrome miastênica de Lambert-
Eaton 
Oftalmia Simpática 
Penfigóide Bolhoso 
Poliendocrinopatias 
Púrpura Auto-Imunes 
Trombocitopênica Idiopática 
Doença de Reiter Tireoidite Auto-
Imune 
Doença de Crohn 
Síndrome Antifosfolipídica 
Espondilite Anquilosante 
Retocolite Ulcerativa 
Síndrome de Churg-Strauss 
Síndrome de Behçt 
Sarcoidose 
TECIDOS E ÓRGÃOS 
Ø Doenças órgão-específicas 
O dano está confinado ao órgão contra o qual a 
resposta imune é dirigida 
 
Ø Doenças não específicas a órgãos 
Resposta imune contra antígenos que não estão 
especificamente associados a um órgão 
FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O DESENVOLVIMENTO 
DAS DOENÇAS AUTOIMUNES 
AUTOANTICORPOS 
COMPONENTES 
PRÓPRIOS 
ARTRITE REUMATÓIDE 
§  Inflamação crônica das articulações sinoviais com 
destruição progressiva de estruturas cartilaginosas e 
ósseas 
§  Afeta 3x mulheres – 35 a 55 anos 
§  MHC-II: HLA-DR4 e HLA-DR1 
§  Sintomas: 
-  Articulações (edema, calor, rubor, dor e rigidez matinal) 
-  Extra-articulares: cansaço, perda de peso, anemia, 
nódulos subcutâneos, pericardite e pleurite 
 
LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO 
§  Doença crônica e multisistêmica 
§  HLA-DR2 e DR3, deficiência de C2 e 
C4; outros genes (MBL, IL-6 e CR1) 
§  Mulher/homem = 9:1 (20 e 45 anos) 
§  Sintomas: fadiga, febre, eritema malar, 
rash discóide, pericardite, pleurite, 
alterações neurológicas e renais 
DIABETES MELLITUS 
Tipo I 
§  10% da população 
§  Deficiência absoluta em insulina causada por destruição 
das células do pâncreas 
§  HLA-DRB1 e DQA1, MBL 
§  Complicações: Hipertensão, dificuldade de cicatrização, 
infarto, derrame, insuficiência renal, problemas visuais 
§  Pé diabético (problemas vasculares) 
Doença Celíaca 
•  Doença celíaca é uma intolerância 
hereditária ao glúten, uma proteína 
encontrada no trigo e em menor 
escala, na cevada, no centeio e na 
aveia. Enquanto a intolerância ao 
glúten é permanente, os sintomas 
podem ser aliviados evitando esta 
proteína na dieta. A inflamação ocorre 
devido a gliadina, um peptídeo 
derivado do glúten. Esta inflamação 
causa danos aos tecidos das 
mucosas do intestino pequeno, 
especialmente nas vilosidades que 
absorvem nutrientes, resultando em 
uma má absorção dos nutrientes. 
•  A Doença Celíaca afeta até uma pessoa em 300 na 
I tá l ia e no sudoeste da I r landa, mas é 
extremamente raro na África, Japão e China ( Not et 
al., 1988). De acordo com um estudo nos EUA, em 
2003, existe uma chance de 1 em cada 133 
pessoas, sem fatores de risco ou histórico familiar, 
de ter a doença celíaca. Adicionalmente, esse risco 
aumenta para 1 em cada 22 se a pessoa tem um 
parente de primeiro grau com doença celíaca e para 
1 em cada 39 se o parente for de segundo grau 
(Fasano, 2002). Em torno de 60.000 americanos 
são diagnosticados com doença celíaca anualmente 
e um total de 2 milhões têm a doença, tornando-a 
possivelmente a doença genética mais comum nos 
Estados Unidos(Westerberg, et al., 2006). A doença 
celíaca pode ocorrer em qualquer idade e mulheres 
são mais comumente afetadas que os homens. Das 
mulheres durante os anos férteis, a relação com os 
homens é de quase 3 para 1 (Feighery et al., 1998). 
Fatores de risco genéticos 
•  A doença celíaca está fortemente 
associada ao leucócito antigênico 
humano (HLA) haplótipos DQ2 e 
DQ8. Os genes HLA fazem parte do 
complexo de histocompatibilidade 
principal (MHC) 
•  A função das moléculas do MHC é 
ligar-se a fragmentos protéicos 
de r i vados dos pa tógenos e 
apresentá-los na superfície celular 
para reconhecimento pelas células 
T. Muitas proteínas envolvidas no 
processamento e apresentação do 
antígeno são codificadas por genes 
dentro do MHC (Janeway, 2005). 
•  Os sintomas da doença celíaca 
são causados por um peptídeo 
rico em glutamina e prolina 
encontrado no glúten, iniciando a 
resposta inflamatória ao ligar-se 
aos haplótipos HLA. 
•  A associação primária do HLA, na 
maior ia dos pacientes com 
doença celíaca, é com DQ2 
(DQA*05 /DQB1*02 ) e uma 
minoria com DQ8 (DQA1*03/
DQB1*0302). Aproximadamente 
97% dos indivíduos com doença 
celíaca possuem HLA-D2Q ou 
HLA-DQ8, em comparação aos 
40% da população geral (NIH, 
2006). 
•  A associação do HLA em doença 
celíaca pode ser explicada por 
uma maior habilidade do DQ2 de 
ligar-se a um grande repertório de 
peptídeos ricos em prolina do 
glúten, que sobrevivem à digestão 
gastrointestinal e são deaminadas 
pela trasglutaminase dos tecidos. 
•  Desordens imunodeficientes resultam de falhas de uma ou outra 
parte do sistema imune. AIDS é uma imunodeficiência decorrente da 
depleção de células TH do corpo devido à infecção pelo HIV. Essas 
depleções enfraquecem e eventualmente destroem o sistema imune, 
deixando o hospedeiro sem defesa contra infecções “oportunistas”. 
ASSOCIAÇÃO HLA CLASSES I, II E III 
DOENÇAS AUTOIMUNES 
ü  HLA CLASSE I 
PSORÍASE – HLA-Cw6, -B39e –B57 
ESPONDIARTROPATIA – HLA-B27 
ü  HLA CLASSE II 
DIABETE MELLITUS – HLA-DR3, -DR4 
ESCLEROSE MÚLTIPLA – HLA-DR2 
DOENÇA DE GRAVES – HLA-DR3 
LUPUS – HLA-DR2, -DR3 
ARTRITE REUMATÓIDE – HLA-DR4 (DRB*0401, *0404) 
DOENÇA CELÍACA – HLA-DQ2 e DQ8 
ü  HLA CLASSE III 
LUPUS – C2 e C4 
FENÓTIPO GENÓTIPO 
A 
 
AO 
AA 
O OO 
B 
 
BO 
BB 
AB AB 
Indivíduo AB - um alelo A e um alelo B, um foi herdado da mãe e o outro 
do pai. Ele possui nos seus glóbulos vermelhos os ANTÍGENOS A E B e 
seu GENÓTIPO é AB. 
 Indíviduo O - as células de grupo O são reconhecidas pela ausência de 
antígeno A ou B e seu GENÓTIPO é OO. 
Quando o alelo O é herdado ao lado de A, apenas o gene A se manifesta; 
e se é herdado ao lado do gene B apenas o gene B se manifesta. 
ü  3 Alelos: A, B e O podendo qualquer um dos três ocupar o loco ABO 
em cada elemento do par de cromossomos responsáveis por este 
sistema. 
AULA PRÁTICA - SISTEMA ABO 
FATOR Rh 
§  5 antígenos (D,C,c,E,e) 
Quando dizemos que um indivíduo é Rh Positivo, quer dizer que o antígeno D está 
presente na superfície de suas hemácias (aglutinação).

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