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1ª Fase | 36° Exame da OAB 
Processo do Trabalho 
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1ª FASE 36° EXAME 
 
Processo do Trabalho 
Prof.ª Cleize Kohls 
1ª Fase | 36° Exame da OAB 
Processo do Trabalho 
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1ª FASE OAB | 36° EXAME DA OAB 
Processo do Trabalho 
 
Sumário 
1. Organização e competência da Justiça do Trabalho ..............................................
2. Competência territorial e acordos extrajudiciais .....................................................
3. Fontes e aplicabilidade do CPC .............................................................................
4. Partes, procuradores e justiça gratuita ...................................................................
5. Atos processuais, nulidades e prazos ...................................................................
6. Procedimentos .......................................................................................................
7. Reclamação trabalhista e defesa do réu ................................................................
8. Reconvenção e audiência ......................................................................................
9. Provas ...................................................................................................................
10. Alegações Finais, Sentença, Acordo, Coisa Julgada e Reparação do Dano 
Processual ................................................................................................................
11. Recursos ............................................................................................................
12. Fase de execução ..............................................................................................
13. Procedimentos especiais ...................................................................................
 
 
Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas do curso preparatório 
para a 1ª Fase OAB e deve ser utilizado como um roteiro para as respectivas aulas. Além disso, 
recomenda-se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação pertinente. 
 
Bons estudos, Equipe Ceisc. 
Atualizado em junho de 2022. 
1ª Fase | 36° Exame da OAB 
Processo do Trabalho 
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1. Organização e competência da Justiça do Trabalho 
1.1. Órgãos que compõe a Justiça do Trabalho – art. 111 da CF 
a) Tribunal Superior do Trabalho –TST (Brasília
b) Tribunais Regionais do Trabalho – TRTs 
c) Juízes do Trabalho (Varas do Trabalho) 
1.1.1 Varas do Trabalho 
Conforme art. 652 da CLT, compete às Varas do Trabalho: 
a) conciliar e julgar: os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de 
empregado; os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações por motivo de 
rescisão do contrato individual de trabalho;os dissídios resultantes de contratos de empreitadas 
em que o empreiteiro seja operário ou artífice; os demais dissídios concernentes ao contrato 
individual de trabalho; as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o 
Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho; (alínea “a”) 
b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave; (alínea “b”) 
c) julgar os embargos opostos às suas próprias decisões; (alínea “c”) 
d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua competência; (alínea “d”) 
e) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da 
Justiça do Trabalho. (alínea “e”) 
E, nos termos do Art. 653 da CLT, compete, ainda, às Varas: requisitar às autoridades 
competentes a realização das diligências necessárias ao esclarecimento dos feitos sob sua 
apreciação, representando contra aquelas que não atenderem a tais requisições; realizar as 
diligências e praticar os atos processuais ordenados pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou 
pelo Tribunal Superior do Trabalho; julgar as suspeições arguidas contra os seus membros; 
julgar as exceções de incompetência que lhes forem opostas; expedir precatórias e cumprir 
as que lhes forem deprecadas; exercer, em geral, no interesse da Justiça do Trabalho, quaisquer 
outras atribuições que decorram da sua jurisdição (alínea “a”, “b”, “c”, “d”, “e” e “f”). 
Ademais, nos termos do art. 659 da CLT, competem privativamente ao Juízes do Trabalho, 
as seguintes atribuições: presidir às audiências (inciso I); executar as suas próprias 
decisões, as proferidas pela Vara e aquelas cuja execução lhes for deprecada (inciso 
II); despachar os recursos interpostos pelas partes (inciso VI); conceder medida liminar, 
até decisão final do processo, em reclamações trabalhistas que visem a tornar sem efeito 
transferência disciplinada pelos parágrafos do artigo 469 desta Consolidação (inciso IX); 
conceder medida liminar, até decisão final do processo, em reclamações trabalhistas que visem 
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reintegrar no emprego dirigente sindical afastado, suspenso ou dispensado pelo empregador 
(inciso X). 
1.2. Competência material da Justiça do Trabalho 
A competência material da Justiça do Trabalho está estabelecida no art. 114 da 
Constituição, sendo que, conforme ele: 
Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
I - as ações oriundas da RELAÇÃO DE TRABALHO, abrangidos os entes de direito 
público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios; 
II - as ações que envolvam exercício do DIREITO DE GREVE; 
III - as ações sobre REPRESENTAÇÃO SINDICAL, entre sindicatos, entre sindicatos e 
trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; 
IV - os MANDADOS DE SEGURANÇA, HABEAS CORPUS E HABEAS DATA, quando o 
ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; 
V - os CONFLITOS DE COMPETÊNCIA entre órgãos com jurisdição trabalhista, 
ressalvado o disposto no art. 102, I, o; 
VI - as AÇÕES DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL OU PATRIMONIAL, decorrentes 
da relação de trabalho; 
VII - as ações relativas às PENALIDADES ADMINISTRATIVAS impostas aos 
empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 
VIII - a EXECUÇÃO, de ofício, das CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS previstas no art. 195, I, 
a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; 
IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. 
Além disso, temos que observar os posicionamentos consolidados do TST e STF sobre o 
tema. 
• Súmula 62 do STJ: Compete à Justiça Estadual processar e julgar o crime de falsa 
anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, atribuído à empresa privada. 
• Súmula Vinculante 23 do STF: A Justiça do Trabalho é competente para processar 
e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve 
pelos trabalhadores da iniciativa privada. 
• Súmula 363 do STJ: Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de 
cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente.
• Súmula nº 392 do TST: Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, 
a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por 
dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de 
acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos 
dependentes ou sucessores do trabalhador falecido.
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• Súmula nº 368 do TST: I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o 
recolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto 
à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias 
em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o 
salário de contribuição. 
• Súmula nº 389 do TST: I - Inscreve-se na competência material da Justiça do 
Trabalho a lide entre empregado e empregador tendo por objeto indenização pelo não-
fornecimento das guias do seguro-desemprego.unicamente na certidão de 
julgamento, com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir 
do voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de 
julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão. 
E, conforme §2º, os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma 
para o julgamento dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas 
demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo. 
Ademais, conforme entendimento consolidado do TST: 
Súmula nº 158 do TST: Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho, em ação rescisória, 
é cabível recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho, em face da organização 
judiciária trabalhista. 
Súmula nº 201 do TST: Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho em mandado de 
segurança cabe recurso ordinário, no prazo de 8 (oito) dias, para o Tribunal Superior do Trabalho, 
e igual dilação para o recorrido e interessados apresentarem razões de contrariedade.
11.6. Recurso de Revista
Art. 896. Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das 
decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais 
Regionais do Trabalho, quando 
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado 
outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios 
Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência 
uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal; 
b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo 
Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em 
área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, 
interpretação divergente, na forma da alínea a; 
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à 
Constituição Federal. 
O recurso de revista, dotado de efeito apenas devolutivo, será interposto perante o 
Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, que, por decisão fundamentada, poderá recebê-lo 
ou denegá-lo (§1º). 
Conforme §1º -A, sob pena de não conhecimento, é ônus da parte: 
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I- indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da 
controvérsia objeto do recurso de revista; 
II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei, súmula 
ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que conflite com a decisão 
regional; 
III- expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos jurídicos 
da decisão recorrida, inclusive mediante demonstração analítica de cada dispositivo de lei, 
da Constituição Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade 
aponte; 
IV - transcrever na peça recursal, no caso de suscitar preliminar de nulidade de julgado 
por negativa de prestação jurisdicional, o trecho dos embargos declaratórios em que foi 
pedido o pronunciamento do tribunal sobre questão veiculada no recurso ordinário e o 
trecho da decisão regional que rejeitou os embargos quanto ao pedido, para cotejo e 
verificação, de plano, da ocorrência da omissão. 
Atenção: Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas 
Turmas, em EXECUÇÃO DE SENTENÇA, inclusive em processo incidente de embargos de 
terceiro, não caberá Recurso de Revista, salvo na hipótese de OFENSA DIRETA E LITERAL 
DE NORMA DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. )(§2º) 
A divergência apta a ensejar o recurso de revista deve ser atual, não se considerando 
como tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal 
Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do 
Trabalho. (§7º) 
Quando o recurso fundar-se em dissenso de julgados, incumbe ao recorrente o ônus de 
produzir prova da divergência jurisprudencial, mediante certidão, cópia ou citação do repositório 
de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido 
publicada a decisão divergente, ou ainda pela reprodução de julgado disponível na internet, com 
indicação da respectiva fonte, mencionando, em qualquer caso, as circunstâncias que 
identifiquem ou assemelhem os casos confrontados. (§8º) 
Nas causas sujeitas ao PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO, somente será admitido 
recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior 
do Trabalho ou a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da 
Constituição Federal. (§9º) 
Cabe recurso de revista por violação a lei federal, por divergência jurisprudencial e por 
ofensa à Constituição Federal nas execuções fiscais e nas controvérsias da fase de execução 
que envolvam a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), criada pela Lei no 12.440, 
de 7 de julho de 2011. (§10º) 
Quando o recurso tempestivo contiver defeito formal que não se repute grave, o Tribunal 
Superior do Trabalho poderá desconsiderar o vício ou mandar saná-lo, julgando o mérito. (§11º) 
Da decisão denegatória caberá agravo, no prazo de 8 (oito) dias. (§12º) 
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O relator do recurso de revista poderá denegar-lhe seguimento, em decisão monocrática, 
nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de representação ou de ausência 
de qualquer outro pressuposto extrínseco ou intrínseco de admissibilidade. (§14º) 
Transcendência: 
Art. 896-A. O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará 
previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de 
natureza econômica, política, social ou jurídica. 
§ 1o São indicadores de transcendência, entre outros: 
I - econômica, o elevado valor da causa; 
II - política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência sumulada do Tribunal 
Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal; 
III - social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social constitucionalmente 
assegurado; 
IV - jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação da legislação 
trabalhista. 
 Poderá o relator, monocraticamente, denegar seguimento ao recurso de revista que não 
demonstrar transcendência, cabendo agravo desta decisão para o colegiado. (§2º) 
Em relação ao recurso que o relator considerou não ter transcendência, o recorrente 
poderá realizar sustentação oral sobre a questão da transcendência, durante cinco minutos em 
sessão. (§3º) 
Mantido o voto do relator quanto à não transcendência do recurso, será lavrado acórdão 
com fundamentação sucinta, que constituirá decisão irrecorrível no âmbito do tribunal. 
(§4º) 
É irrecorrível a decisão monocrática do relator que, em agravo de instrumento em recurso 
de revista, considerar ausente a transcendência da matéria. (§5º) 
O juízo de admissibilidade do recurso de revista exercido pela Presidência dos Tribunais 
Regionais do Trabalho limita-se à análise dos pressupostos intrínsecos e extrínsecos do apelo, 
não abrangendo o critério da transcendência das questões nele veiculadas. 
(§6º) 
E, conforme entendimento do TST: 
Súmula 126 do TST: Incabível o recurso de revista ou de embargos (arts. 896 e 894, b, 
da CLT) para reexame de fatos e provas. 
Súmula 296 do TST: I — A divergência jurisprudencial ensejadora da admissibilidade, do 
prosseguimento e do conhecimento do recurso há de ser específica, revelando a existência de 
teses diversas na interpretação de um mesmo dispositivo legal, embora idênticosos fatos que 
as ensejaram; 
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II — Não ofende o art. 896 da CLT decisão de Turma que, examinando premissas 
concretas de especificidade da divergência colacionada no apelo revisional, conclui pelo 
conhecimento ou desconhecimento do recurso. 
Súmula 221 do TST: A admissibilidade do recurso de revista por violação tem como 
pressuposto a indicação expressa do dispositivo de lei ou da Constituição tido como violado. 
Súmula 266 do TST: A admissibilidade do recurso de revista interposto de acórdão 
proferido em agravo de petição, na liquidação de sentença ou em processo incidente na 
execução, inclusive os embargos de terceiro, depende de demonstração inequívoca de violência 
direta à Constituição Federal. 
Súmula 442 do TST: Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, a 
admissibilidade de recurso de revista está limitada à demonstração de violação direta a 
dispositivo da Constituição Federal ou contrariedade a Súmula do Tribunal Superior do Trabalho, 
não se admitindo o recurso por contrariedade a Orientação Jurisprudencial deste Tribunal (Livro 
II, Título II, Capítulo III, do RITST), ante a ausência de previsão no art. 896, § 6º, da CLT”. 
Súmula 297 do TST: I - Diz-se PREQUESTIONADA a matéria ou questão quando na 
decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito; 
II - Incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido invocada no recurso 
principal, opor embargos declaratórios objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de 
preclusão; 
III - Considera-se prequestionada a questão jurídica invocada no recurso principal sobre 
a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de declaração. 
Súmula 184 do TST: Ocorre preclusão se não forem opostos embargos declaratórios 
para suprir omissão apontada em recurso de revista ou de embargos. 
Súmula 218 do TST: É incabível recurso de revista interposto de acórdão regional 
prolatado em agravo de instrumento. 
Súmula 333 do TST: Não ensejam recurso de revista decisões superadas por iterativa, 
notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho. 
11.7. Embargos de declaração
Art. 897-A Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco 
dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subsequente a sua 
apresentação, registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos 
de omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos 
extrínsecos do recurso. 
Os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou a requerimento de qualquer das 
partes (§1º). 
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Os embargos de declaração interrompem o prazo para interposição de outros recursos, 
por qualquer das partes, salvo quando intempestivos, irregular a representação da parte ou 
ausente a sua assinatura. (3º) 
Objeto: (fundamentação vinculada) 
1) Omissão: a omissão pode ser de ponto, questão ou matéria sobre os quais devia o juiz 
ou tribunal se pronunciar. 
2) Obscuridade: se a sentença ou acordão não for claro, impedindo ou dificultando a 
correta compreensão do julgado. 
3) Contradição (interna à decisão): a contradição pode ocorrer entre o relatório e a 
fundamentação, ou entre a fundamentação e o dispositivo, ou qualquer das partes da 
sentença. 
4) Manifesto equívoco quanto ao exame dos pressupostos extrínsecos dos recursos. 
OJ 142. SDI-I: É passível de nulidade decisão que acolhe embargos de declaração com 
efeito modificativo sem que seja concedida oportunidade de manifestação prévia à parte 
contrária. 
CLT, art. 897-A, § 2º: Eventual efeito modificativo dos embargos de declaração somente 
poderá ocorrer em virtude da correção de vício na decisão embargada e desde que ouvida a 
parte contrária, no prazo de 5 dias. (Lei n. 13.015/2014) 
11.8. Agravo de Instrumento 
Art. 897 Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: 
b) de instrumento, dos DESPACHOS QUE DENEGAREM A INTERPOSIÇÃO DE 
RECURSOS. 
O agravo de instrumento interposto contra o despacho que não receber agravo de petição 
não suspende a execução da sentença. (§2º) 
 O agravo será julgado pelo Tribunal que seria competente para conhecer o recurso 
cuja interposição foi denegada. (§4º) 
 Sob pena de não conhecimento, as partes promoverão a formação do instrumento do 
agravo de modo a possibilitar, caso provido, o imediato julgamento do recurso denegado, 
instruindo a petição de interposição: obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da 
certidão da respectiva intimação, das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do 
agravado, da petição inicial, da contestação, da decisão originária, do depósito recursal referente 
ao recurso que se pretende destrancar, da comprovação do recolhimento das custas e do 
depósito recursal a que se refere o § 7o do art. 899 desta Consolidação; facultativamente, com 
outras peças que o agravante reputar úteis ao deslinde da matéria de mérito controvertida. (§5º) 
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 O agravado será intimado para oferecer resposta ao agravo e ao recurso principal, 
instruindo-a com as peças que considerar necessárias ao julgamento de ambos os recursos. 
(§6º) 
 Provido o agravo, a Turma deliberará sobre o julgamento do recurso principal, 
observando-se, se for o caso, daí em diante, o procedimento relativo a esse recurso. (§ 7º) 
 Ele, cabe em recurso ordinário, recurso de revista, recurso extraordinário, recurso adesivo 
e agravo de petição. Não cabe em Embargos ao TST, pois nesse caso caberia agravo regimental. 
 O depósito recursal será de 50% do valor do recurso que se pretende destrancar 
(no ato de interposição – art. 899,§7). Não será necessário, no entanto, em recurso de revista 
quando contrariar jurisprudência uniforme do TST, consubstanciada nas súmulas ou OJs. 
11.9. Embargos ao TST 
Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias: 
I - de decisão não unânime de julgamento que: 
a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a 
competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as 
sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei; e 
II - das decisões das Turmas que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela 
Seção de Dissídios Individuais, ou contrárias a súmula ou orientação jurisprudencial do 
Tribunal Superior do Trabalho ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal. 
 
Infringentes – são dirigidos ao Presidente do TST, devendo ser requerido o 
encaminhamento das razões à Seção Especializada em Dissídios Coletivos. 
Embargos de divergência – interpostos perante o Presidente da Turma do TST que 
julgou o recurso, e encaminhamento das razões à Subseção 1 da Seção Especializada em 
Dissídios Individuais do TST. Cabimento: reexame pela SDI da decisão proferida pelo TST, 
quando se tratar de matéria exclusivamente de direito e: 
• a decisão da Turma do TST contraria acordão de outra Turma do TST; 
• contrariar acordão da SDI; 
• contrariar súmula do TST; 
• contrariar orientação jurisprudencial do TST; 
• contrariar súmula vinculante. 
Sobre o tema, observe os entendimentos do TST: 
Súmula 433 TST: A admissibilidade do recurso de embargos contra acórdão de Turma 
em Recurso de Revista em fase de execução, publicado na vigência da Lei nº 11.496, de 
26.06.2007, condiciona-se à demonstração de divergência jurisprudencial entre Turmas 
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ou destas e a Seção Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do 
Trabalho em relação à interpretação de dispositivo constitucional. 
11.10. Agravo de petição 
O agravo de petição está previsto no Art. 897, a, da CLT. Ele cabe, no prazo de 8 (oito) 
dias: dasdecisões do Juiz ou Presidente, nas EXECUÇÕES. 
Das decisões na execução – Agravo de Petição (Ao, Ao) 
O agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as 
matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente até o 
final, nos próprios autos ou por carta de sentença. (§1º) 
11.11. Recurso Extraordinário 
A competência é do Superior Tribunal Federal. E, ele interposto das decisões proferidas 
pelo Tribunal Superior do Trabalho, desde que agridam a Constituição Federal, no prazo de 15 
dias. Previsto no Art. 102, III, da CF. 
Requisitos: 
• esgotamento das vias recursais trabalhistas; 
• prequestionamento da matéria constitucional; 
• ofensa literal e direta à Constituição. 
11.12. Agravo interno 
No CPC encontramos que diz: Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá 
agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as 
regras do regimento interno do tribunal. 
No Regimento Interno do TST encontramos que: Art. 265. Cabe agravo interno contra 
decisão dos Presidentes do Tribunal e das Turmas, do Vice-Presidente, do Corregedor-Geral da 
Justiça do Trabalho ou de relator, nos termos da legislação processual, no prazo de 8 (oito) dias 
úteis, pela parte que se considerar prejudicada. 
12. Fase de execução 
12.1. Liquidação de sentença 
Sobre a liquidação de sentença, você e precisa ficar de olho no art. 879 da CLT, pois ele 
é muito cobrado em prova: 
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Art. 879. Sendo ilíquida a sentença exequenda, ordenar-se-á, previamente, a sua 
liquidação, que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos. 
§ 1º Na liquidação, não se poderá modificar, ou inovar, a sentença liquidanda nem discutir 
matéria pertinente à causa principal. 
§ 1ºA - A liquidação abrangerá, também, o cálculo das contribuições previdenciárias 
devidas. 
§ 1ºB - As partes DEVERÃO ser previamente intimadas para a apresentação do cálculo 
de liquidação, inclusive da contribuição previdenciária incidente. 
§ 2° Elaborada a conta e tornada líquida, o juízo deverá abrir às partes prazo comum de 
oito dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da 
discordância, sob pena de PRECLUSÃO. 
§3º Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz 
procederá à intimação da União para manifestação, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena 
de preclusão. 
A atualização do crédito devido à Previdência Social observará os critérios estabelecidos 
na legislação previdenciária. O Ministro de Estado da Fazenda poderá, mediante ato 
fundamentado, dispensar a manifestação da União quando o valor total das verbas que integram 
o salário de contribuição, na forma do art. 28 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, ocasionar 
perda de escala decorrente da atuação do órgão jurídico (§4º e §5º). 
Tratando-se de cálculos de liquidação complexos, o juiz poderá nomear perito para a 
elaboração e fixará, depois da conclusão do trabalho, o valor dos respectivos honorários com 
observância, entre outros, dos critérios de razoabilidade e proporcionalidade (§6º). 
Conforme o artigo citado atualização dos créditos decorrentes de condenação judicial será 
feita pela Taxa Referencial (TR), divulgada pelo Banco Central do Brasil, conforme a Lei no 8.177, 
de 1o de março de 1991. Porém, o STF declarou inconstitucional essa correção – valendo o 
IPCA-E e a SELIC (STF - ADC: 58 DF 0076586-62.2018.1.00.0000, Relator: GILMAR MENDES, 
Data de Julgamento: 18/12/2020, Tribunal Pleno, Data de Publicação: 07/04/2021). 
12.2. Juros e correção de mora 
 Sobre os juros e correção nos processos trabalhistas, observe: 
Súmula nº 381 do TST: O pagamento dos salários até o 5º dia útil do mês subsequente 
ao vencido não está sujeito à correção monetária. Se essa data limite for ultrapassada, incidirá 
o índice da correção monetária do mês subsequente ao da prestação dos serviços, a partir do 
dia 1º. 
Súmula nº 200 do TST: Os juros de mora incidem sobre a importância da condenação já 
corrigida monetariamente. 
OJ nº 400 SDI-I: Os juros de mora decorrentes do inadimplemento de obrigação de 
pagamento em dinheiro não integram a base de cálculo do imposto de renda, 
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independentemente da natureza jurídica da obrigação inadimplida, ante o cunho indenizatório 
conferido pelo art. 404 do Código Civil de 2002 aos juros de mora. 
Súmula nº 211 do TST: Os juros de mora e a correção monetária incluem-se na 
liquidação, ainda que omisso o pedido inicial ou a condenação. 
Súmula nº 439 do TST: Nas condenações por dano moral, a atualização monetária é 
devida a partir da data da decisão de arbitramento ou de alteração do valor. Os juros incidem 
desde o ajuizamento da ação, nos termos do art. 883 da CLT. 
12.3. Execução 
ANALOGIA – APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA. 
 A execução trabalhista altera a ordem de aplicação subsidiária da normativa processual. 
Aplicação subsidiária das normas da Lei de Execuções Fiscais, restando o CPC em 
última posição. Sendo assim será observada a seguinte ordem: CLT; Lei 6830/1980; CPC. 
Iniciativa: Conforme art. 878 da CLT, a execução será promovida pelas partes, permitida 
a execução de ofício pelo juiz ou pelo Presidente do Tribunal apenas nos casos em que as partes 
não estiverem representadas por advogado. 
Título executivo: 
1. Execução de títulos judiciais (CLT, art. 876) 
a) Decisões passadas em julgado; 
b) Decisões das quais não tenha havido recurso com efeito suspensivo; 
c) Acordos, quando não cumpridos (art. 831 CLT) 
d) Créditos previdenciários decorrentes de sentença condenatória. 
2. Execução de títulos extrajudiciais (CLT, art. 876) 
a) Termos de ajustamento de conduta firmados perante o MPT 
b) Termos celebrado na Comissão de Conciliação Prévia (CCP) 
c) Certidão da dívida ativa da União (multas da fiscalização) 
Art. 876. As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso com 
efeito suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta 
firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados 
perante as Comissões de Conciliação Prévia serão executada pela forma estabelecida 
neste Capítulo. 
Parágrafo único. A Justiça do Trabalho executará, de ofício, as contribuições sociais 
previstas na alínea a do inciso I e no inciso II do caput do art. 195 da Constituição Federal, 
e seus acréscimos legais, relativas ao objeto da condenação constante das sentenças que 
proferir e dos acordos que homologar. 
Também são títulos executivos: 
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• Cheque e nota promissória – art. 13 da IN 39 do TST 
• Multas – art. 114, VII da CF e art. 784, IX do CPC 
• Sentença arbitral 
• Art. 784 CPC. São títulos executivos extrajudiciais: IX - a certidão de dívida ativa da 
Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
correspondente aos créditos inscritos na forma da lei. 
 
Competência: 
Art. 877. É competente para a execução das decisões o Juiz ou Presidente do Tribunal 
que tiver conciliado ou julgado originariamente o dissídio. 
Art. 877-A. É competente para a execução de título executivo extrajudicial o juiz que teria 
competência para o processo de conhecimento relativo à matéria. 
12.4. Citação do Executado 
 Cita-se o executado para que pague em 48 ou garanta a execução sob pena de penhora. 
Art. 880. Requerida a execução, o juiz ou presidente do tribunal mandará expedir 
mandado de citação do executado, a fim de que cumpra a decisão ou o acordo no prazo, 
pelo modo e sob as cominações estabelecidas ou, quando se tratar de pagamento em 
dinheiro, inclusive de contribuições sociais devidas à União, para que o faça em 48 
(quarenta e oito) horas ou garanta a execução, sob pena de penhora.O mandado de citação deverá conter a decisão exequenda ou o termo de acordo não 
cumprido (§1º). 
A citação será feita pelos oficiais de diligência (§2º). 
 Se o executado, procurado por 2 (duas) vezes no espaço de 48 (quarenta e oito) horas, 
não for encontrado, far-se-á citação por edital, publicado no jornal oficial ou, na falta deste, 
afixado na sede da Junta ou Juízo, durante 5 (cinco) dias (§3º). 
 Conforme o art. Art. 882, o executado que não pagar a importância reclamada poderá 
garantir a execução mediante DEPÓSITO DA QUANTIA correspondente, atualizada e acrescida 
das despesas processuais, apresentação de SEGURO-GARANTIA JUDICIAL OU NOMEAÇÃO 
DE BENS À PENHORA, observada a ordem preferencial estabelecida no art. 835 da Lei 
no 13.105, de 16 de março de 2015 - Código de Processo Civil. 
12.5. Penhora 
Conforme Art. 883 da CLT, não pagando o executado, nem garantindo a execução, seguir-
se-á penhora dos bens, tantos quantos bastem ao pagamento da importância da condenação, 
acrescida de custas e juros de mora, sendo estes, em qualquer caso, devidos a partir da data 
em que for ajuizada a reclamação inicial. 
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 Para a penhora observa-se as normas do CPC quanto à ordem e a impenhorabilidade de 
bens. 
 Já, conforme o Art. 883-A da CLT: A decisão judicial transitada em julgado somente 
poderá ser levada a protesto, gerar inscrição do nome do executado em órgãos de proteção ao 
crédito ou no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas (BNDT), nos termos da lei, depois de 
transcorrido o PRAZO DE QUARENTA E CINCO DIAS A CONTAR DA CITAÇÃO DO 
EXECUTADO, se não houver garantia do juízo. 
Cuidado: Para ser levada a protesto precisa ter passado o prazo de 45 dias sem garantia 
do juízo. 
12.6. Embargos à execução 
Os Embargos à execução, ou Embargos do Executado, está previsto no Art. 884 da CLT. 
Art. 884. Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (CINCO) DIAS 
para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exequente para impugnação. 
A matéria de defesa será restrita às alegações de cumprimento da decisão ou do acordo, 
quitação ou prescrição da dívida (§1º). 
 Se na defesa tiverem sido arroladas testemunhas, poderá o Juiz ou o Presidente do 
Tribunal, caso julgue necessários seus depoimentos, marcar audiência para a produção das 
provas, a qual deverá realizar-se dentro de 5 (cinco) dias (§2º). 
 Somente nos embargos à penhora poderá o executado impugnar a sentença de 
liquidação, cabendo ao exequente igual direito e no mesmo prazo (§3º). 
 Julgar-se-ão na mesma sentença os embargos e as impugnações à liquidação 
apresentadas pelos credores trabalhista e previdenciário (§4º). 
 Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados 
inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal ou em aplicação ou interpretação tidas por 
incompatíveis com a Constituição Federal (§5º). 
A exigência da garantia ou penhora não se aplica às entidades filantrópicas e/ou 
àqueles que compõem ou compuseram a diretoria dessas instituições (§6º). 
 Fique atendo ao prazo: 5 dias contados da garantia ou penhora. O prazo começa a 
fluir do depósito da importância da condenação ou assinatura do termo de penhora. 
Dispensa do cumprimento da garantia do juízo: Fazenda Pública (art. 910 CPC e art. 100 
da CF). 
12.7. Embargos de terceiros 
 Os Embargos de Terceiro, por sua vez, buscam defender terceiro no processo. 
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 No CPC encontramos no Art. 674 que: quem, não sendo parte no processo, sofrer 
constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito 
incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio 
de embargos de terceiro. 
 Considera-se terceiro para ajuizamento dos embargos, conforme §2º: 
I - o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens próprios ou de sua 
meação, ressalvado o disposto no art. 843; 
II - o adquirente de bens cuja constrição decorreu de decisão que declara a ineficácia da 
alienação realizada em fraude à execução; 
III - quem sofre constrição judicial de seus bens por força de desconsideração da 
personalidade jurídica, de cujo incidente não fez parte; 
IV - o credor com garantia real para obstar expropriação judicial do objeto de direito real 
de garantia, caso não tenha sido intimado, nos termos legais dos atos expropriatórios 
respectivos. 
 Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento 
enquanto não transitada em julgado a sentença e, no cumprimento de sentença ou no processo 
de execução, até 5 (cinco) dias depois da adjudicação, da alienação por iniciativa particular ou 
da arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta (Art. 675). 
 Os embargos serão distribuídos por dependência ao juízo que ordenou a constrição e 
autuados em apartado. Nos casos de ato de constrição realizado por carta, os embargos serão 
oferecidos no juízo deprecado, salvo se indicado pelo juízo deprecante o bem constrito ou se já 
devolvida a carta. (Art. 676) 
 Na petição inicial, o embargante fará a prova sumária de sua posse ou de seu domínio e 
da qualidade de terceiro, oferecendo documentos e rol de testemunhas. É facultada a prova da 
posse em audiência preliminar designada pelo juiz. O possuidor direto pode alegar, além da sua 
posse, o domínio alheio. A citação será pessoal, se o embargado não tiver procurador 
constituído nos autos da ação principal. Será legitimado passivo o sujeito a quem o ato de 
constrição aproveita, assim como o será seu adversário no processo principal quando for sua a 
indicação do bem para a constrição judicial. (Art. 677) 
 A decisão que reconhecer suficientemente provado o domínio ou a posse determinará a 
suspensão das medidas constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos embargos, bem como a 
manutenção ou a reintegração provisória da posse, se o embargante a houver requerido. O juiz 
poderá condicionar a ordem de manutenção ou de reintegração provisória de posse à prestação 
de caução pelo requerente, ressalvada a impossibilidade da parte economicamente 
hipossuficiente. (Art. 678) 
 Os embargos poderão ser contestados no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual se 
seguirá o procedimento comum. (Art. 679) 
 E, acolhido o pedido inicial, o ato de constrição judicial indevida será cancelado, com o 
reconhecimento do domínio, da manutenção da posse ou da reintegração definitiva do bem ou 
do direito ao embargante. (Art. 681) 
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12.8. Desconsideração da Personalidade Jurídica 
Responsabilidade Do Sócio (Desconsideração) 
Adota-se a teoria do CDC, art. 28, para a possibilidade de desconsideração. 
 Sobre o procedimento: 
Art. 855-A da CLT. Aplica-se ao processo do trabalho o incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica previsto nos arts. 133 a 137 da Lei no 13.105, de 16 de março de 
2015 - Código de Processo Civil. 
§ 1o Da decisão interlocutória que acolher ou rejeitar o incidente: 
I - na fase de cognição, não cabe recurso de imediato, na forma do § 1o do art. 893 desta 
Consolidação; 
II - na fase de EXECUÇÃO, cabe AGRAVO DE PETIÇÃO, independentemente de garantia 
do juízo; 
III - cabe agravo interno se proferida pelo relator em incidente instaurado originariamente 
no tribunal. 
§ 2o A instauração do incidente suspenderá o processo, sem prejuízo de concessão da 
tutela de urgência de natureza cautelar de que trata o art. 301 da Lei no 13.105, de 16 de 
março de 2015 (Código de Processo Civil). 
12.9. Expropriação 
Conforme o Art. 888, concluída a avaliação, dentro de dez dias, contados da data da 
nomeação do avaliador, seguir-se-á a arrematação, que será anunciada por edital afixado na 
sede do juízo ou tribunal e publicado no jornal local, se houver, com a antecedênciade vinte (20) 
dias. 
A arrematação far-se-á em dia, hora e lugar anunciados e os bens serão vendidos pelo 
maior lance, tendo o exequente a preferência para a adjudicação (§1º). 
O arrematante deverá garantir o lance com o sinal correspondente a 20% (vinte por cento) 
do seu valor (§2º). 
Não havendo licitante, e não requerendo o exequente a adjudicação dos bens 
penhorados, poderão os mesmos ser vendidos por leiloeiro nomeado pelo Juiz ou Presidente 
(§3º). 
 Se o arrematante, ou seu fiador, não pagar dentro de 24 (vinte e quatro) horas o preço da 
arrematação, perderá, em benefício da execução, o sinal de que, voltando à praça os bens 
executados (§4º). 
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13. Procedimentos especiais 
13.1. Inquérito Judicial para apuração de falta grave
Trata-se de ação judicial proposta pelo empregador em face do empregado, prevista nos 
artigos 853 a 855 da Consolidação das Leis do Trabalho. É ação constitutiva (negativa) 
necessária para apuração de falta grave que autoriza a resolução do contrato de trabalho do 
empregado estável. 
Empregado estável + falta grave = inquérito. 
Conforme Art. 494 da CLT, o empregado acusado de falta grave poderá ser suspenso de 
suas funções, mas a sua despedida só se tornará efetiva após o inquérito e que se verifique a 
procedência da acusação. A suspensão, perdurará até a decisão final do processo. 
Reconhecida a inexistência de falta grave praticada pelo empregado, fica o empregador 
obrigado a readmiti-lo no serviço e a pagar-lhe os salários a que teria direito no período da 
suspensão (Art. 495). 
Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, dado o grau de 
incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente quando for o empregador pessoa física, 
o tribunal do trabalho poderá converter aquela obrigação em indenização devida nos termos do 
artigo seguinte (Art. 496). 
Art. 853. Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra empregado 
garantido com estabilidade, o empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou 
Juízo de Direito, DENTRO DE 30 (TRINTA) DIAS, contados da data da suspensão do 
empregado. 
Lembrado que: 
Art. 482. Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: 
a) ato de improbidade; 
b) incontinência de conduta ou mau procedimento; 
c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e 
quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for 
prejudicial ao serviço; 
d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido 
suspensão da execução da pena; 
e) desídia no desempenho das respectivas funções; 
f) embriaguez habitual ou em serviço; 
g) violação de segredo da empresa; 
h) ato de indisciplina ou de insubordinação; 
i) abandono de emprego; 
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j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou 
ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de 
outrem; 
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador 
e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; 
l) prática constante de jogos de azar. 
m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da 
profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado. 
Súmula nº 379 do TST: O dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta 
grave mediante a apuração em inquérito judicial, inteligência dos arts. 494 e 543, §3º, da 
CLT. 
 
Efeitos da sentença: 
a) Se procedente o inquérito: a ação tem natureza constitutiva, autorizando a dispensa 
por justa causa. Se houver suspensão prévia do obreiro, a extinção do contrato é 
considerada a partir da data da interposição do inquérito. 
b) Se improcedente o inquérito: inexistindo suspensão, o contrato permanece íntegro, 
como se nada tivesse ocorrido. Se houver suspensão, deverá o obreiro ser 
reintegrado, pagando-se os salários do período e demais direitos trabalhistas, como já 
asseveramos acima. Se desaconselhável a reintegração, a obrigação poderá ser 
convertida em indenização, nos termos do artigo 496 da Consolidação das Leis do 
Trabalho. 
Lembre-se que será permitido a cada parte trazer para audiência 6 testemunhas. 
13.2. Mandado de Segurança 
O mandado de segurança é o meio impugnativo constitucional para a proteção de direito 
individual, próprio, líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data. Ele pode 
se impetrado tanto por pessoa física quanto jurídica. 
Art. 5º CF - LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e 
certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela 
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no 
exercício de atribuições do Poder Público; 
Art. 23. Lei 12.016/2009 - O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á 
decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato 
impugnado. 
Quando ataca ato de juiz de primeiro grau, a competência originária é do respectivo TRT, 
se o ato é do desembargador do TRT, ao colegiado desta caberá a apreciação e ser interposto 
contra ato de Ministro do TST, ao colegiado deste caberá a sua apreciação. 
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Para a impetração do Mandado de Segurança há um prazo de cento e vinte dias, 
contados da data em que o interessado tiver conhecimento oficial do ato arbitrário. 
Atenção com as súmulas sobre Mandado de Segurança: 
Súmula nº 33 do TST: Não cabe mandado de segurança de decisão judicial transitada 
em julgado. 
OJ nº 99 SBDI 2: Esgotadas as vias recursais existentes, não cabe mandado de 
segurança. 
OJ nº 140 SBDI 2: Não cabe mandado de segurança para impugnar despacho que 
acolheu ou indeferiu liminar em outro mandado de segurança. 
OJ nº 92 SBDI 2: Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial passível de 
reforma mediante recurso próprio, ainda que com efeito diferido. 
Súmula nº 417 do TST: I - Não fere direito líquido e certo do impetrante o ato judicial que 
determina penhora em dinheiro do executado para garantir crédito exequendo, pois é prioritária 
e obedece à gradação prevista no art. 835 do CPC de 2015. 
II - Havendo discordância do credor, em execução definitiva, não tem o executado direito 
líquido e certo a que os valores penhorados em dinheiro fiquem depositados no próprio banco, 
ainda que atenda aos requisitos do art. 840, I, do CPC de 2015. 
OJ nº 65 SBDI2: Ressalvada a hipótese do art. 494 da CLT, não fere direito líquido e certo 
a determinação liminar de reintegração no emprego de dirigente sindical, em face da previsão 
do inciso X do art. 659 da CLT. 
OJ nº 67 SBDI2: Não fere direito líquido e certo a concessão de liminar obstativa de 
transferência de empregado, em face da previsão do inciso IX do art. 659 da CLT. 
OJ nº 54 SBDI2: Ajuizados embargos de terceiro (art. 674 do CPC de 2015) para pleitear 
a desconstituição da penhora, é incabível mandado de segurança com a mesma finalidade. 
OJ nº 88 SBDI2: Incabível a impetração de mandado de segurança contra ato judicial que, 
de ofício, arbitrou novo valor à causa, acarretando a majoração das custas processuais, uma vez 
que cabia à parte, após recolher as custas, calculadas com base no valor dado à causa na inicial, 
interpor recurso ordinário e, posteriormente, agravo de instrumento no caso de o recurso ser 
considerado deserto. 
OJ nº 137 SBDI2: Constitui direito líquido e certo do empregador a suspensão do 
empregado, ainda que detentor de estabilidade sindical, até a decisão final do inquérito em que 
se apure a falta grave a ele imputada, na forma doart. 494, "caput" e parágrafo único, da CLT. 
OJ nº 142 SBDI2: Inexiste direito líquido e certo a ser oposto contra ato de Juiz que, 
antecipando a tutela jurisdicional, determina a reintegração do empregado até a decisão final do 
processo, quando demonstrada a razoabilidade do direito subjetivo material, como nos casos de 
anistiado pela Lei nº 8.878/1994, aposentado, integrante de comissão de fábrica, dirigente 
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sindical, portador de doença profissional, portador de vírus HIV ou detentor de estabilidade 
provisória prevista em norma coletiva. 
Súmula nº 418 do TST: A homologação de acordo constitui faculdade do juiz, inexistindo 
direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança. 
Súmula nº 414 do TST: I – A tutela provisória concedida na sentença não comporta 
impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. 
É admissível a obtenção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento 
dirigido ao tribunal, ao relator ou ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, por 
aplicação subsidiária ao processo do trabalho do artigo 1.029, § 5º, do CPC de 2015. 
II – No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da 
sentença, cabe mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio. 
III – A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto do mandado 
de segurança que impugnava a concessão ou o indeferimento da tutela provisória. 
OJ nº 98 SBDI2: É ilegal a exigência de depósito prévio para custeio dos honorários 
periciais, dada a incompatibilidade com o processo do trabalho, sendo cabível o mandado de 
segurança visando à realização da perícia, independentemente do depósito. 
13.3. Ação rescisória 
A ação rescisória cabe nas hipóteses previstas pelo artigo 966 do Código de Processo 
Civil, pois o art. 836 da CLT direciona para o procedimento comum, apenas referindo que o 
depósito prévio será de 20%. 
Art. 836. É vedado aos órgãos da Justiça do Trabalho conhecer de questões já decididas, 
excetuados os casos expressamente previstos neste Título e a ação rescisória, que será 
admitida na forma do disposto no Capítulo IV do Título IX da Lei no 5.869, de 11 de janeiro 
de 1973 – Código de Processo Civil, sujeita ao depósito prévio de 20% (vinte por cento) 
do valor da causa, salvo prova de miserabilidade jurídica do autor. 
Sobre as hipóteses de cabimento, utiliza-se o CPC - art. 966, CPC: 
I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; 
II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente; 
III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, 
ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; 
IV - ofender a coisa julgada; 
V - violar manifestamente norma jurídica; 
VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha 
a ser demonstrada na própria ação rescisória; 
VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência 
ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento 
favorável; 
VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos. 
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Fique atento também ao que dispõe a Súmula nº 100 do TST, sobre o prazo decadencial: 
O prazo de decadência, na ação rescisória, conta-se do dia imediatamente subsequente ao 
trânsito em julgado da última decisão proferida na causa, seja de mérito ou não. O acordo 
homologado judicialmente tem força de decisão irrecorrível, na forma do art. 831 da CLT. Assim 
sendo, o termo conciliatório transita em julgado na data da sua homologação judicial. 
Prorroga-se até o primeiro dia útil, imediatamente subsequente, o prazo decadencial para 
ajuizamento de ação rescisória quando expira em férias forenses, feriados, finais de semana ou 
em dia em que não houver expediente forense. Aplicação do art. 775 da CLT. 
A Súmula nº 299 do TST, por sua vez, trata da prova do trânsito em julgado, referindo 
que: 
I – É indispensável ao processamento da ação rescisória a prova do trânsito em julgado 
da decisão rescindenda. 
II – Verificando o relator que a parte interessada não juntou à inicial o documento 
comprobatório, abrirá prazo de 15 (quinze) dias para que o faça (art. 321 do CPC de 2015), sob 
pena de indeferimento. 
III – A comprovação do trânsito em julgado da decisão rescindenda é pressuposto 
processual indispensável ao tempo do ajuizamento da ação rescisória. Eventual trânsito em 
julgado posterior ao ajuizamento da ação rescisória não reabilita a ação proposta, na medida em 
que o ordenamento jurídico não contempla a ação rescisória preventiva. 
IV – O pretenso vício de intimação, posterior à decisão que se pretende rescindir, se 
efetivamente ocorrido, não permite a formação da coisa julgada material. Assim, a ação 
rescisória deve ser julgada extinta, sem julgamento do mérito, por carência de ação, por inexistir 
decisão transitada em julgado a ser rescindida. 
Art. 975 CPC. O direito de propor ação rescisória se extingue em 2 (dois) anos, contados 
do trânsito em julgado da decisão. 
13.4. Ação de consignação 
Trata-se de ação prevista no CPC (ART. 539 e ss), mas que também tem utilidade no 
processo do trabalho quando: havendo recursa do trabalhador em receber o importe de suas 
verbas rescisórias ou dúvida sobre quem deva legitimamente receber pagamento de crédito ou 
indenização trabalhista ou contribuição sindical, poderá o empregador requerer o depósito da 
quantia correspondente, com a consequente extinção da obrigação, mediante ação de 
consignação em pagamento. 
Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de 
pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida. 
Requerer-se-á a consignação no lugar do pagamento, cessando para o devedor, à data 
do depósito, os juros e os riscos, salvo se a demanda for julgada improcedente. (Art. 540) 
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Tratando-se de prestações sucessivas, consignada uma delas, pode o devedor continuar 
a depositar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo, desde 
que o faça em até 5 (cinco) dias contados da data do respectivo vencimento. (Art. 541) 
Conforme Art. 542, na petição inicial, o autor requererá: 
I - o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias 
contados do deferimento; 
II - a citação do réu para levantar o depósito ou oferecer contestação. 
Não realizado o depósito no prazo, o processo será extinto sem resolução do mérito (§ 
único). 
Se o objeto da prestação for coisa indeterminada e a escolha couber ao credor, será este 
citado para exercer o direito dentro de 5 (cinco) dias, se outro prazo não constar de lei ou do 
contrato, ou para aceitar que o devedor a faça, devendo o juiz, ao despachar a petição inicial, 
fixar lugar, dia e hora em que se fará a entrega, sob pena de depósito (Art. 543). 
Na contestação, conforme Art. 544, o réu poderá alegar que: 
I - não houve recusa ou mora em receber a quantia ou a coisa devida; 
II - foi justa a recusa; 
III - o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento; 
IV - o depósito não é integral (a alegação somente será admissível se o réu indicar o 
montante que entende devido). 
Alegada a insuficiência do depósito, é lícito ao autor completá-lo, em 10 (dez) dias, salvo 
se corresponder a prestação cujo inadimplemento acarrete a rescisão do contrato (Art. 545). 
A sentença que concluir pela insuficiência do depósito determinará, sempre que possível, 
o montante devido e valerá como título executivo, facultado ao credor promover-lhe o 
cumprimento nos mesmos autos, após liquidação, se necessária. 
Julgadoprocedente o pedido, o juiz declarará extinta a obrigação e condenará o réu ao 
pagamento de custas e honorários advocatícios. (Art. 546) 
Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o pagamento, o autor 
requererá o depósito e a citação dos possíveis titulares do crédito para provarem o seu direito. 
(Art. 547). Nesse caso,não comparecendo pretendente algum, converter-se-á o depósito em 
arrecadação de coisas vagas; comparecendo apenas um, o juiz decidirá de plano; 
comparecendo mais de um, o juiz declarará efetuado o depósito e extinta a obrigação, 
continuando o processo a correr unicamente entre os presuntivos credores, observado o 
procedimento comum. (Art. 548) 
13.5. Ação monitória 
A ação monitória é prevista no CPC: 
Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova 
escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz: 
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Processo do Trabalho 
50 
I - o pagamento de quantia em dinheiro; 
II - a entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel; 
III - o adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer. 
13.6. Dissídio Coletivo 
É o conflito resultante a infrutífera negociação havida entre os sindicatos patronais e dos 
trabalhadores. 
É interposto no TRT se a discussão for a âmbito regional ou estadual e no TST se a 
discussão for a âmbito nacional. 
São requisitos para a interposição dos Dissídios Coletivos: 
a) Frustação da Negociação Coletiva: Não chegando as partes a um consenso quando 
ao conteúdo de eventual acordo ou convenção coletiva de coletiva de trabalho. 
b) Comum acordo entre as partes: Dispõem o art. 114, §2º, da CF que, “recusando-se 
qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado, de comum 
acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do 
Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao 
trabalho, bem como as convencionadas anteriormente”. 
Art. 114 CF: 
§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. 
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é 
facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza 
econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições 
mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas 
anteriormente. 
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do 
interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, 
competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. 
RITST: Art. 241: Os dissídios coletivos podem ser: 
I - de natureza econômica, para a instituição de normas e condições de trabalho; 
II – de natureza jurídica, para interpretação de cláusulas de sentenças normativas, de 
instrumentos de negociação coletiva, acordos e convenções coletivas, de disposições 
legais particulares de categoria profissional ou econômica e de atos normativos; 
III - originários, quando inexistentes ou em vigor normas e condições especiais de trabalho, 
decretadas em sentença normativa; 
IV - de revisão, quando destinados a reavaliar normas e condições coletivas de trabalho 
preexistentes que se tornarem injustas ou ineficazes pela modificação das circunstâncias 
que as ditaram; 
V - de declaração sobre a paralisação do trabalho decorrente de greve. 
 Na CLT encontramos que: 
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Processo do Trabalho 
51 
A instância será instaurada mediante representação escrita ao Presidente do Tribunal. 
Poderá ser também instaurada por iniciativa do presidente, ou, ainda, a requerimento da 
Procuradoria da Justiça do Trabalho, sempre que ocorrer suspensão do trabalho. (Art. 856) 
A representação para instaurar a instância em dissídio coletivo constitui prerrogativa 
das associações sindicais, excluídas as hipóteses aludidas no art. 856, quando ocorrer 
suspensão do trabalho. Quando não houver sindicato representativo da categoria econômica ou 
profissional, poderá a representação ser instaurada pelas federações correspondentes e, na falta 
destas, pelas confederações respectivas, no âmbito de sua representação. (Art. 857) 
A representação será apresentada em tantas vias quantos forem os reclamados e deverá 
conter: designação e qualificação dos reclamantes e dos reclamados e a natureza do 
estabelecimento ou do serviço; os motivos do dissídio e as bases da conciliação. (Art. 858) 
A representação dos sindicatos para instauração da instância fica subordinada à 
aprovação de assembleia, da qual participem os associados interessados na solução do 
dissídio coletivo, em primeira convocação, por maioria de 2/3 (dois terços) dos mesmos, ou, em 
segunda convocação, por 2/3 (dois terços) dos presentes. (Art. 859) 
Recebida e protocolada a representação, e estando na devida forma, o Presidente do 
Tribunal designará a audiência de conciliação, dentro do prazo de 10 (dez) dias, determinando 
a notificação dos dissidentes.Quando a instância for instaurada exofficio, a audiência deverá ser 
realizada dentro do prazo mais breve possível, após o reconhecimento do dissídio. (Art. 860) 
É facultado ao empregador fazer-se representar na audiência pelo gerente, ou por 
qualquer outro preposto que tenha conhecimento do dissídio, e por cujas declarações será 
sempre responsável. (Art. 861) 
 Na audiência designada, comparecendo ambas as partes ou seus representantes, o 
Presidente do Tribunal as convidará para se pronunciarem sobre as bases da conciliação. Caso 
não sejam aceitas as bases propostas, o Presidente submeterá aos interessados a solução que 
lhe pareça capaz de resolver o dissídio. (Art. 862) 
Havendo acordo, o Presidente o submeterá à homologação do Tribunal na primeira 
sessão. (Art. 863) 
Não havendo acordo, ou não comparecendo ambas as partes ou uma delas, o presidente 
submeterá o processo a julgamento, depois de realizadas as diligências que entender 
necessárias e ouvida a Procuradoria. (Art. 864) 
Quando o dissídio ocorrer fora da sede do Tribunal, poderá o presidente, se julgar 
conveniente, delegar à autoridade local as atribuições de que tratam os arts. 860 e 862. Nesse 
caso, não havendo conciliação, a autoridade delegada encaminhará o processo ao Tribunal, 
fazendo exposição circunstanciada dos fatos e indicando a solução que lhe parecer conveniente. 
(Art. 866) 
Da decisão do Tribunal serão notificadas as partes, ou seus representantes, em registrado 
postal, com franquia, fazendo-se, outrossim, a sua publicação no jornal oficial, para ciência dos 
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Processo do Trabalho 
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demais interessados.- A sentença normativa vigorará: a partir da data de sua publicação, quando 
ajuizado o dissídio após o prazo do art. 616, § 3º, ou, quando não existir acordo, convenção ou 
sentença normativa em vigor, da data do ajuizamento; a partir do dia imediato ao termo final de 
vigência do acordo, convenção ou sentença normativa, quando ajuizado o dissídio no prazo 
do art. 616, § 3º. (Art. 867) 
Em caso de dissídio coletivo que tenha por motivo novas condições de trabalho e no qual 
figure como parte apenas uma fração de empregados de uma empresa, poderá o Tribunal 
competente, na própria decisão, estender tais condições de trabalho, se julgar justo e 
conveniente, aos demais empregados da empresa que forem da mesma profissão dos 
dissidentes. O Tribunal fixará a data em que a decisão deve entrar em execução, bem como o 
prazo de sua vigência, o qual não poderá ser superior a 4 (quatro) anos. (Art. 868) 
A decisão sobre novas condições de trabalho poderá também ser estendida a todos os 
empregados da mesma categoria profissional compreendida na jurisdição do Tribunal: a) por 
solicitação de 1 (um) ou mais empregadores, ou de qualquer sindicato destes; b) por solicitação 
de 1 (um) ou mais sindicatos de empregados;c) exofficio, pelo Tribunal que houver proferido a 
decisão; d) por solicitação da Procuradoria da Justiça do Trabalho. (Art. 869) 
Celebrado o acordo, ou transitada em julgado a decisão, seguir-se-á o seu cumprimento. 
(Art. 872) 
Decorrido mais de 1 (um) ano de sua vigência, caberá revisão das decisões que fixarem 
condições de trabalho, quando se tiverem modificado as circunstâncias que as ditaram, de modo 
que tais condições se hajam tornado injustas ou inaplicáveis. (Art. 873) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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53II - O não-fornecimento pelo 
empregador da guia necessária para o recebimento do seguro-desemprego dá origem 
ao direito à indenização. 
• Súmula nº 300 do TST: Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações 
ajuizadas por empregados em face de empregadores relativas ao cadastramento no 
Programa de Integração Social (PIS). 
• Súmula nº 189 do TST: A Justiça do Trabalho é competente para declarar a 
abusividade, ou não, da greve. 
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que cabe à Justiça Comum julgar 
processos decorrentes de contrato de previdência complementar privada. A decisão ocorreu 
nos Recursos Extraordinários (REs) 5864531 e 5830502. A matéria teve repercussão geral 
reconhecida e, portanto, passa a valer para todos os processos semelhantes que tramitam nas 
diversas instâncias do Poder Judiciário. 
O Supremo Tribunal Federal (STF), na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 53263, 
entendeu que a competência é da Justiça comum para a autorização de trabalho de menor, 
pois o legislador, no ECA, determinou que o juiz da Infância e da Juventude fosse a autoridade 
judiciária responsável pelos processos de tutela integral dos menores. 
2. Competência territorial e acordos extrajudiciais 
A competência territorial é disciplinada pelo art. 651 da CLT. 
Art. 651 CLT. A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela 
localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao 
empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. 
 
STF - RE: 586453 SE, Relator: ELLEN GRACIE, Data de Julgamento: 20/02/2013, Tribunal Pleno, Data de 
Publicação: 06/06/2013
(STF - RE: 583050 RS, Relator: Min. CEZAR PELUSO, Data de Julgamento: 20/02/2013, Tribunal Pleno, Data 
de Publicação: DJe-109 DIVULG 10-06-2013 PUBLIC 11-06-2013 EMENT VOL-02694-01 PP-00001)
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Logo: Assim a regra é que a ação seja ajuizada no LOCAL DA PRESTAÇÃO DOS 
SERVIÇOS. 
Quando, porém, for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da 
Vara da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja 
subordinado e, na falta, será competente a da localização em que o empregado tenha domicílio 
ou a localidade mais próxima. 
Ademais, a competência das Varas estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial 
no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional 
dispondo em contrário. 
Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do 
contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração 
do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. 
2.1. Acordo extrajudicial 
Empregado e empregador podem fazer um acordo extrajudicial e levar para homologação, 
mas, nesse caso DEVEM CONSTITUIR ADVOGADO. 
O processo de jurisdição voluntária para homologação de acordo extrajudicial está 
previsto na CLT, onde consta que: 
Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição 
conjunta, SENDO OBRIGATÓRIA A REPRESENTAÇÃO DAS PARTES POR 
ADVOGADO. 
§ 1º As partes NÃO PODERÃO SER REPRESENTADAS POR ADVOGADO COMUM. 
§ 2º Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de sua categoria. 
Essa possibilidade de acordo não prejudica o prazo estabelecido no § 6º do art. 477 desta 
Consolidação e não afasta a aplicação da multa prevista no § 8º art. 477 desta Consolidação, ou 
seja, o prazo para pagamento das verbas rescisórias deve ser observado, sob pena de aplicação 
de multa. 
Ainda, conforme art. 855-D da CLT, no prazo de quinze dias a contar da distribuição da 
petição, o juiz analisará o acordo, designará audiência se entender necessário e proferirá 
sentença. Da sentença que não homologar o acordo cabe Recurso Ordinário. 
Por fim, o art. 855-E da CLT refere que a petição de homologação de acordo extrajudicial 
suspende o prazo prescricional da ação quanto aos direitos nela especificados. O prazo 
prescricional voltará a fluir no dia útil seguinte ao do trânsito em julgado da decisão que negar a 
homologação do acordo. 
 
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3. Fontes e aplicabilidade do CPC 
3.1. Fontes 
São fontes do Direito Processual do Trabalho: 
a) Lei: Constituição Federal, Leis Processuais Trabalhistas, Código de Processo Civil e 
Leis Processuais Civis 
b) Regimentos Internos dos Tribunais 
c) Costume 
d) Princípios 
e) Jurisprudência 
f) Equidade 
g) Doutrina 
Conforme o Art. 8º da CLT, as autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na 
falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por 
analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito 
do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de 
maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. 
Mas, o §2º refere que súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo 
Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir 
direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei. E, o §3º no 
exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará 
exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o 
disposto no art. 104 da Lei no10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua 
atuação pelo princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva. 
3.2. Aplicabilidade do CPC 
Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito 
processual do trabalho, EXCETO NAQUILO EM QUE FOR INCOMPATÍVEL com as normas 
processuais trabalhistas (Art. 769 DA CLT). 
 
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4. Partes, procuradores e justiça gratuita
4.1. Jus Postulandi 
 
O jus postulandi tem sua previsão no art. 791 da CLT e encontra seus limites na súmula 
425 do TST. 
Art. 791. Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a 
Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. 
 
Súmula n. 425 do TST: O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, 
limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, NÃO ALCANÇANDO a 
ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do 
Tribunal Superior do Trabalho.
4.2. Partes e procuradores 
Sobre as partes e procuradores fique atento para: 
a) A reclamação do menor de 18 anos = representação: A reclamação trabalhista do 
menor de 18 anos será feita por seus representantes legais e, na falta destes, pela 
Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual 
ou curador nomeado em juízo. (Art. 793, CLT) 
 
b) Não aplicação do prazo em dobro para litisconsortes: Inaplicável ao processo do 
trabalho a norma contida no art. 229, caput e §§ 1º e 2º, do CPC de 2015, em razão 
de incompatibilidade com a celeridade que lhe é inerente. (OJ 310 SDI-1) 
 
c) Necessidade de procuração para interpor recurso: 
I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos 
até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (art. 
104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de intimação, 
exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do recurso, 
prorrogável por igual período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-
se ineficaz o ato praticado e não se conhece do recurso. 
II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, em 
procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o órgão 
competente para julgamentodo recurso designará prazo de 5 (cinco) dias para que 
seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do recurso, 
se a providência couber ao recorrente, ou determinará o desentranhamento das 
contrarrazões, se a providência couber ao recorrido (art. 76, § 2º, do CPC de 2015). 
(Súmula nº 383 do TST)
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4.3. Honorários de sucumbência 
O advogado da parte vencedora terá direito ao recebimento de honorários de 
sucumbência. Conforme Art. 791-A da CLT, ao advogado, ainda que atue em causa própria, 
serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o 
máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do 
proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. 
 
Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de 
sucumbência, fixados entre o MÍNIMO DE 5% (cinco por cento) e o MÁXIMO DE 15% 
(quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito 
econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. 
 
Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda Pública e nas ações em 
que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria. 
Ao fixar os honorários, o juízo observará: 
I - o grau de zelo do profissional; 
II - o lugar de prestação do serviço; 
III - a natureza e a importância da causa; 
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. 
Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência 
recíproca, VEDADA a compensação entre os honorários (§3º do art. 791-A da CLT). 
Vencido o beneficiário da justiça gratuita, dizia o artigo que, desde que não tenha obtido 
em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações 
decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente 
poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que 
as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos 
que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações 
do beneficiário. Porém, o STF declarou inconstitucional essa previsão – ADI 57664. 
E, finalmente, são devidos honorários de sucumbência na reconvenção. 
4.4. Justiça gratuita 
O artigo Art. 790 da CLT estabelece os requisitos para a concessão do benefício da 
gratuidade da justiça. 
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§ 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de 
qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, 
inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que PERCEBEREM SALÁRIO IGUAL 
OU INFERIOR A 40% (QUARENTA POR CENTO) DO LIMITE MÁXIMO DOS 
BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL. 
§ 4º O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de 
recursos para o pagamento das custas do processo. 
 
Ademais, conforme entendimento consolidado do TST o benefício pode ser requerido a 
qualquer tempo e grau de jurisdição, desde que, na fase recursal, seja o requerimento formulado 
no prazo alusivo ao recurso. Indeferido o requerimento de justiça gratuita formulado na fase 
recursal, cumpre ao relator fixar prazo para que o recorrente efetue o preparo (art. 99, § 7º, do 
CPC de 2015). (OJ 269 da SDI-I do TST) 
5. Atos processuais, nulidades e prazos
5.1. Atos e prazos processuais 
 Sobre os atos processuais a CLT dispõe que: os atos processuais serão públicos salvo 
quando o contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 
20 (vinte) horas. Mas a penhora poderá realizar-se em domingo ou dia feriado, mediante 
autorização expressa do juiz ou presidente. (Art. 770 da CLT) 
 Os prazos são disciplinados pelo art. 774 e ss da CLT, mencionando que: 
Art. 774. Salvo disposição em contrário, os prazos previstos neste Título contam-se, 
conforme o caso, a partir da data em que for feita pessoalmente, ou recebida a notificação, 
daquela em que for publicado o edital no jornal oficial ou no que publicar o expediente da 
Justiça do Trabalho, ou, ainda, daquela em que for afixado o edital na sede da Junta, Juízo 
ou Tribunal. 
Tratando-se de notificação postal, no caso de não ser encontrado o destinatário ou no de 
recusa de recebimento, o Correio ficará obrigado, sob pena de responsabilidade do servidor, a 
devolvê-la, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal de origem. 
É muito importante saber que os prazos processuais são contados em dias úteis no 
processo do trabalho. 
Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em DIAS ÚTEIS, com 
exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento. 
§ 1º Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente necessário, nas 
seguintes hipóteses: 
I - quando o juízo entender necessário; 
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Processo do Trabalho 
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II - em virtude de força maior, devidamente comprovada. 
§ 2º Ao juízo incumbe dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos 
meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior 
efetividade à tutela do direito. 
 Ademais, fique atento aos entendimentos do TST: 
Súmula nº 1 do TST: Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com 
efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial será contado da segunda-feira imediata, 
inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que fluirá no dia útil que se seguir. 
Súmula nº 385 do TST: 
I – Incumbe à parte o ônus de provar, quando da interposição do recurso, a existência de 
feriado local que autorize a prorrogação do prazo recursal (art. 1.003, § 6º, do CPC de 2015). No 
caso de o recorrente alegar a existência de feriado local e não o comprovar no momento da 
interposição do recurso, cumpre ao relator conceder o prazo de 5 (cinco) dias para que seja 
sanado o vício (art. 932, parágrafo único, do CPC de 2015), sob pena de não conhecimento se 
da comprovação depender a tempestividade recursal; 
II – Na hipótese de feriado forense, incumbirá à autoridade que proferir a decisão de 
admissibilidade certificar o expediente nos autos; 
III – Admite-se a reconsideração da análise da tempestividade do recurso, mediante prova 
documental superveniente, em agravo de instrumento, agravo interno, agravo regimental, ou 
embargos de declaração, desde que, em momento anterior, não tenha havido a concessão de 
prazo para a comprovação da ausência de expediente forense. 
Súmula nº 262 do TST (prazo judicial): 
I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil 
imediato e a contagem, no subsequente. 
II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho 
suspendem os prazos recursais. 
 Os prazos processuais podem ser suspensos e interrompidos. Cuide para não confundir: 
1. Suspensão: a contagem é paralisada e retoma de onde parou. Exemplo: férias 
forenses. 
2. Interrupção: a contagem é inutilizada e recomeça-se a contagem do início. Exemplo: 
Embargos de Declaração. 
Também é importante lembrar do DECRETO 779/1969, que refere: 
Art. 1º Nos processos perante a Justiça do Trabalho, constituem privilégio da União, dos 
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das autarquias ou fundações de direito 
público federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica: 
II - o quádruplo do prazo fixado no artigo 841, "in fine", da Consolidação das Leis do 
Trabalho; 
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12 
III - o prazo em dobro para recurso. 
5.2. Nulidades 
 A nulidade absolutaé imposta quando determinado ato fere norma fundamentada no 
interesse público, de ordem pública absoluta. As partes não têm o poder de dispor em relação 
a um interesse público e, se assim o fizerem, restará configurada a nulidade absoluta, ou 
seja, mesmo estando às partes de acordo com o ato praticado, versando este sobre norma de 
interesse público, de ordem pública absoluta, estará presente tal nulidade. Esta nulidade 
compromete todo o processo. 
 Já a nulidade relativa representa um vício sanável, posto que decorre da ofensa ao 
interesse da parte, isto é, quando a norma desrespeitada tiver por base o interesse da parte e 
não o público. Sendo assim, esta nulidade desaparecerá se a parte interessada sanar o vício 
que a determina. 
 Na CLT encontramos que: 
Art. 794. Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade 
quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes. 
Conforme art. 795 da CLT, as nulidades não serão declaradas senão mediante 
provocação das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de falar em 
audiência ou nos autos. 
Deverá, entretanto, ser declarada de ofício a nulidade fundada em incompetência de foro. 
Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios. 
E, o juiz ou Tribunal que se julgar incompetente determinará, na mesma ocasião, que se 
faça remessa do processo, com urgência, à autoridade competente, fundamentando sua 
decisão. 
Ainda: 
Art. 796. A nulidade NÃO SERÁ PRONUNCIADA: 
a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato; 
b) quando arguida por quem lhe tiver dado causa. 
 
Art. 797. O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se 
estende. 
 
Art. 798. A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou 
sejam consequência. 
E, o TST já consolidou entendimento no sentido de que: 
Súmula nº 427 do TST: Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações 
sejam realizadas exclusivamente em nome de determinado advogado, a comunicação em nome 
de outro profissional constituído nos autos é nula, salvo se constatada a inexistência de prejuízo. 
 
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13 
6. Procedimentos
6.1. Procedimento sumaríssimo 
O procedimento sumaríssimo é o mais cobrado em prova. Encontra-se previsto na CLT a 
partir do art. 852-A. 
Art. 852-A. Os dissídios individuais cujo valor NÃO EXCEDA A QUARENTA VEZES O 
SALÁRIO-MÍNIMO vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao 
procedimento sumaríssimo. 
Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é 
parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional. 
 Assim: NÃO PODE ser parte órgão da administração pública direta, autárquica ou 
fundacional (portanto as empresas públicas e sociedades de economia mista podem figurar 
como parte). 
Ademais, conforme art. 852-B, nas reclamações enquadradas no procedimento 
sumaríssimo: 
Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: 
I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente; 
II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e 
endereço do reclamado; 
III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu 
ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o 
movimento judiciário da Junta de Conciliação e Julgamento. 
§1º O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste artigo 
importará no arquivamento da reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre 
o valor da causa. 
§2º As partes e advogados comunicarão ao juízo as mudanças de endereço ocorridas no 
curso do processo, reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente 
indicado, na ausência de comunicação. 
Art. 852–C. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em 
AUDIÊNCIA ÚNICA, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser 
convocado para atuar simultaneamente com o titular. 
Art. 852-D. O juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem 
produzidas, considerado o ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou excluir as 
que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias, bem como para apreciá-las e 
dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica. 
Art. 852-E. Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as vantagens 
da conciliação e usará os meios adequados de persuasão para a solução conciliatória do 
litígio, em qualquer fase da audiência. 
Art. 852-F. Na ata de audiência serão registrados resumidamente os atos essenciais, as 
afirmações fundamentais das partes e as informações úteis à solução da causa trazidas 
pela prova testemunhal. 
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Art. 852-G. Serão decididos, de plano, todos os incidentes e exceções que possam 
interferir no prosseguimento da audiência e do processo. As demais questões serão 
decididas na sentença. 
Muita atenção: 
Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, 
ainda que não requeridas previamente. 
§ 1º Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á 
imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta 
impossibilidade, a critério do juiz. 
§ 2º AS TESTEMUNHAS, ATÉ O MÁXIMO DE DUAS PARA CADA PARTE, comparecerão 
à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação. 
§ 3º Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar 
de comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua 
imediata condução coercitiva. 
§ 4º Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, será deferida 
prova técnica, incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e nomear 
perito. 
§ 6º As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo, no prazo comum de cinco 
dias. 
§ 7º Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo dar-se-ão 
no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante justificado nos autos pelo juiz da 
causa. 
6.2. Procedimento sumário 
O procedimento sumário é o procedimento adotado para as demandas de ATÉ 2 
SALÁRIOS-MÍNIMOS. Também conhecido como rito de alçada, é previsto na Lei 5.584/1970. 
 Nesse procedimento, não há possibilidade de recurso, salvo se versar sobre matéria 
constitucional. 
6.3. Procedimento ordinário 
 O procedimento ordinário é adotado para as demandas que ultrapassam 40 salários-
mínimos ou que por algum outro motivo não podem tramitar por outro procedimento. 
6.4. Procedimentos especiais 
 Os procedimentos especiais são adotados para Inquérito Judicial, Ação Rescisória, 
Mandado de Segurança, Ação de Consignação em pagamento, Ação de Exigir Contas, Ação 
Cominatória, Ações Possessórias, Habilitação Incidente, Restauração de autos, Habeas Corpus, 
Ações relativas às prestações de fazer ou não fazer, entre outros. 
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7. Reclamação trabalhista e defesa do réu
7.1. Reclamação Trabalhista 
Conforme art. 840 CLT, a reclamação PODERÁ SER ESCRITA OU VERBAL. 
Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das 
partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, 
determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu 
representante (§1º). 
Atenção: Os pedidos que não atendam isso serão julgados extintos sem resolução do 
mérito (§3º). 
Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas e assinadas pelo 
escrivão ou secretário (§2º). 
Lembre que: Conforme art. 731 CLT, aquele que, tendo apresentado ao distribuidor 
reclamação verbal, não seapresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 786, à 
Junta ou Juízo para fazê-lo tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis) 
meses, do direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho. 
E, nos termos do Art. 732 CLT, na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante 
que, por 2 (duas) vezes seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 844. 
7.1.1 Distribuição 
O art. 841 da CLT dispõe que, recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou 
secretário, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, 
ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do julgamento, que 
será a primeira desimpedida, DEPOIS DE 5 (CINCO) DIAS. 
7.1.2 Reclamação Plúrima 
Prevista no art. 842 da CLT, a Reclamação plúrima consiste numa modalidade de 
litisconsórcio ativo. Sendo várias as reclamações e havendo IDENTIDADE DE MATÉRIA, 
poderão ser acumuladas num só processo, se se tratar de EMPREGADOS DA MESMA 
EMPRESA OU ESTABELECIMENTO. 
7.1.3 Desistência 
Conforme Art. 841, § 3º da CLT, oferecida a contestação, ainda que eletronicamente, o 
reclamante NÃO PODERÁ, SEM O CONSENTIMENTO DO RECLAMADO, desistir da ação. 
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7.2. Defesa do réu 
7.2.1. Contestação 
Prevista no art. 847 da CLT: 
Art. 847. Não havendo acordo, o reclamado terá VINTE MINUTOS para aduzir sua defesa, 
após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes. 
Parágrafo único. A parte poderá apresentar defesa escrita pelo sistema de processo 
judicial eletrônico ATÉ A AUDIÊNCIA. 
 Na contestação podem ser arguidas as seguintes preliminares, como as do art. 337 do 
CPC: inexistência ou nulidade da citação; incompetência absoluta (inciso II) ;inépcia da petição 
inicial (inciso IV); perempção (inciso V); litispendência (inciso VI); coisa julgada (inciso VII); 
conexão (inciso VIII); incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização 
(inciso IX); convenção de arbitragem (inciso X), etc. 
Também, pode ser alegada a prejudicial de prescrição. Sobre ela, lembre-se que a 
prescrição é contatada na forma disposta no artigo 11 da CLT: 
Art. 11. A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em 
CINCO ANOS para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de DOIS ANOS após a 
extinção do contrato de trabalho. 
§ 1º O disposto neste artigo não se aplica às ações que tenham por objeto anotações para 
fins de prova junto à Previdência Social. 
§ 2º Tratando-se de pretensão que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente 
de alteração ou descumprimento do pactuado, a prescrição é total, exceto quando o 
direito à parcela esteja também assegurado por preceito de lei. 
§ 3o A INTERRUPÇÃO da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação 
trabalhista, mesmo que em juízo incompetente, ainda que venha a ser extinta sem 
resolução do mérito, produzindo efeitos apenas em relação aos pedidos idênticos. 
Ou seja, do término do contrato a pessoa possui prazo de 2 anos para ajuizar a ação, e 
do ajuizamento pode buscar verbas retroativas até o limite de 5 anos. 
Súmula nº 308 do TST: 
I. Respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição da ação 
trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do 
ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao quinquênio da data da extinção do contrato. 
II. A norma constitucional que ampliou o prazo de prescrição da ação trabalhista para 5 
(cinco) anos é de aplicação imediata e não atinge pretensões já alcançadas pela prescrição 
bienal quando da promulgação da CF/1988. 
7.3. Exceções 
Conforme art. 799 da CLT, nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente 
podem ser opostas, com suspensão do feito, as exceções de suspeição ou incompetência. 
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§ 1º - As demais exceções serão alegadas como matéria de defesa. 
§ 2º - Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, 
se terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las 
novamente no recurso que couber da decisão final. 
7.3.1. Exceção de Incompetência 
Diz o art. 800 da CLT que, apresentada exceção de incompetência territorial no PRAZO 
DE CINCO DIAS A CONTAR DA NOTIFICAÇÃO, antes da audiência e em peça que sinalize a 
existência desta exceção, seguir-se-á o procedimento ali estabelecido, qual seja: 
1. Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a audiência até 
que se decida a exceção. (§1º) 
2. Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e, se 
existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo comum de cinco dias. (§2º) 
3. Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará audiência, 
garantindo o direito de o excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta 
precatória, no juízo que este houver indicado como competente. (§3º) 
4. Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo retomará seu curso, com 
a designação de audiência, a apresentação de defesa e a instrução processual perante 
o juízo competente. (§4º) 
7.3.2. Exceção de Suspeição 
Segundo o art. 801 da CLT, o juiz, presidente ou vogal, é obrigado a dar-se por suspeito, 
e pode ser recusado, por algum dos seguintes motivos, em relação à pessoa dos 
litigantes:inimizade pessoal;amizade íntima;parentesco por consanguinidade ou afinidade até o 
terceiro grau civil;interesse particular na causa. 
Parágrafo único - Se o recusante houver praticado algum ato pelo qual haja consentido 
na pessoa do juiz, não mais poderá alegar exceção de suspeição, salvo sobrevindo novo motivo. 
A suspeição não será também admitida, se do processo constar que o recusante deixou de 
alegá-la anteriormente, quando já a conhecia, ou que, depois de conhecida, aceitou o juiz 
recusado ou, finalmente, se procurou de propósito o motivo de que ela se originou. 
8. Reconvenção e audiência
8.1 Reconvenção 
Conforme o Art. 343 do CPC, aplicável ao processo do trabalho, NA CONTESTAÇÃO, É 
LÍCITO AO RÉU PROPOR RECONVENÇÃO para manifestar pretensão própria, conexa com a 
ação principal ou com o fundamento da defesa. 
§ 1º Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para 
apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias. 
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§ 2º A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu 
mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção. 
§ 3º A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro. 
§ 4º A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro. 
§ 5º Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de direito 
em face do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor, também 
na qualidade de substituto processual. § 6º O réu pode propor reconvenção 
independentemente de oferecer contestação. 
8.2. Audiência 
Nos termos do Art. 813 da CLT, as audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho serão 
públicas e realizar-se-ão na sede do Juízo ou Tribunal em dias úteis previamente fixados, entre 
8 (oito) e 18 (dezoito) horas, não podendo ultrapassar 5 (cinco) horas seguidas, salvo quando 
houver matéria urgente. Em casos especiais, poderá ser designado outro local para a realização 
das audiências, mediante edital afixado na sede do Juízo ou Tribunal, com a antecedência 
mínima de 24 (vinte e quatro) horas. 
Observe-se que, conforme a OJ 245 SDI-I, inexiste previsão legal tolerando atraso no 
horário de comparecimento da parte na audiência. E, consoante Art. 815 da CLT, à hora 
marcada, o juiz ou presidente declarará aberta a audiência, sendo feita pelo secretário ou 
escrivão a chamada das partes, testemunhase demais pessoas que devam comparecer. Se, 
ATÉ 15 (QUINZE) MINUTOS após a hora marcada, o juiz ou presidente não houver 
comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de registro 
das audiências. 
Um tema muito cobrado em prova diz respeito ao comparecimento das partes na 
audiência. Sobre a possibilidade de representação e substituição delas, muita atenção ao artigo 
abaixo: 
Art. 843. A audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, 
independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de 
Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão 
fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria. 
§1º É facultado ao empregador fazer-se SUBSTITUIR PELO GERENTE, OU QUALQUER 
OUTRO PREPOSTO que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o 
proponente. 
§2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for 
possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por 
OUTRO EMPREGADO que pertença à mesma profissão, ou pelo seu SINDICATO. 
§3º O preposto a que se refere o § 1º deste artigo NÃO precisa ser empregado da parte 
reclamada. 
Ademais, as consequências do não comparecimento, observe o artigo a seguir: 
Art. 844. O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o ARQUIVAMENTO 
DA RECLAMAÇÃO, e o não-comparecimento do reclamado importa REVELIA, ALÉM DE 
CONFISSÃO quanto à matéria de fato. 
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§1º Ocorrendo motivo relevante, poderá o juiz suspender o julgamento, designando nova 
audiência. 
§2º Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento das 
CUSTAS calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário da 
justiça gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu por 
motivo legalmente justificável. 
§3º O pagamento das custas a que se refere o § 2º é condição para a propositura de nova 
demanda. 
Já, a revelia não produz o efeito se: 
I - havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar a ação; 
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis; 
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere 
indispensável à prova do ato; 
IV - as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis ou estiverem 
em contradição com prova constante dos autos; 
§5o Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão aceitos a 
contestação e os documentos eventualmente apresentados. 
 E, conforme entendimento consolidado do TST: 
Súmula nº 9 do TST: A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após 
contestada a ação em audiência, não importa arquivamento do processo. 
Súmula nº 74 do TST (confissão): 
I – Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, 
não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. 
II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a 
confissão ficta (arts. 442 e 443, do CPC de 2015), não implicando cerceamento de defesa o 
indeferimento de provas posteriores. 
III- A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se aplica, 
não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o processo. 
Súmula nº 122 do TST: A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar 
defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida a 
revelia mediante a apresentação de atestado médico, que deverá declarar, expressamente, a 
impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da audiência. 
OJ 152 SDI-I: Pessoa jurídica de direito público sujeita-se à revelia prevista no artigo 844 
da CLT. 
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9. Provas
Lembre-se que, conforme art. 5º, LV da CF - aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com 
os meios e recursos a ela inerentes; 
9.1. Ônus da prova 
Sobre o ônus da prova, fique atento ao que dispõe o artigo 818 da CLT. 
Art. 818. O ônus da prova incumbe: 
I - ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito; 
II - ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito 
do reclamante. 
Conforme o artigo citado, em seu §1º, (§2º e §3º) nos casos previstos em lei ou diante de 
peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o 
encargo nos termos deste artigo ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, 
poderá o juízo atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão 
fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que 
lhe foi atribuído. 
A decisão deverá ser proferida antes da abertura da instrução e, a requerimento da parte, 
implicará o adiamento da audiência e possibilitará provar os fatos por qualquer meio em direito 
admitido. E, a decisão não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte 
seja impossível ou excessivamente difícil. (§2º e §3º) 
E, o TST já consolidou entendimento no seguinte sentido: 
Súmula nº 212 do TST: O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando 
negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da 
continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. 
Súmula nº 338 do TST: 
I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) - leia-se 20, empregados o 
registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada 
dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual 
pode ser elidida por prova em contrário. 
II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento 
normativo, pode ser elidida por prova em contrário. 
III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são 
inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa 
a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. 
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OJ 233 SDI – I: A decisão que defere horas extras com base em prova oral ou documental 
não ficará limitada ao tempo por ela abrangido, desde que o julgador fique convencido de que o 
procedimento questionado superou aquele período. 
Súmula nº 460 do TST: É do empregador o ônus de comprovar que o empregado não 
satisfaz os requisitos indispensáveis para a concessão do vale-transporte ou não pretenda fazer 
uso do benefício. 
Súmula nº 461 do TST: É do empregador o ônus da prova em relação à regularidade dos 
depósitos do FGTS, pois o pagamento é fato extintivo do direito do autor (art. 373, II, do CPC de 
2015). 
9.2. Depoimento pessoal 
Conforme o CPC, Art. 379, preservado o direito de não produzir prova contra si própria, 
incumbe à parte comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado. 
Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, podendo o presidente, 
exofficioou a requerimento de qualquer juiz temporário, interrogar os litigantes (Art. 
848). Ademais, as partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser 
reinquiridas, por seu intermédio, a requerimento dos vogais, das partes, seus representantes ou 
advogados (Art. 820). 
Mas, conforme o CPC: 
Art. 388. A parte não é obrigada a depor sobre fatos: 
I - criminosos ou torpes que lhe forem imputados; 
II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo; 
III - acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, de seu 
companheiro ou de parenteem grau sucessível; 
IV - que coloquem em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no inciso III. 
Parágrafo único. Esta disposição não se aplica às ações de estado e de família. 
9.3. Prova documental 
Devem ser produzidas no primeiro momento em que a parte se manifesta no processo, 
sob pena de preclusão do direito de produzir essa prova, salvo se comprovar que não tinha 
acesso à prova no momento da petição inicial ou contestação. 
Conforme art. 830 da CLT, o documento em cópia oferecido para prova poderá ser 
declarado autêntico pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal. Parágrafo 
único. Impugnada a autenticidade da cópia, a parte que a produziu será intimada para 
apresentar cópias devidamente autenticadas ou o original, cabendo ao serventuário competente 
proceder à conferência e certificar a conformidade entre esses documentos. 
1ª Fase | 36° Exame da OAB 
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Súmula nº 8 do TST: A juntada de documentos na fase recursal só se justifica quando 
provado o justo impedimento para sua oportuna apresentação ou se referir a fato posterior à 
sentença. 
Súmula nº 12 do TST: As anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do 
empregado não geram presunção "juris et de jure", mas apenas "juris tantum". 
9.4. Intérprete 
Conforme Art. 819 da CLT, o depoimento das partes e testemunhas que não souberem 
falar a língua nacional será feito por meio de intérprete nomeado pelo juiz ou presidente. 
Proceder-se-á da forma indicada, quando se tratar de surdo-mudo, ou de mudo que não 
saiba escrever (§1º). 
As despesas decorrentes do disposto neste artigo correrão por conta da parte 
sucumbente, SALVO se beneficiária de justiça gratuita (§2º). 
9.5. Testemunhas 
 Cada uma das partes não poderá indicar mais DE 3 (TRÊS) TESTEMUNHAS, salvo 
quando se tratar de inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a 6 (SEIS) (Art. 821, 
CLT). 
 No procedimento sumaríssimo, o número de testemunhas é de 2 para cada parte. E, só 
será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de 
comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata 
condução coercitiva. 
Art. 825. As testemunhas COMPARECERÃO A AUDIÊNCIA INDEPENDENTEMENTE DE 
NOTIFICAÇÃO OU INTIMAÇÃO. 
Parágrafo único - As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento 
da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, 
sem motivo justificado, não atendam à intimação. 
 Também, conforme a CLT (Art. 822), as testemunhas não poderão sofrer qualquer 
desconto pelas faltas ao serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando 
devidamente arroladas ou convocadas. 
 Se a testemunha for funcionário civil ou militar, e tiver de depor em hora de serviço, será 
requisitada ao chefe da repartição para comparecer à audiência marcada (Art. 823). 
 O juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de uma testemunha não 
seja ouvido pelas demais que tenham de depor no processo (Art. 824). 
 E, conforme art. 828 da CLT, toda testemunha, antes de prestar o compromisso legal, 
será qualificada, indicando o nome, nacionalidade, profissão, idade, residência, e, quando 
empregada, o tempo de serviço prestado ao empregador, ficando sujeita, em caso de falsidade, 
às leis penais. Os depoimentos das testemunhas serão resumidos, por ocasião da audiência, 
1ª Fase | 36° Exame da OAB 
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pelo secretário da Junta ou funcionário para esse fim designado, devendo a súmula ser assinada 
pelo Presidente do Tribunal e pelos depoentes. 
Art. 829. A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo 
de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como 
simples informação. 
 E, consoante o TST: 
Súmula 357 TST: NÃO torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou 
de ter litigado contra o mesmo empregador. 
9.6. Perícia 
 Conforme art. 790-B da CLT, a responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais 
é da PARTE SUCUMBENTE NA PRETENSÃO OBJETO DA PERÍCIA, AINDA que beneficiária 
da justiça gratuita. Porém, o STF declarou essa parte final inconstitucional, afastando a 
obrigatoriedade de pagamento pela parte quando ela tiver o benéfico da gratuidade. 
 Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar o limite máximo 
estabelecido pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (§1º). 
 O juízo poderá deferir parcelamento dos honorários periciais (§2º). 
 O JUÍZO NÃO PODERÁ exigir adiantamento de valores para realização de perícias (§3º). 
Nesse caso, caberá Mandado de Segurança: 
OJ 98 SDI-2: É ilegal a exigência de depósito prévio para custeio dos honorários periciais, 
dada a incompatibilidade com o processo do trabalho, sendo cabível o mandado de segurança 
visando à realização da perícia, independentemente do depósito. 
 O §4º do art. 790-B da CLT, que dizia que somente no caso em que o beneficiário da 
justiça gratuita não tenha obtido em juízo CRÉDITOS capazes de suportar a despesa, ainda que 
em outro processo, a União responderá pelo encargo, também foi declarado inconstitucional 
pelo STF. 
 Lembre-se da Súmula 457 do TST: A União é responsável pelo pagamento dos honorários 
de perito quando a parte sucumbente no objeto da perícia for beneficiária da assistência judiciária 
gratuita, observado o procedimento disposto nos arts. 1º, 2º e 5º da Resolução n.º 66/2010 do 
Conselho Superior da Justiça do Trabalho – CSJT. 
 Não confunda a responsabilidade pelos honorários periciais com a responsabilidade pelos 
honorários do assistente técnico, pois conforme Súmula nº 341 do TST, a indicação do perito 
assistente é faculdade da parte, a qual deve responder pelos respectivos honorários, ainda que 
vencedora no objeto da perícia. 
 Por fim, observe que: 
Art. 195, § 2º CLT: Arguida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por 
empregado, seja por Sindicato em favor de grupo de associado, o juiz designará perito 
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habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão 
competente do Ministério do Trabalho. 
OJ 165 SDI-I: O art. 195 da CLT não faz qualquer distinção entre o médico e o engenheiro 
para efeito de caracterização e classificação da insalubridade e periculosidade, bastando para a 
elaboração do laudo seja o profissional devidamente qualificado. 
 
10. Alegações Finais, Sentença, Acordo, Coisa Julgada e 
Reparação do Dano Processual 
10.1. Alegações finais 
 
Art. 850 da CLT: Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo 
não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente 
renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão. 
10.2. Acordo 
 Conforme art. 764 da CLT, os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação 
da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação. 
Para isso, os juízes e Tribunais do Trabalho empregarão sempre os seus bons ofícios e 
persuasão no sentido de uma solução conciliatória dos conflitos (§1º). 
 Não havendo acordo, o juízo conciliatório converter-se-á obrigatoriamente em arbitral, 
proferindo decisão (§2º). 
E, é lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao processo, ainda mesmo depois 
de encerrado o juízo conciliatório (§3º). 
 Também, segundo o art. 831, a decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a 
proposta de conciliação, sendo que no caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como 
decisão irrecorrível, salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem 
devidas. 
 Assim, havendo acordo, o mesmo será lavrado como decisão irrecorrível, só podendo ser 
atacado por ação rescisória, conforme dispõem a Súmula 259 do TST. 
Sentença
Conforme Art. 832 daCLT, da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo 
do pedido e da defesa, a apreciação das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva 
conclusão. 
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Quando a decisão concluir pela procedência do pedido, determinará o prazo e as 
condições para o seu cumprimento (§1º). 
A decisão mencionará sempre as custas que devam ser pagas pela parte vencida (§2º) 
As decisões cognitivas ou homologatórias deverão sempre indicar a natureza jurídica das 
parcelas constantes da condenação ou do acordo homologado, inclusive o limite de 
responsabilidade de cada parte pelo recolhimento da contribuição previdenciária, se for o caso 
(§3º). 
Conforme art. 833 da CLT, existindo na decisão evidentes erros ou enganos de escrita, 
de datilografia ou de cálculo, poderão os mesmos, antes da execução, ser corrigidos, ex officio, 
ou a requerimento dos interessados ou da Procuradoria da Justiça do Trabalho. 
Também, consoante art. 834, salvo nos casos previstos nesta Consolidação, a 
publicação das decisões e sua notificação aos litigantes, ou a seus patronos, consideram-se 
realizadas nas próprias audiências em que forem as mesmas proferidas. 
10.3. Coisa julgada 
 O Art. 5º, XXXVI da Constituição dispõe que a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato 
jurídico perfeito e a coisa julgada. 
• Coisa julgada material: resulta da sentença que julga total ou parcialmente a lide. 
Abrange a coisa julgada formal. 
• Coisa julgada formal: tanto as sentenças terminativas quanto as definitivas atingem 
o estado de coisa julgada formal, quando há como consequência a preclusão 
recursal. 
No CPC encontramos que: 
Art. 502, CPC. Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e 
indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso. 
10.4. Reparação por dano material
 Conforme Art. 793-A da CLT, responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé 
como reclamante, reclamado ou interveniente. E, nos termos do art. 793-B, considera-se litigante 
de má-fé aquele que: 
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; 
II - alterar a verdade dos fatos; 
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal; 
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo; 
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; 
VI - provocar incidente manifestamente infundado; interpuser recurso com intuito 
manifestamente protelatório. 
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De ofício ou a requerimento, o juízo condenará o litigante de má-fé a PAGAR MULTA, 
que deverá ser superior a 1% (um por cento) e inferior a 10% (dez por cento) do valor corrigido 
da causa, a INDENIZAR A PARTE CONTRÁRIA pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com 
os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou (Art. 793-C). 
Quando forem dois ou mais os litigantes de má-fé, o juízo condenará cada um na 
proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligaram 
para lesar a parte contrária (§1º). 
Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 
duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social (§2º). 
O valor da indenização será fixado pelo juízo ou, caso não seja possível mensurá-lo, 
liquidado por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos (§3º). 
 Por fim, conforme art. 793-D, aplica-se a multa à testemunha que intencionalmente alterar 
a verdade dos fatos ou omitir fatos essenciais ao julgamento da causa. E, a execução da multa 
prevista neste artigo dar-se-á nos mesmos autos. 
11. Recursos 
11.1. Introdução aos recursos 
Cabem os seguintes recursos no processo do trabalho: 
• Recurso ordinário 
• Embargos de Declaração 
• Recurso de Revisa 
• Embargos ao TST 
• Agravo de Petição (fase de execução) 
• Agravo de instrumento 
• Agravo regimental 
• Pedido de revisão 
• Recurso Extraordinário 
• Contrarrazões 
• Recuso Adesivo 
Irrecorribilidade das decisões interlocutórias: apenas em recurso definitivo (art. 893, 
parágrafo 1º, CLT) OU: da decisão de incompetência em razão da matéria (799, parágrafo 2º, 
CLT); decisão do TRT que contrarie súmula ou OJ do TST; das decisões suscetíveis de recurso 
para o próprio tribunal; que acolhe exceção de incompetência territorial com remessa a TRT 
diverso. 
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Conforme art. 893, § 1º da CLT: Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio 
Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias 
somente em recursos da decisão definitiva. 
E, a Súmula n. 214 do TST, diz que: Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, 
da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de 
decisão: 
a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do 
Tribunal Superior do Trabalho; 
b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; 
c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para 
Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o 
disposto no art. 799, § 2º, da CLT”. 
11.2. Efeito 
Os recursos têm efeito devolutivo, conforme estabelece o art. 899 da CLT. 
Art. 899. Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente 
devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até 
a penhora. 
Mas existem exceções, como a prevista no art. 14 da Lei 10.192/2001, no caso de 
decisão normativa, na medida e extensão conferidas em despacho do Presidente do Tribunal 
Superior do Trabalho. 
E, na súmula 414, I do TST: A tutela provisória concedida na sentença não comporta 
impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. 
É admissível a obtenção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento 
dirigido ao tribunal, ao relator ou ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, por 
aplicação subsidiária ao processo do trabalho do artigo 1.029, § 5º, do CPC de 2015. 
Profundidade – qualidade das matérias que são submetidas à apreciação (Vários 
fundamentos na RT ou contestação e o juiz acolhe só um, silenciando os demais). O RO devolve 
todos os fundamentos – art. 1.013 do CPC, §2º. 
Súmula nº 393 do TST: 
I - O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extrai do § 1º 
do art. 1.013 do CPC de 2015 (art. 515, §1º, do CPC de 1973), transfere ao Tribunal a 
apreciação dos fundamentos da inicial ou da defesa, não examinados pela sentença, ainda 
que não renovados em contrarrazões, desde que relativos ao capítulo impugnado. 
II - Se o processo estiver em condições, o tribunal, ao julgar o recurso ordinário, deverá 
decidir desde logo o mérito da causa, nos termos do § 3º do art. 1.013 do CPC de 2015, inclusive 
quando constatar a omissão da sentença no exame de um dos pedidos. 
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11.3. Pressupostos de admissibilidade 
Pressupostos de admissibilidade: requisitos para que o recurso seja conhecido. 
11.3.1. Intrínsecos (ligados às partes): 
• LEGITIMIDADE DA PARTE: pessoa natural ou jurídica que tenha participado, como 
parte, do processo em primeiro grau de jurisdição, ainda que revel; 
• CAPACIDADE DA PARTE: é preciso que o recorrente, no momento de interposição 
do recurso, esteja plenamente capaz. 
• INTERESSE DA PARTE: necessidade e utilidade. 
11.3.2. Extrínsecos (ligados ao recurso): 
• RECORRIBILIDADE e ADEQUAÇÃO: a decisão atacada é passível de recurso e o 
recurso é o adequado. 
• TEMPESTIVIDADE: REGRA 8 dias (art. 6º da Lei 5.584/1970), salvo ED. Fazenda 
Pública e o Ministério Público possuem prazo em dobro para recorrer e em quádruplo 
para contestar.• PREPARO (depósito recursal + custas) 
• REGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO. 
11.4. Sobre as custas 
Art. 789, CLT. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações 
e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas 
propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas 
relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado 
o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e o máximo de quatro 
vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, e serão 
calculadas: 
I – quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo valor; 
II – quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, ou julgado totalmente 
improcedente o pedido, sobre o valor da causa; 
III – no caso de procedência do pedido formulado em ação declaratória e em ação 
constitutiva, sobre o valor da causa; 
IV – quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar. 
As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão. No caso de 
recurso, as custas serão pagas e comprovado o recolhimento dentro do prazo recursal (§1º). 
Não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o valor e fixará o montante das 
custas processuais (§2º). 
Sempre que houver acordo, se de outra forma não for convencionado, o pagamento das 
custas caberá em partes iguais aos litigantes (§3º). 
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Nos dissídios coletivos, as partes vencidas responderão solidariamente pelo pagamento 
das custas, calculadas sobre o valor arbitrado na decisão, ou pelo Presidente do Tribunal (§4º). 
Art. 790-A. São ISENTOS do pagamento de custas, além dos beneficiários de justiça 
gratuita: 
I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas autarquias e 
fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade 
econômica; 
II – o Ministério Público do Trabalho. 
Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo não alcança as entidades fiscalizadoras 
do exercício profissional, nem exime as pessoas jurídicas referidas no inciso I da obrigação 
de reembolsar as despesas judiciais realizadas pela parte vencedora. 
Sobre o depósito recursal é necessário observar o art. 899 da CLT. 
Conforme § 4o do citado artigo, o depósito recursal será feito em conta vinculada ao juízo 
e corrigido com os mesmos índices da poupança. 
Já o § 7o refere que, no ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal 
corresponderá a 50% (cinquenta por cento) do valor do depósito do recurso ao qual se pretende 
destrancar. E, conforme § 8o, quando o agravo de instrumento tem a finalidade de destrancar 
recurso de revista que se insurge contra decisão que contraria a jurisprudência uniforme do 
Tribunal Superior do Trabalho, consubstanciada nas suas súmulas ou em orientação 
jurisprudencial, não haverá obrigatoriedade de se efetuar o depósito. 
§ 9° O valor do depósito recursal será REDUZIDO PELA METADE para entidades sem 
fins lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores individuais, 
microempresas e empresas de pequeno porte. 
§ 10. São ISENTOS do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades 
filantrópicas e as empresas em recuperação judicial. 
§ 11. O depósito recursal poderá ser SUBSTITUÍDO por fiança bancária ou seguro 
garantia judicial. 
Ademais, conforme o TST: 
Súmula nº 128 do TST: I - É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, 
integralmente, em relação a cada novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido 
o valor da condenação, nenhum depósito mais é exigido para qualquer recurso. 
II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer de qualquer 
decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da CF/1988. Havendo, porém, elevação do valor do 
débito, exige-se a complementação da garantia do juízo. 
III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal 
efetuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o depósito 
não pleiteia sua exclusão da lide. 
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Súmula nº 161 do TST: SE NÃO HÁ CONDENAÇÃO A PAGAMENTO EM PECÚNIA, 
DESCABE O DEPÓSITO de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 899 da CLT. 
Súmula nº 245 do TST: O depósito recursal deve ser feito e comprovado no prazo alusivo 
ao recurso. A interposição antecipada deste não prejudica a dilação legal. 
Súmula nº 86 do TST: Não ocorre deserção de recurso da massa falida por falta de 
pagamento de custas ou de depósito do valor da condenação. Esse privilégio, todavia, não se 
aplica à empresa em liquidação extrajudicial. 
Súmula nº 99 do TST: Havendo recurso ordinário em sede de rescisória, o depósito 
recursal só é exigível quando for julgado procedente o pedido e imposta condenação em pecúnia, 
devendo este ser efetuado no prazo recursal, no limite e nos termos da legislação vigente, sob 
pena de deserção. 
OJ nº 140 SDI-1: Em caso de recolhimento insuficiente das custas processuais ou do 
depósito recursal, somente haverá deserção do recurso se, concedido o prazo de 5 (cinco) dias 
previsto no § 2º do art. 1.007 do CPC de 2015, o recorrente não complementar e comprovar o 
valor devido. 
IN 03: IX - é exigido depósito recursal para o recurso adesivo, observados os mesmos 
critérios e procedimentos do recurso principal previsto nesta Instrução Normativa. 
X - Não é exigido depósito recursal, em qualquer fase do processo ou grau de jurisdição, 
dos entes de direito público externo e das pessoas de direito público contempladas no Decreto-
Lei n.º 779, de 21.8.69, bem assim da massa falida e da herança jacente. 
Sobre a regularidade de representação, lembrar que: 
Súmula nº 383 do TST: I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração 
juntada aos autos até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter 
excepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de 
intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do recurso, 
prorrogável por igual período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz 
o ato praticado e não se conhece do recurso. 
II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, em procuração 
ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o órgão competente para julgamento 
do recurso designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a 
determinação, o relator não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou 
determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido (art. 
76, § 2º, do CPC de 2015). 
11.5. Recurso Ordinário
Art. 895. Cabe recurso ordinário para a instância superior: 
I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; 
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II - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua 
competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos 
dissídios coletivos. 
Conforme §1º, nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso 
ordinário: II - será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator 
liberá-lo no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo 
imediatamente em pauta para julgamento, sem revisor; III - terá parecer oral do representante 
do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, 
com registro na certidão; IV - terá acórdão consistente

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