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Aula 2 - Rádio

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COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL
A história do jornal, rádio, TV e cinema - imprensa
- RÁDIO
	Em 1895, o físico italiano Guglielmo Marconi inventou o primeiro sistema prático de telegrafia sem fios. Em 1896, ele construiu os primeiros equipamentos de transmissão e recepção, o que possibilitou enviar sinais dentro de alguns metros. Em 1905, o padre Roberto Landell de Moura obteve, nos EUA, as patentes do transmissor de ondas, telefone sem fio e telégrafo sem fio.
	O rádio, até a Primeira Guerra Mundial, era usado para transmitir recados e músicas, o que mudou com o surgimento das rádios comerciais, que deram início à Era de Ouro do Rádio (1920-1950).
	A história oficial do rádio no Brasil registra a primeira transmissão em 7 de setembro de 1922, nas comemorações do Centenário da Independência. No alto do Corcovado foram instalados transmissores e diversos alto-falantes nos pavilhões da exposição comemorativa. Transmitia música e discursos das autoridades, inclusive do Presidente Epitácio Pessoa.
	Roquette Pinto interessou-se pelo rádio e decidiu instalar a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro (que mais tarde seria chamada de Rádio Roquette Pinto), em 1923, com a função de educar a população. A programação era composta de palestras, literatura e músicas eruditas.
	A rádio Roquette Pinto era mantida por contribuições mensais de sócios - não tinha publicidade - e, em 1936, foi doada ao Ministério da Educação, desde que fosse mantido seu caráter educativo e cultural (hoje, é a MEC FM).
	Em maio de 1932 já existiam 100 mil receptores no país e o governo normatizou a veiculação de propaganda no rádio, através do decreto-lei 21.111, com limite de 10% da programação.
	Na década de 1930 as emissoras profissionalizaram-se e os aparelhos ficaram mais baratos, o que aumentou a audiência, e aí começa a era do rádio. As rádios começaram a pagar cachês para os artistas se apresentarem em seus programas - rádio Record, Cruzeiro, Mayrink Veiga, Plilips. Na rádio Mayrink Veiga, O Teatro Eucalol foi, provavelmente, o primeiro programa patrocinado do rádio.
	O rádio torna-se uma ótima ferramenta para divulgação de produtos para a classe média. O governo Vargas criou, em 1937, o Serviço de Radiodifusão Educativa, órgão responsável pela irradiação de programas educativos. Em 1938 é criada a Hora do Brasil, que a partir de 1939 começou a ser produzida pelo DIP que controlava o conteúdo. Sempre houve censura no rádio, mesmo não sendo feita pelo governo.
	Nesse período, o rádio já era um meio de comunicação de massa. Na década de 1940 o rádio tem seu apogeu com a estatização da Rádio Nacional do Rio - transformada na maior emissora do Brasil, tanto em elenco contratado como em verbas publicitárias - e a forte entrada do capital das multinacionais e divulgação do "American Way Of Life".
	O crescimento do rádio, diferentemente da mídia impressa, deu-se pela publicidade. Das agências de publicidade surgiram o conceito de grade de programação e criação de programas, como as radionovelas.
	O repórter Esso estreou em agosto de 1941, na Rádio Nacional, com 5 minutos de duração, com o anúncio de ataque de tropas inglesas à Normandia. O locutor era Heron Domingues. Slogans: “o primeiro a dar as últimas” e “testemunha ocular da história”. Introduziu práticas do radiojornalismo e regras básicas: o Repórter Esso é um programa informativo; o Repórter Esso não comenta as notícias; o Repórter Esso sempre fornece a fonte das notícias.
	Em 1945, no fim da Guerra, haviam 1.223.000 receptores cobrindo 40% dos lares brasileiros. Era o grande e instantâneo canal de informação e difusão. A programação era eclética e segmentada.
	Na década de 1950, chegam as transmissões esportivas, o rádio nos carros e a televisão. Nas décadas de 1960 e 1970, as emissoras FM, que estimularam a segmentação do veículo - a fórmula música+notícia e os disck jockeys (DJs) como Chacrinha e Big Boy.
	Essa segmentação marcou mais ainda a década de 1980, com o surgimento das rádios livres e comunitárias. No Brasil, as primeiras experiências com rádios livres ocorreram em 1983.
	As emissoras procuram atender diferentes faixas de público. As AMs tendem à informação (notícias, esportes, radiojornais) e as FMs ao entretenimento (música, humor, curiosidades).
	Em 1990 foi criada a Rede Bandeirantes de Rádio (a primeira rede do Brasil a operar via satélite) e a rádio CBN entra no ar em AM e, pouco tempo depois, se torna uma das emissoras pioneiras em transmitir tanto em AM como em FM.
	Na década de 1990, algumas emissoras passaram a disponibilizar sua programação em seus sites de modo a permitir que o internauta ouvisse a emissora em tempo real ou acessasse arquivos por demanda, interagindo rádio e internet.
	Outros grupos criaram também webrádios - uma emissora de rádio que existe apenas no espaço virtual e não depende de concessões do governo nem de espaço eletromagnético para uso de frequência.
	Experimentos e testes são realizados para definir o padrão de rádio digital a ser adotado no Brasil. Se inserido no ambiente da cultura digital, o rádio poderá potencializar e atualizar seus usos – como a inserção nas práticas educativas e pedagógicas. Espera-se que o padrão da rádio digital seja definido ainda este ano.

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