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Falência Conceito : : É o processo de execução coletiva, no qual todo o patrimônio de um empresário decretado falido – P.F. ou P.J.; é arrecadado, visando o pagamento da universalidade de seus credores, de forma completa ou proporcional. Empresário individual: eu, eu mesmo e irene Característica : : Processo completo Arrecadação dos bens do falido Administração Verificação dos créditos Pagamento dos credores Apuração dos crimes falimentares 3 elementos necessários para que seja constatada a falência : : Condição de insolvência do devedor Caráter de empresarialidade do devedor Sentença judicial, decretando a falência INSOLVÊNCIA A – presumida pela impontualidade – art 94, I Rito probatório menos complexo Art. 94. Será decretada a falência do devedor que: I - sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência; B – sintomas legais – art 94, II e II Rito probatório mais complexo C_ autofalência SENTENÇA JUDICIAL EMPRESARIALIDADE DO DEVEDOR 966 CC/02 Sintomas da falência : : Art. 94 da Lei de Falência Execução frustrada Falência Presumida Autofalência Aula 19/08/2013 Hipóteses dos sintomas - Ausência na administração do negócio e abandono do estabelecimento. (hipótese prevista na alínea f, inciso II, art 94 da lei de falência) Significa que o empresário se ausenta do estabelecimento sem deixar representante legal (preposto) em seu lugar, apto a responder pelos encargos sociais da empresa, demonstrando que o empresário está se esquivando dos seus credores, o que é uma forma de evitar o pagamento de suas dívidas. Pode inclusive estar ocultando o seu domicílio. O empresário, como medida protetiva, se casado com separação total de bens, ele pode passar seu patrimônio familiar para esposa, num período em que não soe como suspeito, ou seja, durante um período legal, como forma de resguardar os bens da família. - Não cumprimento das obrigações assumidas no plano de recuperação judicial A recuperação judicial foi estabelecida pela lei de falências e tem como objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira, pela qual passa o devedor empresário O plano de recuperação judicial apresentado pelo devedor, representará os meios que serão empregados para que o devedor se reestruture e descreverá as obrigações que serão assumidas pelo devedor em determinado período como pagamento dos credores. A falha no cumprimento das obrigações assumidas no plano de recuperação judicial enseja pedido de falência. (alínea g, inciso III, art 94 da lei de falências). - Confissão da falência (autofalência) disposto no art. 105 da lei de falência: Para que a autofalência ocorra, basta que haja a exteriorização da crise econômico financeira do empresário. É o reconhecimento do empresário de que não consegue continuar a atividade empresarial, uma vez que o ativo está menor do que o passivo. O empresário vai juntar os documentos comprovando a impossibilidade de dar prosseguimento as atividades empresariais (art. 105). Estando o pedido corretamente instruído, a falência é decretada e os efeitos serão iguais a falência requerida por um credor. Razões que eximem o falido da decretação da falência: Art. 36 LF (Lei 11.101/05) São razões relevantes de direito que devem ser apresentadas pelo devedor, como defesa ao pedido de falência. Não são hipóteses texativas. São elas: Falsidade do título executivo Prescrição Nulidade de obrigação ou do título executivo “ Nulidade é o reconhecimento de um vício que impede a existência legal de ato ou a produção do efeito pretendido”. Nulidade do título – se demonstra pela inobservância de formalidades essenciais para sua formação Pagamento da dívida Vício em protesto Apresentação do plano de recuperação Cessação da atividade empresarial por período superior a 2 anos. Qualquer fato que extinga ou suspenda a obrigação ou não legitime a cobrança de título, por exemplo: o título é inexigível, o dispositivo permite ao juiz uma maior mobilidade na análise do caso concreto para verificar se há relevante razão de direito que impeça a decretação da falência. (título inexigível, porque a obrigação foi cumprida, ou se este título é causal a obrigação é nula, título prescrito, enfim, por alguma razão o título é inexigível). Arts. 205 e 206 do CC (obrigações entre particulares – prescrição) Razões que eximem o devedor da falência (art.96 da LF rol exemplificativo e não taxativo) - Falsidade do título (decretação de falência a partir de uma duplicata simulada, fraudulenta) – obrigação materializada a partir de um ato fraudulento, dívida vencida, dívida paga, assinatura falsa, etc. - Prescrição ( se o devedor requerer a falência do outro, não o faça a partir de um título prescrito. Para cada título de crédito existe um prazo) Arts. 205 e 206 do. Prescrição (tributária, ver prazos no direito tributário) - Nulidade de obrigação ou título executivo (em caso de vício na origem, ou falta dos requisitos essências da NUG). - Pagamento da dívida: Elisão da falência (pagamento em juízo) - Vício em protesto: o título tem de estar em protesto, vencido, quando o protesto foi feito de forma errada, fica viciado, e isso afetará todo o processo de falência. - Apresentação do plano de recuperação: a empresa pode contestar o pedido de falência e entra com o plano de recuperação. O plano de recuperação no caso de um processo de falência, só pode acontecer de forma judicial. - Empresa inativa: quando a empresa estiver inativa por mais de 2 anos. Não cabe processo de falência e sim de execução para reaver a dívida. Aula 09/09/2013 Sujeitos na Falência - Sujeito Passivo - De acordo a lei de falência é imprescindível que a pessoa que sofra a falência seja empresária. Empresarialidade: art. 966 cc/02 OBS: O não sendo o devedor empresário, como: Sociedades simples Cooperativas É impossível que seja proposta ação de falência. Ação cabível: Execução por quantia certa contra devedor insolvente. OBS: A lei de falência tanto é aplicável tanto é aplicável ao empresário regular quanto ao empresário de fato. Ex. Sociedade em comum; sociedade em conta de participação que exerça profissionalmente atividade empresaria. Ex. empresários – por um prazo de até 2 anos a partir do encerramento do exercício da atividade, poderão ter sua falência decretada. Art. 2º LF (Lei de falência) São os que não se sujeitam à falência. Coobrigados - Existem algumas figuras que, embora não estejam diretamente ligadas ao procedimento falimentar, como sujeito ativo ou passivo, sofrem os seus efeitos como se fossem o próprio falido. Ex. Sócio de responsabilidade ilimitada da sociedade falida - Art. 81 LF - Sócios retirantes ou excluídos há menos de 2 anos - Nas sociedades de responsabilidade, a responsabilidade pessoal dos seus sócios, controladores será apurada no juízo da falência. - Durante o procedimento, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes interessadas, ordenar a indisponibilidade de bens particulares dos mesmos. Exercício: Na falência requerida: Poderá o devedor no prazo da contestação pleitear a recuperação judicial O devedor deverá apresentar contestação no prazo de 24h O devedor deverá apresentar contestação no prazo de 15 dias Poderá o devedor no prazo da contestação pleitear a recuperação extrajudicial O processo de recuperação judicial aplica-se a: A qualquer tipo de sociedade A sociedades empresárias As sociedades empresárias inclusive instituições financeiras As sociedades empresárias inclusive sociedades seguradoras Guia prático de monografias, dissertações e teses Ed. Alínea Lara Crivelaro Bezzon Luciana Bernardo Lana Paula Crivelaro Aula 23/09/2013 Assembléia geral de credores – art. 35 LF A lei de falência – LF – inovou ao criar a assembléia de credores – órgão que não existia soba égide do ordenamento anterior. Atribuições: - devem se reunir periodicamente para discutir, dentre outros, os seguintes assuntos: - na recuperação judicial – a) aprovação, rejeição ou modificação do plano apresentado pelo devedor, b) constituição do comitê de credores; (existência facultativa) c) pedido de desistência do devedor – art. 52 § 4º LF d) nome do gestor judicial, quando do afastamento do devedor e) qualquer outra matéria Na falência a) constituição do comitê de credores b) modalidades de realização do ativo (art. 139, 140, 145 LF) (venda dos bens para pagamento dos credores, pode ser convocada uma assembléia para a discussão do ativo) c) qualquer matéria que possa afetar os interesses dos credores. Convocação A AGC deverá ser convocada pelo juiz Edital Órgão oficial (Diário Oficial) Jornal de grande circulação Local da sede e filiais da empresa 15 dias de antecedência mínima. Conteúdo do Edital Pauta Local, hora e data da assembléia (1º, 2º e 3º convocação) Ordem do dia Local onde os credores poderão obter uma cópia do plano de recuperação judicial a ser submetido a deliberação da assembléia. As assembléias podem ser requeridas por credores que representam 25 % do valor total dos créditos de determinada classe, também podem requerer as assembléias, e a convocação é feita pelo juiz. As despesas decorrentes da convocação correm por conta do devedor. Mesa diretora A assembléia será presidida pelo administrador judicial que designará um secretário dentre os credores presentes art. 37 da LF. (é escolhido como secretário o credor que possui o maior percentual de crédito) § 2º do art 37 da LF - Quorum de instalação (presença dos credores titulares de mais da metade dos créditos de cada classe computados pelo valor) art. 41. Representantes trabalhistas, de garantia real e quirografários. (presença obrigatória). Além destes podem estar presentes art. 43, os representantes das sociedades coligadas, controladas, sócios, acionistas, enfim, aqueles que tenham participação superior a 10% do capital social do devedor (cônjuge, colateral, ascendente, descendente...). Lista de presença para a assinatura de todos os presentes Somente os credores tem direito de votar Deliberações (art. 49 da LF) Terão direito a voto as pessoas arroladas no quadro geral de credores ou na falta deste, na relação de credores apresentada pelo administrador judicial, na forma do art. 49 da LF. O voto do credor será proporcional ao valor do seu crédito Finda assembléia será lavrada uma ata que deverá ser entregue ao juiz em 48h nos termos do § 7º do art. 37 da LF. ASSEMBLÉIA GERAL DE CREDORES Delibera sobre a criação do comitê de credores Comitê de credores Fiscaliza a atuação do administrador judicial Administrador judicial Prova de D. E. Fundamentar, desconsideração da personalidade jurídica ou não? Art. 50 do CC, para a desconsideração é necessário um processo Administrador judicial representante da massa falida art. 12, III Ligitimidade ativa na hipótese do adm judicial ser desconsierado. Ação independente, se o patrimônio da massa falida for inssuficiente. Art 82 da LF Não é preciso aguardar a realização do ativo. Questão 2 Houve a decretação da falência, o devedor perde o direito de administrar os bens, quem administra é o administrador judicial art 103 Ação revocatória art. 99, VI, e art 130 da LF Art. 134 o próprio juízo falimentar
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