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Atos Administrativos

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DIREITO ADMINISTRATIVO
Professor M. Sc Germano Ramalho
ATO ADMINISTRATIVO
			Com o surgimento do Estado de Direito, (art. 1º da CF – define a República Federativa do Brasil como Estado Democrático de Direito), o Poder Executivo (entenda-se toda atividade administrativa pública), está submissa à lei – principio da legalidade (art. 37, caput da CF), portanto, com sujeição ao Direito. O Estado – por intermédio dos seus órgãos, terá que ter conduta pautada pelo Direito.
			Morre definitivamente, desde 1812 o caos nas ações do Estado, sujeitas ao bom humor dos dirigentes de então (será que mudou mesmo?), dando lugar aos denominados “Atos Administrativos”. 
As ações devem estar vinculadas aos interesses e necessidades coletivas:
			As ações da Administração Pública não são mais “operações materiais imediatas”, realizadas a vontade pessoal do governante. A lei exige procedimentos que justifiquem sua realização com parâmetros previamente fixados que visam respeitar o direito dos particulares. É neste modus operandi que aparece a figura do ATO ADMINISTRATIVO.
Noção de Ato Administrativo:
			Como principio da Teoria Geral do Direito, as manifestações de vontade que acarretem efeitos jurídicos, são chamados de ATOS JURIDICOS. 
			Na relação inter pessoal, esses ATOS recebem a tutela do Direito Civil.
			Na esfera da Administração Pública, ao agir (com os fins que competem ao Estado), o funcionamento da administração ocorrerá por intermédio de ATOS ADMINISTRATIVOS.
			Esses Atos irremediavelmente:
Reconhecem direitos;
Modificam direitos;
Extinguem direitos;
Impõem restrições;
Criam obrigações. 
			Diferente do que ocorre na relação inter pessoal (expressão de vontade entre as partes – como ato de vontade), no âmbito da Administração Pública a expressão de vontade é do Estado, que aparece como principio de impessoalidade (art. 37, caput – CF), portanto, tem objetivo delineado e geral, favorável ou desfavorável a todos os administrados.
Uma Noção
			Conclui-se que, ATO ADMINISTRATIVO, respeitando-se todos os pensadores que, em um ou outro ponto, procuram dar uma dimensão mais ampla ao conceito, deve ser recepcionado como “a declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediato, com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário”. (Maria Sylvia Zanella di Pietro, p. 189: 2004).
			Os Atos Administrativos exigem pressupostos na composição de sua estrutura, havendo divergência na doutrina quanto à terminologia utilizada. Alguns preferem a expressão “requisitos”, outros preferem a expressão “elementos”. Vamos adotar a expressão “elementos”. 
			Mesmo adotando “elementos” como pressupostos do Ato Administrativo, destacamos que nesta mesma ordem, há autores que identificam três elementos, enquanto outros autores alcançam até cinco elementos como pressupostos do Ato Administrativo. Ficamos com a corrente que enxerga os cinco elementos:
Agente competente – objeto – forma – motivo e fim.
Agente competente – É a autoridade a quem a lei confere atribuições que o habilitam a editar determinados Atos Administrativos, conforme prescrição da lei, (arts. 6º, 11 e 12 do Decreto-Lei nº 200/67) c/c o Decreto nº 83.937/79 – que dispõe sobre a regulamentação do capitulo IV do Decreto-Lei nº 200/67.
			A competência do Agente Público só é valida (legítima), se este poder outorgado for, explicita ou implicitamente constante da norma que lhe atribui este pressuposto legal. Da mesma forma é preciso observar se a lei lhe confere poderes de transferência de competência, pois do contrário a competência é exclusiva.
Objeto ou conteúdo – é o efeito prático pretendido pela Administração Pública naquele Ato Administrativo. O objeto há de ser “licito”, Isto é, pautado em lei e princípios que regem a Administração Pública.
Forma – é a soma das fases preliminar e principal da formação do Ato Administrativo, que, em resumo são, a criação do texto - que deve conter a assinatura do Agente Público competente, a data, em alguns casos respeito aos padrões técnicos e por fim a publicação.
Motivo – São as circunstâncias “de fato” e de “direito”, como causas determinantes que obrigam a feitura do Ato Administrativo. O Ato em si tem uma função jurídica e causará um resultado jurídico, “reconhecendo, modificando, condicionando, restringindo, alterando ou fazendo perecer direitos”, assim para ser recepcionado terá que ser “motivado”, isto é, justificado em sua criação como instrumento legal. (Medauer, 1996, p. 155). 
Fim – Não há outra razão para justificar o porque da edição do Ato Administrativo. Essa razão é o “Interesse Público”. Ao editá-lo, conforme podemos deduzir do estudo realizado, a ação do Agente Público visa o beneficio geral, isto posto, o Ato Administrativo tem um fim de atender ao Interesse Público, sendo uma conquista do direito público moderno, conforme acentua Medauer, 1996, p. (156).
Perfeição, vigência, validade e eficácia dos ATOS ADMINISTRATIVOS
O Ato Administrativo é perfeito, no instante em que obedece toda a fase processual e procedimental para a sua criação, ganhando força para ingressar no mundo jurídico;
Vigência é o momento em que o Ato Administrativo torna-se publico, com efeito “erga omnes”. É inserido no mundo jurídico. 
Validade é o pressuposto de que quando de sua criação, o Ato Administrativo preencheu todos os requisitos previstos em lei, não havendo necessidade de questionamento do seu teor no âmbito da justiça comum.
Eficácia quer dizer que o Ato Administrativo alcançou o seu objetivo. A partir de sua publicação, o público alvo do Ato passou a obedecê-lo, respeitados os efeitos jurídicos pretendidos. 
TIPOS DE ATOS ADMINISTRATIVOS:
Ë muito variada a tipologia dos Atos Administrativos. No entanto, enumeramos os mais comuns:
Atos Normativos – disciplinam matérias objetivas na execução das atividades administrativas;
Atos Atributivos de Funções: nomeação, designação, delegação, admissão, reintegração;
Atos Homologatórios ou de Reconhecimento: Resultados de Concursos, Licitações, Relatórios Processuais;
Atos de Comunicação: Editais, intimação, notificação. 
Atos Sancionadores: aplicação de medida punitiva: advertência, repreensão imposição de multa, fechamento, suspensão;
Atos de Extinção: Anulação, Revogação, cassação;
Atos de Controle: Aprovação de Projeto, Autorização, Autuação.
Vícios do Ato Administrativo
			Os vícios podem ser constatados a partir de cinco elementos, o que ocorrendo podem anular ou invalidar o Ato Administrativo: 
Quanto ao Sujeito os vícios podem ser por incapacidade ou incompetência. A incapacidade está prevista nos artigos 3º e 4º do Código Civil. A incompetência ocorre nas seguintes circunstancias: Usurpação de Função, com previsão legal no Código Penal, art. 328. Pessoa pratica ato administrativo sem no entanto ter sido investido no cargo, emprego ou função. O ato é inexistente. Excesso de Poder – é espécie do gênero “abuso de poder”, Lei nº 4.898/65. O agente público exorbita dos limites de sua competência. Exercício de função de fato. O agente público mesmo irregular no exercício do cargo pratica ato legal e de boa fé. Mesmo sendo o ato viciado, em razão da “teoria da aparência”, o ato será válido. Não cabe a validade se quem pratica é usurpador da função.
Quanto ao Objeto, o Ato Administrativo deverá ser licito, possível, moral e determinado, do contrário haverá vicio.
Quanto a Forma, o Ato Administrativo pode ser declarado ilegal quando for contrário ao que está expressamente previsto em lei ou ocorre divergindo daquela. 
Quanto ao Motivo – Ocorrendo falsidade quanto a motivação alegada, há vicio.
Quanto a Finalidade – se o agente executor se afastar das finalidades que motivaram
 a criação do Ato Administrativo, há vicio.ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO – Distinção.
			É comum ouvir-se falar nos meios jurídicos em revogação e anulação dos atos. Torna-se imperioso compreender a distinção e os efeitos que ambos produzem – notadamente em se tratando dos atos jurídicos administrativos praticados pelo Poder Público. Tem por fundamento o poder discricionário disposto ao Poder Público de rever os atos que pratica. 
Revogação – é a supressão legitima e eficaz promovida pela Administração Pública sobre um Ato Administrativo por ela própria editado por não mais lhe convir a aplicabilidade, com substituição “in totum” por outro Ato Administrativo.
Anulação – Quando se trata de Ato Administrativo editado ilegal ou ilegitimo
Legalidade e Mérito (comentar)
Ato de Governo (art. 102, III, c, da CF/88) e (art. 5º, XXXV da CF).
Não ato.
Defeitos. (Lei nº 4.717/65 – LAP).
Desfazimento;
Mestre Germano Ramalho
Professor – Maio de 2004.

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