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Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 CUSTOS: TERMINOLOGIA, CONCEITOS E CLASSIFICAÇÃO Capítulo 02 – Contabilidade Gerencial (Garrison, Noreen & Brewer) Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM: OA1: Identificar e dar exemplos de cada uma das três categorias básicas de custo de produção. OA2: Distinguir entre custos de produtos e custos de período e dar exemplos de cada categoria. OA3: Elaborar uma demonstração de resultado incluindo o cálculo do custos dos produtos vendidos. OA4: Elaborar uma planilha de custos dos produtos fabricados. OA5: Compreender as diferenças entre custos variáveis e custos fixos. OA6: Compreender as diferenças entre custos diretos e custos indiretos. OA7: definir e dar exemplos de classificações de custos usados na tomada de decisões: custos diferenciais, custos de oportunidade e custos irrecuperáveis. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 Aspectos Básicos: Na contabilidade gerencial, o termo custos é usado de muitas maneiras distintas. Isto ocorre porque há muitos tipos de custos, e esses custos são classificados de maneiras diferentes, dependendo das necessidades imediatas da administração. Cada aplicação diferente de dados de custo requer uma classificação e uma definição distinta de custos. Neste capítulo serão discutidas as possíveis aplicações de dados de custos e como os custos são definidos e classificados para cada aplicação. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 1. CLASSIFICAÇÕES GERAIS DE CUSTOS: Todos os tipos de organização têm custos, em geral, os tipos de custos incorridos e o modo pelo qual esses custos são classificados dependem das características de custos de uma variedade de organizações. O foco será as empresas industriais, pois suas atividades básicas incluem a maioria das atividades encontradas em outros tipos de organizações empresariais. Um entendimento dos custos numa empresa industrial pode ser bastante útil para compreender custos em outros tipos de organizações. Os exatos termos utilizados em outros setores podem não ser os mesmos empregados na indústria, mas os mesmos conceitos são aplicados. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 1.1. CUSTOS DE PRODUÇÃO A maioria da empresas industriais divide os custos de produção em três categorias amplas: matéria-prima direta, mão-de-obra direta e custos gerais de produção. a) Matérias-Primas Diretas: São aqueles materiais incorporados integralmente no produto acabado e podem ser física e convenientemente vinculados a ele. Ex: madeira em uma fábrica de móveis. b) Matérias-Primas Indiretas: são aquelas que não valem a penas fazer esforço de identificar os custos dos materiais relativamente insignificantes com os produtos finais. Ex. cola em uma indústria de móveis. c) Mão-de-Obra Direta: custos de mão-de-obra que podem ser facilmente associados a unidades individuais de produtos. Ex.: salários dos operários da linha de produção. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 d) Mão-de-Obra Indireta: custos de mão-de-obra que não podem ser fisicamente vinculados à criação de produtos, ou que só podem sê-lo a um custo muito alto e com grande dificuldade. Ex.: custos com pessoal de limpeza, supervisores, seguranças, etc. e) Custos Gerais de Produção: incluem todos os custos exceto matéria-prima direta e mão-de-obra direta. Abrange itens como matéria-prima indireta, mão-de-obra indireta, manutenção, iluminação, seguro, depreciação, etc. f) Custos de Conversão: são os custos gerais de produção combinados à mão-de-obra direta. Este termo resulta do fato de que estes tipos de custos visam converter a matéria-prima em produtos finais. g) Custos Primários: corresponde à matéria-prima direta e matéria- prima direta. 1.1. CUSTOS DE PRODUÇÃO Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 1.2. CUSTOS DE OUTRAS ATIVIDADES QUE NÃO DE PRODUÇÃO Em geral, estes custos são classificados em duas categorias: custos de marketing ou venda; e custos de administração. a) Custos de Marketing ou Venda: incluem todos os custos necessários para obter pedidos de clientes e colocar o produto final nas mãos do cliente. Ex: propaganda, comissões de vendas, custo de armazenamento, salários de vendedores. b) Custos de Administração: inclui todos os custos executivos, organizacionais e de funcionários associados à gestão geral de uma organização, em lugar de produção, marketing ou venda. Ex.: remuneração de executivos, contabilidade geral, secretaria, relações públicas. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 2. CUSTOS DE PRODUTO X CUSTO DE PERÍODO Em geral, os custos são reconhecidos como despesas na demonstra- ção de resultado no período que se beneficia com o custo. Se uma empresa paga seguros antecipadamente para o prazo de dois anos, o valor integral não é considerado como despesa do ano e que o pagamento é feito. Em vez disso, metade do custo é reconhecida como despesa de cada ano. Então dois anos – e não apenas o primeiro – se beneficiam com o pagamento do seguro. A porção não lançada como despesa do pagamento é mantida no balanço como ativo, chamado de seguro pago antecipadamente. O principio de reconhecimento baseia-se no conceito de competência e diz que os custos incorridos para gerar uma determinada receita devem ser reconhecidos como despesas no mesmo período em que a receita é reconhecida. O custo será reconhecido como despesa apenas quando a venda ocorre. Tais custos são chamados de custos de produto. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 2.1. CUSTOS DE PRODUTO Incluem todos os custos envolvidos na aquisição ou fabricação de um produto. Considera-se que os custos dos produtos são vinculados a unidades de produtos à medida que são bens adquiridos ou fabricados, e assim permanecem quando são colocados em estoque aguardando sua venda. Portanto, de início os custos de produtos são transferidos a uma conta de estoque no balanço. Quando são vendidos, os custos são liberados do estoque como despesa (CMV) e lançados contra a receita de venda. São chamados, também, de custos estocáveis. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 2.2. CUSTOS DE PERÍODO São todos os custos que não são incluídos nos custos de produto sendo registrados como despesa na deresultado do exercício em que são incorridos. Os custos do período não são incluídos no custo das mercadorias vendidas ou dos produtos fabricados. Todas as despesas de vendas e administração são consideradas como custo de período. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 3. CLASSIFICAÇÕES DE CUSTO EM DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras de uma empresa industrial são mais complexas do que as elaboradas para uma empresa comercial devido aos custos envolvidos em um processo de fabricação. 3.1. BALANÇO Uma empresa comercial possui uma única classe de estoques. Em contraste, as empresas industriais possuem três classes de estoques: a) Matérias-primas: os materiais utilizados para fazer um produto. b) Produção em andamento: envolve unidades de produto apenas parcialmente concluídas e que exigem processamento adicional para ficarem prontas para venda a um cliente. c) Produtos acabados: são unidades de produto que já foram completadas, mas ainda não foram vendidas a clientes. O valor do estoque é geralmente composto destas três classes. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 3.2. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO A única diferença está nos nomes de alguns itens usados no cálculo do custo dos produtos vendidos. Equação Básica para Conta de Estoque Saldo Inicial Aumentos de Estoque Saldo Final Retiradas de Estoque + = + Custo de Produtos Vendidos Estoque Inicial de Mercadorias Compras Estoque Final de Mercadorias Custo dos Produtos Vendidos + = + Custo dos Produtos Vendidos Estoque Inicial de Mercadorias Compras Estoque Final de Mercadorias = + – EMPRESA COMERCIAL OU Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 3.2. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO Custo de Produtos Vendidos Estoque Inicial de Produtos Acabados Custo dos Produtos Fabricados Estoque Final de Produtos Acabados Custo dos Produtos Vendidos + = + EMPRESA INDUSTRIAL OU Custo dos Produtos Fabricados Estoque Inicial de Produtos Acabados Custo dos Produtos Fabricados Estoque Final de Produtos Acabados = + – O custo dos produtos fabricados consiste nos custos de fabricação associados aos bens que foram concluídos durante o período. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 3.2. PLANILHA DE CUSTO DOS PRODUTOS FABRICADOS CUSTO DOS PRODUTOS FABRICADOS Matéria-Prima Direta Estoque Inicial de matéria-prima (+) Compras de matéria-prima (=) Matéria-prima disponível para utilização (–) Estoque Final de matéria-prima (=) Matéria-prima utilizada na produção (+) Mão-de-Obra Direta (+) Custos Gerais de Produção Seguros - Fábrica (+) Mão-de-Obra e Matéria-Prima Indireta (+) Imposto Predial, Luz, calefação e água - Fábrica (+) Depreciação - Fábrica (=) Total dos Custos Gerais de Produção (=) Custo Total de Produção (+) Estoque inicial de produtos em andamento (–) Estoque final de produtos em andamento (=) Custos dos produtos fabricados Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 3.3. FLUXO DE CUSTOS EM UMA EMPRESA INDUSTRIAL C u st o d o s P ro d u to s Compras de Matéria-Prima Mão-de-Obra Direta Custos Gerais de Produção C u st o d o P e rí o d o Despesas de Vendas e Administrativas CUSTOS BALANÇO Estoque de Matéria-Prima Estoque de Produtos em Andamento Estoque de Produtos Acabados Matérias-primas Diretas usadas na produção Produtos completados (Custo dos Produtos Fabricados) Custos dos Produtos Vendidos Despesas de Vendas e Administrativas DRE Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 4. CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS PARA PREDIÇÃO DE COMPORTAMENTO DE CUSTOS Com frequência, é necessário predizer como um dado curso se comportará em resposta a uma variação do nível de atividade. A expressão comportamento de custo refere-se ao modo pelo qual um item de custo tende a variar com alterações no nível de atividade. À media que o nível de atividade sobe ou desce, um custo específico também pode subir ou cair – ou permanecer constante. Para fins de planejamento, um administrador deve ser capaz de prever qual dos dois resultados acontecerá; e se espera que um custo varie, o administrador também precisa ser capaz de estimar por quanto ele variará. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 4.1. CUSTO VARIÁVEL É um custo que se altera, em termos de valor total, com variações no nível de atividade. Um bom exemplo de custo variável é a matéria- prima direta. É importante observar que, quando dizemos que um custo é variável, queremos dizer que o custo total sobe ou desce quando o nível de atividade se eleva ou cai. Um aspecto interessante do custo variável é que ele é constante em termos unitários. V a lo r Quantidade Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 4.2. CUSTO FIXO É um custo que não se altera, em termos de valor total, com variações no nível de atividade. Um bom exemplo de custo fixo é o aluguel. São muito poucos itens de custo que são inteiramente fixos. Muitos variarão caso haja uma alteração suficientemente grande do nível de atividade. Quando dizemos que um custo é fixo, queremos dizer que é fixo dentro de uma faixa relevante. V a lo r Quantidade Faixa relevante é o intervalo de niveis de atividade dentro do qual as premissas a respeito de custos variáveis e fixas são válidas. Um aspecto interessante do custo fixos é que ele sofre variação em termos unitários. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 5. CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS PARA ALOCAÇÃO A OBJETOS DE CUSTO Os custos são alocados a objetos de custos para diversas finalidades, incluindo a fixação de preços, a realização de estudos de rentabilidade e o controle de gastos. Um objeto de custo é tudo aquilo para o que alguém deseja ter dados de custo – incluindo produtos, linha de produtos, clientes, ordens de produção e subunidades da organização. Para fins de alocação de custos a objetos de custo, os custos são classificados como diretos ou indiretos. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 5.1. CUSTO DIRETO É aquele que pode ser fácil e convenientementeidentificado com o objeto específico de custo sob análise. Os exemplos mais utilizados são matéria-prima direta e mão-de-obra direta, apesar de não se restringir somente a estes. 5.2. CUSTO INDIRETO É aquele que não pode ser fácil ou convenientemente identificado com o particular objeto de custo em discussão. Para ser identificado com um objeto de custo, como um produto específico, o custo precisa ser causado pelo objeto de custo. Um exemplo são os custos comuns, que são custos incorridos para apoiar diversos objetos de custo, mas que não pode ser vinculado individualmente a eles. Ex.: Salário do supervisor de produção. Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 6. CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS PARA TOMADA DE DECISÕES As decisões envolvem escolhas de alternativas. Nas decisões tomadas em empresas, cada alternativa possuirá custos e benefícios que precisarão ser comparados aos custos e benefícios de outras alternativas existentes. a) Custo Diferencial: diferença entre duas alternativas b) Receita Diferencial: diferença de receitas entre quaisquer duas alternativas. O custo diferencial é, também, conhecido como custo incremental, embora tecnicamente o termo deva se referir somente a um aumento de custo de uma alternativa para outra; redução de custos seriam custos decrementais. Os custos diferenciais podem ser fixos ou variáveis. 6.1. CUSTOS E RECEITAS DIFERENCIAIS Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 É o benefício em potencial que é sacrificado quanto uma alternativa é escolhida em detrimento de outra. Os custos de oportunidade normalmente não são lançados nos registros contábeis, mas devem ser explicitamente considerados em toda tomada de decisão. Praticamente toda alternativa possui algum custo de oportunidade a ela associado. 6.2. CUSTO DE OPORTUNIDADE É um custo que já ocorreu e não pode ser alterado por qualquer decisão tomada agora ou no futuro. Como os custos irrecuperáveis não são custos diferenciais, logo, podem e devem ser ignorados ao se tomar uma decisão. 6.3. CUSTO IRRECUPERÁVEL Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 É o benefício em potencial que é sacrificado quanto uma alternativa é escolhida em detrimento de outra. Os custos de oportunidade normalmente não são lançados nos registros contábeis, mas devem ser explicitamente considerados em toda tomada de decisão. Praticamente toda alternativa possui algum custo de oportunidade a ela associado. 6.2. CUSTO DE OPORTUNIDADE É um custo que já ocorreu e não pode ser alterado por qualquer decisão tomada agora ou no futuro. Como os custos irrecuperáveis não são custos diferenciais, logo, podem e devem ser ignorados ao se tomar uma decisão. 6.3. CUSTO IRRECUPERÁVEL Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 Renúncia de um ativo pela entidade com a finalidade de obtenção de um bem ou serviço, representada pela entrega ou promessa de entrega de bens ou direitos (normalmente dinheiro). O gasto se concretiza quando os bens ou serviços adquiridos são prestados ou passam a ser de propriedade da empresa. Normalmente implica em desembolso, embora este possa estar diferido no tempo. Tipos de Gastos: a) Investimento: Gasto com bem ou serviço ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a períodos futuros. b) Custo: Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços; são todos os gastos relativos à atividade de produção. c) Despesa: Gasto com bens e serviços não utilizados nas atividades produtivas e consumidos com a finalidade de obtenção de receitas 7. OUTROS CONCEITOS UTILIZADOS EM CUSTOS 7.1. GASTOS Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 Pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço. Pode ocorrer concomitantemente com o gasto (pagamento à vista) ou depois deste (pagamento a prazo). 7.2. DESEMBOLSO É um gasto não intencional decorrente de fatores externos fortuitos ou da atividade produtiva normal da empresa. Quanto à classificação contábil, as perdas podem ser: a) Perda Normal: surge no processo de produção. Ex.: Aparas, evaporação de produtos químicos, etc. b) Perda Anormal: independe do processo de produção. Ex.: Greve de funcionários, Desperdício de Matéria-Prima por falta de regulagem nos equipamentos, etc. 7.3. PERDA Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 Ativos que nas empresas industriais são classificados como: a) Bens Numerários: São os que representam as disponibilidades da empresa formadas por: Dinheiro em espécie (Caixa), Depósitos Bancários, Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata. b) Bens de Venda: São os destinados à comercialização (Venda) por parte da empresa. Nas indústrias podemos classificar como Bens de Venda: • Estoques de Produtos em Elaboração; • Estoques de Produtos Prontos (Acabados). 7.4. BENS Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 c) Bens de Renda: São aqueles cuja finalidade será proporcionar uma renda extra para a sociedade e que não estão ligados diretamente com a principal atividade da empresa. Ex.: Imóveis para Alugar; Participações Societárias em outras empresas; Aplicações em Ouro; Aplicações Financeiras; etc. d) Bens Fixos (de uso): São os Bens destinados ao uso da empresa e que são utilizados no processo produtivo, bem como na Administração. Ex.: Imóveis para Uso; Máquinas e Equipamentos Industriais; Móveis & Utensílios; Veículos; etc. 7.4. BENS Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 a) Custos Semivariáveis São custos que variam com o nível de produção que, entretanto, têm uma parcela fixa mesmo que nada seja produzido. É o caso, por exemplo, da conta de energia elétrica da fábrica, na qual a concessionária cobra uma taxa mínima mesmo que nada seja gasto no período, embora o valor total da conta dependa do número de kilowats consumidos e, portanto, do volume de produção da empresa. b) Custos Semifixos ou Custos por Degraus Custos semifixos ou Custos por degraus são custos que são fixos numa determinada faixa de produção, mas que variam se há uma mudança desta faixa. Alguns autores preferem denominá-los de custos que possuem uma parcela fixa e uma parcela variável ou de custos mistos. 7.5. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DE CUSTOS Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 a) De acordo com o reconhecimento da receita • Custos doPeríodo: custos que são levados ao resultado do próprio exercício em que ocorreram em decorrências dos princípios fundamentais de contabilidade. • Custos do Produto: custos que estão vinculados ao produto e que somente serão considerados no resultado do exercício quando ocorrer a venda do mesmo. b) De acordo com sua proveniência • Custos Primários: soma da matéria-prima com mão-de-obra direta. • Custos de Conversão (Transformação): esforço realizado pela empresa para elaborar um produto ou serviço. São representados pela mão-de-obra direta e os custos indiretos de fabricação 7.6. OUTRAS TERMINOLOGIAS DE CUSTOS Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 c) De acordo com a agregação de valor • Custos que Agregam Valor (Custos Necessários): custos que adicionam valor ao produto ou serviço da empresa e que são considerados importantes para o cliente. Caso sejam eliminados, reduziria o valor que os clientes obtêm pela utilização do produto ou serviço; • Custos que não Agregam Valor (Custos Desnecessários): custos que, se eliminado, não reduz o valor que os clientes obtêm pelo uso do produto ou serviço. Exemplo: custos decorrentes da perda do processo ou da ineficiência. 7.6. OUTRAS TERMINOLOGIAS DE CUSTOS Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 d) De acordo com sua relevância para o controle e o processo decisório • Custo Controlável: custos em que o gestor pode exercer influência sobre seu comportamento; • Custo Não Controlável: custo em que o gestor não consegue exercer influencia sobre seu comportamento; • Custo Padrão: custo de produção ou operação que pode ser cuidadosamente determinado. • Custo Incremental: diferença entre duas ou mais alternativas. Exemplo: o processo de produção atual da empresa consome $20 de matéria-prima e um processo alternativo, que está sendo estudado, consome $18. Nesse caso, o custo incremental é de $2. 7.6. OUTRAS TERMINOLOGIAS DE CUSTOS Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 d) De acordo com sua relevância para o controle e o processo decisório • Custo Perdido ou Irrecuperável: custo que não pode ser afetado por um decisão presente ou futura. Exemplo: um terreno foi adquirido por $40 mil e encontra-se registrado como tal pela contabilidade. Nesse caso, o valor de $40 mil é um custo perdido pois não interessa ao processo decisório; • Custo de Oportunidade: custo da melhor alternativa disponível; • Custo Relevante: custos futuros que são diferentes para as alternativas disponíveis. O custo incremental é um custo relevante; já o custo perdido é considerado irrelevante. 7.6. OUTRAS TERMINOLOGIAS DE CUSTOS Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137 e) De acordo com o processo produtivo • Custo de Produção: é o Custo identificado com o processo produtivo, sendo composto pela soma dos Custos Diretos e Indiretos. • Custo de Produção do Período: representa o total de todos os Custos consumidos em um determinado período. • Custo da Produção Acabada: representa o total de todos os Custos consumidos na produção. Na identificação deste Custo podemos encontrar Custos de produção de períodos anteriores. • Custo do Produto Vendido: representa a soma de todos os custos consumidos na produção e que foram comercializados em um período. 7.6. OUTRAS TERMINOLOGIAS DE CUSTOS Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FACE Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias - CCA Custos - 181137
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