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CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 6 REGRA DE OURO E ESTÁGIOS DA RECEITA E DA DESPESA Olá amigos! Como é bom estar aqui! Em uma das passagens do livro Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, Alice está perdida e trava uma conversa com o gato. Ela pergunta qual caminho deve seguir, o gato retruca perguntando aonde ela quer ir e ela diz que não sabe. Assim o gato responde: "Se você não sabe para onde quer ir, então qualquer caminho serve...". Um estudante interessado em passar em um concurso deve criar um projeto pessoal de vida e seguir algumas premissas: é necessário sentir que precisa mudar; que é vantajoso mudar; que é possível mudar; e que chegou a hora de mudar. Os fatores que determinam o sucesso são entusiasmo, fazer por prazer, dedicação, empenho, persistência, atitude positiva, otimismo, bom humor, inovação, autenticidade, simplicidade, decisão ágil, ação efetiva, comunicação eficaz e, principalmente, ter clareza para onde se quer ir e como chegar, além de desenvolver os meios para atingir o compromisso consigo. Os fatores que impedem o sucesso são negativismo, pessimismo, abatimento, baixa auto- estima, insegurança, inibição, medo de correr riscos e de errar, mentiras, trapaças, tramóias e mau humor. Compreendida a Classificação por Natureza da Despesa, estudada na aula anterior, trataremos da Regra de Ouro. Na segunda parte da aula abordaremos os estágios da receita e da despesa pública. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 2 PARTE I - REGRA DE OURO A legislação atual atribui uma série de restrições para a aplicação de determinadas origens da receita de capital em despesas correntes. A CF/1988, em seu art. 167, III, estabelece: Art. 167. São vedados: III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. Essa norma, conhecida como “regra de ouro”, objetiva dificultar a contratação de empréstimos para financiar gastos correntes, evitando que o ente público tome emprestado de terceiros para pagar despesas de pessoal, juros ou custeio. De acordo com esta regra, cada unidade governamental deve manter o seu endividamento vinculado à realização de investimentos e não à manutenção da máquina administrativa e demais serviços. Importante: segundo o § 2.o do art. 12 da LRF: § 2.o O montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei orçamentária. Repare que tal parágrafo da LRF descarta as exceções constitucionais. Por isso, foi proposta uma Ação Direta de Inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal, o qual suspendeu liminarmente a eficácia deste dispositivo. Porém, a regra de ouro e suas exceções continuam em pleno vigor devido ao dispositivo constitucional. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 3 Cuidado: a receita de uma operação de crédito pode ser aplicada em despesas correntes? A resposta é sim, desde que seja observado o dispositivo constitucional da regra de ouro. A LRF também traz os critérios para a apuração das operações de crédito e das despesas de capital para efeito da regra de ouro. Segundo o § 3.o do art. 32, considerar-se-á, em cada exercício financeiro, o total dos recursos de operações de crédito nele ingressados e o das despesas de capital executadas, observado o seguinte: I – não serão computadas nas despesas de capital as realizadas sob a forma de empréstimo ou financiamento a contribuinte, com o intuito de promover incentivo fiscal, tendo por base tributo de competência do ente da Federação, se resultar a diminuição, direta ou indireta, do ônus deste; II – se o empréstimo ou financiamento a que se refere o inciso I for concedido por instituição financeira controlada pelo ente da Federação, o valor da operação será deduzido das despesas de capital. A Resolução do Senado Federal 43, de 2001, dispõe sobre as operações de crédito interno e externo dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, inclusive concessão de garantias, seus limites e condições de autorização, e dá outras providências. O art. 6.° trata do cumprimento do limite da regra de ouro, o qual deverá ser comprovado mediante apuração das operações de crédito e das despesas de capital conforme os critérios definidos na LRF e citados acima. Acrescenta também que se verificarão, separadamente, o exercício anterior e o exercício corrente, tomando-se por base: I – no exercício anterior, as receitas de operações de crédito nele realizadas e as despesas de capital nele executadas; e II – no exercício corrente, as receitas de operação de crédito e as despesas de capital constantes da lei orçamentária. Ainda, ressalta que se entende por operação de crédito realizada em um exercício o montante de liberação contratualmente previsto para o mesmo exercício. Nas operações de crédito com liberação prevista para mais de um CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 4 exercício financeiro, o limite computado a cada ano levará em consideração apenas a parcela a ser nele liberada. Um tipo destacado de operação de crédito é a que ocorre por antecipação de receita orçamentária (ARO). Falamos da operação de crédito por ARO quando estudamos o princípio da exclusividade, pois ele determina que a lei orçamentária não poderá conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas. Exceção se dá para as autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por ARO. Vamos aprofundar no estudo da ARO. Já conhecemos o art. 7.º da Lei 4.320/1964: Art. 7.° A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para: II – Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa. Esse inciso II do art. 7.º da Lei 4.320/1964 foi parcialmente prejudicado e deve ter sua leitura combinada com a LRF, por ser esta mais restritiva. Segundo o art. 38 da LRF, a operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro. Apenas poderá ser realizada a partir do décimo dia do início do exercício e deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano. Também não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa de juros da operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que vier a esta substituir. É ainda proibida enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente resgatada e no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal. Importante: segundo a LRF, as operações de crédito por antecipação de receita não serão computadas para efeito da regra de ouro, desde que liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro.CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 5 A LRF também traz restrições para a aplicação de receitas provenientes de conversão em espécie de bens e direitos, tendo em vista o disposto em seu art. 44, o qual veda o uso de recursos de alienação de bens e direitos em despesas correntes, exceto se aplicada aos regimes de previdência, mediante autorização legal, conforme transcrito a seguir: Art. 44. É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos. Como se observa, a Legislação procura restringir a aplicação de receitas de capital no financiamento de despesas correntes. No entanto, o gestor público ainda encontra espaço para custear seus gastos correntes utilizando receitas de operações de crédito, desde que o total não ultrapasse as despesas de capital ou sejam autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais, com finalidade específica e aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta, assim como a possibilidade de aplicar receitas das demais categorias econômicas nos regimes de previdência. A LRF ainda contempla restrições para a conservação do patrimônio público. Inúmeras vezes observamos rodovias caríssimas tornadas intransitáveis pela falta de manutenção, edifícios semidestruídos pela ausência de recursos para sua preservação, equipamentos médicos ou científicos inutilizados por inexistir peças de reposição. É justamente isso que se pretende evitar. O dispositivo da LRF estabelece que a lei orçamentária e as de créditos adicionais só incluirão novos projetos após adequadamente atendidos os em andamento e contempladas as despesas de conservação do patrimônio público, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 6 PARTE II - ESTÁGIOS DA RECEITA E DA DESPESA PÚBLICA 1. ESTÁGIOS DA RECEITA PÚBLICA Ao longo do exercício financeiro, concomitantemente, as receitas são arrecadadas e as despesas são executadas. A realização de receitas e despesas ocorre por meio dos denominados estágios da receita e da despesa pública. O estágio da receita orçamentária é cada passo identificado que evidencia o comportamento da receita e facilita o conhecimento e a gestão dos ingressos de recursos. Os estágios da receita orçamentária, segundo a doutrina dominante e o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - MCASP, são os seguintes: • Previsão; • Lançamento; • Arrecadação; • Recolhimento. O comportamento dos estágios da receita orçamentária é dependente da ordem de ocorrência dos fenômenos econômicos e obedece à ordem acima. Esses estágios são estabelecidos levando-se em consideração um modelo de orçamento existente no país e a tecnologia utilizada. Dessa forma, a ordem sistemática inicia-se com a previsão e termina com o recolhimento. 1.1 Previsão A previsão (ou planejamento) se configura por meio da estimativa de arrecadação da receita, constante da Lei Orçamentária Anual – LOA, resultante de metodologia de projeção de receitas orçamentárias. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 7 Segundo o art. 12 da LRF: Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas. Assim, são parâmetros para a previsão de receitas os efeitos das alterações na legislação, como a alteração de alíquotas, as desonerações fiscais e a concessão de créditos tributários. Devem ser considerados, ainda, a variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante. Uma das formas de projetar valores de arrecadação é a utilização de modelos incrementais na estimativa das receitas orçamentárias. Essa metodologia corrige os valores arrecadados pelos índices de preço, quantidade e legislação, da seguinte forma: Projeção = Base de Cálculo x (índice de preço) x (índice de quantidade) x (efeito legislação), em que: Projeção: é o valor a ser estimado para uma determinada receita de forma a atender à execução orçamentária, cuja programação é feita mensalmente. Base de cálculo: é obtida por meio da série histórica de arrecadação da receita e dependerá do seu comportamento mensal. Índice de preço: é o índice que fornece a variação média dos preços de uma determinada cesta de produtos. Exemplos: diversos índices de preços nacionais ou mesmo regionais como o IGP-DI, o INPC, o IPCA, a variação cambial e a variação da taxa de juros. Índice de quantidade: é o índice que fornece a variação média na quantidade de bens de um determinado segmento da economia. Está relacionado à variação física de um determinado fator de produção. Exemplo: variação do CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 8 Produto Interno Bruto Real do Brasil – PIB real. Efeito legislação: leva em consideração a mudança na alíquota ou na base de cálculo de alguma receita. Exemplos: tarifas públicas e receitas tributárias, decorrentes de ajustes na legislação ou nos contratos públicos. Em certos casos ocorrem atipicidades na arrecadação de determinada receita, que devem ser eliminadas na projeção, uma vez que são arrecadações não regulares, por exemplo, a receita decorrente da privatização de um Banco. Este alinhamento da série deve ocorrer também em casos de mudança de arrecadação de uma natureza de receita para outra. 1.2 Lançamento O art. 53 da Lei 4.320/1964 define o lançamento da receita como o ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta. De forma mais completa, o lançamento, segundo o art. 142 do Código Tributário Nacional (CTN), é o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Segundo o art. 52 da Lei 4.320/1964: Art. 52. São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato. O que se desprende desse artigo é que algumas receitas não percorrem o estágio do lançamento. São tipicamente objetos de lançamentos os impostos diretos e quaisquer outras rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato. Para continuar com os tipos de lançamentos, devemos saber que compõem a obrigação tributária nascida com a ocorrência do fato gerador o sujeito ativo e o sujeito passivo. O sujeito ativo será a pessoa jurídica, normalmente de direito CURSO ON-LINE REGULAR- AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 9 público, titular do direito subjetivo de exigir a prestação pecuniária (tributo ou penalidade) ou a prestação não pecuniária positiva ou negativa. Já a pessoa natural ou jurídica, privada ou pública, de quem se exige o cumprimento da prestação pecuniária (tributo ou penalidade) ou a prestação não pecuniária positiva ou negativa, denomina-se sujeito passivo. Existem três tipos de lançamento tributário: lançamento por declaração, lançamento por homologação e lançamento de ofício. • Lançamento por declaração ou misto: compreende a espontaneidade do sujeito passivo em declarar corretamente. O sujeito passivo tem papel fundamental, pois é o próprio contribuinte quem deverá apurar o valor devido. É efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. Para tornar exigível o tributo, com base nas informações contidas na declaração, o agente fazendário efetiva o ato de lançamento e dá ciência ao sujeito passivo. Exemplo: imposto de exportação. • Lançamento por homologação ou autolançamento: no lançamento por homologação, o pagamento e as informações prestadas pelo contribuinte são realizados sem qualquer exame prévio da autoridade administrativa. São tributos de caráter instantâneo e com multiplicidade de fatos geradores, em que o recolhimento é exigido do devedor independentemente de prévia manifestação do sujeito ativo. Assim, não é necessário que o sujeito ativo efetue o lançamento para tornar exigível a prestação tributária. Exemplos: ICMS e IPI. • Lançamento de ofício ou direto: como regra, o lançamento de ofício é adequado aos tributos que têm como fato gerador uma situação cujos dados constam dos cadastros fiscais, de modo que basta à autoridade administrativa a consulta a aqueles registros para que se tenha às mãos dados fáticos necessários à realização do lançamento. Desta forma, é efetuado pela administração sem a participação do contribuinte. Exemplo: IPTU. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 10 Atenção: o MTO-2011 não considera o “lançamento” como estágio da receita. Segundo o art. 22 do Decreto Legislativo 4.536/1922, que organiza o Código de Contabilidade da União, a receita orçamentária percorre três estágios até que ocorra a efetiva entrada de recursos nos cofres públicos, na Conta Única do Tesouro Nacional: Previsão, Arrecadação e Recolhimento. Dessa forma, do ponto de vista orçamentário, os estágios para o MTO seriam: Previsão (1º Estágio) ⇒ Arrecadação (2º Estágio) ⇒ Recolhimento (3º Estágio) Quando ao “Lançamento”, o MTO-2011 afirma que, embora parte da doutrina considere o “Lançamento” estágio intermediário entre a “Previsão” e a “Arrecadação” da receita, o art. 53 da Lei nº 4.320/1964, o preceitua como “ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora, e inscreve o débito desta”. Dessa forma, na ótica orçamentária, lançamento é procedimento administrativo realizado pelo Fisco – e não estágio. Ressalte-se que as receitas patrimoniais e as empresariais não se sujeitam ao lançamento, haja vista ingressarem diretamente no estágio da “Arrecadação”, mas as tributárias e de contribuições necessitam do procedimento administrativo em epígrafe antes de ingressarem no estágio da “Arrecadação”. Em resumo: para o MTO-2011, vale tudo que estudamos nesta parte da aula (baseada no MCASP e na doutrina dominante), com exceção de que não considera o Lançamento como estágio. As definições e os tipos de lançamento também são válidos. Novamente: para o MTO-2011, só não é válido afirmar que o lançamento é estágio da receita. E o que fazer na prova? De maneira geral, as bancas ainda seguem o MCASP e a doutrina dominante. No entanto, vamos adotar a seguinte regra: CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 11 • Caso a questão não cite a fonte: analise os itens como se as duas formas estivessem certas. Caso encontre mais de uma resposta, marque a classificação dominante, que considera o lançamento como estágio. • Se citar como fonte MTO ou MCASP: adote o que prevê cada manual, ou seja, lançamento como estágio no MCASP e excluído dos estágios no MTO. 1.3 Arrecadação A arrecadação é a entrega dos recursos devidos ao Tesouro, realizada pelos contribuintes ou devedores aos agentes arrecadadores ou bancos autorizados pelo ente. Eles atuam como depositários, ora descontando e retendo tributos sobre rendimento pagos, ora cobrando de seus clientes e consumidores tributos sobre bens e serviços fornecidos. Assim, os contribuintes quitam seus débitos tributários mediante pagamento aos agentes arrecadadores, em geral instituições financeiras autorizadas, já que não têm acesso direto ao Tesouro Público. Consoante o art. 55 da Lei 4.320/1964, os agentes da arrecadação devem fornecer recibos das importâncias que arrecadarem, em uma única via, os quais devem conter o nome da pessoa que paga a soma arrecadada, proveniência e classificação, bem como a data e a assinatura do agente arrecadador. 1.4 Recolhimento O recolhimento é a transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro, responsável pela administração e controle da arrecadação e programação financeira, observando o Princípio da Unidade de Caixa, representado pelo controle centralizado dos recursos arrecadados em cada ente. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 12 O recolhimento ao Tesouro é realizado pelos próprios agentes ou bancos arrecadadores. Essa ordem é bastante nítida, pois os agentes arrecadadores podem ser bancos ou caixas avançados do próprio ente. A arrecadação consiste na entrega do recurso ao agente ou banco arrecadador pelo contribuinte ou devedor. Já o recolhimento consiste no depósito em conta do Tesouro, aberta especificamente para esse fim, pelos caixas ou bancos arrecadadores. 2. ESTÁGIOS DA DESPESA PÚBLICA Ao longo do exercício financeiro, ao mesmo tempo, as receitas são arrecadadas e as despesas são executadas. Assim como ocorre com as receitas, cujos estágios já estudamos, para que se execute uma despesa do Poder Público ela deve passar por estágios, os quais devem ser seguidos com rigor. Uma vez publicada a LOA, observadas as normas de execução orçamentária e de programação financeira da União, estabelecidas para o exercício, e lançadas as informações orçamentárias, fornecidas pela Secretaria de Orçamento Federal, no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI, por intermédio da geração automática do documento Nota de Dotação – ND, cria-se o crédito orçamentário e, a partir daí, tem-se o início da execução orçamentária propriamente dita. A doutrina majoritária considera que os estágios da despesa são fixação (ou programação), empenho, liquidação e pagamento. São eles que estudaremos nos próximos tópicos. Acrescento que há praticamente consenso que empenho, liquidação e pagamento são estágiosda execução da despesa. Atualmente se encontra em aplicação a sistemática do pré-empenho antecedendo esses estágios, já que, após o recebimento do crédito orçamentário e antes do seu comprometimento para a realização da despesa, existe uma fase geralmente demorada de licitação obrigatória junto a fornecedores de bens e serviços que impõe a necessidade de se assegurar o crédito até o término do processo licitatório. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 13 2.1 Fixação ou programação A fixação ou programação da despesa orçamentária insere-se no processo de planejamento. É a dotação inicial da LOA que, segundo o princípio do equilíbrio, visa assegurar que as despesas autorizadas não serão superiores à previsão das receitas. Assim, a fixação é concluída com a autorização dada pelo poder legislativo por meio da lei orçamentária anual, ressalvadas as eventuais aberturas de créditos adicionais no decorrer da vigência do orçamento. A legislação não permite a inversão de qualquer estágio. O que pode ocorrer é exceção quanto ao estágio da programação, como acontece com as despesas realizadas por meio da abertura de créditos extraordinários. Esse tipo de despesa não passa pelo estágio da programação, em virtude de sua imprevisibilidade e urgência. A licitação é considerada por parte da doutrina como estágio da despesa. A licitação é o procedimento administrativo que tem por objetivo verificar, entre vários fornecedores habilitados, quem oferece condições mais vantajosas para a aquisição de bem ou serviço. A licitação é regra para a Administração Pública. No entanto, a lei apresenta exceções a esta regra. São as situações em que ela é inexigível, dispensável ou dispensada, conforme a Lei 8.666/1993 (estudada pelo direito administrativo), que regulamenta o art. 37, XXI, da CF/1988, estabelecendo normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações. 2.2 Empenho Executar o orçamento é realizar as despesas públicas nele previstas e apenas estas, pois, para que qualquer utilização de recursos públicos seja efetuada, a primeira condição é que esse gasto tenha sido legal, oficialmente previsto e autorizado pelo Congresso Nacional, e que sejam seguidos à risca os três estágios da execução das despesas previstos na Lei 4.320/1964: empenho, CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 14 liquidação e pagamento. Portanto, o orçamento é um instrumento de verificação prévia do emprego do dinheiro público. Passa pela aprovação dos representantes da população, já que, segundo o art. 166 da CF/1988, os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. O empenho é o primeiro estágio da execução da despesa. Segundo o art. 58 da Lei 4.320/1964, o empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. Tal artigo deve ser entendido como uma garantia ao credor que, se ele cumprir os termos do que foi tratado com a Administração, receberá o pagamento que estará reservado para ele. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos. Por exemplo, se o crédito é no valor de R$ 100.000,00, o empenho não poderá ser superior a esse valor. Assim, o empenho precede a realização da despesa e está restrito ao limite do crédito orçamentário. O empenho importa deduzir seu valor de dotação adequada à despesa a realizar, por força do compromisso assumido. Se na mesma dotação de R$ 100.000,00 forem empenhados R$ 40.000,00; ocorrerá a baixa desse valor do crédito disponível de acordo com a sua destinação. Assim, restará o valor de R$ 60.000,00 para novos empenhos nessa dotação. As despesas só podem ser realizadas mediante prévio empenho, consoante o art. 60, § 1.º, da Lei 4.320/1964, a qual veda a realização de despesa sem prévio empenho: Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. § 1.º Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a emissão da nota de empenho. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 15 O Decreto 93.872/1986 dispõe sobre a unificação dos recursos de caixa do Tesouro Nacional, atualiza e consolida a legislação pertinente, bem como trata dos estágios da despesa. Reforça em seu art. 24 que é vedada a realização de despesa sem prévio empenho e acrescenta que, em caso de urgência caracterizada na legislação em vigor, admitir-se-á que o ato do empenho seja contemporâneo à realização da despesa. O que pode ser dispensada é a nota de empenho e nunca o empenho. A nota de empenho (NE) é a materialização do empenho. É um documento extraído para cada empenho, utilizado para registrar as operações que envolvem despesas orçamentárias realizadas pela Administração Pública federal, ou seja, o comprometimento de despesa, seu reforço ou anulação, indicando o nome do credor, a especificação e o valor da despesa, bem como a dedução desse valor do saldo da dotação própria. Embora exista obrigatoriedade do nome do credor no documento nota de empenho, em alguns casos torna-se impraticável a emissão de empenhos individuais, tendo em vista o número excessivo de credores. Na União, a NE é elaborada no SIAFI e impressa após o empenho da despesa. É a emissão da nota de empenho que poderá ser dispensada em casos especiais previstos na legislação específica. Por exemplo, as NEs são dispensadas em despesas com sentenças judiciais, pessoal e encargos sociais, juros e encargos da dívida, etc. Os empenhos são classificados consoante sua natureza e finalidade. São modalidades de empenho: • Empenho ordinário: para as despesas com montante previamente conhecido e cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez. • Empenho por estimativa: a característica desta modalidade é a existência de despesa cujo montante não se possa determinar. Normalmente possui base não homogênea, ou seja, o valor sempre varia. São exemplos as contas de água, luz e telefone; diárias, gratificações, etc. • Empenho global: para atender às despesas com montante também CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 16 definido. A especificidade é que tal modalidade é permitida para atender despesas contratuais e outras sujeitas a parcelamento. São exemplos os aluguéis, salários, prestação de serviços, etc. Caso o empenho se revele insuficiente para atender a um determinado compromisso ao longo do exercício financeiro, existe a possibilidade de a Unidade emitente reforçar o empenho. Assim, o novo valor do empenho passa a ser o valor inicial mais o valor do reforço. Caso o valor do empenho exceda o montante da despesa realizada, o empenho deverá ser anulado parcialmente. O empenho deverá ser totalmente anulado quando tiver sido emitido incorretamente ou quando o objeto do contrato não tiver sido cumprido. Exemplo: o serviço contratado não foi prestado ou o material encomendadonão foi entregue. A anulação também é realizada por meio de nota de empenho. Segundo o art. 35 do Decreto 93.872/1986, o empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para todos os fins, salvo quando: I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida; II – vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em curso a liquidação da despesa, ou seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor; III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas; IV – corresponder a compromissos assumidos no exterior. E também consoante o art. 28 do referido Decreto: Art. 28 A redução ou cancelamento no exercício financeiro, de compromisso que caracterizou o empenho, implicará sua anulação parcial ou total, revertendo a importância correspondente à respectiva dotação, pela qual ficará automaticamente desonerado o limite de saques da unidade gestora. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 17 Assim, a redução ou cancelamento no exercício financeiro, de compromisso que caracterizou o empenho, implicará sua anulação parcial ou total. A importância correspondente será revertida à respectiva dotação orçamentária. Quando a anulação ocorrer após o encerramento do exercício, considerar-se-á receita orçamentária do ano em que se efetivar. Vimos como exemplo que se na dotação de R$ 100.000,00 forem empenhados R$ 40.000,00, este valor será deduzido do total. Assim, restará o valor de R$ 60.000,00 para novos empenhos nessa dotação. No entanto, se por algum motivo o empenho de R$ 40.000,00 for anulado no mesmo exercício financeiro em que foi gerado, esse valor será revertido à respectiva dotação orçamentária, ou seja, a dotação voltará ao valor original de R$ 100.000,00. Nos casos em que o instrumento de contrato é facultativo, a Lei 8.666/1993, em seu art. 62, admite a possibilidade de substituí-lo pela nota de empenho de despesa, hipótese em que o empenho representa o próprio contrato: Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço. O empenho não poderá exceder o saldo disponível de dotação orçamentária, nem o cronograma de pagamento o limite de saques fixado, evidenciados pela contabilidade, cujos registros serão acessíveis às respectivas unidades gestoras em tempo oportuno. As despesas relativas a contratos ou convênios de vigência plurianual serão empenhadas em cada exercício financeiro pela parte a ser executada no referido exercício. Segundo o art. 27 do Decreto 93.872/1986: Art. 27. As despesas relativas a contratos, convênios, acordos ou ajustes de vigência plurianual, serão empenhadas em cada exercício financeiro pela parte nele a ser executada. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 18 2.3 Liquidação Segundo o art. 63 da Lei 4.320/1964, a liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. Assim, a despesa deve passar pelo processo de verificação do direito adquirido do credor denominado liquidação antes de ser paga. Esse procedimento tem como objetivo verificar a importância exata a pagar e a quem se deve pagar, para extinguir a obrigação. A liquidação também é realizada no SIAFI, por meio da Nota de Liquidação (NL). A liquidação tem por finalidade reconhecer ou apurar: • a origem e o objeto do que se deve pagar; • a importância exata a pagar; e • a quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação. As despesas com fornecimento ou com serviços prestados terão por base: • o contrato, ajuste ou acordo respectivo; • a nota de empenho; e • os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva dos serviços. Já sabemos que o empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. Porém, estando a despesa legalmente empenhada, nem assim o Estado se vê obrigado a efetuar o pagamento, uma vez que o implemento de condição poderá estar concluído ou não. A Lei 4.320/1964 determina que o pagamento de qualquer despesa pública, seja ela de que importância for, passe pelo crivo da liquidação. É nesse segundo estágio da execução da despesa que será cobrada a prestação dos serviços ou a entrega dos bens, ou, ainda, a realização da obra, evitando, dessa forma, o pagamento sem o implemento de condição. Segundo o art. 62 da Lei 4.320/1964: CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 19 Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação. Somente após a apuração do direito adquirido pelo credor, tendo por base os documentos comprobatórios do respectivo crédito ou da completa habilitação da entidade beneficiada, a Unidade Gestora providenciará o imediato pagamento da despesa. Assim, nenhuma despesa poderá ser paga sem estar devidamente liquidada. 2.4 Pagamento O pagamento consiste na entrega de numerário ao credor mediante cheque nominativo, ordens de pagamentos ou crédito em conta. No SIAFI, é realizado mediante ordem bancária, equivalente à dívida líquida. É o último estágio da despesa. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação. Desta forma, nenhuma despesa poderá ser paga sem estar devidamente liquidada. O art. 64 da Lei 4.320/1964 define ainda a ordem de pagamento, a qual é o despacho exarado por autoridade competente determinando que a despesa seja paga. Ou seja, é a assinatura do gestor público determinando o pagamento. Já a ordem bancária (OB) é o documento do SIAFI utilizado para o pagamento de compromissos, bem como para a liberação de recursos para fins de suprimento de fundos. Quanto ao pagamento antecipado de fornecimento de bens, execução de obra ou prestação de serviço, o art. 38 do Decreto 93.872/1986 determina: Art. 38. Não será permitido o pagamento antecipado de fornecimento de materiais, execução de obra, ou prestação de serviço, inclusive de utilidade pública, admitindo-se, todavia, mediante as indispensáveis cautelas ou garantias, o pagamento de parcela contratual na vigência do respectivo contrato, convênio, acordo ou ajuste, segundo a forma de pagamento nele estabelecida, prevista no edital de licitação ou nos instrumentos formais de adjudicação direta. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 20 QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSOS ANTERIORES - ESAF 1) (ESAF - Fiscal de Rendas - Secretaria Municipal de Fazenda do RJ - 2010) Sobre o lançamento do IPTU, assinale a opção correta. a) É por declaração. b) É por declaração ou por homologação.c) É de ofício. d) É por homologação. e) É por declaração ou de ofício. a) Errada. O lançamento por declaração ou misto compreende a espontaneidade do sujeito passivo em declarar corretamente. O sujeito passivo tem papel fundamental, pois é o próprio contribuinte quem deverá apurar o valor devido. É efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. Para tornar exigível o tributo, com base nas informações contidas na declaração, o agente fazendário efetiva o ato de lançamento e dá ciência ao sujeito passivo, como ocorre com o imposto de exportação. b) Errada. No lançamento por homologação, o pagamento e as informações prestadas pelo contribuinte são realizados sem qualquer exame prévio da autoridade administrativa. São tributos de caráter instantâneo e com multiplicidade de fatos geradores, em que o recolhimento é exigido do devedor independentemente de prévia manifestação do sujeito ativo. Assim, não é necessário que o sujeito ativo efetue o lançamento para tornar exigível a prestação tributária, como ocorre com o ICMS e o IPI. c) Correta. Como regra, o lançamento de ofício ou direto é adequado aos tributos que têm como fato gerador uma situação cujos dados constam dos cadastros fiscais, de modo que basta à autoridade administrativa a consulta a aqueles registros para que se tenha às mãos dados fáticos necessários à realização do lançamento. Desta forma, é efetuado pela administração sem a participação do contribuinte, como ocorre com o IPTU e o IPVA. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 21 d) e) Erradas. Como vimos nas alternativas anteriores, o lançamento do IPTU é de ofício e não por declaração ou por homologação. Resposta: Letra C 2) (ESAF – Analista Tributário – Receita Federal – 2009) Para fins de cumprimento da “regra de ouro” estabelecida pela Lei de Responsabilidade Fiscal – LC n. 101/2000 –, não devem ser computados os ingressos decorrentes de: a) operações de crédito internas. b) recebimento de cauções. c) alienação de bens integrantes do patrimônio. d) prestação de serviços pela administração pública. e) financiamentos por organismos estrangeiros. As receitas extraorçamentárias não integram o orçamento público e constituem passivos exigíveis do ente, de tal forma que o seu pagamento não está sujeito à autorização legislativa. Isso ocorre porque possuem caráter temporário, não se incorporando ao patrimônio público. São exemplos de receitas extraorçamentárias: depósito em caução, antecipação de receitas orçamentárias – ARO, cancelamento de restos a pagar, emissão de moeda, e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros. Dessa forma, por não integrarem o Orçamento, o recebimento de cauções não é computado para efeito da regra de ouro. Observação: apesar disso, a questão deveria ser anulada. Repare que a regra de ouro trata apenas de operações de crédito e de despesas de capital. Logo, alternativas que versem sobre receitas correntes, como a proveniente de prestação de serviços pela administração pública, também não são computados para efeito da regra de ouro. Resposta: Letra B CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 22 3) (ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) Assinale a opção que indica a finalidade da liquidação da despesa pública, segundo disposição da Lei n. 4.320/64. a) Determinar o momento da contabilização da despesa. b) Verificar a origem do objeto a pagar, a importância a pagar e a quem se deve pagar a importância. c) Levantar o valor a ser pago e determinar a classificação orçamentária da despesa a ser realizada. d) Identificar o credor da nota de empenho, o montante a ser pago e a unidade gestora responsável pelo pagamento. e) Proporcionar a contabilização da despesa antes que seja feito o devido pagamento. A liquidação tem por finalidade reconhecer ou apurar: • a origem e o objeto do que se deve pagar; • a importância exata a pagar; e • a quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação. Resposta: Letra B 4) (ESAF – AFC/CGU – Correição - 2006) A despesa orçamentária será efetivada por meio do cumprimento de estágios. Com relação aos estágios da despesa pública, identifique a opção incorreta. a) É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. b) O empenho global é destinado a atender a despesa de valor não quantificável durante o exercício. c) A liquidação é o estágio que consiste na verificação do direito do credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. d) O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição. e) O pagamento representa a fase final do processo de despesa pública e somente poderá ser efetuado quando ordenado após sua regular liquidação. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 23 a) Correta. As despesas só podem ser realizadas mediante prévio empenho, consoante o art. 60, § 1.º, da Lei 4.320/1964, a qual veda a realização de despesa sem prévio empenho. b) É a incorreta. O empenho por estimativa é destinado a atender a despesa de valor não quantificável durante o exercício. Já o empenho global é destinado às despesas com montante definido. A especificidade é que tal modalidade é permitida para atender despesas contratuais e outras sujeitas a parcelamento. c) Correta. Segundo o art. 63 da Lei 4.320/1964, a liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. d) Correta. De acordo com o art. 58 da Lei 4.320/1964, o empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. e) Correta. Somente após a apuração do direito adquirido pelo credor, tendo por base os documentos comprobatórios do respectivo crédito ou da completa habilitação da entidade beneficiada, a Unidade Gestora providenciará o imediato pagamento da despesa. Assim, nenhuma despesa poderá ser paga sem estar devidamente liquidada. Resposta: Letra B 5) (ESAF – AFC/CGU - 2008) A execução da receita orçamentária segue algumas etapas consubstanciadas nas ações desenvolvidas e percorridas pelos órgãos e pelas repartições encarregados de executá-las respeitando-se o princípio do caixa único ou da unidade de tesouraria. Em relação a esse tema e tendo por base a legislação federal e o disposto na 4ª edição do Manual de Receitas Públicas, instituído pela Portaria STN/SOF n. 2, de 08 de agosto de 2007, marque a opção correta. a) A Previsão se caracteriza pela estimativa de arrecadação da receita orçamentária e não pode ser superior ao valor estabelecido na Lei de Diretrizes Orçamentárias. b) As receitas orçamentárias originárias para serem arrecadadas dependem de autorização na Lei Orçamentária Anual. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDESwww.pontodosconcursos.com.br 24 c) Independentemente da natureza, a receita passa pelo estágio do lançamento. d) As receitas intra-orçamentárias decorrem da realização de despesas intra- orçamentárias, mas não alteram o saldo da Conta Única do Tesouro no Banco Central, traduzindo-se em meros lançamentos contábeis. e) No Governo Federal, o Recolhimento é a transferência dos valores arrecadados, pelos agentes arrecadadores autorizados, para a Conta Única do Tesouro mantida no Banco do Brasil. a) Errada. A previsão se caracteriza pela estimativa de arrecadação da receita orçamentária e não pode ser superior ao valor estabelecido na Lei Orçamentária Anual. b) Errada. As receitas originárias, denominadas também de receitas de Economia Privada ou de Direito Privado, correspondem àquelas que provêm do próprio patrimônio do Estado. São resultantes da venda de produtos ou serviços colocados à disposição dos usuários ou da cessão remunerada de bens e valores. Não dependem de autorização na LOA para serem arrecadadas. c) Errada. Algumas receitas não passam pelo lançamento. São tipicamente objetos de lançamentos os impostos diretos e quaisquer outras rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato. d) Correta. As receitas intraorçamentárias são oriundas de operações realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes do orçamento fiscal e da seguridade social de uma mesma esfera de governo. São meras especificações das categorias corrente e de capital, a fim de possibilitar a identificação das respectivas operações intraorçamentárias e, dessa forma, evitar a dupla contagem de tais receitas. e) Errada. O recolhimento é a transferência dos valores arrecadados, pelos agentes arrecadadores autorizados, para a Conta Única do Tesouro mantida pelo Banco Central do Brasil. Portanto, a Conta Única do Tesouro não é mantida no Banco do Brasil e sim no Banco Central do Brasil. Resposta: Letra D CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 25 6) (ESAF – AFC/STN – Econômico – Financeiro - 2005) De acordo com as Finanças Públicas, afirma-se que os estágios da receita pública representam as fases percorridas pela receita na execução orçamentária. Aponte a opção correta que diz respeito ao ato pelo agente, pelo qual os agentes arrecadadores entregam diretamente ao tesouro público o produto da arrecadação. a) lançamento b) recolhimento c) previsão d) declaração e) arrecadação a) Errada. O lançamento da receita é o ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta. b) Correta. O recolhimento é a transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro, responsável pela administração e controle da arrecadação e programação financeira, observando o Princípio da Unidade de Caixa, representado pelo controle centralizado dos recursos arrecadados em cada ente. c) Errada. A previsão da receita se configura por meio da estimativa de arrecadação da receita, constante da Lei Orçamentária Anual – LOA, resultante de metodologia de projeção de receitas orçamentárias. d) Errada. A declaração não é estágio da receita. O lançamento por declaração, um dos tipos do estágio do lançamento da receita, é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. Para tornar exigível o tributo, com base nas informações contidas na declaração, o agente fazendário efetiva o ato de lançamento e dá ciência ao sujeito passivo. e) Errada. A arrecadação é a entrega dos recursos devidos ao Tesouro, realizada pelos contribuintes ou devedores aos agentes arrecadadores ou bancos autorizados pelo ente. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 26 Logo, o ato o qual os agentes arrecadadores entregam diretamente ao tesouro público o produto da arrecadação denomina-se recolhimento. Resposta: Letra B 7) (ESAF – Procurador – PGFN – 2006) O empenho de despesa, nos termos da Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964, a) é ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. b) é ato emanado do Presidente do Tribunal de Contas que cria para o fiscalizado obrigação de pagamento imediato. c) é ato de iniciativa do Chefe do Poder Executivo, que detém competência exclusiva para tal, e que não depende de posterior avaliação do Tribunal de Contas. d) é ato extraordinário, que decorre de circunstâncias específicas, enumeradas pela lei, e que visam atender emergências. e) é ato ordinário, de competência de todo agente público, que não cria para o Estado obrigação de pagamento, dado que vinculado a controle prévio do Tribunal de Contas. O empenho é o primeiro estágio da execução da despesa. Segundo o art. 58 da Lei 4320/64, o empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. Resposta: Letra A 8) (ESAF – Procurador – TCE/GO - 2007) A respeito dos procedimentos de execução da despesa pública, assinale a opção incorreta. a) Nenhuma despesa pode ser realizada sem prévio empenho. b) As despesas decorrentes de ordem judicial não necessitam de nota de empenho. c) O empenho não pode exceder os limites do crédito. d) Liquidação consiste no ato da autoridade competente que determina o pagamento e extingue a obrigação do Estado. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 27 e) A anulação do empenho faz-se por nota de empenho. a) Correta. As despesas só podem ser realizadas mediante prévio empenho, consoante a Lei 4320/64, a qual veda a realização de despesa sem prévio empenho. b) Correta. É a emissão da nota de empenho que poderá ser dispensada em casos especiais previstos na legislação específica, como no caso das despesas decorrentes de ordem judicial. c) Correta. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos. d) É a incorreta. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. O pagamento é o último estágio da despesa. e) Correta. O empenho deverá ser parcialmente anulado no decorrer do exercício quando seu valor exceder o montante da despesa realizada. Deverá ser totalmente anulado quando o serviço contratado não tiver sido prestado, o material encomendado não tiver sido entregue, ou o empenho tiver sido emitido incorretamente. O empenho é formalizado mediante a emissão da nota de empenho, assim como a sua anulação. Resposta: Letra D 9) (ESAF – AFC/STN – Contábil – Financeiro - 2005) A liquidação da despesa de que trata o art. 36 do Decreto nº 93.872/96 tem por finalidade, entre outras: a) estimar o montante da despesa quando o empenho não for ordinário. b) definir a importância exata a pagar. c) deduzir o valor da despesa da dotação autorizada. d) informar ao credor o compromisso da administração em realizar a aquisição. e) comprometer recursos com o credor. A liquidação tempor finalidade reconhecer ou apurar: • A origem e o objeto do que se deve pagar; • A importância exata a pagar; e • A quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 28 Resposta: Letra B 10) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Segundo a Lei n. 4.320/64, a realização da despesa ocorre em três estágios: empenho, liquidação e pagamento. Assinale a opção falsa em relação ao estágio liquidação. a) A liquidação consiste na verificação do direito adquirido pelo credor. b) Na liquidação, verifica-se a origem e o objeto que se deve pagar. c) A liquidação de despesa, por fornecimento de bens ou serviços, deverá ser realizada com base no contrato, se houver, e na nota de empenho. d) A despesa pública é reconhecida no estágio da liquidação. e) A liquidação da despesa somente pode ocorrer caso haja recursos em caixa suficientes para pagá-la. a) Correta. Segundo o art. 63 da Lei 4320/64, a liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. Esse procedimento tem como objetivo verificar a importância exata a pagar e a quem se deve pagar, para extinguir a obrigação. b) Correta. A liquidação tem por finalidade reconhecer ou apurar: • A origem e o objeto do que se deve pagar; • A importância exata a pagar; e • A quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação. c) Correta. As despesas com fornecimento ou com serviços prestados terão por base: • O contrato, ajuste ou acordo respectivo; • A nota de empenho; e • Os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva dos serviços. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 29 d) Correta. Durante o exercício financeiro, a Secretaria do Tesouro nacional considera despesa aquela que já foi liquidada. No entanto, toda aquela que foi empenhada e não anulada no fim do exercício financeiro (31/12) será considerada despesa nas demonstrações contábeis. e) É a incorreta. A liquidação da despesa não depende de recursos em caixa suficientes para pagá-la. A liquidação visa a apuração do direito adquirido pelo credor, tendo por base os documentos comprobatórios do respectivo crédito ou da completa habilitação da entidade beneficiada. A liquidação não depende do pagamento. É o pagamento que depende da liquidação, pois segundo o art. 62 da Lei 4320/1964, o pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação. Resposta: Letra E 11) (ESAF – AFCE – TCU – 2006) Assinale a opção que aponta a correta correlação entre as colunas: 1) lançamento 2) arrecadação 3) recolhimento 4) empenho 5) liquidação 6) pagamento ( ) ato emanado de autoridade competente que cria para o estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição. ( ) momento em que os contribuintes comparecem perante aos agentes arrecadadores a fim de liquidarem suas obrigações para com o estado. ( ) emissão do cheque ou ordem bancária em favor do credor. ( ) verificação do implemento de condição, ou seja, verificação objetiva do cumprimento contratual. ( ) relação individualizada dos contribuintes, discriminando a espécie, o valor e o vencimento do imposto de cada um. ( ) ato pelo qual os agentes arrecadadores entregam diariamente ao Tesouro público o produto da arrecadação. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 30 a) 1 - 3 - 6 - 5 - 4 - 2 b) 4 - 3 - 6 - 5 - 1 - 2 c) 1 - 3 - 5 - 6 - 4 - 2 d) 4 - 2 - 6 - 5 - 1 - 3 e) 5 - 2 - 3 - 1 - 4 – 6 (4) empenho: ato emanado de autoridade competente que cria para o estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição. (2) arrecadação: momento em que os contribuintes comparecem perante aos agentes arrecadadores a fim de liquidarem suas obrigações para com o estado. (6) pagamento: emissão do cheque ou ordem bancária em favor do credor. (5) liquidação: verificação do implemento de condição, ou seja, verificação objetiva do cumprimento contratual. (1) lançamento: relação individualizada dos contribuintes, discriminando a espécie, o valor e o vencimento do imposto de cada um. (3) recolhimento: ato pelo qual os agentes arrecadadores entregam diariamente ao Tesouro público o produto da arrecadação. Logo, a ordem é 4 - 2 - 6 - 5 - 1 - 3. Resposta: Letra D 12) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Com base na Lei de Responsabilidade Fiscal, não é lícito afirmar acerca da previsão e arrecadação da receita pública: a) a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos são requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal. b) as previsões de receita devem considerar, entre outros fatores relevantes, os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços e do crescimento econômico. c) é vedada a realização de transferências voluntárias ao ente da federação que não institui, prevê e arrecada todos os tributos. d) a reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só poderá ser feita em caso de erro ou omissão de ordem técnica ou legal. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 31 e) em até trinta dias após a publicação dos orçamentos, o Poder Executivo deve desdobrar as receitas previstas em metas bimestrais de arrecadação. a) Correta. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação. b) Correta. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas. c) É a incorreta. Atenção: é vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não institui, prevê e efetivamente arrecadada todos os impostos. d) Correta. A LRF é restritiva, porém admite reestimativa da receita pelo Poder Legislativo se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal. e) Correta. Em até trinta dias após a publicação dos orçamentos, as receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa. Resposta: Letra C 13) (ESAF – Analista de Finanças e Controle – CGU – 2008) A Despesa Pública segue um ordenamento jurídico, com requisitos que precisam ser atendidos em uma sequência específica, predeterminada e ordenada. No que diz respeito a esse assunto, julgue os itens que se seguem e marque a opção que corresponde à ordem correta.I. É vedada a realização da despesa sem prévio empenho, mas em casos especiais, previstos na legislação específica, poderá ser dispensada a emissão da nota de empenho. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 32 II. Ao final do exercício, não será anulado o empenho da despesa cujo contrato estabelecer como data-limite, para a entrega do serviço, dia 31 de março. III. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava créditos próprios, com saldo suficiente para atendê-las, que não tenha sido processadas, na época própria, e cuja obrigação tenha sido cumprida pelo credor, deverão ser inscritas em Restos a Pagar do exercício e pagas como tal. IV. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos, exceto no caso de créditos extraordinários. V. Entre os estágios da despesa orçamentária, é somente na liquidação que se reconhece a obrigação a pagar. a) V,V,F,V,F b) V,V,F,F,V c) F,V,F,F,V d) V,F,V,F,F e) V,F,V,V,F I) Verdadeiro. O que pode ser dispensada, em casos previstos na legislação específica, é a nota de empenho e nunca o empenho. II) Verdadeiro. Segundo o art. 35 do Decreto 93.872/1986, o empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para todos os fins, salvo quando: vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida; vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em curso a liquidação da despesa, ou seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor; se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas; ou corresponder a compromissos assumidos no exterior. A alternativa dispõe que o contrato estabelece uma data-limite para a entrega do serviço, logo o empenho não será anulado porque está vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor. III) Falso. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava créditos próprios, com saldo suficiente para atendê-las, que não tenha sido processadas, na época própria, e cuja obrigação tenha sido CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 33 cumprida pelo credor, deverão ser inscritas em Despesas de Exercícios Anteriores e pagas como tal. IV) Falso. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos. Assim, o empenho estará sempre restrito ao limite do crédito orçamentário, mesmo nos créditos extraordinários. V) Verdadeiro. A liquidação tem por finalidade reconhecer ou apurar a origem e o objeto do que se deve pagar; a importância exata a pagar; e a quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação. Logo, a ordem correta é V,V,F,F,V. Resposta: Letra B 14) (ESAF – AFC/CGU – Auditoria e Fiscalização - 2006) Na execução orçamentária e financeira, as decisões e as escolhas expressas na lei orçamentária assumem natureza financeira na forma de fluxos de recursos que entram e saem do Tesouro governamental. Com relação à execução da despesa não se pode dizer que: a) a lei orçamentária é organizada na forma de créditos orçamentários, aos quais estão consignadas dotações. b) no âmbito do orçamento federal brasileiro, a partir do exercício de 2000, o crédito orçamentário individualizado compreende o seguinte conjunto de categorias classificatórias presentes na lei orçamentária: Grupo de Despesa, Identificador de Uso, Fonte de Recursos, Modalidade de Aplicação, Categoria Econômica, Subtítulo, Projeto ou Atividade ou Operação Especial, Programa, Função, Unidade Orçamentária e Órgão. c) após a observância do processo licitatório, a despesa orçamentária será efetivada por meio do cumprimento de três estágios: empenho, subempenho e liquidação. d) a norma brasileira determina que o Poder Executivo, no prazo de até 30 dias após a publicação da lei orçamentária, estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolsos. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 34 e) A realização das despesas no âmbito da administração pública, particularmente com a aquisição de bens e a contratação de serviços e obras, depende do cumprimento das regras de licitação. a) Correta. A lei orçamentária é organizada na forma de créditos orçamentários, aos quais estão consignadas dotações. O crédito orçamentário é constituído pelo conjunto de categorias classificatórias e contas que especificam as ações e operações autorizadas pela lei orçamentária, enquanto a dotação é o montante de recursos financeiros com que conta o crédito orçamentário. b) Correta. No âmbito do orçamento federal brasileiro, a partir do exercício de 2000, o crédito orçamentário individualizado compreende o seguinte conjunto de categorias classificatórias presentes na lei orçamentária: grupo de despesa, identificador de uso, fonte de recursos (atualmente é origem dos recursos, mas também existe fonte, com outra definição), modalidade de aplicação; categoria econômica, subtítulo, projeto ou atividade ou operação especial, programa, função, unidade orçamentária e órgão; dotação, o montante de recursos financeiros com que conta o crédito orçamentário, ou seja, o crédito orçamentário é portador de uma dotação e esta constitui o limite de recurso financeiro autorizado. c) É a incorreta. Os estágios da despesa após o procedimento licitatório são: empenho, liquidação e pagamento. d) Correta. Segundo o art. 8° da LRF, até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso. e) Correta. A licitação é considerada por parte da doutrina como estágio da despesa. A licitação é o procedimento administrativo que tem por objetivo verificar, entre vários fornecedores habilitados, quem oferece condições mais vantajosas para a aquisição de bem ou serviço. Resposta: Letra C CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 35 15) (ESAF – AFC/CGU – Auditoria e Fiscalização - 2006) Para o Governo operacionalizar o processo de alocação de recursos da gestão pública ele se utiliza do ciclo da gestão, que se divide em etapas. A etapa em que os atos e fatos são praticados na Administração Pública para implementação da ação governamental, e na qual ocorre o processo de operacionalização objetiva e concreta de uma política pública denomina-se: a) planejamento. b) execução. c) programação. d) orçamentação. e) controle. Este assunto raramente é cobrado em provas, mas por precaução vamos comentar essa questão para finalizar esta aula. Os estágios da receita e despesa estão compreendidos em suas etapas. São elas: Etapas da receita orçamentária: • Planejamento: Compreende a previsão de arrecadação da receita orçamentária constante da LOA, resultante de metodologias de projeção usualmente adotadas, observada as disposições constantes da LRF. • Execução: A Lei 4.320/64 estabelece como estágios da execução da receita orçamentária o lançamento, a arrecadação eo recolhimento. • Controle e avaliação: Esta fase compreende a fiscalização realizada pela própria administração, pelos órgãos de controle e pela sociedade. O controle do desempenho da arrecadação deve ser realizado em consonância com a previsão da receita, destacando as providências adotadas no âmbito da fiscalização das receitas e combate à sonegação, as ações de recuperação de créditos nas instâncias administrativa e judicial, bem como as demais medidas para incremento das receitas tributárias e de contribuições. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 36 Etapas da despesa orçamentária: • Planejamento e Contratação: abrange, via de regra, a fixação da despesa orçamentária, a descentralização/movimentação de créditos, a programação orçamentária e financeira, o processo de licitação e a formalização do contrato. • Execução: é a etapa em que os atos e fatos são praticados na Administração Pública para implementação da ação governamental, e na qual ocorre o processo de operacionalização objetiva e concreta de uma política pública. A Lei 4.320/64 estabelece como estágios da execução da despesa orçamentária o empenho, a liquidação e o pagamento. • Controle e Avaliação: como na receita, compreende a fiscalização realizada pelos órgãos de controle e pela sociedade. Logo, a etapa em que os atos e fatos são praticados na Administração Pública para implementação da ação governamental, e na qual ocorre o processo de operacionalização objetiva e concreta de uma política pública denomina-se execução. Resposta: Letra B E assim terminamos a aula 6. Na próxima aula trataremos dos temas relacionados à execução orçamentária e financeira. Forte abraço! Sérgio Mendes CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 37 MEMENTO VI ESTÁGIOS DA RECEITA PREVISÃO Configura-se por meio da estimativa de arrecadação da receita, constante da LOA, resultante de metodologia de projeção de receitas orçamentárias. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais e considerarão: os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas. Projeção = Base de Cálculo x (índice de preço) x (índice de quantidade) x (efeito legislação). LANÇAMENTO É o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Tipos de lançamento: • Lançamento por declaração: compreende a espontaneidade do sujeito passivo em declarar corretamente. • Lançamento por homologação: o pagamento e as informações prestadas pelo contribuinte são realizados sem qualquer exame prévio da autoridade administrativa. • Lançamento de ofício: como regra, é adequado aos tributos que têm como fato gerador uma situação cujos dados constam dos cadastros fiscais, de modo que basta à autoridade administrativa a consulta a aqueles registros para que se tenha às mãos dados fáticos necessários à realização do lançamento. ARRECADAÇÃO CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 38 É a entrega, realizada pelos contribuintes ou devedores aos agentes arrecadadores ou bancos autorizados pelo ente, dos recursos devidos ao Tesouro. RECOLHIMENTO É a transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro, responsável pela administração e controle da arrecadação e programação financeira, observando o Princípio da Unidade de Caixa, representado pelo controle centralizado dos recursos arrecadados em cada ente. ESTÁGIOS DA DESPESA FIXAÇÃO (PROGRAMAÇÃO) É a dotação inicial da LOA que, segundo o princípio do equilíbrio, visa assegurar que as despesas não serão superiores à previsão das receitas. EMPENHO É o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. É materializado pela Nota de Empenho (NE) no SIAFI. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. O empenho importa deduzir seu valor de dotação adequada à despesa a realizar, por força do compromisso assumido. O que pode ser dispensada é a nota de empenho e nunca o empenho. A redução ou cancelamento no exercício financeiro, de compromisso que caracterizou o empenho, implicará sua anulação parcial ou total. A importância correspondente será revertida à respectiva dotação orçamentária. Modalidades de empenho: • Ordinário: valor definido e pagamento de uma única vez. • Global: valor definido e pagamento parcelado. • Por estimativa: valor indefinido e pagamento parcelado. LIQUIDAÇÃO CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 39 Consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. É realizada no SIAFI por meio da Nota de Liquidação (NL). Terá por base o contrato, ajuste ou acordo respectivo; a nota de empenho e os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço. A liquidação tem por finalidade reconhecer ou apurar: • a origem e o objeto do que se deve pagar; • a importância exata a pagar; e • a quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação PAGAMENTO Consiste na entrega de recursos ao credor equivalentes à dívida líquida, mediante OB no SIAFI. Ordem de pagamento é o despacho determinando o pagamento da despesa. Já a ordem bancária (OB) é o documento do SIAFI utilizado para o pagamento de compromissos, bem como para a liberação de recursos para fins de suprimento de fundos. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação. REGRA DE OURO É vedada a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. Considerar-se-á, em cada exercício financeiro, o total dos recursos de operações de crédito nele ingressados e o das despesas de capital executadas, observado o seguinte: I – não serão computadas nas despesas de capital as realizadas sob a forma de empréstimo ou financiamento a contribuinte, com o intuito de promover incentivo fiscal, tendo por base tributo de competência do ente da Federação, se resultar a diminuição, direta ou indireta, do ônus deste; II – se o empréstimo ou financiamento a que se refere o inciso I for concedido por instituição financeira controlada pelo ente da Federação, o valor da operação será deduzido das despesas de capital. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 40 Segundo a LRF, as operações de crédito por antecipação de receita
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