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Questões Comentadas Administração Financeira e Orçamentária para concursos 07

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CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
 
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Aula 6 
REGRA DE OURO E ESTÁGIOS DA RECEITA E DA DESPESA
 
 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
 
Em uma das passagens do livro Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, 
Alice está perdida e trava uma conversa com o gato. Ela pergunta qual 
caminho deve seguir, o gato retruca perguntando aonde ela quer ir e ela diz 
que não sabe. Assim o gato responde: "Se você não sabe para onde quer ir, 
então qualquer caminho serve...". 
 
Um estudante interessado em passar em um concurso deve criar um projeto 
pessoal de vida e seguir algumas premissas: é necessário sentir que precisa 
mudar; que é vantajoso mudar; que é possível mudar; e que chegou a hora de 
mudar. 
 
Os fatores que determinam o sucesso são entusiasmo, fazer por prazer, 
dedicação, empenho, persistência, atitude positiva, otimismo, bom humor, 
inovação, autenticidade, simplicidade, decisão ágil, ação efetiva, comunicação 
eficaz e, principalmente, ter clareza para onde se quer ir e como chegar, além 
de desenvolver os meios para atingir o compromisso consigo. Os fatores que 
impedem o sucesso são negativismo, pessimismo, abatimento, baixa auto-
estima, insegurança, inibição, medo de correr riscos e de errar, mentiras, 
trapaças, tramóias e mau humor. 
 
Compreendida a Classificação por Natureza da Despesa, estudada na aula 
anterior, trataremos da Regra de Ouro. Na segunda parte da aula abordaremos 
os estágios da receita e da despesa pública. 
 
 
 
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PARTE I - REGRA DE OURO 
 
A legislação atual atribui uma série de restrições para a aplicação de 
determinadas origens da receita de capital em despesas correntes. A CF/1988, 
em seu art. 167, III, estabelece: 
 
Art. 167. São vedados: 
III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das 
despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos 
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder 
Legislativo por maioria absoluta. 
 
Essa norma, conhecida como “regra de ouro”, objetiva dificultar a contratação 
de empréstimos para financiar gastos correntes, evitando que o ente público 
tome emprestado de terceiros para pagar despesas de pessoal, juros ou 
custeio. 
De acordo com esta regra, cada unidade governamental deve manter o seu 
endividamento vinculado à realização de investimentos e não à manutenção da 
máquina administrativa e demais serviços. 
 
Importante: segundo o § 2.o do art. 12 da LRF: 
§ 2.o O montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá 
ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei 
orçamentária. 
 
Repare que tal parágrafo da LRF descarta as exceções constitucionais. Por 
isso, foi proposta uma Ação Direta de Inconstitucionalidade perante o Supremo 
Tribunal Federal, o qual suspendeu liminarmente a eficácia deste dispositivo. 
Porém, a regra de ouro e suas exceções continuam em pleno vigor devido 
ao dispositivo constitucional. 
 
 
 
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Cuidado: a receita de uma operação de crédito pode ser aplicada em despesas 
correntes? A resposta é sim, desde que seja observado o dispositivo 
constitucional da regra de ouro. 
 
A LRF também traz os critérios para a apuração das operações de crédito e 
das despesas de capital para efeito da regra de ouro. Segundo o § 3.o do art. 
32, considerar-se-á, em cada exercício financeiro, o total dos recursos de 
operações de crédito nele ingressados e o das despesas de capital 
executadas, observado o seguinte: 
I – não serão computadas nas despesas de capital as realizadas sob a forma 
de empréstimo ou financiamento a contribuinte, com o intuito de promover 
incentivo fiscal, tendo por base tributo de competência do ente da Federação, 
se resultar a diminuição, direta ou indireta, do ônus deste; 
II – se o empréstimo ou financiamento a que se refere o inciso I for concedido 
por instituição financeira controlada pelo ente da Federação, o valor da 
operação será deduzido das despesas de capital. 
 
A Resolução do Senado Federal 43, de 2001, dispõe sobre as operações de 
crédito interno e externo dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
inclusive concessão de garantias, seus limites e condições de autorização, e dá 
outras providências. O art. 6.° trata do cumprimento do limite da regra de ouro, 
o qual deverá ser comprovado mediante apuração das operações de crédito e 
das despesas de capital conforme os critérios definidos na LRF e citados 
acima. Acrescenta também que se verificarão, separadamente, o exercício 
anterior e o exercício corrente, tomando-se por base: 
I – no exercício anterior, as receitas de operações de crédito nele realizadas e 
as despesas de capital nele executadas; e 
II – no exercício corrente, as receitas de operação de crédito e as despesas de 
capital constantes da lei orçamentária. 
 
Ainda, ressalta que se entende por operação de crédito realizada em um 
exercício o montante de liberação contratualmente previsto para o mesmo 
exercício. Nas operações de crédito com liberação prevista para mais de um 
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exercício financeiro, o limite computado a cada ano levará em consideração 
apenas a parcela a ser nele liberada. 
 
Um tipo destacado de operação de crédito é a que ocorre por antecipação de 
receita orçamentária (ARO). Falamos da operação de crédito por ARO quando 
estudamos o princípio da exclusividade, pois ele determina que a lei 
orçamentária não poderá conter matéria estranha à previsão das receitas e à 
fixação das despesas. Exceção se dá para as autorizações de créditos 
suplementares e operações de crédito, inclusive por ARO. 
 
Vamos aprofundar no estudo da ARO. Já conhecemos o art. 7.º da Lei 
4.320/1964: 
Art. 7.° A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para: 
II – Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por 
antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa. 
 
Esse inciso II do art. 7.º da Lei 4.320/1964 foi parcialmente prejudicado e deve 
ter sua leitura combinada com a LRF, por ser esta mais restritiva. 
Segundo o art. 38 da LRF, a operação de crédito por antecipação de receita 
destina-se a atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro. 
Apenas poderá ser realizada a partir do décimo dia do início do exercício e 
deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de 
dezembro de cada ano. 
Também não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a 
taxa de juros da operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa 
básica financeira, ou à que vier a esta substituir. É ainda proibida enquanto 
existir operação anterior da mesma natureza não integralmente resgatada e no 
último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal. 
 
Importante: segundo a LRF, as operações de crédito por antecipação de 
receita não serão computadas para efeito da regra de ouro, desde que 
liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro.CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
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A LRF também traz restrições para a aplicação de receitas provenientes de 
conversão em espécie de bens e direitos, tendo em vista o disposto em seu 
art. 44, o qual veda o uso de recursos de alienação de bens e direitos em 
despesas correntes, exceto se aplicada aos regimes de previdência, mediante 
autorização legal, conforme transcrito a seguir: 
Art. 44. É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de 
bens e direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de 
despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, 
geral e próprio dos servidores públicos. 
 
Como se observa, a Legislação procura restringir a aplicação de receitas de 
capital no financiamento de despesas correntes. No entanto, o gestor público 
ainda encontra espaço para custear seus gastos correntes utilizando receitas 
de operações de crédito, desde que o total não ultrapasse as despesas de 
capital ou sejam autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais, 
com finalidade específica e aprovados pelo Poder Legislativo por maioria 
absoluta, assim como a possibilidade de aplicar receitas das demais categorias 
econômicas nos regimes de previdência. 
 
A LRF ainda contempla restrições para a conservação do patrimônio público. 
Inúmeras vezes observamos rodovias caríssimas tornadas intransitáveis pela 
falta de manutenção, edifícios semidestruídos pela ausência de recursos para 
sua preservação, equipamentos médicos ou científicos inutilizados por inexistir 
peças de reposição. É justamente isso que se pretende evitar. O dispositivo da 
LRF estabelece que a lei orçamentária e as de créditos adicionais só incluirão 
novos projetos após adequadamente atendidos os em andamento e 
contempladas as despesas de conservação do patrimônio público, nos 
termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias. 
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PARTE II - ESTÁGIOS DA RECEITA E DA DESPESA PÚBLICA 
 
1. ESTÁGIOS DA RECEITA PÚBLICA 
 
Ao longo do exercício financeiro, concomitantemente, as receitas são 
arrecadadas e as despesas são executadas. A realização de receitas e 
despesas ocorre por meio dos denominados estágios da receita e da despesa 
pública. 
O estágio da receita orçamentária é cada passo identificado que evidencia o 
comportamento da receita e facilita o conhecimento e a gestão dos ingressos 
de recursos. Os estágios da receita orçamentária, segundo a doutrina 
dominante e o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - 
MCASP, são os seguintes: 
• Previsão; 
• Lançamento; 
• Arrecadação; 
• Recolhimento. 
 
O comportamento dos estágios da receita orçamentária é dependente da 
ordem de ocorrência dos fenômenos econômicos e obedece à ordem acima. 
Esses estágios são estabelecidos levando-se em consideração um modelo de 
orçamento existente no país e a tecnologia utilizada. Dessa forma, a ordem 
sistemática inicia-se com a previsão e termina com o recolhimento. 
 
1.1 Previsão 
 
A previsão (ou planejamento) se configura por meio da estimativa de 
arrecadação da receita, constante da Lei Orçamentária Anual – LOA, resultante 
de metodologia de projeção de receitas orçamentárias. 
 
 
 
 
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Segundo o art. 12 da LRF: 
Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, 
considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de 
preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão 
acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da 
projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de 
cálculo e premissas utilizadas. 
 
Assim, são parâmetros para a previsão de receitas os efeitos das alterações 
na legislação, como a alteração de alíquotas, as desonerações fiscais e a 
concessão de créditos tributários. Devem ser considerados, ainda, a variação 
do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator 
relevante. 
 
Uma das formas de projetar valores de arrecadação é a utilização de modelos 
incrementais na estimativa das receitas orçamentárias. Essa metodologia 
corrige os valores arrecadados pelos índices de preço, quantidade e legislação, 
da seguinte forma: 
 
Projeção = Base de Cálculo x (índice de preço) x (índice de quantidade) x 
(efeito legislação), em que: 
 
Projeção: é o valor a ser estimado para uma determinada receita de forma a 
atender à execução orçamentária, cuja programação é feita mensalmente. 
Base de cálculo: é obtida por meio da série histórica de arrecadação da 
receita e dependerá do seu comportamento mensal. 
Índice de preço: é o índice que fornece a variação média dos preços de uma 
determinada cesta de produtos. Exemplos: diversos índices de preços 
nacionais ou mesmo regionais como o IGP-DI, o INPC, o IPCA, a variação 
cambial e a variação da taxa de juros. 
Índice de quantidade: é o índice que fornece a variação média na quantidade 
de bens de um determinado segmento da economia. Está relacionado à 
variação física de um determinado fator de produção. Exemplo: variação do 
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Produto Interno Bruto Real do Brasil – PIB real. 
Efeito legislação: leva em consideração a mudança na alíquota ou na base de 
cálculo de alguma receita. Exemplos: tarifas públicas e receitas tributárias, 
decorrentes de ajustes na legislação ou nos contratos públicos. 
 
Em certos casos ocorrem atipicidades na arrecadação de determinada receita, 
que devem ser eliminadas na projeção, uma vez que são arrecadações não 
regulares, por exemplo, a receita decorrente da privatização de um Banco. Este 
alinhamento da série deve ocorrer também em casos de mudança de 
arrecadação de uma natureza de receita para outra. 
 
1.2 Lançamento 
 
O art. 53 da Lei 4.320/1964 define o lançamento da receita como o ato da 
repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa 
que lhe é devedora e inscreve o débito desta. 
De forma mais completa, o lançamento, segundo o art. 142 do Código 
Tributário Nacional (CTN), é o procedimento administrativo tendente a verificar 
a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a 
matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito 
passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível. 
 
Segundo o art. 52 da Lei 4.320/1964: 
Art. 52. São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras 
rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato. 
O que se desprende desse artigo é que algumas receitas não percorrem o 
estágio do lançamento. São tipicamente objetos de lançamentos os impostos 
diretos e quaisquer outras rendas com vencimento determinado em lei, 
regulamento ou contrato. 
 
Para continuar com os tipos de lançamentos, devemos saber que compõem a 
obrigação tributária nascida com a ocorrência do fato gerador o sujeito ativo e o 
sujeito passivo. O sujeito ativo será a pessoa jurídica, normalmente de direito 
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público, titular do direito subjetivo de exigir a prestação pecuniária (tributo ou 
penalidade) ou a prestação não pecuniária positiva ou negativa. Já a pessoa 
natural ou jurídica, privada ou pública, de quem se exige o cumprimento da 
prestação pecuniária (tributo ou penalidade) ou a prestação não pecuniária 
positiva ou negativa, denomina-se sujeito passivo. 
 
Existem três tipos de lançamento tributário: lançamento por declaração, 
lançamento por homologação e lançamento de ofício. 
• Lançamento por declaração ou misto: compreende a espontaneidade 
do sujeito passivo em declarar corretamente. O sujeito passivo tem 
papel fundamental, pois é o próprio contribuinte quem deverá apurar o 
valor devido. É efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou 
de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta 
à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, 
indispensáveis à sua efetivação. Para tornar exigível o tributo, com base 
nas informações contidas na declaração, o agente fazendário efetiva o 
ato de lançamento e dá ciência ao sujeito passivo. Exemplo: imposto de 
exportação. 
• Lançamento por homologação ou autolançamento: no lançamento 
por homologação, o pagamento e as informações prestadas pelo 
contribuinte são realizados sem qualquer exame prévio da autoridade 
administrativa. São tributos de caráter instantâneo e com multiplicidade 
de fatos geradores, em que o recolhimento é exigido do devedor 
independentemente de prévia manifestação do sujeito ativo. Assim, não 
é necessário que o sujeito ativo efetue o lançamento para tornar exigível 
a prestação tributária. Exemplos: ICMS e IPI. 
• Lançamento de ofício ou direto: como regra, o lançamento de ofício é 
adequado aos tributos que têm como fato gerador uma situação cujos 
dados constam dos cadastros fiscais, de modo que basta à autoridade 
administrativa a consulta a aqueles registros para que se tenha às mãos 
dados fáticos necessários à realização do lançamento. Desta forma, é 
efetuado pela administração sem a participação do contribuinte. 
Exemplo: IPTU. 
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Atenção: o MTO-2011 não considera o “lançamento” como estágio da 
receita. 
 
Segundo o art. 22 do Decreto Legislativo 4.536/1922, que organiza o Código de 
Contabilidade da União, a receita orçamentária percorre três estágios até que 
ocorra a efetiva entrada de recursos nos cofres públicos, na Conta Única do 
Tesouro Nacional: Previsão, Arrecadação e Recolhimento. 
 
Dessa forma, do ponto de vista orçamentário, os estágios para o MTO seriam: 
Previsão (1º Estágio) ⇒ Arrecadação (2º Estágio) ⇒ Recolhimento (3º Estágio) 
 
Quando ao “Lançamento”, o MTO-2011 afirma que, embora parte da doutrina 
considere o “Lançamento” estágio intermediário entre a “Previsão” e a 
“Arrecadação” da receita, o art. 53 da Lei nº 4.320/1964, o preceitua como “ato 
da repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a 
pessoa que lhe é devedora, e inscreve o débito desta”. 
Dessa forma, na ótica orçamentária, lançamento é procedimento administrativo 
realizado pelo Fisco – e não estágio. Ressalte-se que as receitas patrimoniais e 
as empresariais não se sujeitam ao lançamento, haja vista ingressarem 
diretamente no estágio da “Arrecadação”, mas as tributárias e de contribuições 
necessitam do procedimento administrativo em epígrafe antes de ingressarem 
no estágio da “Arrecadação”. 
 
Em resumo: para o MTO-2011, vale tudo que estudamos nesta parte da aula 
(baseada no MCASP e na doutrina dominante), com exceção de que não 
considera o Lançamento como estágio. As definições e os tipos de lançamento 
também são válidos. Novamente: para o MTO-2011, só não é válido afirmar 
que o lançamento é estágio da receita. 
 
E o que fazer na prova? 
De maneira geral, as bancas ainda seguem o MCASP e a doutrina dominante. 
No entanto, vamos adotar a seguinte regra: 
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• Caso a questão não cite a fonte: analise os itens como se as duas 
formas estivessem certas. Caso encontre mais de uma resposta, 
marque a classificação dominante, que considera o lançamento como 
estágio. 
• Se citar como fonte MTO ou MCASP: adote o que prevê cada manual, 
ou seja, lançamento como estágio no MCASP e excluído dos estágios 
no MTO. 
 
1.3 Arrecadação 
 
A arrecadação é a entrega dos recursos devidos ao Tesouro, realizada pelos 
contribuintes ou devedores aos agentes arrecadadores ou bancos autorizados 
pelo ente. Eles atuam como depositários, ora descontando e retendo tributos 
sobre rendimento pagos, ora cobrando de seus clientes e consumidores 
tributos sobre bens e serviços fornecidos. 
Assim, os contribuintes quitam seus débitos tributários mediante pagamento 
aos agentes arrecadadores, em geral instituições financeiras autorizadas, já 
que não têm acesso direto ao Tesouro Público. 
Consoante o art. 55 da Lei 4.320/1964, os agentes da arrecadação devem 
fornecer recibos das importâncias que arrecadarem, em uma única via, os 
quais devem conter o nome da pessoa que paga a soma arrecadada, 
proveniência e classificação, bem como a data e a assinatura do agente 
arrecadador. 
 
1.4 Recolhimento 
 
O recolhimento é a transferência dos valores arrecadados à conta específica 
do Tesouro, responsável pela administração e controle da arrecadação e 
programação financeira, observando o Princípio da Unidade de Caixa, 
representado pelo controle centralizado dos recursos arrecadados em cada 
ente. 
 
 
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O recolhimento ao Tesouro é realizado pelos próprios agentes ou bancos 
arrecadadores. Essa ordem é bastante nítida, pois os agentes arrecadadores 
podem ser bancos ou caixas avançados do próprio ente. A arrecadação 
consiste na entrega do recurso ao agente ou banco arrecadador pelo 
contribuinte ou devedor. Já o recolhimento consiste no depósito em conta do 
Tesouro, aberta especificamente para esse fim, pelos caixas ou bancos 
arrecadadores. 
 
2. ESTÁGIOS DA DESPESA PÚBLICA 
 
Ao longo do exercício financeiro, ao mesmo tempo, as receitas são 
arrecadadas e as despesas são executadas. Assim como ocorre com as 
receitas, cujos estágios já estudamos, para que se execute uma despesa do 
Poder Público ela deve passar por estágios, os quais devem ser seguidos com 
rigor. 
Uma vez publicada a LOA, observadas as normas de execução orçamentária e 
de programação financeira da União, estabelecidas para o exercício, e 
lançadas as informações orçamentárias, fornecidas pela Secretaria de 
Orçamento Federal, no Sistema Integrado de Administração Financeira do 
Governo Federal – SIAFI, por intermédio da geração automática do documento 
Nota de Dotação – ND, cria-se o crédito orçamentário e, a partir daí, tem-se o 
início da execução orçamentária propriamente dita. 
A doutrina majoritária considera que os estágios da despesa são fixação (ou 
programação), empenho, liquidação e pagamento. São eles que 
estudaremos nos próximos tópicos. 
Acrescento que há praticamente consenso que empenho, liquidação e 
pagamento são estágiosda execução da despesa. Atualmente se encontra 
em aplicação a sistemática do pré-empenho antecedendo esses estágios, já 
que, após o recebimento do crédito orçamentário e antes do seu 
comprometimento para a realização da despesa, existe uma fase geralmente 
demorada de licitação obrigatória junto a fornecedores de bens e serviços que 
impõe a necessidade de se assegurar o crédito até o término do processo 
licitatório. 
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2.1 Fixação ou programação 
 
A fixação ou programação da despesa orçamentária insere-se no processo 
de planejamento. É a dotação inicial da LOA que, segundo o princípio do 
equilíbrio, visa assegurar que as despesas autorizadas não serão superiores à 
previsão das receitas. 
Assim, a fixação é concluída com a autorização dada pelo poder legislativo por 
meio da lei orçamentária anual, ressalvadas as eventuais aberturas de créditos 
adicionais no decorrer da vigência do orçamento. 
A legislação não permite a inversão de qualquer estágio. O que pode ocorrer é 
exceção quanto ao estágio da programação, como acontece com as despesas 
realizadas por meio da abertura de créditos extraordinários. Esse tipo de 
despesa não passa pelo estágio da programação, em virtude de sua 
imprevisibilidade e urgência. 
 
A licitação é considerada por parte da doutrina como estágio da despesa. A 
licitação é o procedimento administrativo que tem por objetivo verificar, entre 
vários fornecedores habilitados, quem oferece condições mais vantajosas para 
a aquisição de bem ou serviço. 
A licitação é regra para a Administração Pública. No entanto, a lei apresenta 
exceções a esta regra. São as situações em que ela é inexigível, dispensável 
ou dispensada, conforme a Lei 8.666/1993 (estudada pelo direito 
administrativo), que regulamenta o art. 37, XXI, da CF/1988, estabelecendo 
normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, 
serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações. 
 
2.2 Empenho 
 
Executar o orçamento é realizar as despesas públicas nele previstas e apenas 
estas, pois, para que qualquer utilização de recursos públicos seja efetuada, a 
primeira condição é que esse gasto tenha sido legal, oficialmente previsto e 
autorizado pelo Congresso Nacional, e que sejam seguidos à risca os três 
estágios da execução das despesas previstos na Lei 4.320/1964: empenho, 
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liquidação e pagamento. 
Portanto, o orçamento é um instrumento de verificação prévia do emprego do 
dinheiro público. Passa pela aprovação dos representantes da população, já 
que, segundo o art. 166 da CF/1988, os projetos de lei relativos ao plano 
plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos 
adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na 
forma do regimento comum. 
 
O empenho é o primeiro estágio da execução da despesa. Segundo o art. 58 
da Lei 4.320/1964, o empenho é o ato emanado de autoridade competente que 
cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento 
de condição. Tal artigo deve ser entendido como uma garantia ao credor que, 
se ele cumprir os termos do que foi tratado com a Administração, receberá o 
pagamento que estará reservado para ele. 
O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos. 
Por exemplo, se o crédito é no valor de R$ 100.000,00, o empenho não poderá 
ser superior a esse valor. Assim, o empenho precede a realização da despesa 
e está restrito ao limite do crédito orçamentário. 
O empenho importa deduzir seu valor de dotação adequada à despesa a 
realizar, por força do compromisso assumido. Se na mesma dotação de R$ 
100.000,00 forem empenhados R$ 40.000,00; ocorrerá a baixa desse valor do 
crédito disponível de acordo com a sua destinação. Assim, restará o valor de 
R$ 60.000,00 para novos empenhos nessa dotação. 
 
As despesas só podem ser realizadas mediante prévio empenho, consoante o 
art. 60, § 1.º, da Lei 4.320/1964, a qual veda a realização de despesa sem 
prévio empenho: 
Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. 
§ 1.º Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a 
emissão da nota de empenho. 
 
 
 
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O Decreto 93.872/1986 dispõe sobre a unificação dos recursos de caixa do 
Tesouro Nacional, atualiza e consolida a legislação pertinente, bem como trata 
dos estágios da despesa. Reforça em seu art. 24 que é vedada a realização de 
despesa sem prévio empenho e acrescenta que, em caso de urgência 
caracterizada na legislação em vigor, admitir-se-á que o ato do empenho seja 
contemporâneo à realização da despesa. 
 
O que pode ser dispensada é a nota de empenho e nunca o empenho. A nota 
de empenho (NE) é a materialização do empenho. É um documento extraído 
para cada empenho, utilizado para registrar as operações que envolvem 
despesas orçamentárias realizadas pela Administração Pública federal, ou 
seja, o comprometimento de despesa, seu reforço ou anulação, indicando o 
nome do credor, a especificação e o valor da despesa, bem como a dedução 
desse valor do saldo da dotação própria. Embora exista obrigatoriedade do 
nome do credor no documento nota de empenho, em alguns casos torna-se 
impraticável a emissão de empenhos individuais, tendo em vista o número 
excessivo de credores. 
Na União, a NE é elaborada no SIAFI e impressa após o empenho da despesa. 
É a emissão da nota de empenho que poderá ser dispensada em casos 
especiais previstos na legislação específica. Por exemplo, as NEs são 
dispensadas em despesas com sentenças judiciais, pessoal e encargos 
sociais, juros e encargos da dívida, etc. 
 
Os empenhos são classificados consoante sua natureza e finalidade. São 
modalidades de empenho: 
• Empenho ordinário: para as despesas com montante previamente 
conhecido e cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez. 
• Empenho por estimativa: a característica desta modalidade é a 
existência de despesa cujo montante não se possa determinar. 
Normalmente possui base não homogênea, ou seja, o valor sempre 
varia. São exemplos as contas de água, luz e telefone; diárias, 
gratificações, etc. 
• Empenho global: para atender às despesas com montante também 
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definido. A especificidade é que tal modalidade é permitida para 
atender despesas contratuais e outras sujeitas a parcelamento. São 
exemplos os aluguéis, salários, prestação de serviços, etc. 
 
Caso o empenho se revele insuficiente para atender a um determinado 
compromisso ao longo do exercício financeiro, existe a possibilidade de a 
Unidade emitente reforçar o empenho. Assim, o novo valor do empenho passa 
a ser o valor inicial mais o valor do reforço. Caso o valor do empenho exceda o 
montante da despesa realizada, o empenho deverá ser anulado parcialmente. 
O empenho deverá ser totalmente anulado quando tiver sido emitido 
incorretamente ou quando o objeto do contrato não tiver sido cumprido. 
Exemplo: o serviço contratado não foi prestado ou o material encomendadonão foi entregue. A anulação também é realizada por meio de nota de 
empenho. 
 
Segundo o art. 35 do Decreto 93.872/1986, o empenho de despesa não 
liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para todos os fins, 
salvo quando: 
I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele 
estabelecida; 
II – vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em curso a 
liquidação da despesa, ou seja de interesse da Administração exigir o 
cumprimento da obrigação assumida pelo credor; 
III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas; 
IV – corresponder a compromissos assumidos no exterior. 
 
E também consoante o art. 28 do referido Decreto: 
Art. 28 A redução ou cancelamento no exercício financeiro, de compromisso 
que caracterizou o empenho, implicará sua anulação parcial ou total, 
revertendo a importância correspondente à respectiva dotação, pela qual ficará 
automaticamente desonerado o limite de saques da unidade gestora. 
 
 
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Assim, a redução ou cancelamento no exercício financeiro, de compromisso 
que caracterizou o empenho, implicará sua anulação parcial ou total. A 
importância correspondente será revertida à respectiva dotação 
orçamentária. Quando a anulação ocorrer após o encerramento do exercício, 
considerar-se-á receita orçamentária do ano em que se efetivar. 
Vimos como exemplo que se na dotação de R$ 100.000,00 forem empenhados 
R$ 40.000,00, este valor será deduzido do total. Assim, restará o valor de R$ 
60.000,00 para novos empenhos nessa dotação. No entanto, se por algum 
motivo o empenho de R$ 40.000,00 for anulado no mesmo exercício financeiro 
em que foi gerado, esse valor será revertido à respectiva dotação 
orçamentária, ou seja, a dotação voltará ao valor original de R$ 100.000,00. 
 
Nos casos em que o instrumento de contrato é facultativo, a Lei 8.666/1993, 
em seu art. 62, admite a possibilidade de substituí-lo pela nota de empenho de 
despesa, hipótese em que o empenho representa o próprio contrato: 
Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de 
tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços 
estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e 
facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros 
instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, 
autorização de compra ou ordem de execução de serviço. 
 
O empenho não poderá exceder o saldo disponível de dotação orçamentária, 
nem o cronograma de pagamento o limite de saques fixado, evidenciados pela 
contabilidade, cujos registros serão acessíveis às respectivas unidades 
gestoras em tempo oportuno. 
As despesas relativas a contratos ou convênios de vigência plurianual serão 
empenhadas em cada exercício financeiro pela parte a ser executada no 
referido exercício. 
Segundo o art. 27 do Decreto 93.872/1986: 
Art. 27. As despesas relativas a contratos, convênios, acordos ou ajustes de 
vigência plurianual, serão empenhadas em cada exercício financeiro pela parte 
nele a ser executada. 
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2.3 Liquidação 
 
Segundo o art. 63 da Lei 4.320/1964, a liquidação da despesa consiste na 
verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e 
documentos comprobatórios do respectivo crédito. Assim, a despesa deve 
passar pelo processo de verificação do direito adquirido do credor denominado 
liquidação antes de ser paga. Esse procedimento tem como objetivo verificar a 
importância exata a pagar e a quem se deve pagar, para extinguir a obrigação. 
A liquidação também é realizada no SIAFI, por meio da Nota de Liquidação 
(NL). 
 
A liquidação tem por finalidade reconhecer ou apurar: 
• a origem e o objeto do que se deve pagar; 
• a importância exata a pagar; e 
• a quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação. 
As despesas com fornecimento ou com serviços prestados terão por base: 
• o contrato, ajuste ou acordo respectivo; 
• a nota de empenho; e 
• os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva dos 
serviços. 
 
Já sabemos que o empenho é o ato emanado de autoridade competente que 
cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento 
de condição. Porém, estando a despesa legalmente empenhada, nem assim o 
Estado se vê obrigado a efetuar o pagamento, uma vez que o implemento de 
condição poderá estar concluído ou não. A Lei 4.320/1964 determina que o 
pagamento de qualquer despesa pública, seja ela de que importância for, 
passe pelo crivo da liquidação. É nesse segundo estágio da execução da 
despesa que será cobrada a prestação dos serviços ou a entrega dos bens, ou, 
ainda, a realização da obra, evitando, dessa forma, o pagamento sem o 
implemento de condição. 
 
Segundo o art. 62 da Lei 4.320/1964: 
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Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua 
regular liquidação. 
 
Somente após a apuração do direito adquirido pelo credor, tendo por base os 
documentos comprobatórios do respectivo crédito ou da completa habilitação 
da entidade beneficiada, a Unidade Gestora providenciará o imediato 
pagamento da despesa. Assim, nenhuma despesa poderá ser paga sem estar 
devidamente liquidada. 
 
2.4 Pagamento 
 
O pagamento consiste na entrega de numerário ao credor mediante cheque 
nominativo, ordens de pagamentos ou crédito em conta. No SIAFI, é realizado 
mediante ordem bancária, equivalente à dívida líquida. É o último estágio da 
despesa. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após 
sua regular liquidação. Desta forma, nenhuma despesa poderá ser paga sem 
estar devidamente liquidada. 
O art. 64 da Lei 4.320/1964 define ainda a ordem de pagamento, a qual é o 
despacho exarado por autoridade competente determinando que a despesa 
seja paga. Ou seja, é a assinatura do gestor público determinando o 
pagamento. Já a ordem bancária (OB) é o documento do SIAFI utilizado para o 
pagamento de compromissos, bem como para a liberação de recursos para fins 
de suprimento de fundos. 
 
Quanto ao pagamento antecipado de fornecimento de bens, execução de obra 
ou prestação de serviço, o art. 38 do Decreto 93.872/1986 determina: 
Art. 38. Não será permitido o pagamento antecipado de fornecimento de 
materiais, execução de obra, ou prestação de serviço, inclusive de utilidade 
pública, admitindo-se, todavia, mediante as indispensáveis cautelas ou 
garantias, o pagamento de parcela contratual na vigência do respectivo 
contrato, convênio, acordo ou ajuste, segundo a forma de pagamento nele 
estabelecida, prevista no edital de licitação ou nos instrumentos formais de 
adjudicação direta. 
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QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSOS ANTERIORES - ESAF 
 
1) (ESAF - Fiscal de Rendas - Secretaria Municipal de Fazenda do RJ - 2010) 
Sobre o lançamento do IPTU, assinale a opção correta. 
a) É por declaração. 
b) É por declaração ou por homologação.c) É de ofício. 
d) É por homologação. 
e) É por declaração ou de ofício. 
 
a) Errada. O lançamento por declaração ou misto compreende a 
espontaneidade do sujeito passivo em declarar corretamente. O sujeito passivo 
tem papel fundamental, pois é o próprio contribuinte quem deverá apurar o 
valor devido. É efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de 
terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à 
autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à 
sua efetivação. Para tornar exigível o tributo, com base nas informações 
contidas na declaração, o agente fazendário efetiva o ato de lançamento e dá 
ciência ao sujeito passivo, como ocorre com o imposto de exportação. 
b) Errada. No lançamento por homologação, o pagamento e as informações 
prestadas pelo contribuinte são realizados sem qualquer exame prévio da 
autoridade administrativa. São tributos de caráter instantâneo e com 
multiplicidade de fatos geradores, em que o recolhimento é exigido do devedor 
independentemente de prévia manifestação do sujeito ativo. Assim, não é 
necessário que o sujeito ativo efetue o lançamento para tornar exigível a 
prestação tributária, como ocorre com o ICMS e o IPI. 
c) Correta. Como regra, o lançamento de ofício ou direto é adequado aos 
tributos que têm como fato gerador uma situação cujos dados constam dos 
cadastros fiscais, de modo que basta à autoridade administrativa a consulta a 
aqueles registros para que se tenha às mãos dados fáticos necessários à 
realização do lançamento. Desta forma, é efetuado pela administração sem a 
participação do contribuinte, como ocorre com o IPTU e o IPVA. 
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d) e) Erradas. Como vimos nas alternativas anteriores, o lançamento do IPTU é 
de ofício e não por declaração ou por homologação. 
Resposta: Letra C 
 
2) (ESAF – Analista Tributário – Receita Federal – 2009) Para fins de 
cumprimento da “regra de ouro” estabelecida pela Lei de Responsabilidade 
Fiscal – LC n. 101/2000 –, não devem ser computados os ingressos 
decorrentes de: 
a) operações de crédito internas. 
b) recebimento de cauções. 
c) alienação de bens integrantes do patrimônio. 
d) prestação de serviços pela administração pública. 
e) financiamentos por organismos estrangeiros. 
 
As receitas extraorçamentárias não integram o orçamento público e constituem 
passivos exigíveis do ente, de tal forma que o seu pagamento não está sujeito 
à autorização legislativa. Isso ocorre porque possuem caráter temporário, não 
se incorporando ao patrimônio público. São exemplos de receitas 
extraorçamentárias: depósito em caução, antecipação de receitas 
orçamentárias – ARO, cancelamento de restos a pagar, emissão de moeda, e 
outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiros. 
Dessa forma, por não integrarem o Orçamento, o recebimento de cauções não 
é computado para efeito da regra de ouro. 
 
Observação: apesar disso, a questão deveria ser anulada. Repare que a regra 
de ouro trata apenas de operações de crédito e de despesas de capital. Logo, 
alternativas que versem sobre receitas correntes, como a proveniente de 
prestação de serviços pela administração pública, também não são 
computados para efeito da regra de ouro. 
Resposta: Letra B 
 
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3) (ESAF – Analista – Administração e Finanças – SUSEP – 2010) Assinale a 
opção que indica a finalidade da liquidação da despesa pública, segundo 
disposição da Lei n. 4.320/64. 
a) Determinar o momento da contabilização da despesa. 
b) Verificar a origem do objeto a pagar, a importância a pagar e a quem se 
deve pagar a importância. 
c) Levantar o valor a ser pago e determinar a classificação orçamentária da 
despesa a ser realizada. 
d) Identificar o credor da nota de empenho, o montante a ser pago e a unidade 
gestora responsável pelo pagamento. 
e) Proporcionar a contabilização da despesa antes que seja feito o devido 
pagamento. 
 
A liquidação tem por finalidade reconhecer ou apurar: 
• a origem e o objeto do que se deve pagar; 
• a importância exata a pagar; e 
• a quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação. 
Resposta: Letra B 
 
4) (ESAF – AFC/CGU – Correição - 2006) A despesa orçamentária será 
efetivada por meio do cumprimento de estágios. Com relação aos estágios da 
despesa pública, identifique a opção incorreta. 
a) É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. 
b) O empenho global é destinado a atender a despesa de valor não 
quantificável durante o exercício. 
c) A liquidação é o estágio que consiste na verificação do direito do credor, 
tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. 
d) O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria 
para o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de 
condição. 
e) O pagamento representa a fase final do processo de despesa pública e 
somente poderá ser efetuado quando ordenado após sua regular liquidação. 
 
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a) Correta. As despesas só podem ser realizadas mediante prévio empenho, 
consoante o art. 60, § 1.º, da Lei 4.320/1964, a qual veda a realização de 
despesa sem prévio empenho. 
b) É a incorreta. O empenho por estimativa é destinado a atender a despesa 
de valor não quantificável durante o exercício. Já o empenho global é 
destinado às despesas com montante definido. A especificidade é que tal 
modalidade é permitida para atender despesas contratuais e outras sujeitas a 
parcelamento. 
c) Correta. Segundo o art. 63 da Lei 4.320/1964, a liquidação da despesa 
consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos 
e documentos comprobatórios do respectivo crédito. 
d) Correta. De acordo com o art. 58 da Lei 4.320/1964, o empenho é o ato 
emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de 
pagamento pendente ou não de implemento de condição. 
e) Correta. Somente após a apuração do direito adquirido pelo credor, tendo 
por base os documentos comprobatórios do respectivo crédito ou da completa 
habilitação da entidade beneficiada, a Unidade Gestora providenciará o 
imediato pagamento da despesa. Assim, nenhuma despesa poderá ser paga 
sem estar devidamente liquidada. 
Resposta: Letra B 
 
5) (ESAF – AFC/CGU - 2008) A execução da receita orçamentária segue 
algumas etapas consubstanciadas nas ações desenvolvidas e percorridas 
pelos órgãos e pelas repartições encarregados de executá-las respeitando-se o 
princípio do caixa único ou da unidade de tesouraria. Em relação a esse tema e 
tendo por base a legislação federal e o disposto na 4ª edição do Manual de 
Receitas Públicas, instituído pela Portaria STN/SOF n. 2, de 08 de agosto de 
2007, marque a opção correta. 
a) A Previsão se caracteriza pela estimativa de arrecadação da receita 
orçamentária e não pode ser superior ao valor estabelecido na Lei de Diretrizes 
Orçamentárias. 
b) As receitas orçamentárias originárias para serem arrecadadas dependem de 
autorização na Lei Orçamentária Anual. 
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c) Independentemente da natureza, a receita passa pelo estágio do 
lançamento. 
d) As receitas intra-orçamentárias decorrem da realização de despesas intra-
orçamentárias, mas não alteram o saldo da Conta Única do Tesouro no Banco 
Central, traduzindo-se em meros lançamentos contábeis. 
e) No Governo Federal, o Recolhimento é a transferência dos valores 
arrecadados, pelos agentes arrecadadores autorizados, para a Conta Única do 
Tesouro mantida no Banco do Brasil. 
 
a) Errada. A previsão se caracteriza pela estimativa de arrecadação da receita 
orçamentária e não pode ser superior ao valor estabelecido na Lei 
Orçamentária Anual. 
b) Errada. As receitas originárias, denominadas também de receitas de 
Economia Privada ou de Direito Privado, correspondem àquelas que provêm do 
próprio patrimônio do Estado. São resultantes da venda de produtos ou 
serviços colocados à disposição dos usuários ou da cessão remunerada de 
bens e valores. Não dependem de autorização na LOA para serem 
arrecadadas. 
c) Errada. Algumas receitas não passam pelo lançamento. São tipicamente 
objetos de lançamentos os impostos diretos e quaisquer outras rendas com 
vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato. 
d) Correta. As receitas intraorçamentárias são oriundas de operações 
realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração Pública 
integrantes do orçamento fiscal e da seguridade social de uma mesma esfera 
de governo. São meras especificações das categorias corrente e de capital, a 
fim de possibilitar a identificação das respectivas operações intraorçamentárias 
e, dessa forma, evitar a dupla contagem de tais receitas. 
e) Errada. O recolhimento é a transferência dos valores arrecadados, pelos 
agentes arrecadadores autorizados, para a Conta Única do Tesouro mantida 
pelo Banco Central do Brasil. Portanto, a Conta Única do Tesouro não é 
mantida no Banco do Brasil e sim no Banco Central do Brasil. 
Resposta: Letra D 
 
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6) (ESAF – AFC/STN – Econômico – Financeiro - 2005) De acordo com as 
Finanças Públicas, afirma-se que os estágios da receita pública representam 
as fases percorridas pela receita na execução orçamentária. Aponte a opção 
correta que diz respeito ao ato pelo agente, pelo qual os agentes 
arrecadadores entregam diretamente ao tesouro público o produto da 
arrecadação. 
a) lançamento 
b) recolhimento 
c) previsão 
d) declaração 
e) arrecadação 
 
a) Errada. O lançamento da receita é o ato da repartição competente, que 
verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e 
inscreve o débito desta. 
b) Correta. O recolhimento é a transferência dos valores arrecadados à conta 
específica do Tesouro, responsável pela administração e controle da 
arrecadação e programação financeira, observando o Princípio da Unidade de 
Caixa, representado pelo controle centralizado dos recursos arrecadados em 
cada ente. 
c) Errada. A previsão da receita se configura por meio da estimativa de 
arrecadação da receita, constante da Lei Orçamentária Anual – LOA, resultante 
de metodologia de projeção de receitas orçamentárias. 
d) Errada. A declaração não é estágio da receita. O lançamento por 
declaração, um dos tipos do estágio do lançamento da receita, é efetuado com 
base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na 
forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações 
sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. Para tornar exigível o 
tributo, com base nas informações contidas na declaração, o agente fazendário 
efetiva o ato de lançamento e dá ciência ao sujeito passivo. 
e) Errada. A arrecadação é a entrega dos recursos devidos ao Tesouro, 
realizada pelos contribuintes ou devedores aos agentes arrecadadores ou 
bancos autorizados pelo ente. 
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Logo, o ato o qual os agentes arrecadadores entregam diretamente ao tesouro 
público o produto da arrecadação denomina-se recolhimento. 
Resposta: Letra B 
 
7) (ESAF – Procurador – PGFN – 2006) O empenho de despesa, nos termos 
da Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964, 
a) é ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação 
de pagamento pendente ou não de implemento de condição. 
b) é ato emanado do Presidente do Tribunal de Contas que cria para o 
fiscalizado obrigação de pagamento imediato. 
c) é ato de iniciativa do Chefe do Poder Executivo, que detém competência 
exclusiva para tal, e que não depende de posterior avaliação do Tribunal de 
Contas. 
d) é ato extraordinário, que decorre de circunstâncias específicas, enumeradas 
pela lei, e que visam atender emergências. 
e) é ato ordinário, de competência de todo agente público, que não cria para o 
Estado obrigação de pagamento, dado que vinculado a controle prévio do 
Tribunal de Contas. 
 
O empenho é o primeiro estágio da execução da despesa. Segundo o art. 58 
da Lei 4320/64, o empenho é o ato emanado de autoridade competente 
que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de 
implemento de condição. 
Resposta: Letra A 
 
8) (ESAF – Procurador – TCE/GO - 2007) A respeito dos procedimentos de 
execução da despesa pública, assinale a opção incorreta. 
a) Nenhuma despesa pode ser realizada sem prévio empenho. 
b) As despesas decorrentes de ordem judicial não necessitam de nota de 
empenho. 
c) O empenho não pode exceder os limites do crédito. 
d) Liquidação consiste no ato da autoridade competente que determina o 
pagamento e extingue a obrigação do Estado. 
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e) A anulação do empenho faz-se por nota de empenho. 
 
a) Correta. As despesas só podem ser realizadas mediante prévio empenho, 
consoante a Lei 4320/64, a qual veda a realização de despesa sem prévio 
empenho. 
b) Correta. É a emissão da nota de empenho que poderá ser dispensada em 
casos especiais previstos na legislação específica, como no caso das 
despesas decorrentes de ordem judicial. 
c) Correta. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos 
concedidos. 
d) É a incorreta. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito 
adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios 
do respectivo crédito. O pagamento é o último estágio da despesa. 
e) Correta. O empenho deverá ser parcialmente anulado no decorrer do 
exercício quando seu valor exceder o montante da despesa realizada. Deverá 
ser totalmente anulado quando o serviço contratado não tiver sido prestado, o 
material encomendado não tiver sido entregue, ou o empenho tiver sido emitido 
incorretamente. O empenho é formalizado mediante a emissão da nota de 
empenho, assim como a sua anulação. 
Resposta: Letra D 
 
9) (ESAF – AFC/STN – Contábil – Financeiro - 2005) A liquidação da despesa 
de que trata o art. 36 do Decreto nº 93.872/96 tem por finalidade, entre outras: 
a) estimar o montante da despesa quando o empenho não for ordinário. 
b) definir a importância exata a pagar. 
c) deduzir o valor da despesa da dotação autorizada. 
d) informar ao credor o compromisso da administração em realizar a aquisição. 
e) comprometer recursos com o credor. 
 
A liquidação tempor finalidade reconhecer ou apurar: 
• A origem e o objeto do que se deve pagar; 
• A importância exata a pagar; e 
• A quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação. 
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Resposta: Letra B 
 
10) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Segundo a Lei 
n. 4.320/64, a realização da despesa ocorre em três estágios: empenho, 
liquidação e pagamento. Assinale a opção falsa em relação ao estágio 
liquidação. 
a) A liquidação consiste na verificação do direito adquirido pelo credor. 
b) Na liquidação, verifica-se a origem e o objeto que se deve pagar. 
c) A liquidação de despesa, por fornecimento de bens ou serviços, deverá ser 
realizada com base no contrato, se houver, e na nota de empenho. 
d) A despesa pública é reconhecida no estágio da liquidação. 
e) A liquidação da despesa somente pode ocorrer caso haja recursos em caixa 
suficientes para pagá-la. 
 
a) Correta. Segundo o art. 63 da Lei 4320/64, a liquidação da despesa 
consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os 
títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. Esse procedimento 
tem como objetivo verificar a importância exata a pagar e a quem se deve 
pagar, para extinguir a obrigação. 
 
b) Correta. A liquidação tem por finalidade reconhecer ou apurar: 
• A origem e o objeto do que se deve pagar; 
• A importância exata a pagar; e 
• A quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação. 
 
c) Correta. As despesas com fornecimento ou com serviços prestados terão por 
base: 
• O contrato, ajuste ou acordo respectivo; 
• A nota de empenho; e 
• Os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva dos 
serviços. 
 
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d) Correta. Durante o exercício financeiro, a Secretaria do Tesouro nacional 
considera despesa aquela que já foi liquidada. No entanto, toda aquela que foi 
empenhada e não anulada no fim do exercício financeiro (31/12) será 
considerada despesa nas demonstrações contábeis. 
 
e) É a incorreta. A liquidação da despesa não depende de recursos em caixa 
suficientes para pagá-la. A liquidação visa a apuração do direito adquirido pelo 
credor, tendo por base os documentos comprobatórios do respectivo crédito ou 
da completa habilitação da entidade beneficiada. A liquidação não depende do 
pagamento. É o pagamento que depende da liquidação, pois segundo o art. 62 
da Lei 4320/1964, o pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado 
após sua regular liquidação. 
Resposta: Letra E 
 
11) (ESAF – AFCE – TCU – 2006) Assinale a opção que aponta a correta 
correlação entre as colunas: 
1) lançamento 
2) arrecadação 
3) recolhimento 
4) empenho 
5) liquidação 
6) pagamento 
( ) ato emanado de autoridade competente que cria para o estado obrigação de 
pagamento, pendente ou não de implemento de condição. 
( ) momento em que os contribuintes comparecem perante aos agentes 
arrecadadores a fim de liquidarem suas obrigações para com o estado. 
( ) emissão do cheque ou ordem bancária em favor do credor. 
( ) verificação do implemento de condição, ou seja, verificação objetiva do 
cumprimento contratual. 
( ) relação individualizada dos contribuintes, discriminando a espécie, o valor e 
o vencimento do imposto de cada um. 
( ) ato pelo qual os agentes arrecadadores entregam diariamente ao Tesouro 
público o produto da arrecadação. 
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a) 1 - 3 - 6 - 5 - 4 - 2 
b) 4 - 3 - 6 - 5 - 1 - 2 
c) 1 - 3 - 5 - 6 - 4 - 2 
d) 4 - 2 - 6 - 5 - 1 - 3 
e) 5 - 2 - 3 - 1 - 4 – 6 
 
(4) empenho: ato emanado de autoridade competente que cria para o estado 
obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição. 
(2) arrecadação: momento em que os contribuintes comparecem perante aos 
agentes arrecadadores a fim de liquidarem suas obrigações para com o estado. 
(6) pagamento: emissão do cheque ou ordem bancária em favor do credor. 
(5) liquidação: verificação do implemento de condição, ou seja, verificação 
objetiva do cumprimento contratual. 
(1) lançamento: relação individualizada dos contribuintes, discriminando a 
espécie, o valor e o vencimento do imposto de cada um. 
(3) recolhimento: ato pelo qual os agentes arrecadadores entregam diariamente 
ao Tesouro público o produto da arrecadação. 
 
Logo, a ordem é 4 - 2 - 6 - 5 - 1 - 3. 
Resposta: Letra D 
 
12) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Com base na 
Lei de Responsabilidade Fiscal, não é lícito afirmar acerca da previsão e 
arrecadação da receita pública: 
a) a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos são 
requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal. 
b) as previsões de receita devem considerar, entre outros fatores relevantes, os 
efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços e do 
crescimento econômico. 
c) é vedada a realização de transferências voluntárias ao ente da federação 
que não institui, prevê e arrecada todos os tributos. 
d) a reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só poderá ser feita 
em caso de erro ou omissão de ordem técnica ou legal. 
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e) em até trinta dias após a publicação dos orçamentos, o Poder Executivo 
deve desdobrar as receitas previstas em metas bimestrais de arrecadação. 
 
a) Correta. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão 
fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da 
competência constitucional do ente da Federação. 
b) Correta. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, 
considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de 
preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão 
acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da 
projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de 
cálculo e premissas utilizadas. 
c) É a incorreta. Atenção: é vedada a realização de transferências voluntárias 
para o ente que não institui, prevê e efetivamente arrecadada todos os 
impostos. 
d) Correta. A LRF é restritiva, porém admite reestimativa da receita pelo 
Poder Legislativo se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal. 
e) Correta. Em até trinta dias após a publicação dos orçamentos, as 
receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas 
bimestrais de arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, 
das medidas de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de 
ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do 
montante dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa. 
Resposta: Letra C 
 
13) (ESAF – Analista de Finanças e Controle – CGU – 2008) A Despesa 
Pública segue um ordenamento jurídico, com requisitos que precisam ser 
atendidos em uma sequência específica, predeterminada e ordenada. No que 
diz respeito a esse assunto, julgue os itens que se seguem e marque a opção 
que corresponde à ordem correta.I. É vedada a realização da despesa sem prévio empenho, mas em casos 
especiais, previstos na legislação específica, poderá ser dispensada a emissão 
da nota de empenho. 
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II. Ao final do exercício, não será anulado o empenho da despesa cujo contrato 
estabelecer como data-limite, para a entrega do serviço, dia 31 de março. 
III. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento 
respectivo consignava créditos próprios, com saldo suficiente para atendê-las, 
que não tenha sido processadas, na época própria, e cuja obrigação tenha sido 
cumprida pelo credor, deverão ser inscritas em Restos a Pagar do exercício e 
pagas como tal. 
IV. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos 
concedidos, exceto no caso de créditos extraordinários. 
V. Entre os estágios da despesa orçamentária, é somente na liquidação que se 
reconhece a obrigação a pagar. 
a) V,V,F,V,F 
b) V,V,F,F,V 
c) F,V,F,F,V 
d) V,F,V,F,F 
e) V,F,V,V,F 
 
I) Verdadeiro. O que pode ser dispensada, em casos previstos na legislação 
específica, é a nota de empenho e nunca o empenho. 
II) Verdadeiro. Segundo o art. 35 do Decreto 93.872/1986, o empenho de 
despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para 
todos os fins, salvo quando: vigente o prazo para cumprimento da 
obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida; vencido o prazo de que 
trata o item anterior, mas esteja em curso a liquidação da despesa, ou seja de 
interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo 
credor; se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas; 
ou corresponder a compromissos assumidos no exterior. A alternativa dispõe 
que o contrato estabelece uma data-limite para a entrega do serviço, logo o 
empenho não será anulado porque está vigente o prazo para cumprimento da 
obrigação assumida pelo credor. 
III) Falso. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento 
respectivo consignava créditos próprios, com saldo suficiente para atendê-las, 
que não tenha sido processadas, na época própria, e cuja obrigação tenha sido 
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cumprida pelo credor, deverão ser inscritas em Despesas de Exercícios 
Anteriores e pagas como tal. 
IV) Falso. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos 
concedidos. Assim, o empenho estará sempre restrito ao limite do crédito 
orçamentário, mesmo nos créditos extraordinários. 
V) Verdadeiro. A liquidação tem por finalidade reconhecer ou apurar a origem e 
o objeto do que se deve pagar; a importância exata a pagar; e a quem se deve 
pagar a importância para extinguir a obrigação. 
 
Logo, a ordem correta é V,V,F,F,V. 
Resposta: Letra B 
 
14) (ESAF – AFC/CGU – Auditoria e Fiscalização - 2006) Na execução 
orçamentária e financeira, as decisões e as escolhas expressas na lei 
orçamentária assumem natureza financeira na forma de fluxos de recursos que 
entram e saem do Tesouro governamental. Com relação à execução da 
despesa não se pode dizer que: 
a) a lei orçamentária é organizada na forma de créditos orçamentários, aos 
quais estão consignadas dotações. 
b) no âmbito do orçamento federal brasileiro, a partir do exercício de 2000, o 
crédito orçamentário individualizado compreende o seguinte conjunto de 
categorias classificatórias presentes na lei orçamentária: Grupo de Despesa, 
Identificador de Uso, Fonte de Recursos, Modalidade de Aplicação, Categoria 
Econômica, Subtítulo, Projeto ou Atividade ou Operação Especial, Programa, 
Função, Unidade Orçamentária e Órgão. 
c) após a observância do processo licitatório, a despesa orçamentária será 
efetivada por meio do cumprimento de três estágios: empenho, subempenho e 
liquidação. 
d) a norma brasileira determina que o Poder Executivo, no prazo de até 30 dias 
após a publicação da lei orçamentária, estabelecerá a programação financeira 
e o cronograma de execução mensal de desembolsos. 
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e) A realização das despesas no âmbito da administração pública, 
particularmente com a aquisição de bens e a contratação de serviços e obras, 
depende do cumprimento das regras de licitação. 
 
a) Correta. A lei orçamentária é organizada na forma de créditos 
orçamentários, aos quais estão consignadas dotações. O crédito orçamentário 
é constituído pelo conjunto de categorias classificatórias e contas que 
especificam as ações e operações autorizadas pela lei orçamentária, enquanto 
a dotação é o montante de recursos financeiros com que conta o crédito 
orçamentário. 
b) Correta. No âmbito do orçamento federal brasileiro, a partir do exercício de 
2000, o crédito orçamentário individualizado compreende o seguinte conjunto 
de categorias classificatórias presentes na lei orçamentária: grupo de despesa, 
identificador de uso, fonte de recursos (atualmente é origem dos recursos, mas 
também existe fonte, com outra definição), modalidade de aplicação; categoria 
econômica, subtítulo, projeto ou atividade ou operação especial, programa, 
função, unidade orçamentária e órgão; dotação, o montante de recursos 
financeiros com que conta o crédito orçamentário, ou seja, o crédito 
orçamentário é portador de uma dotação e esta constitui o limite de recurso 
financeiro autorizado. 
c) É a incorreta. Os estágios da despesa após o procedimento licitatório são: 
empenho, liquidação e pagamento. 
d) Correta. Segundo o art. 8° da LRF, até trinta dias após a publicação dos 
orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias, o 
Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de 
execução mensal de desembolso. 
e) Correta. A licitação é considerada por parte da doutrina como estágio da 
despesa. A licitação é o procedimento administrativo que tem por objetivo 
verificar, entre vários fornecedores habilitados, quem oferece condições mais 
vantajosas para a aquisição de bem ou serviço. 
Resposta: Letra C 
 
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15) (ESAF – AFC/CGU – Auditoria e Fiscalização - 2006) Para o Governo 
operacionalizar o processo de alocação de recursos da gestão pública ele se 
utiliza do ciclo da gestão, que se divide em etapas. A etapa em que os atos e 
fatos são praticados na Administração Pública para implementação da ação 
governamental, e na qual ocorre o processo de operacionalização objetiva e 
concreta de uma política pública denomina-se: 
a) planejamento. 
b) execução. 
c) programação. 
d) orçamentação. 
e) controle. 
 
Este assunto raramente é cobrado em provas, mas por precaução vamos 
comentar essa questão para finalizar esta aula. 
Os estágios da receita e despesa estão compreendidos em suas etapas. São 
elas: 
 
Etapas da receita orçamentária: 
• Planejamento: Compreende a previsão de arrecadação da receita 
orçamentária constante da LOA, resultante de metodologias de projeção 
usualmente adotadas, observada as disposições constantes da LRF. 
• Execução: A Lei 4.320/64 estabelece como estágios da execução da 
receita orçamentária o lançamento, a arrecadação eo recolhimento. 
• Controle e avaliação: Esta fase compreende a fiscalização realizada 
pela própria administração, pelos órgãos de controle e pela sociedade. 
O controle do desempenho da arrecadação deve ser realizado em 
consonância com a previsão da receita, destacando as providências 
adotadas no âmbito da fiscalização das receitas e combate à 
sonegação, as ações de recuperação de créditos nas instâncias 
administrativa e judicial, bem como as demais medidas para incremento 
das receitas tributárias e de contribuições. 
 
 
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Etapas da despesa orçamentária: 
• Planejamento e Contratação: abrange, via de regra, a fixação da 
despesa orçamentária, a descentralização/movimentação de créditos, a 
programação orçamentária e financeira, o processo de licitação e a 
formalização do contrato. 
• Execução: é a etapa em que os atos e fatos são praticados na 
Administração Pública para implementação da ação governamental, e 
na qual ocorre o processo de operacionalização objetiva e concreta de 
uma política pública. A Lei 4.320/64 estabelece como estágios da 
execução da despesa orçamentária o empenho, a liquidação e o 
pagamento. 
• Controle e Avaliação: como na receita, compreende a fiscalização 
realizada pelos órgãos de controle e pela sociedade. 
 
Logo, a etapa em que os atos e fatos são praticados na Administração Pública 
para implementação da ação governamental, e na qual ocorre o processo de 
operacionalização objetiva e concreta de uma política pública denomina-se 
execução. 
Resposta: Letra B 
 
 
E assim terminamos a aula 6. 
 
Na próxima aula trataremos dos temas relacionados à execução orçamentária 
e financeira. 
 
Forte abraço! 
 
Sérgio Mendes 
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MEMENTO VI 
ESTÁGIOS DA RECEITA 
PREVISÃO 
Configura-se por meio da estimativa de arrecadação da receita, constante da LOA, resultante de 
metodologia de projeção de receitas orçamentárias. 
As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais e considerarão: os efeitos das 
alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer 
outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, 
da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e 
premissas utilizadas. 
Projeção = Base de Cálculo x (índice de preço) x (índice de quantidade) x (efeito legislação). 
LANÇAMENTO 
É o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação 
correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o 
sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível. 
Tipos de lançamento: 
• Lançamento por declaração: compreende a espontaneidade do sujeito passivo em declarar 
corretamente. 
• Lançamento por homologação: o pagamento e as informações prestadas pelo contribuinte são 
realizados sem qualquer exame prévio da autoridade administrativa. 
• Lançamento de ofício: como regra, é adequado aos tributos que têm como fato gerador uma 
situação cujos dados constam dos cadastros fiscais, de modo que basta à autoridade administrativa a 
consulta a aqueles registros para que se tenha às mãos dados fáticos necessários à realização do 
lançamento. 
ARRECADAÇÃO 
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É a entrega, realizada pelos contribuintes ou devedores aos agentes arrecadadores ou bancos 
autorizados pelo ente, dos recursos devidos ao Tesouro. 
RECOLHIMENTO 
É a transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro, responsável pela 
administração e controle da arrecadação e programação financeira, observando o Princípio da 
Unidade de Caixa, representado pelo controle centralizado dos recursos arrecadados em cada ente. 
ESTÁGIOS DA DESPESA 
FIXAÇÃO (PROGRAMAÇÃO) 
É a dotação inicial da LOA que, segundo o princípio do equilíbrio, visa assegurar que as despesas 
não serão superiores à previsão das receitas. 
EMPENHO 
É o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente 
ou não de implemento de condição. É materializado pela Nota de Empenho (NE) no SIAFI. 
É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. 
O empenho importa deduzir seu valor de dotação adequada à despesa a realizar, por força do 
compromisso assumido. 
O que pode ser dispensada é a nota de empenho e nunca o empenho. 
A redução ou cancelamento no exercício financeiro, de compromisso que caracterizou o empenho, 
implicará sua anulação parcial ou total. A importância correspondente será revertida à respectiva 
dotação orçamentária. 
Modalidades de empenho: 
• Ordinário: valor definido e pagamento de uma única vez. 
• Global: valor definido e pagamento parcelado. 
• Por estimativa: valor indefinido e pagamento parcelado. 
LIQUIDAÇÃO 
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Consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos 
comprobatórios do respectivo crédito. É realizada no SIAFI por meio da Nota de Liquidação (NL). 
Terá por base o contrato, ajuste ou acordo respectivo; a nota de empenho e os comprovantes da 
entrega de material ou da prestação efetiva do serviço. 
A liquidação tem por finalidade reconhecer ou apurar: 
• a origem e o objeto do que se deve pagar; 
• a importância exata a pagar; e 
• a quem se deve pagar a importância para extinguir a obrigação 
PAGAMENTO 
Consiste na entrega de recursos ao credor equivalentes à dívida líquida, mediante OB no SIAFI. 
Ordem de pagamento é o despacho determinando o pagamento da despesa. 
Já a ordem bancária (OB) é o documento do SIAFI utilizado para o pagamento de compromissos, 
bem como para a liberação de recursos para fins de suprimento de fundos. 
O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação. 
REGRA DE OURO 
É vedada a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, 
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, 
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. 
Considerar-se-á, em cada exercício financeiro, o total dos recursos de operações de crédito nele 
ingressados e o das despesas de capital executadas, observado o seguinte: 
I – não serão computadas nas despesas de capital as realizadas sob a forma de empréstimo ou 
financiamento a contribuinte, com o intuito de promover incentivo fiscal, tendo por base tributo de 
competência do ente da Federação, se resultar a diminuição, direta ou indireta, do ônus deste; 
II – se o empréstimo ou financiamento a que se refere o inciso I for concedido por instituição 
financeira controlada pelo ente da Federação, o valor da operação será deduzido das despesas de 
capital. 
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Segundo a LRF, as operações de crédito por antecipação de receita

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