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CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 7 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA Olá amigos! Como é bom estar aqui! No âmbito dos concursos públicos, é fácil ver como há pessoas que se sobressaem pela sua perseverança e dedicação ao estudo, e isso faz com que superem outros colegas que aparentemente possuem uma capacidade intelectual mais elevada. Por que isso acontece? Por que uns conseguem manter esse esforço durante anos e outros não, ainda que o desejem? Quase todas as pessoas desejariam chegar a uma situação profissional mais elevada, e a maioria delas tem talento pessoal de sobra para o conseguir. Porque é que uns conseguem transformar esse desejo numa motivação diária que os faz vencer a inércia da vida, e outros, pelo contrário, não? Parece claro que estamos falando de algo que não é questão de coeficiente intelectual. É fácil verificar que as pessoas mais esforçadas e motivadas muitas vezes não coincidem com as que aparentam maior coeficiente intelectual. O importante é a motivação! Para ser capaz de superar as dificuldades e os cansaços próprios da vida, é preciso ver cada meta como algo de grande e positivo que podemos e devemos conseguir. Por isso, nas pessoas motivadas sempre há “alguma coisa” que lhes permite obter satisfação onde os outros não a encontram; ou alguma coisa que lhes permite adiar essa satisfação. A maioria das vezes a motivação implica um adiamento, pois supõe sacrificar-se agora com o fim de conseguir mais tarde algo que consideramos mais valioso. (trecho adaptado de um texto de Alfonso Aguilló) “Merecem louvor os homens que em si mesmos encontraram o impulso, e subiram nos seus próprios ombros” (Sêneca) CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 2 E vamos lá! Nesta aula trataremos de temas relacionados à execução orçamentária e financeira. Ao final, destacaremos os Restos a Pagar, as Despesas de Exercícios Anteriores e o Suprimento de Fundos. As execuções orçamentária e financeira ocorrem concomitantemente. Estão atreladas uma à outra, pois havendo orçamento e não existindo o financeiro, não poderá ocorrer a despesa. Por outro lado, pode haver recurso financeiro, mas não se poderá gastá-lo se não houver a disponibilidade orçamentária. A execução orçamentária pode ser definida, em resumo, como sendo a utilização dos créditos consignados na Lei Orçamentária Anual – LOA. Já a execução financeira, por sua vez, representa a utilização de recursos financeiros, visando atender à realização dos projetos e/ou atividades atribuídas às Unidades Orçamentárias pelo Orçamento. Na técnica orçamentária inclusive é habitual se fazer a distinção entre as palavras crédito e recurso. Reserva-se o termo crédito para designar o lado orçamentário e recurso para o lado financeiro. Crédito e recurso são duas faces de uma mesma moeda. O crédito é orçamentário, dotação ou autorização de gasto ou sua descentralização; e recurso é financeiro, portanto, dinheiro ou saldo de disponibilidade bancária. As execuções orçamentária e financeira devem estar em compasso com o desempenho da meta física. Entretanto, a apresentação de resultados da meta física pode ser inferior à execução financeira, ocasionando um descompasso, o qual pode ocorrer por problemas em licitações, convênios ou contratos, por pendências ambientais, ou até mesmo por deficiências no planejamento ou em virtude do contingenciamento orçamentário. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 3 1. SIAFI 1.1 Objetivos O Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI é o principal instrumento utilizado para registro, acompanhamento e controle da execução orçamentária, financeira e patrimonial do Governo Federal. É um sistema informatizado que processa e controla, por meio de terminais instalados em todo o território nacional, a execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil dos órgãos da Administração Pública direta federal, das autarquias, fundações e empresas públicas federais e das sociedades de economia mista que estiverem contempladas no Orçamento Fiscal e/ou no Orçamento da Seguridade Social da União. Os principais objetivos do SIAFI são: a) prover mecanismos adequados ao controle diário da execução orçamentária, financeira e patrimonial aos órgãos da Administração Pública; b) fornecer meios para agilizar a programação financeira, otimizando a utilização dos recursos do Tesouro Nacional, através da unificação dos recursos de caixa do Governo Federal; c) permitir que a contabilidade pública seja fonte segura e tempestiva de informações gerenciais destinadas a todos os níveis da Administração Pública Federal; d) padronizar métodos e rotinas de trabalho relativas à gestão dos recursos públicos, sem implicar rigidez ou restrição a essa atividade, uma vez que ele permanece sob total controle do ordenador de despesa de cada unidade gestora; e) permitir o registro contábil dos balancetes dos estados e municípios e de suas supervisionadas; f) permitir o controle da dívida interna e externa, bem como o das transferências negociadas; g) integrar e compatibilizar as informações no âmbito do Governo Federal; h) permitir o acompanhamento e a avaliação do uso dos recursos públicos; e i) proporcionar a transparência dos gastos do Governo Federal. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 4 Muitas são as facilidades que o SIAFI oferece a toda Administração Pública que dele faz uso, mas podemos dizer, a título de simplificação, que essas facilidades foram desenvolvidas para registrar as informações pertinentes às três tarefas básicas da gestão pública federal dos recursos arrecadados legalmente da sociedade: execução orçamentária; execução financeira; e elaboração das demonstrações contábeis, consolidadas na Prestação de Contas Anual do Presidente da República (antigo Balanço Geral da União). Pelo SIAFI é que se faz o controle dos saldos e a transferência de recursos entre as unidades gestoras (UGs). A UG é uma unidade orçamentária ou administrativa investida do poder de gerir recursos orçamentários e financeiros, próprios ou sob descentralização. No caso de pagamento de despesas entre unidades gestoras o sistema efetua instantaneamente o crédito de recursos à Unidade Gestora favorecida e o débito à Unidade Gestora emitente, por meio de Ordens Bancárias – OB – intra-SIAFI. As OB emitidas para outros favorecidos que não são Unidades Gestoras on-line são consolidadas diariamente até o fechamento do SIAFI num arquivo magnético que é enviado ao Banco do Brasil para processamento e realização dos créditos aos respectivos favorecidos. 1.2 Documentos do SIAFI Estes são os documentos do SIAFI relacionados à execução orçamentária: Nota de Dotação (ND): é o documento utilizado para registro das informações orçamentárias elaboradas pela Secretaria de Orçamento Federal, ou seja, dos créditos previstos no Orçamento Geral da União. Também se presta à inclusão de créditos no Orçamento não previstos inicialmente e ao registro do desdobramento do Plano Interno e do detalhamento da fontede recursos. O Plano Interno é um instrumento de planejamento e de acompanhamento da ação planejada, usado como forma de detalhamento do projeto/atividade, de uso exclusivo de cada Ministério/Órgão. Nota de Movimentação de Crédito (NC): é o documento utilizado para registrar a movimentação interna e externa de créditos e suas anulações. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 5 Nota de Empenho (NE): é o documento utilizado para registrar as operações que envolvem despesas orçamentárias realizadas pela Administração Pública federal, ou seja, o comprometimento de despesa, seu reforço ou anulação, indicando o nome do credor, a especificação e o valor da despesa, bem como a dedução desse valor do saldo da dotação própria. Nota de Lançamento por Evento (NL): é o documento utilizado para registrar a apropriação/liquidação de receitas e despesas, bem como outros atos e fatos administrativos, inclusive os relativos a entidades supervisionadas, associados a eventos contábeis não vinculados a documentos específicos. Estes são os documentos do SIAFI relacionados à execução financeira: Nota de Lançamento por Evento (NL): é considerada relacionada tanto à execução orçamentária como à execução financeira. DARF Eletrônico: DARF é a sigla para Documento de Arrecadação de Receitas Federais. Por meio desse documento se registra a arrecadação de tributos e demais receitas diretamente na Conta Única do Tesouro Nacional, sem trânsito pela rede bancária, ou seja, por meio de transferências de recursos intra-SIAFI. O DARF eletrônico nada mais é do que o instrumento de registro dessas informações no SIAFI. GPS Eletrônica: GPS é a sigla para Guia da Previdência Social. Esse documento permite registrar o recolhimento das contribuições para a Seguridade Social por meio de transferências de recursos intra-SIAFI entre a UG recolhedora e a Conta Única do Tesouro Nacional. Ordem Bancária (OB): é o documento utilizado para o pagamento de compromissos, bem como para a liberação de recursos para fins de suprimento de fundos. Ainda, destacam-se os seguintes documentos: GSE Eletrônica: GSE é a sigla para Guia do Salário-Educação. A GSE é o documento que registra o recolhimento do salário-educação destinado aos seus beneficiários e do valor que lhes é pago, mediante transferências intra- SIAFI de recursos entre a Unidade Gestora recolhedora e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 6 Nota de Programação Financeira (NPF): é o documento que permite registrar os valores constantes da Proposta de Programação Financeira (PPF) e da Programação Financeira Aprovada (PFA), envolvendo a Coordenação-Geral de Programação Financeira da Secretaria do Tesouro Nacional – COFIN/STN e os Órgãos Setoriais de Programação Financeira – OSPF. 1.3 Sistemas O SIAFI é um sistema de informações centralizado em Brasília, ligado por teleprocessamento aos Órgãos do Governo Federal distribuídos no País e no exterior. Essa ligação, que é feita pela rede de telecomunicações do SERPRO e também pela conexão a outras inúmeras redes externas, é que garante o acesso ao sistema às milhares de unidades gestoras ativas no SIAFI. Para facilitar o trabalho de todas essas unidades gestoras, o SIAFI foi concebido para se estruturar por exercícios: cada ano equivale a um sistema diferente, ou seja, a regra de formação do nome do sistema é a sigla SIAFI acrescida de quatro dígitos referentes ao ano do sistema que se deseja acessar: SIAFI2009, SIAFI2010, SIAFI2011, etc. Por sua vez, cada sistema está organizado por subsistemas – atualmente são 21 – e estes, por módulos. Dentro de cada módulo estão agregadas inúmeras transações, que guardam entre si características em comum. Nesse nível de transação é que são efetivamente executadas as diversas operações do SIAFI, desde entrada de dados até consultas. O Subsistema mais cobrado em provas, por ser considerado um dos mais importantes, é o subsistema Contas a pagar e a receber – CPR. O CPR permite otimizar o processo de programação financeira dos órgãos e entidades ligadas ao Sistema, proporcionando informações em nível analítico e gerencial do fluxo de caixa. Ele permite o cadastramento de contratos, notas fiscais, recibos e outros documentos, cuja contabilização é efetuada por eventos de sistema. Tais documentos geram compromissos de pagamento e de recebimento que compõem o fluxo de caixa montado pelo SIAFI. Documentos do SIAFI, como a Nota de Empenho (NE) e a Nota de CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 7 Programação Financeira (NPF), também dão origem a compromissos para as UGs dos órgãos que utilizam o CPR. 1.4 Registros contábeis O SIAFI promove, de forma automática, os lançamentos contábeis correspondentes aos registros dos atos e fatos praticados pelos gestores públicos quando do exercício de suas atividades. Assim, é possível utilizar a contabilidade como fonte de informações confiáveis e instantâneas, pois os registros são lançados no mesmo momento em que os fatos ocorrem e não é necessária a existência de um contador em cada UG para efetuar a classificação contábil de cada ato ou fato realizado. Como nem todos dominam a contabilidade, foi criado o evento, que é um código associado a cada tipo de ato ou fato que deva ser registrado contabilmente pelo sistema e ao qual se associa, por sua vez, um roteiro contábil, ou seja, uma lista das contas de débito e crédito que devam ser afetadas, de forma a que todos os operadores do SIAFI possam efetuar lançamentos contábeis, mesmo que absolutamente nada saibam sobre contabilidade. A execução contábil relativa aos atos e fatos de gestão financeira, orçamentária e patrimonial da União obedece ao Plano de Contas elaborado e mantido de acordo com os padrões estabelecidos, tendo como partes integrantes a relação das contas agrupadas segundo suas funções, a tabela de eventos (conjunto de todos os eventos existentes) e a indicação do mecanismo de débito e crédito de cada conta. Trata-se, portanto, de um conjunto das contas utilizáveis em toda a Administração Pública federal, organizadas e codificadas com o propósito de sistematizar e uniformizar o registro contábil dos atos e fatos de gestão, e permitir a qualquer momento, com precisão e clareza, a obtenção dos dados relativos ao patrimônio da União. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 8 A tabela de eventos é o instrumento utilizado pelas unidades gestoras no preenchimento das telas e/ou documentos de entrada no SIAFI para transformar os atos e fatos administrativos rotineiros em registros contábeis automáticos. A Coordenação-Geral de Contabilidade da Secretaria do Tesouro Nacional - STN é o Órgão Responsável pela administração da tabela de eventos. O código do evento é composto de seis números estruturados da seguinte forma: CÓDIGO DO EVENTO XX Y ZZZ Classe do Evento Tipo de utilização Código sequencial As unidades gestoras deverão utilizar, para registro de suas transações diárias, os códigos dessa tabela deeventos. A classe identifica o conjunto de eventos de uma mesma natureza de registro: XX.Y.ZZZ CLASSE 10.0.000 Previsão da receita 20.0.000 Dotação da despesa 30.0.000 Movimentação de credito 40.0.000 Empenho da despesa 50.0.000 Apropriações de retenções, liquidações e outros 51.0.000 Apropriações de despesas 52.0.000 Retenções de obrigações 53.0.000 Liquidações de obrigações 54.0.000 Registros diversos 55.0.000 Apropriações de direitos 56.0.000 Liquidações de direitos 60.0.000 Restos a pagar 61.0.000 Liquidação de restos a pagar 70.0.000 Transferências financeiras 80.0.000 Receita CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 9 Caso não seja encontrado nesta tabela o evento que expresse com bastante clareza a transação a ser processada, deverá ser contactado o órgão de contabilidade para os esclarecimentos necessários. Somente aos órgãos de contabilidade compete realizar os registros contábeis, sem a indicação de eventos. Neste caso, o tratamento a ser dado a esses órgãos será por meio de débito (D) e crédito (C), desde que não se trate de receitas e/ou despesas. Portanto, pode existir registro contábil sem a indicação de evento. A tabela de eventos é parte integrante do plano de contas da administração pública federal. Ela veio substituir a forma usual de apresentação de um plano de contas no que tange à correspondência entre as contas (digrafograma). No entanto, o SIAFI somente validará os documentos de entrada de dados, em termos contábeis, se eles se apresentarem com os eventos que, no todo, completem partidas dobradas (total dos débitos igual ao total dos créditos). Os Fundamentos Lógicos são: • Os eventos mantêm correlação com os documentos de entrada do SIAFI, a exceção dos eventos de classe 50, 60, 70 e 80, que podem aparecer indistintamente na NL, OB e GR; • Os eventos 10.0.xxx são preenchidos de forma individual na NL e se destinam a registrar a provisão da receita; • Os eventos 20.0.xxx são indicados na ND e objetivam registrar a dotação da despesa. Tais eventos são preenchidos de forma individual, com algumas exceções de utilização conjugada, porém com eventos da mesma classe; • Os eventos 30.0.xxx são indicados de forma individual na NC e se destinam a registrar a movimentação de créditos orçamentários; • Os eventos 40.0.xxx são preenchidos na NE ou PE, de forma individual, e objetivam registrar a emissão de empenhos ou pré-empenhos; • Os eventos 50.0.xxx, quando preenchidos na NL, não podem se apresentar de forma individual, exceto os de classe 54. Isto porque são eventos representativos de partida contábil de débitos (classes 51, 53 e 55) e de créditos (52 e 56). CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 10 2. CONTA ÚNICA A Conta Única, implantada em setembro de 1988, representou uma mudança radical no controle de caixa do Tesouro Nacional, em virtude da racionalização na movimentação dos recursos financeiros no âmbito do Governo Federal. Com ela, todas as unidades gestoras on-line do SIAFI passaram a ter os seus saldos bancários registrados e controlados pelo sistema, sem contas escriturais no Banco do Brasil. Assim, a Conta Única é uma conta mantida junto ao Banco Central do Brasil, operacionalizada via SIAFI pelo Banco do Brasil ou, excepcionalmente, por outros agentes financeiros autorizados pelo Ministério da Fazenda. É destinada a acolher, em conformidade com o disposto no art. 164 da CF/1988, as disponibilidades financeiras da União que se encontram à disposição das UGs on-line, nos limites financeiros previamente definidos. O referido artigo determina que as disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. Portanto, a Conta Única do Tesouro não é mantida no Banco do Brasil e sim no Banco Central do Brasil. O Banco do Brasil S.A. (BB) é uma instituição financeira constituída na forma de sociedade de economia mista. Já o Banco Central do Brasil (BACEN), criado pela Lei 4.595, de 31.12.1964, é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério da Fazenda, que tem por missão assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema financeiro sólido e eficiente. A LRF determina que as disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos, ainda que vinculadas a fundos específicos a que se referem os arts. 249 e 250 da CF/1988, ficarão depositadas em conta separada das demais disponibilidades de cada ente e aplicadas nas condições de mercado, com observância dos limites e condições de proteção e prudência financeira. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 11 A Conta Única é movimentada pelas UGs da Administração Pública federal, inclusive fundos, autarquias, fundações, e outras entidades integrantes do SIAFI, na modalidade on-line. A movimentação de recursos da Conta Única será efetuada por meio de Ordem Bancária – OB, Documento de Arrecadação de Receitas Federais – DARF, Guia da Previdência Social – GPS, Documento de Receita de Estados e/ou Municípios – DAR, Guia do Salário-Educação – GSE, Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações da Previdência Social – GFIP, Nota de Sistema – NS ou Nota de Lançamento – NL, de acordo com as respectivas finalidades. O SIAFI consolidará, diariamente, as Ordens Bancárias emitidas, de acordo com a respectiva finalidade, gerando a “Relação de Ordens Bancárias Intra- SIAFI-RT” e a “Relação de Ordens Bancárias Externas – RE”. Destaca-se a Ordem Bancária de Cartão, a qual é utilizada para registro de saque, efetuado pelo portador do Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF ou também chamado Cartão Corporativo), em moeda corrente, observado o limite estipulado pelo Ordenador de Despesas; e a Ordem Bancária de Sistema – OBS, utilizada para cancelamento de Ordem Bancária pelo agente financeiro com devolução dos recursos correspondentes, bem como pela STN para regularização das remessas não efetivadas. A Guia de Recolhimento de Receitas da União – GRU é o documento padronizado para registrar os ingressos de valores na Conta Única. Deverão ser recolhidas por GRU as taxas (custas judiciais, emissão de passaporte etc.), aluguéis de imóveis públicos, serviços administrativos e educacionais (inscrição de vestibular/concursos, expedição de certificados), receitas de multas (da Polícia Rodoviária Federal, do Código Eleitoral, do Serviço Militar etc.) e outras. Excetuam-se do recolhimento por meio da GRU as receitas do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, recolhidas mediante a Guia de Previdência Social – GPS, e as receitas administradas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil – RFB e pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN, recolhidas por meio do Documento de Arrecadação de Receitas Federais – DARF. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 12 Segundo o art. 17 da InstruçãoNormativa STN 4, de 30 de agosto de 2004, ficam instituídas as seguintes modalidades de aplicação financeira na Conta Única do Tesouro Nacional, mediante registro específico no SIAFI: aplicação financeira diária e aplicação financeira a prazo fixo, sendo esta efetuada mediante entendimentos prévios e a critério do órgão central de programação financeira. Ainda consoante a Instrução Normativa, art. 18, I e II, e parágrafo único: Art. 18. As aplicações financeiras definidas no art. 17 poderão ser efetuadas: I – no caso de aplicações financeiras diárias, pelas autarquias, fundos e fundações públicas que contarem com autorização legislativa específica, não se admitindo aplicações por parte de entidades não integrantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social; e II – no caso de aplicações financeiras a prazo fixo, pelas autarquias, fundos, fundações públicas e os órgãos da Administração Pública Federal direta, integrantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Parágrafo único. Somente poderão ser aplicadas na modalidade de prazo fixo as disponibilidades financeiras decorrentes de arrecadação própria, considerando classificação efetuada pela Secretaria de Orçamento Federal – SOF. 3. PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA 3.1 Competências A programação orçamentária e financeira consiste na compatibilização do fluxo dos pagamentos com o fluxo dos recebimentos, visando o ajuste da despesa fixada às novas projeções de resultados e da arrecadação. Compreende um conjunto de atividades com o objetivo de ajustar o ritmo de execução do orçamento ao fluxo provável de recursos financeiros, assegurando a execução dos programas anuais de trabalho, realizados por meio do SIAFI, com base nas diretrizes e regras estabelecidas pela legislação vigente. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 13 A Programação Financeira se realiza em três níveis distintos: Secretaria do Tesouro Nacional, o órgão central; Subsecretarias de Planejamento, Orçamento e Administração (ou equivalentes, os chamados órgãos setoriais de programação financeira – OSPF); e as Unidades Gestoras Executoras (UGE). Compete ao Tesouro Nacional estabelecer as diretrizes para a elaboração e formulação da programação financeira mensal e anual, bem como a adoção dos procedimentos necessários a sua execução. Aos órgãos setoriais competem a consolidação das propostas de programação financeira dos órgãos vinculados (UGE) e a descentralização dos recursos financeiros recebidos do órgão central. Às Unidades Gestoras Executoras cabe a realização da despesa pública, ou seja: o empenho, a liquidação e o pagamento. 3.2 Decreto de Programação Orçamentária e Financeira Logo após a sanção presidencial à Lei Orçamentária aprovada pelo Congresso Nacional, o Poder Executivo mediante decreto estabelece em até trinta dias a programação financeira e o cronograma de desembolso mensal por órgãos, observadas as metas de resultados fiscais dispostas na Lei de Diretrizes Orçamentárias. De acordo com o art. 8.º da LRF: Art. 8.º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4.º, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso. O mecanismo utilizado para limitação dos gastos do Governo Federal é o Decreto de Programação Orçamentária e Financeira, mais conhecido como “Decreto de Contingenciamento”, juntamente com a Portaria Interministerial que detalha os valores autorizados para movimentação e empenho e para pagamentos no decorrer do exercício. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 14 A base legal do Decreto decorre da Lei 4.320/1964 e da LRF, complementada pelas LDOs a cada ano. A Lei 4.320/1964 trata da necessidade de estipular cotas trimestrais para a execução da despesa, evidenciando a preocupação com oscilações de arrecadação que acontecem no decorrer do exercício financeiro. A LRF traz as metas de resultado fiscal, a busca do equilíbrio e a necessidade de transparência. Já a LDO completa os dispositivos legais, informando, entre outros parâmetros, qual será a base contingenciável, as despesas que não são passíveis de contingenciamento, bem como o estabelecimento de demonstrativos das metas de resultado primário e sua periodicidade. São objetivos do Decreto de Programação Orçamentária e Financeira: • estabelecer normas específicas de execução orçamentária e financeira para o exercício; • estabelecer um cronograma de compromissos (empenhos) e de liberação (pagamento) dos recursos financeiros para o Governo Federal; • cumprir a Legislação Orçamentária (Lei 4.320/1964 e LRF); e • assegurar o equilíbrio entre receitas e despesas ao longo do exercício financeiro e proporcionar o cumprimento da meta de resultado primário. 4. LIMITAÇÃO DE EMPENHO E DE MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA É o previsto de maneira explícita no caput do art. 9.º da LRF, o qual dispõe que, se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. A limitação de empenho também será promovida pelo ente que ultrapassar o limite para a dívida consolidada, para que obtenha o resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 15 Se houver frustração da receita estimada no orçamento, deverá ser estabelecida limitação de empenho e movimentação financeira, com o objetivo de atingir os resultados previstos na LDO e impedir a assunção de compromissos sem respaldo financeiro, o que acarretaria uma busca de socorro no mercado financeiro, situação que implica em encargos elevados. Analisando o art. 9.°, não há a possibilidade de limitação de empenho por outro motivo que não seja a frustração de receita. O gestor público só tem permissão legal para proceder à limitação de empenho quando a realização da receita (e não a execução da despesa) comprometer as metas fiscais, como o superávit primário. Outra observação é que além do Poder Executivo, há a extensão da limitação de empenho aos Poderes Legislativo e Judiciário e ao Ministério Público. Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas. Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na comissão mista referida na Constituição ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais. Consoanteo art. 65 da LRF, no caso de estado de defesa e/ou de sítio, decretado na forma da Constituição, ou na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo Congresso Nacional, no caso da União, ou pelas Assembleias Legislativas, na hipótese dos Estados e Municípios, enquanto perdurar a situação serão dispensados o atingimento dos resultados fiscais e a limitação de empenho prevista no art. 9.o. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 16 Cabe ressaltar que, em relação ao § 3.° do art. 9.°, foi proposta uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) perante o Supremo Tribunal Federal, o qual suspendeu liminarmente a eficácia deste dispositivo: § 3.o No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público não promoverem a limitação no prazo estabelecido no caput, é o Poder Executivo autorizado a limitar os valores financeiros segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. Atenção: atualmente, devido à ADIN, o Poder Executivo não é autorizado a limitar os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público caso estes não promovam a limitação no prazo estabelecido no caput do art. 9.°. Há a extensão da limitação de empenho aos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público, mas ela deve ser efetuada por ato próprio. 5. DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA 5.1 Descentralização de créditos Com a publicação da Lei Orçamentária Anual – LOA, o seu consequente lançamento no SIAFI e o detalhamento dos créditos autorizados, inicia-se a sua movimentação entre as unidades gestoras, para que se viabilize a execução orçamentária propriamente dita, já que só após o recebimento do crédito é que as UGs estarão em condições de efetuar a realização das despesas públicas. As descentralizações de créditos orçamentários ocorrem quando for efetuada movimentação de parte do orçamento, mantidas as classificações institucional, funcional, programática e econômica, para que outras unidades administrativas possam executar a despesa orçamentária. As descentralizações de créditos orçamentários não se confundem com transferências e transposição, pois não modificam o valor da programação ou de suas dotações orçamentárias (créditos adicionais); tampouco alteram a unidade orçamentária (classificação institucional) detentora do crédito orçamentário aprovado na lei orçamentária ou em créditos adicionais. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 17 Quando a descentralização envolver unidades gestoras de um mesmo órgão tem-se a descentralização interna, também chamada de provisão. Se, porventura, ocorrer entre unidades gestoras de órgãos ou entidades de estrutura diferente, ter-se-á uma descentralização externa, também denominada de destaque. Na descentralização, as dotações serão empregadas obrigatória e integralmente na consecução do objetivo previsto pelo programa de trabalho pertinente, respeitadas fielmente a classificação funcional e a estrutura programática. Portanto, a única diferença é que a execução da despesa orçamentária será realizada por outro órgão ou entidade. A descentralização de crédito externa dependerá de celebração de convênio ou instrumento congênere, disciplinando a consecução do objetivo colimado e as relações e obrigações das partes. Assim, a movimentação de créditos, a que chamamos habitualmente de descentralização de créditos, consiste na transferência, de uma unidade gestora para outra, do poder de utilizar créditos orçamentários que lhe tenham sido consignados no Orçamento ou lhe venham a ser transferidos posteriormente. A descentralização pode ser interna, se realizada entre UGs do mesmo órgão (provisão); ou externa, se efetuada entre órgãos distintos (destaque). 5.2 Movimentação de recursos A movimentação de recursos financeiros oriundos do Orçamento da União, entre as UGs que compõem o Sistema de Programação Financeira, se dá sob a forma de liberação de cotas, repasses e sub-repasses para o pagamento de despesas, bem como por meio de concessão de limite de saque à Conta Única do Tesouro. A primeira fase da movimentação dos recursos é a liberação de cota e deve ser realizada em consonância com o cronograma de desembolso aprovado pela Secretaria do Tesouro Nacional. Assim, cota é o montante de recursos colocados à disposição dos Órgãos Setoriais de Programação Financeira – CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 18 OSPF pela Coordenação-Geral de Programação Financeira – COFIN/STN mediante movimentação intra-SIAFI dos recursos da Conta Única do Tesouro Nacional. A segunda fase é a liberação de repasse ou sub-repasse. Repasse é a movimentação de recursos realizada pelos OSPF para as unidades de outros órgãos ou ministérios e entidades da Administração Indireta, bem como entre estes; e sub-repasse é a liberação de recursos dos OSPF para as unidades sob sua jurisdição e entre as unidades de um mesmo órgão, ministério ou entidade. A descentralização de recursos é realizada no SIAFI por meio da Nota de Programação Financeira (NPF), que é o documento utilizado para registrar e contabilizar as etapas da programação financeira. Assim, a NPF é o documento que permite registrar os valores constantes da Proposta de Programação Financeira (PPF) e da Programação Financeira Aprovada (PFA), envolvendo a COFIN/STN e os OSPF. A partir daí, com recursos em caixa, ou seja, com disponibilidades financeiras, as unidades podem dar início à fase de pagamento de suas despesas. Atenção: a UG que recebe créditos descentralizados por destaque, receberá recursos por repasse. A UG que recebe créditos descentralizados por provisão, receberá recursos por sub-repasse. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 19 Fonte: site STN 6. RESTOS A PAGAR Depois que é feito o empenho tendo como base a dotação orçamentária à respectiva despesa, tem-se o início do cumprimento do contrato, convênio ou determinação legal. O próximo passo é a liquidação da despesa, a qual consiste na verificação do direito do credor com base nos títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito, tendo por finalidade apurar a origem e o objeto do que se deve pagar, a importância exata, e a quem se deve pagar para extinguir a obrigação. No entanto, se a despesa não for paga até o término do exercício financeiro, dia 31 de dezembro, o crédito poderá ser inscrito em “restos a pagar”, com o pagamento a realizar-se no exercício subsequente. Consideram-se Restos a Pagar (RAP) ou resíduos passivos as despesas empenhadas, mas não pagas dentro do exercício financeiro, logo, até o dia 31 de dezembro. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 20 Consoante o art. 92 da Lei 4.320/1964, os Restos a Pagar, excluídos os serviços da dívida, constituem-se em modalidade de dívida pública flutuante e são registradas por exercício e por credor, distinguindo-se as despesasprocessadas das não processadas. O entendimento dos estágios da despesa é importante porque o art. 36 da Lei 4.320/1964 distingue as despesas em processadas e não processadas. As despesas processadas referem-se a empenhos executados e liquidados, prontos para o pagamento; as despesas não processadas são os empenhos de contratos e convênios em plena execução, logo não existe ainda direito líquido e certo do credor. Por exemplo, caso a administração pública assine contrato com um laboratório para o fornecimento de vacinas contra a paralisia infantil e, ao final do exercício, ainda não se saiba o número exato de crianças que serão vacinadas, tal despesa não poderá ser liquidada e será considerada não processada, pois ficará pendente a verificação do direito líquido e certo do credor e da importância exata a pagar. Enquanto não ocorrer a verificação do implemento da condição prevista, não haverá o reconhecimento da liquidez do direito do credor, não podendo o empenho ser considerado liquidado. Assim, para pagamento no ano subsequente, a despesa será inscrita em restos a pagar não processados. Ressalto que a despesa pública deve passar pelos estágios da execução: empenho, liquidação e pagamento. Assim, o pagamento dos restos a pagar não processados, o qual passou apenas pelo estágio do empenho, também só poderá ocorrer após a sua regular liquidação. Os empenhos referentes a despesas já liquidadas e não pagas, assim como os empenhos não anulados, serão automaticamente inscritos em Restos a Pagar no encerramento do exercício pelo valor devido ou, se não conhecido, pelo valor estimado, desde que satisfaça às condições estabelecidas para empenho e liquidação da despesa, pois se referem a encargos incorridos no próprio exercício. Isso ocorre devido ao regime de competência das despesas, já que devem ser contabilizadas no exercício em que foram geradas. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 21 No caso de estimativa, são possíveis duas situações: • Valor real > valor inscrito em RAP: a diferença será empenhada à conta de despesas de exercícios anteriores. • Valor real < valor inscrito em RAP: o saldo existente será cancelado. Os valores inscritos em Restos a Pagar deverão ser pagos durante o exercício financeiro subsequente, ou seja, até 31 de dezembro do ano seguinte à realização do empenho. Após esta data, os saldos remanescentes serão automaticamente cancelados, pois a reinscrição de empenhos em Restos a Pagar é vedada. Os Restos a Pagar com prescrição interrompida, os quais são aqueles cuja inscrição tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor, poderão ser pagos à conta de despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria própria. Segundo o art. 70 do Decreto 93.872/1986, o qual é baseado na legislação civil, prescreve em cinco anos a dívida passiva relativa aos Restos a Pagar. Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurianual, que não tenham sido liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no último ano de vigência do crédito. Ou seja, durante os outros anos só serão inscritos em restos a pagar os créditos plurianuais liquidados. Exemplo: determinado crédito adicional especial com vigência plurianual teve no 1.° ano: Empenhados: R$ 100 mil; Liquidados: R$ 80 mil; Pagos: R$ 50 mil. Assim, apenas R$ 30 mil (liquidados e não pagos) serão inscritos em restos a pagar no 1.° ano, porque os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurianual, que não tenham sido liquidados, só serão computados como restos a pagar no último ano de vigência do crédito. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 22 Relembrando o Decreto 93.872/1986, em seu art. 35, I a IV: Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para todos os fins, salvo quando: I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida; II – vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em curso a liquidação da despesa, ou seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor; III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas; IV – corresponder a compromissos assumidos no exterior. Se a anulação ocorrer no próprio exercício, reverte-se à dotação a importância de despesa anulada. Quando a anulação ocorrer após o encerramento deste, considerar-se-á receita orçamentária do ano em que se efetivar. Vamos elaborar um quadro sobre os empenhos inscritos em Restos a Pagar: QUADRO: INSCRIÇÃO EM RESTOS A PAGAR Os empenhos referentes a despesas já liquidadas e não pagas, assim como os empenhos não anulados, serão automaticamente inscritos em Restos a Pagar no encerramento do exercício pelo valor devido ou, se não conhecido, pelo valor estimado. O empenho da despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para todos os fins, salvo quando: Vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida; Vencido o prazo do item anterior, mas esteja em curso a liquidação da despesa, ou seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor; Se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas; Corresponder a compromissos assumidos no exterior. Ainda consoante o art. 15 do Decreto 93.872/1986: Art. 15. Os restos a pagar constituirão item específico da programação financeira, devendo o seu pagamento efetuar-se dentro do limite de saques fixado. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 23 As despesas extraorçamentárias são aquelas que não constam da Lei Orçamentária e decorrem da contrapartida da receita extraorçamentária. Provêm da obrigação de devolver o valor arrecadado transitoriamente, como os valores de depósitos e cauções, de pagamentos de restos a pagar e de resgate de operações de crédito por antecipação de receita orçamentária. Se uma despesa foi empenhada em um exercício e somente foi paga no exercício seguinte, ela deve ser contabilizada como pertencente ao exercício do empenho. Assim, os Restos a Pagar serão contabilizados como despesas extraorçamentárias, já que o empenho foi efetuado dentro do orçamento do exercício anterior. Importante: na Contabilidade Pública, na estrutura do balanço financeiro, os Restos a Pagar são classificados como receitas extraorçamentárias, para que na contrapartida, quando forem pagos, sejam classificados como despesas extraorçamentárias. Logo, os Restos a Pagar são constituídos por recursos correspondentes a exercícios financeiros já encerrados. No entanto, integram a programação financeira do exercício em curso. Atenção: Restos a Pagar são despesas extraorçamentárias e integram a programação financeira do exercício em curso. De acordo com o art. 71 da CF/1988, o Tribunal de Contas da União tem o dever de elaborar relatório e emitir parecer prévio sobre as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, cabendo, exclusivamente, ao Congresso Nacional, julgar as contas prestadas e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo, conforme o inciso IX do art. 49 da CF/1988. OsRestos a Pagar têm tido uma atenção crescente e relevante nos relatórios apresentados pelo TCU, conforme se comprova no relatório apresentado sobre contas do governo da república, relativas ao exercício de 2008. O TCU ressalva a manutenção de volume expressivo de restos a pagar não processados, inscritos ou revalidados no exercício de 2007, o que CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 24 compromete a programação financeira e o planejamento governamental nos exercícios seguintes. O TCU tem mostrado preocupação com o acompanhamento e o controle das contas referentes a restos a pagar, em virtude do expressivo volume de recursos do governo federal inscritos nessa rubrica nos últimos exercícios financeiros, devido ao contingenciamento de dotações orçamentárias, promovendo sua descompressão quase ao final do exercício. No entanto, como a descompressão ocorre no final do exercício financeiro, grande parte das despesas ainda não terá passado pelo estágio da liquidação ao término do exercício, devendo ser inscritas em restos a pagar não processados. O importante é o estudante ter o conhecimento de que há um número excessivo de despesas inscritas em Restos a Pagar a cada ano, principalmente em Restos a Pagar não processados. E para evitar abusos em fim de mandato, a LRF, em seu art. 42, parágrafo único, determina: Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício. O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público observa que, embora a Lei de Responsabilidade Fiscal não aborde o mérito do que pode ou não ser inscrito em restos a pagar, veda contrair obrigação no último ano do mandato do governante sem que exista a respectiva cobertura financeira, desta forma, eliminando as heranças fiscais. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 25 Atenção: conforme Parecer 401/2000 da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, o cancelamento de restos a pagar processados (aqueles empenhados e liquidados) caracteriza forma de enriquecimento ilícito, tendo em vista que o fornecedor de bens/serviços cumpriu com a obrigação de fazer e a administração não poderá deixar de cumprir com a obrigação de pagar sob pena de estar descumprindo o princípio da moralidade que rege a Administração Pública, previsto no art. 37 da CF/1988. Assim, os restos a pagar processados não podem ser cancelados. 7. DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES As Despesas de Exercícios Anteriores são dívidas resultantes de compromissos gerados em exercícios financeiros anteriores àqueles em que ocorrerão os pagamentos. Segundo o art. 37 da Lei 4.320/1964, as Despesas de Exercícios Anteriores são as despesas relativas a exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente. Poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica. Vamos destrinchar o art. 37 da Lei 4.320/1964: • Despesas relativas a exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria: ao final de um exercício, determinada despesa pode não ter sido processada, porque o empenho pode ter sido considerado insubsistente e anulado. No entanto, o credor havia, dentro do prazo estabelecido, cumprido sua obrigação. Nesse caso, quando o pagamento vier a ser reclamado, a despesa poderá ser empenhada novamente em Despesas de Exercícios Anteriores. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 26 • Restos a Pagar com prescrição interrompida: os valores inscritos em Restos a Pagar deverão ser pagos durante o exercício financeiro subsequente, ou seja, até 31 de dezembro do ano seguinte à realização do empenho. Após essa data, os saldos remanescentes serão automaticamente cancelados, pois a reinscrição de empenhos em Restos a Pagar é vedada. Porém o direito do credor prescreve apenas em cinco anos. Os Restos a Pagar com prescrição interrompida, os quais são aqueles cuja inscrição tenha sido cancelada, mas ainda está vigente o direito do credor, poderão ser pagos à conta de despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria própria. • Compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente: alguns compromissos podem ser reconhecidos pela autoridade competente após o fim do exercício financeiro em que foram gerados, ainda que não tenha saldo na dotação própria ou que a dotação não tenha sido prevista. Como exemplo, é o que ocorrerá se a administração pública reconhecer dívida correspondente a vários anos de diferenças em gratificações de servidores públicos em atividade. As despesas decorrentes da decisão referentes aos anos anteriores deverão ir à conta de despesas de exercícios anteriores, classificadas como despesas correntes; as dos meses do exercício financeiro corrente serão pagas no elemento de despesa próprio. Para o pagamento das despesas de exercícios anteriores, a despesa deve ser empenhada novamente, comprometendo, desse modo, o orçamento vigente à época do efetivo pagamento. Assim, há necessidade de nova autorização orçamentária. Importante: as Despesas de Exercícios Anteriores são despesas orçamentárias, pois seu pagamento ocorre à custa do Orçamento vigente. As dívidas de exercícios anteriores, que dependam de requerimento do favorecido, prescrevem em cinco anos, contados da data do ato ou fato que tiver dado origem ao respectivo direito. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 27 Ainda, segundo o § 1.º do art. 22 do Decreto 93.872/1986, o reconhecimento da obrigação de pagamento de despesas de exercícios anteriores cabe à autoridade competente para empenhar a despesa. Atenção: as despesas de exercícios anteriores não se confundem com restos a pagar, já que sequer foram empenhadas ou, se foram, tiveram seus empenhos anulados ou cancelados. 8. SUPRIMENTO DE FUNDOS A finalidade do suprimento de fundos é atender a despesas que não possam aguardar o processo normal, ou seja, é exceção à realização de procedimento licitatório. O regime de adiantamento, suprimento de fundos, é aplicável aos casos de despesas expressamente definidas em lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria, para o fim de realizar despesas que pela excepcionalidade, a critério do Ordenador de Despesa e sob sua inteiraresponsabilidade, não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação, nos seguintes casos: • para atender despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços especiais, que exijam pronto pagamento em espécie; • quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento; e • para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso, não ultrapassar limite estabelecido em Portaria do Ministro da Fazenda. Os valores de um suprimento de fundos entregues ao suprido poderão relacionar-se a mais de uma natureza de despesa, desde que precedidos dos empenhos nas dotações respectivas, respeitados os valores de cada natureza. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 28 A concessão de suprimento de fundos deverá respeitar os estágios da execução da despesa pública: empenho, liquidação e pagamento. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. Não se esqueça! Cuidado: é vedada a aquisição de material permanente por meio de suprimento de fundos. Não se concederá suprimento de fundos: • a responsável por dois suprimentos, ou seja, é permitida a concessão de até dois suprimentos com prazo de aplicação não vencido; • a servidor que tenha a seu cargo a guarda ou a utilização do material a adquirir, salvo quando não houver na repartição outro servidor; • a responsável por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, não tenha prestado contas de sua aplicação; e • a servidor declarado em alcance. Entende-se por servidor declarado em alcance aquele que não tenha prestado contas do suprimento no prazo regulamentar ou cujas contas tenham sido impugnadas, total ou parcialmente. Segundo o art. 45 do Decreto 93.872/1986, excepcionalmente, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade, poderá ser concedido suprimento de fundos a servidor, sempre precedido do empenho na dotação própria às despesas a realizar, e que não possa subordinar-se ao processo normal de aplicação. Ainda, o suprimento de fundos será contabilizado e incluído nas contas do ordenador como despesa realizada; as restituições, por falta de aplicação, parcial ou total, ou aplicação indevida, constituirão anulação de despesa, ou receita orçamentária, se recolhidas após o encerramento do exercício. O servidor que receber Suprimento de Fundos é obrigado a prestar contas de sua aplicação, procedendo-se, automaticamente, à tomada de contas se não o fizer no prazo assinalado pelo Ordenador de Despesa, sem prejuízo das CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 29 providências administrativas para apuração das responsabilidades. A importância aplicada até 31 de dezembro será comprovada até 15 de janeiro seguinte. A responsabilidade pela aplicação do suprimento de fundos, após sua aprovação na respectiva prestação de contas, é da autoridade que o concedeu. A concessão de suprimento de fundos deverá ocorrer por meio do Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF), conhecido como Cartão Corporativo, utilizando as contas de suprimento de fundos somente em caráter excepcional, em que comprovadamente não seja possível utilizar o cartão. O CPGF é instrumento de pagamento, emitido em nome da unidade gestora e operacionalizado por instituição financeira autorizada, utilizado exclusivamente pelo portador nele identificado, nos casos indicados em ato próprio da autoridade competente. Ele permite o acompanhamento das despesas realizadas com os recursos do Governo, facilita a prestação de contas e oferece maior segurança às operações. O Decreto 5.355/2005 dispõe sobre a utilização do CPGF pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, para pagamento de despesas realizadas nos termos da legislação vigente, e dá outras providências. Segundo o art. 2.°, a utilização do CPGF para pagamento de despesas poderá ocorrer na aquisição de materiais e contratação de serviços enquadrados como suprimento de fundos, sem prejuízo dos demais instrumentos de pagamento previstos na legislação. No entanto, ato conjunto dos Ministros de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Fazenda poderá autorizar a utilização do CPGF como forma de pagamento de outras despesas. Segundo o § 6.° do art. 45 do Decreto 93.872/1986, é vedada a utilização do CPGF na modalidade de saque, exceto no tocante às despesas: I – de que trata o art. 47; II – decorrentes de situações específicas do órgão ou entidade, nos termos do autorizado em portaria pelo Ministro de Estado competente e nunca superior a 30% do total da despesa anual do órgão ou entidade efetuada com suprimento CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 30 de fundos; III – decorrentes de situações específicas da Agência Reguladora, nos termos do autorizado em portaria pelo seu dirigente máximo e nunca superior a 30% do total da despesa anual da Agência efetuada com suprimento de fundos. Este é o art. 47 citado pelo inciso I acima: Art. 47. A concessão e aplicação de suprimento de fundos, ou adiantamentos, para atender a peculiaridades dos órgãos essenciais da Presidência da República, da Vice-Presidência da República, do Ministério da Fazenda, do Ministério da Saúde, do Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça, das repartições do Ministério das Relações Exteriores no exterior, bem assim de militares e de inteligência, obedecerão ao Regime Especial de Execução estabelecido em instruções aprovadas pelos respectivos Ministros de Estado, vedada a delegação de competência. Parágrafo único. A concessão e aplicação de suprimento de fundos de que trata o caput, com relação ao Ministério da Saúde, restringe-se a atender às especificidades decorrentes da assistência à saúde indígena. O CPGF é uma modalidade de pagamento, ou seja, não altera em nada os procedimentos existentes para a utilização do suprimento de fundos e sua prestação de contas. Se o Ordenador de Despesa impugnar as contas do suprido, este deverá devolver, por meio do documento Guia de Recolhimento da União – GRU, os valores das despesas não elegíveis, ou seja, aquelas que não foram aceitas pelo Ordenador de Despesa da UG, por estar em desacordo com o objeto do suprimento. Cabe ressaltar que a rotina de devolução vale tanto para a conta bancária, quanto para o Cartão. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 31 QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSOS ANTERIORES - ESAF 1) (ESAF – Analista Tributário – Receita Federal – 2009) Assinale a opção que indica uma exceção aos objetivos do decreto de programação financeira, no âmbito federal. a) Cumprir a Legislação Orçamentária. b) Estabelecer normas específicas de execução orçamentária e financeira para o exercício. c) Limitar o volume de recursos destinados a investimentos colocados à disposição das unidades orçamentárias. d) Estabelecer um cronograma de compromissos (empenhos) e de liberação (pagamento) dos recursos financeiros para o Governo Federal. e) Assegurar o equilíbrio entre receitas e despesas ao longo do exercício financeiroe proporcionar o cumprimento da meta de resultado primário. São objetivos do Decreto de Programação Orçamentária e Financeira: • Estabelecer normas específicas de execução orçamentária e financeira para o exercício; • Estabelecer um cronograma de compromissos (empenhos) e de liberação (pagamento) dos recursos financeiros para o Governo Federal; • Cumprir a Legislação Orçamentária (Lei 4.320/64 e LRF); e • Assegurar o equilíbrio entre receitas e despesas ao longo do exercício financeiro e proporcionar o cumprimento da meta de resultado primário. Logo, limitar o volume de recursos destinados a investimentos colocados à disposição das unidades orçamentárias não é objetivo do decreto de programação financeira. Resposta: Letra C CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 32 2) (ESAF - Analista Administrativo - ANA - 2009) Quando do pagamento de Restos a Pagar referente a uma despesa qualquer, empenhada pelo valor estimado, verificou-se que o valor real a ser pago era superior ao valor inscrito. Nesse caso, a diferença a maior deverá ser: a) empenhada à conta do orçamento vigente, para ser paga no exercício subsequente. b) inscrita em Restos a Pagar do exercício vigente. c) empenhada à conta de Despesas de Exercícios Anteriores. d) inscrita em Restos a Pagar do exercício da inscrição original. e) empenhada e paga à conta do orçamento do exercício da inscrição original. No caso de estimativa, são possíveis duas situações: • Valor real > valor inscrito em RAP: a diferença será empenhada à conta de despesas de exercícios anteriores. • Valor real < valor inscrito em RAP: o saldo existente será cancelado. Logo, caso se verifique que o valor real a ser pago seja superior ao valor inscrito, a diferença será empenhada à conta de despesas de exercícios anteriores. Resposta: Letra C 3) (ESAF – Analista Tributário – Receita Federal – 2009) A movimentação de recursos do orçamento entre órgãos e entre unidades de um mesmo órgão é uma necessidade intrínseca à execução do orçamento. Assinale a opção falsa a respeito da descentralização de créditos e descentralização financeira. a) A movimentação de créditos entre unidades gestoras de um mesmo órgão independe da programação financeira. b) A movimentação financeira entre o Tesouro Nacional e as setoriais financeiras dos órgãos não está vinculada à movimentação de crédito. c) A movimentação financeira entre órgãos necessita de prévia e expressa autorização do Tesouro Nacional, em razão de restrições impostas pela Constituição Federal. d) Os sub-repasses estão relacionados à descentralização interna de crédito. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 33 e) As cotas financeiras são movimentações financeiras entre o Tesouro Nacional e as setoriais financeiras. a) Correta. A movimentação de créditos entre as unidades gestoras decorre da publicação da Lei Orçamentária Anual – LOA, o seu consequente lançamento no SIAFI e o detalhamento dos créditos autorizados. Logo, independe da programação financeira. b) Correta. A primeira fase da movimentação dos recursos é a liberação de cota e deve ser realizada em consonância com o cronograma de desembolso aprovado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Assim, cota é o montante de recursos colocados à disposição dos Órgãos Setoriais de Programação Financeira – OSPF pela Coordenação-Geral de Programação Financeira – COFIN/STN mediante movimentação intra-SIAFI dos recursos da Conta Única do Tesouro Nacional. Logo, não está vinculada diretamente à movimentação de crédito. c) É a incorreta. A segunda fase da movimentação de recursos é a liberação de repasse ou sub-repasse. Repasse é a movimentação de recursos realizada pelos OSPF para as unidades de outros órgãos ou ministérios e entidades da Administração Indireta, bem como entre esses; e sub-repasse é a liberação de recursos dos OSPF para as unidades sob sua jurisdição e entre as unidades de um mesmo órgão, ministério ou entidade. Não há restrições constitucionais que obrigue prévia e expressa autorização do Tesouro Nacional. d) Correta. A questão gerou polêmica e ficou confusa, porém não foi anulada. Na verdade, o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (Portaria Conjunta STN/SOF nº 2, de 6 de agosto de 2009), na seção 4.5.1.2 - Descentralizações de créditos orçamentários, dispõe que a provisão está relacionada à descentralização interna de créditos. Os sub-repasses estão relacionados à descentralização interna de recursos. O que a Banca quis dizer é que a descentralização interna de recursos ou sub-repasse é decorrente de uma prévia descentralização interna de créditos ou provisão. e) Correta. Já vimos que cota é o montante de recursos colocados à disposição dos Órgãos Setoriais de Programação Financeira – OSPF pela Coordenação- CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 34 Geral de Programação Financeira – COFIN/STN mediante movimentação intra- SIAFI dos recursos da Conta Única do Tesouro Nacional. Essa questão, apesar de mal formulada, não foi anulada. Vale a explicação das alternativas, mas não deve ser usada como referência para os estudos. Resposta: Letra C 4) (ESAF – Administrador – MPOG – 2006) Assinale a opção correta sobre a Tabela de Eventos Contábeis utilizada no âmbito da contabilidade federal. a) Os eventos são códigos colocados nos documentos para a posterior contabilização desse documento. b) Os eventos da classe 40 destinam-se à contabilização da movimentação de créditos entre as unidades gestoras. c) Os eventos estão relacionados a cada tipo de documento e não existe evento que pode ser utilizado em mais de um documento. d) Os eventos da classe 51 destinam-se à apropriação da despesa (liquidação). e) Eventos da classe 30 podem ser utilizados no documento Nota de Empenho. a) Errada. O evento é um código associado a cada tipo de ato ou fato que deva ser registrado contabilmente pelo sistema e ao qual se associa, por sua vez, um roteiro contábil, ou seja, uma lista das contas de débito e crédito que devam ser afetadas, de forma a que todos os operadores do SIAFI possam efetuar lançamentos contábeis, mesmo que absolutamente nada saibam sobre contabilidade. b) Errada. Os eventos da classe 40 são preenchidos na NE ou PE, de forma individual, e objetivam registrar a emissão de empenhos ou pré-empenhos. c) Errada. Os eventos mantêm correlação com os documentos de entrada do SIAFI, a exceção dos eventos de classe 50, 60, 70 e 80, que podem aparecer indistintamente na NL, OB e GR. d) Correta. Os eventos da classe 51 destinam-se à apropriação da despesa (liquidação). São utilizados sempre que a despesa for reconhecida, esteja ou não em condições de pagamento. CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 35 e) Errada. Os eventos da classe 30 são indicados de forma individual na NC e se destinam a registrar a movimentação de créditos orçamentários. Resposta: Letra D 5) (ESAF - Analista Administrativo - ANA - 2009) - Sobre o tema ‘Conta Única do Tesouro Nacional’, assinale a opção correta. a) É mantida no Banco Centraldo Brasil e tem por finalidade acolher as disponibilidades financeiras da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. b) Sua operacionalização é efetuada, exclusivamente, por intermédio do Banco do Brasil S/A. c) É movimentada pelas Unidades Gestoras da Administração Pública Federal integrantes do SIAFI, inclusive na modalidade “off-line”. d) As Ordens Bancárias contra ela emitidas são consolidadas diariamente no âmbito do SIDOR, de acordo com a respectiva finalidade. e) A movimentação de seus recursos é efetuada, entre outros, por meio da Guia da Previdência Social (GPS) e da Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações da Previdência Social (GFIP). a) Errada. A Conta Única do Tesouro Nacional, mantida no Banco Central do Brasil, tem por finalidade acolher as disponibilidades financeiras da União. b) Errada. A operacionalização da Conta Única do Tesouro Nacional será efetuada por intermédio do Banco do Brasil S/A, ou por outros agentes financeiros autorizados pelo Ministério da Fazenda. c) Errada. É movimentada pelas Unidades Gestoras - UG da Administração Pública Federal, inclusive Fundos, Autarquias, Fundações, e outras entidades integrantes do SIAFI, na modalidade “on-line”. d) Errada. O SIAFI consolidará, diariamente, as Ordens Bancárias emitidas, de acordo com a respectiva finalidade, gerando a “Relação de Ordens Bancárias Intra-SIAFI-RT” e a “Relação de Ordens Bancárias Externas – RE”. e) Correta. A movimentação de recursos da Conta Única será efetuada por meio de Ordem Bancária - OB, Documento de Arrecadação de Receitas Federais - DARF, Guia da Previdência Social - GPS, Documento de Receita de CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 36 Estados e/ou Municípios - DAR, Guia do Salário Educação - GSE, Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações da Previdência Social - GFIP, Nota de Sistema - NS ou Nota de Lançamento - NL, de acordo com as respectivas finalidades. Resposta: Letra E 6) (ESAF – AFC/STN - 2008) Constitui característica da Conta Única do Tesouro Nacional, exceto: a) a Guia da Previdência Social – GPS, que é um documento de movimentação da Conta Única. b) em casos excepcionalmente autorizados, a movimentação da Conta Única pode ser realizada em agente financeiro que não seja o Banco do Brasil. c) as Ordens Bancárias somente podem ser canceladas antes da remessa ao banco. d) a Ordem Bancária de Cartão – é utilizada para registro de saque efetuado por detentor de Cartão Corporativo do Governo Federal. e) as Ordens Bancárias de Movimentação da Conta Única são classificadas em Intra-SIAFI e Externa ao SIAFI. a) Correta. A movimentação de recursos da Conta Única será efetuada por meio de Ordem Bancária - OB, Documento de Arrecadação de Receitas Federais - DARF, Guia da Previdência Social - GPS, Documento de Receita de Estados e/ou Municípios - DAR, Guia do Salário Educação - GSE, Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações da Previdência Social - GFIP, Nota de Sistema - NS ou Nota de Lançamento - NL, de acordo com as respectivas finalidades. b) Correta. A operacionalização da Conta Única do Tesouro Nacional será efetuada por intermédio do Banco do Brasil S/A, ou, excepcionalmente, por outros agentes financeiros autorizados pelo Ministério da Fazenda. c) É a incorreta. As Ordens Bancárias podem ser canceladas após a remessa ao banco. A Ordem Bancária de Sistema – OBS é utilizada para cancelamento de Ordem Bancária pelo agente financeiro com devolução dos recursos CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 37 correspondentes, bem como pela STN para regularização das remessas não efetivadas. d) Correta. A Ordem Bancária de Cartão é utilizada para registro de saque, efetuado pelo portador do Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF), em moeda corrente, observado o limite estipulado pelo Ordenador de Despesas. e) Correta. O SIAFI consolidará, diariamente, as Ordens Bancárias emitidas, de acordo com a respectiva finalidade, gerando a “Relação de Ordens Bancárias Intra-SIAFI-RT” e a “Relação de Ordens Bancárias Externas – RE”. Resposta: Letra C 7) (ESAF – Técnico de Nível Superior/SPU – MPOG – 2006) A Programação Financeira, conjunto de atividades cujo objetivo é ajustar o ritmo de execução do orçamento ao fluxo provável de recursos financeiros, é realizada em três níveis distintos: o primeiro, pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), órgão central do sistema; o segundo, pelas Subsecretarias de Planejamento, Orçamento e Administração ou equivalentes, os chamados Órgãos Setoriais de Programação Financeira (OSPF) e, por fim, pelas Unidades Gestoras Executoras (UGE). Nesse contexto, compete ao Tesouro Nacional: a) a realização da despesa pública nas suas três etapas, ou seja: o lançamento, a arrecadação e o recolhimento. b) estabelecer as diretrizes para a elaboração e formulação da programação financeira mensal e anual, bem como a adoção dos procedimentos necessários à sua execução. c) a consolidação das propostas de programação financeira dos órgãos vinculados (UGE) e a descentralização dos recursos financeiros recebidos do órgão central. d) a realização da despesa pública nas suas três etapas, ou seja: o empenho, a liquidação e o pagamento. e) elaborar, isoladamente, o projeto de lei do orçamento anual. Compete ao Tesouro Nacional estabelecer as diretrizes para a elaboração e formulação da programação financeira mensal e anual, bem como a adoção CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 38 dos procedimentos necessários a sua execução. Aos órgãos setoriais competem a consolidação das propostas de programação financeira dos órgãos vinculados (UGE) e a descentralização dos recursos financeiros recebidos do órgão central. Às Unidades Gestoras Executoras cabem a realização da despesa pública nas suas três etapas, ou seja: o empenho, a liquidação e o pagamento. Resposta: Letra B 8) (ESAF – AFC/CGU - 2008) São consideradas etapas da execução orçamentária e financeira, os ingressos de recursos na conta única do Tesouro e as descentralizações de créditos e recursos entre as unidades integrantes do SIAFI. No que diz respeito ao assunto, julgue os itens que se seguem e marque, com V para os verdadeiros e F para os falsos, a opção que corresponde à seqüência correta. I. A unidade gestora que recebe créditos orçamentários por descentralização, sob a forma de destaque, receberá os recursos financeiros sob a forma de repasse. II. A unidade gestora que descentralizou créditos orçamentários por meio de provisão receberá os recursos financeiros sob a forma de sub-repasse. III. A descentralização de recursos é realizada no SIAFI por meio da Nota de Programação Financeira, que é o documento utilizado para registrar e contabilizar as etapas da programação financeira. IV. A Guia de Recolhimento da União – GRU é documento utilizado para efetuar todo e qualquer depósito na conta única do Tesouro, excetuadas as receitas recolhidas mediante a Guia de Previdência Social – GPS e por meio do Documento de Arrecadação de Receitas Federais - DARF. V. A Secretaria do Tesouro Nacional permite que autarquias, fundos e fundações públicas que contarem com autorização legislativa específica efetuem
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