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Questões Comentadas Administração Financeira e Orçamentária para concursos 08

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CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
 
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Aula 7 
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA 
 
 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
 
No âmbito dos concursos públicos, é fácil ver como há pessoas que se 
sobressaem pela sua perseverança e dedicação ao estudo, e isso faz com que 
superem outros colegas que aparentemente possuem uma capacidade 
intelectual mais elevada. Por que isso acontece? Por que uns conseguem 
manter esse esforço durante anos e outros não, ainda que o desejem? 
Quase todas as pessoas desejariam chegar a uma situação profissional mais 
elevada, e a maioria delas tem talento pessoal de sobra para o conseguir. 
Porque é que uns conseguem transformar esse desejo numa motivação diária 
que os faz vencer a inércia da vida, e outros, pelo contrário, não? 
Parece claro que estamos falando de algo que não é questão de coeficiente 
intelectual. É fácil verificar que as pessoas mais esforçadas e motivadas muitas 
vezes não coincidem com as que aparentam maior coeficiente intelectual. 
 
O importante é a motivação! Para ser capaz de superar as dificuldades e os 
cansaços próprios da vida, é preciso ver cada meta como algo de grande e 
positivo que podemos e devemos conseguir. Por isso, nas pessoas motivadas 
sempre há “alguma coisa” que lhes permite obter satisfação onde os outros não 
a encontram; ou alguma coisa que lhes permite adiar essa satisfação. A 
maioria das vezes a motivação implica um adiamento, pois supõe sacrificar-se 
agora com o fim de conseguir mais tarde algo que consideramos mais valioso. 
(trecho adaptado de um texto de Alfonso Aguilló) 
 
“Merecem louvor os homens que em si mesmos encontraram o impulso, e 
subiram nos seus próprios ombros” (Sêneca) 
 
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E vamos lá! Nesta aula trataremos de temas relacionados à execução 
orçamentária e financeira. Ao final, destacaremos os Restos a Pagar, as 
Despesas de Exercícios Anteriores e o Suprimento de Fundos. 
 
As execuções orçamentária e financeira ocorrem concomitantemente. Estão 
atreladas uma à outra, pois havendo orçamento e não existindo o financeiro, 
não poderá ocorrer a despesa. Por outro lado, pode haver recurso financeiro, 
mas não se poderá gastá-lo se não houver a disponibilidade orçamentária. 
 
A execução orçamentária pode ser definida, em resumo, como sendo a 
utilização dos créditos consignados na Lei Orçamentária Anual – LOA. Já a 
execução financeira, por sua vez, representa a utilização de recursos 
financeiros, visando atender à realização dos projetos e/ou atividades 
atribuídas às Unidades Orçamentárias pelo Orçamento. Na técnica 
orçamentária inclusive é habitual se fazer a distinção entre as palavras crédito 
e recurso. Reserva-se o termo crédito para designar o lado orçamentário e 
recurso para o lado financeiro. Crédito e recurso são duas faces de uma 
mesma moeda. O crédito é orçamentário, dotação ou autorização de gasto ou 
sua descentralização; e recurso é financeiro, portanto, dinheiro ou saldo de 
disponibilidade bancária. 
 
As execuções orçamentária e financeira devem estar em compasso com o 
desempenho da meta física. Entretanto, a apresentação de resultados da meta 
física pode ser inferior à execução financeira, ocasionando um descompasso, o 
qual pode ocorrer por problemas em licitações, convênios ou contratos, por 
pendências ambientais, ou até mesmo por deficiências no planejamento ou em 
virtude do contingenciamento orçamentário. 
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1. SIAFI 
 
1.1 Objetivos 
 
O Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI 
é o principal instrumento utilizado para registro, acompanhamento e controle da 
execução orçamentária, financeira e patrimonial do Governo Federal. É um 
sistema informatizado que processa e controla, por meio de terminais 
instalados em todo o território nacional, a execução orçamentária, financeira, 
patrimonial e contábil dos órgãos da Administração Pública direta federal, das 
autarquias, fundações e empresas públicas federais e das sociedades de 
economia mista que estiverem contempladas no Orçamento Fiscal e/ou no 
Orçamento da Seguridade Social da União. 
Os principais objetivos do SIAFI são: 
a) prover mecanismos adequados ao controle diário da execução orçamentária, 
financeira e patrimonial aos órgãos da Administração Pública; 
b) fornecer meios para agilizar a programação financeira, otimizando a 
utilização dos recursos do Tesouro Nacional, através da unificação dos 
recursos de caixa do Governo Federal; 
c) permitir que a contabilidade pública seja fonte segura e tempestiva de 
informações gerenciais destinadas a todos os níveis da Administração Pública 
Federal; 
d) padronizar métodos e rotinas de trabalho relativas à gestão dos recursos 
públicos, sem implicar rigidez ou restrição a essa atividade, uma vez que ele 
permanece sob total controle do ordenador de despesa de cada unidade 
gestora; 
e) permitir o registro contábil dos balancetes dos estados e municípios e de 
suas supervisionadas; 
f) permitir o controle da dívida interna e externa, bem como o das 
transferências negociadas; 
g) integrar e compatibilizar as informações no âmbito do Governo Federal; 
h) permitir o acompanhamento e a avaliação do uso dos recursos públicos; e 
i) proporcionar a transparência dos gastos do Governo Federal. 
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Muitas são as facilidades que o SIAFI oferece a toda Administração Pública que 
dele faz uso, mas podemos dizer, a título de simplificação, que essas facilidades 
foram desenvolvidas para registrar as informações pertinentes às três tarefas 
básicas da gestão pública federal dos recursos arrecadados legalmente da 
sociedade: execução orçamentária; execução financeira; e elaboração das 
demonstrações contábeis, consolidadas na Prestação de Contas Anual do 
Presidente da República (antigo Balanço Geral da União). 
Pelo SIAFI é que se faz o controle dos saldos e a transferência de recursos 
entre as unidades gestoras (UGs). A UG é uma unidade orçamentária ou 
administrativa investida do poder de gerir recursos orçamentários e 
financeiros, próprios ou sob descentralização. 
No caso de pagamento de despesas entre unidades gestoras o sistema efetua 
instantaneamente o crédito de recursos à Unidade Gestora favorecida e o 
débito à Unidade Gestora emitente, por meio de Ordens Bancárias – OB – 
intra-SIAFI. As OB emitidas para outros favorecidos que não são Unidades 
Gestoras on-line são consolidadas diariamente até o fechamento do SIAFI num 
arquivo magnético que é enviado ao Banco do Brasil para processamento e 
realização dos créditos aos respectivos favorecidos. 
 
1.2 Documentos do SIAFI 
 
Estes são os documentos do SIAFI relacionados à execução orçamentária: 
Nota de Dotação (ND): é o documento utilizado para registro das informações 
orçamentárias elaboradas pela Secretaria de Orçamento Federal, ou seja, dos 
créditos previstos no Orçamento Geral da União. Também se presta à inclusão 
de créditos no Orçamento não previstos inicialmente e ao registro do 
desdobramento do Plano Interno e do detalhamento da fontede recursos. O 
Plano Interno é um instrumento de planejamento e de acompanhamento da 
ação planejada, usado como forma de detalhamento do projeto/atividade, de 
uso exclusivo de cada Ministério/Órgão. 
Nota de Movimentação de Crédito (NC): é o documento utilizado para 
registrar a movimentação interna e externa de créditos e suas anulações. 
 
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Nota de Empenho (NE): é o documento utilizado para registrar as operações 
que envolvem despesas orçamentárias realizadas pela Administração Pública 
federal, ou seja, o comprometimento de despesa, seu reforço ou anulação, 
indicando o nome do credor, a especificação e o valor da despesa, bem como 
a dedução desse valor do saldo da dotação própria. 
Nota de Lançamento por Evento (NL): é o documento utilizado para registrar 
a apropriação/liquidação de receitas e despesas, bem como outros atos e fatos 
administrativos, inclusive os relativos a entidades supervisionadas, associados 
a eventos contábeis não vinculados a documentos específicos. 
 
Estes são os documentos do SIAFI relacionados à execução financeira: 
Nota de Lançamento por Evento (NL): é considerada relacionada tanto à 
execução orçamentária como à execução financeira. 
DARF Eletrônico: DARF é a sigla para Documento de Arrecadação de 
Receitas Federais. Por meio desse documento se registra a arrecadação de 
tributos e demais receitas diretamente na Conta Única do Tesouro Nacional, 
sem trânsito pela rede bancária, ou seja, por meio de transferências de 
recursos intra-SIAFI. O DARF eletrônico nada mais é do que o instrumento de 
registro dessas informações no SIAFI. 
GPS Eletrônica: GPS é a sigla para Guia da Previdência Social. Esse 
documento permite registrar o recolhimento das contribuições para a 
Seguridade Social por meio de transferências de recursos intra-SIAFI entre a 
UG recolhedora e a Conta Única do Tesouro Nacional. 
Ordem Bancária (OB): é o documento utilizado para o pagamento de 
compromissos, bem como para a liberação de recursos para fins de suprimento 
de fundos. 
 
Ainda, destacam-se os seguintes documentos: 
GSE Eletrônica: GSE é a sigla para Guia do Salário-Educação. A GSE é o 
documento que registra o recolhimento do salário-educação destinado aos 
seus beneficiários e do valor que lhes é pago, mediante transferências intra-
SIAFI de recursos entre a Unidade Gestora recolhedora e o Fundo Nacional de 
Desenvolvimento da Educação – FNDE. 
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Nota de Programação Financeira (NPF): é o documento que permite registrar 
os valores constantes da Proposta de Programação Financeira (PPF) e da 
Programação Financeira Aprovada (PFA), envolvendo a Coordenação-Geral de 
Programação Financeira da Secretaria do Tesouro Nacional – COFIN/STN e os 
Órgãos Setoriais de Programação Financeira – OSPF. 
 
1.3 Sistemas 
 
O SIAFI é um sistema de informações centralizado em Brasília, ligado por 
teleprocessamento aos Órgãos do Governo Federal distribuídos no País e no 
exterior. Essa ligação, que é feita pela rede de telecomunicações do SERPRO 
e também pela conexão a outras inúmeras redes externas, é que garante o 
acesso ao sistema às milhares de unidades gestoras ativas no SIAFI. 
Para facilitar o trabalho de todas essas unidades gestoras, o SIAFI foi 
concebido para se estruturar por exercícios: cada ano equivale a um sistema 
diferente, ou seja, a regra de formação do nome do sistema é a sigla SIAFI 
acrescida de quatro dígitos referentes ao ano do sistema que se deseja 
acessar: SIAFI2009, SIAFI2010, SIAFI2011, etc. 
Por sua vez, cada sistema está organizado por subsistemas – atualmente 
são 21 – e estes, por módulos. Dentro de cada módulo estão agregadas 
inúmeras transações, que guardam entre si características em comum. Nesse 
nível de transação é que são efetivamente executadas as diversas operações 
do SIAFI, desde entrada de dados até consultas. 
 
O Subsistema mais cobrado em provas, por ser considerado um dos mais 
importantes, é o subsistema Contas a pagar e a receber – CPR. 
O CPR permite otimizar o processo de programação financeira dos órgãos e 
entidades ligadas ao Sistema, proporcionando informações em nível analítico e 
gerencial do fluxo de caixa. Ele permite o cadastramento de contratos, notas 
fiscais, recibos e outros documentos, cuja contabilização é efetuada por 
eventos de sistema. Tais documentos geram compromissos de pagamento e 
de recebimento que compõem o fluxo de caixa montado pelo SIAFI. 
Documentos do SIAFI, como a Nota de Empenho (NE) e a Nota de 
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Programação Financeira (NPF), também dão origem a compromissos para as 
UGs dos órgãos que utilizam o CPR. 
 
1.4 Registros contábeis 
 
O SIAFI promove, de forma automática, os lançamentos contábeis 
correspondentes aos registros dos atos e fatos praticados pelos gestores 
públicos quando do exercício de suas atividades. Assim, é possível utilizar a 
contabilidade como fonte de informações confiáveis e instantâneas, pois os 
registros são lançados no mesmo momento em que os fatos ocorrem e não é 
necessária a existência de um contador em cada UG para efetuar a 
classificação contábil de cada ato ou fato realizado. Como nem todos dominam 
a contabilidade, foi criado o evento, que é um código associado a cada tipo de 
ato ou fato que deva ser registrado contabilmente pelo sistema e ao qual se 
associa, por sua vez, um roteiro contábil, ou seja, uma lista das contas de 
débito e crédito que devam ser afetadas, de forma a que todos os operadores 
do SIAFI possam efetuar lançamentos contábeis, mesmo que absolutamente 
nada saibam sobre contabilidade. 
 
A execução contábil relativa aos atos e fatos de gestão financeira, 
orçamentária e patrimonial da União obedece ao Plano de Contas elaborado e 
mantido de acordo com os padrões estabelecidos, tendo como partes 
integrantes a relação das contas agrupadas segundo suas funções, a tabela de 
eventos (conjunto de todos os eventos existentes) e a indicação do mecanismo 
de débito e crédito de cada conta. 
Trata-se, portanto, de um conjunto das contas utilizáveis em toda a 
Administração Pública federal, organizadas e codificadas com o propósito de 
sistematizar e uniformizar o registro contábil dos atos e fatos de gestão, e 
permitir a qualquer momento, com precisão e clareza, a obtenção dos dados 
relativos ao patrimônio da União. 
 
 
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A tabela de eventos é o instrumento utilizado pelas unidades gestoras no 
preenchimento das telas e/ou documentos de entrada no SIAFI para 
transformar os atos e fatos administrativos rotineiros em registros contábeis 
automáticos. A Coordenação-Geral de Contabilidade da Secretaria do Tesouro 
Nacional - STN é o Órgão Responsável pela administração da tabela de 
eventos. 
O código do evento é composto de seis números estruturados da seguinte 
forma: 
CÓDIGO DO EVENTO 
XX Y ZZZ 
Classe do Evento Tipo de utilização Código sequencial 
 
As unidades gestoras deverão utilizar, para registro de suas transações diárias, 
os códigos dessa tabela deeventos. A classe identifica o conjunto de eventos 
de uma mesma natureza de registro: 
XX.Y.ZZZ CLASSE 
10.0.000 Previsão da receita 
20.0.000 Dotação da despesa 
30.0.000 Movimentação de credito 
40.0.000 Empenho da despesa 
50.0.000 Apropriações de retenções, liquidações e outros 
51.0.000 Apropriações de despesas 
52.0.000 Retenções de obrigações 
53.0.000 Liquidações de obrigações 
54.0.000 Registros diversos 
55.0.000 Apropriações de direitos 
56.0.000 Liquidações de direitos 
60.0.000 Restos a pagar 
61.0.000 Liquidação de restos a pagar 
70.0.000 Transferências financeiras 
80.0.000 Receita 
 
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Caso não seja encontrado nesta tabela o evento que expresse com bastante 
clareza a transação a ser processada, deverá ser contactado o órgão de 
contabilidade para os esclarecimentos necessários. Somente aos órgãos de 
contabilidade compete realizar os registros contábeis, sem a indicação de 
eventos. Neste caso, o tratamento a ser dado a esses órgãos será por meio de 
débito (D) e crédito (C), desde que não se trate de receitas e/ou despesas. 
Portanto, pode existir registro contábil sem a indicação de evento. 
A tabela de eventos é parte integrante do plano de contas da administração 
pública federal. Ela veio substituir a forma usual de apresentação de um plano 
de contas no que tange à correspondência entre as contas (digrafograma). No 
entanto, o SIAFI somente validará os documentos de entrada de dados, em 
termos contábeis, se eles se apresentarem com os eventos que, no todo, 
completem partidas dobradas (total dos débitos igual ao total dos créditos). 
 
Os Fundamentos Lógicos são: 
• Os eventos mantêm correlação com os documentos de entrada do 
SIAFI, a exceção dos eventos de classe 50, 60, 70 e 80, que podem 
aparecer indistintamente na NL, OB e GR; 
• Os eventos 10.0.xxx são preenchidos de forma individual na NL e se 
destinam a registrar a provisão da receita; 
• Os eventos 20.0.xxx são indicados na ND e objetivam registrar a 
dotação da despesa. Tais eventos são preenchidos de forma individual, 
com algumas exceções de utilização conjugada, porém com eventos da 
mesma classe; 
• Os eventos 30.0.xxx são indicados de forma individual na NC e se 
destinam a registrar a movimentação de créditos orçamentários; 
• Os eventos 40.0.xxx são preenchidos na NE ou PE, de forma individual, 
e objetivam registrar a emissão de empenhos ou pré-empenhos; 
• Os eventos 50.0.xxx, quando preenchidos na NL, não podem se 
apresentar de forma individual, exceto os de classe 54. Isto porque são 
eventos representativos de partida contábil de débitos (classes 51, 53 e 
55) e de créditos (52 e 56). 
 
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2. CONTA ÚNICA 
 
A Conta Única, implantada em setembro de 1988, representou uma mudança 
radical no controle de caixa do Tesouro Nacional, em virtude da racionalização 
na movimentação dos recursos financeiros no âmbito do Governo Federal. 
Com ela, todas as unidades gestoras on-line do SIAFI passaram a ter os seus 
saldos bancários registrados e controlados pelo sistema, sem contas escriturais 
no Banco do Brasil. Assim, a Conta Única é uma conta mantida junto ao Banco 
Central do Brasil, operacionalizada via SIAFI pelo Banco do Brasil ou, 
excepcionalmente, por outros agentes financeiros autorizados pelo Ministério 
da Fazenda. É destinada a acolher, em conformidade com o disposto no art. 
164 da CF/1988, as disponibilidades financeiras da União que se encontram à 
disposição das UGs on-line, nos limites financeiros previamente definidos. O 
referido artigo determina que as disponibilidades de caixa da União serão 
depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por 
ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos 
previstos em lei. 
 
Portanto, a Conta Única do Tesouro não é mantida no Banco do Brasil e sim 
no Banco Central do Brasil. O Banco do Brasil S.A. (BB) é uma instituição 
financeira constituída na forma de sociedade de economia mista. Já o Banco 
Central do Brasil (BACEN), criado pela Lei 4.595, de 31.12.1964, é uma 
autarquia federal, vinculada ao Ministério da Fazenda, que tem por missão 
assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema 
financeiro sólido e eficiente. 
 
A LRF determina que as disponibilidades de caixa dos regimes de 
previdência social, geral e próprio dos servidores públicos, ainda que 
vinculadas a fundos específicos a que se referem os arts. 249 e 250 da 
CF/1988, ficarão depositadas em conta separada das demais 
disponibilidades de cada ente e aplicadas nas condições de mercado, com 
observância dos limites e condições de proteção e prudência financeira. 
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A Conta Única é movimentada pelas UGs da Administração Pública federal, 
inclusive fundos, autarquias, fundações, e outras entidades integrantes do 
SIAFI, na modalidade on-line. A movimentação de recursos da Conta Única 
será efetuada por meio de Ordem Bancária – OB, Documento de Arrecadação 
de Receitas Federais – DARF, Guia da Previdência Social – GPS, Documento 
de Receita de Estados e/ou Municípios – DAR, Guia do Salário-Educação – 
GSE, Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações da Previdência Social 
– GFIP, Nota de Sistema – NS ou Nota de Lançamento – NL, de acordo com 
as respectivas finalidades. 
O SIAFI consolidará, diariamente, as Ordens Bancárias emitidas, de acordo 
com a respectiva finalidade, gerando a “Relação de Ordens Bancárias Intra-
SIAFI-RT” e a “Relação de Ordens Bancárias Externas – RE”. Destaca-se a 
Ordem Bancária de Cartão, a qual é utilizada para registro de saque, efetuado 
pelo portador do Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF ou 
também chamado Cartão Corporativo), em moeda corrente, observado o 
limite estipulado pelo Ordenador de Despesas; e a Ordem Bancária de 
Sistema – OBS, utilizada para cancelamento de Ordem Bancária pelo agente 
financeiro com devolução dos recursos correspondentes, bem como pela STN 
para regularização das remessas não efetivadas. 
 
A Guia de Recolhimento de Receitas da União – GRU é o documento 
padronizado para registrar os ingressos de valores na Conta Única. Deverão 
ser recolhidas por GRU as taxas (custas judiciais, emissão de passaporte etc.), 
aluguéis de imóveis públicos, serviços administrativos e educacionais (inscrição 
de vestibular/concursos, expedição de certificados), receitas de multas (da 
Polícia Rodoviária Federal, do Código Eleitoral, do Serviço Militar etc.) e outras. 
Excetuam-se do recolhimento por meio da GRU as receitas do Instituto 
Nacional do Seguro Social – INSS, recolhidas mediante a Guia de Previdência 
Social – GPS, e as receitas administradas pela Secretaria da Receita Federal 
do Brasil – RFB e pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN, 
recolhidas por meio do Documento de Arrecadação de Receitas Federais – 
DARF. 
 
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Segundo o art. 17 da InstruçãoNormativa STN 4, de 30 de agosto de 2004, 
ficam instituídas as seguintes modalidades de aplicação financeira na Conta 
Única do Tesouro Nacional, mediante registro específico no SIAFI: aplicação 
financeira diária e aplicação financeira a prazo fixo, sendo esta efetuada 
mediante entendimentos prévios e a critério do órgão central de programação 
financeira. 
 
Ainda consoante a Instrução Normativa, art. 18, I e II, e parágrafo único: 
Art. 18. As aplicações financeiras definidas no art. 17 poderão ser efetuadas: 
I – no caso de aplicações financeiras diárias, pelas autarquias, fundos e 
fundações públicas que contarem com autorização legislativa específica, 
não se admitindo aplicações por parte de entidades não integrantes do 
Orçamento Fiscal e da Seguridade Social; e 
II – no caso de aplicações financeiras a prazo fixo, pelas autarquias, fundos, 
fundações públicas e os órgãos da Administração Pública Federal direta, 
integrantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. 
Parágrafo único. Somente poderão ser aplicadas na modalidade de prazo fixo 
as disponibilidades financeiras decorrentes de arrecadação própria, 
considerando classificação efetuada pela Secretaria de Orçamento Federal – 
SOF. 
 
3. PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA 
 
3.1 Competências 
 
A programação orçamentária e financeira consiste na compatibilização do fluxo 
dos pagamentos com o fluxo dos recebimentos, visando o ajuste da despesa 
fixada às novas projeções de resultados e da arrecadação. 
Compreende um conjunto de atividades com o objetivo de ajustar o ritmo de 
execução do orçamento ao fluxo provável de recursos financeiros, 
assegurando a execução dos programas anuais de trabalho, realizados por 
meio do SIAFI, com base nas diretrizes e regras estabelecidas pela legislação 
vigente. 
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A Programação Financeira se realiza em três níveis distintos: Secretaria do 
Tesouro Nacional, o órgão central; Subsecretarias de Planejamento, 
Orçamento e Administração (ou equivalentes, os chamados órgãos setoriais de 
programação financeira – OSPF); e as Unidades Gestoras Executoras (UGE). 
 
Compete ao Tesouro Nacional estabelecer as diretrizes para a elaboração e 
formulação da programação financeira mensal e anual, bem como a adoção 
dos procedimentos necessários a sua execução. Aos órgãos setoriais 
competem a consolidação das propostas de programação financeira dos 
órgãos vinculados (UGE) e a descentralização dos recursos financeiros 
recebidos do órgão central. Às Unidades Gestoras Executoras cabe a 
realização da despesa pública, ou seja: o empenho, a liquidação e o 
pagamento. 
 
3.2 Decreto de Programação Orçamentária e Financeira 
 
Logo após a sanção presidencial à Lei Orçamentária aprovada pelo Congresso 
Nacional, o Poder Executivo mediante decreto estabelece em até trinta dias a 
programação financeira e o cronograma de desembolso mensal por órgãos, 
observadas as metas de resultados fiscais dispostas na Lei de Diretrizes 
Orçamentárias. 
 
De acordo com o art. 8.º da LRF: 
Art. 8.º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que 
dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do 
inciso I do art. 4.º, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e 
o cronograma de execução mensal de desembolso. 
 
O mecanismo utilizado para limitação dos gastos do Governo Federal é o 
Decreto de Programação Orçamentária e Financeira, mais conhecido como 
“Decreto de Contingenciamento”, juntamente com a Portaria Interministerial 
que detalha os valores autorizados para movimentação e empenho e para 
pagamentos no decorrer do exercício. 
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A base legal do Decreto decorre da Lei 4.320/1964 e da LRF, complementada 
pelas LDOs a cada ano. A Lei 4.320/1964 trata da necessidade de estipular 
cotas trimestrais para a execução da despesa, evidenciando a preocupação 
com oscilações de arrecadação que acontecem no decorrer do exercício 
financeiro. A LRF traz as metas de resultado fiscal, a busca do equilíbrio e a 
necessidade de transparência. Já a LDO completa os dispositivos legais, 
informando, entre outros parâmetros, qual será a base contingenciável, as 
despesas que não são passíveis de contingenciamento, bem como o 
estabelecimento de demonstrativos das metas de resultado primário e sua 
periodicidade. 
 
São objetivos do Decreto de Programação Orçamentária e Financeira: 
• estabelecer normas específicas de execução orçamentária e financeira 
para o exercício; 
• estabelecer um cronograma de compromissos (empenhos) e de 
liberação (pagamento) dos recursos financeiros para o Governo Federal; 
• cumprir a Legislação Orçamentária (Lei 4.320/1964 e LRF); e 
• assegurar o equilíbrio entre receitas e despesas ao longo do exercício 
financeiro e proporcionar o cumprimento da meta de resultado primário. 
 
4. LIMITAÇÃO DE EMPENHO E DE MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA 
 
É o previsto de maneira explícita no caput do art. 9.º da LRF, o qual dispõe 
que, se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá 
não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal 
estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público 
promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias 
subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os 
critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. 
A limitação de empenho também será promovida pelo ente que ultrapassar o 
limite para a dívida consolidada, para que obtenha o resultado primário 
necessário à recondução da dívida ao limite. 
 
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Se houver frustração da receita estimada no orçamento, deverá ser 
estabelecida limitação de empenho e movimentação financeira, com o objetivo 
de atingir os resultados previstos na LDO e impedir a assunção de 
compromissos sem respaldo financeiro, o que acarretaria uma busca de 
socorro no mercado financeiro, situação que implica em encargos elevados. 
 
Analisando o art. 9.°, não há a possibilidade de limitação de empenho por outro 
motivo que não seja a frustração de receita. O gestor público só tem permissão 
legal para proceder à limitação de empenho quando a realização da receita (e 
não a execução da despesa) comprometer as metas fiscais, como o superávit 
primário. Outra observação é que além do Poder Executivo, há a extensão da 
limitação de empenho aos Poderes Legislativo e Judiciário e ao Ministério 
Público. 
 
Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações 
constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento 
do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. 
No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a 
recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de 
forma proporcional às reduções efetivadas. 
 
Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo 
demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada 
quadrimestre, em audiência pública na comissão mista referida na 
Constituição ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais. 
 
Consoanteo art. 65 da LRF, no caso de estado de defesa e/ou de sítio, 
decretado na forma da Constituição, ou na ocorrência de calamidade pública 
reconhecida pelo Congresso Nacional, no caso da União, ou pelas 
Assembleias Legislativas, na hipótese dos Estados e Municípios, enquanto 
perdurar a situação serão dispensados o atingimento dos resultados fiscais e 
a limitação de empenho prevista no art. 9.o. 
 
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Cabe ressaltar que, em relação ao § 3.° do art. 9.°, foi proposta uma Ação 
Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) perante o Supremo Tribunal Federal, o 
qual suspendeu liminarmente a eficácia deste dispositivo: 
§ 3.o No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público não 
promoverem a limitação no prazo estabelecido no caput, é o Poder Executivo 
autorizado a limitar os valores financeiros segundo os critérios fixados pela lei 
de diretrizes orçamentárias. 
 
Atenção: atualmente, devido à ADIN, o Poder Executivo não é autorizado a 
limitar os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público caso estes não 
promovam a limitação no prazo estabelecido no caput do art. 9.°. Há a 
extensão da limitação de empenho aos Poderes Legislativo, Judiciário e 
Ministério Público, mas ela deve ser efetuada por ato próprio. 
 
5. DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA 
 
5.1 Descentralização de créditos 
 
Com a publicação da Lei Orçamentária Anual – LOA, o seu consequente 
lançamento no SIAFI e o detalhamento dos créditos autorizados, inicia-se a sua 
movimentação entre as unidades gestoras, para que se viabilize a execução 
orçamentária propriamente dita, já que só após o recebimento do crédito é que 
as UGs estarão em condições de efetuar a realização das despesas públicas. 
As descentralizações de créditos orçamentários ocorrem quando for efetuada 
movimentação de parte do orçamento, mantidas as classificações institucional, 
funcional, programática e econômica, para que outras unidades administrativas 
possam executar a despesa orçamentária. 
 
As descentralizações de créditos orçamentários não se confundem com 
transferências e transposição, pois não modificam o valor da programação ou 
de suas dotações orçamentárias (créditos adicionais); tampouco alteram a 
unidade orçamentária (classificação institucional) detentora do crédito 
orçamentário aprovado na lei orçamentária ou em créditos adicionais. 
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Quando a descentralização envolver unidades gestoras de um mesmo órgão 
tem-se a descentralização interna, também chamada de provisão. Se, 
porventura, ocorrer entre unidades gestoras de órgãos ou entidades de 
estrutura diferente, ter-se-á uma descentralização externa, também 
denominada de destaque. 
 
Na descentralização, as dotações serão empregadas obrigatória e 
integralmente na consecução do objetivo previsto pelo programa de trabalho 
pertinente, respeitadas fielmente a classificação funcional e a estrutura 
programática. Portanto, a única diferença é que a execução da despesa 
orçamentária será realizada por outro órgão ou entidade. 
A descentralização de crédito externa dependerá de celebração de convênio ou 
instrumento congênere, disciplinando a consecução do objetivo colimado e as 
relações e obrigações das partes. 
Assim, a movimentação de créditos, a que chamamos habitualmente de 
descentralização de créditos, consiste na transferência, de uma unidade 
gestora para outra, do poder de utilizar créditos orçamentários que lhe tenham 
sido consignados no Orçamento ou lhe venham a ser transferidos 
posteriormente. A descentralização pode ser interna, se realizada entre UGs do 
mesmo órgão (provisão); ou externa, se efetuada entre órgãos distintos 
(destaque). 
 
5.2 Movimentação de recursos 
 
A movimentação de recursos financeiros oriundos do Orçamento da União, 
entre as UGs que compõem o Sistema de Programação Financeira, se dá sob 
a forma de liberação de cotas, repasses e sub-repasses para o pagamento de 
despesas, bem como por meio de concessão de limite de saque à Conta Única 
do Tesouro. 
A primeira fase da movimentação dos recursos é a liberação de cota e deve 
ser realizada em consonância com o cronograma de desembolso aprovado 
pela Secretaria do Tesouro Nacional. Assim, cota é o montante de recursos 
colocados à disposição dos Órgãos Setoriais de Programação Financeira – 
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OSPF pela Coordenação-Geral de Programação Financeira – COFIN/STN 
mediante movimentação intra-SIAFI dos recursos da Conta Única do Tesouro 
Nacional. 
 
A segunda fase é a liberação de repasse ou sub-repasse. 
Repasse é a movimentação de recursos realizada pelos OSPF para as 
unidades de outros órgãos ou ministérios e entidades da Administração 
Indireta, bem como entre estes; e sub-repasse é a liberação de recursos dos 
OSPF para as unidades sob sua jurisdição e entre as unidades de um mesmo 
órgão, ministério ou entidade. 
A descentralização de recursos é realizada no SIAFI por meio da Nota de 
Programação Financeira (NPF), que é o documento utilizado para registrar e 
contabilizar as etapas da programação financeira. Assim, a NPF é o documento 
que permite registrar os valores constantes da Proposta de Programação 
Financeira (PPF) e da Programação Financeira Aprovada (PFA), envolvendo a 
COFIN/STN e os OSPF. A partir daí, com recursos em caixa, ou seja, com 
disponibilidades financeiras, as unidades podem dar início à fase de 
pagamento de suas despesas. 
 
Atenção: a UG que recebe créditos descentralizados por destaque, receberá 
recursos por repasse. A UG que recebe créditos descentralizados por 
provisão, receberá recursos por sub-repasse. 
 
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 Fonte: site STN 
 
6. RESTOS A PAGAR 
 
Depois que é feito o empenho tendo como base a dotação orçamentária à 
respectiva despesa, tem-se o início do cumprimento do contrato, convênio ou 
determinação legal. 
O próximo passo é a liquidação da despesa, a qual consiste na verificação do 
direito do credor com base nos títulos e documentos comprobatórios do 
respectivo crédito, tendo por finalidade apurar a origem e o objeto do que se 
deve pagar, a importância exata, e a quem se deve pagar para extinguir a 
obrigação. 
 
No entanto, se a despesa não for paga até o término do exercício financeiro, 
dia 31 de dezembro, o crédito poderá ser inscrito em “restos a pagar”, com o 
pagamento a realizar-se no exercício subsequente. 
Consideram-se Restos a Pagar (RAP) ou resíduos passivos as despesas 
empenhadas, mas não pagas dentro do exercício financeiro, logo, até o dia 31 
de dezembro. 
 
 
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Consoante o art. 92 da Lei 4.320/1964, os Restos a Pagar, excluídos os 
serviços da dívida, constituem-se em modalidade de dívida pública flutuante e 
são registradas por exercício e por credor, distinguindo-se as despesasprocessadas das não processadas. 
O entendimento dos estágios da despesa é importante porque o art. 36 da 
Lei 4.320/1964 distingue as despesas em processadas e não processadas. As 
despesas processadas referem-se a empenhos executados e liquidados, 
prontos para o pagamento; as despesas não processadas são os empenhos 
de contratos e convênios em plena execução, logo não existe ainda direito 
líquido e certo do credor. Por exemplo, caso a administração pública assine 
contrato com um laboratório para o fornecimento de vacinas contra a paralisia 
infantil e, ao final do exercício, ainda não se saiba o número exato de crianças 
que serão vacinadas, tal despesa não poderá ser liquidada e será considerada 
não processada, pois ficará pendente a verificação do direito líquido e certo do 
credor e da importância exata a pagar. Enquanto não ocorrer a verificação do 
implemento da condição prevista, não haverá o reconhecimento da liquidez do 
direito do credor, não podendo o empenho ser considerado liquidado. Assim, 
para pagamento no ano subsequente, a despesa será inscrita em restos a 
pagar não processados. 
 
Ressalto que a despesa pública deve passar pelos estágios da execução: 
empenho, liquidação e pagamento. Assim, o pagamento dos restos a pagar 
não processados, o qual passou apenas pelo estágio do empenho, também só 
poderá ocorrer após a sua regular liquidação. 
Os empenhos referentes a despesas já liquidadas e não pagas, assim como os 
empenhos não anulados, serão automaticamente inscritos em Restos a Pagar 
no encerramento do exercício pelo valor devido ou, se não conhecido, pelo 
valor estimado, desde que satisfaça às condições estabelecidas para empenho 
e liquidação da despesa, pois se referem a encargos incorridos no próprio 
exercício. Isso ocorre devido ao regime de competência das despesas, já que 
devem ser contabilizadas no exercício em que foram geradas. 
 
 
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No caso de estimativa, são possíveis duas situações: 
• Valor real > valor inscrito em RAP: a diferença será empenhada à 
conta de despesas de exercícios anteriores. 
• Valor real < valor inscrito em RAP: o saldo existente será cancelado. 
 
Os valores inscritos em Restos a Pagar deverão ser pagos durante o exercício 
financeiro subsequente, ou seja, até 31 de dezembro do ano seguinte à 
realização do empenho. 
 
Após esta data, os saldos remanescentes serão automaticamente cancelados, 
pois a reinscrição de empenhos em Restos a Pagar é vedada. Os Restos a 
Pagar com prescrição interrompida, os quais são aqueles cuja inscrição tenha 
sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor, poderão ser pagos à 
conta de despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria própria. 
Segundo o art. 70 do Decreto 93.872/1986, o qual é baseado na legislação 
civil, prescreve em cinco anos a dívida passiva relativa aos Restos a Pagar. 
Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurianual, que não 
tenham sido liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no último 
ano de vigência do crédito. Ou seja, durante os outros anos só serão inscritos 
em restos a pagar os créditos plurianuais liquidados. 
Exemplo: determinado crédito adicional especial com vigência plurianual teve 
no 1.° ano: 
Empenhados: R$ 100 mil; 
Liquidados: R$ 80 mil; 
Pagos: R$ 50 mil. 
 
Assim, apenas R$ 30 mil (liquidados e não pagos) serão inscritos em restos a 
pagar no 1.° ano, porque os empenhos que sorvem a conta de créditos com 
vigência plurianual, que não tenham sido liquidados, só serão computados 
como restos a pagar no último ano de vigência do crédito. 
 
 
 
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Relembrando o Decreto 93.872/1986, em seu art. 35, I a IV: 
Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 
de dezembro, para todos os fins, salvo quando: 
I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele 
estabelecida; 
II – vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em curso a 
liquidação da despesa, ou seja de interesse da Administração exigir o 
cumprimento da obrigação assumida pelo credor; 
III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas; 
IV – corresponder a compromissos assumidos no exterior. 
 
Se a anulação ocorrer no próprio exercício, reverte-se à dotação a importância 
de despesa anulada. Quando a anulação ocorrer após o encerramento deste, 
considerar-se-á receita orçamentária do ano em que se efetivar. 
 
Vamos elaborar um quadro sobre os empenhos inscritos em Restos a Pagar: 
QUADRO: INSCRIÇÃO EM RESTOS A PAGAR 
Os empenhos referentes a despesas já liquidadas e não pagas, assim como os empenhos 
não anulados, serão automaticamente inscritos em Restos a Pagar no encerramento do 
exercício pelo valor devido ou, se não conhecido, pelo valor estimado. 
O empenho da despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, 
para todos os fins, salvo quando: 
Vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida; 
Vencido o prazo do item anterior, mas esteja em curso a liquidação da despesa, ou seja 
de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor; 
Se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas; 
Corresponder a compromissos assumidos no exterior. 
 
Ainda consoante o art. 15 do Decreto 93.872/1986: 
Art. 15. Os restos a pagar constituirão item específico da programação 
financeira, devendo o seu pagamento efetuar-se dentro do limite de saques 
fixado. 
 
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As despesas extraorçamentárias são aquelas que não constam da Lei 
Orçamentária e decorrem da contrapartida da receita extraorçamentária. 
Provêm da obrigação de devolver o valor arrecadado transitoriamente, como os 
valores de depósitos e cauções, de pagamentos de restos a pagar e de 
resgate de operações de crédito por antecipação de receita orçamentária. 
Se uma despesa foi empenhada em um exercício e somente foi paga no 
exercício seguinte, ela deve ser contabilizada como pertencente ao exercício 
do empenho. Assim, os Restos a Pagar serão contabilizados como despesas 
extraorçamentárias, já que o empenho foi efetuado dentro do orçamento do 
exercício anterior. 
 
Importante: na Contabilidade Pública, na estrutura do balanço financeiro, os 
Restos a Pagar são classificados como receitas extraorçamentárias, para que 
na contrapartida, quando forem pagos, sejam classificados como despesas 
extraorçamentárias. 
 
Logo, os Restos a Pagar são constituídos por recursos correspondentes a 
exercícios financeiros já encerrados. No entanto, integram a programação 
financeira do exercício em curso. 
 
Atenção: Restos a Pagar são despesas extraorçamentárias e integram a 
programação financeira do exercício em curso. 
 
De acordo com o art. 71 da CF/1988, o Tribunal de Contas da União tem o 
dever de elaborar relatório e emitir parecer prévio sobre as contas prestadas 
anualmente pelo Presidente da República, cabendo, exclusivamente, ao 
Congresso Nacional, julgar as contas prestadas e apreciar os relatórios sobre a 
execução dos planos de governo, conforme o inciso IX do art. 49 da CF/1988. 
OsRestos a Pagar têm tido uma atenção crescente e relevante nos relatórios 
apresentados pelo TCU, conforme se comprova no relatório apresentado sobre 
contas do governo da república, relativas ao exercício de 2008. O TCU 
ressalva a manutenção de volume expressivo de restos a pagar não 
processados, inscritos ou revalidados no exercício de 2007, o que 
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compromete a programação financeira e o planejamento governamental nos 
exercícios seguintes. O TCU tem mostrado preocupação com o 
acompanhamento e o controle das contas referentes a restos a pagar, em 
virtude do expressivo volume de recursos do governo federal inscritos nessa 
rubrica nos últimos exercícios financeiros, devido ao contingenciamento de 
dotações orçamentárias, promovendo sua descompressão quase ao final do 
exercício. 
No entanto, como a descompressão ocorre no final do exercício financeiro, 
grande parte das despesas ainda não terá passado pelo estágio da liquidação 
ao término do exercício, devendo ser inscritas em restos a pagar não 
processados. 
O importante é o estudante ter o conhecimento de que há um número 
excessivo de despesas inscritas em Restos a Pagar a cada ano, principalmente 
em Restos a Pagar não processados. 
 
E para evitar abusos em fim de mandato, a LRF, em seu art. 42, parágrafo 
único, determina: 
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos 
dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não 
possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem 
pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa 
para este efeito. 
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão 
considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do 
exercício. 
 
O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público observa que, embora a 
Lei de Responsabilidade Fiscal não aborde o mérito do que pode ou não ser 
inscrito em restos a pagar, veda contrair obrigação no último ano do mandato 
do governante sem que exista a respectiva cobertura financeira, desta forma, 
eliminando as heranças fiscais. 
 
 
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Atenção: conforme Parecer 401/2000 da Procuradoria-Geral da Fazenda 
Nacional, o cancelamento de restos a pagar processados (aqueles 
empenhados e liquidados) caracteriza forma de enriquecimento ilícito, tendo 
em vista que o fornecedor de bens/serviços cumpriu com a obrigação de fazer 
e a administração não poderá deixar de cumprir com a obrigação de pagar sob 
pena de estar descumprindo o princípio da moralidade que rege a 
Administração Pública, previsto no art. 37 da CF/1988. Assim, os restos a 
pagar processados não podem ser cancelados. 
 
7. DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES 
 
As Despesas de Exercícios Anteriores são dívidas resultantes de 
compromissos gerados em exercícios financeiros anteriores àqueles em que 
ocorrerão os pagamentos. 
Segundo o art. 37 da Lei 4.320/1964, as Despesas de Exercícios Anteriores 
são as despesas relativas a exercícios encerrados, para as quais o orçamento 
respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, 
que não se tenham processado na época própria, bem como os Restos a 
Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o 
encerramento do exercício correspondente. Poderão ser pagos à conta de 
dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, 
obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica. 
 
Vamos destrinchar o art. 37 da Lei 4.320/1964: 
• Despesas relativas a exercícios encerrados, para as quais o 
orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo 
suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época 
própria: ao final de um exercício, determinada despesa pode não ter 
sido processada, porque o empenho pode ter sido considerado 
insubsistente e anulado. No entanto, o credor havia, dentro do prazo 
estabelecido, cumprido sua obrigação. Nesse caso, quando o 
pagamento vier a ser reclamado, a despesa poderá ser empenhada 
novamente em Despesas de Exercícios Anteriores. 
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• Restos a Pagar com prescrição interrompida: os valores inscritos em 
Restos a Pagar deverão ser pagos durante o exercício financeiro 
subsequente, ou seja, até 31 de dezembro do ano seguinte à realização 
do empenho. Após essa data, os saldos remanescentes serão 
automaticamente cancelados, pois a reinscrição de empenhos em 
Restos a Pagar é vedada. Porém o direito do credor prescreve apenas 
em cinco anos. Os Restos a Pagar com prescrição interrompida, os 
quais são aqueles cuja inscrição tenha sido cancelada, mas ainda está 
vigente o direito do credor, poderão ser pagos à conta de despesas de 
exercícios anteriores, respeitada a categoria própria. 
• Compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício 
correspondente: alguns compromissos podem ser reconhecidos pela 
autoridade competente após o fim do exercício financeiro em que foram 
gerados, ainda que não tenha saldo na dotação própria ou que a 
dotação não tenha sido prevista. Como exemplo, é o que ocorrerá se a 
administração pública reconhecer dívida correspondente a vários anos 
de diferenças em gratificações de servidores públicos em atividade. As 
despesas decorrentes da decisão referentes aos anos anteriores 
deverão ir à conta de despesas de exercícios anteriores, classificadas 
como despesas correntes; as dos meses do exercício financeiro corrente 
serão pagas no elemento de despesa próprio. 
 
Para o pagamento das despesas de exercícios anteriores, a despesa deve ser 
empenhada novamente, comprometendo, desse modo, o orçamento vigente à 
época do efetivo pagamento. Assim, há necessidade de nova autorização 
orçamentária. 
 
Importante: as Despesas de Exercícios Anteriores são despesas 
orçamentárias, pois seu pagamento ocorre à custa do Orçamento vigente. 
 
As dívidas de exercícios anteriores, que dependam de requerimento do 
favorecido, prescrevem em cinco anos, contados da data do ato ou fato que 
tiver dado origem ao respectivo direito. 
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Ainda, segundo o § 1.º do art. 22 do Decreto 93.872/1986, o reconhecimento 
da obrigação de pagamento de despesas de exercícios anteriores cabe à 
autoridade competente para empenhar a despesa. 
 
Atenção: as despesas de exercícios anteriores não se confundem com restos a 
pagar, já que sequer foram empenhadas ou, se foram, tiveram seus empenhos 
anulados ou cancelados. 
 
8. SUPRIMENTO DE FUNDOS 
 
A finalidade do suprimento de fundos é atender a despesas que não possam 
aguardar o processo normal, ou seja, é exceção à realização de procedimento 
licitatório. 
 
O regime de adiantamento, suprimento de fundos, é aplicável aos casos de 
despesas expressamente definidas em lei e consiste na entrega de numerário 
a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria, para o fim de 
realizar despesas que pela excepcionalidade, a critério do Ordenador de 
Despesa e sob sua inteiraresponsabilidade, não possam subordinar-se ao 
processo normal de aplicação, nos seguintes casos: 
• para atender despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços 
especiais, que exijam pronto pagamento em espécie; 
• quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se 
classificar em regulamento; e 
• para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas 
cujo valor, em cada caso, não ultrapassar limite estabelecido em 
Portaria do Ministro da Fazenda. 
 
Os valores de um suprimento de fundos entregues ao suprido poderão 
relacionar-se a mais de uma natureza de despesa, desde que precedidos dos 
empenhos nas dotações respectivas, respeitados os valores de cada 
natureza. 
 
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A concessão de suprimento de fundos deverá respeitar os estágios da 
execução da despesa pública: empenho, liquidação e pagamento. É vedada a 
realização de despesa sem prévio empenho. Não se esqueça! 
 
Cuidado: é vedada a aquisição de material permanente por meio de 
suprimento de fundos. 
 
Não se concederá suprimento de fundos: 
• a responsável por dois suprimentos, ou seja, é permitida a concessão de 
até dois suprimentos com prazo de aplicação não vencido; 
• a servidor que tenha a seu cargo a guarda ou a utilização do material a 
adquirir, salvo quando não houver na repartição outro servidor; 
• a responsável por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, não 
tenha prestado contas de sua aplicação; e 
• a servidor declarado em alcance. 
 
Entende-se por servidor declarado em alcance aquele que não tenha prestado 
contas do suprimento no prazo regulamentar ou cujas contas tenham sido 
impugnadas, total ou parcialmente. 
 
Segundo o art. 45 do Decreto 93.872/1986, excepcionalmente, a critério do 
ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade, poderá ser 
concedido suprimento de fundos a servidor, sempre precedido do empenho na 
dotação própria às despesas a realizar, e que não possa subordinar-se ao 
processo normal de aplicação. Ainda, o suprimento de fundos será 
contabilizado e incluído nas contas do ordenador como despesa realizada; 
as restituições, por falta de aplicação, parcial ou total, ou aplicação indevida, 
constituirão anulação de despesa, ou receita orçamentária, se recolhidas após 
o encerramento do exercício. 
 
O servidor que receber Suprimento de Fundos é obrigado a prestar contas de 
sua aplicação, procedendo-se, automaticamente, à tomada de contas se não o 
fizer no prazo assinalado pelo Ordenador de Despesa, sem prejuízo das 
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providências administrativas para apuração das responsabilidades. 
A importância aplicada até 31 de dezembro será comprovada até 15 de janeiro 
seguinte. 
A responsabilidade pela aplicação do suprimento de fundos, após sua 
aprovação na respectiva prestação de contas, é da autoridade que o concedeu. 
 
A concessão de suprimento de fundos deverá ocorrer por meio do Cartão de 
Pagamento do Governo Federal (CPGF), conhecido como Cartão Corporativo, 
utilizando as contas de suprimento de fundos somente em caráter excepcional, 
em que comprovadamente não seja possível utilizar o cartão. 
O CPGF é instrumento de pagamento, emitido em nome da unidade gestora e 
operacionalizado por instituição financeira autorizada, utilizado exclusivamente 
pelo portador nele identificado, nos casos indicados em ato próprio da 
autoridade competente. Ele permite o acompanhamento das despesas 
realizadas com os recursos do Governo, facilita a prestação de contas e 
oferece maior segurança às operações. 
O Decreto 5.355/2005 dispõe sobre a utilização do CPGF pelos órgãos e 
entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, 
para pagamento de despesas realizadas nos termos da legislação vigente, e dá 
outras providências. 
Segundo o art. 2.°, a utilização do CPGF para pagamento de despesas poderá 
ocorrer na aquisição de materiais e contratação de serviços enquadrados como 
suprimento de fundos, sem prejuízo dos demais instrumentos de pagamento 
previstos na legislação. No entanto, ato conjunto dos Ministros de Estado do 
Planejamento, Orçamento e Gestão e da Fazenda poderá autorizar a utilização 
do CPGF como forma de pagamento de outras despesas. 
 
Segundo o § 6.° do art. 45 do Decreto 93.872/1986, é vedada a utilização do 
CPGF na modalidade de saque, exceto no tocante às despesas: 
I – de que trata o art. 47; 
II – decorrentes de situações específicas do órgão ou entidade, nos termos do 
autorizado em portaria pelo Ministro de Estado competente e nunca superior a 
30% do total da despesa anual do órgão ou entidade efetuada com suprimento 
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de fundos; 
III – decorrentes de situações específicas da Agência Reguladora, nos termos 
do autorizado em portaria pelo seu dirigente máximo e nunca superior a 30% 
do total da despesa anual da Agência efetuada com suprimento de fundos. 
Este é o art. 47 citado pelo inciso I acima: 
Art. 47. A concessão e aplicação de suprimento de fundos, ou adiantamentos, 
para atender a peculiaridades dos órgãos essenciais da Presidência da 
República, da Vice-Presidência da República, do Ministério da Fazenda, do 
Ministério da Saúde, do Departamento de Polícia Federal do Ministério da 
Justiça, das repartições do Ministério das Relações Exteriores no exterior, bem 
assim de militares e de inteligência, obedecerão ao Regime Especial de 
Execução estabelecido em instruções aprovadas pelos respectivos Ministros de 
Estado, vedada a delegação de competência. 
Parágrafo único. A concessão e aplicação de suprimento de fundos de que 
trata o caput, com relação ao Ministério da Saúde, restringe-se a atender às 
especificidades decorrentes da assistência à saúde indígena. 
 
O CPGF é uma modalidade de pagamento, ou seja, não altera em nada os 
procedimentos existentes para a utilização do suprimento de fundos e sua 
prestação de contas. Se o Ordenador de Despesa impugnar as contas do 
suprido, este deverá devolver, por meio do documento Guia de Recolhimento 
da União – GRU, os valores das despesas não elegíveis, ou seja, aquelas que 
não foram aceitas pelo Ordenador de Despesa da UG, por estar em desacordo 
com o objeto do suprimento. Cabe ressaltar que a rotina de devolução vale 
tanto para a conta bancária, quanto para o Cartão. 
 
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QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSOS ANTERIORES - ESAF 
 
1) (ESAF – Analista Tributário – Receita Federal – 2009) Assinale a opção que 
indica uma exceção aos objetivos do decreto de programação financeira, no 
âmbito federal. 
a) Cumprir a Legislação Orçamentária. 
b) Estabelecer normas específicas de execução orçamentária e financeira para 
o exercício. 
c) Limitar o volume de recursos destinados a investimentos colocados à 
disposição das unidades orçamentárias. 
d) Estabelecer um cronograma de compromissos (empenhos) e de liberação 
(pagamento) dos recursos financeiros para o Governo Federal. 
e) Assegurar o equilíbrio entre receitas e despesas ao longo do exercício 
financeiroe proporcionar o cumprimento da meta de resultado primário. 
 
São objetivos do Decreto de Programação Orçamentária e Financeira: 
• Estabelecer normas específicas de execução orçamentária e 
financeira para o exercício; 
• Estabelecer um cronograma de compromissos (empenhos) e de 
liberação (pagamento) dos recursos financeiros para o Governo 
Federal; 
• Cumprir a Legislação Orçamentária (Lei 4.320/64 e LRF); e 
• Assegurar o equilíbrio entre receitas e despesas ao longo do 
exercício financeiro e proporcionar o cumprimento da meta de 
resultado primário. 
 
Logo, limitar o volume de recursos destinados a investimentos colocados à 
disposição das unidades orçamentárias não é objetivo do decreto de 
programação financeira. 
Resposta: Letra C 
 
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2) (ESAF - Analista Administrativo - ANA - 2009) Quando do pagamento de 
Restos a Pagar referente a uma despesa qualquer, empenhada pelo valor 
estimado, verificou-se que o valor real a ser pago era superior ao valor inscrito. 
Nesse caso, a diferença a maior deverá ser: 
a) empenhada à conta do orçamento vigente, para ser paga no exercício 
subsequente. 
b) inscrita em Restos a Pagar do exercício vigente. 
c) empenhada à conta de Despesas de Exercícios Anteriores. 
d) inscrita em Restos a Pagar do exercício da inscrição original. 
e) empenhada e paga à conta do orçamento do exercício da inscrição original. 
 
No caso de estimativa, são possíveis duas situações: 
• Valor real > valor inscrito em RAP: a diferença será empenhada à 
conta de despesas de exercícios anteriores. 
• Valor real < valor inscrito em RAP: o saldo existente será cancelado. 
 
Logo, caso se verifique que o valor real a ser pago seja superior ao valor 
inscrito, a diferença será empenhada à conta de despesas de exercícios 
anteriores. 
Resposta: Letra C 
 
3) (ESAF – Analista Tributário – Receita Federal – 2009) A movimentação de 
recursos do orçamento entre órgãos e entre unidades de um mesmo órgão é 
uma necessidade intrínseca à execução do orçamento. Assinale a opção falsa 
a respeito da descentralização de créditos e descentralização financeira. 
a) A movimentação de créditos entre unidades gestoras de um mesmo órgão 
independe da programação financeira. 
b) A movimentação financeira entre o Tesouro Nacional e as setoriais 
financeiras dos órgãos não está vinculada à movimentação de crédito. 
c) A movimentação financeira entre órgãos necessita de prévia e expressa 
autorização do Tesouro Nacional, em razão de restrições impostas pela 
Constituição Federal. 
d) Os sub-repasses estão relacionados à descentralização interna de crédito. 
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e) As cotas financeiras são movimentações financeiras entre o Tesouro 
Nacional e as setoriais financeiras. 
 
a) Correta. A movimentação de créditos entre as unidades gestoras decorre da 
publicação da Lei Orçamentária Anual – LOA, o seu consequente lançamento 
no SIAFI e o detalhamento dos créditos autorizados. Logo, independe da 
programação financeira. 
b) Correta. A primeira fase da movimentação dos recursos é a liberação de 
cota e deve ser realizada em consonância com o cronograma de desembolso 
aprovado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Assim, cota é o 
montante de recursos colocados à disposição dos Órgãos Setoriais de 
Programação Financeira – OSPF pela Coordenação-Geral de Programação 
Financeira – COFIN/STN mediante movimentação intra-SIAFI dos recursos da 
Conta Única do Tesouro Nacional. Logo, não está vinculada diretamente à 
movimentação de crédito. 
c) É a incorreta. A segunda fase da movimentação de recursos é a liberação de 
repasse ou sub-repasse. Repasse é a movimentação de recursos realizada 
pelos OSPF para as unidades de outros órgãos ou ministérios e entidades da 
Administração Indireta, bem como entre esses; e sub-repasse é a liberação de 
recursos dos OSPF para as unidades sob sua jurisdição e entre as unidades de 
um mesmo órgão, ministério ou entidade. Não há restrições constitucionais que 
obrigue prévia e expressa autorização do Tesouro Nacional. 
d) Correta. A questão gerou polêmica e ficou confusa, porém não foi anulada. 
Na verdade, o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (Portaria 
Conjunta STN/SOF nº 2, de 6 de agosto de 2009), na seção 4.5.1.2 - 
Descentralizações de créditos orçamentários, dispõe que a provisão está 
relacionada à descentralização interna de créditos. Os sub-repasses estão 
relacionados à descentralização interna de recursos. O que a Banca quis dizer 
é que a descentralização interna de recursos ou sub-repasse é decorrente de 
uma prévia descentralização interna de créditos ou provisão. 
e) Correta. Já vimos que cota é o montante de recursos colocados à disposição 
dos Órgãos Setoriais de Programação Financeira – OSPF pela Coordenação-
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Geral de Programação Financeira – COFIN/STN mediante movimentação intra-
SIAFI dos recursos da Conta Única do Tesouro Nacional. 
 
Essa questão, apesar de mal formulada, não foi anulada. Vale a explicação das 
alternativas, mas não deve ser usada como referência para os estudos. 
Resposta: Letra C 
 
4) (ESAF – Administrador – MPOG – 2006) Assinale a opção correta sobre a 
Tabela de Eventos Contábeis utilizada no âmbito da contabilidade federal. 
a) Os eventos são códigos colocados nos documentos para a posterior 
contabilização desse documento. 
b) Os eventos da classe 40 destinam-se à contabilização da movimentação de 
créditos entre as unidades gestoras. 
c) Os eventos estão relacionados a cada tipo de documento e não existe 
evento que pode ser utilizado em mais de um documento. 
d) Os eventos da classe 51 destinam-se à apropriação da despesa (liquidação). 
e) Eventos da classe 30 podem ser utilizados no documento Nota de Empenho. 
 
a) Errada. O evento é um código associado a cada tipo de ato ou fato que deva 
ser registrado contabilmente pelo sistema e ao qual se associa, por sua vez, 
um roteiro contábil, ou seja, uma lista das contas de débito e crédito que devam 
ser afetadas, de forma a que todos os operadores do SIAFI possam efetuar 
lançamentos contábeis, mesmo que absolutamente nada saibam sobre 
contabilidade. 
b) Errada. Os eventos da classe 40 são preenchidos na NE ou PE, de forma 
individual, e objetivam registrar a emissão de empenhos ou pré-empenhos. 
c) Errada. Os eventos mantêm correlação com os documentos de entrada do 
SIAFI, a exceção dos eventos de classe 50, 60, 70 e 80, que podem aparecer 
indistintamente na NL, OB e GR. 
d) Correta. Os eventos da classe 51 destinam-se à apropriação da despesa 
(liquidação). São utilizados sempre que a despesa for reconhecida, esteja ou 
não em condições de pagamento. 
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e) Errada. Os eventos da classe 30 são indicados de forma individual na NC e 
se destinam a registrar a movimentação de créditos orçamentários. 
Resposta: Letra D 
 
5) (ESAF - Analista Administrativo - ANA - 2009) - Sobre o tema ‘Conta Única 
do Tesouro Nacional’, assinale a opção correta. 
a) É mantida no Banco Centraldo Brasil e tem por finalidade acolher as 
disponibilidades financeiras da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. 
b) Sua operacionalização é efetuada, exclusivamente, por intermédio do Banco 
do Brasil S/A. 
c) É movimentada pelas Unidades Gestoras da Administração Pública Federal 
integrantes do SIAFI, inclusive na modalidade “off-line”. 
d) As Ordens Bancárias contra ela emitidas são consolidadas diariamente no 
âmbito do SIDOR, de acordo com a respectiva finalidade. 
e) A movimentação de seus recursos é efetuada, entre outros, por meio da 
Guia da Previdência Social (GPS) e da Guia de Recolhimento do FGTS e de 
Informações da Previdência Social (GFIP). 
 
a) Errada. A Conta Única do Tesouro Nacional, mantida no Banco Central do 
Brasil, tem por finalidade acolher as disponibilidades financeiras da União. 
b) Errada. A operacionalização da Conta Única do Tesouro Nacional será 
efetuada por intermédio do Banco do Brasil S/A, ou por outros agentes 
financeiros autorizados pelo Ministério da Fazenda. 
c) Errada. É movimentada pelas Unidades Gestoras - UG da Administração 
Pública Federal, inclusive Fundos, Autarquias, Fundações, e outras entidades 
integrantes do SIAFI, na modalidade “on-line”. 
d) Errada. O SIAFI consolidará, diariamente, as Ordens Bancárias emitidas, de 
acordo com a respectiva finalidade, gerando a “Relação de Ordens Bancárias 
Intra-SIAFI-RT” e a “Relação de Ordens Bancárias Externas – RE”. 
e) Correta. A movimentação de recursos da Conta Única será efetuada por 
meio de Ordem Bancária - OB, Documento de Arrecadação de Receitas 
Federais - DARF, Guia da Previdência Social - GPS, Documento de Receita de 
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Estados e/ou Municípios - DAR, Guia do Salário Educação - GSE, Guia de 
Recolhimento do FGTS e de Informações da Previdência Social - GFIP, Nota 
de Sistema - NS ou Nota de Lançamento - NL, de acordo com as respectivas 
finalidades. 
Resposta: Letra E 
 
6) (ESAF – AFC/STN - 2008) Constitui característica da Conta Única do 
Tesouro Nacional, exceto: 
a) a Guia da Previdência Social – GPS, que é um documento de movimentação 
da Conta Única. 
b) em casos excepcionalmente autorizados, a movimentação da Conta Única 
pode ser realizada em agente financeiro que não seja o Banco do Brasil. 
c) as Ordens Bancárias somente podem ser canceladas antes da remessa ao 
banco. 
d) a Ordem Bancária de Cartão – é utilizada para registro de saque efetuado 
por detentor de Cartão Corporativo do Governo Federal. 
e) as Ordens Bancárias de Movimentação da Conta Única são classificadas em 
Intra-SIAFI e Externa ao SIAFI. 
 
a) Correta. A movimentação de recursos da Conta Única será efetuada por 
meio de Ordem Bancária - OB, Documento de Arrecadação de Receitas 
Federais - DARF, Guia da Previdência Social - GPS, Documento de Receita de 
Estados e/ou Municípios - DAR, Guia do Salário Educação - GSE, Guia de 
Recolhimento do FGTS e de Informações da Previdência Social - GFIP, Nota 
de Sistema - NS ou Nota de Lançamento - NL, de acordo com as respectivas 
finalidades. 
b) Correta. A operacionalização da Conta Única do Tesouro Nacional será 
efetuada por intermédio do Banco do Brasil S/A, ou, excepcionalmente, por 
outros agentes financeiros autorizados pelo Ministério da Fazenda. 
c) É a incorreta. As Ordens Bancárias podem ser canceladas após a remessa 
ao banco. A Ordem Bancária de Sistema – OBS é utilizada para cancelamento 
de Ordem Bancária pelo agente financeiro com devolução dos recursos 
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correspondentes, bem como pela STN para regularização das remessas não 
efetivadas. 
d) Correta. A Ordem Bancária de Cartão é utilizada para registro de saque, 
efetuado pelo portador do Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF), 
em moeda corrente, observado o limite estipulado pelo Ordenador de 
Despesas. 
e) Correta. O SIAFI consolidará, diariamente, as Ordens Bancárias emitidas, de 
acordo com a respectiva finalidade, gerando a “Relação de Ordens Bancárias 
Intra-SIAFI-RT” e a “Relação de Ordens Bancárias Externas – RE”. 
Resposta: Letra C 
 
7) (ESAF – Técnico de Nível Superior/SPU – MPOG – 2006) A Programação 
Financeira, conjunto de atividades cujo objetivo é ajustar o ritmo de execução 
do orçamento ao fluxo provável de recursos financeiros, é realizada em três 
níveis distintos: o primeiro, pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), órgão 
central do sistema; o segundo, pelas Subsecretarias de Planejamento, 
Orçamento e Administração ou equivalentes, os chamados Órgãos Setoriais de 
Programação Financeira (OSPF) e, por fim, pelas Unidades Gestoras 
Executoras (UGE). Nesse contexto, compete ao Tesouro Nacional: 
a) a realização da despesa pública nas suas três etapas, ou seja: o 
lançamento, a arrecadação e o recolhimento. 
b) estabelecer as diretrizes para a elaboração e formulação da programação 
financeira mensal e anual, bem como a adoção dos procedimentos necessários 
à sua execução. 
c) a consolidação das propostas de programação financeira dos órgãos 
vinculados (UGE) e a descentralização dos recursos financeiros recebidos do 
órgão central. 
d) a realização da despesa pública nas suas três etapas, ou seja: o empenho, a 
liquidação e o pagamento. 
e) elaborar, isoladamente, o projeto de lei do orçamento anual. 
 
Compete ao Tesouro Nacional estabelecer as diretrizes para a elaboração e 
formulação da programação financeira mensal e anual, bem como a adoção 
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dos procedimentos necessários a sua execução. Aos órgãos setoriais 
competem a consolidação das propostas de programação financeira dos 
órgãos vinculados (UGE) e a descentralização dos recursos financeiros 
recebidos do órgão central. Às Unidades Gestoras Executoras cabem a 
realização da despesa pública nas suas três etapas, ou seja: o empenho, a 
liquidação e o pagamento. 
Resposta: Letra B 
 
8) (ESAF – AFC/CGU - 2008) São consideradas etapas da execução 
orçamentária e financeira, os ingressos de recursos na conta única do Tesouro 
e as descentralizações de créditos e recursos entre as unidades integrantes do 
SIAFI. No que diz respeito ao assunto, julgue os itens que se seguem e 
marque, com V para os verdadeiros e F para os falsos, a opção que 
corresponde à seqüência correta. 
I. A unidade gestora que recebe créditos orçamentários por descentralização, 
sob a forma de destaque, receberá os recursos financeiros sob a forma de 
repasse. 
II. A unidade gestora que descentralizou créditos orçamentários por meio de 
provisão receberá os recursos financeiros sob a forma de sub-repasse. 
III. A descentralização de recursos é realizada no SIAFI por meio da Nota de 
Programação Financeira, que é o documento utilizado para registrar e 
contabilizar as etapas da programação financeira. 
IV. A Guia de Recolhimento da União – GRU é documento utilizado para 
efetuar todo e qualquer depósito na conta única do Tesouro, excetuadas as 
receitas recolhidas mediante a Guia de Previdência Social – GPS e por meio 
do Documento de Arrecadação de Receitas Federais - DARF. 
V. A Secretaria do Tesouro Nacional permite que autarquias, fundos e 
fundações públicas que contarem com autorização legislativa específica 
efetuem

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