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Questões Comentadas Administração Financeira e Orçamentária para concursos 09

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CURSO ON-LINE REGULAR - AFO - TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
RECEITA FEDERAL, APO/MPOG, CGU, STN, SUSEP E OUTROS DA ESAF 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
 
www.pontodosconcursos.com.br 1
Aula 8 
TÓPICOS SELECIONADOS DA LRF 
 
 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
 
“Desejo que você não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la. Não há 
céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes. Só é digno do pódio 
quem usa as derrotas para alcançá-lo. Só é digno da sabedoria quem usa as 
lágrimas para irrigá-la. Os frágeis usam a força; os fortes, a inteligência. Seja 
um sonhador, mas una seus sonhos com disciplina, pois sonhos sem disciplina 
produzem pessoas frustradas. Seja um debatedor de idéias. Lute pelo que 
você ama.” (Augusto Cury). 
 
"Habilidade é o que você é capaz de fazer. Motivação determina o que você 
faz. Atitude determina a qualidade do que você faz." (Lou Holtz) 
 
Dessa forma, podemos extrair dos pensamentos que motivação é fundamental, 
porém deve ser sempre acompanhada de atitude e disciplina. “É importante 
sonhar, mas o fundamental é transformar o sonho em realidade.” (Marechal 
José Pessoa). 
 
Motivados e disciplinados, estudaremos nesta aula os principais tópicos da 
LRF ainda não abordados no nosso curso. 
 
1. GESTÃO FISCAL E TRANSPARÊNCIA 
 
A LRF estabelece normas de finanças públicas voltadas para a 
responsabilidade na gestão fiscal, a qual pressupõe ação planejada e 
transparente, em que se previnam riscos e corrijam desvios capazes de afetar 
o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de 
resultados entre receitas e despesas e à obediência a limites e condições no 
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que tange à renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da 
seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de 
crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição 
em Restos a Pagar. 
 
A LRF apoia-se sobre quatro pilares, dos quais depende o alcance de seus 
objetivos: o planejamento, a transparência, o controle e a responsabilidade. 
As disposições da LRF obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios. Nas referências à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios, estão compreendidos o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste 
abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o Ministério Público; 
bem como as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, 
fundações e empresas estatais dependentes. Ainda, a Estados entende-se 
considerado o Distrito Federal; e a Tribunais de Contas estão incluídos: 
Tribunal de Contas da União, Tribunal de Contas do Estado e, quando houver, 
Tribunal de Contas dos Municípios e Tribunal de Contas do Município. 
 
Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a 
instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da 
competência constitucional do ente da Federação. No entanto, é vedada a 
realização de transferências voluntárias para o ente que não observe tal 
determinação no que se refere aos impostos. Assim, apesar de os requisitos 
essenciais da responsabilidade na gestão fiscal contemplarem os tributos, a 
vedação quanto às transferências voluntárias se refere apenas aos impostos. 
Ressalto que tal vedação não alcança as transferências voluntárias destinadas 
a ações de educação, saúde e assistência social. 
 
Segundo o art. 48 da LRF, são instrumentos de transparência da gestão fiscal, 
aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de 
acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as 
prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da 
Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões 
simplificadas desses documentos. 
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A transparência será assegurada também mediante: 
• incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, 
durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de 
diretrizes orçamentárias e orçamentos; 
• liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em 
tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução 
orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público. Os 
entes da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica 
o acesso a informações, quanto à despesa, referentes a todos os atos 
praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da 
despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima 
dos dados referentes ao número do correspondente processo, ao bem 
fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária 
do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório 
realizado; e quanto à receita, referente ao lançamento e ao recebimento 
de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos 
extraordinários; 
• adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que 
atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder 
Executivo da União. 
 
As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, 
durante todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico 
responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e 
instituições da sociedade. 
 
2. GERAÇÃO DE DESPESA 
 
A geração de despesa se refere ao aumento de despesa por meio de criação, 
expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental. 
 
 
 
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Consoante o art. 16 da LRF, a criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação 
governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de: 
I – estimativa, com as premissas e metodologia de cálculo utilizadas, do 
impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e 
nos dois subsequentes; 
II – declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação 
orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com 
o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias. 
 
O referido artigo ainda define despesa adequada com a LOA e despesa 
compatível com PPA e LDO. 
• Adequada com a LOA: a despesa objeto de dotação específica e 
suficiente, ou que esteja abrangida por crédito genérico, de forma que, 
somadas todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, 
previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites 
estabelecidos para o exercício; 
• Compatível com PPA e LDO: a despesa que se conforme com as 
diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos 
e não infrinja qualquer de suas disposições. 
 
Tais normas constituem condição prévia para empenho e licitação de serviços, 
fornecimento de bens ou execução de obras, bem como para desapropriação 
de imóveis urbanos a que se refere o § 3.o do art. 182 da CF/1988. A geração 
de despesas ou assunção de obrigações que não atendam o disposto nos arts. 
16 e 17 da LRF serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao 
patrimônio público. 
Ressalva-se dessas determinações a despesa considerada irrelevante, de 
acordo com o que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias. 
 
3. DESPESAOBRIGATÓRIA DE CARÁTER CONTINUADO 
 
Algumas despesas são consideradas com maior potencial para causar danos 
ao equilíbrio das contas públicas do que outras. Para essas, a LRF estabeleceu 
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regras mais rígidas para que se realizem ou sejam aumentadas, especialmente 
aquelas que se prolongarem por mais de dois exercícios, como as despesas 
obrigatórias de caráter continuado. 
Segundo o art. 17 da LRF, considera-se obrigatória de caráter continuado a 
despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo 
normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um 
período superior a dois exercícios. Por exemplo, o aumento da remuneração de 
servidores públicos. 
 
Muita atenção que nos remeteremos várias vezes ao art. 17 da LRF, o qual 
ainda determina que são exigências para criação ou aumento das despesas 
obrigatórias de caráter continuado: 
• atos que criarem as despesas ou as aumentarem deverão ser instruídos 
com estimativas do impacto orçamentário-financeiro, no exercício que 
deva entrar em vigor e nos dois subsequentes; 
• demonstração da origem dos recursos para seu custeio; 
• comprovação de que a criação ou o aumento da despesa não afetará as 
metas de resultados fiscais previstas no anexo de metas fiscais da LDO; 
• compensação dos seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, pelo 
aumento permanente de receita ou pela redução permanente de 
despesa. 
 
Considera-se aumento permanente de receita o proveniente da elevação de 
alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou 
contribuição. Já a prorrogação de despesa criada por prazo determinado 
considera-se aumento da despesa. 
 
A despesa obrigatória de caráter continuado não será executada antes da 
implementação das medidas referidas, as quais integrarão o instrumento que a 
criar ou aumentar. Logo, o administrador público deverá implementar essas 
medidas antes da criação ou aumento das despesas obrigatórias de caráter 
continuado. No entanto, as despesas destinadas ao serviço da dívida e ao 
reajustamento de remuneração de pessoal de que trata o inciso X do art. 37 da 
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CF/1988 estão excluídas dessas regras. Tal inciso versa sobre a revisão geral 
anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices da remuneração dos 
servidores e do subsídio de membro de Poder, de detentor de mandato eletivo, 
de Ministros de Estado e de Secretários Estaduais e Municipais. 
 
4. RENÚNCIA DE RECEITAS 
 
A renúncia de receitas compreende anistia, remissão, subsídio, crédito 
presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota 
ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de 
tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento 
diferenciado. 
 
De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público: 
• Anistia: é o benefício que visa excluir o crédito tributário na parte 
relativa à multa aplicada pelo sujeito ativo ao sujeito passivo, por 
infrações cometidas por este anteriormente à vigência da lei que a 
concedeu. A anistia não abrange o crédito tributário já em cobrança, em 
débito para com a Fazenda, cuja incidência também já havia ocorrido. 
• Remissão: é o perdão da dívida, que se dá em determinadas 
circunstâncias previstas na lei, tais como valor diminuto da dívida, 
situação difícil que torna impossível ao sujeito passivo solver o débito, 
inconveniência do processamento da cobrança dado o alto custo não 
compensável com a quantia em cobrança, probabilidade de não receber, 
erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, equidade, etc. Não 
implica em perdoar a conduta ilícita, concretizada na infração penal, nem 
em perdoar a sanção aplicada ao contribuinte. Contudo, não se 
considera renúncia de receita o cancelamento de débito cujo montante 
seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança. 
• Subsídio: é um incentivo do Estado a determinadas situações de 
interesse público. Por exemplo, para aquisição de casa própria para a 
população de renda mensal inferior a três salários-mínimos. 
• Crédito presumido: é aquele que representa o montante do imposto 
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cobrado na operação anterior e objetiva neutralizar o efeito de 
recuperação dos impostos não cumulativos, pelo qual o Estado se 
apropria do valor da isenção nas etapas subsequentes da circulação da 
mercadoria. É o caso dos créditos referentes a mercadorias e serviços 
que venham a ser objeto de operações e prestações destinadas ao 
exterior. Todavia, não é considerado renúncia de receita o crédito real 
ou tributário do ICMS previsto na legislação instituidora do tributo. 
• Isenção: é a espécie mais usual de renúncia e define-se como a 
dispensa legal, pelo Estado, do débito tributário devido. 
• Redução da base de cálculo: é o incentivo fiscal por meio do qual a lei 
modifica para menos sua base tributável por meio da exclusão de 
qualquer de seus elementos constitutivos. Pode ocorrer isoladamente ou 
associada a uma redução de alíquota, expressa na aplicação de um 
percentual de redução. 
 
Ainda, outras situações podem caracterizar renúncia de receitas e não apenas 
as listadas, já que o conceito compreende também outros benefícios que 
correspondam a tratamento diferenciado. Por exemplo, segundo o art. 146 da 
CF/1988, cabe à lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de 
legislação tributária, especialmente sobre adequado tratamento tributário ao ato 
cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. 
 
Segundo o art. 14 da LRF, a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício 
de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar 
acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício 
em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na 
lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes 
condições: 
• Demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na 
estimativa de receita da lei orçamentária, na forma do art. 12 
(estudamos em previsões da Receita) e de que não afetará as metas de 
resultados fiscais previstas no anexo próprio da LDO; ou 
• Estar acompanhada de medidas de compensação, no período 
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mencionado, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação 
de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de 
tributo ou contribuição. Nesse caso, o benefício só entrará em vigor 
quando implementadas as medidas citadas. 
 
Cuidado: a LRF é taxativa, logo, medidas como diminuição de despesas ou 
aumento de fiscalização contra a sonegação não são medidas de 
compensação. 
 
O disposto acima não se aplica às alterações das alíquotas dos impostos de 
importação de produtos estrangeiros (II), de exportação, para o exterior, de 
produtos nacionais ou nacionalizados (IE), de produtos industrializados (IPI), de 
operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores 
mobiliários (IOF) e ao cancelamentode débito cujo montante seja inferior ao 
dos respectivos custos de cobrança. 
 
5. RECEITA CORRENTE LÍQUIDA 
 
Um conceito importante da LRF é o de Receita Corrente Líquida (RCL), 
utilizado como referência na despesa pública, como no cálculo do limite para as 
despesas de pessoal, dívida pública, operações de crédito e concessão de 
garantia. Será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em 
referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades. A RCL 
corresponde ao somatório das receitas tributárias, de contribuições, 
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e 
outras receitas também correntes, deduzidos: 
• Na União: os valores transferidos aos Estados e Municípios por 
determinação constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na 
alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195 (relacionadas à seguridade 
social) e no art. 239 da CF/1988 (PIS, PASEP). 
• Nos Estados: as parcelas entregues aos Municípios por determinação 
constitucional. 
• Na União, nos Estados e nos Municípios: a contribuição dos 
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servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência 
social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no 
§ 9.o do art. 201 da CF/1988 (compensação entre os diversos sistemas 
previdenciários). 
• No DF, no Amapá e em Roraima: recursos transferidos pela União 
decorrentes da competência da própria União para organizar e manter o 
Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do DF e 
dos Territórios; e organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o 
corpo de bombeiros militar do DF, bem como prestar assistência 
financeira ao DF para a execução de serviços públicos, por meio de 
fundo próprio. 
 
6. DESPESAS COM PESSOAL 
 
6.1 Considerações iniciais 
 
O propósito da LRF é a ação planejada e transparente, tendo o objetivo de 
prevenir riscos e corrigir desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas 
públicas. Os meios utilizados para se atingir este objetivo são o cumprimento 
de metas de receitas e despesas e obediência a limites e condições para a 
dívida pública e gastos com pessoal. Assim, a finalidade da LRF é disciplinar a 
gestão dos recursos públicos, atribuindo maior responsabilidade aos 
administradores públicos. 
O termo fiscal congrega todas as ações que se relacionam com a arrecadação 
e a aplicação dos recursos públicos. Neste caminho, as despesas com pessoal 
são as que mais despertam a atenção da população e dos gestores públicos, 
em razão de serem as mais representativas em quase todos os entes, entre os 
gastos realizados. A preocupação gerada diante do excesso de despesas com 
pessoal é objeto de maior detalhamento por meio da LRF. 
 
Segundo o art. 18 da LRF, para os efeitos dessa Lei Complementar, entende-
se como despesa total com pessoal: o somatório dos gastos do ente da 
Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos 
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eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, 
com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, 
fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, 
inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de 
qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo 
ente às entidades de previdência. 
As despesas consideradas como indenizatórias não são consideradas espécies 
remuneratórias, logo não entram no cálculo do percentual de despesas com 
pessoal. Exemplo: auxílio-alimentação, assistência pré--escolar, auxílio-
transporte, ajuda de custo para o militar removido para outra cidade, etc. 
Atenção: são também despesas com pessoal os valores dos contratos de 
terceirização de mão de obra que se referem à substituição de servidores e 
empregados públicos. Serão contabilizados como “Outras Despesas de 
Pessoal”. 
 
6.2 Limites 
 
Uma novidade da LRF, em relação às leis anteriores de limites para despesas 
com pessoal, é que os poderes e as três esferas de governo estão envolvidos 
nos limites. 
O conceito de RCL, que vimos no tópico anterior, é importante porque, 
segundo o art. 19, a despesa total com pessoal será apurada somando-se a 
realizada no mês em referência com as dos onze imediatamente anteriores, 
adotando-se o regime de competência. Para os fins do disposto no caput do 
art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de 
apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da 
receita corrente líquida, a seguir discriminados: 
I – União: 50% (cinquenta por cento); 
II – Estados: 60% (sessenta por cento); 
III – Municípios: 60% (sessenta por cento). 
 
 
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LIMITES DAS DESPESAS COM PESSOAL EM RELAÇÃO À RCL 
UNIÃO ESTADOS MUNICÍPIOS 
50% 60% 60% 
 
Na despesa total com pessoal, para fins de verificação dos limites definidos na 
LRF, consoante o § 1.º também do art. 19, não será(ão) computada(s) a(s) 
despesa(s): 
• com indenização por demissão de servidores ou empregados; 
• relativas a incentivos à demissão voluntária; 
• com convocação extraordinária do Congresso Nacional (a Emenda 
Constitucional 50/2006 vedou o pagamento de parcela indenizatória em 
razão de convocação do Congresso Nacional); 
• decorrentes de decisão judicial e da competência de período anterior ao 
da apuração da despesa total com pessoal somando-se a realizada no 
mês em referência com as dos onze imediatamente anteriores, 
adotando-se o regime de competência. As despesas com pessoal 
decorrentes de sentenças judiciais serão incluídas no limite do 
respectivo Poder ou órgão; 
• com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e Roraima, 
custeadas com recursos transferidos pela União decorrentes da 
competência da própria União para organizar e manter o Poder 
Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal 
e dos Territórios; e organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o 
corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar 
assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços 
públicos, por meio de fundo próprio; 
• com inativos, ainda que por intermédio de fundo específico, custeadas 
por recursos provenientes: 
 – da arrecadação de contribuições dos segurados; 
 – da compensação financeira entre os diversos regimes de 
previdência social para efeito de aposentadoria, assegurada a contagem 
recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade 
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privada, rural e urbana, segundo critérios estabelecidos em lei; 
 – das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado 
a tal finalidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos, bem 
como seu superávit financeiro. 
 
Segundo o art. 20 da LRF, a repartição dos limites globais do art. 19 – União 
(50%), Estados (60%), Municípios (60%) – não poderá exceder os seguintes 
percentuais:I – na esfera federal: 
a) 2,5% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas da União; 
b) 6% para o Judiciário; 
c) 40,9% para o Executivo, destacando-se 3% para as despesas com pessoal 
decorrentes da competência da União para organizar e manter o Poder 
Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos 
Territórios; e organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de 
bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira 
ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo 
próprio, repartidos de forma proporcional à média das despesas relativas a 
cada um destes dispositivos, em percentual da RCL, verificadas nos três 
exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação da LRF; 
d) 0,6% para o Ministério Público da União; 
 
II – na esfera estadual: 
a) 3% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Estado; 
b) 6% para o Judiciário; 
c) 49% para o Executivo; 
d) 2% para o Ministério Público dos Estados; 
 
Nos Estados em que houver Tribunal de Contas dos Municípios, o percentual 
definido para o Legislativo será de 3,4% e do Executivo será de 48,6%, o que 
corresponde, respectivamente, a acréscimo e redução de 0,4%. 
 
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III – na esfera municipal: 
a) 6% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Município, quando 
houver; 
b) 54% para o Executivo. 
 
Observação: Tribunal de Contas dos Municípios é diferente de Tribunal de 
Contas do Município. 
 
Há apenas dois Tribunais de Contas do Município, pois há vedação 
constitucional para a instituição de Cortes de Contas municipais, ressalvados 
os Tribunais de Contas do Município de São Paulo e o do Rio de Janeiro, 
criados antes da CF/1988. Tais Tribunais têm competência para processar e 
julgar contas exclusivamente do município onde foi criado e não dos outros 
municípios do Estado. 
Porém, não há impedimento para que o Estado institua Tribunais de Contas 
dos Municípios, para apreciar e julgar exclusivamente as contas dos 
municípios integrantes de seu território. Mas há apenas quatro Tribunais de 
Contas dos Municípios (Bahia, Ceará, Pará e Goiás). Os municípios dos 
outros Estados que não possuem Tribunais de Contas dos Municípios estão 
sob a jurisdição dos Tribunais de Contas Estaduais. 
 
Nos Poderes Legislativo e Judiciário de cada esfera, o limite será repartido 
entre seus ramos proporcionalmente à média das despesas com pessoal, em 
percentual da RCL, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente 
anteriores ao da publicação da LRF. 
Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os 
créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes 
Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, 
ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos. Para tais 
fins, a entrega dos recursos financeiros correspondentes à despesa total com 
pessoal por Poder e órgão será a resultante da aplicação dos percentuais 
definidos no art. 20 da LRF. 
 
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Alguns autores acenam com a possibilidade de a LDO estabelecer critérios 
diferentes da LRF. Mas essa faculdade que estava no § 6.º do art. 20 da LRF 
foi vetada: 
Vetado: § 6.º do art. 20: Somente será aplicada a repartição dos limites 
estabelecidos no caput caso a lei de diretrizes orçamentárias não disponha de 
forma diferente. 
 
Razões do veto: “A possibilidade de que o limite de despesas de pessoal dos 
Poderes e órgãos possam ser alterados na Lei de Diretrizes Orçamentárias 
poderá resultar em demandas ou incentivo especialmente no âmbito dos 
Estados e Municípios para que os gastos com pessoal e encargos sociais de 
determinado Poder ou órgão sejam ampliados em detrimento de outros, visto 
que o limite global do ente da Federação é fixado na Lei Complementar. Desse 
modo, afigura-se prejudicado o objetivo da lei complementar em estabelecer 
limites efetivos de gastos de pessoal aos Três Poderes. Na linha desse 
entendimento, o dispositivo contraria o interesse público, motivo pelo qual 
sugere-se a oposição de veto”. 
Assim, a LDO não pode dispor de forma diferente da LRF. 
 
Logo: 
LIMITES POR ESFERA 
FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL 
Legislativo (TCU): 2,5% Legislativo (TCE): 3% 
Legislativo (TCM): 6% 
Judiciário: 6% Judiciário: 6% 
Executivo: 40,9% Executivo: 49% 
Executivo: 54% 
MPU: 0,6% MPE: 2% 
Nos Estados em que houver Tribunal de Contas dos Municípios, o percentual do 
Legislativo será de 3,4% e do Executivo será de 48,6%. 
 
 
 
 
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6.3 Controle 
 
Conforme o art. 21 da LRF, é nulo de pleno direito o ato que provoque aumento 
da despesa com pessoal e não atenda: 
• as exigências para a criação das despesas obrigatórias de caráter 
continuado (art. 17). São elas: atos que criarem as despesas ou as 
aumentarem deverão ser instruídos com estimativas do impacto 
orçamentário--financeiro, no exercício que deva entrar em vigor e nos 
dois subsequentes; demonstração da origem dos recursos para seu 
custeio; comprovação de que a criação ou o aumento da despesa não 
afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo de metas 
fiscais da LDO; compensação dos seus efeitos financeiros, nos períodos 
seguintes, pelo aumento permanente de receita ou pela redução 
permanente de despesa; 
• as exigências de acompanhamento, para a criação, expansão ou 
aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da 
despesa (art. 16): estimativa do impacto orçamentário-financeiro no 
exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes, e 
declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação 
orçamentária e financeira com a LOA e compatibilidade com o PPA e 
com a LDO; 
• as exigências do § 1.o do art. 169 da CF/1988 (veremos ainda neste 
tópico); 
• o percentual de reserva dos cargos e empregos públicos para as 
pessoas portadoras de deficiência e os critérios de sua admissão 
definidos em lei; 
• o limite legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal 
inativo. 
 
Também é nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com 
pessoal expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do 
titular do respectivo Poder ou órgão. 
 
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Ainda, consoante o inciso XIII do art. 37 da CF/1988, é vedada a vinculação ou 
equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de 
remuneração de pessoal do serviço público. Logo, é nulo o ato aumentativo da 
despesa com pessoal que promova a vinculação ou equiparação de quaisquer 
espécies remuneratórias. 
 
Ressalta-se que a CF/1988 veda a transferência voluntária de recursos e a 
concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos 
Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento 
de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios. 
 
Consoante o art. 22da LRF, a verificação do cumprimento dos limites 
estabelecidos nos arts. 19 e 20 será realizada ao final de cada quadrimestre. 
 
Limite de alerta: compete aos Tribunais de Contas verificar os cálculos dos 
limites da despesa total com pessoal de cada Poder e órgão e alertá-los 
quando constatarem que o montante da despesa total com pessoal ultrapassar 
90% do limite. 
 
Limite prudencial: se a despesa total com pessoal exceder a 95% (noventa e 
cinco por cento) do limite, são vedados ao Poder ou órgão que houver 
incorrido no excesso: 
• concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de 
remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial 
ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão geral 
anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; 
• criação de cargo, emprego ou função; 
• alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa; 
• provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a 
qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou 
falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança; 
• contratação de hora extra, salvo no caso das situações previstas na lei 
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de diretrizes orçamentárias e no caso de convocação extraordinária do 
Congresso Nacional (relembro que a Emenda Constitucional 50/2006 
vedou o pagamento de parcela indenizatória em razão de convocação 
do Congresso Nacional). 
 
Atenção: o limite de alerta ocorre quando os Tribunais de Contas constatam 
que o montante da despesa total com pessoal ultrapassou 90% do limite, não 
havendo nenhuma sanção ou vedação, apenas um alerta. Já o limite 
prudencial ocorre quando a despesa total com pessoal excede a 95% do limite, 
incorrendo em diversas vedações para o Poder ou órgão que incorrer no 
excesso. 
 
Limite ultrapassado (caput do art. 23 da LRF): se a despesa total com 
pessoal, do Poder ou órgão, ultrapassar os limites definidos no art. 20, sem 
prejuízo das medidas previstas no art. 22 citadas acima, o percentual 
excedente terá de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo 
menos um terço no primeiro, adotando-se, entre outras, as providências 
previstas nos §§ 3.o e 4.o do art. 169 da CF/1988. 
 
Assim, a CF/1988 também trata do assunto despesas com pessoal. Segundo o 
art. 169, a despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos 
em lei complementar, que é exatamente o que estudamos na LRF, por isso 
começamos o estudo da Lei antes da CF/1988. 
De acordo com o § 1.° do art. 169 da CF/1988, a concessão de qualquer 
vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e 
funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou 
contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da 
administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo 
poder público, só poderão ser feitas se houver: 
• prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de 
despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; 
• autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as 
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empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
 
Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base no que estudamos na 
LRF, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as 
seguintes providências (são os §§ 3.o e 4.o do art. 169 da CF/1988): 
• redução em pelo menos 20% (vinte por cento) das despesas com cargos 
em comissão e funções de confiança; 
• exoneração dos servidores não estáveis; 
• exoneração de servidor estável, desde que ato normativo motivado de 
cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou 
unidade administrativa objeto da redução de pessoal. O servidor que 
perder o cargo fará jus a indenização correspondente a um mês de 
remuneração por ano de serviço e o cargo objeto da redução será 
considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com 
atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos. 
 
Não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o 
excesso, o ente não poderá (§ 3.° do art. 23 da LRF): 
• receber transferências voluntárias, ressalvadas as destinadas à saúde, à 
educação e à assistência social; 
• obter garantia, direta ou indireta, de outro ente; 
• contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao 
refinanciamento da dívida mobiliária e as que visem à redução das 
despesas com pessoal. 
 
6.4 Exceções aos prazos para redução das despesas com pessoal 
 
Estas são as exceções aos prazos do art. 23 da LRF para a redução das 
despesas com pessoal: 
 
Redução para um quadrimestre: as restrições são aplicadas imediatamente 
se a despesa total com pessoal exceder o limite no primeiro quadrimestre do 
último ano do mandato dos titulares de Poder ou órgão. 
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Suspensão de prazo: na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo 
Congresso Nacional, no caso da União, ou pelas Assembleias Legislativas, na 
hipótese dos Estados e Municípios, enquanto perdurar a situação serão 
suspensas a contagem dos prazos e as disposições estabelecidas no artigo. 
 
Duplicação: já em caso de crescimento real baixo ou negativo do Produto 
Interno Bruto (PIB) nacional, regional ou estadual por período igual ou superior 
a quatro trimestres, os prazos do artigo serão duplicados. Entende-se por 
baixo crescimento a taxa de variação real acumulada do PIB inferior a 1%, no 
período correspondente aos quatro últimos trimestres. 
 
6.5 Despesas com a Seguridade Social 
 
De acordo com o art. 24 da LRF, nenhum benefício ou serviço relativo à 
Seguridade Social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a indicação 
da fonte de custeio total, atendidas ainda as exigências do art. 17, o qual trata 
das despesas obrigatórias de caráter continuado. 
A Seguridade Social compreende o benefício ou serviço de saúde, previdência 
e assistência social, inclusive os destinados aos servidores públicos e militares, 
ativos e inativos, e aos pensionistas. 
 
No entanto, é dispensada da compensação por aumento permanente de 
receita ou pela redução permanente de outras despesas se o aumento de 
despesa decorrer de: 
I – concessão de benefício a quem satisfaça as condições de habilitação 
prevista na legislação pertinente; 
II – expansão quantitativa do atendimento e dos serviços prestados; 
III – reajustamento de valor do benefício ou serviço, a fim de preservar o seu 
valor real. 
 
 
 
 
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7. DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA O SETOR PRIVADO 
 
Segundo o art. 26 da LRF, a destinação de recursos para, direta ou 
indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas 
jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições 
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento 
ou em seus créditos adicionais. Tal regrase aplica a toda a administração 
indireta, inclusive fundações públicas e empresas estatais, exceto, no exercício 
de suas atribuições precípuas, as instituições financeiras e o Banco Central do 
Brasil. 
 
Compreende-se incluída a concessão de empréstimos, financiamentos e 
refinanciamentos, inclusive as respectivas prorrogações e a composição de 
dívidas, a concessão de subvenções e a participação em constituição ou 
aumento de capital. 
 
Já de acordo com o caput do art. 27, na concessão de crédito por ente da 
Federação a pessoa física, ou jurídica que não esteja sob seu controle direto 
ou indireto, os encargos financeiros, comissões e despesas congêneres não 
serão inferiores aos definidos em lei ou ao custo de captação. 
Ainda, dependem de autorização em lei específica as prorrogações e 
composições de dívidas decorrentes de operações de crédito, bem como a 
concessão de empréstimos ou financiamentos em desacordo com o caput do 
art. 27, sendo o subsídio correspondente consignado na lei orçamentária. 
 
Salvo mediante lei específica, não poderão ser utilizados recursos públicos, 
inclusive de operações de crédito, para socorrer instituições do Sistema 
Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão de empréstimos de 
recuperação ou financiamentos para mudança de controle acionário. Isso 
significa que o Poder Executivo não pode socorrer os bancos sem passar pelo 
parlamento. No entanto, tal vedação não proíbe o Banco Central do Brasil de 
conceder às instituições financeiras operações de redesconto e de 
empréstimos de prazo inferior a trezentos e sessenta dias. 
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8. TRANSFERÊNCIAS 
 
8.1 Considerações iniciais 
 
Compreendem a entrega de recursos de um ente transferidor a outro 
beneficiário ou recebedor. Podem ser voluntárias ou obrigatórias, as quais são 
decorrentes de determinação constitucional ou legal. 
 
Atenção: as transferências intergovernamentais ocorrem entre esferas distintas 
de governo, não guardando relação, portanto, com as operações 
intraorçamentárias. 
 
8.2 Transferências obrigatórias 
 
São operações especiais de transferências intergovernamentais arrecadadas 
por um ente, mas que devem ser transferidas a outros entes por disposição 
constitucional ou legal. Exemplos de transferências constitucionais: Fundo de 
Participação dos Municípios – FPM, Fundo de Compensação pela Exportação 
de Produtos Industrializados – FPEX. Exemplos de transferências Legais: 
transferências da Lei Complementar 87/1996 (Lei Kandir), transferências do 
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), como as 
destinadas ao Apoio ao Transporte Escolar para a Educação Básica. 
 
8.3 Transferências voluntárias 
 
8.3.1 Conceito e exigências 
 
São operações especiais em que ocorre a entrega de recursos correntes ou de 
capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou 
assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal 
ou os destinados ao Sistema Único de Saúde. 
 
 
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São exigências para a realização de transferência voluntária, além das 
estabelecidas na LDO: 
a) Existência de dotação específica; 
b) Observância do disposto no inciso X do art. 167 da CF, o qual veda a 
transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive 
por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas 
instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, 
inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
c) Comprovação, por parte do beneficiário, de: 
• que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e 
financiamentos devidos ao ente transferidor, bem como quanto à 
prestação de contas de recursos anteriormente dele recebidos; 
• cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde; 
• observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de 
operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição 
em Restos a Pagar e de despesa total com pessoal; 
• previsão orçamentária de contrapartida. 
 
É vedada a utilização de recursos transferidos em finalidade diversa da 
pactuada. Para fins da aplicação das sanções de suspensão de transferências 
voluntárias constantes da LRF, excetuam-se aquelas relativas a ações de 
educação, saúde e assistência social. 
 
8.3.2 Transferências voluntárias e descentralização 
 
A execução de despesas mediante descentralização a outro ente da 
Federação processar-se-á de acordo com os mesmos procedimentos adotados 
para as transferências voluntárias, ou seja, empenho, liquidação e pagamento 
na unidade descentralizadora do crédito orçamentário e inclusão na receita e 
na despesa do ente recebedor dos recursos objeto da descentralização, 
identificando-se como recursos de convênios ou similares. 
No entanto, ao contrário das transferências voluntárias realizadas aos demais 
entes da Federação que, via de regra, devem ser classificadas como 
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operações especiais, as descentralizações de créditos orçamentários devem 
ocorrer em projetos ou atividades. Assim, nas transferências voluntárias 
devem ser utilizados os elementos de despesas típicos destas: 41-
Contribuições e 42-Auxílios; enquanto nas descentralizações devem ser 
usados os elementos denominados típicos de gastos: 30-Material de Consumo, 
39-Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica, 51-Obras e Instalações, 
52-Material Permanente, etc. 
 
8.3.3 Convênios 
 
O convênio é o principal instrumento de transferência utilizado pela 
Administração Federal para descentralizar obrigações em cooperação com 
Estados, Municípios ou iniciativa privada. É o instrumento que disciplina os 
compromissos que devem reger as relações de dois ou mais participantes que 
tenham interesse em atingir um objetivo comum, mediante a formação de 
uma parceria. Assim, o convênio formaliza um acordo de vontades entre 
entidades do setor público e, ocasionalmente, entre entidades do setor público 
e instituições do setor privado, com vistas à realização de programas de 
trabalho ou de eventos de interesse recíproco, em regime de mútua 
cooperação. 
 
Um dos artigos mais importantes relacionados aos convênios é o art. 116 da 
Lei 8.666/1993, a qual regulamenta o art. 37, XXI, da CF/1988, institui normas 
para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. 
O art. 116 determina que se apliquem as disposições da Lei 8.666/1993, no 
que couberem, aos convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos 
congêneres celebrados por órgãos e entidades da Administração. 
 
A celebração de convênio, acordo ou ajuste pelos órgãos ou entidades da 
Administração Pública depende de prévia aprovação de competente plano de 
trabalho proposto pela organização interessada, o qual deverá conter, no 
mínimo, as seguintes informações: 
I – identificação do objeto a ser executado; 
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II – metas a serem atingidas; 
III – etapas ou fases de execução;IV – plano de aplicação dos recursos financeiros; 
V – cronograma de desembolso; 
VI – previsão de início e fim da execução do objeto, bem assim da conclusão 
das etapas ou fases programadas; 
VII – se o ajuste compreender obra ou serviço de engenharia, comprovação de 
que os recursos próprios para complementar a execução do objeto estão 
devidamente assegurados, salvo se o custo total do empreendimento recair 
sobre a entidade ou órgão descentralizador. 
 
Assinado o convênio, a entidade ou órgão repassador dará ciência dele à 
Assembleia Legislativa ou à Câmara Municipal respectiva. As parcelas do 
convênio serão liberadas em estrita conformidade com o plano de aplicação 
aprovado, exceto nos casos a seguir, em que elas ficarão retidas até o 
saneamento das impropriedades ocorrentes: 
• quando não tiver havido comprovação da boa e regular aplicação da 
parcela anteriormente recebida, na forma da legislação aplicável, 
inclusive mediante procedimentos de fiscalização local, realizados 
periodicamente pela entidade ou órgão descentralizador dos recursos ou 
pelo órgão competente do sistema de controle interno da Administração 
Pública; 
• quando verificado desvio de finalidade na aplicação dos recursos, 
atrasos não justificados no cumprimento das etapas ou fases 
programadas, práticas atentatórias aos princípios fundamentais de 
Administração Pública nas contratações e demais atos praticados na 
execução do convênio, ou o inadimplemento do executor com relação a 
outras cláusulas conveniais básicas; 
• quando o executor deixar de adotar as medidas saneadoras apontadas 
pelo partícipe repassador dos recursos ou por integrantes do respectivo 
sistema de controle interno. 
 
 
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A aplicação de saldos de convênio, enquanto não utilizados, varia com a 
previsão de sua utilização. Serão obrigatoriamente aplicados: 
• Com previsão de seu uso igual ou superior a um mês: em cadernetas 
de poupança de instituição financeira oficial. 
• Com previsão de uso em prazos menores que um mês: em fundo de 
aplicação financeira de curto prazo ou operação de mercado aberto 
lastreada em títulos da dívida pública. 
 
As receitas financeiras auferidas com tais rendimentos serão obrigatoriamente 
computadas a crédito do convênio e aplicadas, exclusivamente, no objeto de 
sua finalidade, devendo constar de demonstrativo específico que integrará as 
prestações de contas do ajuste. 
 
Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção do convênio, acordo ou 
ajuste, os saldos financeiros remanescentes, inclusive os provenientes das 
receitas obtidas das aplicações financeiras realizadas, serão devolvidos à 
entidade ou órgão repassador dos recursos, no prazo improrrogável de 30 
(trinta) dias do evento, sob pena da imediata instauração de tomada de contas 
especial do responsável, providenciada pela autoridade competente do órgão 
ou entidade titular dos recursos. 
 
9. ESCRITURAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DAS CONTAS 
 
9.1 Escrituração das Contas 
 
De acordo com o art. 50 da LRF, além de obedecer às demais normas de 
contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as 
seguintes: 
• A disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os 
recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem 
identificados e escriturados de forma individualizada; 
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• A despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o 
regime de competência, apurando-se, em caráter complementar, o 
resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa; 
• As demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente, 
as transações e operações de cada órgão, fundo ou entidade da 
administração direta, autárquica e fundacional, inclusive empresa estatal 
dependente; 
• As receitas e despesas previdenciárias serão apresentadas em 
demonstrativos financeiros e orçamentários específicos; 
• As operações de crédito, as inscrições em Restos a Pagar e as demais 
formas de financiamento ou assunção de compromissos junto a 
terceiros, deverão ser escrituradas de modo a evidenciar o montante e a 
variação da dívida pública no período, detalhando, pelo menos, a 
natureza e o tipo de credor; 
• A demonstração das variações patrimoniais dará destaque à origem e ao 
destino dos recursos provenientes da alienação de ativos. 
 
Ainda temos as seguintes observações: 
Demonstrações conjuntas: no caso das demonstrações conjuntas, excluir-se-
ão as operações intragovernamentais (dentro do governo). 
Normas gerais: a edição de normas gerais para consolidação das contas 
públicas caberá ao órgão central de contabilidade da União, enquanto não 
implantado o conselho de gestão fiscal. 
Sistemas de custos: a Administração Pública manterá sistema de custos que 
permita a avaliação e o acompanhamento da gestão orçamentária, financeira e 
patrimonial. 
 
9.2 Consolidação das Contas 
 
Consoante o art. 51 da LRF, o Poder Executivo da União promoverá, até o dia 
30 de junho, a consolidação, nacional e por esfera de governo, das contas dos 
entes da Federação relativas ao exercício anterior, e a sua divulgação, 
inclusive por meio eletrônico de acesso público. Para isso, os Estados e os 
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Municípios encaminharão suas contas ao Poder Executivo da União nos 
seguintes prazos: os Municípios, com cópia para o Poder Executivo do 
respectivo Estado, até 30 de abril; e os Estados, até 31 de maio. 
 
O descumprimento dos prazos previstos impedirá, até que a situação seja 
regularizada, que o ente da Federação receba transferências voluntárias e 
contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do 
principal atualizado da dívida mobiliária. 
 
10. RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL 
 
O Relatório de Gestão Fiscal será emitido, a cada quadrimestre, pelos 
titulares dos Poderes e órgãos, assinado pelo Chefe do Poder Executivo; 
Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou órgão decisório 
equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Legislativo; 
Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho de Administração ou 
órgão decisório equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do 
Poder Judiciário; Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados. O 
relatório também será assinado pelas autoridades responsáveis pela 
administração financeira e pelo controle interno, bem como por outras definidas 
por ato próprio de cada Poder ou órgão. 
 
De acordo com o art. 55, o Relatório de Gestão Fiscal conterá: 
I - comparativo com os limites de que trata a LRF, dos seguintes montantes: 
despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas; dívidas 
consolidada e mobiliária; concessão de garantias; operações de crédito, 
inclusive por antecipação de receita; e despesas de que trata o inciso II do art. 
4o, ou seja, do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e 
despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios 
de natureza financeira, tributária e creditícia que acompanha o projeto de lei 
orçamentária; 
II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado 
qualquer dos limites; 
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III - demonstrativos, no último quadrimestre do montante das disponibilidades 
de caixa em trinta e um de dezembro; da inscrição em Restos a Pagar, das 
despesas liquidadas; empenhadas e não liquidadas; empenhadas e não 
liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibilidade de caixa; não 
inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram 
cancelados; e do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b do inciso 
IV do art. 38, que trata das operações de crédito por antecipação de receita. 
 
O relatório será publicado até trinta dias após o encerramento do período a que 
corresponder, com amplo acesso ao público, inclusive por meio eletrônico. Da 
mesma forma que na escrituração e consolidação das contas, o 
descumprimento do prazo impedirá, até que a situação seja regularizada, que o 
ente da Federação receba transferências voluntárias e contrate operações de 
crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da 
dívida mobiliária. 
 
QUESTÕES COMENTADAS DE CONCURSOS ANTERIORES - ESAF 
 
1) (ESAF – Analista Tributário – Receita Federal – 2009) A respeito dos 
recursos transferidos mediante convênios, enquanto não utilizados, é correto 
afirmar: 
a) a aplicação no mercado financeiro está condicionada à autorização formal 
do concedente e os rendimentos devem ser aplicados no objeto do convênio. 
b) a aplicação somente é permitida em operações de mercado aberto 
lastreadas em títulos da dívida pública e os rendimentos devem ser aplicados 
no objeto do convênio. 
c) os rendimentos da aplicação poderão, a critério das partes, ser aplicados em 
outro objeto correlato desde que o valor não exceda o valor desse objeto. 
d) por se tratar de recursos destinados ao cumprimento de políticas públicas, a 
sua aplicação no mercado financeiro é vedada por lei. 
e) devem ser aplicados em caderneta de poupança de instituições financeiras 
públicas, se a previsão de seu uso for igual ou superior a um mês. 
 
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A aplicação de saldos de convênio, enquanto não utilizados, varia com a 
previsão de sua utilização. Serão obrigatoriamente aplicados: 
• Com previsão de seu uso igual ou superior a um mês: em cadernetas 
de poupança de instituição financeira oficial. 
• Com previsão de uso em prazos menores que um mês: em fundo de 
aplicação financeira de curto prazo ou operação de mercado aberto 
lastreada em títulos da dívida pública. 
 
a) Errada. Possuem aplicações obrigatórias de acordo com a previsão de uso, 
não necessitando de autorização formal do concedente. 
b) Errada. A aplicação varia com sua previsão de uso. 
c) Errada. As receitas financeiras auferidas com tais rendimentos serão 
obrigatoriamente computadas a crédito do convênio e aplicadas, 
exclusivamente, no objeto de sua finalidade, devendo constar de 
demonstrativo específico que integrará as prestações de contas do ajuste. 
d) Errada. Possuem aplicações obrigatórias no mercado financeiro de acordo 
com a previsão de uso. 
e) Correta. Serão obrigatoriamente aplicados, com previsão de seu uso igual 
ou superior a um mês, em cadernetas de poupança de instituição financeira 
oficial. 
Resposta: Letra E 
 
2) (ESAF – Técnico de Nível Superior – SPU/MPOG – 2006) De acordo com a 
Lei de Responsabilidade Fiscal, constituem instrumentos de transparência da 
gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios 
eletrônicos de acesso público, exceto, 
a) os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias. 
b) o Plano de Contas Único da União. 
c) as prestações de contas e o respectivo parecer prévio. 
d) o Relatório Resumido da Execução Orçamentária. 
e) o Relatório de Gestão Fiscal. 
 
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Segundo o art. 48 da LRF, são instrumentos de transparência da gestão fiscal, 
aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de 
acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as 
prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da 
Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões 
simplificadas desses documentos. 
 
Logo, o Plano de Contas Único da União não é um instrumento de 
transparência da gestão fiscal, de acordo com a LRF. 
Resposta: Letra B 
 
3) (ESAF – Procurador – TCE/GO - 2007) São instrumentos de transparência 
da gestão fiscal, exceto: 
a) os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias. 
b) as prestações de contas. 
c) o relatório resumido da execução orçamentária, divulgado em versão 
simplificada. 
d) os limites da dívida pública. 
e) o incentivo à participação popular, mesmo durante a fase de elaboração e de 
discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos. 
 
Segundo o art. 48 da LRF, são instrumentos de transparência da gestão fiscal, 
aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de 
acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; 
as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório 
Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as 
versões simplificadas desses documentos. 
A transparência será assegurada também mediante: 
• Incentivo à participação popular e realização de audiências 
públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos 
planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; 
• Liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em 
tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução 
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orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público. Os 
entes da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica 
o acesso a informações, quanto à despesa, referentes a todos os atos 
praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da 
despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima 
dos dados referentes ao número do correspondente processo, ao bem 
fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária 
do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório 
realizado; e quanto à receita, referentes ao lançamento e o recebimento 
de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos 
extraordinários. 
• Adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que 
atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder 
Executivo da União. 
 
Logo, apesar de presentes na LRF, os limites da dívida pública não são 
instrumentos de transparência da gestão fiscal. 
Resposta: Letra D 
 
4) (ESAF – AFC/STN - 2008) Segundo dispõe a Lei Complementar n. 101/2000 
– Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, as despesas de caráter continuado 
são as que têm a seguinte característica: 
a) são as despesas correntes e de capital definidas como necessárias à 
manutenção dos projetos criados no Plano Plurianual – PPA. 
b) são as despesas correntes e de capital destinadas ao custeio da máquina 
administrativa decorrentes de determinações da Lei de Diretrizes 
Orçamentárias– LDO. 
c) são os gastos relativos à implantação de programas e serviços decorrentes 
da reestruturação de órgãos do Estado. 
d) são as despesas correntes derivadas de lei, medida provisória ou ato 
administrativo normativo que fixe para o ente a obrigação legal de sua 
execução por um período superior a dois exercícios. 
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e) são os gastos permanentes oriundos de determinação legal ou judicial e que 
devem ser pagos com recursos dos exercícios seguintes. 
 
Segundo o art. 17 da LRF, considera-se obrigatória de caráter continuado a 
despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo 
normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um 
período superior a dois exercícios. 
Resposta: Letra D 
 
5) (ESAF – AFC/STN - 2008) A concessão ou ampliação de incentivo ou 
benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá 
estar acompanhada: 
a) de exposição de motivos que justifique politicamente a finalidade da 
renúncia. 
b) de decreto regulamentador que identifique exatamente o valor da receita 
objeto da renúncia. 
c) de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva 
iniciar sua vigência e nos dois seguintes. 
d) de estudo de impacto orçamentário-financeiro que comprove a necessidade 
da renúncia, como instrumento de política fiscal que atenda ao plano plurianual. 
e) de portaria regulamentadora expedida por autoridade competente que 
explicite, objetivamente, o valor da receita objeto da renúncia. 
 
Segundo o art. 14 da LRF, a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício 
de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar 
acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no 
exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender 
ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das 
seguintes condições: 
• Demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na 
estimativa de receita da lei orçamentária e de que não afetará as metas 
de resultados fiscais previstas no anexo próprio da LDO; ou 
• Estar acompanhada de medidas de compensação, no período 
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mencionado, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação 
de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de 
tributo ou contribuição. Nesse caso, o benefício só entrará em vigor 
quando implementadas as medidas citadas. 
Resposta: Letra C 
 
6) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Para os efeitos 
da Lei Complementar n.101/2000, considera-se despesa com pessoal: 
a) as reparações econômicas a anistiados políticos não membros da 
administração pública. 
b) o auxílio-alimentação dos servidores. 
c) a terceirização de atividades não previstas nos planos de carreira dos 
servidores. 
d) as aposentadorias e pensões relativas a ex-chefes de poder executivo. 
e) as aposentadorias e pensões pagas pelo regime geral da previdência social. 
 
a) Errada. As reparações econômicas a anistiados políticos não membros da 
administração pública são despesas consideradas como indenizatórias, logo 
não são consideradas despesas com pessoal. 
b) Errada. O auxílio-alimentação dos servidores é também despesa 
indenizatória. 
c) Errada. A terceirização de atividades não previstas nos planos de carreira 
dos servidores não é considerada despesa com pessoal. Os valores dos 
contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à substituição de 
servidores e empregados públicos é que serão contabilizados como despesas 
com pessoal. 
d) Correta. As aposentadorias e pensões relativas a mandatos eletivos são 
despesas com pessoal. 
e) Errada. As aposentadorias e pensões pagas pelo regime geral da 
previdência social não são computadas em despesas com pessoal. 
Resposta: Letra D 
 
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7) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Com base na Lei 
Complementar n. 101/2000, a receita corrente líquida compreende o somatório 
de todas as naturezas de receitas correntes, deduzida(s): 
a) as transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios destinadas ao 
custeio do Sistema Único de Saúde. 
b) as parcelas entregues por Municípios aos Estados e Distrito Federal por 
determinação constitucional. 
c) a contribuição dos trabalhadores e empregadores para o custeio do regime 
geral da previdência social. 
d) as receitas correntes próprias arrecadadas pelas autarquias e fundações 
públicas. 
e) as contribuições dos entes públicos para os fundos de pensão das empresas 
estatais. 
 
A receita corrente líquida compreende o somatório de todas as naturezas de 
receitas correntes, deduzidas, entre outros, na União, nos Estados e nos 
Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de 
previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação 
financeira citada no § 9o do art. 201 da Constituição (compensação entre os 
diversos sistemas previdenciários). 
.Resposta: Letra C 
 
8) (ESAF – AFC/CGU – Correição - 2006) A respeito das regras para a 
escrituração e consolidação das contas públicas estabelecidas pela Lei 
Complementar n. 101/2000 – LRF é correto afirmar, exceto que 
a) as disponibilidades de caixa devem ser escrituradas de tal forma que os 
recursos vinculados a fundo, órgão ou despesa obrigatória fiquem identificados 
e escriturados de forma individualizada. 
b) o fluxo financeiro deverá ser registrado pelo regime de competência. 
c) as demonstrações contábeis do setor público alcançam inclusive as 
empresas dependentes. 
d) a demonstração das variações patrimoniais dará destaque à origem e ao 
destino dos recursos 
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provenientes da alienação de ativos. 
e) nas demonstrações conjuntas as operações intragovernamentais devem ser 
excluídas. 
 
a) Correta. Segundo o art. 43, § 1o, as disponibilidades de caixa dos regimes 
de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos, ainda que 
vinculadas a fundos específicos a que se referem os arts. 249 e 250 da 
Constituição, ficarão depositadas em conta separada das demais 
disponibilidades de cada ente e aplicadas nas condições de mercado, com 
observância dos limites e condições de proteção e prudência financeira. 
b) É a incorreta. A despesa e a assunção de compromisso serão registradas 
segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter complementar, o 
resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa. 
c) Correta. As demonstrações contábeis compreenderão, isolada e 
conjuntamente, as transações e operações de cada órgão, fundo ou entidade 
da administração direta, autárquica e fundacional, inclusive empresa estatal 
dependente. 
d) Correta. A demonstração das variações patrimoniais dará destaque à origem 
e ao destino dos recursos provenientes da alienação de ativos. 
e) Correta. No caso das demonstrações conjuntas, excluir-se-ão as operações 
intragovernamentais. 
Resposta: Letra B 
 
9) (ESAF - Analista Administrativo -ANA - 2009) No caso da União, a Lei de 
Responsabilidade Fiscal estabelece que a despesa total com pessoal, em cada 
período de apuração, não pode exceder o seguinte percentual da receita 
corrente líquida: 
a) 40% (quarenta por cento). 
b) 45% (quarenta e cinco por cento). 
c) 50% (cinquenta por cento). 
d) 55% (cinquenta e cinco por cento). 
e) 60% (sessenta por cento). 
 
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Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total 
com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não 
poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir 
discriminados: 
I - União: 50% (cinquenta por cento); 
II - Estados: 60% (sessenta por cento); 
III - Municípios: 60% (sessenta por cento). 
Resposta: Letra C 
 
10) (ESAF – AFC/STN - 2008) Nos termos da lei de responsabilidade fiscal, e 
para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total 
com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não 
poderá exceder os percentuais da receita líquida, a seguir discriminados: 
a) União (40%), Estados (40%), Municípios (40%). 
b) União (50%), Estados (50%), Municípios (50%). 
c) União (60%), Estados (60%), Municípios (60%). 
d) União (50%), Estados (40%), Municípios (30%). 
e) União (50%), Estados (60%), Municípios (60%). 
 
Segundo a LRF: 
Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a 
despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da 
Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a 
seguir discriminados: 
I - União: 50% (cinquenta por cento); 
II - Estados: 60% (sessenta por cento); 
III - Municípios: 60% (sessenta por cento). 
 
LIMITES DAS DESPESAS COM PESSOAL EM RELAÇÃO À RCL 
UNIÃO ESTADOS MUNICÍPIOS 
50% 60% 60% 
 
Resposta: Letra E 
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11) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Com base na 
Lei de Responsabilidade Fiscal, não é correto afirmar acerca da apuração dos 
limites com pessoal: 
a) não serão computados no limite de pessoal da União os valores transferidos 
ao Distrito Federal e aos Estados do Amapá e Roraima. 
b) as despesas com pessoal da administração direta decorrentes de sentenças 
judiciais serão incluídas no limite do respectivo órgão ou entidade. 
c) não serão computadas as despesas com pessoal decorrentes da 
convocação extraordinária do Congresso Nacional. 
d) serão computadas as despesas com pessoal decorrentes de decisão judicial 
da competência do mesmo período de apuração do limite. 
e) não serão computadas as despesas com pessoal inativo custeadas por meio 
de fundo específico decorrentes da contribuição dos servidores inativos. 
 
a) É a incorreta. Não será computada a despesa com pessoal, do Distrito 
Federal e dos Estados do Amapá e Roraima, custeadas com recursos 
transferidos pela União decorrentes da competência da própria União 
para organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria 
Pública do Distrito Federal e dos Territórios; e organizar e manter a polícia civil, 
a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como 
prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços 
públicos, por meio de fundo próprio. Ou seja, não é qualquer transferência da 
União a esses entes. 
b) d) Corretas. Não serão computadas as despesas decorrentes de decisão 
judicial e da competência de período anterior ao da apuração da despesa total 
com pessoal somando-se a realizada no mês em referência com as dos onze 
imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência. Serão 
computadas as despesas com pessoal decorrentes de decisão judicial da 
competência do mesmo período de apuração do limite. As despesas com 
pessoal decorrentes de sentenças judiciais serão incluídas no limite do 
respectivo Poder ou órgão. 
c) Correta. Não serão computadas as despesas com pessoal derivadas da 
convocação extraordinária do Congresso Nacional (a Emenda Constitucional 
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50/2006 vedou o pagamento de parcela indenizatória em razão de convocação 
do Congresso Nacional). 
e) Correta. Não serão computadas as despesas com inativos, ainda que por 
intermédio de fundo específico, custeadas por recursos provenientes da 
arrecadação de contribuições dos segurados; da compensação financeira entre 
os diversos regimes de previdência social para efeito de aposentadoria, 
assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração 
pública e na atividade privada, rural e urbana, segundo critérios estabelecidos 
em lei, e das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a 
tal finalidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos, bem 
como seu superávit financeiro. 
Resposta: Letra A 
 
12) (ESAF – Analista Contábil-Financeiro – SEFAZ/CE – 2007) Acerca da 
repartição dos limites globais da despesa com pessoal estabelecidos na Lei 
Complementar n. 101/2000, é correto afirmar que: 
a) a despesa com pessoal dos Tribunais de Contas será inclusa nos limites do 
respectivo Poder Judiciário. 
b) na esfera municipal, o limite para o Ministério Público está incluído no do 
respectivo Poder Executivo. 
c) na União, inclui-se no limite do Poder Executivo as despesas com pessoal 
do Tribunal de Justiça e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. 
d) no ministério público de cada esfera, o limite será repartido entre seus ramos 
proporcionalmente à média das despesas com pessoal, em percentual da 
receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios financeiros 
imediatamente anteriores ao da publicação da LRF. 
e) a entrega dos recursos financeiros correspondentes à despesa total com 
pessoal do Poder Executivo será a resultante da aplicação dos limites com 
pessoal. 
 
a) Errada. A despesa com pessoal dos Tribunais de Contas será inclusa nos 
limites do respectivo Poder Legislativo. 
b) Errada. Não há Ministério Público na esfera municipal. 
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c) Correta. Dos 40,9% para o Executivo da União, destaca-se 3% para as 
despesas com pessoal decorrentes da competência da União para organizar e 
manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do 
Distrito Federal e dos Territórios; e organizar e manter a polícia civil, a polícia 
militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar 
assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, 
por meio de fundo próprio. 
d) Errada. Nos Poderes legislativo e Judiciário de cada esfera, o limite será 
repartido entre seus ramos proporcionalmente à média das despesas com 
pessoal, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três 
exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação da LRF. 
e) Errada. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, 
compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos 
dos Poderes Legislativo e Judiciário, do

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