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Análise de Investimentos Autor: Juliana Leite Kirchner Tema 07 Projetos Industriais Tema 08 Decisões de Investimentos em Condições de Incerteza Índice Índice Tema 07: Projetos Industriais 4 Tema 08: Decisões de Investimentos em Condições de Incerteza 24 seç ões Tema 07 Projetos Industriais Como citar este material: KIRCHNER, Juliana Leite. Análise de Investimentos: Projetos Industriais. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. SeçõesSeções Tema 07 Projetos Industriais Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Análise de Investimentos, do autor Rodolfo Leandro de Faria Olivo, editora Alínea, 2012, Livro-Texto 115. Roteiro de Estudo: Juliana Leite KirchnerAnálise de Investimentos 7 Conteúdo Nessa aula você estudará: • Projetos Industriais • Investimento em capital físico e capital de giro. • Os custos e as despesas industriais. • Classificação dos gastos industriais • Análise de Projetos Industriais • Como identificar a viabilidade de projetos de implantação industrial por meio de análises quantitativas. CONTEÚDOSEHABILIDADES 8 CONTEÚDOSEHABILIDADES LEITURAOBRIGATÓRIA Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões: • O que são projetos industriais? • Quais são as classificações de capital de investimento? • Como se diferenciam o investimento em capital físico e o investimento em capital de giro? • Qual a importância da análise do capital de giro para avaliar a viabilidade de novos projetos industriais? • Quais os tipos de financiamento para projetos industriais? • Os custos e as despesas industriais são relevantes? • Como se dá a classificação dos gastos industriais? • Como se dá a classificação dos custos industriais? • Como ocorre a análise de projetos industriais? Projetos Industriais O conjunto de fábricas, instalações, redes logísticas e armazéns industriais constituem os projetos industriais, e tornam-se cada vez mais comuns pois as organizações encontram- se, cada vez mais, em crescimento, ampliando a sua capacidade instalada de forma a permitir maior produção e, logo, uma maior quantidade de vendas. Tais projetos industriais caracterizam-se como investimentos bastante usuais em empresas, bem como implicam em grandes volumes de recursos financeiros investidos. 9 Os projetos industriais englobam três fontes de preocupação relativamente a essa modalidade de investimento, quais sejam: - Investimento em capital físico. - Investimento em capital de giro. - Custos e despesas industriais. O investimento em capital físico é realizado no início do projeto e constitui-se mediante máquinas, equipamentos e instalações. Ao final do projeto, esse investimento apresenta, ou não, um valor residual que normalmente é menor que o valor inicial investido, devido tanto à depreciação quanto à obsolescência às quais as máquinas, equipamentos, ferramentas e instalações encontram-se expostos. O investimento capital de giro é realizado com o intuito de viabilizar o negócio, e constitui-se mediante valores que irão financiar os estoques e as contas a receber. Para tanto, ao final do projeto, o valor investido em capital de giro retorna integralmente ao investidor. Capital de giro ou ativo corrente, e, em inglês working capital, é um recurso de rápida renovação (dinheiro, créditos, estoques) que representa a liquidez da operação disponível para o negócio, organização ou outra entidade, incluindo entidades públicas. É uma importante ferramenta para tomada de decisões, pois se refere ao ciclo operacional de uma empresa, englobando desde a aquisição de matéria-prima até a venda e o recebimento dos produtos vendidos. Assim como o ativo fixo (plantas e equipamentos), o capital de giro é considerado uma parte do capital operacional. O capital de giro (CDG) é o recurso utilizado para sustentar as operações do dia a dia da empresa, ou seja, é o capital disponível para condução normal dos negócios da empresa. Alguns pontos importantes da administração eficiente do capital de giro é seu impacto no fluxo de caixa da empresa. O volume de capital de giro utilizado por uma empresa depende de seu volume de venda, política de crédito e do nível de estoque mantido. O Capital de Giro necessita de recursos para seu financiamento, ou seja, quanto maior for seu valor, maior a necessidade de financiamento, seja com recursos próprios ou com recursos de terceiros. As dificuldades relativas ao Capital de Giro de uma empresa são devidas, principalmente, à ocorrência dos seguintes fatores: LEITURAOBRIGATÓRIA 10 • Redução de vendas. • Crescimento da inadimplência. • Aumento das despesas financeiras. • Aumento de custos. • Desperdícios de natureza operacional. O Capital de Giro também é um conceito econômico-financeiro e não uma definição legal, constituindo uma fonte de fundos permanente utilizada para financiar a “necessidade de capital de giro”. A necessidade de capital de giro tem uma grande importância pelo fato de fornecer informações das atividades operacionais, decisão tomada pela alta gerência e o modo de financiamento das aplicações de recursos. A Necessidade de Capital de Giro está diretamente ligada ao ciclo de caixa da empresa. Quando o ciclo de caixa é longo, a necessidade de capital de giro é maior e vice-versa. Assim, a redução do ciclo de caixa – que em resumo significa receber mais cedo e pagar mais tarde – deve ser uma meta da administração financeira. Entretanto, a redução do ciclo de caixa requer a adoção de medidas de natureza operacional, envolvendo o encurtamento dos prazos de estocagem, produção, operação e vendas. O correto dimensionamento da necessidade de capital de giro é um dos maiores desafios do administrador financeiro. Elevado volume de capital de giro irá desviar recursos financeiros que poderiam ser aplicados nos ativos permanentes da empresa. Todavia, capital de giro muito reduzido restringirá a capacidade de operação e de vendas da empresa. A necessidade de capital de giro pode ser estimada de dois modos: • Com base no ciclo financeiro. • Com utilização dos demonstrativos contábeis (balanço patrimonial). O professor e pesquisador francês Michel Fleuriet introduziu, na década de 1970, um novo modelo de análise do capital de giro, o qual ficou associado ao seu nome, o modelo Fleuriet, sendo também conhecido como análise dinâmica do capital de giro. Inicialmente, o modelo propõe uma nova classificação gerencial para as contas de ativo e passivo circulante, segundo sua natureza financeira ou operacional, sendo essa segregação essencial para o processo de avaliação das necessidades de capital de giro. LEITURAOBRIGATÓRIA 11 O ativo (passivo) circulante se subdivide em ativo circulante cíclico (passivo circulante cíclico) e ativo circulante errático (passivo circulante errático). O ativo (passivo) cíclico é composto pelas contas relacionadas às atividades operacionais da empresa, sendo influenciado pelo volume de negócios ou por características das fases do ciclo operacional. O ativo cíclico é composto por contas como: estoques, duplicatas a receber e provisão para créditos de liquidação duvidosa, com as características das fases do ciclo operacional, como prazos de estocagem ou política de prazos de venda. Da mesma maneira, o passivo cíclico é formado pelas obrigações de curto prazo da empresa, diretamente identificáveis com seu ciclo operacional (fornecedores, salários, encargos, impostos e taxas). Já os custos e as despesas industriais assumem grande relevância em projetos industriais, pois são os grandes definidores da viabilidade, ou não, do projeto. Nesse contexto de custos e despesas industriais, faz-se necessárioobservar que gasto corresponde a todo sacrifício financeiro com que a empresa arca para a obtenção de um produto ou serviço, mediante a entrega de algum ativo em pagamento, enquanto que o desembolso corresponde a um gasto efetivamente pago, de modo que os ativos (dinheiro) deixam a empresa para quitar os gastos. Os gastos industriais podem ser classificados em três grandes categorias, quais sejam: 1. Investimentos: corresponde a gastos “estocados” no ativo da empresa em função de sua vida útil ou de benefícios a serem gerados em períodos futuros. 2. Custos: corresponde a gastos relativos a um bem ou serviço utilizado diretamente na produção de outros bens ou serviços. O custo é reconhecido no momento de sua utilização no processo produtivo. 3. Despesas: corresponde a gastos relativos a bens ou serviços consumidos para a obtenção de receitas. Normalmente são classificadas em administrativas, gerais, de vendas e financeiras. Os principais custos de produção normalmente são divididos em: 1. Custos de matéria-prima – MP. 2. Custos de mão de obra – MDO. 3. Custos Indiretos de Fabricação – CIF. LEITURAOBRIGATÓRIA 12 A análise dos projetos industriais deve ocorrer mediante uma estimativa das receitas e dos custos deles provenientes, os quais, somados às despesas, devem gerar uma estimativa de lucro líquido. Posteriormente, tal estimativa deve ser convertida em fluxo de caixa operacional mediante a soma da despesa de depreciação. Posteriormente, após as estimativas de fluxo de caixa operacional, deve ser acrescentado o efeito de caixa dos investimentos em capital físico e em capital de giro, para somente então determinar o VPL e a TIR, e aceitar ou rejeitar o projeto. LEITURAOBRIGATÓRIA LINKSIMPORTANTES Quer saber mais sobre o assunto? Então: Sites Acesse o site do Portal de Contabilidade. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/>. Acesso em: 1 dez. 2013. Mediante acesso rápido e simples, você terá acesso gratuito a diferentes guias, notícias, informações e artigos de diferentes temas, que o auxiliarão na compreensão dos conteúdos abordados. Leia a abordagem clara sobre os tipos de investimentos e custos que as empresas apresentam. Disponível em: <http://www.eps.ufsc.br/teses/bornia/capit_3/cap3_bor.htm>. Acesso em: 1 dez. 2013. Leia também o artigo sobre a necessidade de capital de giro das empresas, de Samuel Leite Castelo, da Universidade Estadual do Ceará – UECE. O texto faz uma abordagem clara e prática sobre o capital de giro. Disponível em: <http://www.flf.edu.br/revista-flf.edu/volume03/32.pdf>. Acesso em: 1 dez. 2013. 13 Leia o material do SEBRAE que orienta sobre a gestão de capital de giro. Disponível em: <http://www.sebraemg.com.br/arquivos/aprendacomosebrae/palestra/ bancopalestra/transparencias_determinacao_do_capital_de_giro.pdf>. Acesso em: 1 dez. 2013. Vídeos Importantes: Assista ao vídeo “Análise de Investimentos com HP 12c”, no qual o professor José Fernando Grings comenta os principais conceitos vistos no decorrer da disciplina acerca de VPL e TIR. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=_D1nPXISOeM>. Acesso em: 1 dez. 2013. LINKSIMPORTANTES AGORAÉASUAVEZ Instruções: Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema. 14 Questão 1: O que são projetos industriais? Quais são as três principais fontes de preocupação li- gadas a essa modalidade de investimento? Qual a importância em se analisar os pro- jetos industriais? Questão 2: Esse investimento normalmente é realiza- do no início do projeto e se constitui de má- quinas, equipamentos e instalações. Apre- senta, ou não, ao final do projeto, um valor residual, normalmente bem menor que o valor inicial investido, dada a depreciação e a obsolescência às quais as máquinas, equipamentos, ferramentas e instalações encontram-se expostos. Essa descrição se refere a qual forma de investimento a ser realizado em projetos industriais? a) Investimento em capital físico. b) Investimento em capital de giro. c) Custos e despesas em projetos industriais. d) Despesas. e) Custos. Questão 3: Esse investimento é realizado para poder viabilizar o negócio, e, normalmente, se constitui de valores que irão financiar os estoques e as contas a receber. Ao final do projeto, esse valor retorna integralmente ao investidor, pois, após a vida útil do pro- jeto, as máquinas e equipamentos estarão depreciados, mas os estoques e contas a receber, em virtude do seu giro e constante renovação, mantêm seu valor integral, po- dendo, ao final da vida útil, serem “vendi- dos” pelo seu valor inicial. Essa descrição se refere a qual forma de investimento a ser realizado em projetos industriais? a) Investimento em capital físico. b) Investimento em capital de giro. c) Custos e despesas em projetos industriais. d) Despesas. e) Custos. Questão 4: As despesas, nos gastos industriais, caracterizam-se como gastos relativos a bens ou serviços consumidos para a obtenção de receitas. Normalmente são classificadas em administrativas, ge- rais, de vendas e financeiras. AGORAÉASUAVEZ 15 Assinale a alternativa correta que contém exemplo(s) de despesas: a) Salários pagos em greves e matéria- prima em má condição. b) Comissão de vendedores e salários de pessoal administrativo. c) Depreciação de equipamentos do escritório e energia elétrica. d) Energia elétrica. e) Máquinas e equipamentos. Questão 5: Faça a relação correta acerca da classifica- ção dos custos industriais: 1. Custos claramente ligados à produção, mas na forma de suporte. 2. Matéria-prima é utilizada diretamente na composição do produto final, servindo como seu produto final. 3. Custos que se relaciona à salários, bene- fícios e encargos sociais dos funcionários ligados diretamente ao processo produtivo. (_) Custos de Matéria Prima. (_) Custos de Mão de Obra. (_) Custos Indiretos de Fabricação. a) 2, 1, 3. b) 2, 3, 1. c) 1, 2, 3. d) 3, 2, 1. e) 3, 1, 2. Questão 6: Os custos industriais, e logo, custos de pro- dução, admitem a classificação em: custos de matéria-prima, custos de mão de obra e custos indiretos de fabricação. Cite exemplos inerentes a cada uma das divisões. Questão 7: Os gastos industriais podem ser classifica- dos em três grandes categorias, quais se- jam: investimentos, custos e despesas. Cite exemplos inerentes a cada um dos grupos. AGORAÉASUAVEZ 16 Considere as seguintes informações: - Despesas administrativas são fixas em R$ 100 mil por ano. - O investimento em capital físico é de R$ 500 mil. - O investimento em capital de giro é de R$ 300 mil. - A depreciação é de 20% ao ano. - O valor residual do capital físico é de R$ 100 mil no final do quinto ano. - A empresa pagará IR sobre lucro real de 30%. - A TMA é de 15% ao ano. Pergunta-se: qual o VPL? Deve-se aceitar o projeto pelo método do VPL? Questão 9: Os custos e despesas em projetos indus- triais apresentam grande importância ten- do em vista que influenciam na viabilidade, ou não, do projeto. Apresente a distinção entre gastos e de- sembolso, diferenciando-os quanto à ado- ção do princípio de competência ou princí- pio de caixa. Questão 10: Nos projetos industriais, há duas formas de investimentos a serem realizados. Apresente a caracterização e distinção en- tre investimento em capital físico e investi- mento em capitalde giro. AGORAÉASUAVEZ Questão 8: Considere o quadro a seguir acerca do projeto de uma fábrica de cerveja. Ano 1 2 3 4 5 Latas de cerveja 700.000 700.000 700.000 800.000 900.000 Preço por lata (R$) 1,00 1,00 1,00 1,20 1,20 Custos unitários por lata MP (R$) 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 MDO (R$) 0,10 0,10 0,10 0,15 0,15 CIF (R$) 0,20 0,20 0,20 0,25 0,25 17 FINALIZANDO Neste tema, você aprendeu que quando a empresa identifica uma oportunidade de negócio deve realizar uma análise econômica do empreendimento, estimando o valor da sua implantação (custos e receitas), bem como o período em que o empreendimento dará rendimentos. Isso é feito para as alternativas possíveis de implantação. A partir dos dados estimados é feito o estudo de viabilidade técnica econômica para identificar a melhor alternativa para o empreendimento (tal alternativa tem que ter uma taxa interna de retorno financeiro superior à taxa de atratividade que a empresa adota em seus estudos econômicos). Nessa fase, normalmente não são bem conhecidos os dados técnicos, nem as necessidades de recursos para operação e manutenção do empreendimento, tendo-se, também, incertezas sobre o nível de receita ao longo da vida do mesmo. Tais incertezas devem ser consideradas para efeito de tomada de decisão de aprovação ou não da implantação do empreendimento. Nesse contexto, se perfaz de fundamental importância da análise de projetos industriais (fábricas, instalações, redes logísticas ou mesmo armazéns industriais), de modo a estimar, inicialmente, as receitas e os custos deles provenientes, os quais, somados às despesas, devem gerar uma estimativa de lucro líquido. Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! 18 REFERÊNCIAS BRAGA, R. Fundamentos e técnicas de administração financeira. Editora Atlas. São Pau- lo: 1995. CALOBA, Guilherme Marques. Análise de Investimentos. 1. Ed. São Paulo: Atlas, 2002. CASAROTTO FILHO, Nelson; KOPITTKE, Bruno Hartmut. Análise de Investimentos. 11. Ed. São Paulo: Atlas, 2010. COSTA, Paulo Henrique Soto. Análise de projetos de investimentos. Rio de Janeiro: Edito- ra da Fundação Getúlio Vargas, 1984 MARQUEZAN, Luiz Henrique Figueira. Análise de Investimentos. Revista Eletrônica de Contabilidade de Curso de Ciências Contábeis – UFSM. vol. III, n. 1, jan-jun 2006. Dis- ponível em: <http://w3.ufsm.br/revistacontabeis/anterior/artigos/vIIIn01/a02vIIIn01.pdf>. Acesso em: 1 dez 2013. OLIVO, Rodolfo Leandro de Faria. Análise de Investimentos. Campinas, SP: Alínea, 2012. 19 GLOSSÁRIO Investimentos: envolve decisões de aplicação de recursos com prazos longos (maiores que um ano), com o objetivo de propiciar retorno. Receita: valor de entrada de caixa referente à quantidade vendida por um determinado preço. Custos: gastos com a produção. Despesas: gastos com administrativos. Custo Unitário: valor gasto para produção de um produto. Custo Total: somatório dos custos fixos e custos variáveis. Custos fixos: custos que não variam quando a produção varia. Custos Variáveis: custos que variam quando a produção varia. Valor nominal: desconsidera a inflação dos cálculos. Valor real: considera a inflação nos cálculos. 20 GABARITO Questão 1 Resposta: O que são projetos industriais: constituem-se de fábricas, instalações, redes logísticas ou mesmo armazéns industriais. Quais são as três principais fontes de preocupação ligadas a essa modalidade de investimento: investimento em capital físico; investimento em capital de giro e custos e despesas industriais. Qual a importância em se analisar os projetos industriais: esses projetos são muitos comuns, pois as organizações encontram-se em crescimento, ampliando a sua capacidade instalada de forma a permitir maior produção, e, consequentemente, maiores vendas. Assim, além de serem investimentos bastante usuais nas empresas, implicam em geral em grandes volumes de recursos financeiros investidos, o que demanda maior atenção por parte do investidor. Questão 2 Resposta: Alternativa A. Justificativa: b) Investimento em capital de giro: compreende investimentos realizados para poder viabilizar o negócio, como por exemplo, valores que irão financiar os estoques e as contas a receber. c) Custos e despesas em projetos industriais: não são considerados como investimentos. d) Despesas: compreende gastos relativos a bens ou serviços consumidor para a obtenção de receitas. e) Custos: compreende custos relativos a um bem ou serviço utilizado diretamente na produção de outros bens ou serviços. 21 Questão 3 Resposta: Alternativa B. Justificativa: a) Investimento em capital físico: esse investimento normalmente é realizado no início do projeto e se constitui de máquinas, equipamentos e instalações. c) Custos e despesas em projetos industriais: não são considerados como investimentos. d) Despesas: compreende gastos relativos a bens ou serviços consumidor para a obtenção de receitas. e) Custos: compreende custos relativos a um bem ou serviço utilizado diretamente na produção de outros bens ou serviços. Questão 4 Resposta: Alternativa B. Justificativa: a) Salários pagos em greves e matéria-prima em má condição (perdas). c) Depreciação de equipamentos do escritório (despesas) e energia elétrica (custos). d) Energia elétrica (custos). e) Máquinas e equipamentos (investimentos). Questão 5 Resposta: Alternativa B. Justificativa: - Custos claramente ligados à produção, mas na forma de suporte: Custos Indiretos de Fabricação. - Matéria-prima é utilizada diretamente na composição do produto final, servindo como seu produto final: Custos de Matéria-Prima. - Custos que se relaciona à salários, benefícios e encargos sociais dos funcionários ligados diretamente ao processo produtivo: Custos de Mão de Obra. GABARITO 22 GABARITO Questão 6 Resposta: - Custos de matéria prima: autopeças; cacau; borracha; cobre, entre outros. - Custos de mão de obra: custos diretos de mão de obra; salários; benefícios e encargos sociais. - Custos indiretos de fabricação: custos de supervisão e controle; manutenção de máquinas e equipamentos, combustíveis, energia elétrica. Questão 7 Resposta: - Investimentos: matéria-prima temporariamente em estoque é investimento em ativo circulante (capital de giro); máquinas e equipamentos são investimentos em ativo imobilizado (capital físico). - Custos: energia elétrica consumida imediatamente no processo produtivo; matéria-prima utilizada no processo produtivo. - Despesas: comissão de vendedores; salários de pessoal administrativo; depreciação de equipamentos do escritório. Questão 8 Resposta: VPL = +204.217. Questão 9 Resposta: Gastos: corresponde ao sacrifício financeiro com o qual a empresa arca com o intuito de obter um produto ou serviço, representado pela entrega de algum ativo em pagamento. Esses sempre devem ser contabilizados pelo princípio da competência. Desembolso: corresponde a um gasto efetivamente pago, no momento em que os ativos deixam a empresa para quitar os gastos. Tais desembolsos devem ser considerados em conformidade ao princípio de caixa e coincidem com as datas dos gastos somente quando o pagamento é realizado à vista. 23 GABARITO Questão 10 Resposta: O investimento em capital físico é realizado no início do projeto e constitui-se mediante máquinas, equipamentos e instalações. Ao final do projeto, esse investimento apresenta, ou não, um valor residual que normalmente é menor que o valor inicial investido, devido tanto à depreciação quanto à obsolescência às quais as máquinas, equipamentos, ferramentas e instalações encontram-se expostos. O investimento capital de giro é realizado com o intuito deviabilizar o negócio e se constitui mediante valores que irão financiar os estoques e as contas a receber. Para tanto, ao final do projeto, o valor investido em capital de giro retorna integralmente ao investidor. seç ões Tema 08 Decisões de Investimentos em Condições de Incerteza Como citar este material: KIRCHNER, Juliana Leite. Análise de Investimentos: Decisões de Investimentos em Condições de Incerteza. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. SeçõesSeções Tema 08 Decisões de Investimentos em Condições de Incerteza Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Análise de Investimentos, do autor Rodolfo Leandro de Faria Olivo, editora Alínea, 2012, Livro-Texto 115. Roteiro de Estudo: Juliana Leite KirchnerAnálise de Investimentos 27 Conteúdo Nessa aula você estudará: • Como avaliar os riscos e incertezas dos mercados. • Os índices e as variáveis econômicas de volatilidade. • As referências do investidor em relação ao risco. • A consideração do risco na análise de investimento. • A relação entre risco e retorno e o CAPM. • Os riscos nos projetos industriais. CONTEÚDOSEHABILIDADES 28 CONTEÚDOSEHABILIDADES LEITURAOBRIGATÓRIA Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões: • Qual é o conceito de risco e volatilidade? • Qual é a relação entre riscos e retorno financeiro? • O que é a Teoria moderna do Portfólio? • Qual é o significado do conceito “volatilidade”? • Quais são as preferências do investidor em relação ao risco? • Qual é a importância em se analisar os riscos na análise de investimentos? Decisões de Investimentos em Condições de Incerteza Normalmente, os investimentos são analisados sem a consideração acerca do que foi previsto possa não acontecer. Sendo assim, um grande número de projetos de investimentos apresenta uma dose de incerteza, notadamente quanto aos fluxos de caixa projetados. Por isso se faz importante abordar os projetos de investimentos considerando certa margem de riscos e incertezas quanto ao projeto. Comumente os investidores tomam decisões de investimento em condições de incerteza, seja quanto às incertezas econômicas, quanto às incertezas de concorrência, quanto às incertezas de preferências de consumidores, entre diversas outras. Sendo assim, a incerteza, e logo, o não conhecimento do futuro com absoluta certeza gera uma série de incertezas, bem como de riscos, para a empresa. O risco refere-se à possibilidade de prejuízo financeiro, estando tal conceito associado à incerteza, à variabilidade do retorno de um ativo. 29 O risco pode ser medido mediante o conceito de volatilidade, que corresponde à variação em relação a uma média normalmente calculada utilizando o conceito estatístico de desvio padrão. Tal medida deve ser expressa, ao fim de um período de tempo, em porcentagem. Para tanto, os administradores, os investidores e as empresas podem adotar atitudes diversificadas relativamente ao risco. No entanto, as suas preferências impactarão diretamente sobre as duas decisões de investimento em condições de risco. Sendo assim, diante do risco, pode os administradores, investidores e empresas adotarem três posturas diferentes, quais sejam: - Indiferença ao risco. - Tendência ao risco. - Aversão ao risco. O aparecimento da moderna teoria de finanças fez parte de uma revolução que teve um impacto fundamental sobre a velha área de finanças, largamente pré-teórica, e frequentemente baseada em um mundo de relações explícitas. Então, os conceitos básicos da teoria do portfólio são: retorno esperado, risco, diversificação, fronteira eficiente, os coeficientes alfa e beta, a linha de mercado de capitais, a linha de mercado de títulos e o modelo de precificação de ativos financeiros. A teoria do portfólio considera a rentabilidade do ativo como uma variável aleatória, e uma carteira como uma combinação ponderada de ativos, de modo que o retorno de uma carteira é a combinação ponderada dos retornos dos ativos. Além disso, o retorno da carteira é uma variável aleatória e, consequentemente, tem um valor esperado e uma variância. O risco, neste modelo, é o desvio padrão do retorno. Risco e retorno: o modelo assume que os investidores são avessos ao risco, o que significa que dados dois ativos que oferecem o mesmo retorno esperado, os investidores preferem o de menor risco. Assim, um investidor aumentará o risco apenas se é compensado pelo aumento do rendimento esperado. Inversamente, um investidor que deseja obter rentabilidades superiores deve aceitar mais risco. A medida exata desse trade-off será diferente para cada investidor, com base nas características individuais e na aversão pelo risco. Como consequência, um investidor racional não irá investir em uma carteira se existe uma segunda alternativa com uma relação risco-retorno mais favorável – ou seja, para um mesmo nível de risco existe uma carteira alternativa que tem melhor rendimento esperado. Resumindo, os investidores sabem que os princípios a ter em conta quando fazem um LEITURAOBRIGATÓRIA 30 investimento são: o tipo de risco que está associado e o retorno que podem vir a ter com esse investimento. O risco poderá ser maior ou menor, e resultar em ganho ou perda. Quanto maior for o risco do investimento, maior deverá ser o seu retorno. Não existem garantias absolutas que um investimento de risco possa corresponder às expectativas do investidor, o lucro poderá ser bastante inferior ao que é esperado. O risco é efetivamente uma incerteza e, ao prolongar-se, mais incerto se torna. Se o investimento for aplicado em ações, o risco está diretamente ligado a situações imprevisíveis tais como a especulação, flutuações de mercado, fatores políticos, fatores econômicos. Como meio de prevenção, os investimentos devem ser diversificados, investir em vários tipos de ativos vai permitir diferentes tipos de retorno e diminuir o risco, dessa maneira o investimento estará mais protegido e a segurança será maior. Média e variância: assume-se ainda que a preferência de risco/retorno do investidor pode ser descrita por meio de uma função de utilidade quadrática. O efeito desse pressuposto é que apenas o retorno esperado e a volatilidade (isto é, o retorno médio e o desvio padrão) importam para o investidor. O investidor é indiferente a outras características da distribuição do retorno, tais como a sua assimetria ou curtose. Nota-se que a teoria utiliza um parâmetro, a volatilidade, como uma proxy de risco, enquanto a rentabilidade é uma expectativa sobre o futuro. Isso está em sintonia com a hipótese de eficiência de mercado e a maior parte dos estudos clássicos das finanças modernas, como o modelo de Black e Scholes para precificação de opções europeias (modelo de martingais: em suma, significa que a melhor previsão para amanhã é o preço de hoje). As recentes inovações em teoria do portfólio, especialmente na chamada de teoria do portfólio pós-moderna, tem exposto diversas falhas na consideração da variância como proxy do risco do investidor: a teoria utiliza um parâmetro histórico, a volatilidade, como uma proxy de risco, enquanto a rentabilidade é uma expectativa sobre o futuro. (Note, porém, que se está em consonância com a hipótese da eficiência e da maioria dos achados clássicos em finanças, tais como Black e Scholes, que usam o modelo de martingais, ou seja, o pressuposto de que a melhor previsão para amanhã é o preço de hoje). A afirmação de que “o investidor é indiferente a outras características” não parece ser verdade dado que a assimetria do risco parece ser precificada pelo mercado. De acordo com o modelo: • O retorno da carteira é a combinação ponderada da proporção de retorno dos ativosque a constituem. LEITURAOBRIGATÓRIA 31 • A volatilidade da carteira é uma função da correlação ρ dos ativos componentes. A alteração na volatilidade é não linear com as mudanças na ponderação dos ativos componentes. Esses modelos são utilizados para auxiliar na determinação da carteira de ativos financeiros que apresente a melhor relação risco versus retorno sob o ponto de vista de um investidor. A principal motivação para o desenvolvimento destes modelos se relaciona à redução do risco a que o investidor está exposto, por meio da diversificação ou balanceamento da carteira. A diversificação é uma maneira poderosa de redução do risco, pois os retornos oferecidos por diferentes ativos não se movem em conjunto. Farias (2003, p. 28) também explica que a teoria do portfólio procura mostrar como se dão as decisões de investimentos dos agentes em uma situação envolvendo risco. Assim, de acordo com essa teoria, são estimados retornos esperados, aos quais são atribuídas probabilidades de ocorrência, de modo a construir uma função de frequência destes. Considera-se a medida de tendência central dessa função de frequência como apropriada para representar o retorno do ativo. LEITURAOBRIGATÓRIA LINKSIMPORTANTES Quer saber mais sobre o assunto? Então: Sites Acesse o site do Portal de Contabilidade. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/>. Acesso em: 1 dez. 2013. Mediante acesso rápido e simples, você terá acesso gratuito a diferentes guias, notícias, informações e artigos de diferentes temas, que o auxiliarão na compreensão dos conteúdos abordados. 32 Leia o Leia o artigo Qual a relação entre Capital e Riscos. A abordagem é sobre a relação dos investidores com os riscos e retorno. Disponível em: <http://www.intermercados.com.br/hedging/capitulo2.pdf>. Acesso em: 1 dez. 2013. Leia também o artigo Justificativa de se Incorporar o Índice de Risco Brasil no Modelo CAPM de Pablo Rogers e Kárem Cristina de Sousa Ribeiro. Os autores fizeram um estudo de caso de analise através do CAPM. Disponível em: <http://www.congressousp.fipecafi.org/artigos42004/125.pdf>. Acesso em: 1 dez. 2013. Leia o artigo Aplicação do Modelo de Três Fatores de Fama e French No Mercado Acionário Brasileiro – Um Estudo Empírico do Período 1995-2003 de Flávio Kezam Málaga. O texto faz referência sobre a aplicação do modelo CAPM e os resultados obtidos. Disponível em: <http://www.estrateplan.com.br/docs/tese_tresfatores.pdf> Acesso em: 1 dez. 2013. Vídeos Importantes: Assista ao vídeo intitulado “Impacto da volatilidade nas opções”, no qual Tito Gusmão, da área de análise da XP Investimento, fala um pouco do cenário de derivativos financeiros, que caracteriza-se como um cenário de muita volatilidade, que acaba impactando negativamente em algumas operações, como por exemplo, no caso de comprar um seguro. que comenta os impactos da crise mundial sobre os investimentos. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=MV9kUK5YeYs>. Acesso em: 1 dez. 2013. LINKSIMPORTANTES 33 AGORAÉASUAVEZ Instruções: Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema. Questão 1: Normalmente, os investidores tomam deci- sões de investimento em situações de in- certeza, notadamente quanto aos fluxos de caixa projetados, sendo, então, necessário abordar os riscos e as incertezas do projeto. Quais são as incertezas que cercam o mundo empresarial? O que é risco? Como pode ser mensurado o risco? Questão 2: Os administradores, investidores e empre- sas podem ter atitudes diferentes em rela- ção ao risco, sendo que as suas preferên- cias podem impactar diretamente as suas decisões de investimento em condições de risco. Nesse caso, os administradores, in- vestidores e empresas podem adotar três posturas distintas diante do risco. Como é denominada a postura adotada diante de uma situação na qual uma dimi- nuição do retorno poderia ser aceita em vista de aumento do risco? a) Conservadorismo. b) Prudência. c) Aversão ao risco. d) Tendência ao risco. e) Indiferença ao risco. 34 Questão 3: Os administradores, investidores e empre- sas podem ter atitudes diferentes em rela- ção ao risco, sendo que as suas preferên- cias podem impactar diretamente as suas decisões de investimento em condições de risco. Nesse caso, os administradores, in- vestidores e empresas podem adotar três posturas distintas diante do risco. Como é denominada a postura adotada diante de uma situação na qual um incre- mento do retorno seria exigido em vista de um aumento do risco? a) Conservadorismo. b) Prudência. c) Aversão ao risco. d) Tendência ao risco. e) Indiferença ao risco. Questão 4: Os investidores e administradores têm preferência por projetos de investimentos menos arriscados, para o mesmo nível de retorno. Sendo assim, quanto mais arriscado o pro- jeto de investimento, maior será o retorno exigido pelo investidor. O retorno exigido é representado pelo(a): a) TMA. b) VPL. c) Volatilidade. d) Risco. e) Fórmula de Fisher. Questão 5: Um investidor está analisando dois proje- tos de investimentos concorrentes: o pro- jeto Y e o projeto Z. O investimento inicial para os dois projetos é de R$ 500 mil. Os fluxos de caixa desses investimentos são demonstrados abaixo. O projeto Y é menos arriscado que o projeto Z, assim, a TMA exigida para Y é de 20% ano. O projeto Z é mais arriscado, assim, TMA exigida para Z é de 30%. Qual dos projetos se deve uti- lizar? Utilize os métodos do VPL e da TIR. Considere: Projeto Y: retorno de R$ 100 mil no primeiro ano, R$ 200 mil nos anos 2 e 3 e de R$ 320 mil nos anos 4 e 5. Não há valor residual. Projeto Z: retorno de R$ 150 mil no primeiro ano, R$ 280 mil nos anos 2 e 3 e de R$ 410 mil nos anos 4 e 5. Não há valor residual. a) Nenhum. b) Projeto Y. c) Projeto Z. d) Projeto Y e projeto Z. AGORAÉASUAVEZ 35 Questão 6: Uma empresa de refrigerantes analisa a possibilidade de construir uma nova fábri- ca. Sabe-se que a taxa Selic está atual- mente em 12% ao ano e que o Ibovespa esperado é de 22%. Os analistas estimam que a nova fábrica terá um retorno de 30% ao ano. Sabendo que a fábrica tem risco (beta) de 1,4, deve-se aceitar o projeto? Questão 7: A Embraer tem um projeto de avião de pas- sageiros com ß = 2,0. Supondo a taxa Selic a 12% ao ano e o Ibovespa projetado em 20% ao ano, qual o retorno mínimo exigido (TMA) para o projeto? Questão 8: Existem diferentes modelos e teorias que estabelecem uma relação entre risco e re- torno exigidos, e logo, entre o risco do proje- to e a TMA (retorno exigido pelo investidor). O modelo mais utilizado é o denominado Capital Assets Pricing Model (CAPM), e propõe medir o risco de um ativo em rela- ção ao mercado de capitais como um todo, de modo a relacionar risco e retorno. Adota o seguinte modelo: K = Rf + ßx(Rm - RF). Nesse modelo, em que consiste o coefi- ciente beta (ß)? Questão 9: Considere o seguinte exemplo: Se uma ação tem um preço, hoje, de R$ 100,00 com volatilidade de 20% ao ano, espera-se que essa ação, daqui a um ano, em média, esteja situada entre R$ 80,00 e R$ 120,00, dando, assim, uma ideia de va- riabilidade do retorno do ativo. A volatilidade é uma forma bastante usual de medir o risco . Em que consiste a volatilidade? Questão 10: Os investidores e administradores têm preferência por projetos de investimentos menosarriscados, para o mesmo nível de retorno. Nesse contexto, quanto mais arriscado o projeto de investimento, o retorno exigido pelo investidor será maior ou menor? Expli- que. E no caso de projetos concorrentes? AGORAÉASUAVEZ 36 FINALIZANDO Neste tema, você aprendeu a avaliar projetos considerando os riscos. Viu que riscos e retorno estão associados a qualquer tipo de investimento; são as duas faces da mesma moeda. Quanto maior o “apetite” por rentabilidades elevadas, maior será o nível de risco que terá que aceitar. Tanto os investidores como os especuladores têm de lidar constantemente com a necessidade de equilibrar o risco e o retorno. Como regra geral, quanto maior o risco associado a um investimento, maior será o retorno que se pode conseguir. Apesar de a afirmação ser verdadeira, existem outros fatores a ter em conta para determinar o grau de risco em relação ao retorno. Alguns fatores podem ser determinantes para aferir o risco em relação ao retorno. O investidor deve considerar o risco da carteira, a cada investimento/resgate, seja para adicionar um novo ativo ou elevar / reduzir outro já existente. Por exemplo: um ativo com alta volatilidade poderia ser considerado de alto risco quando analisado individualmente, porém, se esse ativo apresenta tendência de valorização ou desvalorização contrária à da carteira, isto é, correlação negativa, sua aquisição irá diminuir o risco da carteira. Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! 37 REFERÊNCIAS BRAGA, R. Fundamentos e técnicas de administração financeira. Editora Atlas. São Pau- lo: 1995. CALOBA, Guilherme Marques. Análise de Investimentos. 1. Ed. São Paulo: Atlas, 2002. CASAROTTO FILHO, Nelson; KOPITTKE, Bruno Hartmut. Análise de Investimentos. 11. Ed. São Paulo: Atlas, 2010. COSTA, Paulo Henrique Soto. Análise de projetos de investimentos. Rio de Janeiro: Edito- ra da Fundação Getúlio Vargas, 1984 MARQUEZAN, Luiz Henrique Figueira. Análise de Investimentos. Revista Eletrônica de Contabilidade de Curso de Ciências Contábeis – UFSM. vol. III, n. 1, jan-jun 2006. Dis- ponível em: <http://w3.ufsm.br/revistacontabeis/anterior/artigos/vIIIn01/a02vIIIn01.pdf>. Acesso em: 1 dez 2013. OLIVO, Rodolfo Leandro de Faria. Análise de Investimentos. Campinas, SP: Alínea, 2012. 38 GLOSSÁRIO GABARITO Investimentos: envolve decisões de aplicação de recursos com prazos longos (maiores que um ano), com o objetivo de propiciar retorno. Carteira de ativos: possibilidades de investimentos em vários ativos. Riscos: possibilidades de prejuízo financeiro. Desvio padrão: desvio ao redor da média. Média: valor calculado com o somatório das amostras dividido pelo numero de amostra coletados. Retorno: valor estimado sobre o capital aplicado (em porcentagem). Questão 1 Resposta: Incertezas que cercam o mundo empresarial: econômicas, de concorrência, evolução de mercados, preferência dos consumidores, entre outras. Risco pode ser definido como a possibilidade de prejuízo financeiro, estando associado à incerteza, à variabilidade do retorno de um ativo. O risco pode ser medido mediante o conceito de volatilidade, que corresponde à variação em relação a uma média normalmente calculada utilizando o conceito estatístico de desvio padrão. Tal medida deve ser expressa, ao fim de um período de tempo, em porcentagem. 39 Questão 2 Resposta: Alternativa D. Justificativa: A postura que é adotada diante de uma situação na qual uma diminuição do retorno poderia ser aceita em vista de aumento do risco é denominada como tendência de risco. Questão 3 Resposta: Alternativa C. Justificativa: A postura adotada diante de uma situação na qual um incremento do retorno seria exigido em vista de um aumento do risco é denominada como aversão ao risco. Questão 4 Resposta: Alternativa A. Justificativa: Taxa Mínima de Atratividade (TMA) é uma taxa de juros que representa o mínimo que um investidor se propõe a ganhar quando faz um investimento, ou o máximo que um tomador de dinheiro se propõe a pagar quando faz um financiamento. Composta por: custo de oportunidade; risco do negócio; liquidez; taxa de juro básica – Selic. Questão 5 Resposta: Alternativa C. Justificativa: Tendo em vista que o VPL do Projeto Y corresponde a +120.885 e TIR a 28,7% enquanto que o VPL do Projeto Z corresponde a +162.489 e TIR a 43,4%, deve ser escolhido o Projeto Z, que apresenta o maior VPL positivo, bem como apresenta o maior ganho acima da TMA. Questão 6 Resposta: Deve-se aceitar o projeto, pois a TMA corresponde a 26%. GABARITO 40 Questão 7 Resposta: K = Rf + ß x (Rm – Rf) K = 12% + 2,0 x (20% - 12%) K = 28% ao ano = TMA Para justificar o alto risco do projeto (ß = 2,0, ou seja, duas vezes o risco da bolsa de valores), exige-se uma TMA de 28% ao ano. Questão 8 Resposta: Representa uma medida de risco proporcional ao risco de mercado, calculado estatisticamente por dados históricos. Questão 9 Resposta: Corresponde à variação em relação a uma média, normalmente calculada utilizando o conceito estatístico de desvio padrão. Essa medida é expressa em porcentagem, ao fim de um período de tempo. Questão 10 Resposta: Quanto mais arriscado o projeto de investimento, o retorno exigido pelo investidor será maior, pois, como o retorno exigido é representado pela TMA, quanto maior o risco do projeto, maior será a TMA utilizada, pois maior será a exigência de retorno do investidor. Já para projetos concorrentes, como possuem riscos diferentes, deve-se utilizar TMAs diferentes para cada projeto, de forma a deixa-los mais adequados ao seu risco. GABARITO
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