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Profa. MSc. Yone Natumi
UNIDADE II
Arquitetura e Urbanismo
 O termo cidade vem do latim civitas que deu origem a palavras como cidadania, 
cidadão, civismo, entre outras.
 A palavra urbe, também de origem latina, gerou outros termos relacionados à vida 
em coletividade como urbanismo, urbano e urbanidade; e, atualmente, é 
compreendida como sinônimo de cidade.
 Unindo esses significados ao termo grego polis que significa “cidade autônoma e 
soberana, cujo quadro institucional é caracterizado por uma ou várias 
magistraturas, por um conselho e uma assembléia de cidadãos (politai)” (BONINI, 
1983, p. 949).
 Cidade-estado: independente, civil, pública, local onde 
acontece o comércio, o ambiente político, o exercício da 
cidadania e a vida cívica. Estrutura vigente.
Cidade e urbanidade
 Segundo o arquiteto e urbanista, professor Nestor Goulart Reis Filho, uma 
localidade precisa apresentar várias condições para ser considerada cidade:
 possuir uma densidade demográfica específica;
 nela devem ser desenvolvidas profissões urbanas, como o comércio e a 
manufatura com suficiente diversificação;
 oferecer economia urbana permanente, a qual deve apresentar relações especiais 
com o meio rural;
 evidenciar a existência de uma camada urbana em que 
exista produção, consumo e direitos próprios.
Cidade
 Cada país determina o que sejam cidade e ambiente urbano de acordo com 
critérios próprios.
 Japão: urbano é o lugar que possui mais de 30 mil habitantes.
 Índia: deve possuir mais de 100 mil habitantes.
 México, Venezuela e Estados Unidos da América: consideram aquelas com 
população acima de 2.500 habitantes.
 Itália: quando menos da metade da população trabalha na agricultura.
 Suécia, Polônia e Romênia: a localidade em que existe uma administração urbana.
 Hungria: a cidade é definida por lei quando esta a 
qualifica administrativamente (BERNARDI, 2012, p. 265).
Cidade
 O campo de estudo dedicado a entender o impacto social que nossas intervenções 
causam no ambiente da cidade, para torná-la melhor e mais eficiente.
 Município é um ente federativo constituído por 3 elementos: o território geográfico, 
o povo e o poder. Possui autonomia política, administrativa e financeira.
 Portugueses utilizaram a organização política das cidades como forma de domínio 
e controle dos espaços conquistados.
 No Brasil, a Era Industrial chegou com um século de atraso. Além disso, o 
fenômeno observado na Europa e nos Estados Unidos – como o crescimento 
desordenado das cidades, com pessoas vivendo em áreas 
faveladas, sem infraestrutura de saneamento ambiental e 
na marginalidade social – agravou-se no século XX 
(BERNARDI, 2012).
Urbanismo na Engenharia Civil
 A partir da década de 1950, o padrão de deslocamentos da população brasileira 
passou por uma transformação, resultado do crescimento acelerado observado 
nos grandes centros urbanos em decorrência do processo de industrialização do 
País. Em um curto período de tempo, o Brasil deixou de ser rural para se tornar 
predominantemente urbano. 
 Mais de 5,5 milhões de brasileiros
não têm acesso à moradia digna.
Urbanismo
Fonte: https://www.causp.gov.br/wp-
content/uploads/2015/01/Mobile-n1-2014.pdf
 Brasília-DF: Codese-DF – Conselho do Desenvolvimento Econômico, Sustentável 
e Estratégico do Distrito Federal. Criado em março de 2017, por iniciativa da 
sociedade civil organizada. Seu objetivo central é participar ativamente do 
planejamento econômico sustentável de Brasília e entorno, em curto, médio e 
longo prazo. 
 Cascavel-PR: Conselho de Desenvolvimento Econômico e Sustentável de 
Cascavel. É formado por mais de 65 entidades. 
 Caxias do Sul-RS: MobiCaxias – Mobilização por Caxias. 
 Goiânia-GO: Codese – Conselho do Desenvolvimento 
Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia e 
Região Metropolitana. Criado em 2015, entidade sem fins 
lucrativos e apartidária.
“O Futuro da Minha Cidade”: Projeto CBIC – Câmara Brasileira da 
Indústria da Construção
 Fundada em 1549. Foi a primeira capital do país.
 Reverter a deterioração da antiga cidade-capital nacional colonial.
 Anos 1970: o governo estadual construiu novas rodovias para urbanizar a periferia 
e implantou a nova sede do governo em uma dessas áreas afastadas, 
modernizando a área metropolitana. A periferia se tornou o foco de investimento e 
o centro colonial continuou a se deteriorar por falta de manutenção.
 A renovação e a regeneração do Pelourinho são iniciativas de desenvolvimento 
econômico que ligam a história e a cultura à diversão e ao lazer como estratégia 
de atração do turismo: “marketing do lugar” (RIO e SIEMBIEDA, 2015, p. 259).
 Conjuntos monumentais da arquitetura civil, 
militar e religiosa.
Revitalização: Salvador/BA
 Shopping Mall do Distrito Comercial de Navegantes: urbanismo pós-moderno.
 Empreendedores privados acreditaram em uma visão apoiada em um passado 
industrial e criaram um destino popular de compras. 
 O desenho urbano se utilizou da estrutura existente para apoiar o desenvolvimento 
econômico e a reabilitação de seu entorno logo ocorreu. 
 Reterritorização do espaço como resultado do 
investimento no capital imobiliário.
Revitalização: Porto Alegre/RS
 O Porto Maravilha foi concebido para a recuperação da infraestrutura urbana, dos 
transportes, do meio 
ambiente e dos 
patrimônios histórico 
e cultural da Região 
Portuária.
Revitalização: Porto Maravilha/RJ/RJ
Fonte: acervo próprio
 Uma das primeiras cidades nascidas de um planejamento tanto arquitetônico 
quanto urbanístico.
 34 municípios.
 Mas ao longo do tempo,
as forças da economia e 
do mercado superaram o
que o plano original 
determinava.
A Região Metropolitana de Belo Horizonte/MG
Fonte: http://arquiteturaurbanismotodos.org.br/a-regiao-metropolitana-de-belo-horizonte/
 A região metropolitana do Rio de Janeiro é composta por 17 municípios.
A mudança da capital 
para Brasília, em 1960, 
provocou uma crise que
foi sendo superada aos 
poucos.
A Região Metropolitana do Rio de Janeiro/RJ
Fonte: http://arquiteturaurbanismotodos.org.br/a-regiao-metropolitana-do-rio-de-janeiro/
 Sede do 27º Congresso Mundial de Arquitetos. Julho de 2020.
 Tema: “Todos os Mundos. Um só Mundo. Arquitetura do século 21”.
 Marina da Glória.
 Museu de Arte Moderna projetado por Affonso Eduardo Reidy.
 Aterro do Flamengo com paisagismo de Burle Marx.
 Palácio Capanema de Lúcio Costa.
 Galpões do Porto Maravilha.
 Museu do Amanhã de Santiago Calatrava.
União Internacional de Arquitetos: UIA 2020 Rio
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/tag/uia-2020-rio
 A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) é o maior polo de riqueza nacional.
 Se fosse um país
independente, a cidade
de São Paulo seria a 
quinta maior economia
da América do Sul.
São quase 20 milhões
de habitantes.
A Região Metropolitana de São Paulo/SP
Fonte: http://arquiteturaurbanismotodos.org.br/regiao-metropolitana-de-sao-paulo/
Figura: 39 municípios
 As cidades mais globais do planeta: Nova Iorque, Londres, Paris, 
Tóquio e Hong Kong.
 São Paulo e Rio de Janeiro aparecem no ranking das cidades de países 
emergentes com potencial de se tornarem mais globalizadas no futuro, logo após 
Jakarta, Manila, Addis Abeba, vem São Paulo, Nova Deli e Rio de Janeiro. As 
cidades brasileiras pontuam bem em “ambiente de negócios”, ou seja, atrair 
empresas e investidores.
São Paulo e Rio: potencial para serem cidades globais
Fonte: 
http://arquiteturaurban
ismotodos.org.br/sao-
paulo-e-rio-potencial-
para-serem-cidades-globais
 A Carta de Atenas é um documento que foi redigido no IV Congresso Internacional 
de Arquitetura Moderna (CIAM), em 1933. Nesse documento, a cidade foi 
considerada similar a um organismo a ser planejado de modo funcional e 
planejado, no qual as necessidades do homem deveriam estar claramente 
colocadas e resolvidas. Com a intenção de criar cidades funcionalistas, a Carta 
defende quatro funções principais. 
 O Conselho Europeu de Urbanistas (CEU) reúne várias associações de urbanistas 
de países europeus como França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Espanha, 
Bélgica, Dinamarca, Irlanda, Portugal, entre outros. Em 
1998, propôs uma nova Carta de Atenas em que analisa a 
cidade contemporânea, as suas funções e faz propostas 
para o futuro das cidades no século XXI.
Interatividade
As quatro funções básicas da cidade fixadas na Carta de Atenas de 1933 continuam 
válidas para as cidades do novo milênio, já que, em relação às suas características 
físicas, o ambiente urbano pouco mudou nesses últimos séculos e continuará assim 
por algum tempo. Quais são essas quatro funções principais da cidade moderna?
a) Acessar, diversificar, trabalhar e recrear.
b) Trabalhar, recrear, inovar e acessar.
c) Participar, inovar, sustentar e recrear.
d) Incluir, circular, acessar e habitar.
e) Habitar, trabalhar, recrear e circular.
Interatividade
As quatro funções básicas da cidade fixadas na Carta de Atenas de 1933 continuam 
válidas para as cidades do novo milênio, já que, em relação às suas características 
físicas, o ambiente urbano pouco mudou nesses últimos séculos e continuará assim 
por algum tempo. Quais são essas quatro funções principais da cidade moderna?
a) Acessar, diversificar, trabalhar e recrear.
b) Trabalhar, recrear, inovar e acessar.
c) Participar, inovar, sustentar e recrear.
d) Incluir, circular, acessar e habitar.
e) Habitar, trabalhar, recrear e circular.
Resposta
 Associação do desenvolvimento ao crescimento econômico com desenvolvimento 
social e melhoria da qualidade de vida.
 Desenvolvimento urbano = crescimento de uma cidade ou da modernização do 
espaço urbano.
 Sintomas do desenvolvimento urbano: verticalização, expansão horizontal do 
tecido urbano, realização de obras viárias etc. 
 Muitos desses fenômenos se associam a coisas 
indesejáveis: grandes impactos negativos sobre o meio 
ambiente, destruição do patrimônio histórico-arquitetônico 
e perda de qualidade de vida.
Desenvolvimento urbano
 É uma reforma social estrutural que busca melhorar a qualidade de vida da 
população e elevar o nível de justiça social nas cidades.
 Promover um desenvolvimento urbano autêntico.
 Reduzir a especulação imobiliária.
 Diminuir o nível de disparidade socioeconômico.
 Democratizar ao máximo o planejamento e a gestão 
do espaço urbano.
 Envolve interesses de diversas esferas da sociedade.
Reforma urbana
 A lógica capitalista impede que haja a justa distribuição 
de renda entre a população, o que influi diretamente no 
espaço urbano.
 O Estado é o órgão para a efetivação da 
Reforma Urbana.
 No Brasil, leis aliadas à promoção da Reforma 
Urbana surgiram a partir da Constituição de 1988 
e só foram regulamentadas em 2001 com o 
Estatuto da Cidade. 
 Cidade rica 
especulativamente 
e pobre socialmente.
Reforma urbana
Figura: Nossas 
cidades pedem
Socorro! Carta 
aberta aos
candidatos nas 
eleições de 2018.
Fonte: Móbile. 
Revista do
CAU/SP. 
Jul,Ago,Set 2018. 
nº 14, p. 26.
 Objetivo: melhorar a qualidade de vida das pessoas que moram em determinado 
ambiente urbano, mantendo o equilíbrio ambiental e preservando seus recursos 
para as gerações futuras.
 As legislações urbanísticas são instrumentos normativos que restringem a 
ocupação, constituindo, dessa maneira, instrumentos fundamentais para 
a urbanização. São fixados princípios de política urbana.
 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 – Capítulo II, Da Política 
Urbana (artigos 182 e 183). 
 Estatuto da Cidade – Lei nº 10.257, de 10 de julho 
de 2001. 
 Estatuto da Metrópole – Lei nº 13.089, de 12 de 
janeiro de 2015.
Instrumentos de planejamento urbano
 Nova York, EUA. Aumento em 50% das taxas de asma infantil entre 1980 e 2000 
em comunidades urbanas pobres.
 Árvores podem reduzir o risco de asma: ajudam a remover os poluentes do ar, 
exposição menor a alérgenos que desencadeiam a asma, bairros arborizados 
estimulam as crianças a brincarem ao ar livre, onde são expostas a 
microrganismos que ajudam seus sistemas imunológicos a se 
desenvolverem adequadamente.
Arborização urbana
 Desde 1987. Para combater a crise gerada pela ausência de importação, bem 
como a desnutrição e a deficiência de ferro na população.
 Mais de 54 mil hectares são dedicados atualmente à agricultura urbana, incluindo 
a produção de frutas e legumes, a apicultura e a pecuária.
 Havana mantém uma das maiores redes de agricultura urbana do mundo: 
4 milhões de toneladas de frutas e legumes são cultivados todos os anos em mais 
de 200 hortas orgânicas urbanas.
 A agricultura urbana produz 90% de frutas e legumes, 
ajudando a reduzir a pegada de carbono da cidade com a 
comercialização da produção em feiras locais.
 Composto orgânico e sementes são produzidos por 
cooperativas agrícolas.
Agricultura urbana em Cuba
 Combinação de iniciativas públicas e privadas.
 Exemplo de planejamento urbano integrado à conservação da biodiversidade. 
(1) plantio de espécies de plantas ornamentais nativas na cidade para promover o 
conhecimento e a familiaridade com a flora nativa da região; 
(2) estabelecimento de áreas protegidas; 
(3) preservação de recursos hídricos por meio de um plano para revitalizar a bacia 
do rio Barigui; 
(4) plantio de espécies de árvores nativas na cidade; 
(5) melhoria da qualidade do ar e do transporte, por meio 
do Projeto Linha Verde, um grande corredor de transporte, 
com faixas especiais para ciclistas e pedestres, além de um 
parque linear.
O Programa Biocidade de Curitiba
 Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Cetesb – Companhia Ambiental do 
Estado de São Paulo e SindusCon-SP – Sindicato da Indústria da Construção Civil 
do Estado de São Paulo como instrumento de planejamento e gestão de resíduos 
da construção civil.
 Gerenciar as informações referentes aos fluxos de resíduos da construção civil no 
estado de São Paulo, da sua geração à destinação final, passando pelo transporte. 
Sua correta utilização assegura que os resíduos gerados sejam transportados por 
empresas cadastradas/legalizadas e destinados a locais devidamente 
licenciados/legalizados, permitindo, assim, que os resíduos tenham destinos 
ambientalmente 
adequados.
Sigor: Sistema Estadual de Gerenciamento Online de Resíduos Sólidos –
Módulo Construção Civil
Fonte: https://cetesb.sp.gov.br/sigor/
 Política Estadual de Resíduos Sólidos.
 Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.
 Controle de Transporte de Resíduos (CTR).
 www.cetesb.sp.gov.br
Sigor: Sistema Estadual de Gerenciamento Online de Resíduos Sólidos –
Módulo Construção Civil
Fonte: https://cetesb.sp.gov.br/sigor/sobre-o-sigor/
 De lixão à área verde. Fechamento em 2009. 
 6.500 toneladas de resíduos sólidos domésticos: + 2.400 toneladas de resíduos da 
construção por dia. Por quase 40 anos. Lixão a céu aberto de 20 hectares na 
periferia oeste. Próximo a um córrego e perto de áreas residenciais. Prejuízos 
ambientais e local insalubre. Montanhas de lixo com altura média de 26 m.
 Instalação de usina de energia a gás metano oriundo da decomposição do lixo –
produzindo eletricidade e reduzindo as emissões de gases de efeito estufa.
 Benefícios para a saúde pública. Espaço verde para se 
desfrutar. A qualidade do ar e da água melhorou, as 
moscas e os roedores foram eliminados e os valores da 
propriedade na área aumentaram em 5 x.
Exemplo do lixão de Gorai em Mumbai, naÍndia
As _______ ou Áreas de Especial Interesse Social (AEIS) são instrumentos 
urbanísticos que definem áreas da cidade destinadas para construção de moradia 
popular. As _____ são uma categoria de zoneamento que permite o estabelecimento 
de um padrão urbanístico próprio com regras especiais, mais permissivas, para 
determinadas áreas da cidade. Existem dois tipos de ____: as ____ Ocupadas, onde 
já existe assentamento de população de baixa renda que precisa ser urbanizado e 
regularizado, e as ____ de Vazios, que são áreas vazias ou mal aproveitadas que 
podem ser destinadas à construção de Habitações de Interesse Social (HIS).
a) Zonas Eixo de Estruturação da Transformação 
Urbana (ZEU).
b) Zonas de Centralidade (ZC).
c) Zonas Mistas de Interesse Social (ZMIS).
d) Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS).
e) Zonas Exclusivamente Residenciais (ZER).
Interatividade
As _______ ou Áreas de Especial Interesse Social (AEIS) são instrumentos 
urbanísticos que definem áreas da cidade destinadas para construção de moradia 
popular. As _____ são uma categoria de zoneamento que permite o estabelecimento 
de um padrão urbanístico próprio com regras especiais, mais permissivas, para 
determinadas áreas da cidade. Existem dois tipos de ____: as ____ Ocupadas, onde 
já existe assentamento de população de baixa renda que precisa ser urbanizado e 
regularizado, e as ____ de Vazios, que são áreas vazias ou mal aproveitadas que 
podem ser destinadas à construção de Habitações de Interesse Social (HIS).
a) Zonas Eixo de Estruturação da Transformação 
Urbana (ZEU).
b) Zonas de Centralidade (ZC).
c) Zonas Mistas de Interesse Social (ZMIS).
d) Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS).
e) Zonas Exclusivamente Residenciais (ZER).
Resposta
 Habitação: principal refúgio do núcleo familiar e fundamental na caracterização e 
na conceituação da cidade; sem habitantes e moradias fixas, não há cidade.
 Trabalho: o trabalho, a indústria, o comércio e os serviços são atividades 
fundamentais para a sustentabilidade econômica de uma cidade. O trabalho 
sempre será uma função primordial da vida urbana.
 Lazer: os espaços de recreação que possibilitam o encontro, contato social entre 
os moradores do ambiente urbano são importantes para a realização integral do 
ser humano. É nesses contatos que nascem os relacionamentos humanos nas 
esferas familiares até as amizades, a solidariedade e os 
sentimentos de unidade e grupo.
 Mobilidade urbana: o transporte coletivo é um serviço 
público de caráter essencial.
Funções sociais da cidade: urbanísticas
 Educação: educação e saúde são atribuições compartilhadas entre os 3 níveis da 
Administração Pública brasileira. Os municípios atuam no Ensino Infantil e no 
Ensino Fundamental que são obrigatórios e gratuitos e devem ser universalizados, 
assegurando o acesso a todos até os 14 anos de idade.
 Saúde: Sistema Único de Saúde (SUS). 
 Segurança e proteção: a educação, a saúde e a segurança são
direitos sociais assegurados em todos os níveis da organização 
política brasileira, além de serem competência comum da União,
dos estados e dos municípios.
Funções sociais da cidade: de cidadania
Fonte: http://www.capacidades.gov.br/dicionario/index/letra/f
 Prestação de serviços públicos: a cidade é um grande fornecedor de serviços 
públicos à população que nela habita.
 Promoção do planejamento territorial, econômico e social: grande valia para a vida 
urbana. Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social com representantes do 
Executivo, dos trabalhadores, dos empresários, dos produtores rurais, de 
associações comunitárias, das organizações não governamentais, dos 
consumidores e dos prestadores de serviços.
Funções sociais da cidade: de gestão
 Preservação do patrimônio cultural e natural (histórico, artístico, cultural, paisagens 
naturais e sítios arqueológicos): realizada pelo Poder Público com o apoio da 
comunidade.
 Sustentabilidade urbana: o homem é fruto do meio e deve empenhar-se para 
preservá-lo, mantendo as condições mais próximas possíveis daquelas que 
permitiram o seu surgimento e a sua evolução. Manter o meio ambiente saudável 
deve ser uma tarefa de todos: do Estado e da sociedade.
Funções sociais da cidade: de gestão
 Sua origem está ligada à descoberta do ouro aluvião. Inconfidência Mineira, 1789.
 Primeira cidade brasileira a 
receber o título de Patrimônio 
Mundial, conferido pela 
Organização das Nações 
Unidas para a Ciência e a 
Cultura (Unesco), em 1981.
Patrimônio da humanidade: Ouro Preto/MG
Fonte: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/373/
 Intenção original: induzir o 
crescimento populacional 
em direção ao centro do 
país e promover o seu 
desenvolvimento econômico.
 Valor histórico e arquitetônico.
 A integração entre o urbanismo,
a arquitetura e as artes plásticas.
Patrimônio da humanidade: Brasília/DF
Figura: Esplanada dos Ministérios em Brasília
Fonte: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/31
 01/07/2012: a primeira área urbana no mundo a ter reconhecido o valor universal 
da sua paisagem urbana. A região metropolitana é composta por 17 municípios.
 A harmonia entre a paisagem 
natural e a intervenção do homem,
incluindo o uso e as práticas em
seu espaço e suas manifestações 
culturais, tornou o Rio de Janeiro
internacionalmente conhecido.
Paisagem cultural: Rio de Janeiro/RJ
Figura: Rio de Janeiro
Fonte: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/29
 Para planejar e controlar o desenvolvimento das cidades utilizam-se diversas
ferramentas, dentre as quais o Plano Diretor e a Lei de Uso e Ocupação do Solo. 
No caso dos transportes, o Plano Diretor de Transporte e Mobilidade é 
imprescindível.
 Sistema Nacional de Mobilidade Urbana: é o conjunto 
organizado e coordenado dos modos de transporte, de 
serviços e de infraestruturas que garante os deslocamentos 
de pessoas e cargas no território do município.
Instrumentos de planejamento urbano
Fonte: http://www.capacidades.gov.br/dicionario/index/letra/s
 Tornou-se obrigatório a partir da Constituição de 1988 para qualquer município 
com população maior do que 20.000 habitantes. Trata das seguintes questões:
 Delimitação das áreas urbanas e rurais;
 Definição dos investimentos públicos em infraestrutura urbana e social;
 Ordenação do crescimento da cidade;
 Proteção, preservação, renovação e ampliação do 
patrimônio histórico, cultural e ambiental;
 Definição das formas de combate à 
especulação imobiliária.
Plano Diretor
 Importância do modo como são implementados o planejamento e o desenho 
urbano. Sistema de planejamento integrado.
 Fundamentado no Plano Diretor de meados dos anos 1960, a principal estratégia 
de 1974 foi a de construir eixos e transportes para acomodar e orientar o 
crescimento da cidade.
 Seguiram-se estratégias de preservação histórica e proteção ambiental 
implementadas pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba –
IPPUC, companhia pública criada a partir de proposta do Plano Diretor.
 Ex-governador, ex-prefeito e 
arquiteto e urbanista Jaime Lerner.
Plano Diretor: Curitiba/PR
Fonte: Por uma Nova Cultura Urbana – guia ilustrado.
Câmara Brasileira da Indústria da Construção – CBIC, 
2017.
 Concebido por Lúcio Costa. Ações do mercado imobiliário. Prefeitura construiu 
vias de acesso ao resto da cidade, avenidas internas, calçadões de praia etc. que 
fez com que a Barra da Tijuca se tornasse a área de maior expansão urbanístico-
imobiliária e de verticalização da capital carioca. Percebem-se os limites das áreas 
verticalizadas, as diferenças das alturas máximas permitidas e os grupos de 
arranha-céus.
 Grandes investimentos públicos para facilitar o turismo 
às praias urbanizadas do norte de Florianópolis ou dos 
novos empreendimentos ao longo da BR que corta a 
parte continental da metrópole catarinense.
Plano Diretor: Rio de Janeiro/RJ e Florianópolis/SC
Fonte:Por uma Nova Cultura Urbana – guia ilustrado.
Câmara Brasileira da Indústria da Construção – CBIC, 
2017, p. 16.
 Destaca-se o conjunto de diretrizes instituídas pelo último plano diretor aprovado 
em São Paulo (2014) que visa a estimular o adensamento no entorno de 
corredores de transporte, estabelecer um número máximo de vagas de garagem.
 Na última revisão: orientar o desenvolvimento para os eixos de transporte. 
Significa que o adensamento se voltará para as áreas bem servidas de 
infraestrutura, aproximando trabalho e moradia. Tem impacto direto na política de 
mobilidade. Se os deslocamentos são menores, fica mais fácil ir a pé, de bicicleta 
ou de transporte coletivo.
Plano Diretor: São Paulo/SP
 Município da Grande São Paulo, distante 33 km do centro.
 Pioneirismo na implantação dos Planos Diretores de Bairros. Legado do ex-
prefeito, arquiteto e urbanista Lacir Baldusco por dois mandatos consecutivos que 
melhorou a cidade e promoveu o seu desenvolvimento.
 Idealizado pelo Professor Emérito Cândido Malta Campos Filho, arquiteto e 
urbanista da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo 
– FAUUSP.
Plano Diretor: Itapecerica da Serra/SP
É o principal instrumento instituído pelo Estatuto da Cidade. É uma lei municipal que 
deve ser revista, pelo menos, a cada dez anos e deve expressar a construção de um 
pacto social, econômico e territorial para o desenvolvimento urbano do município. 
Tem a função de organizar o funcionamento e o crescimento de todo o território 
municipal. Qual é esse instrumento básico da política de desenvolvimento e 
expansão urbana, previsto no parágrafo 1º, do art. 182, da Constituição? 
a) Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat. 
b) Urbanização de Assentamentos Precários.
c) Plano Diretor.
d) Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia.
e) Lei de Uso e Ocupação do Solo.
Interatividade
É o principal instrumento instituído pelo Estatuto da Cidade. É uma lei municipal que 
deve ser revista, pelo menos, a cada dez anos e deve expressar a construção de um 
pacto social, econômico e territorial para o desenvolvimento urbano do município. 
Tem a função de organizar o funcionamento e o crescimento de todo o território 
municipal. Qual é esse instrumento básico da política de desenvolvimento e 
expansão urbana, previsto no parágrafo 1º, do art. 182, da Constituição? 
a) Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat. 
b) Urbanização de Assentamentos Precários.
c) Plano Diretor.
d) Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia.
e) Lei de Uso e Ocupação do Solo.
Resposta
 O zoneamento é a divisão do território urbano do município em setores ou zonas, 
definindo áreas para atividades industriais, comerciais, de serviço, habitação, bem 
como a utilização racional do sistema viário, da topografia e das bacias 
hidrográficas, objetivando a ocupação e o adensamento diferenciado do 
espaço urbano.
 Um dos principais instrumentos de que dispomos para o planejamento urbano é a 
Lei de Zoneamento. É o instrumento que disciplina o uso e a ocupação do solo 
urbano e deve estar em consonância com o Plano Diretor.
Zoneamento urbano
A Lei de Zoneamento pode dividir o espaço urbano em macrozonas e estas em 
zonas ou setores urbanos, estabelecidos no mapa do município que deve compor a 
lei como anexo. Classificação das zonas:
 Zonas residenciais (ZR): ZR1, em que só serão permitidas unidades habitacionais 
unifamiliares com até 2 pavimentos; ZR2: permitem a construção e o uso 
multifamiliar de prédios residenciais até 2 pavimentos e determinadas atividades 
de serviço ou comércio; ZR3: podem ser edificadas construções residenciais e 
comerciais de até 3 pavimentos.
 Zonas de serviço (ZS);
 Zonas industriais (ZI);
 Zonas de expansão urbana (ZEU).
Zonas ou setores urbanos
 Uso permitido ou conforme: usos que estão permitidos, estão conforme o que 
determina a Lei de Zoneamento para aquele setor.
 Uso permissível ou tolerável: pode permitir ou tolerar que determinada construção 
ou uso ocorra, desde que obedeça a determinadas regras estabelecidas em lei. 
Caso haja um Conselho Municipal de Zoneamento, este deve ser ouvido, ficando a 
critério desse conselho permitir ou não que a construção ou o uso possa ocorrer.
 Uso proibido ou desconforme: o uso para determinadas 
atividades está proibido. A Lei de Zoneamento estabelece 
que aquele uso não é permitido, já que é incompatível 
com a região.
Tipos de uso de solo
 Derivam-se do Plano Diretor e definem a localização das funções urbanas 
(habitacional, serviços, industrial, agrícola, institucional e de lazer) e também o 
adensamento do espaço. Cabe:
 Controlar as tendências de construção excessiva em áreas disputadas;
 Impor restrições ao uso do solo a atividades incompatíveis;
 Estabelecer o equilíbrio entre a distribuição espacial da população, das atividades 
e da capacidade de infraestrutura (inclusive do sistema 
viário e do transporte coletivo), restringindo o coeficiente de 
aproveitamento dos lotes, a taxa de ocupação e os usos 
compatíveis em cada zona.
Leis de uso e ocupação do solo
 No início do século XVI, embarcações que se deslocavam para a Bacia do Prata 
aportavam na Ilha de Santa Catarina para o abastecimento com água e víveres. 
Por volta de 1675, o bandeirante paulista Francisco Dias Velho, com sua família e 
agregados, iniciou a povoação da ilha com a fundação do povoado Nossa Senhora 
do Desterro (atual Florianópolis).
 A construção da Ponte Hercílio Luz marcou a fase do desenvolvimento regional.
 Adoção de medidas de controle de gabarito, onde a 
altura foi limitada a 12 andares no centro e a 4 andares 
nos subúrbios.
Leis de uso e ocupação do solo: Florianópolis/SC
 Entre os séculos XVI e XVIII, além de desempenhar um
papel estratégico na defesa e na expansão do domínio
lusitano, a cidade foi o centro do desenvolvimento 
econômico, cultural e político da Colônia e passagem 
obrigatória das embarcações vindas da África e da Ásia.
 Tráfico de escravos, em troca principalmente de cacau,
fumo e cachaça.
 Na orla foi adotado um gabarito escalonado, baixo, 
junto ao mar e ascendente para o interior.
Leis de uso e ocupação do solo: Salvador/BA
Fonte: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/241
 1971: restringiu o coeficiente de aproveitamento na área central de 16 para 4, 
igualando-o ao padrão adotado para o resto da cidade. Na Avenida Paulista, 
limitou o gabarito a 24 andares e impôs índices muito restritivos – como coeficiente 
de aproveitamento e taxa de ocupação – gerando uma paisagem urbana de 
gabaritos modestos.
Leis de uso e ocupação do solo: São Paulo/SP
Fonte: 
http://arquiteturaurbanismotodos.or
g.br/plano-diretor/
Polos geradores de viagens são empreendimentos que têm como característica 
atrair grande quantidade de pessoas e cargas. Como esses elementos em muitos 
momentos necessitam de um veículo para circular, tais construções geram tráfegos 
intensos ao seu redor e nas suas áreas de influência. Podem ser controlados por 
instrumentos legais e técnicos e os principais problemas relacionados a esses polos 
são (ANTP, 1997):
 Inserção inadequada do empreendimento na malha viária existente;
 Perturbação indevida no tráfego de passagem;
 Falta de vagas de estacionamento;
 Falta de segurança na travessia de pedestres.
Polos geradores de tráfego
Pirâmide inversa de prioridades no trânsito
Fonte: 
https://www.cnm.org.br/cms/
biblioteca/documentos/Tran
sporte%20Municipal.%20Or
ienta%c3%a7%c3%b5es%
20sobre%20a%20regula%c
3%a7%c3%a3o%20dos%2
0servicos%20(2019).pdf
Transporte 
público
Transporte 
de carga
Carros e
motos
 Rede cicloviária
 Medida para a promoção
da mitigação de poluentes
locais e gases de efeito
estufa é o aumento do uso 
da bicicleta nos sistemas
de mobilidade urbana. 
Incentivo à adoção de modos não motorizados de transportes 
Fonte:http://www.mdr.gov.br/publicacoes/cartilhadociclista
60 passageiros
e um ônibus
60 ciclistas e 
suas bicicletas
60 motoristas e 
seus carros
• A bicicleta ocupa menos espaço nas vias
 As cidades têm como papel principal maximizar a troca de bens e serviços,
cultura e conhecimentos entre seus habitantes.
 Atender necessidades de se deslocar livremente.
Mobilidade urbana
 Dispõe sobre as regras gerais e específicas a serem obedecidas no projeto, 
licenciamento, execução, manutenção e utilização de obras e edificações, dentro 
dos limites dos imóveis.
 Pé-direito mínimo: distância livre entre a superfície do piso e a superfície do teto de 
uma habitação deve ser de 2,50 m, admitindo-se redução para 2,30 m em 
vestíbulos, halls, corredores, instalações sanitárias e despensas. 
 Nos tetos inclinados, abobadados, com presença de 
vigas salientes e outros, pelo menos, em 80% do teto sua 
distância até o piso deve ser ≥ 2,50 m, permitindo-se nos 
20% restantes que o pé-direito livre possa ser ≥ 2,30 m.
Código de obras e edificações de São Paulo: Lei nº 11.228/92
 Entre 2006 e 2015, calcula-se que foram construídos mais de 7 milhões de metros 
quadrados em vagas de garagem no Rio de Janeiro, correspondendo a uma área 
equivalente a dois bairros inteiros da cidade.
 Aprovado no fim de 2018, o novo Código de Obras da cidade pode ser um marco 
importante para reverter esse panorama na medida em que estabelece um número 
máximo de vagas de estacionamento em edificações situadas em um raio de 
distância de até oitocentos metros de estação de transporte de média e 
alta capacidade.
Código de Obras: Rio de Janeiro/RJ
 Vêm sendo aceleradas
pela emissão de gases
de efeito estufa produzidos 
pela atividade humana.
Mudanças climáticas
Figura: Manifestação da mudança climática com aumento de 
precipitação.
Fonte: http://itdpbrasil.org/wp-content/uploads/2019/02/
MobiliDADOS_Boletim1.pdf
Qual é o mais importante esforço no sentido de legitimar uma nova ordem jurídico-
urbanística de orientação social em nível municipal do Estatuto da Cidade (Lei 
Federal nº 10.257), promulgado em 2001, que exemplifica um modo pelo qual o 
Estado atende questões contemporâneas? 
a) A função social da propriedade urbana.
b) Os direitos de propriedade de dono.
c) A função social da cidade.
d) A improbidade administrativa.
e) A penhora do bem.
Interatividade
Qual é o mais importante esforço no sentido de legitimar uma nova ordem jurídico-
urbanística de orientação social em nível municipal do Estatuto da Cidade (Lei 
Federal nº 10.257), promulgado em 2001, que exemplifica um modo pelo qual o 
Estado atende questões contemporâneas? 
a) A função social da propriedade urbana.
b) Os direitos de propriedade de dono.
c) A função social da cidade.
d) A improbidade administrativa.
e) A penhora do bem.
Resposta
ATÉ A PRÓXIMA!

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