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3.Sistema Brasileiro de Classificação de Solos Jairo André Schlidwein

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*
Sistema Brasileiro de classificação de solos
Ministério da Educação 
Fundação Universidade Federal de Rondônia
Departamento de Agronomia
*
Conhecer o sistema brasileiro de classificação de solos, como ele foi elaborado, para que ele serve e como ele pode ser utilizado;
- Conhecer os principais atributos e horizontes diagnósticos dos solos para aprender a classificação 
Objetivos
*
O SBCS é uma obra compartilhada entre várias instituições;
Organizado a partir da década de 1970;
Trabalhos de levantamento e de reconhecimento de solos em todo o Brasil;
Teve maior avanço a partir da terceira aproximação (1984);
Avanços também após as publicações: Mapa Mundial de Solos (FAO), Key to soil taxonomy (USA), World Reference base for Soil Recorces (FAO).
Histórico
Objetivos do SBCS
Definir sistema hierárquico, multicategórico e aberto, que permita a inclusão de novas classes e e que permita a classificação de todos os solos do território nacional.
Como o SBCS está organizado
Em capítulos que descrevem os atributos diagnósticos do solo e os horizontes diagnósticos superficiais e subsuperficiais do solo. A partir disto é possível entrar na chave de classificação e classificar os solos nos diferentes níveis categóricos.
*
Atributos diagnósticos
Material orgânico
Material mineral
Atividade da fração argila
Saturação por bases (valor V%)
Caráter alumínico
Mudança textural abrupta
Caráter sódico
Caráter solódico
Caráter salino
Caráter sálico
Caráter carbonático
Caráter com carbonato
Plintita
Petroplintita
Caráter petroplíntico
Superfície de fricção ou Slickenside
Contato lítico
Materiais sulfídricos
Caráter ácrico
Cauliníticos e oxídicos
Caráter epiáquico
Caráter crômico
Caráter ebânico
Caráter plácico
Cor e teor de óxidos de ferro
Grau de decomposição do
 material orgânico
*
Cerosidade
Superfície de compressão
Gilgai
Relação silte/argila
Minerais alteráveis
Outros atributos diagnósticos
*
Horizontes diagnósticos superficiais
Horizonte Hístico
Horizonte A Chernozêmico
Horizonte A Proeminente
Horizonte A Húmico
Horizonte A Antrópico
Horizonte A Fraco
Horizonte A Moderado
*
Horizontes diagnósticos subsuperficiais
Horizonte B Textural
Horizonte B Latossólico
Horizonte B Incipiente
Horizonte B Espódico
Horizonte Plíntico
Horizonte Glei
Horizonte E Álbico
Fragipã
Duripã
Horizonte Cálcico
Horizonte Petrocálcico
Horizonte Sulfúrico
Horizonte Vértico
Horizonte B Plânico
Horizonte B Nítico
*
*
HORIZONTES DO SOLO
O
Horizonte ou camada superficial de cobertura, de constituição orgânica, sobreposto a alguns solos minerais, podendo estar ocasionalmente saturado com água. 	
*
H 
Horizonte ou camada de constituição orgânica, superficial ou não, composto de resíduos acumulados ou em acumulação sob condições de prolongada estagnação de água, salvo se artificialmente drenado.
*
		A
Horizonte mineral, superficial ou em seqüência a horizonte ou camada O ou H, de concentração de matéria orgânica decomposta e perda ou decomposição principalmente de componentes minerais. 
- A matéria orgânica está intimamente associada aos constituintes minerais e é incorporada ao solo mais por atividade biológica do que por translocação.
- As características do horizonte A são tipicamente influenciadas pela matéria orgânica.
*
E	Horizonte mineral, cuja característica principal é a perda de argila, ferro alumínio ou matéria orgânica, com resultante concentração residual de areia e silte constituídos de quartzo ou outros minerais resistentes. 
	
*
		B
Horizonte mineral formado sob um E, A ou O, bastante afetado por transformações pedogenéticas, em que pouco ou nada resta da estrutura original da rocha. O horizonte B pode encontrar-se atualmente à superfície, em conseqüência da remoção de E, A ou O por erosão.
	
*
	C
Horizonte ou camada mineral de material inconsolidado sob o sólum, relativamente pouco afetado por processos pedogenéticos, similar ao material do qual, o sólum pode ou não ter se formado.
*
	R
Camada mineral de material consolidado, de tal sorte "coeso" que, quando úmido, não pode ser cortado com uma pá e constituindo substrato rochoso contínuo ou praticamente contínuo.
*
Para designar características específicas de horizontes e camadas principais usam-se, como sufixos, letras minúsculas (EMBRAPA, 1988):
 
a - propriedades ândicas
b - horizonte enterrado
c - concreções ou nódulos endurecidos
d - acentuada decomposição de material orgânico
e - escurecimento da parte externa dos agregados por matéria orgânica não associada a sexquióxidos
f - material plíntico e/ou bauxítico brando (laterita)
g - glei
h - acumulação iluvial de matéria orgânica
i - incipiente desenvolvimento de horizonte B
j - tiomorfismo
*
k - presença de carbonatos
m - extremamente cimentado
n - acumulação de sódio trocável
o - material orgânico mal ou não decomposto
p - aração ou outras pedoturbações
q - acumulação de sílica
r - rocha branda ou saprólito
s - acumulação iluvial de sesquióxidos com matéria orgânica
t - acumulação de argila
u - modificações ou acumulações antropogênicas
v - características vérticas
w - intensa alteração com inexpressiva acumulação de argila, com ou sem concentração sesquióxidos
x - cimentação aparente, reversível
y - acumulação de sulfato de cálcio
z - acumulação de sais mais solúveis em água fria que sulfato de cálcio
*
Estruturação das classes de solo no
sistema brasileiro de classificação de solos
SBCS: do 1º ao 4º nível (ORDEM, SUBORDEM, GRANDE GRUPO E SUBGRUPO)
Ordem: LATOSSOLOS
Subordem: LATOSSOLOS VERMELHOS
Grande grupo: LATOSSOLOS VERMELHOS Distroférricos
Subgrupo: LATOSSOLOS VERMELHOS Distroférricos típicos
*
solos que apresentam horizonte H com 40 cm ou mais de espessura, contínuo ou cumulativo nos primeiros 80 cm da superfície do solo ou com horizonte O com 30 cm ou mais de espessura, quando subjascente a um contato lítico.
ORGANOSSOLOS (capítulo 15, p. 249)
outros solos sem horizonte B diagnóstico e satisfazendo os seguintes requisitos:
- ausência de horizonte glei dentro de 50 cm da superfície do solo, exceto no caso de solos de textura areia e areia franca;
- ausência de horizonte plíntico dentro de 40 cm da superfície do solo;
- ausência de horizonte vértico imediatamente abaixo do horizonte A;
- horizonte A chernozêmico, se presente, não deve estar conjugado com o caráter carbonático e/ou horizonte cálcico.
NEOSSOLOS (capítulo 13, p.223)
outros solos com relação textural insuficiente para identificar um horizonte B textural e que apresentam horizonte vértico entre 25 e 100 cm de profundidade e satisfazendo os seguintes requisitos:
- nos 20 cm superficiais, após misturados, teor de argila de, no mínimo, 30%;
- fendas vertiicais no período sêco com pelo menos 1 cm de largura, atingindo, no mínimo, 50 cm de profundidade, exceto nos solos rasos, nos quais a profundidade é de 30 cm;
- em áreas irrigadas ou mal drenadas (sem fendas aparentes), o coeficiente de expansão linear (COLE) do solo deve ser igual ou superior a 0,06.
VERTISSOLOS (capítulo 18, p.281)
outros solos que apresentam horizonte B espódico imediatamente abaixo do horizonte A ou E.
ESPODOSSOLOS (capítulo 9, p.175)
outros solos apresentando horizonte B textural ou horizonte B nítico, ambos com argila de atividade  20 cmolc/kg de argila e caráter alumínico no horizonte B, que ocorre imediatamente abaixo do horizonte A ou E.
ALISSOLOS (capítulo 5, p. 121)
Chave para as ORDENS
*
outros solos apresentando horizonte B plânico, imediatamente abaixo de horizonte A ou E.
PLANOSSOLOS (capítulo 16, p. 261)
outros solos, apresentando horizonte glei, dentro de 50 cm da superfície do solo (não coincidente com horizonte plíntico).
GLEISSOLOS (capítulo 10, p. 183)
outros solos que apresentam horizonte B nítico com argila de atividade baixa, imediatamente abaixodo horizonte A ou dentro dos primeiros 50 cm do hoorizonte B.
NITOSSOLOS (capítulo 14, p.239)
outros solos que apresentam horizonte B latossólico imediatamente abaixo do horizonte A.
LATOSSOLOS (capítulo 11, p.195)
outros solos que apresentam horizonte A chernozêmico seguido de: horizonte B incipiente ou B textural ou B nítico, todos com argila de atividade alta e saturação por bases alta, ou de horizonte B incipiente < 10 cm de espessura ou horizonte C, ambos cálcicos ou carbonáticos; ou apresentando horizonte cálcico ou caráter carbonático no horizonte A, seguido de um contato lítico.
CHERNOSSOLOS (capítulo 8, p.165)
outros solos que apresentam horizonte B incipiente imediatamente abaixo do horizonte A ou de horizonte hístico com espessura inferior a 40 cm.
CAMBISSOLOS (capítulo 7, p.147)
outros solos que apresentam horizonte plíntico, exceto quando este for coincidente com horizonte plânico de caráter sódico, iniciando nas seguintes profundidades:
- 40 cm; ou
- dentro de 200 cm da superfície do solo se imediatamente subjascente ao horizonte A ou E; ou
- dentro de 200 cm, quando coincidente com outros horizontes imediatamente subjascentes ao horizonte A ou E e que apresentam propriedades epiáquicas.
PLINTOSSOLOS (capítulo 17, p.273)
outros solos apresentando hoorizonte B textural ou B nítico com argila de atividade alta e saturação por bases alta, imediatamente abaixo do horizonte A ou E.
LUVISSOLOS (capítulo 12, p. 215)
outros solos apesentando horizonte B textural com argila de atividade baixa.
ARGISSOLOS (capítulo 6, p. 127)
*
Conhecer o SBCS: histórico, objetivos e como utilizar;
- Conhecer os principais atributos e horizontes diagnósticos dos solos para aprender a classificação 
Objetivos / conclusão
*
BRASIL. Aptidão agrícola das terras. Estudos básicos para o planejamento agrícola. No 1 – Rio Grande do Sul. Ministério da Agricultura, SUPLAN, Brasília, 1978.
Curi, N. et al. Vocabulário de Ciência do Solo. Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, Campinas. 1993.
DIXON,J.B., WEED,S.B. Minerals in Soil Environments. 2. ed., Madison: S.S.S.A Book Series no. 1, 1989. 1244p. (minerais secundários)
EMBRAPA. SNLCS. Procedimentos normativos de levantamentos pedológicos. Brasília, EMBRAPA-SPI, 1995. 101p.
KIEHL,E.J. Manual de Edafologia. Relações Solo-Planta. São Paulo: Ceres, 1979. 262p. (estrutura cristalina de minerais de argila)
LEMOS, C.L & SANTOS, R.D. Manual de descrição e coleta de solos a campo, SBCS, 1996, 84p.
Ramalho Filho, A. & K.J. Beek. Sistema de avaliação da aptidão agrícola das terras. Rio de Janeiro, EMBRAPA-CNPS, 1995. 65p.
STRECK, E.V.; KÄMPF, N.; DALMOLIM, R.S.D. et al. Solos do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: EMATER-RS: UFRGS, 2002. 107p.
EMBRAPA. Sistema brasileiro de classificação dos solos, Boletim técnico no 100, EMBRAPA, 2002.
BERTONI, j. & LOMBARDI Neto, F., Conservação do solo. São Paulo: Ícone, 1990.
BRADY, N.. Natureza e propriedade dos solos. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1989. 878p.
Bibliografia
*
Avaliação
Descrever os principais horizontes com seus principais atributos diagnósticos dos principais solos da região:
		Ferralização,
		Lecivagem,
		Gleização
Entregar na próxima aula.
*
SISTEMA BRASILEIRO DE CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS
ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS
Material orgânico
	Constituído por compostos orgânicos, com proporção variável de material mineral, satisfazendo os seguintes requisitos:
	-12% ou mais de Carbono Orgânico (em peso) para solos com mais de 60% de argila;
	-8% ou mais de Carbono Orgânico se a fração mineral não contém argila;
	-Valores intermediários de Carbono Orgânico para conteúdos intermediários de argila; ou [% C  8 + (0,067 x % argila)]
	Em qualquer caso o conteúdo de compostos orgânicos predomina em volume sobre o material mineral. 
Material mineral
	Formado essencialmente por compostos inorgânicos, em variáveis estágios de intemperismo. O material solo é considerado mineral quando não satisfazer os requisitos exigidos para material orgânico.
Atividade da fração argila
	Refere-se a capacidade de troca de cátions (CTC ou valor T) apenas da fração argila, sendo calculada pela expressão:
			T ou CTC da fração TFSA
			--------------------------------- X 100
				% argila
	- ATIVIDADE ALTA (Ta) = valor superior a 27 cmolc/kg de argila
	- ATIVIDADE BAIXA (Tb) = valor inferior a 27 cmolc/kg de argila
(Em ambos os casos, não é feita a correção para a contribuição do carbono na CTC)
(Característica avaliada no horizonte B ou no C, quando não existe B)
Na classificação anterior, os critérios eram diferentes:
	- Ta = valor T  24 cmolc/kg argila, com correção para carbono
	- Tb = valor T < 24 cmolc/kg argila, com correção para carbono
(Considerava-se que cada 1% de Carbono contribuía com 4,5 cmolc/kg argila)
Saturação por bases (valor V%)
	Refere-se a proporção (%) de cátions básicos trocáveis em relação a CTC ou valor T.
	- BAIXA SATURAÇÃO (Distróficos) - quando a saturação por bases for inferior a 50%;
	- ALTA SATURAÇÃO (Eutróficos) - quando a saturação por bases for superior a 50%;
(Característica avaliada no horizonte B ou no C, quando não existe B)
Caráter alumínico
	Condição em que os materiais do solo se encontram em estado dessaturado e com teor de alumínio extraível  4 cmolc/kg de solo, além de apresentar saturação com Al  50% e/ou saturação por bases < 50%.
(Característica levada em conta no horizonte B do solo)
*
Mudança textural abrupta
	Considerável aumento no conteúdo de argila em pequena distância na zona de transição entre o horizonte A ou E e o horizonte subjascente B.
	- Quando o A ou E tem menos do que 20% de argila:
	O conteúdo de argila no B deve dobrar numa distância  7,5 cm; (ex. A=18% e B=36%)
	- Quando o A ou E tiver 20% ou mais de argila:
	O conteúdo de argila no B deve ser pelo menos 20% maior em valor absoluto numa distância vertical de 7,5cm. (ex. A=22% e B=42%)
Caráter sódico
	Quando horizontes ou camadas apresentam saturação por sódio  15%
					 Na
				%Na = ------------ x 100 ( 15%)
					 CTCpH7
Caráter solódico
	Quando horizontes ou camadas apresentam saturação por sódio entre 6-15%
					 Na
				%Na = ------------ x 100 (< 15-6%)
					 CTCpH7
Caráter salino
	Presença de sais mais solúveis em água fria que o sulfato de cálcio (gesso), em quantidades que interferem no desenvolvimento da maioria das culturas, expressa por condutividade elétrica do extrato de saturação  4 dS/m e < 7 dS/m (a 25ºC) em alguma época do ano.
Caráter sálico
	Presença de sais mais solúveis em água fria que o sulfato de cálcio (gesso) em quantidades tóxicas para a maioria das culturas, expressa por condutividade elétrica do extrato de saturação  7 dS/m (a 25 C) em alguma época do ano.
Caráter carbonático
	Presença de 15% ou mais de CaCO3 equivalente (% por peso), sob qualquer forma de segregação, inclusive concreções.
Caráter com carbonato
	Presença de CaCO3 equivalente (% por peso), sob qualquer forma de segregação, inclusive concreções, superior a 5% e inferior a 15% (Não tem caráter carbonático mas possuem horizonte(s) com CaCO3).
*
Plintita
	A plintita se forma pela segregação de compostos de ferro, sendo constituída por uma mistura de argila, pobre em carbono orgânico e rica em ferro, ou ferro e alumínio, com quartzo e outros materiais. Ocorre normalmente na forma de mosqueados vermelho, vermelho-amarelado e vermelho escuro com cores que variam do matiz 10R ao 7,5YR. A plintita difere dos mosqueados, entretanto, porque ela pode ser destacada da massa do solo, e não esboroa quando imersa por menos e 2 horas em água, enquanto os mosqueados são de muito difícil individualização (separação), desintegram-se quando pressionados e esboroam facilmente em água.
	Sob ciclos alternados de umedecimento e secamento vai se transformando em material mais consolidado, geralmente na forma de nódulos, que pode se transformar irreversivelmente com o tempo em petroplintita.
	A plintitapode ocorrer na forma laminar, nodular, esferoidal ou irregular.
	A presença de plintita é diagnóstica para identificação do horizonte plíntico ou do caráter plíntico em classes de solo.
Petroplintita
	Material concrecionário duro, proveniente da plintita, que sob o efeito de ciclos alternados de umedeciento e secagem sofre consolidação irreversível, originando concreções ferruginosas ("ironstone", concreções lateríticas, canga, etc.) de dimensões e formas variáveis.
Caráter petroplíntico
	Horizonte constituído de 50% ou mais, por volume, de petroplintita.
	O horizonte com caráter petroplintico, que pode ser um Ac, Ec, Bc ou Cc, para ser diagnóstico, deve apresentar pelo menos 15 cm de espessura.
Superfície de fricção ou Slickenside
	Identificada pela presença de agregados estruturais grandes, com superfície lisa e lustrosa, com estrias, produzida pelo deslizamento e atrito da massa do solo causada pela movimentação devido a forte expansibilidade do material argiloso por umedecimento. Os agregados com superfícies lustrosas e estriadas são tipicamente inclinados em relação ao eixo vertical. Feição tipicamente encontrada em solos com predomínio de argilominerais 2:1, notadamente esmectitas. Comum nos Vertissolos.
Contato lítico
	Material subjascente ao solo (exclui-se horizonte petrocálcico, horizonte litoplintico, duripã e fragipã) cuja coesão é de tal ordem que mesmo quando úmido não pode ou é muito difícil de ser escavado com pá reta, e impede o livre crescimento do sistema radicular, que fica limitado às fendas por ventura existentes. Pode ser representado por uma rocha sã (R) ou rochas sedimentares parcialmente consolidadas (Cr).
Materiais sulfídricos
	Contém compostos de enxofre oxidáveis em solos minerais ou orgânicos, localizados em áreas enxarcadas, com valor de pH maior do que 3,5. Amostra de camada de 1cm de espessura, quando incubadas em condições aeróbicas, à temperatura ambiente e com umidade na capacidade de campo, em oito semanas mostram redução no pH de mais de 0,5 unidades.
	Quando um solo mal drenado com materiais sulfídricos sofre drenagem, ocorre oxidação dos sulfetos produzindo ácido sulfúrico, e o pH que originalmente pode estar próximo da neutralidade, pode decair a valores inferiores a 3,0, tornando inviável qualquer cultivo.
*
Caráter ácrico
	Refere-se a materiais de solos contendo quantidades menores ou iguais a 1,5 cmolc/kg de argila de bases trocáveis (Ca2+, Mg2+, K+, Na+) mais Al3+ extraível por KCl 1N e preencha pelo menos uma das condições:
	- ter pH em KCl 1N  5,0; ou
	- ter delta pH (pHKCl - pHH2O) positivo ou nulo
Cauliníticos e oxídicos
	A relação molecular SiO2/(Al2O3+Fe2O3) = Kr é usada para separar solos cauliníticos e oxídicos, conforme a seguir:
	- Solos cauliníticos: Kr > 0,75
	- Solos oxídicos: Kr  0,75.
Caráter epiáquico
	Ocorre em solos que apresentam lençol freático superficial temporário, resultante de baixa condutividade hidráulica em horizontes inferiores, promovendo saturação temporária de água e processos de redução e segregação de ferro nos horizontes mais superficiais.
Caráter crômico
	Termo utilizado para caracterizar as modalidades de solos que apresentam, na maior parte do horizonte B, excluído o BC, predominância de cores (amostra úmida) conforme definido à seguir:
	- matiz 7,5 YR ou mais amarelo com valor superior a 3 e croma superior a 4; ou
	- matiz mais vermelho que 7,5 YR com croma maior que 4.
Caráter ebânico
	Termo utilizado para discriminar classes de solos com coloração escura, quase preta, na maior parte do horizonte diagnóstico subsuperficial, com predominância de cores conforme definido à seguir:
	- para matiz 7,5 YR ou mais amarelo:
		* cor úmida: valor < 4 e croma < 3
		* cor seca: valor < 6
	- para matiz mais vermelho que 7,5 YR:
		* cor úmida: preto ou cinzento muito escuro (Münsell)
		* cor seca: valor < 5
Caráter plácico
	É um horizonte fino, de cor preta ou vermelho escura que é cimentado por ferro (ou ferro e manganês), com ou sem matéria orgânica, constituindo impedimento a passagem de água e de raízes. Sua espessura geralmente varia de 0,5 a 2,5 cm. Pode ser encontrado no horizonte B, na sua base ou no próprio C, sendo geralmente formado por migração lateral ou vertical de ferro.
*
Cor e teor de óxidos de ferro
	Usada para diferenciar classes de solo, a cor reflete a proporção entre os teores de hematita e goethita da amostra. Cores brunas ou amarelas estão associadas a dominância absoluta de goethita. Cores vermelhas estão associadas a mistura, em diferentes proporções, de hematita e goethita. Estas proporções são avaliadas a partir da razão Hm/Hm+Gt. Assim, uma razão igual a 0,2 indica 20% de hematita e 80% de goethita na amostra. Como não é possível determinar essas proporções para cada solo, estudos feitos com vários solos brasileiros mostraram que essa razão pode ser estimada através da determinação da cor. Assim, são definidas as seguintes classes:
	- classe de solos amarelos: matiz mais amarelo que 5YR (relacionados a razão Hm/Hm+Gt < 0,2);
	- classe de solos vermelho-amarelos: matiz 5YR ou mais vermelho, e mais amarelo que 2,5YR (relacionados a razão Hm/Hm+Gt entre 0,6 e 0,2);
	- classe de solos vermelhos: matiz 2,5 YR ou mais vermelho (relacionados a razão Hm/Hm+Gt > 0,6).
	O emprego dessas classes de cor associada ao teor de óxidos de ferro (Fe2O3 do ataque sulfúrico) permite separar:
- Solos hipoférricos: com baixo teor de óxidos de ferro (< 8%)
- Solos mesoférricos: médio teor de óxidos de ferro ( 8 a <18%)
- Solos férricos: alto teor de óxidos de ferro ( 18 a <36%)
(também aplicado para Nitossolos com teor de óxidos de ferro  15%)
- Solos perférricos: muito alto teor de óxidos de ferro ( 36%)
Grau de decomposição do material orgânico
	Utilizado para discriminar solos da classe ORGANOSSOLOS.
- Fíbrico - material orgânico pouco alterado, constituído por fibras;
- Hêmico - material orgânico em estágio de decomposição intermediário entre o fíbrico e o sáprico, sendo parcialmente alterado por ação física ou bioquímica.
- Sáprico (sapros= podre) - material orgânico em estágio avançado de decomposição.

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