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Biologia do Desenvolvimento Bibliografia basica: Biologia do desenvolvimento / Scott F. Gilbert. -- 5. ed. -- Ribeirão Preto, SP : FUNPEC Editora, 2003. Dra. Rubiani de Cassia Pagotto Depto. Biologia- UNIR Aula 01 • Capitulo 01- Recomenda-se ao aluno a leitura do capitulo 1 - Gilbert (2003) : Introdução ao desenvolvimento animal bem como complementação de leitura com o capitulo 44 (itens 44.1 e 44.2) do livro Biology (6ª. Ed) Raven & Johnson (2002). BIOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO • Organismos pluricelulares são formados por um processo relativamente lento de mudança progressiva, o qual chamamos de desenvolvimento. • Inicio do desenvolvimento de um organismo pluricelular começa com uma única célula - ovo fertilizado ou zigoto, que dividido através da mitose, produz todas as células do corpo. • Embrião: denominação dada ao organismo em desenvolvimento, entre a fertilização e o nascimento. • Embriologia = estudo do desenvolvimento animal • Mas a maioria dos organismos nunca para de se desenvolver, desta forma nos últimos anos tem sido comum se falar em biologia do desenvolvimento, como a disciplina que estuda processos embrionários e outros do desenvolvimento. BIOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO • Ciência nova que está criando uma estrutura que integra a biologia molecular, fisiologia, biologia celular, anatomia, pesquisa do câncer, neurobiologia, imunologia, ecologia, e biologia evolucionária. • O estudo do desenvolvimento tornou-se essencial para a compreensão de qualquer área da biologia. O embrião • Para se tornar um embrião, você teve que construir a si mesmo a partir de uma única célula. • Teve que: – respirar antes que tivesse pulmões; – digerir alimentos antes que seus órgãos estivessem formados; – construir ossos a partir de uma massa; – ordenar os neurônios antes mesmo de adquirir a capacidade de pensar. • Diferença entre organismo vivo e uma máquina é que a máquina nunca é requisitada para uma função antes que esteja terminada. • Todo animal tem que estar em funcionamento enquanto se autoconstrói. Objetivo • O embrião é o intermediário entre o genótipo (genes herdados) e o fenótipo (organismo adulto) • A biologia do desenvolvimento estuda os estágios mais transitórios que ocorrem durante a formação do organismo. • É a ciência do vir a ser, a ciência do processo. • Porque os genes globina se expressam somente nas hemácias e como essas se tornam ativas apenas em certas fases do desenvolvimento? • Como o genótipo XX produz um ser feminino e como o genótipo XY produz um ser masculino? Os problemas da biologia do desenvolvimento • Desenvolvimento - duas funções principais: – gera diversidade – gera ordem celular dentro de cada geração • Como um ovo fertilizado origina um ser adulto? • Como esse ser adulto produz um outro ser? Os problemas da biologia do desenvolvimento • O problema da diferenciação. • O problema da morfogênese • O problema do crescimento. • O problema da reprodução. • O problema da evolução. Os problemas da biologia do desenvolvimento: O problema da diferenciação • Desde que cada célula do corpo contém o mesmo conjunto de genes, como esse mesmo conjunto de instruções genéticas pode produzir diferentes tipos de células? Os problemas da biologia do desenvolvimento: O problema da morfogênese • Como as células se auto-organizam e formam um arranjo correto? Porque não temos olhos na ponta dos dedos, braços nas costas, etc? Os problemas da biologia do desenvolvimento: O problema do crescimento • Somos maiores do que um ovo, mas como as células sabem quando devem parar de se dividir? Os problemas da biologia do desenvolvimento: O problema da reprodução • Como as células são separadas para formar a próxima geração (óvulo e espermatozóide para formar zigoto)? • Quais as informações no núcleo e no citoplasma que permitem tal funcionamento? Os problemas da biologia do desenvolvimento: O problema da evolução • Como mudanças no desenvolvimento criam novas formas de corpo? • Quais modificações hereditárias são possíveis, dadas as restrições impostas pela necessidade do organismo sobreviver enquanto se desenvolve? ↓ taxa de divisão mitótica, os blastômeros passam por mudanças dramáticas quanto às suas posições, um em relação ao outro (gastrulação), resultando embrião com três regiões celulares: camadas germinativas: ectoderma, endoderma, mesoderma. As células germinativas finalmente migram para as gônadas, onde se diferenciam em gametas (gametogênese), normalmente não é completado até que o organismo esteja fisicamente maduro série de divisões mitóticas extremamente rápidas, onde o enorme volume citoplasmático do zigoto é dividido em numerosas células menores (blastômeros). Ao fim da clivagem, eles geralmente formam uma esfera conhecida como blástula Células interagem umas com as outras e se reorganizam para produzir tecidos e órgãos fusão do material genético de dois gametas Os estágios do desenvolvimento animal Procariotos •Ausência de membrana nuclear •Várias possibilidades de obtenção de energia •Genomas menores •Pouco DNA intergênico •Gene contínuo •Menor quantidade de genes quando comparados a eucariotos Eucariotos • animais, plantas,fungos e protozoários – Genoma nuclear, filamentar, composto de vários segmentos filamentares (cromossomos) – Genôma extranuclear, circular, várias cópias (mitocôndrias e cloroplastos) Desenvolvimento entre eucariotos unicelulares • Todos os organismos eucarióticos pluricelulares se desenvolveram de protistas unicelulares, nos quais as características básicas do desenvolvimento apareceram primeiro: – primeiros exemplos da morfogênese direcionada pelo núcleo; – o uso da superfície da célula para mediar cooperação entre células individuais; – as primeiras ocorrências de reprodução sexual. morfogênese direcionada pelo núcleo Controle da Morfogênese no Desenvolvimento em Acetabulária Diferenciação em Ameboflagelados Naegleria • essa célula única tem estruturas celular e bioquímica diferentes nos di.ferentes estágios de sua vida, servindo de exemplo de controle transcricional de um processo de desenvolvimento: O núcleo da Naegleria responde a mudanças ambientais sintetizando o mRNA para tubulina flagelar. Diferenciação em Ameboflagelados Naegleria As Origens da Reprodução Sexual • Reprodução envolve a criação de novos indivíduos. • Sexo envolve a combinação de genes de dois indivíduos distintos em um novo arranjo. • Reprodução na ausência de sexo é uma característica de organismos que se reproduzem por cisão; não há discriminação nos genes quando uma ameba se divide ou quando uma hidra brota células para formar uma nova colônia. • Sexo sem reprodução também é comum entre os organismos unicelulares. – bactérias : transmição genes de um indivíduo para o outro por meio dos pilos sexuais. Essa transmissão é independente da reprodução. – Protistas , ex. paramécios: se reproduzem por cisão, mas o sexo é realizado através de conjugação. Os paramécios, se reproduzem por cisão, mas o sexo é realizado através de conjugação As bactérias são capazes de transmitir genes de um indivíduo para o outro por meio dos pilos sexuais, sem reprodução. Reprodução sexual • Visto nos eucariontes unicelulares – ex. Chlamydomonas : haplóides, com individuos divididos em grupo maise grupo menos. *Surge meiose *Reconhecimento do parceiro. Eucariotos coloniais: A evolução da diferenciação • volvocaceanas são reuniões ordenadas de numerosas células, cada uma parecida ao protista unicelular Chlamydomonas. • Caracteristica Eudorina: a divisão ordenada de uma célula para gerar um número de células que são organizadas de uma maneira previsível. • Caracteristica outros generos: a diferenciação de tipos celulares em organismo individual. As células reprodutivas se diferenciam das células somáticas. • Embora todas as volvocaceas, incluindo seu parente unicelular Chlamydomonas, se reproduzam predominantemente por meios assexuados, também são capazes de reprodução sexual (produção e fusão de gametas haplóides); Tipos de reprodução sexual e gametas • Reprodução sexual é isogâmica, já que os gametas haplóides que se encontram são similares em tamanho, estrutura e motilidade. • Reprodução sexual heterogâmica, onde gametas nadadores de diversos tamanhos são produzidos por parceiros de acasalamentos diferentes (heterogamia). • Reprodução sexual oogamica, um tipo especial de heterogamia que envolve a produção de óvulos grandes e relativamente imóveis por um parceiro do acasalamento e espermatozóides pequenos e móveis pelo outro parceiro. • OBS: Em todas as volvocaceas, a reação da fertilização se assemelha à do Chlamydomonas porque resulta na produção de um zigoto diplóide dormente, inativo, capaz de sobreviver a condições ambientais severas. Quando as condições permitem aos zigotos germinar, eles primeiro sofrem meiose para produzir herdeiros haplóides dos dois parceiros em números iguais. Organização multicelular em Dictyostelium discoideum Em adição a esse ciclo sexual, existe a possibilidade para sexo em Dictyostelium. Duas amebas podem fundir-se para criar uma célula gigante, que digere todas as outra células do agregado. Quando tiver ingerido todos seus vizinhos, se enquista em uma parede grossa e sofre divisões meiótica e mitótica; e por fim, novas mixamebas são liberadas. • quimiotaxia: as células são guiadas para os centros de agregação por uma substância solúvel (adenosina 3’,5’ monofosfato cíclico - cAMP) • A diferenciação de amebas individuais em células pedunculares (somáticas) ou esporos (reprodutivas) é uma questão complexa: habilidade de células mudarem seus destinos desenvolvimentais, de acordo com sua localização dentro do organismo inteiro, e assim compensar por partes faltantes, é chamada regulação. • Como uma célula torna-se uma célula de pedúnculo ou uma célula de esporo? Embora os detalhes não sejam totalmente conhecidos o destino de uma célula parece ser regulado por certas moléculas difusivas. Os dois principais candidatos são o fator indutor de diferenciação (DIF) e o cAMP. • Moléculas de adesão celular reguladas pelo desenvolvimento., solução (mesma para protistas e embrioes!) para que células individuais sejam aderidas entre si para formar um organismo coeso. • LEIA E RESUMA: • PARTE 1 – EIXO BIOLÓGICO - INTRODUÇAO: EVOLUÇÃO DOS CICLOS DE VIDA NOS DIFERENTES ORGANISMOS (Ronan Xavier Correa) – paginas 1 a 24 • Enviar até 24hs do dia 5/2/13 para o email: • rubiani@unir.br Atividade Proposta • Leitura suplementar sugerida: Sexo e evolução (Helida F. da Cunha) - paginas 25 a 65 Atividade Proposta Padrões desenvolvimentais entre metazoários • Animais multicelulares que atravessam estágios embrionários de desenvolvimento. • a maioria das espécies de metazoários pertence a um de dois principais ramos de animais: protostomatas e deuterostomatas. Poríferos ou esponjas • Esponjas não contém mesoderma, não havendo portanto verdadeiros sistemas de órgãos em Porífero; • Apesar de passarem por estágios embrionários e larvais, esponjas são muito pouco parecidos com a maioria dos metazoários Presença de três camadas germinativas durante o desenvolvimento Radiatas • simetria radial • incluem os cnidários (medusas, corais e hidras) e • ctenóforos (medusas de crista). Nesses animais, o mesoderma é rudimentar, consistindo • de células escassamente disseminadas em uma matriz gelatinosa. Bilaterias. • Simetria bilateral : – Plano direito/esquerdo ; – dorsal/ventral; – anterior/posterior. • Avanços evolucionarios na forma corporal: – Facilidade de movimentos – Maior possibilidade disposição orgãos – Mais eficiencia na busca de alimento, parceiros e evitar predadores. – Possibilitou a cefalização e aumento da dominancia e especialização de orgãos – Presença de cavidade corporal (tubo digestivo mais longo e mais eficiente na digestão; espaço onde gonadas possam se expandir, permitindo maior produção de gametas; • A maioria dos filos são celomados, (cavidade corporal revestida por mesoderma) Divisões de Bilateria Protostomatas (do Grego, “boca primeiro”) • a boca é formada em primeiro lugar, junto ou próximo da abertura intestinal, produzida durante a gastrulação. O ânus se forma mais tarde em outro local. • filos dos moluscos, artrópodos e vermes • A cavidade corpórea se forma a partir de uma previamente sólida corda de células mesodérmicas, tornadas ocas (formação esquizelóide). Deuterostomatas (do Grego, “boca depois”) • a abertura bucal é formada depois da abertura anal. • Os filos nessa divisão incluem os chordatas e os equinodermos. • a maioria dos deuterostomatas formam suas cavidades corpóreas a partir de bolsas mesodérmicas estendendo-se do intestino (formação enterocélica). Embora possa parecer estranho classificar seres humanos e cavalos no mesmo grupo que estrelas- do-mar e ouriços-do-mar, alguns traços embriológicos acentuam esse parentesco. Tipo de clivagem Protostomatas • clivagem espiral : têm uma extensa variedade de tipos de clivagem. Muitas espécies formam blástulas compostas por células que estão em ângulos agudos relativamente ao eixo polar do embrião. • os blastômeros em estágio de clivagem, têm menor capacidade de regular seu desenvolvimento. Se um único blastômero é removido de um embrião quadricelular, tanto o blastômero isolado como os restantes se desenvolveriam em embriões parciais – cada um carente daquilo que foi formado a partir dos outros. Deuterostomatas • clivagem radial : os blastômeros são perpendiculares ou paralelos uns aos outros. • os blastômeros em estágio de clivagem, têm maior capacidade de regular seu desenvolvimento. Se um único blastômero é removido de um embrião quadricelular, tal blastômero irá desenvolver-se em um organismo inteiro, e os três-quartos restantes do embrião também irão se desenvolver Tipos de cavidades do corpo Acelomados • Corpo sem cavidade • Platelmintos Pseudocelomados • Pseudoceloma entre mesoderma e endoderma • Nematelmintos Celomados • Cavidade corporal revestido por mesoderma • Mamiferos, anfibios, anelideos,etc. Atividade Proposta • Preparar para a próxima aula (30/1) uma breve apresentação discutindo as vantagens e desvantagens evolutivas da simetria corporal, presença de cavidade corporal (celoma), desenvolvimento protostomico ou deuterostomico e segmentação corporal. • Após a apresentação será realizada uma breve avaliação que, somada as outras avaliações de aula, perfazerão 20% da nota final de embriologia.
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