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Flexibilidde e Alongamto (2)

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FLEXIBILIDADE E ALONGAMENTO – NP1
Exercícios Terapêuticos
Definição: Treinamento planejado e sistemático de movimentos corporais, posturas ou atividades físicas com vistas a proporcionar ao paciente os meios de:
Tratar ou prevenir comprometimentos
Melhorar, restaurar ou potencializar a função física.
Prevenir ou reduzir fatores de risco ligados á saúde 
Aperfeiçoar o estudo de saúde geral, seu preparo físico ou sensação de bem-estar.
**DEVEM SER INDIVIDUALIZADOS
Flexibilidade (Mobilidade)
Habilidade de mover-se livremente, sem restrições: termo usado com o mesmo sentido de mobilidade.
*Mobilidade – A habilidade de estruturas ou segmentos do corpo de se moverem ou serem movidos de modo a permitir a ocorrência da adequada ADM para atividades funcionais.
Alongamento
Manobra que objetiva aumentar a flexibilidade das articulações através do aumento da extensibilidade dos tecidos moles.
Um termo usado para descrever qualquer manobra terapêutica elaborada para aumentar o comprimento de (alongar) estruturas de tecidos moles patologicamente encurtados e desse modo aumentar a ADM.
Flexibilidade Passiva x Ativa 
Flexibilidade passiva é a ADM passiva disponível em uma ou mais articulações.
Flexibilidade ativa ou dinâmica é a ADM ativa disponível em uma ou mais articulações. 
Extensibilidade
Capacidade de um tecido de ceder a uma força de alongamento. 
Hipomobilidade
É a restrição de mobilidade em uma ou mais articulações 
Pode ter diferentes causas.
Encurtamento adaptativo (contratura) dos tecidos moles e subsequente perda da ADM
Imobilização prolongada, Mobilidade restrita. 
Doenças de tecido conectivo ou neuromusculares 
Processos patológicos devido a trauma e deformidade óssea e adquirida. 
Contratura X Encurtamento 
*Contratura é definida como o encurtamento adaptativo da unidade musculotendínea e outros tecidos moles que cruzam ou cercam uma articulação. Perda quase completa da mobilidade.
Designação das contraturas pela localização
Ex: Se o paciente tem músculos flexores de cotovelo encurtado e não pode estendê-lo totalmente, pode-se dizer que ele tem uma contratura em flexão do cotovelo.
*Encurtamento é a perda parcial da mobilidade. 
Estruturas que limitam a Flexibilidade
Músculos (Contráteis e não contráteis) e vários tecidos conjuntivos (tendões, ligamentos, capsula articular, fáscias, pele). 
Fatores que afetam a Flexibilidade 
Biomecânicos
Neurofisiológicos
Temperatura do tecido 
Propriedades mecânicas dos tecidos
As características mecânicas dos tecidos moles contráteis e não contráteis e as propriedades neurofisiológicas dos tecidos contráteis afetam o comprimento dos tecidos.
Elasticidade – Plasticidade – Viscosidade - Elasticidade
Plasticidade
É a tendência dos tecidos moles de assumirem um comprimento novo e maior após a remoção da força de alongamento.
Viscoelasticidade
É uma propriedade tempo-dependente dos tecidos moles que inicialmente resistem á deformação quando uma força de alongamento, como uma mudança no comprimento, começa a ser aplicada. Se a força de alongamento é mantida, a viscoelasticidade permite uma mudança no comprimento do tecido, possibilitando-o, então, a retornar gradualmente ao estado pré-alongamento após a remoção da força.
**Propriedades Mecânicas do Tecido Contrátil
O comportamento mecânico do tecido muscular é determinante da flexibilidade (Taylor et al., 1993) 
Elemento contrátil: actina e miosina 
Elemento elástico (não contrátil): tecido conectivo 
Resistem à deformação quando submetidos a uma força de tração (Taylor et al., 1993) 
Tecido Conectivo
Tecido conectivo é formado por três principais tipos de fibras (Takala, 2000):
Fibras colágenas – rigidez 
Fibras elásticas – elasticidade
Fibras reticulares – volume
As estruturas de tecido conjuntivo que agem como couraças do músculo são:
Endomísio, a camada mais interna que separa fibras musculares individuais e miofibrilas; 
Perimísio, que envolve feixes de fibras.
Epimísio, a bainha de fáscia que envolve todo músculo.
Resposta Mecânica da Unidade Contrátil (sarcômero) ao Alongamento e a Imobilização
Resposta ao alongamento
Alongamento do tecido conjuntivo (Endomísio/Perimísio)
Alterações neurais e bioquímicas
Perturbação das pontes cruzadas
Miofilamentos deslizam e se separam
Alongamento dos sarcômeros (FALHA)
Quando a força de alongamento é liberada, os sarcômeros individuais retornam ao comprimento de repouso. (Elasticidade)
Quando se deseja aumentos mais permanentes (plásticos) no comprimento, a força de alongamento precisa ser mantida por um período maior.
Fatores Biomecânicos da Flexibilidade
Tecidos biológicos não apresentam comportamento puramente elástico ou plástico
Comportamento viscoelástico: tempo-dependente.
Propriedade viscoelástica – alongamento – ganho de flexibilidade. (Magnusson, 1996) 
Tecido alongado + mantido
A força necessária para manter o alongamento 
Relaxamento de estresse
Quando uma carga constante é aplicada ao tecido por um tempo prolongado, o tecido adota um novo comprimento (permanente) ARRASTAMENTO / ARRASTADURA.
Fatores Neurofisiológicos da Flexibilidade
Os seguintes fatores neurofisiológicos podem influenciar na flexibilidade (Alter, 2001):
Fuso muscular – reflexo de estiramento (Mudanças no comprimento e velocidade) 
Inervação recíproca (FM)
OTG – inibição autogênica (Mudanças de tensão da unidade musculotendínea)
 	 Inibição recíproca (OTG)
Fuso Neuromuscular
Denominação de terminação nervosa complexa, com função sensitiva, constituídas de fibras musculares que são envolvidas por uma cápsula e inervadas por terminações aferentes, captando sensações e reflexos proprioceptivos. 
Resposta Neurofisiológica do Músculo ao Alongamento 
Para minimizar o reflexo de estiramento:
Alongamento prolongado, de baixa intensidade e aplicado lentamente.
Temperatura Tecidual
O aumento da temperatura tecidual promove as seguintes alterações biomecânicas (Noonan et al, 1993):
Aumento da extensibilidade do tecido conectivo 
Queda da taxa de disparo do fuso muscular, 
Aumento da taxa de disparo dos OTGs, 
Alívio da dor,
Queda do tônus muscular.
Ganho de Flexibilidade 
A flexibilidade pode ser aumentada através dos exercícios de alongamento ou da mobilização articular.
FORMAS e TÉCNICAS de ALONGAMENTO
Elementos Determinantes do Alongamento 
Alinhamento
Estabilização do corpo
 Intensidade
Duração
Velocidade
Frequência
Modo.
Alinhamento 
Alinhamento – Posicionamento apropriado do paciente e dos músculos e articulações específicas a serem alongados.
Estabilização – Estabilizar a porção proximal e mover o segmento distal. 
Intensidade – A intensidade (magnitude) de uma força de alongamento é determinada pela carga colocada sobre o tecido mole para alongá-lo.
Baixa intensidade
Mais confortável para o paciente e minimiza a defesa muscular
Menos dano tecidual e menos dor muscular pós-exercício.
Duração do alongamento
Refere-se ao período durante o qual uma força de alongamento é aplicada mantendo os tecidos encurtados na posição alongada. (Ciclo).
O Tempo cumulativo de todos os ciclos de alongamento é considerado um aspecto da duração.
Cipriani et al: 2 repetições de 30 segundos = 6 repetições de 10 segundos
Roberts e Wilson: 3 repetições de 15 segundos # 9 repetições de 5 segundos
Em pacientes muito idosos, mostrou-se que aumentos maiores e mais duradouros ocorrem com o uso de ciclos de alongamentos de 60 segundos.
Em adultos jovens e ou de meia idade saudáveis. 
Ciclos de alongamentos de 30 e 60 segundos de duração são mais efetivos do que ciclo de 15 segundos.
**Velocidade é LENTA
Para assegurar o máximo relaxamento muscular e prevenir lesão do tecido.
Reflexo de Estiramento
**Frequência
Refere-se ao número de sessões por dia ou por semana que o paciente executa em programa de alongamento.
3 a 5 sessões semanais.
TÉCNICAS DE ALONGAMENTO 
Estático Balístico 	FNP
 
BALÍSTICO			ESTÁTICO
Brusco				Lento 
Alta intensidadeBaixa intensidade
Curta duração			Mantido
< Segurança			>Segurança
Pouco controlável			Controlável
> risco de lesões			<Risco de Lesões
Aumenta tensão			Diminui a tensão
FORMAS DE ALONGAMENTO ESTÁTICO 
Manualmente (Passivo)
Dispositivo mecânico (Mecânico prolongado)
Próprio indivíduo (auto-alongamento)
ALONGAMENTO PASSIVO 
O Terapeuta aplica uma força externa e controla a direção, velocidade, intensidade e duração do alongamento. 
Os tecidos são alongados além de seu comprimento de repouso, dentro da tolerância do paciente.
O paciente precisa estar o mais relaxado possível 
A força aplicada geralmente é por pelo menos 15-30 segundos e repetida 3 a 4 vezes.
. 
ALONGAMENTO MECÂNICO PROLONGADO 
Aplica-se uma força externa de baixa intensidade nos tecidos encurtados por um período de tempo prolongado de tempo usando equipamento mecânico.
A força de alongamento é aplicada através do posicionamento do paciente, com tração e pesos e sistemas de polias ou com splints dinâmicos ou engessamentos. 
Pode ser mantido por 20 ou 30 minutos ou até por várias horas.
Deformação plástica.
AUTO ALONGAMENTO 
O paciente alonga suas próprias contraturas ou pode fazê-lo usando seu peso corporal como força de alongamento.
Os princípios de intensidade e duração do alongamento que aplicam-se ao auto-alongamento são os mesmos usados para o alongamento passivo. 
FNP 
Técnicas nas quais a paciente relaxa reflexamente o músculo a ser alongado antes da manobra de alongamento.
Ter inervação normal e está sob controle voluntário. 
CONTRAI-RELAXA 
O paciente faz a contração isométrica do músculo retraído antes que ele seja passivamente alongado. 
Inibição autogênica – o Órgão Tendinoso de Golgi dispara inibindo a tensão no músculo.
Peça ao paciente para contrair isometricamente (sem movimento articular) contra uma resistência por 5 a 10 segundos.
Peça então para o paciente relaxá-lo voluntariamente 
O terapeuta então alonga o músculo movendo passivamente o membro.
Repita todo o procedimento após alguns segundos.
Ex: Músculos flexores do cotovelo retraído. 
CONTRAÇÃO DO AGONISTA 
“Agonista” refere-se ao músculo oposto ao músculo retraído. O paciente contrai dinamicamente o músculo oposto ao músculo retraído.
Inibição recíproca.
Efetivo para alongar um músculo retraído, particularmente se este tem dor.
Peça ao paciente para fazer uma contração dinâmica do músculo oposto ao movimento.
Aplique resistência leve ao músculo, mas permita que ocorra movimento articular. 
Ex: Dor e contratura dos Trapézios D 
CONTRAI RELAXA CONTRAÇÃO DO AGONISTA 
Esta técnica combina inibição autogênica e inibição recíproca.
Contração isométrica do músculo retraído e seu relaxamento seguido por uma contração do músculo oposto ao músculo retraído.
Siga o mesmo procedimento feito para contrai-relaxa.
Após o paciente relaxar o músculo retraído, faça com que ele realize uma contração contra resistência do músculo oposto ao músculo retraído. 
O paciente move ativamente seu membro através da amplitude que foi ganha.
Ex. Diminuição de ADM de flexão de punho. 
INDICAÇÕES E METAS 
Indicação: 
Quando a ADM está limitada como resultado de contraturas, adesões, e formação de tecido cicatricial, levando ao encurtamento de músculos, tecido conectivo e pele.
Meta geral 
Recuperar ou reestabelecer a ADM normal das articulações e a mobilidade dos tecidos moles que cercam uma articulação 
PROCEDIMENTOS ANTES DE INICIAR O ALONGAMENTO 
Avaliação do paciente 
Considere o melhor tipo de alongamento 
Explique as metas do alongamento para o paciente 
Posicione o paciente em uma posição confortável e estável 
Libere a área a serem alongadas de roupas, faixas etc..
Peça ao paciente que fique o mais relaxado possível 
Empregue técnicas de relaxamento antes do alongamento. 
Técnica de aplicação
Antes da aplicação de qualquer modalidade de alongamento, deve-se verificar a causa da hipomobilidade.
Indivíduo deve ser posicionado confortavelmente, relaxado, sem restrições mecânicas à mobilidade.
Esclarecer o indivíduo sobre o procedimento, especialmente das técnicas de FNP.
O movimento de alongamento deve ser aplicado lentamente (com exceção do alongamento balístico).
A direção do movimento de alongamento deve ser oposta à linha de ação do músculo.
A força aplicada deve ser suficiente para tensionar os tecidos moles, mas não deverá provocar dor.
Tanto no alongamento estático quanto na FNP, a posição de alongamento deve ser mantida por 15 a 30 segundos e a manobra repetida de 3 a 4 vezes.
No alongamento balístico, movimentos rápidos e bruscos devem ser realizados durante 30 segundos. Cada série de movimentos deve ser repetida de 3 a 4 vezes.
O aquecimento prévio da musculatura aumenta sua extensibilidade, diminui a taxa de disparo do fuso muscular e aumenta a sensibilidade dos OTGs, facilitando o alongamento.
O resfriamento prévio (aplicação de gelo) diminui a extensibilidade tecidual, dificultando o alongamento muscular.
“A adaptação das unidades contráteis do músculo (um aumento ou diminuição do número de sarcômeros) ao posicionamento prolongado, seja em posições alongadas ou encurtadas, é transitório e dura apenas 3 a 5 semanas se o músculo voltar a ser usado da mesma maneira e com o mesmo grau de alongamento nas atividades funcionais pré imobilização”
PRECAUÇÕES
Fraturas recém-consolidadas, Osteoporose
Músculos excessivamente edemaciados
**Observar dor tardia = pode ser resposta inflamatória
 Não force passivamente uma articulação além da amplitude de movimento normal.
Evite alongamento vigoroso de músculos e tecidos conectivos que foram imobilizados por um período prolongado de tempo.
A diminuição no comprimento geral das fibras musculares e seus sarcômeros em série, por sua vez, contribuem para a atrofia e fraqueza muscular. 
CONTRA INDICAÇÕES 
Quando um bloqueio ósseo limita a mobilidade articular
Após fratura recente, processo inflamatório e infeccioso agudo
Quando for observado hematoma ou outra indicação de trauma nos tecidos
Quando as contraturas ou tecidos moles encurtados são à base de habilidades funcionais e estejam provendo aumento da estabilidade articular.

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